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CÓDIGO BIOLÓGICO
AS 5 LEIS BIOLÓGICAS
DA NOVA MEDICINA GERMÂNICA

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Sumário
Apresentação ....................................................................................... 6

Profissionais ......................................................................................... 8
Dr. Alan Dantas Amaral .................................................................... 8
Dra. Francielle Godoy ....................................................................... 9

Prólogo ............................................................................................... 12

A Nova Medicina Germânica ............................................................. 16


Dr. Hamer ....................................................................................... 21
DIRK HAMER ................................................................................... 23
Verificações da Nova Medicina Germânica .................................... 26
O Desenvolvimento da Nova Medicina Germânica (NMG) ............ 28
A filogênese ................................................................................ 28
Ontogênese ................................................................................ 29
A Embriologia ............................................................................. 30
Os Folhetos Embrionários........................................................... 33

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1ª lei biológica - A lei Férrea do câncer ............................................. 41
Conflito biológico x conflito psicológico ......................................... 43
Raios do conflito ......................................................................... 45
Os Focos de Hamer (FH) ............................................................. 49
Palavras biológicas...................................................................... 52
A Lateralidade ............................................................................. 55
O córtex territorial ...................................................................... 62
O embate hormonal .................................................................... 63

2ª lei biológica - A fase bifásica ......................................................... 67


O sistema nervoso autônomo (SNA) .............................................. 67
A etapa bifásica .............................................................................. 69
Normotonia ................................................................................ 70
A fase ativa do conflito (FA)........................................................ 70
A fase de reparação .................................................................... 73

3ª lei biológica – “O sistema ontogenético das doenças” ................ 84


Comportamento embrionário dos tecidos ..................................... 84
Exemplos práticos........................................................................... 88
O estômago ................................................................................ 88
A tireoide e paratireoide ............................................................ 90

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4ª lei biológica – O sistema ontogenético dos micróbios ................. 94
O papel benéfico dos micróbios durante a fase de cura de um
programa biológico de sobrevivência (SBS) ................................... 94
Os micróbios só entram em ação na fase de cura...................... 95
Micobactérias ............................................................................. 98
AS BACTÉRIAS ........................................................................... 100
Os vírus ..................................................................................... 101

5ª lei biológica – “A quintessência” ................................................ 103


A terapia da Nova Medicina Germânica ....................................... 105
OS 13 CONSELHOS DO DR HAMER ........................................... 106

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Apresentação

O corpo humano é basicamente constituído de células que


interagem entre si e constituem o que hoje chamamos de ser
humano. Muitas de suas funções bem como o seu modo de
funcionamento já são bastante conhecidos. A ciência possui um
vasto conhecimento dos seus aspectos anatômicos, fisiológicos e
bioquímicos.

Seria ousar buscar compreender qual é a inter-relação destes


sistemas com a forma biológica que nosso corpo reage aos
estímulos que vêm do ambiente? Será que estamos resumimos a
conceitos de múltiplos sistemas [cardiovascular, respiratório,
digestório, nervoso, endócrino, excretor, reprodutor, esquelético,
muscular, imunológico, linfático, tegumentar] que apenas
interagem entre si em busca de um equilíbrio orgânico, e assim
garantir a nossa sobrevivência?

Como será que estas células poderiam interagir para determinar


um comportamento dito reacional? E Como poderia ser a vida se
fossemos capazes de compreender o funcionamento das nossas
percepções e da biologia comportamental?

Convidamos vocês a conhecer as 5 leis biológicas descobertas


pelo Dr. Hamer, através de uma sólida base teórica que poderá ser
constatada por qualquer um de nós. Precisaremos apenas mudar a
nossa forma de percepção, abrindo a mente para conceitos
diferentes de tudo que fomos acostumados a acreditar ser verdade.

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Será então que existe um código biológico, ou algo que se
assemelhe a um manual de instruções?

As 5 leis biológicas se propõem a explicar, embasados nos


estudos da embriologia humana, filogênese e ontogenia (relação
evolutiva das espécies e o desenvolvimento do ser humano),
juntamente com as leis da natureza, como o corpo humano
interage com o ambiente à sua volta, suas possíveis reações e as
diferentes percepções que diferentes indivíduos podem ter de uma
mesma situação.

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Profissionais

Dr. Alan Dantas Amaral

Fisioterapeuta de formação desde 2006, teve seu primeiro contato


com os ensinamentos da 5 leis biológicas em 2009 através de
pesquisas realizadas na internet. Desde sua formação acadêmica,
já se interessava por compreensões do corpo humano sob as
diferentes óticas possíveis. Em 2010, ainda trabalhando no
Hospital Português em salvador, iniciou sua formação na
Microfisioterapia tendo a honra de conhecer os criadores do
método, os fisioterapeutas e osteopatas Daniel Grosjean e Patrice
Bénini, ambos franceses.

Imagem 1: Dr. Alan Dantas Amaral.

Em 2012 recebeu a certificação de Medicina Psicobiológica pela


Asociación Argentina de Medicina Psicobiológica, dirigida pelos

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médicos Dr. Fernando Callejón e Dr. Diego Paillole. Concluiu sua
formação da Microfisioterapia em 2014 e em 2015 ingressou na
formação de Nova Medicina Germânica sob orientação do
médico mexicano Dr. Luís Felipe Espinosa Del Valle.

Continuou seus estudos no mesmo segmento e em 2016 teve o


imenso prazer de conhecer Josie Kromer, terapeuta francesa que
lhe deu condições de obter novas percepções e compreensões
sobre a vida além de impulsionar seus estudos na área do
comportamento humano em suas conferências sobre os
“Memória e informação - Ciclos de uma vida”. A cada novo
encontro, os fundamentos e orientações acerca das 5 leis
biológicas foram aprofundados e intensificados de uma forma
muito especial e significativa, vivenciando na pele, os verdadeiros
métodos e forma de aplicar todo o conhecimento adquirido.
Durante este mesmo período, obteve os conhecimentos técnicos e
precisos do fisioterapeuta e osteopata belga, Dr. Emanuel Corbel
durante a formação da “Leitura Biológica”.

Atualmente Dr. Alan Dantas atua tanto no segmento da medicina


Psicobiológica quanto nos segmentos da fisioterapia ortopédica e
quiropraxia clínica, além de estar em processo de formação em
Osteopatia pela Escuela de Osteopatia de Madrid. Todo o estudo
e formações adquiririas são trabalhados em consonância com os
conceitos da 5 leis que definitivamente mudaram a sua vida e a
forma como enxerga o próximo.

Dra. Francielle Godoy

Fisioterapeuta de formação desde 2008, é especialista no método


Pilates e pós-graduada em Ortotraumatologia e Desportiva.
Iniciou sua formação em osteopatia em 2012 pelo I.D.O.T.
(Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual) onde teve seu

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primeiro contato com as 5 Leis Biológicas. A forma de
abordagem da osteopatia lhe proporcionou uma forma mais sutil
ao tocar seus pacientes, se tornando mais evidente com a imersão
nos estudos da Nova Medicina Germânica. Passou a perceber que
tratar apenas o físico não estava sendo suficiente, e então foi em
busca de outras abordagens que oferecessem um suporte para
tratar e compreender o indivíduo de forma integral.

Imagem 2: Dra. Francielle Godoy.

A formação de Microfisioterapia iniciada em 2012 pelo Instituto


Salgado lhe permitiu expandir o olhar sobre seus pacientes e por
si própria. Em 2013 aprofundou seus conhecimentos em Nova
Medicina Germânica e as 5 Leis Biológicas com o médico
mexicano Dr. Luís Felipe Espinosa Del Valle, potencializando
ainda mais suas percepções sobre a vida. Decidiu também incluir
em seu currículo abordagens energéticas de cura através dos
estudos de Reiki (2013) e Thetahealing (2014).

Viajou para Málaga na Espanha em 2015 para aprender na prática


as abordagens da Nova Medicina e suas aplicações com os

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discípulos do Dr. Hamer, Itiziar Orube e Michael Loidl e ao
retornar par ao brasil, mais uma vez reencontrou o Dr. Luís Felipe
Espinosa para continuar a estudar as 5 Leis Biológicas. Em
outubro de 2015 teve a honra de ser uma das tradutoras do 1º
curso do Michael Loidl, módulos básico e avançado, no Brasil.

Frequentou as conferências da terapeuta francesa Josie Kromer


(2016) em seu curso sobre “Memória e informação - Ciclos de
uma vida”, com conhecimentos associados ás 5 Leis Biológicas,
e neste mesmo período começou seus estudos em Filosofia, na
Nova Acrópole.

Sua busca pelo conhecimento continuou através de


aprofundamentos da nova medicina germânica (2017) com Mike
Loidl na Áustria, formação em Psicogenealogia com Jason Kelly
Thompson (2018), formação em PNL, Hipnose e também em
Eneagrama com Marco Meda. Todas em 2019. Atualmente
ministra cursos das 5 Leis Biológicas, e realiza atendimentos com
Osteopatia, Microfisioterapia e Nova Medicina Germânica em
Taubaté, São José dos Campos e São Paulo. Continua sua busca
pela sabedoria e é uma eterna estudante da Filosofia à Maneira
Clássica.

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Prólogo
Desde o nosso nascimento repetimos comportamentos baseados
no que há gerações já somos acostumamos a fazer.
Racionalizamos que para cada "doença" um remédio deve ser
prescrito para nos curar, e que esta cura só pode vir de alguém.
Hoje em dia, alguns ainda mantém este pensamento mantendo a
ideia de que ir à um médico implica no recebimento de uma
receita. O importante é não sair de mãos vazias. A receita nas
mãos significa um pedaço de esperança para fazer o mal
desaparecer, e confirma a crença de que, se a casualidade da
enfermidade provém do "ambiente externo", a cura portanto só
poderia vir de lá.

Comportamentos de dependência nos fazem progressivamente


ceder às nossas capacidades para conduzir a motivação e
responsabilidade, ou talvez simplesmente porque “preferimos”
que sejam desta forma. Agir assim seria comparativamente como
entregar sua responsabilidade ou “parcela de culpa” de maneira
similar à quando entregamos um carro quebrado na oficina. Basta
trocar a peça quebrada, e está tudo certo. Entregar a
responsabilidade no entanto é muito mais fácil já que não fazemos
ideia do porque ficamos doentes, ou também do porquê
permanecemos saudáveis.

Nos processos de adoecimento, mesmo que um médico não saiba


a causa, ele teria ao menos uma estratégia para empregar, um
sistema que proporcionaria segurança, mesmo que momentânea,
um remédio! A terapia medicamentosa naquele momento poderia

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até ser útil, mesmo que o profissional não conheça a causa. A
sensação de “estar em segurança” impera neste momento, e
“satisfeito” o paciente retorna para casa, esperançoso que tudo vai
melhorar. É importante pontuar que não estamos criticando e
também não somos contra a terapia medicamentosa, mas a forma
com que as coisas veem acontecendo, nos faz muitas vezes
repensar atitudes e decisões que são tomadas por nós.

Vale ressaltar que a quantidade de farmácias em um quarteirão e


até mesmo em uma mesma avenida refletem as condições da
saúde de uma população.

É cada vez mais frequente o número de pacientes que tem


contestado procedimentos, cirurgias, medicamentos, por que
possuem um mínimo de compreensão das opções que eles
possuem. E quando isso acontece, outros profissionais, médicos
e não médicos são visitados.

Com o passar do tempo a medicina aprendeu muito, adquirindo


experiência através não só dos estudos, mas também das
observações e pesquisas científicas. Foi desta forma que ela
alcançou todos os resultados que hoje consegue empregar. É
sabido também, que durante este percurso para a construção da
história e do crescimento, muitos sacrifícios foram feitos, pela
frente e por de trás do alcance onde os olhos podem enxergar.

A imagem que se apresenta nem sempre condiz com a realidade,


sendo muitas vezes sacrificada e omitida em prol dos aspectos
financeiro e dos interesses políticos que estão por trás. Sem querer
entrar no mérito religioso, até poderíamos fazer uma menção
fugaz de seus aspectos. Medicina e a religião percorreram por
muito tempo um longo caminho juntos. Mas com qual propósito?

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Antes da cristianização, povos europeus já acreditavam em
reencarnação. Através do fogo e a espada erradicaram príncipes
de Igrejas passando a utilizar esta sabedoria antiga para falar de
"Céu e Inferno". E respondendo ao propósito da questão, não há
nada mais potente do que o sentimento de medo! O medo da
condenação eterna era a solução perfeita para manter as pessoas
vinculadas por séculos, sob a pena de terem suas almas
subjugadas na escuridão.

Tanto para os homens da Igreja como para os médicos era


importante manter a massa ignorante e fingir o próprio
conhecimento. Para isso, línguas, a exemplo do latim foram
utilizados como o idioma ideal da elite. Pessoas comuns não eram
capazes de compreender, e desta forma centralizaram e criaram a
proteção perfeita contra riscos e críticas. “A linguagem e o
medo”.

O processo de doutrinação se mostrou forte e eficaz e poderia ser


até personificado em uma única palavra: “Segurança”. Porquê se
você possui algo que me interessa, certamente irei em sua direção.
Com o tempo, é possível que nossas capacidades de julgamento
sejam perdidas, e então passamos a acreditar veementemente
naquilo que nos é apresentado.

A capacidade de conversão vai depender de inúmeros fatores,


desde a capacidade de influenciar, o ser influenciável e a
exposição às influências. Manuscritos, textos, códigos de
condutas, propagandas, mensagens subliminares, estas seriam
potentes ferramentas para “nos doutrinar” e “domar”, da mesma
forma que antigamente eram feitos aos animais de circo, hoje já
proibido. Inclusive os aquáticos!

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A retenção do conhecimento se tornou uma forma de
aprisionamento, de criar vínculos de dependência, e até uma
maneira de proteger patrimônios e fontes financeiras. Exemplos
ao longo das histórias das civilizações poderiam nos fornecer
informações capazes de compilar enciclopédias.

A acessibilidade nunca poderia estar ao alcance de todos, e da


mesma forma que ter conhecimento significava ter poder, o
acúmulo ou o saber demais também poderia se tornar
drasticamente perigoso, sendo motivo suficiente para iniciar
disputas e até guerras. O conhecimento pode então ser proibido
em diferente percepções.

Proibir significa “uma ordem para que algo não seja feito”, mas
também pode refletir “uma sentença de desautorização”, ou
simplesmente para “tornar ilegal”. E se ainda não me fiz claro,
talvez com a ajuda de um grande referencial da história da
construção do conhecimento seja mais fácil de compreender.

“Qualquer um que tenha violado um tabu


torna-se tabu porque possui a perigosa
qualidade de tentar os outros a seguir-lhe
o exemplo.” Sigmund Freud

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A Nova Medicina
Germânica
A nova medicina, assim apresentada, surge como uma forma
despretensiosa de reapresentar seus conceitos previamente
impedidos para agregar novas percepções e unificar visões que
podem potencializar a forma que a saúde é vista. Seu propósito
nunca foi e nem vai ser, substituir a medicina convencional.

