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BAÇO

Ultrassonografia
PRM – Radiologia e diagnóstico por imagem HFCF-RJ
Aula apresentada por: Maria Carolina Souza
Anatomia
Anatomia
Em condições normais, esse não ultrapassa o terço superior do rim
esquerdo.
Comprimento 12 cm, largura 7 cm e espessura de 4 cm.
Ecogenicidade ligeiramente inferior à do fígado e ecotextura
homogênea.
Variações Anatômicas
Baço Acessório
São focos de tecido esplênico não agregados à massa
esplênica principal.
Dimensões variam de milímetros a até 5 cm (hipertrofia
compensatória após esplenectomia).
Estão presentes em até 40% da população, com
localização mais comum no hilo esplênico (75%), cauda
pancreática (20%), mas são encontrados em qualquer
porção do abdome.
Podem sofrer complicações como ruptura espontânea,
infarto ou torção.
Baço Acessório

Formações ovaladas, sólidas, isoecogênicas ao tecido


esplênico.

O diagnóstico ≠ é feito com linfonodos, esplenose


(tecido esplênico ectópico secundário a trauma) e com
massas em órgãos adjacentes
Banda Esplênica
Variação anatômica caracterizada por uma lobulação profunda, formando uma fissura profunda com
fina camada de tecido esplênico unindo as suas porções.
A localização mais frequente é junto à borda superior do baço e pode ser confundida com uma
laceração em casos de trauma abdominal.
Baço Itinerante
Condição rara caracterizada por excesso de mobilidade, determinando sua visibilização em localização anormal.

As complicações são a torção aguda, a retenção urinária e as varizes gástricas (decorrem da oclusão da veia
esplênica).

Massa sólida e homogênea ectópica, sem a caracterização dos ecos do baço em sua loja.
Asplenia
Agenesia esplênica é rara, podendo ocorrer isoladamente, mas é mais comum (71%) na síndrome
asplênica congênita/sd de Ivemark.

Nesta síndrome, além da asplenia, há malformações toracoabdominais, tais como pulmões trilobulados,
duplicidade da veia cava superior, transposição dos grandes vasos, drenagem venosa pulmonar anômala
total, má-rotação intestinal, anomalias do trato genitourinário.
Poliesplenia
Caracterizada por nódulos aberrante de tecido esplênico
que ocorrem quando os tecidos mesenquimais se fundem
anormalmente, formando duas ou mais massas esplênicas.

 Está geralmente associado a malformações em outros


sistemas e é mais frequente em mulheres.

O baço é dividido de 2 a 16 partes com dimensões


semelhantes, situadas ao longo da grande curvatura do
estômago.
Esplenomegalia

É a mais frequente das manifestações de comprometimento


esplênico (processos infecciosos, inflamatórios, tumorais,
distúrbios hematopoiéticos).

Esplenomegalia volumosa = baço > 18 cm.

Complicações incluem hiperesplenismo e ruptura esplênica


espontânea
Condições Infecciosas
Abscessos
Ocorre com maior frequência em pacientes
imunocomprometidos, integrando um quadro maior,
o de infecção disseminada.

Os abscessos podem ter disseminação via


hematogênica ou por contiguidade, podem ser
secundários em lesão preexistente ou pós-traumático
com inoculação direta do agente.
Abscessos
A lesão pode ser única ou múltipla.

Inicialmente hipoecogênica e mal definida e com a


evolução do processo, adquire contornos definidos com
cápsula hiperecogênica.

Pode conter debris e septações, bem como gás de permeio.


Tuberculose

O comprometimento extrapulmonar pelo


Mycobacterium tuberculosis ocorre por
disseminação hematogênica.

O tipo miliar, tem sido associado ao


comprometimento do baço em cerca de 80 a
100%.
Tuberculose
Esplenomegalia que pode ser homogênea ou
heterogênea.

Pode ser visibilizado múltiplos nódulos


hipoecogênicos arredondados ou ovalados que
representam granulomas.

Também pode haver linfonodomegalias, que


podem formar conglomerados e apresentar
necrose central.

O aspecto sequelar da calficação do granuloma é


de pontos ecogênicos difusos com ou sem sombra
acústica.
Candidíase
É a mais frequente dentre as infecções fúngicas hepatoesplênicas.

Acomete pacientes imunocomprometidos com granulocitopenia.

