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Índice
Unidade 1 – Introdução .......................................................................... 3
Unidade 2 – Degenerações e Infiltrações ..............................................13
Unidade 3 – Calcificações Patológicas ................................................. 19
Unidade 4 – Pigmentação ..................................................................... 20
Unidade 5 – Alterações Circulatórias .................................................... 23
Unidade 6 – Necrose ............................................................................. 31
Unidade 7 – Inflamação ........................................................................ 36
Unidade 8 – Reparação ........................................................................ 50
Unidade 9 – Alterações de Crescimento e Diferenciação ..................... 51
Unidade 10 – Neoplasias ...................................................................... 57
Unidade 11 – Fundamentos de Patologia da Nutrição .......................... 62
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Unidade 1
Introdução
Em poucas palavras:
A Patologia é o ramo da Medicina que se dedica ao estudo das doenças,
no seu sentido mais amplo. O termo vem das palavras gregas pathos
(sofrimento) e logos (estudo). Hoje, a entendemos como a ciência que tenta
explicar, cientificamente, o que são as doenças, como se originam, e como
atuam alterando a anatomia e a fisiologia dos órgãos e sistemas. Lança,
portanto, as bases racionais do diagnóstico, tratamento e prognóstico. Não
seria exagero dizer que a Patologia sensu latu é a espinha dorsal da Medicina
moderna. É ela que fundamenta a Clínica, possibilitando a correta
interpretação e valorização de sinais e sintomas. Todas as especialidades
médicas estão alicerçadas no estudo da Patologia dos respectivos aparelhos.
Objetivos da Disciplina
- Estudar o que são as doenças, como se originam, e como atuam
alterando a anatomia e a fisiologia dos órgãos e sistemas;
- Lançar as bases racionais do diagnóstico, tratamento e prognóstico;
- Possibilitar a correta interpretação e valorização de sinais e sintomas;
fundamentando a clínica
- Ampliar a consciência universalista do acadêmico de biologia.
Breve Histórico
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pormenorizados como o de Vesalius, que a Anatomia Normal foi definida. Este
foi o primeiro e indispensável passo. Como distinguir o anormal sem ter o
normal como pano de fundo? A partir daí, tudo o que diferia do normal passou
a constituir uma alteração patológica.
O Ponto de Mutação
Fritjof CAPRA
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I CHING
YIN YANG
Terra Céu
Lua Sol
Noite Dia
Inverno Verão
Umidade Secura
Frescor Calidez
Interior Superfície
Feminino Masculino
Contrátil Expansivo
Conservador Exigente
Receptivo Agressivo
Cooperativo Competitivo
Intuitivo Racional
Sintético Analítico
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Saúde individual
Saúde social
Saúde ecológica
Estruturas Celulares
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Nos estados de saúde, as reações energéticas do organismo ocorrem
respeitando padrões de tempo, de local e de intensidade que indicam estados
de normalidade dessas reações.
Reações Homólogas: são as reações que obedecem a esses padrões
de normalidade; são comuns a todos os indivíduos de uma determinada
espécie, podendo-se determinar, com isso, suas formas e funções normais.
- no tempo,
- no local,
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3) - heterometria: alteração na intensidade da resposta do organismo:
Ex.: O aumento da quantidade de muco nas vias respiratórias, fato comum de
estados gripais, é uma manifestação corpórea rotineira.
“O que você acha que é saúde neste mundo cercado de doenças? Não
basta achar que se alguém não tem doença, está bem de saúde – essa dádiva
que se manifesta pelo entusiasmo, disposição e alegria de viver. Sob esse
critério, passe os olhos à sua volta, analisando quem realmente pode ser
considerado saudável nos dias de hoje. A maioria sobrevive no perigoso limiar
de ainda não ter manifestada uma enfermidade física apesar de sentir-se sem
energia, mal, e desconhece a causa disso.
Mas o que mais deve deixar a cabeça do brasileiro sem saber o que vem
a ser saúde é, sem dúvida, o chamado “plano de saúde”. Todos têm esse plano
de doença necessário para o caso de internações, exames laboratoriais,
consultas médicas... Como se pode perceber, ele se ocupa unicamente em
atender a doença. Nada nesse planos privilegia a saúde.
É obvio que, com esse tipo de enfoque, as pessoas não podem mesmo
entender o que vem a ser saúde. Isso confunde as pessoas que acham que,
porque não estão doentes, têm saúde. Nem sempre isso é verdade. A maioria
das pessoas não está doente, mas também não têm saúde.
