Você está na página 1de 73

Alimentação na prevenção e

tratamento do câncer de mama


Aline Pereira Pedrosa
Nutricionista Oncológica
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Especialista em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Mestrado em Nutrição Clínica pela UFRJ
Doutoranda em Ciências Nutricionais pela UFRJ
Organizadora do livro nutrição oncológica no dia a dia
1
Sumário Alimentação na prevenção e tratamento do
câncer de mama

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão

2
Sumário Alimentação na prevenção e tratamento do
câncer de mama

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão

3
Epidemiologia Alimentação na prevenção e tratamento do
câncer de mama

INCA, 2023

Câncer de mama em homens é raro,


representando 1% do total de casos da doença. 4
Epidemiologia Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Fatores de risco para câncer de mama em homens:


• Genes e história familiar, por exemplo, mutações no gene BRCA1 ou BRCA2 e ter parentes de
primeiro e segundo grau que tiveram câncer de mama;
• Condições que podem aumentar o nível de estrogênio no corpo, como obesidade, alcoolismo,
síndrome de Klinefelter e doença hepática;
• Radioterapia prévia para área do tórax
FENTIMAN, 2006. 5
Epidemiologia Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

TIPOS HISTOLÓGICOS DE CÂNCER DE MAMA:

Carcinoma ductal Carcinoma lobular


Carcinoma sebáceo Carcinoma tubular
invasivo invasivo

Carcinoma com Carcinoma com


Carcinoma Carcinoma diferenciação em
elementos células de anel de
cribriforme invasivo mucinoso
medulares sinete

Carcinoma Carcinoma com Carcinoma


Carcinoma
micropapilar diferenciação metaplásico sem
metaplásico misto
invasivo apócrina tipo especial

Carcinoma com
Carcinoma Carcinoma papilar Carcinoma de
elementos
mioepitelial invasivo células acinares
neuroendócrinos 6
Epidemiologia Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

TIPOS HISTOLÓGICOS DE
CÂNCER DE MAMA:

WEIGELT et al., 2010.


7
Epidemiologia Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

AINDA CLASSIFICADOS EM:

Os hormônios estrogênio/progesterona agem como um fator de


Receptor Hormonal
crescimento e progressão para as células neoplásicas.
Positivo
Cerca de 70% de todos os cânceres de mama são RH+.

HER-2 positivo Níveis mais elevados que o normal da proteína HER2.


(HER2+) Correspondem a 20% dos casos.

Triplo positivo (RH+,


Positivos para receptores de estrogênio, progesterona e HER-2.
HER2+)

Triplo negativo (RH- Negativos para receptores de estrogênio, progesterona e HER-2.


, HER2-) 10 a 20% dos casos de câncer de mama. Ocorre em mulheres mais jovens
8
Sumário Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Câncer

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão

9
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

FATORES DE RISCO NÃO


FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS
MODIFICÁVEIS

• Ingestão de bebidas alcoólicas


• Hereditários • Excesso de gordura corporal
• Idade e raça • Sedentarismo
• Hormonais e reprodutivos • Radiação ionizante em tórax
• Uso de tabaco

10
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

HEREDITÁRIOS:
• Representa 10% dos cânceres
de mama;

• Mutações nos genes BRCA1 e


BRCA2 = síndrome câncer de
mama e ovários hereditário;
FATORES DE RISCO NÃO • Risco maior em mulheres com
MODIFICÁVEIS câncer de mama em parentes
de primeiro grau e para aquelas
que já tiveram um câncer de
• Hereditários
mama, mesmo sem histórico
• Idade e raça
familiar
• Hormonais e reprodutivos

11
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

IARC, 2018
12
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

• Grupo 1: Evidência convincente.

• Grupo 2: Sem evidências conclusivas em humanos.

• Grupo 2A: Evidências em experimentos animais.

• Grupo 2B: Sem evidências em estudos experimentais.

• Grupo 3: O agente não é classificável para seres humanos.

• Grupo 4: O agente é provavelmente não carcinogênico para humanos.


