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AFBM - Dor mamária

Sinônimos: displasia mamária, alterações ou doenças fibrocísticas da mama, mastopatia


fibrocística.
 Clínica: mastalgia cíclica, espessamento e modularidade do parênquima
 Relacionado a menacme e à 2 fase do ciclo
 É uma adaptação fisiológica da mama ao estilo de vida da mulher
o Estímulo hormonal crônico das mamas
 Benigna
 Regride na menopausa
 Hiperplasia epitelial e do colágeno: é a principal causa de consulta referente à mama.

Classificação(Barros):
 Mazoplasia (20-30 a): mastalgia sem lesões palpáveis
 Granular (30 -40 a): espessamento tecido mamário, modularidade em placa QSE.
 Nodular (>40 a): fibrose local, fibroadenomas, cistos (50% multip e bilat)
Isso significa que a evolução clínica da AFBM é lenta, arrascada, é uma dor que começa desde
jovem, podendo iniciar unilat e evoluir pra bilat...e vai evoluindo na mulher.

Classificação (Fentiman):
 Mais comum, associada ao ciclo, de etiologia hormonal
 Não cíclica
 Extra mamárias

Classificação (Shirley): Tem que doer mais o QSE que é onde tem mais tecido mamário.

Classificação Histológica:
 Não proliferativa (70%) : hiperplasia ductal até 4 camadas, adenose, metaplasia
apócrina, micro e macro cistos, ectasia ductal, fibrose estroma, metaplasia escamosa.
RRCa = 1,0.
 Proliferativa sem atipias (26%): hiperplasia ductal 4> camadas , pode epiteliose ou
papilomatose, adenose esclerosante. RR Ca = 2.
 Proliferativa com atipias (4%): hiperplasia com atipias. RR Ca = 4,5; com história
familiar = 9.
Risco absoluto = 8%; com história familiar = 20% em 10 anos.

Dx:

História Clínica e EF

Ecografia
o Se for BIRADS alto pode indicar core biopsy ou exérese
 Mamografia se +35 a
 Citologia e Histologia de acordo com o BIRADS que vier pelo US.

DDX:
Câncer Nevralgia intercostal Sd tietze Sd Mondor (flebite
(costocondrite – dor das veias da mama)
em quadrante
interno)
Mamas Sutiãs mal ajustados, Traumas, cicatrizes, Gravidez,
volumosas med hormonais, neurites fibromialgia,
antidepressivos, mastopatia diabética
cardíacos, anti-
hipertensivos

Mastite Angina Colelitíase

Tentar diferenciar a dor no parênquima (pinçamento do parênquima mamário) da dor


em tecidos profundos (muscular, ósseo, ligamentar).

TTO:
 Elucidação, orientação e amparo.
 MHV
 Massagem circular
 Drogas
o Ac graxos essenciais
o Vitaminas associadas em diuréticos
o Antiinflamatórios e tamoxifeno tópicos, isoflavonas de soja.
o Tamoxifeno 10 mg/dia – melhora 90% recidiva 50%
 Efeito colateral: TVP, hiperplasia endometrial
o Danazol
 Melhora 70% recidiva 50%
 Acne, hirsutismo, alt voz, ondas de calor, teratogênico, interação com
pílulas
o Bromoergocriptica, lisurida, cabergolina
 Cefaleia, náusea, hipotensão
o Goserlina:
 Desencadeia entrada na menopausa.
 Cistos, microcistos, macrocistos: fazer drenagem do cisto ambulatorialmente mesmo
 Nódulos: Acompanhar de acordo com o BIRADS
 Adenomastectomia

Tumores Benignos da mama


 Fibroadenomas são os mais comuns
o Tem epitélio e estroma da unidade ducto lobular terminal
o Tumor mais frequente da mulher jovem
o Acima de 50 anos = suspeito
o Geralmente menores que 3cm
o 15% das vezes múltiplos
o RR para Ca mama: 1,6 – 2,6
o Imagem: denso, bem delimitado.
 Necrose gordurosa
o Paciente obesas com mamas densas que tiveram algum trauma ou
manipulação cirúrgica; RT. Fazem fibrose local ou cistos.
o Características: massa indolor; superficial; retração ou edema de pele
o Sem risco provado para Ca mama
 Tu Phylloides benigno
o Média de 45 a raro antes dos 30.
o Raro .
o Tem crescimento muito rápido.
o Semelhança com lesões benignas.
o Imagem: parece fibroadenoma.
o Na cx de retirada precisa ter margem.
 Cicatriz Radiada
o Raramente palpáveis; dx rx > 5mm
o Pode ser por traumas anteriores, fibrose, mastite prévia
o Pode simular tumor
o Dependendo do tipo celular pode aumentar risco pra ca mama

Derrame Papilar
 Mais frequente é o fisiológico; AFBM também pode provocar derrame papilar.
o O fisiológico é bilateral e multiorificial geralmente não espontâneo
o Etiologia: AFBM, estímulo (manipulação, sutiã mal ajustado, trauma em tórax,
cirurgias, queimaduras, herpes zoster), medicamentoso.
o Pseudoderrames: medicamentoso ou distúrbios endócrinos (hipot)
 Aqui a secreção é mais escassa, difere de outros em que tem secreção
abundante.

 Galactorreia
o Multiorificial e bilateral
o Leite, esbranquiçado
o Prolactinoma, linfoma, carcinoma broncogênico, adenocarcinoma renal,
hipernefroma, craniofaringeoma, doenças autoimunes
o Dosagem de prolactina > 30 ng/ mL
 50 - 100 : prolactinoma
 >250: macroprolactinoma
 Se elevada e sem clínica: macroprolactina
 Se hiperprolactinemia: dx de outros tumores que comprimam a haste
da hipófise que impedem a dopamina de chegar e inibir. Além de
causas medicamentosas que correspondem a 80%.
 A tríade do prolactinoma é galactorreia, cefaleia progressiva e
hemianopsia temporal.
o Rx de sela túrcica/ TC crânio.

 Mastite canalicular crônica


o Característico da mulher fumante
 Nicotina faz inflamação e fibrose que culmina em abscesso e
inflamação crônica
o Começa uma secreção de um ducto, faz uma infecção terminal, obstrui esse
ducto, cria abscesso, drena o abscesso e o ciclo se repete.
o De acordo com o tipo de mastite tem que diferenciar o agente e se há infecção
ou não.
o Suspender tabagismo
o ATB
o TTO cx com fistulectomia.

 DERRAME PATOLÓGICO - Papiloma intraductal e Ca in situ.


o Mulher mais jovem: papilomas, são os mais benignos
 Geralmente 40 anos de idade, unilateral, uniductal.
 Geralmente mais perto da papila e durante a expressão faz trauma
com sangue
 Pode eliminar liquido seroso, serosanguíneo, hemorrágico,
espontâneo, intermitente.
 O papiloma por si só aumenta um pouquinho o risco e se tiver atipias
aumenta mais o risco
o Mulher mais velha
 Ca in situ / Ca: típico da pós menopausa
 Hemorrágico
 10% das manifestações dos Ca iniciais
 Pode ser Ca papilífero, intraductal, invasor
 Pode ter sinal do gatilho ou água de rocha (comprometimento do retorno
linfático pelo tumor gerando transudato abundante).
 Lesões mais longe dos mamilos.
 Solicitar mamografia para dx, pode associar a ecografia.
 Solicitar RNM se necessário
 Tomossíntese mamária
 Citologia
 Core biopsy + marcação pré operatória
 Excisão ductos principais / contraste azul
 Não consegue mais amamentar
 A lesão pode nem estar ali

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