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qualidade que vão nutrir a perfeita elaboração de química interna nos bilhões
de reações que ocorrem no organismo todo o tempo.
Etiopatogenia da doença:
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das Alterações Regressivas, ou seja, das lesões relacionadas com as
alterações metabólicas celulares.
Bruce Lipton
Pesquisador de células-tronco
O ambiente exerce controle sobre as células a partir de suas
membranas. Isso implica uma íntima relação mente-corpo.
Desde 1.980, os cientistas sabem que os genes não controlam a vida,
mas a maior parte da imprensa divulga o contrário.
Biólogos convencionais consideram que o núcleo (que contém os genes)
controla a vida.
Já a “nova” biologia diz que:
A membrana celular (a pele da célula) é a estrutura que primariamente controla
o comportamento e a genética de um organismo.
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A membrana citoplasmática contém interruptores moleculares que
regulam as funções da célula em resposta a sinais do ambiente; ou seja, o
ambiente controla a célula.
A mecânica quântica demonstra que as forças invisíveis em movimento
nos campos são os fatores fundamentais que modelam a matéria (morfostase).
Energia vibracional, como a luz, som e outras energias eletromagnéticas
influenciam profundamente todas as funções celulares (homeostase).
Quem está no comando do corpo:
• Nas primeiras semanas do desenvolvimento do embrião são os genes.
• Na fase fetal:
• Morfostase e homeostase são ajustadas de acordo com a percepção da
mãe, que, via placenta, influencia a genética e a programação
comportamental do feto.
Como os sinais ambientais são lidos e interpretados pelas percepções da
mente, ela se torna a força básica que, em última instância, modela a vida de
uma pessoa.
As funções do corpo derivam do movimento das moléculas (basicamente
proteínas). As moléculas mudam de forma em resposta a cargas
eletromagnéticas ambientais. Hormônios e remédios podem oferecer essas
cargas indutoras de movimentos.
Campos de energia vibracional também fazem as moléculas mudar de
forma e ativar suas funções. Enzimas de proteínas podem ser ativadas num
tubo de ensaio por substâncias químicas e por freqüências eletromagnéticas,
como onda de luz.
A mente também gera campos eletromagnéticos que são captados pela
membrana citoplasmática.
Darwin observou que a mutação seria aleatória, não influenciada pelo
meio e por seleção natural. Desde 1.988, tem se verificado que quando
estressados os organismos têm mecanismos de adaptação molecular para
selecionar genes e alterar o seu código genético, ou seja, podem mudar sua
genética em resposta a experiências ambientais.
Em 1.967, Lipton distribuiu células idênticas em 3 placas de cultura com
diferentes meios de crescimento. Ele observou que os 3 grupos celulares se
diferenciaram em:
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• 1. musculares
• 2. ósseas
• 3. adipócitos.
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Unidade 2
Degenerações e Infiltrações
A) alteração hídrica;
B) alteração lipídica;
C) infiltração protéica;
D) degeneração protéica
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uma diminuição da atividade mitocondrial, uma vez que esse íon é essencial
para o funcionamento da mitocôndria.
Alterações Lipídicas
Esteatose
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gorduras. Resumidamente, as gorduras são absorvidas pelo intestino, passam
para o sangue e chegam ao fígado, órgão responsável pela oxidação dos
ácidos graxos e pela mobilização de mais gordura dos depósitos adiposos
quando esta é necessária. As células hepáticas são, pois, mais sensíveis a
solventes de gorduras, como o tetracloreto de carbono, o clorofórmio e o álcool.
Esses agentes podem atuar diretamente na estrutura da gordura ou agir sobre
a mitocôndria da célula, comprometendo a sua função.
Aterosclerose
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artérias decorrente da presença heterotópica de gorduras. Essa camada é a
que mantém contato direto com o fluxo sanguíneo.
Patogenia
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Alterações regressivas celulares que provocam o aparecimento de
material nos tecidos cujo aspecto é róseo e vítreo nos preparos histológicos
corados por hematoxilina e eosina.
Arterioloesclerose
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Hialinização por fibras colágenas
Poucas células
Deposição de colágeno
Amiloidose
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Deposição de material hialínico de natureza protéica no interstício, de
maneira localizada ou generalizada.
