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Câncer de Mama
2º tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil e 2ºcausa de morte por câncer em mulheres
Epidemiologia 1% são do total de casos são homens
Conceito O câncer de mama pode ser definido como a proliferação maligna das células epiteliais que
margeiam os ductos ou os lóbulos. A proliferação incontrolável de células anormais surge em função
de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas, por exposição a fatores ambientais
ou fisiológicos. Tais alterações genéticas podem provocar mudanças no crescimento celular ou na
morte celular programada, levando ao surgimento do tumor.
• Mutação genética: BRCA1 e BRACA2 (supressores tumorais) : risco de desenvolver o câncer vai de 50-
85%.
Aos 80 anos: BRCA1 tem risco 72% e BRCA2 69%
BRCA1 tem risco aumentado para câncer de ovário aumentado 20-40%.
➔ Mulheres com mutações nesses genes fazem acompanhamento rigoroso: Uso de TAMOXIFENO
ou RALOXIFENO ou faz MASTECTOMIA BILATERAL PROFILÁTICA.
➔ Homens com mutação em BRCA2 também tem maior risco de desenvolver esse câncer.
➔ Judeus Asquenazes tem mais mutações genéticas mais frequentes.
• HP:
- História de alteração mamária com confirmação histológica aumenta o risco. A confirmação histológica
é a chave -> de modo que nódulo sem a confirmação da biópsia não é suficiente para determinar alto
risco.
- CA de mama in situ prévio
- Carcinoma Lobular in situ LCIS prévio: risco para carcinoma invasivo aumentado
Rastreio • Mulheres com 2 parentes de 1º grau com CA de Mama fazem estudo genético de triagem para ver se
tem mutações em BRCA1 e BRCA2. Pessoas sem esse fator de risco não o fazem pois tem baixa
probabilidade de ter a mutação.
• Mamografia – digital e 3D: usada para diagnóstico precoce. É o principal método de rastreio
Triagem inicia aos 50 anos. Repete a cada 2 anos até os 69 anos (MS)
Tecido mamário denso reduz a sensibilidade do exame, de modo que ela é mais eficaz em mulheres pós-
menopausa.
➔ Malignidade:
Nódulo espiculado
Limites mal definidos com distorção do parênquima adjacente
Microcalcificações pleomórficas (formatos diferentes) agrupadas (é o unido método que identifica
microcalcificações)
Avalia se há linfadenomegalias nas axilas
Mulheres com tecido mamário denso podem fazer a Mamografia 3D ou Tomossíntese mamária
Múltiplas e finas imagens em diferentes ângulos.
Exposição ao dobro de radiação
Aumenta um pouco a taxa de detecção de câncer
Densidade A densidade mamária pode ser classificada de acordo com a porcentagem de tecido fibroglandular
mamária (densidade mamária) Pacientes que apresentam mamografia com predomínio de tecido
fibroglandular (mamas densas) tem maior risco de desenvolver o câncer de mama e, nessa situação,
a mamografia tem menor sensibilidade (mamas densas dificultam a avaliação das lesões mamárias)
➔ Hiperplasia com Atipia: faz exérese da lesão para avaliação + Uso de tamoxifeno
Lesões
Epiteliais ➔ Carcinoma ductal in situ – CDIS: tem potencial de evolução para carcinoma invasor.
Proliferativas Faz cirurgia conservadora com margens livres + radioterapia
(pré-canceríg)
Maioria: Tumores epiteliais que partes das células glandulares mamárias do interior dos ductos e lóbulos
Menos comum: câncer não epitelial das células de suporte do estroma : angiossarcoma, sarcoma
Histopatologia primátio do estroma, tumor filoide.
➔ Carcinoma Inflamatório
Agressivo, fatal, de crescimento rápido
As células neoplásicas bloqueiam os vasos
linfáticos na pele da mama; como resultado, a
mama parece inflamada, eritematosa, e a pele
parece mais espessa, semelhante à casca de
laranja (peau d'orange).
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
Acomete principalmente: Pulmão, Fígado e Ossos (alguns autores consideram o cérebro também)
Sinais e Geralmente: Massa assintomática dominante ou assimétrica detectada pela paciente ou no exame físico
Sintomas de rotina ou mamografia.
Sinais de malignidade: Espessamento firme em apenas uma mama; retração do mamilo ou mama,
abaulamento da fossa supraclavicular ou infraclavicular, edema, hiperemia.
CA Avançado: massa adere à parede torácica ou pele, nódulos ou ulceras satélites, aumento de marcas
comuns da pele pelo edema cutâneo (por invasão linfática), tumor palpável, duro pouco móvel, bordas
pouco nítidas.
• Ultrassonografia:
➔ Achados de malignidade:
Margens irregulares
Hipoecogenididade
Textura heterogênea
Diâmetro craniocaudal > diâmetro laterolateral
Sombra acústica posterior
Contornos microlobulares.
• Biópsia percutânea aspirada com agulha (PAAF) é preferível à cirúrgica. Assim, faz-se:
Biópia com agulha orientada por mamografia ou ultrassom – Core Biopsy (biópsia de fragmentos)
-Avaliar presença de doença metastática: RX tórax, Hemograma completo, Teste hepáico, Dosagem de
cálcio.
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
• TC abdominal
Indicação: Teste hepático anormal, Exame abdominal/pélvico anormal, CA estágio 3 ou 4
• TC tórax
Indicação: Sintomas pulmonares (dispneia), CA estágio 3 ou 4.
