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Câncer Pélvico Feminino

Aluna: Fhabyane Araujo Carneiro


Professora: Dayanne Cristina Ramos Lorena Ayres
Câncer Pélvico Feminino
 São os cânceres que atingem os órgãos localizados na região pélvica da mulher;
 Terceira causa de morte de mulheres no Brasil;
 Possibilidade de cura de até 90%;
 É essencial que toda mulher tenha postura de percepção e cuidado sobre o seu
próprio corpo.
Câncer de colo do Útero
 O colo do útero tem forma cilíndrica, com comprimento variável entre 2,5 e 3 cm;
 Os dois tipos principais de células que cobrem o colo do útero são as células
epiteliais (no ectocérvice) e as células glandulares (no endocérvice);
 As células na zona de transição não se transformam repentinamente em câncer; 
 A maioria dos cânceres cervicais é causada por infecções por Papilomavírus
Humano (HPV).
Câncer de colo do Útero
Neoplasia intraepitelial do colo do útero:
 NIC1 - pouco tecido parece anormal e é considerado a lesão pré-cancerígena menos
grave do colo do útero.
 NIC2 ou NIC3 - moderada/grave ou lesão intraepitelial de alto grau e tecido aparece
anormal.
Tipos de câncer de colo do útero:
 90% dos cânceres de colo do útero são de carcinomas espinocelulares. Esses cânceres se
desenvolvem a partir de células do exocervice e as células cancerígenas têm
características de células escamosas sob o microscópio.
 A maioria dos outros tipos de câncer colo do útero são adenocarcinomas. São tumores
que se desenvolvem a partir de células das glândulas. O adenocarcinoma de colo do
útero se desenvolve a partir das células glandulares produtoras de muco do endocervice.
 Com menos frequência estão os cânceres do colo do útero que têm características
comuns aos carcinomas espinocelulares e adenocarcinomas, são os denominados
carcinomas adenoescamosos ou carcinomas mistos.
Fisiopatologia
 Os HPVs infectam as células basais imaturas do epitélio escamoso em áreas de ruptura
epitelial ou células escamosas metaplásicas imaturas presentes na junção;
 Células superficiais escamosas maduras que recobrem a ectocérvice não infectam a vagina
e a vulva;
 O estabelecimento da infecção por HPV nesses locais requer lesão do epitélio superficial,
permitindo o acesso do vírus às células imaturas da camada basal do epitélio;
 A capacidade de o HPV agir como carcinógeno depende das proteínas virais E6 e E7, que
interferem na atividade das proteínas supressoras de tumores, que regulam o crescimento e
a sobrevivência das células;
 A remoção desses controles não somente aumenta a progressão do ciclo celular, mas
também atrapalha a capacidade das células de reparar o dano ao DNA;
 Outro fator que contribui para a transformação maligna pelo HPV é o estado físico do
vírus.
Fatores de risco:
 Infecção pelo papilomavírus  humano;
 Histórico sexual;
 Tabagismo;
 Infecção por clamídia;
 Múltiplas gestações;
 Dietilestilbestrol.
Sinais e Sintomas:
 Sangramento vaginal, principalmente durante ou após as relações sexuais;
 Sensação de peso e dor na região da bacia;
 Dor pélvica;
 Sintomas urinários e retais;
 Secreção vaginal de odor desagradável.

Em casos de doença avançada podem incluir:


 Inchaço das pernas;
 Problemas ao urinar ou evacuar;
 Sangue na urina.
Diagnóstico

 Alguns cânceres de colo do útero podem ser diagnosticados quando são


encontrados resultados anormais do exame de Papanicolaou, mas também pode
ser feito Colposcopia e Biópsia.