IARC, 2018 13
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

IARC, 2018
14
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

15
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

INCA, 2019
FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS

• Ingestão de bebidas alcoólicas


• Excesso de gordura corporal
• Sedentarismo
• Radiação ionizante em tórax
• Uso de tabaco

16
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Avaliaram a associação entre ingestão de bebida alcoólica e câncer de mama, segundo o status dos
receptores hormonais. Detectou-se um valor de RR de 1,40 (IC95%: 1,14-1,72) para a ingestão de bebida
alcoólica aumentada (≥ 2 doses/dia), comparando-se com a não ingestão de bebida alcoólica, para o câncer
de mama ER/PR+. Já para o câncer do tipo ER/PR-, o valor de RR encontrado foi de 1,71 (IC95%: 1,19-
2,46). Estes valores de RR não foram diferentes estatisticamente (p = 0,07), indicando que o status dos
receptores hormonais não modificou o risco. Além disso, como o álcool também esteve associado aos
receptores negativos, sugere-se que ele atue por meio de outros mecanismos além dos hormonais. 17
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Um estudo caso-controle na Itália, constataram que a ingestão aumentada de bebida alcoólica (≥ 13,8g/dia)
elevou o risco de câncer de mama, quando se comparou com mulheres que nunca fizeram uso de bebida
alcoólica (OR = 1,96; IC95%: 1,57-2,47). Porém, quando foi realizada a análise segundo o status dos
receptores, o efeito de risco foi observado apenas para receptores de estrógeno positivos. Segundo estes
autores, o risco para câncer de mama decorrente do uso de bebidas alcoólicas está mais relacionado com
receptores de estrógeno positivos do que negativos.
18
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Coorte nos Estados Unidos com 38.454 mulheres, também observaram efeito de risco da ingestão de bebida
alcoólica para os cânceres de mama in situ, invasivo e ER/PR+. O aumento de 10g no consumo de etanol
por dia provocou um aumento de 7% no risco de desenvolvimento do câncer de mama in situ (RR = 1,07;
IC95%: 1,01-1,14), e de 9% no risco de câncer de mama invasivo (RR = 1,09; IC95%: 1,02-1,16). Na análise
segundo o status dos receptores hormonais, verificou-se risco aumentado somente para o câncer de mama
ER/PR+, para o aumento no consumo de 10g de etanol diário (RR = 1,11; IC95%: 1,03-1,20).
19
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Em um estudo de caso-controle desenvolvido na França, verificaram que a ingestão de uma dose diária de
bebida alcoólica (10-15g de etanol/dia) foi considerada um fator de proteção para o câncer de mama, quando
se compara com as mulheres que não fazem o uso de bebida alcoólica (OR = 0,21; IC95%: 0,10-0,91). Este
efeito protetor foi encontrado tanto para a ingestão moderada (< 1 dose/dia) de vinho (OR = 0,51; IC95%:
0,30-0,94) quanto para as demais bebidas, (OR = 0,63; IC95%: 0,42-0,94). No que se refere ao efeito
protetor do vinho, especificamente, sugere-se que o efeito deletério do álcool seja, em parte, atenuado pela
presença de agentes antioxidantes presentes no vinho, quando sua ingestão é moderada. 20
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Etanol aumentando permeabilidade


celular a carcinogênicos

Diminuindo a detoxicação dos


carcinógenos pelo fígado
ÁLCOOL

Aumentando estresse oxidativo

Aumenta níveis séricos de estrogênio


e atividade do transcritor de
estrogênio, elevando a resposta da
célula a este hormônio
21
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

INCA, 2019

22
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

INCA, 2019

FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS

• Fator de risco convincente na pós


• Ingestão de bebidas alcoólicas
menopausa;
• Excesso de gordura corporal
• Fator de proteção provável para
• Sedentarismo
mulheres na pré menopausa
• Radiação ionizante em tórax
• Uso de tabaco

23
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Uma dieta com baixo teor de gorduras pode


reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de
mama em aproximadamente 9% ao longo de 8
anos.
Além disso o tipo de gordura dietética também
influencia na prevenção.
Alto consumo de gordura saturada aumenta o
risco de câncer de mama.
Ingestão de gorduras ômega-3 é inversamente
associada.

24
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

DIETA DO MEDITERRÂNEO

A adesão à dieta do mediterrâneo parece


estar inversamente ligada à incidência e
mortalidade de câncer de mama.

25
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

INCA, 2019

FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS

• Ingestão de bebidas alcoólicas


• Excesso de gordura corporal
• Sedentarismo
• Radiação ionizante em tórax
• Uso de tabaco

26
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

FRUTAS E VEGETAIS

As fibras presentes nestes alimentos


podem prevenir a carcinogênese,
reduzindo os níveis de estrogênio séricos,
melhorando sensibilidade à insulina e
redução do ganho do peso.

27
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARNES VERMELHAS E PROCESSADAS

Carnes vermelhas e processadas


representam fatores de risco para câncer
de mama devido ao seu alto teor de ferro
heme.
Carne vermelha não processada= risco
6% maior
Carne processada =risco 9% maior

28
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARNES VERMELHAS E PROCESSADAS

PORÉM....