No momento tecnológico e científico que vivemos atualmente,


não podemos pontuar questões relacionadas aos estudos
científicos, onde os pontos positivos devem ser sempre
enaltecidos, e a parte negativa ou fica nas entrelinhas ou são
suprimidos. Vamos fazer uma reflexão? Se a forma que a
medicina que consumimos alterasse suas percepções além da
forma de abordagem, quem seriam os verdadeiramente
beneficiados os verdadeiramente prejudicados?

Ainda acreditamos que a medicina poderá ser transformada em


diferentes aspectos, permitindo dividir seu altar com outras
verdadeiras possibilidades. Ainda é mínima, mas esta transição
para uma nova medicina já está acontecendo, e deverá mudar
consideravelmente nos próximos anos em todas as áreas, como já
vem acontecendo. Não podemos pensar que tudo está a favor do
contra. Existem sim as pesquisas de fontes respeitáveis que não
se encaixam no sistema do medo, mas não podemos permitir que

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coloquem uma venda ou que nos dominem para enxergar somente
o que é percebido à frente dos olhos.

Na nossa percepção, esperamos que através das cinco leis


biológicas possamos experimentar uma verdadeira mudança de
paradigmas e uma maré de novos conhecimentos. Esta seria a
definição perfeita do termo “nova medicina”.

Para que possamos mergulhar e compreender todo o aspecto que


a nova medicina germânica se propõe a oferecer, primeiro
devemos aprender a raciocinar sem preconceitos. A mudança de
pensamentos e paradigmas requer esforço e dedicação. Tudo o
que enxergamos diferente do que foi aprendido, imediatamente é
taxado como errado ou indevido.

Para compreendermos as 5 leis biológicas, devemos “literalmente


mudar de casa”. Não simplesmente para aceitar, mas para se
permitir ouvir, compreender, e tirar nossas conclusões. O maior
estudo científico já realizado pela humanidade foi através da
Nova Medicina Germânica, sabe porquê? Todos os seus
princípios e ensinamentos podem ser comprovados por qualquer
um, no nosso dia-a-dia, em nossas percepções, e na nossa maneira
de viver, e na nossa saúde.

De forma sintética, as 5 leis biológicas, base dos conhecimentos


da Nova Medicina Germânica se dividem da seguinte forma:

Primeira lei: Explica que toda doença/câncer surge


após um estresse real vivenciado de uma forma
inesperada, um choque. Esse hiper-estresse
desencadeará alterações em nosso cérebro e corpo
simultaneamente, causando a doença. Estes e outros
conceitos serão aprofundados mais adiante.

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Segunda lei: descreve o curso de toda e qualquer
enfermidade baseados nas variações do sistema
nervoso autônomo (parte do nosso sistema nervoso
responsável pelas alterações fisiológicas em resposta a
diferentes fontes de estresse).

Terceira lei: nossa estrutura corporal é originada a


partir de três tecidos especializados definidos pela
embriologia (área da biologia que estuda o
desenvolvimento dos organismos vivos) como
endoderma, mesoderma e ectoderma. Há aqui a
correlação comportamental dos tecidos embriológicos
que formaram o ser humano em um padrão bem
definido de acontecimentos permitindo compreender o
comportamento das doenças.

Quarta lei: Os microrganismos estão em simbiose com


nosso corpo possuindo papel importante nos processos
de reparação e cicatrização do nosso corpo. São as
micobactérias, fungos, bactérias e vírus.

Quinta lei: Toda doença possui um propósito em nosso


corpo. Funciona como um programa biológico de
sobrevivência (SBS) que quando despertado favorece
ao processo de evolução e do instinto de sobrevivência
de cada ser.

Estas leis são uma forma verdadeiramente integralista de


compreender porque adoecemos, como a doença se comporta, e
porque acomete cada ser de forma individual. Oferece diferentes
percepções e conceitos para favorecer a melhor forma de solução
de um problema, ponderando tudo o que precisa ser investido
desde o início até o seu desfecho.

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O grande propósito da Nova Medicina Germânica não é prometer
curas milagrosas, tampouco aprisionar enfermos tirando
oportunidades de tratamentos ou ressecamento de suas reservas.
É garantir uma compreensão mais clara do seu estado de saúde e
doença, trazendo para si uma parcela de responsabilidade sobre
sua melhora. A intervenção com as 5 leis biológicas vão auxiliar
na superação e passagem pelo processo de recuperação de
maneira mais confortável durante seu processo de
reestabelecimento

Com o conhecimento das verdadeiras relações biológicas e


mecanismos de funcionamento do corpo através das 5 leis
biológicas, os profissionais não precisariam mais se esconder
atrás de conceitos incompreensíveis, e nem os pacientes tinham
que se contentar com tão pouco. Cada paciente deve ser
informado sobre o desenvolvimento de sua "doença". Além disso,
devemos estar preparados para assumir a responsabilidade da
nossa saúde ou doença com todas as consequências, mesmo
aquelas que são desagradáveis.

Nos dias de hoje “as novas medicinas” já são praticadas por uma
infinidade de profissionais, e geralmente só são requisitados em
momentos de desespero ou como uma última chance. “Já tentei
de tudo!”. E já que todo o convencional não foi suficiente naquele
momento, vou me arriscar e ver no que vai dar.

Sonhar ainda é a forma mais barata de se pensar em algo, o que


não significa que estaria livre de riscos. E se as “novas medicinas”
já fossem aplicadas realmente da forma que poderiam ser? E se
todo esse conhecimento fosse assimilado pelos profissionais da
saúde, de tal forma a proporcionar um recurso a mais?

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No processo de estudos da Nova Medicina Germânica, houve
uma necessidade de acrescentar o termo “germânica”. Isso
aconteceu devido a existência naquela época de cerca de 15
disciplinas intituladas terapias alternativas, e que também
receberam o nome de “nova medicina”. Teria sido essa uma
forma de aglutinar diferentes conhecimentos expondo-os sem a
possibilidade de defesa?1 No caso da nova medicina que estamos
estudando, o termo germânica foi incluído por que foi a região em
que seus conceitos foram descobertos, a Germânia (Alemanha),
terra dos poetas, pensadores, músicos, inventores e descobridores,
e que também é a mãe de quase todas as línguas europeias. Dr.
Hamer deu a ela então o nome de Nova Medicina Germânica®.

Posteriormente foi rebatizada como Germanische Heilkunde®,


como forma de diferenciá-la, já que numerosos livros,
publicações e supostas terapias surgiram utilizando o nome de
“nova medicina”. Esta segunda denominação, Germanische
Heilkunde®, faz referências a termos do alemão como Heil
(saúde), Heilen (curar), Verkünden (anunciar) e Kundig
(especialista). Os Heilkundigen eram profissionais que não
aceitam as velhas hipóteses, além de ter sido uma estratégia na
época para fugir dos sistemas de controle, proibições e dos riscos
que estes profissionais corriam.

As 5 leis Biológicas são o descobrimentos no campo médico-


biológico realizados pelo Dr. Ryke Geerd Hamer durante a
década de 80 e 90. Formam um modelo científico que mostra de

1 Mais informações em "Einer gegen Alle" do Dr. Hamer (um contra todos),

consulte a bibliografia. "Germanische Neue Medizin® Kurzinformation" 2008,


Amici di Dirk Ediciones de la Nueva Medicina S.L., ISBN: 978-84-96127-31-9,
p. 38 A seguir citado como: Dr. Hamer. "Germanische Neue Medizin ® -
Kurzinformation "(Existe uma versão em espanhol:" New Germanic Medicine
- Presentation ", Edições Amici di Dirk do New Medicine S.L.).

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maneira precisa a conexão entre psique, o cérebro e as mudanças
em nosso corpo.

A Nova Medicina Germânica é um modelo científico que define


a conexão entre estes três níveis, capaz de esclarecer a origem, o
desenvolvimento e o sentido das mudanças que ocorrem no
organismo e intervenções sobre as influências que afetam nossos
sistemas, que conhecemos como “doenças”.

Dr. Hamer

Ryke Geerd Hamer nasceu em 17 de maio de 1935 na Alemanha,


onde foi educado pelo seu pai Heinrich Hamer, um pastor
protestante e sua mãe, uma mulher de descendência italiana.

Imagem 3: Ryke Geerd Hamer, criador das 5 leis da Nova Medicina Germânica.

Aos 18 anos iniciou seus estudos em Teologia na faculdade de


Tübingen, onde conheceu Sigrid Oldenburg, uma estudante de
medicina. Dois anos após, Hamer iniciou seus estudos em
Medicina, casando-se com Sigrid Oldenburg um ano após,

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constituindo uma família com 4 filhos. Finalizou seus estudos de
Teologia em 1957 e em 1961 com 26 anos concluiu a faculdade
de medicina.

Trabalhou como médico intensivista em clínicas da universidade


de Tübingen e Heidelberg onde também exerceu a docência.
Hamer foi também o inventor de um bisturi não traumático que
corta 20x mais que uma lâmina de barbear (Hamer-Scalpel), uma
maca de massagem que se ajusta aos contornos do corpo, uma
serra especial para intervenções ósseas e um aparato que permitia
realizar diagnóstico sorológico transcutâneo. Seus inventos lhe
permitiram alcançar o sonho de começar a tratar gratuitamente os
enfermos dos bairros mais pobres de Roma.

Criou os princípios da nova medicina germânica após sofrer com


a perda do seu filho Dirk Hamer, que morreu em seus braços. Três
meses após o ocorrido, Dr. Hamer adoeceu e foi diagnosticado
com câncer de testículo chegando a se questionar do diagnóstico,
uma vez que sempre foi uma pessoas saudável. Foi a partir deste
momento que ele começou a correlacionar sua doença com o
trauma vivido pela perda de seu filho e decidiu estudar então
sobre o assunto após sua cura.

Foi através de seus pacientes oncológicos que Dr. Hamer passou


a observar, pesquisar e coletar dados para suas inquietações. Em
uma clínica de Munique, passou a questionar seus pacientes
oncológicos a possibilidade de terem experimentado um trauma
intenso e inesperado. E, de fato, sua suposição se confirmava cada
vez que repetia a pergunta, sem exceções. Seus pacientes
revelavam suas histórias, pontuando eventos dramáticos
vivenciados antes de terem sido diagnosticados com câncer. Esse
foi um começo para as descobertas do Dr. Hamer.

22
Comentou com colegas a surpreendente relação na esperança de
que surgisse uma discussão científica, mas foi algo que não durou
muito. Mesmo assim Dr. Hamer decidiu continuar suas
investigações até ter postulado o que chamou de primeira lei
biológica: "A lei de férrea do câncer".

Até essa descoberta, Dr. Hamer ainda possuía uma carreira


invejável. Era elogiado pela sua posição e se desempenho,
inclusive como o médico mais jovem da Alemanha, interno e
titular da patente. Em 1986 teve sua licença médica caçada por
não ter abdicado de suas ideias e teorias, além de sofrer
perseguições e tentativas de assassinato. Chegou a tentar
reapresentar suas teses na Universidade de Tübingen, mas foi
novamente rejeitado.

DIRK HAMER

Dirk Hamer, o segundo filho de Hamer, nasceu em 11 de março


de 1959 em Marburg, Alemanha.

Imagem 4: Dirk Hamer.

Aos 19 anos, Dirk foi baleado acidentalmente pelo príncipe


Italiano Victor Emanuel na Ilha de Cavallo, em Córsega, uma ilha
pertencente ao território francês. Neste mesmo ano Dirk

23
permaneceu hospitalizado por 4 meses contando com o apoio e
esforço de Sigrid e Hamer para salvar sua vida. Dirk faleceu em
7 de dezembro de 1978 em Heidelberg.

Imagem 5: Recorte do jornal noticiando o acidente com Dirk Hamer.

Foi neste período, em 1979, após dois meses da morte de seu


filho, que Hamer foi diagnosticado com o câncer testicular e sua
esposa, Sigrid, com câncer de mama. Essa situação o fez pensar,
como duas pessoas saudáveis que não ficavam doentes
facilmente, de repente com a perda de um filho desenvolveram
um câncer?

Em suas pesquisas e observações com seus pacientes


oncológicos, Dr. Hamer observou que em 100% dos casos havia
um choque traumático. Divulgou suas descobertas sobre a Nova
Medicina Germânica em 1981, escrevendo uma tese de doutorado
para apresentar na faculdade de medicina de Tübingen.

Foi uma tentativa frustrada. Rejeitado de forma unânime pela


banca julgadora, suas teses foram descartadas sob a alegação de

24
que ele passava por um momento de influência e sofrimento
pessoal. Denominada, as 5 leis Biológicas da Nova Medicina
Germânica, Dr. Hamer acreditava que, quando estas leis fossem
aplicadas a um indivíduo enfermo, seria possível compreender a
causa inicial de um sintoma ou doença, seu desenvolvimento além
do processo natural da evolução e cura.

Em 1985 Sigrid morreu em consequência do câncer e


complicações cardíacas. Um ano após Dr. Hamer perdeu sua
licença médica por se recusar a atuar com a medicina
convencional e então, ao ser pego exercendo a medicina sem
licença, foi preso e condenado em 1997 a 19 meses de prisão.
Cumpriu 12 meses e foi solto após o promotor do caso perceber
que de 6.500 pacientes com câncer “terminal” tratados pela Nova
Medicina Germânica, após 5 anos, 6.000 ainda estavam vivos.

Em 9 de setembro de 2004, Dr. Hamer foi preso em sua casa na


Espanha seguindo uma ordem europeia de extradição para a
França, onde foi mantido na prisão francesa Fleury-Mérogis. Foi
condenado a três anos de prisão sem liberdade condicional sob
acusações de “fraude e a cumplicidade na prática ilegal da
medicina”.

Ele havia sido acusado e considerado responsável pela morte de


cidadãos franceses devido a disponibilidade de suas publicações
em francês. Deve ser mencionado que o Dr. Hamer nunca falou
com nenhum dos indivíduos pessoalmente. Ele foi libertado de
seu encarceramento injustificado em fevereiro de 2006 e já em
março de 2007, foi forçado a deixar seu exílio na Espanha e foi
para a Noruega, onde estaria seguro para continuar o trabalho de
sua vida.

25
Após um acidente vascular cerebral (AVC), Hamer faleceu em 2
de julho de 2017, em sua casa em Sandefjord, aos 82 anos. Ele
está enterrado em Erlangen, Alemanha, cidade onde se casou com
sua amada esposa Sigrid.
Em 1991, 13 anos após a morte de Dirk Hamer, o príncipe Italiano
Victor Emanuel foi sentenciado a 6 meses de prisão em liberdade
condicional por porte de armas e em 2017 por 2 anos pelo
assassinato de Dirk Hamer.

Em homenagem ao seu falecido filho Dirk Hamer, Dr. Hamer


definiu uma sigla “DHS” para definir qualquer choque traumático
e inesperado, intitulando de Dirk Hamer Syndrom, ou síndrome
de Dirk Hamer – tradução.