Resultados anormais do Papanicolaou:


 Positivo para lesão intraepitelial ou malignidade;
 Anormalidades nas células epiteliais;
 Outras neoplasias malignas.
Câncer de Ovário
 Os ovários são as glândulas reprodutivas das mulheres;
 Produzem os óvulos, que são transportados pelas tubas uterinas para o útero, onde
são fertilizados começando assim o desenvolvimento do feto;
 São a principal fonte produtora dos hormônios femininos (estrogênio e
progesterona);
 Contêm três tipos principais de células, cada tipo de célula pode desenvolver um
tipo diferente de tumor.
Fisiopatologia
 Células epiteliais, que revestem o ovário:
• Tumores ovarianos epiteliais benignos;
• Tumores de baixo potencial de malignidade;
• Tumores epiteliais malignos do ovário.
 Células germinativas, que se iniciam nas células que produzem os óvulos:
• Teratoma;
• Disgerminoma;
• Tumor do saco vitelino e coriocarcinoma
 Células do estroma, que formam o tecido de suporte estrutural e que produzem os
hormônios femininos.
Fatores que aumentam o risco:
 Obesidade;
 Histórico reprodutivo;
 Terapia hormonal após a menopausa;
 Histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama ou câncer colorretal;
 Tratamento para fertilidade;
 Tabagismo.
Fatores que podem diminuir o risco:

 Gravidez e amamentação;
 Controle da natalidade.
Sinais e Sintomas:
 Inchaço;
 Dor pélvica ou abdominal;
 Dificuldade na alimentação ou sensação de estar satisfeito;
 Necessidade urgente e frequente de urinar.

Esses sintomas também são causados tanto por outras condições clínicas como por
outros tipos de câncer. Quando são causados pelo câncer de ovário, tendem a ser
persistentes.
Diagnóstico
 Exames regulares:
• Transvaginal;
• E a medida do marcador tumoral CA-125;
• A maioria dos tumores iniciais de ovário é difícil ou mesmo impossível de ser
diagnosticado;
• Raramente, os cânceres de ovário são diagnosticados pelo exame de
Papanicolaou, geralmente eles já estão em estágio avançado.
Câncer de Endométrio
 O corpo do útero tem duas camadas:
• Camada Externa (miométrio). A camada espessa de músculo é necessária para as
contrações no momento do parto;
• Camada Interna (endométrio). Durante o ciclo menstrual da mulher, hormônios
causam modificações no endométrio;
• É a neoplasia maligna genital feminina mais frequente e a quarta mais comum na
mulher;
• Sugerem que existam dois grupos distintos de doença.
Fisiopatologia
 Tipo I: Representado pelo adenocarcinoma endometrióide de baixo grau (G1 e
G2):
• Mais frequente, cerca de 80% dos casos, e de melhor prognóstico.
• Vem após a neoplasia intraepitelial endometrial (NIE), com fisiopatologia
baseada na estimulação estrogênica.
 Tipo II: representado pelo adenocarcinoma seroso, de células claras e
endometrióide pouco diferenciado:
• Representam aproximadamente 10% dos casos de câncer de endométrio;
• Apresentam pior prognóstico.
Fatores que podem aumentar o risco:

 Obesidade;
 Níveis hormonais;
 Terapia hormonal;
 Quantidade de ciclos menstruais;
 Gravidez;
 Tamoxifeno;
 Radioterapia prévia.
Sinais e Sintomas:

 Hemorragias;
 Manchas e corrimentos;
 Dor pélvica;
 Perda de peso.
Diagnóstico

 Ultrassonografia transvaginal;
 Histeroscopia;
 Biópsia.
Câncer de Vagina
 A vagina faz parte dos órgãos sexuais femininos;
 É revestida por uma camada de células planas denominadas células escamosas;
 A parede vaginal sobre o epitélio contém tecido conjuntivo, tecido muscular,
vasos linfáticos e nervos;
 As paredes vaginais têm muitas pregas que ajudam à vagina a abrir e se expandir
durante a relação sexual ou durante o parto para o nascimento de um bebê;
 As glândulas próximas da abertura da vagina secretam muco para manter úmida a
mucosa vaginal.
Fisiopatologia