O método de preparo das carnes importa!


O cozimento em altas temperaturas
aumenta a formação de compostos
potencialmente carcinogênicos, incluindo
aminas heterocíclicas.

29
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARNES VERMELHAS E PROCESSADAS

- Carnes NÃO marinadas e feitas em churrasco tem maior presença de aminas


heterocíclicas
- Carnes e frangos marinados tinham menor aminas heterocíclicas presentes, mesmo
quando expostos ao defumado (churrasco)
30
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARNES VERMELHAS E PROCESSADAS

31
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

PRODUTOS LÁCTEOS

Pontos positivos consumo de cálcio e


vitamina D, menor o risco de câncer de
mama na pré-menopausa

Pontos negativos ácidos graxos


saturados, IGF-1 endógeno e vários
contaminantes.

32
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

PRODUTOS LÁCTEOS

RECOMENDAÇÕES

Consumir leite com baixo teor de


gorduras.
Escolher boas marcas de produtos lácteos

33
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARBOIDRATOS E ÍNDICE GLICÊMICO

Alto índice glicêmico nem a ingestão de


carboidratos tem correlação com o
aumento do risco do câncer de mama.

34
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

CARBOIDRATOS E ÍNDICE GLICÊMICO

RECOMENDAÇÕES

Mesmo não havendo relação com


aumento do risco de câncer de mama, o
controle do índice glicêmico da dieta é
recomendável.

35
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

SOJA

FONTE ALIMENTAR DE ISOFLAVONAS.

Propriedades
antioxidantes, induzem
POSITIVO apoptose e inibem
angiogênese

NEGATIVO - Competem pela


ligação aos receptores
de estrogênio
- Transgênica

Cico et al., Nutrients, 2019. 36


Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama
Fatores de risco

SOJA 1998 – 2004: produção de soja transgênica


PROIBIDA no Brasil

2005: Liberação da produção de soja transgênica


pela lei nº 11.105 (conhecida como “nova Lei da
Biossegurança”) de 24 de março de 2005.

ORGANISMO GENETICAMENTE
MODIFICADO (GMO):
Introdução de um gene com o código de uma
proteína que a torna resistente ao herbicida
glifosato, veneno que é utilizado para exterminar
ervas (de toda a espécie) que infestam a lavoura,
mas preserva a cultura.

37
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

SOJA

38
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama
SERÁ QUE SÃO SÓ ESSES ALIMENTOS MESMO?
SOJA

39
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

SOJA

40
Fatores de risco Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

SOJA

Não há evidência científica que alimentos


transgênicos causem câncer.

POUCOS ESTUDOS.

41
Sumário Alimentação na prevenção e tratamento do câncer de mama

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão

42
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER

• Força de preensão palmar


• Teste de sentar e levantar
(5x)

“Sarcopenia is now considered a muscle disease


(muscle failure), with low muscle strength overtaking
the role of low muscle mass as a principal
determinant.”
AVALIAÇÃO DA
COMPOSIÇÃO
CORPORAL DE
PACIENTES COM
CÂNCER
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER

Pacientes adultos e idosos

Morbidade
Risco de toxicidade à terapia antineoplásica

Qualidade de vida

Prado et al., Clin Cancer Res 2009, 15:2920-6.


Prado et al., Lancet Oncol 2008, 9:629-35.
Prado et al., Clin Cancer Res 2007, 13:3264-8.
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER

3º vértebra
lombar (L3)

Mourtzakis et al., Appl Physiol Nutr Metab 2008, 33: 997–1006.


AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER
Músculo
Imagem da 3º vértebra lombar (L3): reto abdominal
Frente
Gordura Visceral Músculo
Músculo oblíquo externo
transverso
abdominal

Músculo
psoas Músculo
oblíquo interno
Músculo
quadrado
abdominal
Gordura
Gordura intramuscular subcutânea

Costas Músculo
eretor da espinha
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER
• MAIS UM POUCO PARA PENSARMOS MIOESTEATOSE
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER

• MIOESTEATOSE

“Fenótipo
muscular”

Maddocks et al., 2014


AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER
Ultrassonografia

Figura . Estruturas teciduais obtidas por meio da imagem de corte transversal pela ultrassonografia, na região de 2/3

entre a crista ilíaca e a borda superior da patela. Fonte: Martín et al., 2017; Tillquist et al., 2014; Tese
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER
• A sarcopenia em indivíduos com câncer possui implicações:

Toxicidade à Complicações Funcionalidad


Óbito
quimioterapia cirúrgicas e

• Importância da Avaliação da Sarcopenia neste grupo de


indivíduos.
Carneiro et al., 2016
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DE PACIENTES COM CÂNCER