Unidade 3
Calcificações Patológicas
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Calcificação heterotópica sobre matriz orgânica não previamente
preparada; é a deposição anormal de sais de cálcio e outros sais minerais
heterotopicamente. Em outras palavras: a calcificação patológica se localiza
fora do tecido ósseo ou dental, em situações de alteração da homeostase e da
morfostase.
Calcificação Distrófica
Calcificação Metastática
Calculose ou Litíase
Patogenia
Unidade 4
Pigmentação
Alteração no grau de pigmentação do interior das células.
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O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são
indicativos de que a célula sofreu agressões. Uma pigmentação anormal é
mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular, portanto, é
patológica.
Pigmentação Exógena
Pigmentação Endógena
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Tem sua origem nos casos de lise hemática, de doença hepatocítica ou de
obstrução das vias biliares.
Pigmentos Melânicos
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Albinismo: forma recessiva e autossômica; localizada principalmente na
região do crânio; os melanócitos encontram-se em número normal, mas não
produzem pigmento.
Unidade 5
Alterações Circulatórias
- intracelular,
- intersticial
- e intravascular.
Edema
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Normalmente, 50% da quantidade de líquido corpóreo se localizam na
célula, 40% estão no interstício, 5%, nos vasos e os outros 5% compõem os
ossos. Essa distribuição dos líquidos intersticial e vascular é mantida às custas
da existência de uma hidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm uma
troca equilibrada desses líquidos. O movimento do líquido do sistema
intravascular para o interstício ocorre, em grande parte, devido à ação da
pressão hidrostática do sangue. Essa saída do líquido do vaso se localiza na
extremidade arterial da rede vascular. O seu retorno do interstício para o vaso
se dá, principalmente, às custas da pressão oncótica sanguínea, aumentada na
porção venosa. Durante essa dinâmica, fica uma certa quantidade de líquido
residual nos interstícios. Esse líquido é drenado pelos vasos linfáticos,
retornando depois para o sistema vascular.
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Os edemas podem aparecer sob duas formas:
Hiperemia ou Congestão
Classificação
Trombose
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Coagulação intravascular do sangue em um indivíduo vivo.
A trombose pode evoluir para a sua total lise (devido à ação do sistema
fibrinolítico da hemostasia), sofrer deslocamento ou embolização, calcificar-se
(calcificação distrófica) ou organizar-se (é invadido por capilares e fibroblastos,
sofrendo recanalização). Além da embolia, o trombo pode obstruir as vias
sangüíneas, levando à morte celular da região irrigada (isquemia e infarto).
Embolia
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Presença de substância estranha ao sangue caminhando na circulação,
levando à oclusão parcial ou completa da luz do vaso em algum ponto do
sistema circulatório.
Isquemia
Etiologia
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a) Causas angiomecânicas extrínsecas (ação mecânica sobre o sistema
sangüíneo ocasionada por agente externo ao organismo, por exemplo,
compressão arteriolar por próteses totais sobre a mucosa).
Conseqüências
Infarto
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A diminuição da quantidade de sangue ou a sua não chegada aos
tecidos pode provocar a morte destes. Nesse caso, o processo de
irreversibilidade da vitalidade tecidual é denominado de infarto.
Tipos
Hemorragia
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Saída do sangue para fora da luz dos vasos.
Etiopatogenia
Causas
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Se a perda de sangue for local e não envolver órgãos vitais, as
hemorragias não possuem maiores significados clínicos; a massa sangüínea é
reabsorvida sem grandes complicações. Dependendo da extensão, podem
causar pigmentação endógena ou até mesmo fibrose cicatricial.
Se, por outro lado, a hemorragia for sistêmica, pode originar o choque
hemorrágico. Este é causado por uma diminuição do aporte sanguíneo
periférico devido à perda excessiva de sangue. Perdas que envolvam mais que
um terço do volume sangüíneo corpóreo (cerca de 1,5 a 2 litros) podem levar à
morte. É importante acrescentar que, dependendo da localização, pequenas
hemorragias podem gerar efeitos clínicos mais graves, como é o caso das
hemorragias cerebrais.
Choque
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Unidade 6
Necrose
Etiologia:
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1) Picnose: o núcleo apresenta um volume reduzido e torna-se
hipercorado, tendo sua cromatina condensada; característico na apoptose;
Tipos de Necrose
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1) Necrose por coagulação (= isquêmica): causada por isquemia do
local. É freqüentemente observada nos infartos isquêmicos. Há perda da
nitidez dos elementos nucleares e manutenção do contorno celular devido à
permanência de proteínas coaguladas no citoplasma, sem haver rompimento
da membrana celular. Há permanência das células necróticas no tecido como
restos ‘fantasmas’. São removidos lentamente por fagocitose a partir da
periferia da área necrótica.