 Variedade de apresentação:
 Lesões hipoecogênicas sem ou com centro hiperecogênico (aspecto "em olho-
de-boi")
 Lesão com centro hipoecogênico circundado por halos hiper e hipoecogênico
(aspecto de "roda dentro de roda“)
 Lesões hiperecogênicas com sombra acústica posterior em grau variados.
NEOPLASIAS
BENIGNAS
E
LESÕES QUE
SIMULAM
NEOPLASIA
Cistos
 Cistos Verdadeiros

São definidos pela presença de uma camada de endotélio no seu interior.

Responsáveis por até 10% das lesões císticas não parasitárias

Apresentam-se mais frequentemente da 2ª a 4ª décadas e com leve


predomínio no sexo feminino.
 Cistos Falsos

Origem pós-traumática, também conhecidos como pseudocistos esplênicos,


não possuem camada de endotélio.
São responsáveis por até 80% de todas as lesões císticas não-parasitárias.
Cistos
 Cistos simples – Arredondados, paredes finas e regulares

 Cistos complexos – Podem apresentar septos, paredes


espessas, calcificações e componentes sólidos.
Hemangioma
Consiste em uma proliferação de canais vasculares de tamanhos
variados, preenchidos por hemácias e definidos por uma camada
epitelial.

Predominante entre 20 e 50 anos, sendo a incidência um pouco


maior em homens.

A lesão tende a ser pequena, mas pode assumir grandes


proporções, comprometendo o órgão em toda sua extensão.

Está associado à esplenomegalia em cerca de 45% dos casos.


Hemangioma
lesão nodular hiperecogênica
Harmartoma
O hamartoma esplênico é uma lesão rara, constituída pela
proliferação celular ou de tecidos maduros normais de um
órgão, porém com a arquitetura anormal em relação ao tecido
circundante.

Geralmente é uma lesão ovalada e única, habitualmente


localizada na superfície convexa do terço médio do baço,
apresenta-se hiperecogênica à USG.
NEOPLASIAS
MALIGNAS
Linfoma
O linfoma esplênico 1º é muito raro (1 % de todos os linfomas), estando associado a estimulações crônicas
do sistema imune.

Como manifestação 2ª, os linfomas constituem a doença maligna mais comum do baço.

No diagnóstico de linfoma sistêmico, o baço já está


comprometido em cerca de 30 a 40% dos casos.
 Embora a esplenomegalia sugira o envolvimento do
órgão, isoladamente, não é indicador fiel da doença
Linfoma
A esplenomegalia pode ser homogênea ou heterogênea, com
presença de nódulos ou massas.

As lesões focais podem ser únicas ou múltiplas.

Nódulo hipoecogênico de contornos irregulares ou mal definidos.

A lesão pode cursar com áreas de necrose, conferindo os aspectos


heterogêneos, de lesão mista.
Angiossarcoma
Apesar de raro, é a segunda neoplasia maligna esplênica mais
comum.

A faixa etária comprometida é dos 50 aos 59 anos.

Cerca de 80% dos casos apresentam metástases, ao diagnóstico,


com disseminação hematogênica para o fígado, pulmão, medula
óssea e omento.

O aspecto é de lesão complexa com componentes sólido e cístico,


com o primeiro componente hiperecogênico e heterogêneo.

Os diagnósticos incluem linfoma, metástases, infarto, abscessos e


hemangioma.
Metastase
A disseminação por via hematogênica é a mais frequente.

As neoplasias malignas, que mais cursam com envolvimento secundário esplênico, são o linfoma,
carcinomas de pulmão e mama.
Metastase
Pode ser lesão isolada, múltipla ou de padrão infiltrativo.

Lesão hipoecogênica é mais frequente, porém pode ser


hiperecogênica, mista ou em alvo.
Trauma Esplênico
O baço é o órgão mais lesãdo em trauma
abdominal fechado.

Duas evoluções podem ser observadas:

 Hematoma
intraparenquimatoso/subcapsular- Capsula
permanecer intacta

 Hematoma intraperitoneal – Se capsula se


romper (líquido livre ou acumulado no
quadrante sup E)
Laceração Esplênica
Referências:
 RUMACK, C.M. et al. Tratado de ultrassonografia diagnóstica. Elsevier,
2012.
 CERRI, G.G. et al. Ultrassonografia abdominal. 2º edição.

OBRIGADA!

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