Carneiro et al., 2016


SUMÁRIO
SUMÁRIO

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA

Definição de
quimioterapia

“A quimioterapia é o tratamento
por meio de substâncias
químicas que afetam o
funcionamento celular.”
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA
• Quimioterapia prévia, neoadjuvante ou citorredutora: indicada para a
redução de tumores locais e regionalmente avançados que, no momento
são irressecáveis. Tem a finalidade de tornar os tumores ressecáveis ou de
melhorar o prognóstico do paciente.
• Quimioterapia adjuvante ou profilática: indicada após o tratamento cirúrgico
curativo, quando o paciente não apresenta qualquer evidência de
neoplasia maligna detectável por exame físico e exames complementares.
• Quimioterapia paliativa: indicada para paliação de sinais e sintomas que
comprometem a capacidade funcional do paciente, mas não repercute,
obrigatoriamente, na sua sobrevida.
• Hormonioterapia: Consiste no uso de substâncias semelhantes ou
inibidoras de hormônios para tratar as neoplasias que são dependentes
desses.
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO DA
QUIMIOTERAPIA
• Oral
• Endovenosa : é a mais utilizada
• Intra-muscular
• Intra-arterial
• Intra-cavitária
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA

TRASTUZUMABE
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA

• Situação de receptores hormonais:


- RE+ e RP+ Pré-menopausa: tamoxifeno
Pós-menopausa: inibidor de aromatase
(anastrozol, letrozol)
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA

“A radioterapia visa ministrar uma


certa dose de radiação terapêutica no
tumor buscando, ao mesmo tempo,
limitar a dose de radiação nos órgãos
sadios circunvizinhos. Essa forma de
tratamento emprega radiação
ionizante.”
QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA
Tipo de radioterapia Indicação

Curativa Tem como objetivo a cura do paciente e a dose utilizada é geralmente a máxima que pode ser aplicada na

área. Em alguns casos, a radioterapia curativa pode ser realizada de forma concomitante a algum tipo de

tratamento sistêmico com finalidade de potencializar o efeito da radioterapia

Pré-operatória, prévia, Antecede a cirurgia com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e facilitar o procedimento operatório

neoadjuvante ou

citorredutora

Pós-operatória ou pós- Indicada após o tratamento cirúrgico ou quimioterapia, quando o paciente não apresenta qualquer evidência

quimioterapia de neoplasia maligna detectável por exame físico e complementares. Essa modalidade de tratamento

diminui o risco de uma recidiva no local operado ou nos linfonodos regionais

Paliativa Objetiva o tratamento local do tumor primário ou de metástase(s), sem necessariamente influenciar a taxa da

sobrevida global do doente. As principais indicações para radioterapia paliativa são antiálgica, anti-

hemorrágica, para síndrome de compressão medular e de sistema nervoso central


SUMÁRIO

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão
POR
EFEITOS QUE OCORREM
COLATERAIS EFEITOS
COLATERAIS DURANTE A QT?

“Os agentes utilizados no tratamento do câncer afetam tanto as células


normais como as neoplásicas, porém eles acarretam maior dano as
células malignas do que às dos tecidos normais, devido às diferenças
quantitativas entre os processos metabólicos dessas duas populações
celulares”.
EFEITOS COLATERAIS