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Citoplasma com vacuolizações
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7) Necrose hemorrágica: quando há presença de hemorragia no tecido
necrosado; essa hemorragia às vezes pode complicar a eliminação do tecido
necrótico pelo organismo.
Unidade 7
Inflamação
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vascular, dos componentes líquidos e celulares, bem como por adaptações do
tecido conjuntivo vizinho.
- movimentos novos,
- alterações de forma
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Momentos da Inflamação
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4) Fase degenerativa-necrótica: composta por células com alterações
degenerativas reversíveis ou não (neste caso, originando um material
necrótico), derivadas da ação direta do agente agressor ou das modificações
funcionais e anatômicas conseqüentes das três fases anteriores.
Manifestação clínica
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Fenômenos Irritativos
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mecanismos de quimiotaxia celular, contribuindo para a exsudação celular.
Compreendem substâncias plasmáticas e lipídios ácidos.
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A Prostaglandina participa de fases mais tardias da inflamação; é um
composto de cadeias longas formadas por ácidos graxos, tendo sido observado
primeiramente no líquido seminal (daí ter o nome de prostaglandina - "prosta" =
próstata; "glandina" = "glândula"); provocam contração das células endoteliais e
vasodilatação e potencializam as respostas vasculares oriundas da ação da
bradicinina.
Fenômenos Vasculares
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tecido. Além da hiperemia acontecem a isquemia e o edema. Esses três
fenômenos, juntos, formam um conjunto de respostas vasculares imediatas à
presença do estímulo agressor, sendo esse conjunto denominado de Tríplice
resposta de Lewis.
Fenômenos Exsudativos
1. Exsudação Plasmática
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É a saída de plasma para fora da luz vascular, com quantidades
diversas de água, eletrólitos e proteínas.
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A exsudação plasmática é a responsável pela formação do edema
inflamatório. O edema inflamatório segue a definição dada aos edemas em
geral. Difere destes por ser composto por macromoléculas como albuminas,
globulinas e fibrinogênio, constituindo o exsudato. A passagem deste da luz
para o interstício segue a mesma etiopatogenia dos demais edemas. O
aumento da permeabilidade vascular, fato não observado nos demais
fenômenos de saída de plasma para fora do vaso, é peculiar aos edemas
inflamatórios.
Exsudação Celular
45
Os movimentos migratórios celulares são devidos, principalmente, à
abertura de fendas na parede vascular - o aumento da permeabilidade, como
foi visto -, aliada à liberação de mediadores químicos com ação de quimiotaxia,
citados na fase irritativa. Colaboram com esses fatores a diminuição da
velocidade sanguínea - decorrente das modificações hemodinâmicas
apresentadas na fase vascular - e, principalmente, a adesividade das células
do tecido vascular (como hemácias e leucócitos) aos endoteliócitos. A
marginação dessas células e seus movimentos de diapedese em direção às
fendas previamente formadas é que caracterizam uma exsudação celular, ou
seja, os fenômenos celulares.
Fenômenos Celulares
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célula emite um pseudópodo (estrutura semelhante a pé) e, depois, o corpo
celular.
1) Inflamação aguda:
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Eosinófilos: encontrados nas inflamações subagudas ou relativas a
fenômenos alérgicos e em alguns processos neoplásicos. Sua
capacidade de fagocitose é menor que os neutrófilos.
2) Inflamação crônica:
4. Tempo de exposição.
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Inflamação causada por um agente
químico, cimento cirúrgico (CC). Esse
cimento é utilizado após cirurgias,
como protetor do local, e em geral
não provoca reações no paciente.
Veja como esse hospedeiro reagiu a
esse agente químico: vemos os
sinais cardinais da inflamação e um
foco de necrose
Fatores Ligados ao Local
Agredido
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diagnóstico da doença mesmo sem a visualização do seu agente causal.
Manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a forma de pequenos
grânulos; daí o nome "granuloma".