“Eu quero guiar você para o


entendimento das doenças livres do medo
e do pânico!” Dr. Med. Ryke Geerd
Hamer

Verificações da Nova Medicina Germânica

Depois de uma palestra apresentada em Viena, em maio de 1991,


um médico entregou um tomografia computadorizada do cérebro
de um paciente a Dr. Hamer, solicitando informações do estado
orgânico deste paciente.

Haviam vinte colegas presentes, incluindo alguns radiologistas e


especialistas em tomografias. Dr. Hamer teve acesso a várias
imagens, mas tomou em suas mãos filmes que apresentavam o
nível de cérebro. A partir destas tomografias de cérebro, ele foi
capaz de diagnosticar: um novo carcinoma de bexiga
hemorrágica na fase de cicatrização, um carcinoma de próstata

26
antigo, diabetes, um carcinoma de pulmão antigo e uma paralisia
sensorial de uma área específica no corpo e, claro, os conflitos
correspondentes. O médico levantou-se e disse:

˗ "Parabéns, Sr. Hamer! Cinco diagnósticos e cinco


acertos. Isso é exatamente o que o paciente tem.
Fantástico!".

Um dos radiologistas disse:

˗ "Estou convencido do seu método. Como você poderia


adivinhar o novo carcinoma da bexiga sangrando? Não
consegui encontrar nada na tomografia computadorizada,
mas agora que você nos mostrou posso seguir o
resultados." [Entrevista] Perguntas e Respostas do Dr.
Ryke Geerd Hamer.

Imagem 6: Verificações realizadas com Dr. Hamer. Em ordem a partir da esquerda, Viena
(Áustria, 1988), Namur (Bélgica, 1990), Gelsenkirchen (Alemanha, 1992), Trvanská
(Eslováquia, 1998). Nos dias de hoje, há mais de 30 verificações em diversos países.

27
O Desenvolvimento da Nova Medicina Germânica (NMG)

As 5 leis estão baseadas em princípios básicos de filogenia,


ontogenia e a embriologia e não são aplicados aos casos de
traumatismos, acidentes, intoxicações, irradiações.

A filogênese

Para a biologia, a filogenia ou filogênese é caracterizada como o


estudo das relações evolutivas entre as espécies. Este é o termo
rotineiramente utilizado para definir hipóteses de relações
evolutivas de um grupo de organismos e determinar as relações
ancestrais entre espécies conhecidas.

Imagem 7: A teoria evolutiva da espécie.

As ligações que levam à evolução estão relacionadas ao


sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados
morfológicos. Seu objetivo é determinar conceitos de
ancestralidade e descendência num determinado contexto de
evolução considerando as relações de ancestralidade comum

28
entre grupos, baseadas em aspectos morfológicos,
comportamentais, moleculares, entre outras características.

A palavra filogenia vem do grego Filon, que significa “raça”; e


genia, que significa “em relação ao nascimento”. O estudo desta
área abrange o conceito de sistemática filogenética, um tipo de
metodologia que representa as características derivadas de uma
espécie e seu ancestral na árvore genealógica. De uma forma
geral, as análises filogenéticas são de extrema importância para
se conseguir estabelecer as origens evolucionárias das espécies
vivas.

Ontogênese

Ontogenia ou ontogênese descreve a origem e o desenvolvimento


de um organismo, desde a fase inicial de fertilização até a sua
forma adulta. É uma área estudada na Biologia do
Desenvolvimento.

Imagem 8: Esquema ontogenético demonstrando as semelhanças


entre as diferentes espécies.

29
A ontogenia é muito importante no estudo dos seres vivos e
possui muitas ligações com a filogenia. A ideia de que a ontogenia
recapitula a filogenia, isto é, que o desenvolvimento de um
organismo reflete exatamente o desenvolvimento evolucionário
das espécies, está hoje desacreditada. Entretanto muitas conexões
entre ontogenia e filogenia podem ser observadas e explicadas
pela teoria evolucionista.

A Embriologia

A embriologia estuda o processo de formação e desenvolvimento


do indivíduo desde o início da sua formação (o zigoto), até o
nascimento. Ao longo do crescimento embrionário alguns genes
são ativados e outros desativados, e dessa maneira surgem as
diferenciações celulares responsáveis por suas formas e funções
distintas. São estas células que organizam os diversos tecidos que
posteriormente formarão os órgãos e as estrutura do corpo
humano.

As principais fases do desenvolvimento do embrião humano são


a clivagem ou segmentação, gastrulação e a organogênese.

Durante a fase da clivagem o zigoto sofre várias divisões


resultando em um aumento significativo de células. O resultado
são células embrionárias que tornam-se menores a cada divisão
que ocorre.

A etapa seguinte é denominada gastrulação. É uma etapa


importante do desenvolvimento embrionário, pois é nesta fase
que ocorrem o crescimento e a diferenciação das células. O
embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino
primitivo juntamente com a diferenciação dos folhetos
embrionários, originando as três camadas germinativas chamadas

30
de ectoderma, mesoderma e endoderma. Esses folhetos são
responsáveis por originar todos os órgãos, tecidos e estrutura do
embrião.

Imagem 9: As principais fases do desenvolvimento do embrião humano. Todo


processo inicia-se a partir do óvulo, que passa pelo processo de fertilização, se
transforma no zigoto, as fases da clivagem, até se implantar no útero.

Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea,


cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das
glândulas salivares, lacrimais, timo, tireoide e hipófise,
sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros.

Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto


cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga
urinária, entre outros.

31
Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e
ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero,
coração, sangue, entre outros.

A partir da quarta à oitava semana do desenvolvimento


embrionário ocorre o período de organogênese, e ao final dessas
semanas o funcionamento da maioria dos principais sistemas de
órgãos já é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. Ao
término desse período, o embrião já terá aspecto humano.

Imagem 10: Etapas da organogênese divididas em semanas, desde o início da


formação do embrião, até a sua etapa final.

Até que o aspecto humanoide do embrião aconteça, uma série de


eventos importantes ocorrem até o momento final. Em
decorrência deste rápido crescimento embrionário, onde a
velocidade de crescimento lateral não acompanha a velocidade de
crescimento longitudinal, ocasiona em um dobramento do
embrião, dando a ele um aspecto de “C”.

32
Os dobramentos das extremidades deste “C” ocorrem
simultaneamente, produzindo o que chamamos de pregas cefálica
(superior) e prega caudal (inferior).

Na região da prega cefálica serão formadas as estrutura cranianas


(encéfalo, cavidade bucal, região da orofaringe, e o coração
primitivo). A região da prega caudal resultará no crescimento do
que virá a ser a porção terminal das estruturas da coluna vertebral,
além da cloaca, o ânus primitivo. As duas extremidades deste “C”
virão a se tornar dois orifícios do ser humano que se comunicam
através de toda a estrutura digestiva, a boca e o ânus. A porção
mais curva deste “C”, se desenvolverá em função das
extremidades, dando origem a maioria das estruturas do tronco,
vísceras e órgãos abdominais.

A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por


volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de
comprimento. Depois da nona semana até o nascimento, o
indivíduo em formação passa a ser chamado de feto e o
nascimento ocorre em média durante a 38ª semana de gestação.
A vida humana começa em uma única célula, que contém todas
as instruções e informações para o seu crescimento e
desenvolvimento.

Os Folhetos Embrionários

Foi através da compreensão dos processos de desenvolvimento


humano que Dr. Hamer construiu toda sua base conceitual,
correlacionando cada estrutura formada, à sua forma inicial e
percussora. Desta forma foi possível também identificar a
presença de diferentes tecidos em um mesmo órgão. Por exemplo,
o rim em sua estrutura possui a presença dos três folhetos, cada
um, originando uma estrutura específica. Os pulmões possuem

33
origem de apenas dois folhetos, endoderma e ectoderma. E a
pleura/peritônio é originado apenas do mesoderma.

Imagem 11: Representação esquemática dos folhetos embrionários e suas regiões


cerebral correspondentes.

Dr. Hamer ao estudar as características individuais de cada um


desses folhetos, observou comportamentos peculiares, e
subdividiu um dos folhetos embrionários, o mesoderma. Ela os
classificou como mesoderma antigo e o mesoderma novo. Essa
subdivisão aconteceu em função das características formadas a
partir de cada um deles, formando regiões específicas no cérebro
com o controle de órgãos específicos.

Reconheceu então que, o endoderma formará o tronco cerebral, o


mesoderma antigo dará origem ao cerebelo, o mesoderma novo
resultará na substância branca e o ectoderma formará o córtex
cerebral.

34
Imagem 12: Subdivisão esquemática proposta por Dr. Hamer, correlacionado os
centros de controle com os tecidos embrionários.

Todas as células e órgãos que derivam da uma camada


germinativa (folheto embrionário) possui o seu respectivo relé
cerebral ou centro de controle. Aos dois folhetos embrionários
mais antigos, ele classificou como “cérebro antigo”. Fazem parte
dele o endoderme e o mesoderme antigo.

A parte mais antiga do nosso cérebro é a porção formada pelo


endoderme. Nos estágios iniciais da vida neste planeta, os seres
vivos evoluíram da água e tinham um formato anelar possuindo
uma única abertura usada tanto para a alimentação quanto para a
defecação. De acordo com esta forma primitiva, os relés
localizados no tronco cerebral foram localizados respeitando um
sentido anti-horário em sua estrutura. Inicia da parte direita com
o relés relacionados a boca e a nasofaringe progredindo pelas
estruturas do canal gastrointestinal, terminando com o sigmoide e
bexiga. Portanto, a sequência dos relés do tronco encefálico tem
a forma de um anel.

35
Imagem 13: Endoderma. Corte da região do tronco cerebral demonstrando os relés
(centros de controle).

Na sequência evolutiva cerebral surge o mesoderma antigo. Dr.


Hamer o definiu assim, pelo seu aspecto peculiar na origem de
estruturas denominadas, capas protetores. Regiões como a pele
profunda, pericárdio, pleura e peritônio (capas que protegem
respectivamente a nossa pele, o coração, pulmão e vísceras
abdominais) se desenvolvem a partir deste folheto.

36
Imagem 14: Mesoderme Antigo. Relés localizado ao nível do cerebelo.

À medida que evolutivamente funções mais especializadas foram


se desenvolvendo, como a locomoção, os seres vivos mais
especializados tinham a capacidade de se deslocar e se relacionar
com o ambiente constituindo estruturas cerebrais mais
desenvolvidas. À estas estruturas ele deu nome de “cérebro
novo”, compostos pelo mesoderma novo e o ectoderma.

37
Imagem 15: Mesoderme Novo. Relés localizado ao nível da substancia branca.

38
Imagem 16: Ectoderme (Córtex Cerebral). Relés localizado ao nível da substancia
cinzenta.

A embriologia se tornou uma das principais fontes de


conhecimento e construção para as 5 leis biológicas. Somente
assim foi possível determinar e correlacionar as modificações e
comportamentos e teciduais dos órgãos no momento que surge a
“doença”, correlacionando-os às estruturas das quais foram
originadas.

39
Imagem 17: Ilustração que demonstra diferentes órgão e suas origens a partir dos
folhetos embrionários. Ectoderme (vermelho), Mesoderme antigo (laranja tracejado
com amarelo), Mesoderme Novo (laranja) e o Endoderme (amarelo).

40
1ª lei biológica - A
lei Férrea do
câncer
Esta primeira lei refere-se a Lei Férrea do câncer” e afirma que,
toda e qualquer doença surge após o indivíduo sofrer um choque
traumático vivenciado de uma forma súbita, inesperada, fora da
consciência atingindo os três níveis: psique, cérebro e órgão.

Imagem 18: Esquema da 1ª lei biológica. Relação entre a Psique, cérebro e órgão.

41
A ativação do programa especial de sobrevivência2 (SBS)
acontecerá de forma sincrônica nestes três níveis. Resolvido o
conflito em um dos órgãos, haverá sincronicamente resolução nos
outros dois. Para esta primeira lei existir, três critérios devem
estar presentes:

Primeiro Critério: Todo programa biológico de sobrevivência


(SBS) tem origem a partir de um DHS (Dirk Hamer Syndrome)3,
vivenciado de forma inesperada, com inibição da ação e sem a
participação da consciência;

Segundo Critério: No momento do DHS, o conflito biológico


determinará a localização do foco de Hamer (FH) e o programa
especial de sobrevivência (SBS) que determinará um câncer ou
seu equivalente (sintoma);

Terceiro Critério: Todo programa especial de sobrevivência


impacta sincronicamente os três níveis: Psique – Cérebro –
Órgão, e encerra-se após solução do conflito biológico;

É importante ressaltar que, a primeira reação que você leitor


provavelmente deve ter tido, foi de correlacionar um “choque
traumático”, à um “fator psicológico”. Quando se trata da Nova
Medicina Germânica, este é um grande erro e não deve jamais
acontecer. Vamos então aproveitar para já traçarmos uma
linguagem homogênea a respeito dos termos e palavras que
utilizamos.

2
Programa biológico de sobrevivência (SBS) corresponde literalmente à
doença. São os sintomas por ela provocados.
3
Nome atribuído por Dr. Hamer para definir um choque biológico, ou
simplesmente, “um susto inesperado capaz de nos colocar em um estado de
tensão”. DHS e choque biológico possuem o mesmo significado.

42
Conflito biológico x conflito psicológico

Os conflitos biológicos são muito diferentes dos problemas


psicológicos ou das situações de stress de cada dia. Os problemas
psicológicos para os quais temos tempo de nos preparar (mesmo
que só por alguns segundos) não deixam marca no cérebro e
consequentemente não causam enfermidade. Os conflitos
biológicos no entanto, além de serem dramáticos, nos apanham
de maneira inesperada.

Quando falamos em conflitos biológicos, devemos considerar um


fator presente na natureza chamado de invariante biológico. O
invariante biológico é a correlação que existe entre as
semelhanças dos mecanismos de funcionamento biológicos e
orgânicos entre os animais.

Um conflito biológico é então um invariante biológico. Os


fenômenos e as modificações observadas na psique, cérebro e
órgão após um hiper-estresse acontecem da mesma maneira para
os animais e o ser humano, sem exceções. Como toda regra
deveria ser.

O conflito biológico refere-se a uma linguagem mais natural do


ser vivo. Para exemplificar, vou citar termos que podem trazer
algum sentido para você. “não pertencer a um lugar” , “não me
reconhecem”, ou simplesmente “eu não tenho o meu lugar”. Este
é um exemplo de um conflito biológico de território
correspondente a um órgão específico, a zona do reto. Todo
indivíduo que vivencia e percebe um trauma desta maneira,
certamente terá uma ativação psíquica, cerebral neste órgão. Esta
é uma simplificação resumida de um das possibilidades que
explica o surgimento das hemorroidas, conflitos ligados a
identidade e a posição que ocupamos em um clã. Este conflito

43
biológico então poderia ser definido como “não me dão o meu
lugar/eu não tenho o meu lugar”.

