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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CCMF – Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas

Tripanossomatídeos

Parasitologia Geral
Prof. Fernanda Coleraus Silva
fercoleraus@gmail.com
Família Trypanosomatidae
Tripanossomatídeos
o Protozoários flagelados.
o Núcleo diferenciado e cinetoplasto com kDNA
Família Trypanosomatidae
Tripanossomatídeos
Família Trypanosomatidae
Tripanossomatídeos

o Trypanosoma Cruzi
Doença de Chagas

o Leishmania sp
Leishmaniose Tegumentar
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Tegumentar
Americana
Leishmaniose Tegumentar Americana
“Botão do Oriente”
Brasil - 1909
o Protozoário do gênero Leishmania:
Leishmania (Leishmania) amazonensis
Leishmania (Viannia) guayanensis
Leishmania (Viannia) braziliensis

Acomete pele e mucosas – Lesões ulcerosas


indolores únicas ou múltiplas.
Reservatórios
Vetor
“Mosquito palha, tatuquira, birigui”

o Flebotomíneos
o Gênero Lutzomyia,
L. whitmani, L. intermedia, L. umbratilis,
L. wellcomei, L. flaviscutellata e L. migonei.
Transmissão
INCUBAÇÃO
Homem: média de 2 meses, podendo
apresentar períodos mais curtos (duas
semanas) e mais longos (2 anos).
MORFOLOGIAS CARACTERÍSTICAS
AMASTIGOTA Oval, citoplasma com vacúolo, núcleo e
cinetoplasto (bastão pequeno), sem flagelo
livre.
1,5 a 3,0 x 3,0 a 6,5 µm
Presente no SMF do HV

PROMASTIGOTA Alongada com flagelo livre, citoplasma com


granulações e vacúolos, núcleo central com
cinetoplasto anterior ao núcleo.
16 a 40 x 1,5 a 3,0 µm
Presente no trato digestório do vetor.

PARAMASTIGOTA Arredondado ou oval, com cinetoplasto


justanuclear e pequeno flagelo livre.
5 a 10 x 4 a 6 µm.
Presente no trato digestório do vetor.
AMASTIGOTA
PROMASTIGOTA
Ciclo biológico
PATOGENIA
Derme (promastigota) → Fagocitose por
macrófagos (amastigota) → Migração células
SMF → Lesão inicial (infiltrado inflamatório) →
Lesão úlcerocrostosa (necrose).
Manifestações clínicas
Leishmaniose Cutânea
➢ Lesões indolores
➢ Formato arredondado ou ovalado, base eritematosa,
infiltrada e de consistência firme, bordas (grande número
de parasitas) bem delimitadas e elevadas, fundo
avermelhado e com granulações grosseiras.

Úlcera de Baurú Lesões múltiplas


Manifestações clínicas
Leishmaniose Cutânea difusa
➢Lesões por toda a pele
➢Deficiência imunológica
Manifestações clínicas
Leishmaniose Mucocutânea
➢ Lesões destrutivas localizadas na mucosa, em
geral nas vias aéreas superiores.

➢ Ineficácia do tratamento.

➢ Secundária a cutânea.

Óbito – Complicações respiratórias


Diagnóstico
o Clínico
o Laboratorial
Esfregaço direto (lesão ou fragmento de tecido)

Imunológico

IFI
ELISA

Intradermorreação de Montenegro
Tratamento
1ª Escolha: Antimonial pentavalente

2ª Escolha: Anfotericina B e o isotionato de pentamidina.

O critério de cura é clínico, sendo indicado o


acompanhamento regular por 12 meses
Epidemiologia
o No período de 1993 a 2012

Média anual de 26.965 casos registrados


15,7 casos/100.000 hab
Epidemiologia
o Norte:
37,3% do total de casos registrados
73,3 casos/100.000 hab.
o Centro-Oeste
35,4 casos/100.000 hab.
o Nordeste
18,8 casos/100.000 hab.
Profilaxia
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Visceral
“Calazar, esplenomegalia tropical, febre dundun”

➢ Doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada,


pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

➢ Protozoário gênero Leishmania


Leishmania (Leishmania) chagasi

Principal reservatório → .
Vetor
“Mosquito palha, tatuquira, birigui”

o Flebotomíneos
o Gênero Lutzomyia,
Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi
Lutzomyia migonei
Transmissão
INCUBAÇÃO
Homem: 10 dias a 24 meses, com média
entre 2 e 6 meses.
Cão: 3 meses a vários anos, com média
de 3 a 7 meses.
MORFOLOGIAS CARACTERÍSTICAS
AMASTIGOTA Oval, citoplasma com vacúolo, núcleo e
cinetoplasto (bastão pequeno), sem flagelo
livre.
1,5 a 3,0 x 3,0 a 6,5 µm
Presente no SMF do HV
(órgãos linfoides, rins e intestino)

PROMASTIGOTA Alongada com flagelo livre, citoplasma com


granulações e vacúolos, núcleo central com
cinetoplasto anterior ao núcleo.
16 a 40 x 1,5 a 3,0 µm
Presente no aparelho trato do vetor.

PARAMASTIGOTA Arredondado ou oval, com cinetoplasto


justanuclear e pequeno flagelo livre.
5 a 10 x 4 a 6 µm.
Presente no trato digestório do vetor.
Ciclo biológico

Órgãos linfóides, rins e intestino


Patogenia
➢ Amastigota SMF → Reação inflamatória local →
Migração para as vísceras..
➢ Diminuição da imunidade mediada por células →
multiplicação incontrolada do parasita.
➢ Aumento da susceptibilidade e infecções secundárias.

Diversas formas clínicas..


Crianças e idosos são mais suscetíveis.
Existe resposta humoral detectada através de anticorpos
circulantes, que parecem ter pouca importância como defesa.
Manifestações clínicas
Inaparente ou assintomática
➢ Não são notificados e tratados.

Sintomática
➢ Febre e esplenomegalia associada ou não a
hepatomegalia.
➢ Diarréia, tosse seca, sudorese..
Manifestações clínicas
Complicações
➢ Infecções secundárias
➢ Complicações intestinais, anemia aguda
➢ Hemorragias (epistaxe, gengivorragia)

Hemorragia digestiva e a icterícia, quando presentes,


indicam gravidade do caso.
Diagnóstico
➢ Clínico

➢ Laboratorial
Exame direto (amastigota).
Punção medula óssea, fígado e baço
Sorológico
Anemia, plaquetopenia, leucopenia
Leishmaniose Visceral
1ª Escolha: Antimonial pentavalente

2ª Escolha: Anfotericina B e o isotionato de pentamidina.

➢ Tratamento sintomático:
Hidratação, antitérmicos, antibióticos,
hemoterapia e suporte nutricional

O critério de cura é clínico, sendo indicado o


acompanhamento regular por 12 meses
Epidemiologia
Na década 90: 90% dos casos na região Nordeste.
2012: Região Nordeste foi responsável por 43,1%

➢ Período de 2003 a 2012:


Média anual de casos foi de 3.565 casos
Incidência de 1,9 casos/100.000 hab
Letalidade média de 6,9%.

Mais frequente em crianças com menos de 10 anos


(41,9%) e o sexo masculino (62,8%). .
Profilaxia
Profilaxia
Próximas aulas..

Protozoários sanguíneos

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