Unidade 8
Reparação
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2. Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido conjuntivo
fibroso. É a forma mais comum de cura dos tecidos inflamados. Nela se tem
uma reposição tecidual, porém a anatomia e a função do local comprometido
não são restituídas. Para que possa haver cicatrização completa, são
necessárias eliminação do agente agressor, irrigação, nutrição e oxigenação.
a) Fatores Locais
Fatores Gerais
Unidade 9
51
os distúrbios adquiridos desenvolvem-se após o nascimento durante os
processos de renovação das populações celulares.
Feto diencéfalo
52
Foto 1 e 2 (detalhe) uma criança que, durante a organogênese, desenvolveu um
segundo feto em seu abdômen; foto 3: uma situação semelhante a foto anterior, um
dente (dente 1) que contém outro dente (dente 2) em seu interior.
Fatores Genéticos
53
Fatores Ambientais
Fatores Cronológicos
Fatores Constitucionais
Alterações de Desenvolvimento
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células, porém, estas conservam morfologia e função normais; o tecido ou
órgão é que tem o volume e a função diminuídos. Ex.: hipoplasia do esmalte
dentário. Em algumas situações, como em órgãos pares, a hipoplasia pode
passar despercebida.
Alterações de Crescimento
55
E: atrofia de papilas linguais; halo branco degeneração hídrica; D: hiperplasia
da gengiva medicamentosa.
Alterações de Diferenciação
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crônicas. Ex.: a célula cilíndrica dos epitélios respiratórios pode adquirir
características de célula escamosa (semelhante a do epitélio cutâneo).
D: Metaplasia escamosa em cisto localizado na cavidade nasal. Este cisto está recoberto por
epitélio estratificado e células com formato ovóide e poligonal (epitélio escamoso). E: como
deveria ser o epitélio, o qual deveria ser respiratório (com células ciliadas - cabeça de seta e
cilíndricas).
Unidade 10
Neoplasias
A teoria de que a origem das neoplasias, bem como dos demais grupos
de patologias está no código genético está cada vez mais forte hoje. Isso indica
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que a célula-mãe, estando alterada geneticamente, passará essa alteração
para as células-filhas.
Etiologia
Agentes Físicos
Agentes Químicos
Agentes Biológicos
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a) virais: o DNA - vírus incorpora-se ao genoma humano ou participa
diretamente dos mecanismos de multiplicação celular, incluindo suas proteínas
nesse processo. Os RNA - vírus, ao contrário, copiam seqüências genéticas
humanas e passam a interferir diretamente
nos mecanismos celulares. Acredita-se hoje
que muitos vírus participem dos processos
neoplásicos haja visto sua interferência no
genoma humano. Os mais estudados são o
HPV (papilomavírus humano), como
possível causador de carcinomas de colo
uterino, e o citomegalovírus, como causador
de linfomas.
Nomenclatura
Classificação
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Os tumores benignos apresentam suas células semelhantes às do tecido
de origem. Seus núcleos não estão alterados, ou seja, a célula neoplásica é
indistinguível da normal. Porém, há formação de um arranjo tecidual diferente
que segue os padrões de formação citados anteriormente.
Classificação Histogenética
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crescimento. As neoplasias malignas, por exemplo, principalmente as epiteliais
de revestimento, aparecem muitas vezes ulceradas.
Biópsia
Citopatologia Oncótica
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Pesquisa individual dos elementos neoplásicos, com material obtido por
intermédio de raspagem do local (e não de incisão como na biópsia).
Crescimento Secundário
Unidade 11
62
O oxigênio tende a modificar todos os componentes celulares passíveis
de oxidação, mas, sobretudo os componentes insaturados como os ácidos
graxos. Oxidar significa perder elétrons.
Carotenos
Vitamina E
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Foi descoberta no início da terceira década do século XX. O resultado
mais marcante da carência dessa vitamina era a perda da capacidade de
reprodução em todos os animais testados.
Vitamina C
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Os níveis de vitamina C no sangue são baixos em pacientes com
aterosclerose e em fumantes. No escorbuto encontram-se lesões na íntima das
artérias indistinguíveis daquelas encontradas na aterosclerose. Demonstrou-se
que ela inibe a formação de nitrosaminas, substâncias cancerígenas.
Breve histórico:
Médicos babilônicos já dissecavam animais aproximadamente em 2.250
a.C. Hipócrates, 460 - 377 a.C, começou a usar animais em seu estudo.
Cláudio Galeno, 129 – 199, fez estudos comparativos entre macacos e
humanos.
Contribuição de cada um
Ratos
• Ratos:
• Viagra;
• Diabetes;
• Alzheimer;
• Distrofia muscular;
• Doenças neurológicas degenerativas;
• Diversos tipos de câncer.