Seguindo esta linha de raciocínio e admitindo o mesmo conflito


acima, se vivenciado como um aspecto psicológico, certamente
teria possibilidade de entendimentos diferentes. A percepção
individual é levada em consideração e não necessariamente a
percepções que existem no mundo animal. Por exemplo, “eu não
tenho o amor da minha família”, “tenho dificuldade de fazer
amizades”, “ninguém me valoriza no meu trabalho”, “nunca sou
o escolhido”. Você já viu algum animal demonstrar esses
sentimentos? Seriam então percepções humanas que captam mais
as experiências emocionais, além de depender de como ela se
sente e não de um fator reacional, que acontece de maneira
inconsciente.

Quadro 1: Características comparativas que diferenciam um choque biológico de um


choque psicológico.

44
Para a Nova Medicina Germânica, o choque biológico faz a
mesma referência ao termo DHS (Dirk Hamer Syndrom) e “hiper-
estresse”, e é desta forma que a primeira lei é postulada:

“Toda doença surge após vivenciarmos um choque traumático


inesperado, de forma súbita com a inibição da ação, e fora da
nossa consciência”

Todo câncer ou seu equivalente (sintoma) inicia-se


imediatamente após um DHS, onde o teor do conflito, a
localização do foco de Hamer4 e o programa biológico de
sobrevivência será definido pelo órgão afetado. O órgão será
definido de acordo com a percepção do indivíduo no momento do
choque e vai ocorrer longe do plano consciente.
Comparativamente seria como uma fotografia ou um pequeno
vídeo que por vezes ruminam em nossas mentes em forma de
pensamentos com um looping de imagens incessantes.

Raios do conflito

A lente de uma câmera capta tudo o que está à sua frente no


momento da fotografia, imortalizando uma imagem em pausa. Os
nossos olhos, no momento de um conflito registram da mesma
maneira tudo o que está ao nosso redor no momento do choque.

Quando experimentamos um choque conflituoso (DHS) a nossa


mente está em um estado de consciência aguda muito alerta. O
subconsciente capta todos os componentes associados com a
situação particular do conflito, por exemplo, localização, tempo,
(clima), as pessoas envolvidas, sons, cheiros e assim por diante.

4
Área cerebral que se ativa em resposta a um choque biológico.

45
Se estamos em fase de cura e revivemos alguns dos elementos
associados a um conflito, ele será instantaneamente reativado. O
fator principal que chamamos de DHS sempre prevalecerá, mas
essas pequenas experiências, memórias, registros vão criar o que
chamamos de raios do conflito.

Após uma rápida “repetição” do conflito, os sintomas de cura dos


órgãos relacionados ao DHS também ocorrem. Por exemplo, uma
erupção cutânea após uma recaída “conflito de separação”,
dificuldades respiratórias e até mesmo ataques de asma
associados a “medo no território”, ou diarreia com uma recaída
de “conflito de pedaço indigesto”.

Imagem 19: Fase de cura pendente. Antes de finalizar a fase PCL, um novo DHS
recidiva todo o processo.

A “reação alérgica” pode ser causada por qualquer elemento que


esteja associado ao DHS, desde alimentos, pólens, pêlos de
animais, perfumes e até podendo ser uma pessoa. Seja a luz solar,
um contato com líquidos, o local, um alimento sendo ingerido,
um toque, um odor ou perfume. O cérebro capta todas estas
informações criando uma memória associativa para um trauma.

Os raios ou trilhos de um conflito são interpretados pelo cérebro


como um fator menor, capaz de despertar a memória associativa
de um trauma biológico gerando sintomas mais brandos ou

46
equivalentes. Sempre que o cérebro reconhece uma informação
semelhante aos registros captados de um conflito, áreas cerebrais
equivalentes serão ativadas de forma similar a um sistema
imunológico e reacional, causando um sintoma.

O objetivo do trilho é servir como sinal de alerta para evitar a


repetição de uma experiência perigosa (DHS) uma segunda vez.
Na natureza, esses sinais e alarmes são essenciais para a
sobrevivência. Os trilhos devem ser levados em conta sempre que
encontramos incômodos recorrentes tais como resfriados, crises
de asma, enxaquecas periódicas, erupções cutâneas, ataques
epilépticos, infecções urinárias, sinusites, crises alérgicas…Os
trilhos vão explicar boa parte dos processos alérgicos que
desenvolvemos, doenças autoimunes e patologias crônicas.

“A diferenciação entre psique, cérebro e corpo é


puramente acadêmica. Na realidade, eles são uma só
coisa. Uma coisa sem a outra é inconcebível.” Ryke
Geerd Hamer

Os trilhos do conflito são todas as outras possibilidade além do


fator conflitual principal, que podem ativar um DHS. Um
exemplo simples para explicar como os raios do conflito se
comportam seria:

“Uma criança está acostumada a presenciar brigas


e discussões de seus pais, até que decidem se separar.
Para o cérebro de uma criança, estas informações
podem ser percebidas como “ameaça”, “medo”,
“alerta”, “perigo”. As possibilidades são variadas.
Um conflito vivenciado em uma noção de medo
territorial podem afetar seus brônquios, ou haverá
um conflito de pânico afetando a laringe causando

47
sintomas respiratórios e até uma asma. É um paciente
que possuirá vários trilhos: clima, ambiente,
discussões, separações de qualquer tipo.”

Os olhos captam toda a imagem do ambiente, os ouvidos os sons,


e o olfato se comporta como um “farejar” e sente tudo através de
mecanismos biológicos e neurológicos processados em nosso
cérebro. Todas estas informações são integradas e reconhecidas
através de centros superiores especializados do nosso sistema
nervoso conhecido como a amígdala cerebral.

Imagem 20: Esquematização do funcionamento da amigdala cerebral frente a um perigo. O


cérebro processa os estímulos do ambiente (auditivo e visão) e comparam com as experiências e
memórias aprendidas, preparando o indivíduo para “lutar ou fugir”.

A amígdala cerebral é uma estrutura altamente implicada na


manifestação de reações e aprendizagem de conteúdos
emocionalmente relevantes e faz parte do nosso sistema límbico,
o centro de processamento das emoções e do comportamento
humano.

48
É uma estrutura fundamental para a autopreservação por ser o
centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade,
preparando o ser vivo para “lutar” ou “fugir” durante situações de
alerta. Os trilhos do conflitos quando ativados, recorrem a estas
memórias associativas, justificando a manifestação de sintomas.
É como se o cérebro apenas reprocessasse uma informação já
armazenada, provocando uma reação em cadeia. A premissa que
define o funcionamento da amigdala cerebral é que “o cérebro só
reconhece aquilo que ele realmente já vivenciou”.

Os Focos de Hamer (FH)

De acordo com a primeira lei, no momento que o choque


biológico (DHS) acontece, determina-se sistematicamente de
forma conjunta, as inscrições psíquica, cerebral e do órgão. Sobre
o psiquismo já discorremos, inclusive as diferenças entre os
conflitos psicológicos e os biológicos, o que realmente nos
importa.

A área cerebral ativada durante essa tríade, que corresponde ao


impacto no cérebro e seu órgão correspondente é denominada de
focos de Hamer.

Os focos de Hamer, são áreas circulares identificadas no cérebro


através da tomografia computadorizada. Estes sinais durante as
pesquisas do Dr. Hamer foram observados sistematicamente nas
avaliações clínicas de seus pacientes. Estas imagens foram
apresentadas durante as tentativas de provar seus achados, porém
nunca foram acatadas, e se tornaram até um motivo de zombaria
por seus próprios colegas de profissão. Foram estes colegas
também que apelidaram seus achados como “Focos de Hamer”.

49
Na época, a empresa Siemens responsável pelos equipamentos
foram solicitadas para realizar a manutenção nos aparelhos. Ao
serem informados sobre os achados nas imagens durante a
realização dos exames, a empresa devolveu os aparelhos e
confirmou o que Dr. Hamer já desconfiava. As marcas nas
tomografias eram diferentes em cada paciente, e só poderia ser
algo no cérebro, e não defeitos nas máquinas como chegaram a
acusar. Na época uma declaração foi emitida confirmando que as
imagens correspondentes aos FH não eram artefatos.

Imagem 21: Declaração da Siemens sobre as imagens encontradas nas tomografias.


Não eram artefatos. As imagens identificavam alterações cerebrais.

50
A declaração emitida pela Siemens reforçou os achados do Dr.
Hamer. Os anéis identificados não só identificava a região de
alteração cerebral como também a sua relação com a estrutura
acometida. Os achados permitiram concluir que, a partir do
momento que o conflito acontecia, regiões correspondentes do
cérebro eram ativadas.

Dr. Hamer identificou que estas regiões manifestavam sinais


bioelétricos com uma configuração de anéis concêntricos, na
forma de um alvo identificando precisamente a região afetada.
Estes eram os Focos de Hamer (FH).

Imagem 22: Exemplos de imagens de tomografias computadorizadas, evidenciando os


focos de Hamer (FH).

Esses focos são tecidos cerebrais esféricos comprimidos que


inicialmente se manifestam através de sinais bioelétricos e
posteriormente se convertem em alterações teciduais
erroneamente chamadas de câncer cerebral. Era possível até
determinar em que fase que “a doença" se encontrava além de
fornecer informações sobre o conflito e o órgão afetado.

51
Uma aparência do FH com bordas bem marcadas indicava que o
paciente ainda não tinha se recuperado do choque (DHS), e o
focos desfocados indicariam sinais de um conflito já resolvido
com a provável cura do paciente.

Atualmente ainda existem estudiosos que conseguem interpretar


os focos de Hamer através das tomografias. Para isso, as
configurações dos tomógrafos precisam ser modificadas para que
reproduzam os parâmetros utilizados na época. Com o avanço da
tecnologia, os focos deixaram de ser percebidos por consequência
das mudanças dos parâmetros pelas empresas.

No entanto, existem mapas ilustrados que nos auxiliam a


identificar durante os atendimento regiões do cérebro atingidas
mesmo sem a tomografia. O principal e mais importante dado que
nos guiará neste momento serão os sintomas apresentados, e não
as histórias que muitas vezes até nos confundem.

Palavras biológicas

Todo este conhecimento foi adquirido por Dr. Hamer através da


coleta de dados dos seus próprios pacientes oncológicos. História
clínica, avaliações, percepções e exames clínicos o auxiliaram na
construção de toda dinâmica das leis biológicas. Todos os dados
foram importantes, inclusive as observações conscientes das
percepções inconscientes dos seus pacientes, quando elas eram
traduzidas em palavras.

De forma espontânea, Dr. Hamer observou que era comum aos


pacientes expressões através das palavras bem peculiares. Parecia
uma tentativa para explicar como eles vivenciaram ou como
estava vivenciando o que aconteceu. Comumente podia-se ouvir

52
expressões que até nos dias de hoje percebemos em nossos
consultórios.

“Eu ainda estou digerindo isso” (conflito de presa/sistema digestivo)


"Me deu um medo de morrer" (conflito de pânico / laringe)
"O medo me paralisou" (conflito motor / músculos)
"Não consigo engolir isso" (conflito de presa / faringe)
"Isso está entalado dentro de mim " (conflito de presa / estômago)
"Estou de mãos atadas" (conflito de impotência / tireoide)
"Não aguento mais" (conflito de desvalorização / ossos)
"Estou de cara no chão " (conflito de medo) / visão)
“Não acredito que ouvi isso” (conflito de pedaço/auditivo)
“Arrancaram ele de mim” (conflito de separação/ectoderme)

Estas são algumas das expressões identificadas que mesmo nas


diferentes classes sociais, parecia ser uma linguagem muito
familiar. Ele passou a chamar esses termos de palavras
biológicas. Era um conteúdo que no discurso popular evidenciava
a percepção fora da consciência que cada indivíduo tinha de seus
conflitos, conectando a relação entre a psique e o corpo.

Estas palavras são muito importantes no processo terapêutico da


nova medicina germânica. Elas vão nos ajudar a identificar com
maior precisão a provável localização do FH e identificação do
conflito principal.

Neste processo de determinação da localização do FH, o que é


decisivo não é o que aconteceu, mas, a maneira como ele
vivenciou o conflito. Quem avalia e tenta auxiliar um paciente
nesta situação não pode jamais influencia-lo nas informações
referente às suas percepções. Vale lembrar que quem vivenciou o
trauma foi o paciente e não o terapeuta. O que para uns pode
parecer inofensivo, para outros pode representar uma ferida
profunda, um ponto fraco.

53
A interpretação dos FH depende sempre da estrutura interna de
cada um, suas fraquezas e percepções. Devemos ter muito
cuidado com os diagnósticos a distância, e com a sistematização
cartesiana dessas informações. É preciso ser preciso para
identificar com clareza e precisão os conflitos em questão.

Por exemplo, para um mesmo choque biológico, poderíamos


exemplificar diferentes percepções, e da mesma forma o seu
impacto em diferentes regiões. As possibilidades de percepções
de um indivíduo são inúmeras. Por exemplo: um empregado
acaba de receber um comunicado que será transferido para outra
cidade, e sua função lá, provavelmente será outra. Quais seriam
as possibilidades de conflitos e percepções biológicas deste
conflito?

 Um, talvez o “mais provável” seria um conflito de


“incapacidade em poder decidir”. Este conflito iniciaria
um programa de sobrevivência (SBS) ao nível das “supra
renais”, reduzindo a produção de cortisol e aldosterona,
causando grandes fadigas sem explicações e até insônia;

 Um conflito de território atingindo a bexiga, pela


percepção de “não ter imposto limites ao perigo que vem
de fora” ou “impotência em demarcar seu território”,
ocasionando cistites;

 Um conflito indigesto de “não aceitação”, atingindo


porções do trato digestivo, sendo responsáveis por
sintomas como refluxo, gastrites, constipações,
flatulências (dependerá da nuance de cada região
digestiva atingida);

54
 Um “conflito de desvalorização”, que atingiria o tecido
muscular causando dores musculares (dependerá da
nuance de cada região digestiva atingida);
 Ou simplesmente um conflito mínimo, sem um SBS
perceptível ou com sintomas leves. Algo que não o
impactou provavelmente ele já pensava em pedir
demissão.

O fator psique portanto, se mostra como um elemento de grande


relevância. Toda sua personalidade é implicada quando o fator
surpresa está presente. Relembrando o conceitos sobre a amígdala
cerebral, ela é quem vai associar todas essas informações que o
indivíduo carrega em sua vida, suas memórias e suas reações.
Logo, a forma como o paciente vivencia um conflito será um fator
preponderante na sua percepção. O impacto dos conflitos
anteriores acumulados (não resolvidos) atingirá o paciente nesta
fragilidade bem específica, promovendo as recidivas e
cronificação de doenças.

Com estas observações, Dr. Hamer também identificou outros


pontos que fariam parte do modo de como os conflitos se
inscrevem nos níveis psíquico – cérebro – órgão, a nossa
lateralidade.