WHALEN et al., 2006


EFEITOS COLATERAIS
ANTINEOPLÁSICO TIPO DE CÂNCER EFEITOS COLATERAIS
Bussulfano Linfomas e leucemias Queilose, glossite, estomatite, náuseas e vômitos, diarreia; supressão da
(pré-TCTH) medula óssea, fadiga, hiperpigmentação cutânea, tontura.
Capecitabina Câncer de mama Candidíase, estomatite, náuseas e vômitos, dispepsia, dor abdominal,
(Xeloda) metastático obstrução intestinal, diarreia severa, constipação; síndrome palmo-
plantar, fadiga, dermatite, parestesia, supressão da medula óssea,
irritação nos olhos, desidratação, edema, enxaqueca, tontura, insônia, dor
muscular e nos membros, fotossensibilidade.
Carboplatina Ovário, pulmão, cabeça Mucosite, estomatite, náuseas e vômitos, diarreia, constipação, alterações
e pescoço no paladar; supressão da medula óssea, fraqueza, dor, infecções,
neuropatia periférica, distúrbios visuais.
Ciclofosfamida mama, ovário, Estomatite, náuseas e vômitos, boca seca, dor abdominal, diarreia,
linfomas, pulmão, supressão da medula óssea, cefaléia, cistite hemorrágica aguda.
neuroblastoma
Cisplatina Ovário, bexiga, cabeça Náuseas e vômitos severos e prolongados (até 1 semana), diarreia,
e pescoço alterações no paladar, estomatite; toxicidade renal, neuropatia periférica,
supressão de medula óssea.
Doxorrubicina mama, pulmão, bexiga, Boca seca, disfagia, estomatite, sangramento gengival, alterações no
sarcomas ósseos paladar, soluços, gastrite, ulceração gastrointestinal.
Oxaliplatina Câncer colorretal Constipação, diarreia, perda de apetite, náusea e vômito; urticárias,
metastático neuropatias periféricas agravadas pelo frio.
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS –
TERAPIA HORMONAL
• Tamoxifeno atrofia vaginal
• Inibidores de aromatase (anastrozol, letrozol)
dores musculoesqueléticas.
• Efeitos colaterais da radioterapia geralmente começam ao redor da 2ª ou
3ª semana
EFEITOS COLATERAIS
LOCALIZAÇÃO EFEITOS COLATERAIS AGUDOS EFEITOS COLATERAIS
TUMORAL TARDIOS (>90 dias de
tratamento)
Sistema Nervoso Central Náuseas, vômitos, hiperglicemia (causada Cefaléia e letargia
pela administração de corticóide), fadiga e
perda de apetite.
Cabeça e pescoço Mucosite, xerostomia, cárie dental, Osteorradionecrose (necrose de
disgeusia, odinofagia, anorexia e fadiga. tecidos moles), trismo, xerostomia
e fibrose das glândulas salivares,
alteração do paladar e olfato.
Tórax Azia, esofagite aguda, fadiga, refluxo Fibrose e estenose de esôfago,
gastroesofágico, náuseas e vômitos angina de esforço, pericardite,
cardiomegalia; tosse seca, fibrose.
Abdômen Gastrite ou colite/enterite, anorexia, Diarréia, má-absorção, má
intolerância à lactose, fadiga. digestão, colite ou enterite crônica,
fístula intestinal, hematúria e
cistite.
MANEJO DE SINTOMAS
Sinais e sintomas Condutas
Náusea e vômito Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por refeição; dar preferência a alimentos mais secos, de
consistência branda e gelados; mastigar ou chupar gelo 40 minutos antes das refeições; evitar frituras e
alimentos gordurosos, assim como muito doces e líquidos durante as refeições; orientar o consumo de
alimentos cítricos.
Disfagia Modificar a consistência da dieta conforme aceitação, de acordo com as orientações do fonoaudiólogo e a
capacidade do paciente; evitar alimentos secos, dando preferência para alimentos umedecidos.
Enterite Utilizar dieta pobre em resíduos, glúten e sacarose; utilizar dietas pobres em fibras insolúveis e adequada em
fibras solúveis.
Diarreia Avaliar a necessidade de restrição de lactose, sacarose, glúten e cafeína; utilizar dieta pobre em fibras
insolúveis e adequada em fibras solúveis; evitar alimentos flatulentos e hiperosmolares.
Anorexia Modificar a consistência da dieta conforme aceitação do paciente; aumentar o fracionamento da dieta e reduzir
o volume por refeição; aumentar a densidade calórica das refeições; adequar as orientações nutricionais às
preferências do paciente.
Mucosite e Modificar a consistência da dieta de acordo com o grau de mucosite; evitar alimentos secos, duros, picantes e
úlceras orais vegetais crus; diminuir o sal das preparações; utilizar alimentos em temperatura ambiente, fria ou gelada.
Constipação Orientar a ingestão de alimentos ricos em fibras e com característica laxativa; considerar a utilização de
intestinal módulo de fibra dietética mista; estimular a ingestão hídrica.
MANEJO DE SINTOMAS
SUMÁRIO

Câncer de mama

Fatores de risco câncer de mama

Avaliação da composição corporal de pacientes com câncer

Quimioterapia e radioterapia

Efeitos colaterais

Conclusão
CONCLUSÃO

• Alimentação deve ser utilizada como prevenção do câncer =


CONSCIENTIZAÇÃO
• Rotulagem mais transparente possível para termos maior poder de
escolha
• Alimentação também é prazer, cultura, refúgio.
• Além da alimentação, atividade física também é aliado na prevenção de
câncer
• Cuidado nutricional é essencial durante o tratamento oncológico!
OBRIGADA!

alinepp.nut@gmail.com

@alineppnutri

Todos os meses do ano


são rosa

73

Você também pode gostar