Gatos
• Avanços na oftalmologia:
• Correção de estrabismo;
• Tratamento do glaucoma;
• Cirurgia de catarata.
Porquinhos da Índia
• 23 prêmios Nobel;
• Descoberta da vitamina C;
• Do Bacilo da Tbc;
• Da adrenalina.
65
Porcos
• Células modificadas transplantadas em humano para o tratamento de
derrames.
Ovelhas
• 1º. Mamífero clonado;
• Tentativa de criar medicamentos contra hemofilia e a fibrose cística a
partir do leite de clones.
Furões
• Estudos relacionados à reprodução humana.
Cavalos
• Antídotos e vacina contra a difteria;
• Preferidos dos oncologistas: estrutura celular muito parecida com a
humana
Hamster
• Estudo da melatonina
• Descoberta da falta de insulina na diabetes;
• Desenvolvimento de técnicas de cirurgia cardíaca.
Cuíca – espécie de gambá
• Estudos sobre o sistema imunológico e o cromossomo X
Carências Nutricionais
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2) deficiência de absorção por alterações da mucosa intestinal;
Energia
Deficiência
Na criança
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Diarréia e anemia são freqüentes, mas não há edema. Em geral, o apetite é
afetado e as crianças tornam-se irritadiças. A pele descama-se com freqüência
toma aspecto de pergaminho.
Excesso
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resistência à insulina, hipertensão arterial e aterosclerose. Ácidos graxos
liberados da gordura intra-abdominal caem no sistema porta e se oferecem
diretamente ao fígado, o que predispõe ao à síndrome plurimetabólica e à
esteatose hepática. Já a obesidade periférica, mais comum em mulheres, é
menos danosa.
PROTEÍNAS
Deficiência
Excesso
FIBRAS
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Na cavidade oral, as fibras contribuem para a limpeza dos espaços
interdentários e das gengivas. Evita-se a criação de um ambiente propício ao
aparecimento da cárie e doença periodontal.
VITAMINAS
Vitamina A
Hipovitaminose
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No macho há parada da espermatogênese e degeneração das células
de Sertoli, que descamam na luz dos túbulos seminíferos; as células
germinativas chegam até o estágio de espermatócito. Em conseqüência, o
indivíduo tem azoospermia e o testículo se torna hipotrófico. Na fêmea, ocorre
metaplasia no endométrio que pode impedir o aninhamento do ovo; caso esse
se implante é absorvido posteriormente. Se chega a se desenvolver, a
gestação é interrompida por infecções bacterianas da placenta.
Hipervitaminose
Vitamina D
Hipovitaminose
Hipervitaminose
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Não se conhecem casos de hipervitaminose D por exposição constante
a luz solar. Ela pode acontecer por ingestão excessiva da vitamina. Os sinais e
sintomas são: hipercalcemia, hipercalciúria, desidratação e cálculos renais. Nos
ossos formam-se áreas de desmineralização, enquanto aparecem zonas de
calcificação no tecido conjuntivo de qualquer parte do corpo, nas fibras
musculares cardíacas, nos músculos esqueléticos, na parede das artérias e,
sobretudo nos rins. É comum o aumento da fragilidade =das hemácias, com
tendência à hemólise.
Vitamina E
Hipovitaminose
Hipervitaminose
Vitamina K
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O recém-nascido possui baixas quantidades dessa vitamina, uma vez
que a placenta não é boa transportadora de lipídeos. A deficiência pode
acontecer em adultos em casos de má absorção intestinal.
Tiamina
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atrofia do epitélio, chamada de língua escrotal. Em muitos casos há alterações
tróficas da pele, em especial nas dos genitais externos.
Niacina
Vitamina B6
Ácido Pantotênico
Biotina
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ovo crua durante cindo semanas manifestaram depressão, sonolência,
lassidão, alucinação, ansiedade, dores musculares e hiperestesia.
Vitamina B12
Folacina
Vitamina C
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subperiósteas; osteoporose difusa; microfraturas; hemorragias do tecido
periodontal e perda de dentes.
MINERAIS
Ferro
Cálcio
Fosfatos
Zinco
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Há evidências que níveis elevados de zinco na dieta sejam associados a
câncer de estômago e esôfago. A terapêutica com zinco favorece a
cicatrização.