A Lateralidade

Nossa lateralidade biológica já é definida desde a primeira divisão


celular após a concepção. Por volta da 3ª semana, o sistema
nervoso já está praticamente todo constituído e é neste momento
que ocorre o fechamento das duas metades da prega caudal dando
origem aos hemisférios cerebrais, que juntos formam nosso
cérebro.

55
Como tudo na biologia, a evolução nunca deixa de existir. O
embrião carrega porções de informações do DNA de seus
genitores que codificará a formação de um novo organismo.
A dominância de um ser possui um papel importante sobre suas
formas de reação e a manifestação do seu psiquismo. A
dominância cerebral pode ser maior no cérebro direito ou no
cérebro esquerdo, configurando o aspecto destro ou canhoto em
uma pessoa. Essa lateralidade de base nunca vai mudar, mas pode
sofrer algumas influencias alterando seu modo de resposta.

A polaridade destra/canhota possibilitará ao indivíduo mais


chances sobrevivência porque, ao vivenciar um conflitos
semelhantes, destros e canhotos, irão se expressar de formas
diferentes. De acordo com a dominância cerebral, o cérebro
perceberá o conflito de uma forma determinando qual hemisfério
cerebral será afetado, promovendo alterações do seu psiquismo.

A lateralidade biológica pode ser facilmente percebida com o


teste do aplauso, onde a mão que fica por cima é a dominante. Se
a mão dominante for a direita, biologicamente identifica-se um
destro; se a dominante for a esquerda, é canhota. Existe a
proporção aproximadamente 60% para pessoas destras e 40%
para pessoas canhotas.

Imagem 23: Teste do aplauso.

56
É comum durante o teste do aplauso, algumas pessoas falaram
que já sabe sua dominância simplesmente porque escrevem com
aquele lado. Neste caso estamos avaliando a dominância cerebral,
e não habilidades manuais. A polaridade dominante permitiu
identificar também o modo de resposta à diferentes conflitos e
contextos durante no momento do registro do DHS pelo cérebro.

O lado direito do corpo para os destros (homem ou mulher), tem


um significado dos conflitos ligados aos parceiros e relações da
vida, além da imagem de si. O lado esquerdo do corpo, de pessoas
destras possui relação com o ninho e suas responsabilidades. Essa
relação se inverte nos canhotos pelo mesmo motivo que define
porque nasce um canhoto. Durante a formação do embrião,
quando as placas terminais são “incompatíveis”, uma delas se
inverte, para que possa acontecer o “encaixe”, configurando uma
polaridade canhota e com dominância do cérebro esquerdo.

Dr. Hamer apoia suas pesquisas na comparação dos sintomas e no


surgimento dos focos de Hamer através das tomografias que ele
teve a oportunidade de estudar. Em função destas correlações dos
sintomas, tecidos e manifestações ao nível cerebral, ele definiu os
mapas do cérebro enunciando que “apenas encontrei uma função
suplementar por área cerebral”. Ele constatou que nosso modo
preferencial de resposta ao estresse varia segundo uma polaridade
de nascimento. É o princípio dos destros e canhotos.

Ele definiu então que todos nós possuímos um hemicórtex direito


dito masculino e um hemicórtex esquerdo, feminino. Cada porção
do cérebro (hemicórtex), influenciará no comportamento do
indivíduo em função da sua dominância. O hemicórtex esquerdo
(feminilizante) responde pela fuga/desvio, hemicórtex direito
(masculinizante) responde pela agressão/aquisição. É por isso que
após um mesmo conflito, destros e canhotos de ambos sexos não

57
vão expressar as mesmas respostas biológicas, erroneamente
chamadas de “doenças”.

De acordo com os estudos do Dr. Hamer, teremos então


basicamente quatro modos diferentes de respostas. O homem
destro e a mulher canhota, e o homem canhoto e a mulher destra.

Pessoas com dominância do cérebro direito (homens destros e


mulheres canhotas), possuem um aspecto mais masculino, o
cérebro é mais ligado à razão, evidenciam perfis de ação, hiper-
performance, conquista além de possuírem proporcionalmente
índices de testosterona5 mais elevados em relação ao estrógeno6.

Os homens destros valorizam mais a performance, o essencial,


são interessado na ação, nas conquistas e são monotaréficos; só
consegue processar uma informação de cada vez. O perfil protetor
e patriarcal da família são marcas evidentes. As mulheres
canhotas vão evidenciar essa marca masculinizante, característica
da dominância do hemisfério direito. Elas valorizam o controle e
suas palavras são francas e sem arrodeios. Ela está em hiper-
performance, gosta de conquistas as coisas e podem ter conflitos

5
O hormônio masculino: testosterona – favorece no indivíduo macho
a capacidade e o desejo de reprodução; É secretada tanto pelos
testículos e o córtex supra-renal como pelos ovários; A mulher so
produz 1/6 da quantidade de testosterona produzida pelo homem.

6
Os hormônios femininos: estrógeno (hormônio folicular – provoca o
cio no ser humano ou a atração sexual e a ovulação), a progesterona
(hormônio do corpo amarelo – função de preservar e conduzir a
gravidez); é secretado unicamente pelos ovários e córtex supra-renal,
mas também pelos testículos.

58
com a mãe pelo controle e disputa com ela do espaço. São
monotaréficas, seguras e dissuasivas.

Imagem 24: Hemisfério direito dominante. Características do homem destro e mulher


canhota.

Pessoas com dominância do cérebro esquerdo, apresentas as


mesmas características, mas opostas. Os homens canhotos e as
mulheres destras demonstram perfis ligados à emoção, o
evitamento, conciliação e a submissão, e possuem taxas de
estrógenos proporcionalmente mais elevadas em relação a
testosterona, o que confere características mais femininas.

Homens canhotos são sensível, retraídos, ligado a mãe. Preferem


ficar no lar onde cozinha e passa sem problema. Detalhistas e
ligados a estética, são multitarefários, sedutores e muito doce. As
mulheres destras guardam em si a sedução, a feminilidade, são
frágeis, interessadas nos detalhes e na relação. São multitarefárias
e preocupada com o ninho, o lar e seus habitantes.

59
Imagem 25: Hemisfério esquerdo dominante. Características do homem canhoto e
mulher destra.

O impacto da lateralidade ao nível do corpo humano estão


diretamente correlacionados a dominância cerebral. Nos destros
dos dois sexos o lado esquerdo corresponde a relação mãe/criança
e o ninho básico, e o lado direito é a relação ao parceiro (o
primeiro parceiro sendo o pai seguido dos irmãos, relações da
vida). Para os canhotos dos dois sexos o sentido é inverso. O
maior regulador destas funções cerebrais são os hormônios
testosterona e estrógeno, que atuam constantemente para manter
o equilíbrio entre os hemisférios e assegurar o melhor modo de
resposta para um choque biológico.

Por exemplo, considerando conflitos relacionados às mamas,


teremos duas possibilidades. Um “conflito de separação no
ninho”, ou “incapacidade em manter o ninho protegido”.
Analisando uma mulher destra, o seu seio esquerdo, se
impactado, teria a representatividade da relação mãe/criança, mas
também a casa, e até mesmo a sociedade que essa pessoa criou e

60
alimenta. Também pode ser uma criança que ela considera como
sua. Existem até o caso de jovens que cuidam de irmãos desde
que são bebes como uma mãe, e dos filhos que criam os pais
quando se tornam mais idoso. Em um homem destro, o seio
esquerdo dele representaria território arcaico (atingindo muitas
vezes as artérias coronárias) e a relação com seus filhos e também
com sua mãe; o senso de proteção dos eu território é uma tarefa a
ser cumprida pelo macho.

Outro exemplo seria considerando uma possível queixa de dor no


ombro. No homem destro, o ombro direito representa uma
desvalorização de sua imagem social, de marido, ou de homem.
Uma sensação de impotência ligado ao que ele desempenha sem
sucesso. Na mulher destra, o ombro direito refletirá uma
desvalorização de sua imagem social ou seu papel de
esposa/mulher, sócia ou na sua faculdade de afirmação pessoal.

Imagem 26: Organização esquemática dos comportamentos preponderantes dos


hemisférios cerebrais.

61
O córtex territorial

O Dr. Hamer descobriu que o estado dos hormônios sexuais


(estrogênio e testosterona) são controlados pelo cérebro,
especificamente na região definida como córtex territorial (zona
peri-insular) nos lobos temporais.

Imagem 27; Córtex territorial. Cérebro direito responde pelas características


masculinas, com prevalência do testosterona. Cérebro esquerdo responde pelas
características femininas, com prevalência do estrógeno.

No Córtex territorial, o sexo e o estado hormonal também devem


ser tomados em conta, por exemplo, uma mulher destra com um
estado hormonal normal, reage a seu primeiro conflito com seu
hemisfério cerebral esquerdo (seu lado dominante) e um homem
destro reage a seu primeiro conflito com o hemisfério cerebral
direito (dominante). Ocorre ao contrário no caso dos canhotos.

O lado direito do córtex territorial é o lado masculino que controla


a testosterona. A percepção dos relés localizados no lado direito
é masculina, e respondem por ameaça do território, perda de
território ou estar sujeito ao território, injustiça ou rancor no
território, território injustamente removido, não pode marcar ou
delimitar o território.

62
O lado esquerdo do córtex territorial é o lado feminino que
controla o estrogênio. A percepção dos relés localizados no lado
esquerdo é feminina e se relacionam com choques inesperados,
frustração sexual, perda da identidade, não ser capaz de
reconhecer os limites do próprio território.

O embate hormonal

Agora que conhecemos como funciona normalmente um cérebro


equilibrado, considerando a sua dominância cerebral sem
influencias, seremos capazes também de compreender as
alterações do modo de funcionamento e os fatores que podem
alterar essas respostas.

Embate hormonal é um termo utilizado para definir o


desequilíbrio entre o hemisférios cerebrais. É uma situação de
bloqueio funcional biológico, levando a uma alteração hormonal
que afeta o modo de resposta frente a um conflito. Isso acontece
para modificar a percepção do destro ou canhoto quando não há
mais a possibilidade de reação com o cérebro dominante.

O embate hormonal nunca vai alterar a lateralidade de base com


a qual nascemos, mas vai causar mudanças das respostas cerebrais
frente aos conflitos. É como se houvesse uma inversão da
polaridade, mas apenas no seu funcionamento. Reforçando o que
já foi dito, nossa lateralidade de base jamais mudará.

Será o desequilíbrio da relação hormonal entre estrógeno e


testosterona que modificará o psiquismo (percepção) do
indivíduo destro ou canhoto. Por exemplo, uma mulher que se
masculiniza (sua produção de hormônios femininos diminui) ou
o homem que se feminiza (sua produção de hormônios
masculinos diminui).

63
É como se houvesse uma balança que mantem sempre o lado
dominante mais ativo, e quando o embate hormonal se instala,
essa balança se inverte. O sentido biológico do embate hormonal
é atenuar as patologias do nível orgânico e para fazer isso, ele
registrará o conflito no outro hemisfério cerebral para buscar o
“equilíbrio” da balança. Essas mudanças vão garantir mais
chances de sobrevivência.

O embate hormonal pode aparecer e desaparecer


instantaneamente, durar minutos ou até uma vida inteira. Em
situações em que não há mais chances de vencer/sobreviver, o
cérebro pode ceder e assumir uma posição diferente. Ou seja, ele
altera sua resposta conflitual, utilizando as estratégias do outro
cérebro. Existem diferentes situações que podem ocorrer.
 Embate hormonal fisiológico: surge mesmo sem
conflitos. Situações normais que influenciam as taxas
hormonais são características deste tipo. Mulheres
grávidas, mulheres em menopausa, homem idoso;
andropausa.
 Embate hormonal ligado aos conflitos de território: é
basicamente a explicação dos processos depressivos e
euforicos que um indivíduo pode ter. O embate hormonal
pode ser requisitado para ativar ou inibir uma área cortical
dominante a depender do conflito vivenciado e se ajustará
de acordo com sua relação de dominância do espaço
naquele momento. (Ex.: mudança comportamental por
sentir-se seguro demais no ambiente que acabou de
adentrar, ou simplesmente a cautela e espreita,
literalmente, “abaixar o rabo” cedendo a possíveis ordens.

64
Embate hormonal patológico: vão envolver o uso de
certos tratamentos como pílulas contraceptivas,
quimioterapias, tratamentos que inibem ou estimulam a
produção de hormônios sexuais. Neste caso ocorre a
participação de fatores externos.

Quando identificamos situações de embate hormonal,


adicionamos o termo like, que significa “parecido com”. Um
homem destro que passa a utilizar os mecanismos do embate
hormonal pode ser chamado de canhoto like. Ou seja, apesar dele
ser um destro de base, pelas suas alterações hormonais ele passará
a funcionar como um canhoto. Perceberemos neste indivíduo
mudanças do psiquismo e comportamento, onde ele passará a ser
menos dissuasivo ou mais tolerante, menos agressivo e mais sutil
e até mesmo mais emotivo, já que neste caso o estrógeno será
preponderante sobre suas taxas hormonais. O inverso é também
verdadeiro. Quais seriam as vantagens deste mecanismo?

As vantagens do embate é a sobrevivência (trazer o organismo e


o cérebro a um nível de funcionamento com limites compatíveis,
evitando a sobrecarga incompatível com a sobrevivência). Existe
o ganho de tempo para solucionar o conflito. Outra vantagem é a
liberação da atenção. O cérebro utilizará apenas uma
porcentagem reduzida de energia para este conflito, em função da
urgência e intensidade sem avaliação das consequências no
restante do organismo. A prioridade absoluta é reduzir o hiper-
estresse inerente ao conflito.

Outro benefício é evitar reincidência do conflito com a mesma


intensidade (percepção). O cérebro vai manter a percepção do
drama vivido fora da consciência e o conflito gerado com baixa
intensidade não será a priori identificado em relação a uma

65
doença. Mas a medida que ocorre repetição de um mesmo hiper-
estresse ocorre uma diminuição do limite de sensibilidade a esse
hiper-estresse com uma expressão progressivamente aumentada
do ou dos programas biológicos correspondentes.

Uma vez que um doente sofre um DHS em uma fase específica,


este conflito se torna seu ponto nevrálgico. O paciente reincidente
é hipersensível às velhas cicatrizes e sempre vai se machucar onde
já se machucou, semelhante a uma borboleta que fica hipnotizada
pelo farol de um carro à noite, ela é atropelada. Será difícil
reconhecer qual e quando foi o primeiro conflito devido as
reincidências, porque o cérebro vai culpar o farol do carro. Se essa
percepção e conflito não for solucionada, a natureza aumentará
progressivamente os sintomas a medida que se revivem os
problemas.

66
2ª lei biológica - A
fase bifásica

A segunda lei biológica explica o comportamento das


enfermidades. Ela defende que toda doença se desenvolve em
duas etapas, as chamadas fases ativa e fase de reparação, desde
que o choque biológico inicial tenha sido solucionado. Tudo isso
acontece de forma sincrônica, aos níveis psíquico, cerebral e
orgânico.