É um teste molecular para avaliar o risco de recorrência do CA de mama, com a finalidade de selecionar
ONCOTYPE os pacientes que não precisam de quimioterapia, nos tumores hormonais positivos sem HER2 (tumores
DX luminais)
• Analisa 21 genes do tumor e classifica pelo Score de Recorrência que varia de 0-100:
Tumor <11: Baixo Risco: Não utiliza quimioterapia – apenas terapia Hormonal
Tumor >25: Alto Risco : Utiliza quimioterapia
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
TNM:
Estadiamento
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
QUIMIOTERAPIA
• Pré-operatória: pode ser usada para reduzir o tamanho do tumor, se >5cm Assim a paciente pode fazer
a cirurgia conservadora.
• Pós-operatória: Câncer invasivo. Efeito melhor. Melhora o prognóstico principalmente para pacientes na
pré-menopausa.
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
- Em CA ER+ faz testes genéticos para avaliar indicadação da quimioterapia. São eles:
Oncotype Dx – avalia recorrência do gene 21
MammaPrint – gene 70
Ensaio PAM50 – gene 50
- Drogas mais usadas: regime de dose densa: ACT (doxorrubicina + ciclofosfamida seguida de
paclitaxel)
Indicações da quimio:
ER e PR –
Oncogene positivo para receptor tipo 2 do HER2 (fator de crescimento epidérmico humano)
ER/PR + e Linfonodos + em paciente pré-menopausa
ER/PR+ e HER2 – e classificação Oncotype Dx alta
Terapia Endócrina
Efetiva quando há ER e PR. Se só tiver ER ainda tem bons efeitos.
Nesses casos, pode usar essa terapia no lugar na quimioterapia, tendo o mesmo efeito.
Vantagens:
Menor risco de CA de mama contralateral
Melhora sobrevida
Reduz ansiedade e necessidade de exames de acompanhamento
Pior prognóstico:
• Idade Precoce: 20-40 anos
• Tumor primário maior: tem mais chance de ter acometido os linfonodos
• Graduação maior: tumor pouco diferenciado
• Sem receptor de estrogênio e progesterona: pois exclui a hormonioterapia
• Presença de HER2: pois ela aumenta o crescimento e reprodução celular – torna células tumorais mais
agressivas
• Presença de Mutação BRCA1 : gera mais tumores te alto grau e sem receptor hormonal.
(BRCA2 tem prognóstico igual a genes não mutados)
Mutação em BRCA1 e BRCA2 gera risco de 2º CA de mama no tecido remanescente.
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
Câncer de Ovário
Epidemiologia O câncer epitelial de ovário é a doença maligna ginecológica mais letal e a quinta causa mais comum
de câncer em mulheres.
É mais difícil de ser diagnosticado e tem menor chance de cura.
Na maioria dos casos é diagnosticado em estágio avançado.
Afeta principalmente mulheres na perimenopausa e pós-menopausa.
Sinais e ➔ Não específicos: Sensação de plenitude, dispepsia, edema, dor abdominal, distensão.
Sintomas (aparenta uma síndrome do intestino irritável)
➔ CO precoce:
Assintomático
Massa anexial, sólida, irregular, fixa
Exame pélvico e retovaginal: nodulatridade fixa
Raramente há forte dor abdominal pela torção da massa ovariana
➔ CO Avançado:
Dispsia, distensão, saciedade precoce, dor por gases, dor lombar.
Evolui com dor em hipogástrio, anemia, caquexia, distensão abdominal (aumento do ovário), ascite.
Pode ter: aumento da frequencia urinária, alteração de hábitos intestinais, dispneia.
• Teratoma imaturo
Tem 5 tipos: (cistoadenocarcinoma) • Tumor do seio endodérmico
• Seroso
São células epiteliais ciliadas semelhantes Tumores do cordão sexual/estroma
às tuba uterina e apresentam padrão
papilífero e glandulares;
• Endometrioide
Semelhante ao endométrio
50-60 anos
Pode ter relação com endometriose ou
endometrioma ovariano.
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
• Mucinoso 27%
Ocorrem dos 30-60 anos
Células preenchidas com mucinas,
semelhante à endocérvice ou intestino,
dificultando diagnóstico pois parece
originar dessas regiões.
Tem menor sobrevida, pois geralmente não
responde bem à quimio e tem alta CEA
• Células claras
Células com muito glicogênio
40-70 anos
Tem menor sobrevida.
• Brenner (raro)
Imita epitélio da bexiga.
Via de • Transcelômica: células tumorais circulam no abdome pelo liquido peritoneal, podendo se implantar.
disseminação
• Linfonodal: linfonodos da pelve e retroperitônio.
Estadiamento Feito cirurgicamente por inspeção completa do peritônio, abdome e conteúdo, espaço retroperitoneal e
linfonodos.
Laparoscopia
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
➔ Contraindicações cirúrgicas:
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
Recorrência • Em doença avançada EC >3 70% dos casos recidivam em 5 anos; 15% recidivam com menos de 6
meses.
Fazem retornos a cada 3 meses no 1º e 2º ano;
Cada 4 meses no 3º ano
Cada 6 meses até 5 anos;
Depois, retornos anuais.
Nos retornos solicita-se dose de CA-125; exames de imagem apenas com queixa.
Tratamento da recorrência:
• Se ocorrer após 6 meses do início da químio: paciente sensível à platina. Se antes, doença resistente à
platina.
Enzimas PARP (poliadenosina difosfato-ribose polimerase) são essenciais para a reparação de rupturas
de cadeia simples no DNA.
Bruna Verena – Turma 34 Funorte
A inibição das enzimas PARP leva a rupturas durante a replicação do DNA e, com o tempo, à morte das
células tumorais.
Prevenção Em mutações no gene BRCA1 ou BRCA2, o risco de câncer de ovário e, em menor grau, de mama é
reduzido se for feita salpingo-ooforectomia profilática antes de se completar o período fértil.