Cobre
Magnésio
Selênio
Fluoreto
Iodo
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A carência de iodo e dos hormônios tireoidianos provoca lesões: 1) no
tecido conjuntivo; 2) no esqueleto; 3) no sistema nervoso; 4) no epitélio
folicular; da tireóide e dilatação dos folículos por acúmulo de colóide pobre em
hormônios, gerando o aumento da glândula – o bócio.
Textos Complementares
1. Aterosclerose
Essa afecção cosmopolita das artérias parece iniciar-se com uma lesão
endotelial. Monócitos aderem ao local, migram para a íntima e transformam-se
em macrófagos. Macrófagos possuem receptores para lipoproteínas de baixa
densidade (LDL), ricas em colesterol. Através deles, a LDL é endocitada.
Contudo, macrófagos não possuem sistemas enzimáticos de degradação do
colesterol; o acúmulo deste no citoplasma forma as chamadas células
espumosas, que constituem os primeiros elementos na formação da placa
ateromatosa.
Energia
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hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Além disso, a alimentação
hipercalórica favorece o aparecimento da obesidade que por sua vez, é fator
predisponente ao aumento dos níveis de colesterol no sangue e, também, à
hipertensão.
Lipídeos
Proteínas
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Em humanos, o excesso de proteínas na dieta promove hiper-
homocisteinemia, fator de risco de aterosclerose. Portanto, o consumo elevado
de produtos animais aumenta o risco de aterosclerose por três fatores:
gorduras saturadas, colesterol e proteínas.
Carboidratos
Fibras
Minerais
Fatores Protetores
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4) produtos marinhos ricos em ácidos graxos da família do linolênico;
2. Neoplasias
2) deficiência de nutrientes;
3) excesso de nutrientes.
8% com o álcool.
Energia
81
Dados recentes mostram que o exercício físico regular protege contra
câncer de cólon, mama, próstata, rim, pulmão e endométrio.
Proteínas
Lipídeos
Fibras
Vitaminas
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Vitamina C, E e carotenóides exercem proteção por suas propriedades
antioxidantes. Dados epidemiológicos indicam que níveis baixos de folacina na
dieta associam-se a maior incidência de câncer colorretal e de seu precursor, o
adenoma. Parece que a deficiência de folato pode contribuir para danos no
DNA. A vitamina D, através de seu metabólito calcitriol, tem papel protetor
contra o câncer do cólon.
Minerais
Álcool
Frutas e Hortaliças
3. Afecções Intestinais
4. Diabetes
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Duas das doenças de maior prevalência no homem encontram-se na
cavidade oral: cárie dentária e doença periodontal que incidem em cerca de
97% e 75% da população mundial, respectivamente. A cárie afeta o dente e a
doença periodontal compromete os tecidos moles e o osso que circundam o
dente.
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tamponamento, além de favorecerem a remoção de resíduos de alimentos dos
sulcos gengivais.
Aditivos e Contaminantes
Considerações Finais
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1. reduzir a ingestão total de gordura para 30% ou menos das calorias
totais; a ingestão de ácidos graxos saturados deve corresponder a menos de
10% das calorias totais; a ingestão diária de colesterol deve estar aquém de
300 mg;
A obesidade pode ser vista hoje como uma epidemia global: uma
pandemia. O problema só tem aumentado. Sua raiz é mais profunda. Está na
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própria evolução humana, desde a época em que a espécie lidava com a
escassez de alimentos.
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fixou as populações nômades. Vegetais cultivados contêm aminoácidos,
vitaminas e sais minerais diferentes da fase anterior.
Lemonick, nos EUA, diz que se você estivesse louco por biscoitos, um
século atrás, tinha de acender o forno a lenha e preparar uma fornada. Se você
quisesse manteiga tinha de bater o creme do leite fresco da vaca. Se quisesse
um bife tinha de abater a rês. Agora você entra no seu veículo e dirige até o
supermercado mais próximo – ou, se isso exigir muito esforço, você dá um
telefonema ou envia o seu pedido pela Internet e a encomenda em seguida é
entregue na sua porta. Em síntese, o esforço físico embutido na busca pela
comida, um dos fatores essenciais da boa forma de nossos antepassados, não
é mais necessário.
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saúde pública do Brasil na área alimentar não é mais a desnutrição, mas sim a
obesidade.
Categorias
Bibliografia
1. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Et al. Bogliolo Patologia Geral. 2ª. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2.004. 365 p.
2. www.fo.usp.br/lido/patoartegeral
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