Para compreendermos a segunda lei biológica, devemos antes


fazer uma breve apresentação do funcionamento do sistema
nervoso autônomo (SNA), sistema responsável por regular todas
as funções neurovegetativas, ditas “automáticas”.

O sistema nervoso autônomo (SNA)

Este sistema, também chamado de sistema neurovegetativo


ou sistema nervoso visceral, é a porção do sistema
nervoso responsável pela regulação de toda a vida vegetativa
(respiração, circulação do sangue, controle da temperatura,
digestão, sono…). Compõem todas as funções orgânicas ditas
automáticas, inconscientes e autônomas e é também o
responsável pelo controle automático do corpo frente às
modificações ambientais.

67
Anatomicamente o sistema nervoso autônomo está dividido em
dois sistemas diferentes e antagônicos: o sistema nervoso
simpático e o sistema nervoso parassimpático. Estas
subdivisões possuem influências em todo o nosso corpo. De
maneira geral poderíamos dizer que: o sistema nervoso simpático
promove ativações nos órgãos que ele inerva, funcionando como
um acelerador, e o parassimpático a desativação, atuando como
um sistema de freios. Ambos permanecem em atividade durante
todo o tempo para regular nossas funções internas.

Imagem 28: Esquema de divisão do Sistema nervosa autônomo (SNA).

68
É de extrema importância conhecermos a existência deste sistema
de controle em nosso corpo para que seja compreensível os
mecanismos de ativação dos órgãos e como este sistema se
relaciona com os aspectos da percepção de um conflito. Através
da amigdala cerebral, o SNA é recrutado para participar das
manifestações de reações e aprendizagem, de conteúdos
emocionalmente relevantes e do processamento das emoções.
Estas ativações são fundamentais para autopreservação, nos
preparando para “lutar” ou “fugir” durante situações de alerta.

A etapa bifásica

A 2ª lei biológica ou lei bifásica está baseada nestes circuitos


neurais e explicam o processo de evolução das doenças, desde que
o conflito inicial (DHS) seja resolvido. Quando sofremos um
choque biológico (DHS), as funções do SNA aumentam de
acordo com as necessidades correspondentes ao curso da doença.
Haverá intervenções de um programa especial biológico (SBS)
em resposta ao DHS que vai se desenvolver de maneira sincrônica
nos três níveis, psique, cérebro e órgão (1ª lei biológica).

O ritmo dia/noite é controlado pelo sistema nervoso autônomo,


sendo a fase diurna uma fase de atividade, e a noturna uma fase
de recuperação. Quando há o acionamento do SNA, o efeito
acelerador sobre os órgãos é chamado de simpaticotonia ou fase
simpaticotônica, e a desaceleração é chamada de vagotonia ou
fase vagotônica.

A lei bifásica será repartida em quatro períodos para a melhor


compreensão de suas etapas.

69
Normotonia

A primeira etapa é o período da normotonia. Um ritmo normal ou


normotônico. Representa o ciclo dia e noite e apresentam
pequenas variações. É um momento onde não há qualquer
influência de conflitos biológicos. O corpo se encontra em
equilíbrio dinâmico onde mínimos ajustes do SNA são suficientes
para manter a homeostasia. Lembrem-se que este é o sistema que
regula nossas funções orgânicas e automáticas.

1 2 3
Imagem 29: Na sequência da imagem. (1) Fase de normotonia. (2) Fase Ativa (DHS).
(3) Fase de reparação.

A fase ativa do conflito (FA)

A etapa seguinte é a fase ativa, e só será iniciada mediante a


presença de um conflito. Após o DHS, o sistema simpático entra
em hiperatividade e faz com que todo o organismo permaneça
“atento”. O estado de hiperatividade é a estratégia biológica
utilizada pelo organismo para que uma solução seja encontrada
para conflito de uma maneira mais rápida. Do contrário, o estado
de ativação permanecerá exigindo do metabolismo grandes
demandas de consumo energético.

70
Na fase de conflito ativo os sintomas são raros porque durante o
período de estresse a função do órgão de fato melhora promovidos
pela simpaticotonia. É por isso que, por exemplo, cânceres que se
desenvolvem durante a atividade conflituosa só são detectados
durante um check-up de rotina ou um exame de
acompanhamento.

Imagem 30: Fase ativa do conflito.

Na presença do DHS o ritmo diurno/noturno é interrompido


instantaneamente e ativa simultaneamente um SBS que se ativa
fora da consciência repercutindo nos 3 níveis, psique, cérebro e
órgão.

Ao nível da psique, vai ocorre uma constante ocupação mental


acerca do conflito. São os pensamentos ruminantes que não
deixam a mente repousar. O estado de simpaticotonia vai
promover ao nível dos órgãos um estado de ativação constante
estendendo o ritmo dia/noite causando a insônia. No cérebro será
determinado o foco de Hamer (FH) pela natureza exata do
conflito. O tamanho do FH é sempre proporcional à intensidade e

71
a duração do conflito os vemos através das tomografias
computadorizada como círculos concêntricos nítidos.

Imagem 31: Registro do foco de Hamer (FH) durante a fase ativa.

Sintomas como a insônia são bem evidentes durante essa etapa e


se devem a forte atividade do estresse (conflito). O sentido
biológico é manter o indivíduo em alerta para resolver o conflito
o quanto antes. A insônia pode ocorrer também nas fases de cura
muito intensas. As dores causadas pela fase de cura e o cansaço
diurno alteram o ritmo biológico dia/noite mantendo o corpo
acordado e “em alerta para os perigos noturnos”. Por isso que
ocorrem os despertares na segunda metade da noite. Este
mecanismo visa também evitar uma vagotonia muito profunda.

Ao nível do órgão há uma diferença entre o cérebro antigo e o


cérebro novo. Cérebro antigo (endoderma e mesoderma antigo)
se comportará proliferando células e crescimento tumoral na fase
ativa e perda tecidual no cérebro novo (Ectoderma e Mesoderma
Novo).

É comum identificar as extremidades mais frias. Mãos e pés


apresentam uma temperatura corporal mais baixa em decorrência
da contração dos vasos sanguíneos periféricos. O objetivo é levar

72
mais sangue para órgãos vitais, tanto para favorecer a nutrição
quanto favorecer às suas funções com um maior aporte de
oxigênio e nutrientes. Por este motivo esta fase é também
conhecida como “fase fria”. A simpaticotonia causa também as
náuseas, aumento da frequência cardíaca e respiratória, aumento
da pressão arterial e calafrios.

Outros sintomas comuns durante esta etapa é a perda ponderal de


peso. A hiperatividade do sistema nervoso acarreta em um
metabolismo mais acelerado e que passa a consumir mais energia.
A elevação da glicemia favorece à disponibilização de mais
nutrientes para o corpo agir, e a perda do apetite se dá por se tratar
de um conflito ainda não resolvido. A fome pode estar presente
quando esta fase se estende por um longo período e o corpo
necessita repor suas reservas.

Quando a fase ativa do conflito (FA) são muito prolongadas o


corpo lança mão de um mecanismo que chamamos de “balanço”.
O conflito ativo em balanço consiste em uma atenuação desse
estado de hiperexcitação mesmo sem a resolução do conflito.
Com a permanência da simpaticotonia, o corpo mantem o conflito
ativo em um equilíbrio instável e com os sintomas da fase fria
presentes.

O conflito em balanço funciona como uma estratégia de


sobrevivência para minimizar as consequências deste período e
minimizar os riscos para a vida.

A fase de reparação

Esta fase inicia-se imediatamente após a solução do conflito


(DHS) que desencadeou um programa biológico de sobrevivência

73
(SBS). Atribuímos a esta passagem o termo “fase de conflitólise
(CL) ou “pós-conflitual (PCL).

A fase de reparação é muitas vezes mal interpretada devido a


confusão entre cura e reparação. Durante esta fase ocorrem
ativações de processos inflamatórios e cicatriciais que visam de
fato curar o sistema. Podemos fazer uma analogia à um processo
cirúrgico onde toda intervenção sempre deixará cicatrizes. O
sentido biológico do estado de vagotonia é o repouso forçado pelo
aumento da fase fisiológica ou de recuperação noturna (sono).

Imagem 32: Fase de reparação (PCL) iniciada após solução do conflito inicial.

De prevalência vagotonia, esta etapa parassimpática vai favorecer


aos processos inflamatórios e cicatriciais para a cura do
organismo. Somente ao término desta fase que o sistema nervoso
autônomo retornará ao seu estado de normotonia e atingirá o
estado de cura.

74
O temo PCL abrange a fase que representa tudo que pode se
suceder após solução do conflito. É uma passagem extremamente
rápida. Uma emoção, uma sensação, muitas vezes lágrimas
podem acompanhar este evento. Devido as atividades de
reparação celular o paciente não se sente bem. O sangue terá uma
função importante desencadeando os processos inflamatórios,
febre, grandes fadigas, retorno do apetite, dores em geral
pulsantes, e os despertares durante a madrugada. Este é o motivo
pelo qual, muitos diagnósticos são identificados nesta fase.

São objetivos e características inerentes desta fase, favorecer a


recuperação celular. É neste momento que podemos auxiliar o
paciente a superar seu medo, ajudando-o a encontrar soluções
para o seu conflito através da mudança de suas atitudes e do
ambiente a sua volta. O momento dos sintomas deve ser vivido
da maneira mais confortável possível.

Muitos diagnósticos são definidos nesta etapa. Os sintomas se


tornam mais evidentes durante a vagotonia devido a participação
dos mecanismos fisiológicos de inflamação e cicatrização. Aqui
o conceito de “conflito em balanço” também pode ser aplicado.
Se antes de finalizar a fase de cura um novo DHS ocorrer e atingir
a mesma percepção e órgão, imediatamente o corpo volta à fase
ativa reiniciando todo o processo.

As cronificação das doenças são explicadas por estes


mecanismos. Reiniciar uma fase ativa para novamente voltar a
fase de reparação potencializam os sintomas apresentados pelos
pacientes. Estas são as conhecidas “recaídas”. Uma nova descarga
no sistema parassimpático só vai potencializar as inflamações e
edemas, evidenciando mais os sintomas. Estes conflitos em
balanço vão representar um prolongamento de uma fase, o que
tornam os sintomas também mais duradouros e crônicos.

75
Ainda considerando o que ocorre na fase após o conflito (PCL),
identificamos três momentos distintos. A fase exudativa (Pcl-a),
a crise epileptoide (CE) e a etapa cicatricial (Pcl-b). Somente após
passar pela etapa cicatricial é que todo o processo estará
finalizado.

Fase exudativa (Pcl-a)

A fase dita exudativa (Pcl-a) é caracterizada pelos estados de


congestões, edemas, as vezes hemorragias, inflamações
propriamente ditas e/ou infecções, na presença de
microrganismos. Aqui encontraremos tudo que conhecemos
Como “ites”. Bursites, tendinites, colites, artrites... A importância
do sangue nesta fase é imperativo para que todos os processos
ocorram sem interrupções.

Imagem 33: Fase Pcl-a.

Os sintomas gerais deste período são a fadiga com a sensação de


fraqueza mais importante, podendo ser acompanhada de
hipotensão, uma baixa súbita de energia, mesmo após ter vivido

76
uma fase ativa de excitação (simpaticotonia). Ocorrem os
fenômenos de vasodilatação com uma sensação de calor no corpo
e nas extremidades, sudorese, febre e o edema, que invade as
áreas cerebrais relacionadas aos focos de Hamer (FH). Por isso é
também conhecida como “fase quente”.

Inicia-se o processo de cura nos 3 níveis. A resolução do conflito


traz uma sensação de alívio, o SNA (Sistema Nervoso Autônomo)
entra em vagotonia permanente até que termine a fase de cura.
Interrompem-se os pensamentos ruminantes e ativos.

Os órgãos referentes ao cérebro antigo (endoderma e mesoderma


antigo) vão decompor os tecidos formados na fase ativa com
auxílio de fungos e bactérias e no cérebro novo na fase Pcl-a
teremos a proliferação de novas células.

O edema que se forma ao nível cerebral ocorre pela atração de


agua e líquido seroso para o foco de Hamer afetado criando um
edema cerebral. É o inchaço do edema que provoca os sintomas
típicos de cura, como dor de cabeça, tonturas ou visão turva.

As cefaleias, muito comuns neste período se apresentam com


características distintas. Dores pulsantes, sensação de cabeça
pesada, flutuações ocorrem pela pressão dos líquidos sobre as
meninges e edema cerebral. Podem ser desencadeadas por
alimentos. As substâncias que ingerimos podem representar os
raios de um conflito, causando além das dores, o que a medicina
convencional chama de alergias. Há também a possibilidade de
substâncias tóxicas. Medicamentos, álcool, nicotina e outras
drogas causam de maneira artificial um estresse no corpo,
provocando a simpaticotonia; em simpaticotonia nos sentimos
“drogados”.

77
Durante a fase de cura, o cérebro precisa de mais açúcar. A
hipoglicemia provoca ou intensifica o edema cerebral gerando
mais dores de cabeça. É muito importante na terapia ingerir
glicose, sucos doces em caso de sintomas de aumento pressão
intracraniana. Este não é o mecanismo que explica a diabetes.

Crise Epileptoide (CE)

Na sequência, surge a fase da crise epileptoide (CE). Esta fase é


assim chamada pela sua referência ao termo epilepsia, que
significa “um ataque que surge brutalmente”. Etimologicamente
a palavra epilepsia provém do francês Épilambanein, que
significa uma “perda do controle da atividade elétrica do
cérebro”, e o sufixo -óide do grego, significa “que se parece
com”.

Imagem 34: Crise Epileptoide (CE).

Logo no momento que o organismo sai da fase ativa e entra na


fase PCL o foco de Hamer correspondente vai se preencher de
edema (1ª lei - evolução sincrônica da psique, cérebro e órgão).
Eles perdem aquele aspecto de alvo e o edema aumenta durante

78
esta fase exudativa. No pico da fase de cura, ponto mais intenso
da vagotonia, o edema de ambos, o órgão em fase de cura e a área
relacionada do cérebro atingem o seu tamanho máximo.
Exatamente neste ponto, o cérebro provoca um aumento na
simpaticotonia, visando a expulsão do edema. Para frear esta
situação que poderia evoluir rapidamente par um coma e até
aumento da pressão cerebral, sobretudo se o edema é intenso.

A crise epileptoide (CE) cria uma hiperativação do sistema


simpático na tentativa de impedir que o líquido em excesso
promova um arrancamento das sinapses cerebrais funcionando
como uma fase diurética para expelir os líquidos corporais. Seja
através da sudorese, do aumento da filtração renal, através das
fezes, vômitos, acidentes vasculares cerebrais e até hemorragias.

Na natureza, chamamos a CE de um teste de validade para os


órgãos envolvidos nos conflitos. É uma tentativa de reativação do
funcionamento do órgão utilizando uma força equivalente a
dispensada durante a fase ativa do conflito. Por isso que conflitos
duradouros e intensos podem provocar sintomas intensos com
risco de vida. As crises epileptoides ocorrem essencialmente entre
23h e 3h da manhã, podendo ter intensidades diferentes. Os
sintomas específicos serão determinados pelo tipo de conflito e
os órgãos envolvidos.