O câncer da vagina é raro, e a causa exata da maior parte dos cânceres é


desconhecida.
Existem vários tipos de câncer de vagina:
 Carcinoma de Células Escamosas: São mais comuns na parte superior do órgão,
próximos ao colo do útero e têm desenvolvimento lento.
 Adenocarcinoma: Representam 10% dos casos dos cânceres de vagina.
 Melanoma: Tende a afetar a parte inferior ou exterior da vagina, variando em
tamanho, cor e padrão de crescimento.
 Sarcoma: Até 3% dos casos de câncer de vagina são sarcomas. Eles formam no
fundo da parede da vagina, e não em sua superfície
Neoplasia Intraepitelial Vaginal
 É uma condição em que algumas células se parecem anormais;
 Essas alterações celulares não são malignas, mas podem se tornar câncer ao longo
do tempo;
 São encontradas apenas na camada superficial mais interna da vagina;
 É mais comum em mulheres que fizeram histerectomia e naquelas que já foram
tratadas de câncer de colo do útero;
 Existem 3 tipos:
• NIVA 1 - É de baixo grau às vezes desaparece sozinho, mas em alguns casos,
pode provocar câncer se não for tratado.
• NIVA 2 e 3 - São geralmente tratados imediatamente.
O NIVA 3 é o mais próximo do câncer propriamente dito.
Fatores de risco:

 Idade;
 Dietilestilbestrol;
 Adenose Vaginal;
 Vírus do Papiloma Humano (HPV);
 Câncer de Colo do Útero;
 Irritação Vaginal.
Sinais e Sintomas:
 Sangramento vaginal anormal;
 Corrimento vaginal anormal;
 Dor durante a relação sexual.

Avançado pode apresentar sintomas como:

 Dor ao urinar;
 Constipação;
 Dor na região pélvica;
 Dor nas costas;
 Inchaço nas pernas.
Diagnóstico

 Histórico Clinico;
 Papanicolaou;
 Colposcopia;
 Biópsia.
Câncer de Vulva
 A vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos;
 Inclui a abertura da vagina, os lábios maiores, os lábios menores e o clitóris;
 Externamente é coberta por pelos pubianos;
 Os lábios protegem a abertura da vagina e, a abertura da uretra;
 As glândulas de Bartholin são encontradas apenas no interior da abertura da
vagina, uma de cada lado;
 As glândulas de Bartholin produzem um líquido similar ao muco que atua como
lubrificante durante a relação sexual.
Fisiopatologia
 O câncer vulvar frequentemente ocorre nos lábios maiores e menos
frequentemente, os lábios menores, clitóris ou glândulas vaginais.
 Os principais tipos de câncer de vulva são:
• Carcinomas de Células Escamosas: A maioria dos cânceres de vulva são carcinomas de
células escamosas e são classificados em subtipos.
• Adenocarcinoma: Se inicia nas células glandulares, os adenocarcinomas vulvares
frequentemente começam nas células das glândulas de Bartholin.
• Melanoma: Os melanomas se desenvolvem a partir das células produtoras do pigmento que
dá cor à pele, os melanomas vulvares são raros, constituindo cerca de 6% dos cânceres de
vulva.
• Sarcoma: Menos de 2% dos casos de câncer de vulva são sarcomas. Ao contrário de outros
tipos de câncer da vulva, os sarcomas vulvares podem ocorrer em mulheres em qualquer
idade, inclusive na infância
Fatores de risco:

 Líquen Escleroso;
 Idade;
 Vírus do Papiloma Humano (HPV);
 Câncer de Colo do Útero;
 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Sinais e Sintomas:

Câncer de vulva invasivo:


 Uma área na vulva que parece diferente do normal, podendo ser mais clara ou mais escura
do que a pele em torno dela, parecendo vermelho ou rosa;
 O tumor pode ser observado como uma protuberância ou inchaço, vermelho, rosa ou
branco, com uma superfície parecendo uma verruga ou ferida;
 Espessamento da pele da vulva;
 Coceira persistente;
 Dor ou queimação;
 Sangramento não associado ao período menstrual normal;
 Úlcera que persiste por mais de um mês.
Sinais e Sintomas:
Melanoma Vulvar:
 Assimetria. O formato de metade da pinta ou mancha não coincide com a outra
metade.
 Borda. As bordas são irregulares, entalhadas ou dentadas.
 Cor. A cor não é uniforme. Tom de preto, marrom e canela podem estar presentes.
 Diâmetro. Maior que 6 mm.
 Evolução. A pinta vem mudando de tamanho, forma, cor, aparência.
Sinais e Sintomas:

Câncer da Glândula de Bartholin:

 Um nódulo em ambos os lados da abertura da vagina pode ser um sinal de carcinoma das
glândulas de Bartholin.
 Porém muitas vezes, uma protuberância nesta área pode tratar-se de um cisto da glândula
de Bartholin, que é muito mais comum.
Diagnóstico

 Biópsia;
 História clínica;
 Avaliação Física;
 Tomografia.
Tratamentos:

O tratamento do câncer ginecológico depende do estado da doença, mas pode incluir:


 Cirurgia;
 Radioterapia;
 Quimioterapia;
 Hormonioterapia ;
 Terapia-alvo.
Atuação Fisioterapêutica
A atuação fisioterapêutica atua em todas as etapas do tratamento oncológico para proporciona
cuidados com a sua saúde íntima, amenizar e tratar as complicações. Técnicas fisioterapêuticas que
podem ser utilizadas na ginecologia oncológica:
 Eletroestimulação - Aliviar dor, melhorar a função da bexiga ou para fortalecer os músculos
pélvico;
 Biofeedback - Promove a conscientização, o relaxamento e contração perineal para a melhorar o
controle da musculatura do assoalho pélvico;
 Cinesioterapia - É a combinação de exercícios terapêuticos que contribuem para fortalecer e
alongar a musculatura da região. Os principais são exercícios de Kegel, técnicas manipulativas da
pelve, reeducação postural, alongamentos;
 Terapias Manuais - Utilizadas para proporcionar o relaxamento, analgesia e expansão do canal
vaginal, as terapias manuais fazem uso de massagem perineal e miofasciais;
A fisioterapia pélvica oncológica é indispensável para se ter uma função urinária, sexual e uma boa
qualidade de vida após o tratamento oncológico.
Referências
 Research, Society and Development, v. 11, n. 11, e491111133992, 2022(CC BY
4.0) | ISSN 2525-3409;
 Ovarian cancer: pathophysiology and therapeutic
managementDOI:10.34117/bjdv9n1-047Recebimento dos originais: 05/12/2022;
 Hiperplasia endometrial e câncer do endométrio, COMISSÃO NACIONAL
ESPECIALIZADA EM GINECOLOGIA ONCOLÓGICA - 2020 / 2023;
 accamargo.org.br/sites/default/files/2020 08/cartilha_cancerdeovario.pdf
 Research, Society and Development, v. 11, n. 11, e491111133992, 2022 (CC BY
4.0) | ISSN 2525-3409 |;
Referências
 Therapeutic modalities for vaginal intraepitelial neoplasia: literature review
http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2014/v42n5/a4648.pdf
 Oncoguia.org.br/conteudo/cancer/12/1/ Equipe Oncoguia- Data de cadastro:
29/03/2015 - Data de atualização: 16/09/2017;
 Artigo Original • Cad. Bras. Ter. Ocup. 27 (3) • Jul-Sep 2019 Comparison of
pelvic floor dysfunction with sexual function and quality of life in gynecological
cancer survivors;
 Oncofisio.com.br/artigo/o-papel-da-fisioterapia-na-ginecologia-oncologica
OBRIGADA!

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