Sintomas inerentes a esta fase correspondem a uma descarga


simpática capaz de reproduzir os sintomas da fase ativa. É neste
momento que temos a sensação que tudo parece estar piorando.
A ativação do SNA simpático eleva a pressão arterial
acompanhada pelo calafrio e resfriamento do corpo, causando
angústias e dores intensas. Todas as manifestações físicas que não
podemos controlar são crises epileptoides (espirros, soluços,
tremores, tiques, piscadas de olhos e pálpebras, espasmos,

79
câimbras, diarreias, vômitos...). O objetivo é provocar um stress
simpaticotônico para eliminar os líquidos e edema acumulados na
Pcl-a.

É através das diarreias, vômitos em jato e grandes sudoreses que


a crise epileptoide retira os líquidos do corpo. O fim da CE é a
eliminação dos edemas e aumento da diurese.

Os ataques cardíacos, derrames, ataques de asma, enxaquecas e


convulsões são apenas alguns exemplos deste momento. Os
eventos típicos que ocorrem durante a epicrise são:

 O paciente revive o conflito inteiro em um breve


momento;
 Sensação de frio aumentada. Os chamados “dias frios”,
frequentemente com calafrios ocorrem pela constrição dos
vasos sanguíneos periféricos. “Extremidades frias”.
 Aumento da eliminação de urina chamada “fase urinária”,
que dura até a fase restauradora para a formação de
cicatriz.

O tipo de epicrise pode também auxiliar na identificação da


natureza do conflito, os órgãos, tecidos e parte do cérebro
envolvidos. Após a epicrise, o organismo inteiro (psique-cérebro-
órgão) seguirá para a fase Pcl-b retornando ao estado de
normotonia caso não apresente uma recaída do conflito, ou por
um DHS ou através dos raios do conflito.

Fase exudativa (Pcl-b)

A Terceira e última etapa é a fase cicatricial (Pcl-b). Ocorre


sistematicamente a reconstrução dos tecidos lesionados, com a
presença de fibrose cicatricial e retração tecidual. Após o edema

80
cerebral ter sido eliminado, a neuróglia7 reúne-se no local para
completar a restauração do cérebro. Haverá correlação com a
massa conflitual8, formada pelo edema cerebral onde esse
acúmulo de neuróglia formará o glioblastoma, classificado pela
medicina convencional como “tumor cerebral”. Essas são
cicatrizes do tecido nervoso que como consequência alteram a
função do tecido cerebral.

Imagem 35: Fase Pcl-b.

Nessa fase o foco de Hamer aparecerá em uma tomografia


cerebral com uma configuração anelar branca. Um conflito
reincidente em fase de recuperação é um conflito de recuperação
em balanço. A fase PCL em balanço acarreta remanejamentos ao
nível cerebral traduzindo-se por uma perda progressiva da
elasticidade do tecido cerebral. O tecido vai fibrosar no órgão,

7
São células sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição
aos neurônios. Não são os neurônios.
8
Intensidade e tempo de duração em que o corpo permaneceu na fase ativa
do conflito.

81
podendo interferir em sua função. São todas as patologias com
sufixo -ose (artroses, dermatoses, cirroses, etc.).

Imagem 36: Foco de Hamer em fase de reparação completa.

A passagem da fase ativa para a para a fase PCL possui condições


fundamentais para que sejam finalizadas. É muito importante
lembrar que, para que um conflito esteja completamente
resolvido, o indivíduo deve aprender a intervir sobre todos os
fatores que o ativam.

Apenas mudanças de percepção, ou repetir para sua mente


mantras de que tudo está bem não serão suficientes. Vamos
lembrar que toda atividade relacionada a lei bifásica está
acontecendo longe do nosso plano consciente. Então, para que seu
cérebro reconheça que houve uma mudança verdadeira,
precisamos encontrar uma solução real e capaz de modificar
nossas percepções. Precisamos estar realmente convencidos de
que o motivo que gerou (DHS) o estado de tensão está suprimido.
Do contrário, tudo permanecerá inalterado e o processo de cura

82
não vai acontecer, ou se instalará uma doença crônica para a vida
inteira, se comportando com períodos de melhora e recaídas.

Imagem 37: Resumo das fases da 2ª lei biológica.

O cérebro só vai reconhecer aquilo que ele já vivenciou, portanto


se o ambiente à nossa volta permanecer inalterado, a percepção
inconsciente do cérebro também não será modificada.

“Quando nós eliminamos uma percepção


negativa (uma crença por exemplo) e a
substituímos por outra percepção, então
mudamos nossa resposta biológica. As
percepções que vocês tem do seu meio-
ambiente os elevarão ou os levarão.”
Bruce Lipton

83
3ª lei biológica – “O sistema
ontogenético das doenças”

A terceira lei explica a correlação entre o cérebro, o órgão e a


psique no contexto do desenvolvimento embrionário
(ontogenético) e evolutivo (filogenético) do corpo humano.
Mostra que a localização de um foco de Hamer (FH) no cérebro
e a proliferação ou a perda de tecido são partes de um programa
biológico com significado especial e não são acidentais.

Dr. Hamer nos permitiu compreender através da terceira lei


biológica como os tecidos se comportam durante as fases ativa e
de reparação de um conflito.

Comportamento embrionário dos tecidos

Os tecidos controlados pela região tronco cerebral e cerebelo, o


que ele chamou de cérebro antigo, durante a fase ativa do
conflito exibem um aumento da função do órgão juntamente com
proliferação celular (formação de massa), seguida da
normalização ou redução da função do órgão e da massa durante
a fase reparadora (Pcl). Para os tecidos do mesoderma novo e
ectoderme, que ele chamou de cérebro novo, ocorre redução da
função de um órgão na fase ativa, com perda celular, necroses e
ulcerações estimulados pelo sistema nervoso simpático, e durante
a fase de reparação (Pcl), ocorre a proliferações celular e

84
formação de massa estimulados pelo sistema nervoso
parassimpático.

Imagem 38: Etapas da 3ª lei biológica.

É extraordinário observar que, cada um destes tecidos se


comportam da mesma maneira em qualquer parte do corpo
independente de qual parte orgânica/órgão que está afetado. Isso
significa dizer que, conhecendo o comportamento específico de
cada um desses tecidos embrionários seremos capazes de
compreender o desenvolvimento e o progresso da doença de
acordo com a origem tecidual de um órgão (endoderme,
mesoderme, ectoderme).

85
Sua base constituinte é basicamente dividida em três tipos de
tecidos, o endoderme que vai desenvolver boa parte das estruturas
endócrinas e digestivas, o mesoderme responsável pelo
desenvolvimento dos ossos e músculos, e o ectoderme,
responsável pelo surgimento da nossa pele e sistema nervoso
propriamente dito. Cada um destes tecidos terá uma região de
controle específica em nosso cérebro. A única particularidade que
devemos acrescentar é a respeito do tecido mesodérmico, que se
dividirá em duas porções, o mesoderme antigo (de onde
desenvolvem nossas capas protetoras como a derme, peritônio,
pleura, pericárdio) e o mesoderme novo, que será responsável
pelos músculos, ossos, tendões, ligamentos e tecidos conectivos.
A terceira Lei biológica implica em um giro completo sobre a
compreensão diagnóstica de uma enfermidade. Ao estudar o
comportamento destes tecidos, compreendemos a natureza dos
sintomas orgânicos em relação às duas fases de cada doença. Os
órgãos e tecidos se correlacionam com a folha germinal,
apresentando particularidades durante a fase de conflito ativo e a
fase de cura.

“Em 1987, eu descobri a 3 e 4 leis biológicas com


base na embriologia e nas ciências comportamentais.
Para minha surpresa, eu era capaz de estabelecer
que estas quatro leis biológicas podem explicar todas
as doenças e pode ser reproduzido em cada caso
individual. Isso obrigou-me a uma conclusão de tirar
o fôlego: As doenças tem, obviamente um significado
biológico nas diferentes camadas germinativas e não
são erros sem sentido da natureza que devemos lutar,
mas em vez disso, são eventos muito significativos.
Por isso, tive que me perguntar: O que ocasionou
esta doença? (Como?). Qual é o seu significado

86
biológico? (Porquê?) Compreendi que só seria
possível encontrar o significado das doenças
referindo-se à ciência da embriologia, e que o
contexto biológico-social deve também ter em conta
no presente memorando biológica de significado. Por
exemplo, uma mãe se torna doente para o benefício
de seu filho ou seu parceiro. Finalmente tive que me
perguntar se o nosso entendimento e conceito de
doença não tinham sido totalmente errados por causa
de nosso não saber sobre o efeito biológico das
doenças.” Ryke Geerd Hamer

Imagem 39: Gastrulação. Formação dos folhetos embrionários entre a terceira e


oitava semanas de gestação e sua relação com a formação de estruturas do corpo.

87
Exemplos práticos

O estômago

O estômago recebe o alimento do esôfago. As glândulas deste


órgão produzem suco gástrico (peptina, ácido clorídrico) para a
digestão de proteínas. Como a maioria do trato digestivo, o
estômago (ventrículo) é constituído fundamentalmente de tecido
endodérmico e o restante é composto de músculos lisos. Este
órgão recebe influencias tanto do tronco cerebral (endoderme)
quanto do córtex (ectoderme) e possuem sintomas relacionados a
dores estomacais, dificuldade do processo digestivo, gastrites e
sensação de queimação.

Imagem 40: Em vermelho, região derivada do ectoderme, e região amarela,


proveniente do endoderma.

Para os conflitos do tecido ENDODERME temos:

Conflito: De não ser capaz em digerir o pedaço.


Significado biológico: aumento das células do tipo secretor, para
aumentar a produção dos sucos gástrico, digerindo melhor o
pedaço.

88
Fase Ativa: adenocarcinoma em couve flor do tipo secretor ou de
reabsorção (tumores de espessamento da parede gástrica).
Fase PCL: decomposição caseosa do tumor com a participação
de fungos ou micobactérias resistentes à acidez. Encapsulamento
do tumor também é possível.

Imagem 41: Comportamento do estômago pelo endoderme (tronco cerebral).

Para os conflitos do tecido ECTODERME temos:

Conflito: raiva territorial, conflito relacionado aos limites do


território.
Significado biológico: alargamento ulcerativo na passagem do
estômago, especialmente no piloro permitindo chegar mais
alimentos.

89
Fase Ativa: úlceras gástricas ou no duodeno. A área onde as
úlceras desenvolvem-se é formada de tecido epitelial escamoso
muito sensível, inervada pelo córtex sensorial portanto: dor
aguda, cólicas estomacais e espasmos (se a musculatura estriada
estiver envolvida).
Fase PCL: Sangramento estomacal ou úlceras no duodeno
(Hematêmeses e fezes escuras). Apesar de estes serem bons sinais
costumamos vê-los como negativos.

Imagem 42: Comportamento do estômago pelo ectoderme (córtex).

A tireoide e paratireoide

A glândula tireoide está localizada abaixo da laringe em frente à


traqueia e tem origens do endoderma e ectoderma. A principal

90
função do tecido de origem endodérmica da glândula tireoide é a
produção de tiroxina (T3 e T4) e o armazenamento de iodo. Além
disso, a glândula tireoide secreta o hormônio calcitonina que
reduzem os nível de cálcio. A calcitonina é complementar ao
paratormônio da glândula paratireoide, que aumentam o nível de
cálcio. Do ponto de vista ontogenético, as glândulas tireoides e
paratireoides são de origem endodérmica. E os ductos
tireoidianos de origem ectodérmica liberaram a tiroxina. É um
órgão que reage aos casos de conflitos de impotência.

Para os conflitos do tecido ENDODERME temos:

Conflito: impotência (tireoide) e de não poder tragar a presa, “ou


abocanhar o pedaço”.
Significado biológico: Tireoide: ser rápido o suficiente para
“catar ou cuspir” o pedaço abocanhando pelo aumento da
produção hormonal (T3 e T4). Paratireoide: tornar a contração
muscular mais eficaz pela disponibilização de cálcio.
Fase Ativa: hipertireoidismo/hiperparatireodismo. Formação de
bócio e tumor compacto.

91
Fase PCL: Ocorre a normalização hormonal. Geralmente os
tumores são encapsulados formando nódulos, ou podem ter
participação de micobactérias e fungos.

Imagem 43: Comportamento da tireoide e paratireoide, porção endodérmica.

Para os conflitos do tecido ECTODERME temos:

Conflito: relacionado ao se sentir impotente ou de medo frontal.


Significado biológico: necroses funcionais com sentido de
diminuir ou bloquear a passagem dos hormônios tireoidianos para
o sangue (tiroxina). Com maior quantidade desse hormônio, o
organismo encontra-se em melhor posição para “assumir o
controle”.

92
Fase Ativa: ulceração dos condutos tireoidianos com leve
aumento da produção hormonal.
Fase PCL: Recuperação do tecido, inchaço sem dor, formação de
um cisto. Possível dificuldade em engolir ou respirar. Da mesma
forma, esse inchaço é diagnosticado como bócio ou como o
chamado "cisto tireoglosso". Os níveis de tiroxina geralmente
permanecem normais.

Imagem 44: Comportamento da tireoide ectodérmica.

93
4ª lei biológica – O sistema
ontogenético dos micróbios

Outra descoberta importante e surpreendente que constitui uma


verdadeira mudança de percepção das doenças é o papel dos
micróbios (micobactérias, fungos, bactérias e vírus). Estes
micróbios, ao contrário do que se pensa, não são os agentes
provocadores de uma doença. Eles possuem uma função de
simbiose correlacionada a um determinado tecido e área cerebral.

De acordo com Dr. Hamer, esses microrganismos irão participar


ativamente, sem exceções, do processo de reparação, assim que o
choque biológico for suprimido, conforme explicado na segunda
lei. Cada tecido terá a participação específica de grupos diferentes
de microrganismos, respeitando tanto a área cerebral da qual o
tecido sofre influências (controlado), como também a sua
derivação do folheto embrionário.

O papel benéfico dos micróbios durante a fase de cura de


um programa biológico de sobrevivência (SBS)

Há milhões de anos atrás os micróbios eram os únicos organismos


que viviam na terra. No processo de formação do organismo
vivos, que vieram posteriormente a se tornar o ser humano, os
micróbios habitavam suas estruturas em desenvolvimento com a
função de manter os órgãos e tecidos saudáveis. Em todos os

94
momentos tanto os micróbios como bactérias e fungos têm sido
essencial para nossa sobrevivência.

Imagem 45: Relação das áreas de controle cerebral com os folhetos embrionários e a
participação de microrganismos específicos.

Os micróbios só entram em ação na fase de cura

Durante a fase de cura, fungos ou micobactérias decompõem as


células que serviram à um propósito biológico durante a fase de
conflito ativo. As micobactérias começam a se multiplicar no
exato momento do DHS, de modo que quando houver a resolução,
haverá bactérias suficientes para decompor e eliminar o câncer ou
o seu equivalente (sintomas mais brandos).

Essa multiplicação celular logo no começo da fase ativa irá


permitir o mais rápido possível a intervenção desses micróbios no
começo da conflitólise (Pcl). Na natureza é importante se curar o
mais rápido possível.

95
São os "microcirurgiões" naturais que removem os tumores. São
nossos lixeiros para os tecidos endodérmicos e nossos
reparadores para os tecidos ectodérmicos. Os micróbios não
causam doença, e sim otimizam a cura. Ativados pelo cérebro,
micróbios tais como fungos e bactérias iniciam o trabalho a eles
designado. Por exemplo, bactérias staphylococcus aureus
facilitam a reconstrução do tecido ósseo perdido durante o câncer
ósseo. Bactérias da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) e
fungos tais como Candida albicans, por outro lado, são
responsáveis por decompor tumores e equivalentes da região da
cavidade oral, língua e mucosa vaginal. São as causadoras da
candidíase. O fato de bactérias tuberculosas e fungos eliminarem
tumores mostra claramente que os cânceres são reversíveis!

Entretanto, se alguém não traz em si micróbios úteis por causa do


uso excessivo de antibióticos, por exemplo, o tumor
simplesmente fica onde está e se encapsula. A cura envolve
muitos processos biológicos. As células brancas do sangue
(linfócitos, macrófagos, etc.) e os anticorpos, todos participam da
cura. Consequentemente, o chamado “sistema imunitário”,
imaginado como sistema de defesa contra agentes causadores de
“doenças” (micróbios, células cancerosas, toxinas), é, na
realidade, um sistema de apoio criado para ajudar a apressar a
recuperação. A palavra “anticorpo” carece de sentido, porque não
há “corpo” algum para “ser combatido”.

Por exemplo, órgãos governados pelo cerebelo (mesoderme


antigo) como córium (derme), o pericárdio (membrana que
envolve o coração), pleura (membrana que envolve o pulmão) e
do peritônio (membrana que cobre o interior da parede
abdominal) são moldadas por micobactérias da tuberculose, mas

96
também podem ser ajudados por bactérias que contribuem para a
caseificação9.

Imagem 46: Esquema organizacional da relação dos microrganismos com os folhetos


embrionários.

Consideramos os micróbios como agentes nocivos que devem ser


destruídos a todo custo. Cada vez é mais sabido que necessitamos
de microrganismos em nosso corpo para ajudar e facilitar em suas
funções orgânicas, além de participarem no processo de
decomposição e recuperação cicatricial. Se, por razões de higiene,
não tivéssemos micobactérias, não poderíamos evacuar nossos
tumores na fase de cura. Isso tem consequências desastrosas para
um grande número de tumores. Analogamente, nossas funções
intestinais também estariam comprometidas.

Para o câncer da glândula tireoide, porção ectodérmica, que


reflete um conflito já resolvido, se este tecido não puder ser
degradado os níveis de tiroxina permanecerá em elevação, o que,

9
Processo de degradação progressiva e irreversível feita por enzimas em
tecidos lesionados. Característica de focos de tuberculose. Sua aparência
(macroscopicamente) tem aspecto semelhante a um queijo cremoso, branco
amarelado. Por isso o termo “caseificação”.

97
do ponto de vista biológico, é totalmente absurdo. A única razão
para isso é a ausência de micobactérias que normalmente
destruiriam o tumor e restaurariam o nível de tiroxina até que ele
retornasse ao normal. A mesma coisa acontece com o câncer do
intestino grosso. Complicações enormes não podem ser evitadas,
exceto por intervenção cirúrgica, na ausência de micobactérias.

Micobactérias

São tão antigas quanto os organismos unicelulares, e são do


preambulo da origem dos animais e do ser humano. Possuem um
papel bem determinado na destruição dos tumores regidos pelo
cerebelo e tronco cerebral assim que a fase de cura começa
(conflitólise). Elas já se preparam multiplicando-se desde o
período de fase ativa do conflito. Mais um dos motivos que
justificam grandes fases de reparação, onde os sintomas são
sempre proporcionais ao tempo de duração e atividade de um
conflito.

Imagem 47: Micobactérias.

Agora entendemos porque dificilmente poderíamos cultivar


bactérias in vitro. As micobactérias se desenvolvem apenas
quando o bacteriologista, durante suas manipulações, inflige um

98
conflito biológico10 ativo no organismo em estudo. Mas como ele
não conhece a Nova Medicina Germânica, seria impossível
compreender que isso viria em consequência de suas
manipulações. As micobactérias serão consideradas como não
cultiváveis.

Sabemos agora que micobactérias, também chamadas de bacilos


ácido-resistentes, já que ambientes ácidos não podem destruí-las,
devem estar presentes no DHS. Se a ingerirmos, uma vez iniciada
uma fase PCL, elas não serão mais úteis para esse programa
biológico de sobrevivência (SBS) preciso. Eles só podem ser
multiplicados durante a fase ativa de um conflito. Visivelmente,
nosso organismo em perfeita harmonia com seus aliados
(micobactérias) não irão produzir bacilos álcool-ácido resistentes
além do necessário para a caseificação e a evacuação do tumor.

Lamentável, estamos pensando em ter que suprimir a tuberculose,


ao invés de acompanhar o curso da doença, compensando os
sintomas a fim de evitar uma fase Pcl intensa, com repercussão
em funções vitais e a morte do indivíduo.

Com a participação destes microrganismos, identificamos durante


o processo de decomposição, restos do processo de cura
eliminados através das fezes, na urina ou laceração respiratória
nos pulmões, tipicamente acompanhado de suores noturnos,
secreção (potencialmente misturada com sangue), edemas,
inflamação, febre e dor. Este processo microbiótico natural é
erroneamente chamado de infecção.

10
Neste exemplo citaríamos o “ataque a integridade”, responsa biofisiológica
à uma lesão tecidual promovida por um “predador”. É uma das definições que
regem os tecidos do mesoderma antigo.

99
AS BACTÉRIAS

Auxiliam na reparação de tecidos que derivam do mesoderma


novo, controlado pela substância branca.

Durante a fase de cura, estas bactérias removem as células de


tumores que não são mais requeridos pelo cerebelo (mesoderme
antigo), ou ajudam a reparar a perda do tecido durante a fase ativa
dos conflitos controlada pela substância branca do cérebro
(mesoderme novo). Bactérias Estafilocócicas e Estreptocócicas
por exemplo, ajudam a reconstrução do tecido ósseo e ajudam a
reparar a perda de células (necrose) do tecido do ovário e do
testículo. Também possuem uma relação com a formação de
tecido cicatricial, já que o tecido conector está controlado desde a
substância branca. Se estas bactérias estiverem ausentes, a
reparação continua de todas as formas, porém não de uma
maneira biologicamente ótima.

Imagem 48: Bactérias.

Vemos, então, que os micróbios estão totalmente integrados ao


processo biológico dos SBS. Eles cresceram como nós e para nós.
Eles também fazem parte do todo, um anel da cadeia, que nós não
conhecíamos. Não são os micróbios que nos matam, mas o

100
enorme edema que se forma no cérebro se o conflito durar muito
tempo.

Um exemplo prático é a participação das bactérias nos processos


de cicatrização óssea. Elas facilitam a reconstituição do tecido
além de remover os fragmentos de ossos que permanecem. Sua
principal função ainda é a reconstituição. São sintomas comuns a
presença de secreções, aumento do volume, inflamação, febre e
dor. Este processo de reparação microbiótico de cura natural é
erroneamente chamado de “infecção”.

Os vírus

No que se refere a “vírus”, na Nova Medicina Germânica


preferimos falar de “vírus hipotéticos”, já que ultimamente a
existência dos vírus tem sido questionada. A falta de provas
científicas para a alegação de que vírus específicos causam
“infecções” especificas está de acordo com as descobertas
anteriores do Dr. Hamer, a saber, que o processo de reconstrução
do tecido controlado pelo córtex cerebral ectodérmico (p. ex., a
epiderme, o colo do útero, o revestimento da mucosa brônquica,
ou a membrana nasal) ocorre mesmo na ausência de vírus.

Isso quer dizer que a pele se cura mesmo sem o “vírus” do herpes;
o fígado, sem o “vírus” da hepatite; a membrana nasal, sem o
“vírus” da gripe, e assim por diante.

O processo de restauração é tipicamente acompanhado de edema,


inflamação, febre e dor. Esse processo microbiano de reparação
natural é erroneamente chamado de “infecção”. Se os vírus de
fato existirem, eles participariam – de acordo com a lógica
evolutiva – da reconstrução dos tecidos ectodérmicos. Com base
no papel benéfico dos micróbios, pode-se dizer que os vírus não

101
seriam causadores de “doenças”, mas, em vez disso, teriam um
papel vital no processo de cura dos tecidos controlados pelo
córtex cerebral.

Imagem 49: 4ª lei biológica.

Tendo em vista a quarta lei biológica, os microrganismos não


podem mais ser considerados a causa das “doenças infecciosas”.
Com o entendimento de que os microrganismos não causam a
doença, mas tem um papel benéfico na fase de cura, o conceito de
um sistema imunológico visto como um sistema de defesa contra
os “micróbios patógenos” torna-se sem sentido.

102
5ª lei biológica – “A
quintessência”

Tudo na natureza está em simbiose. E a quinta lei biológica é a


síntese de todo pensamento desenvolvido pelo Dr. Hamer.

Na natureza não existe nada que seja "maligno ou benigno".


Existe a lei da sobrevivência que promove a seleção natural dos
mais fortes, buscando um equilíbrio dinâmico. Para que possamos
compreender este conceito, devemos suprimir nosso senso
unilateral de justiça ou referências, do que é certo ou errado, e
pensar em como as coisas acontecem e se desenvolvem para
compreendermos a sinergia dos elementos da natureza. Nós, seres
humanos, querendo ou não, fazemos parte desta natureza e por
isso estamos submetidos às suas regras e leis.

Os seres humanos frequentemente não reagem a tempo e tendem


a permanecer congelados diante de um problema. Firmes na
"nossa razão", permitimos que a intensidade de um conflito
aumente progressivamente, ao invés de se atentar à necessidade
de encontrar uma solução, ou a melhor forma de "lidar com".
Mesmo que acreditemos que não existe uma solução para um
problema, se torna necessário encontrar ao menos um ponto de
equilíbrio, impedindo que toda tensão de um conflito venha à tona
e nos domine. Achar a solução nunca foi fácil, e permanecer em
harmonia tão pouco nos dias de hoje.

103
A quinta lei, quando afirma que toda doença possui um propósito
biológico, demonstra na prática cotidiana de cada um que as
doenças surgem como "uma estratégia para que superemos um
conflito vivenciado" ou que "estamos vivenciando",
potencializando ou suprimindo a função de um órgão. E mesmo
as constelações psiquiátricas11 podem ser entendidas como
significantes.

Por exemplo, se tocamos o fogo com a mão, instantaneamente a


retiramos, sem perder tempo em pensamentos e reflexões
filosóficas. Ao invés disso, em nossa vida cotidiana, parecemos
permanecer acostumados a "não sentir a mão queimar". Somente
após algum tempo é que perceberemos que a mão está queimada,
e prontamente o fogo por ser algo ruim e nocivo. É nesta hora que
recorremos ao auxílio de que alguém que seja capaz de recuperar
e deixar a mão como era antes. A única coisa que talvez esteja
sendo esquecida, são as cicatrizes! Elas são e serão eternamente
marcas de registros dos sofrimentos que vivenciamos.

Graças as 5 leis biológicas, temos a oportunidade de estar mais


próximos ao nosso "sentir verdadeiro", e mais atentos para
perceber o que é verdadeiramente importante, necessário ou
perigoso para nós, e como nossas próprias histórias pessoais,
podem influenciar no nosso comportamento psíquico, emocional,
biológico e em nossa saúde.

“Todas as chamadas enfermidades tem um significado


biológico especial. Enquanto considerávamos a mãe

11
Constelações Psiquiátricas: área de estudos que envolvem as 5 leis
biológicas nas enfermidades psiquiátricas. Correspondem a dois programas
em posições opostas no cérebro, com a função de quilibrar os embates
hormonais.

104
natureza como falível e tínhamos a audácia de
acreditar que ela comete erros constantemente e
produz desagregações (crescimentos cancerosos
malignos, sem sentido, degenerativo, etc.) podemos
agora ver, enquanto as vendas caem de nossos olhos,
que somente eram nossa ignorância e orgulho a única
estupidez em nosso universo. Cegos, trazemos para nós
está medicina sem sentido, sem alma e brutal. Cheios
de assombro, podemos agora entender pela primeira
vez, que a natureza tem uma ordem (isso já sabíamos)
e que cada coisa que acontece na natureza tem um
propósito em um âmbito maior, e que os eventos que
chamamos de enfermidades não são alterações sem
sentido que tem que ser reparadas por aprendizes de
feiticeiros. Podemos ver que nada carece de
significado, nada é maligno nem enfermo.”.
Ryke Geerd Hamer

A terapia da Nova Medicina Germânica

O primeiríssimo passo, na terapia da Nova Medicina Germânica,


é possibilitar a compreensão da natureza biológica de um sintoma,
um câncer, por exemplo.

A tomografia cerebral e um histórico médico completo são vitais


para determinar em qual fase do conflito o paciente se encontra.
Se ainda estiver na fase ativa, o importante é identificar o DHS
original e montar uma estratégia para resolver o conflito. É crucial
preparar o paciente para os sintomas de cura e para possíveis
complicações que podem acontecer após o processo, e por isso
exige responsabilidade do terapeuta.

105
As descobertas do Dr. Hamer nos proporcionam, pela primeira
vez na história da medicina, um sistema confiável que nos permite
não só compreender, mas também prever o desenvolvimento e os
sintomas de qualquer doença.

Compreendendo as “Cinco Leis Biológicas” da causa


e do processo de cura das doenças, podemos libertar-
nos do medo e do pânico que costumam acompanhar a
manifestação dos sintomas. Esse conhecimento é mais
que poder: ele pode salvar vidas. Caroline Markolin

OS 13 CONSELHOS DO DR HAMER

1. Não deixar-se vencer pelo pânico


2. Administrar os sintomas da vagotonia
3. Todas as noites, fazer o balanço diário.
4. Todas as manhãs pegar um lápis e planejar seu dia.
5. Fazer sempre o que for realmente necessário primeiro
6. Evitar todo o enfrentamento.
7. Privilegiar o repouso noturno
8. Comer de forma saudável e leve
9. Curar-se normalmente se aparecer a dor
10. Esperar pacientemente a verdadeira melhora
11. Jamais se expor ao sol ou colocar a cabeça perto de uma
fonte de calor. (bom senso).
12. Se o problema é muito importante, gelar as partes
dolorosas e a cabeça.
13. Nunca diminuir demais os sintomas.

106

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