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FÍSICA DO

ULTRASSOM
PRM – RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM HFCF-RJ
AULA APRESENTADA POR: MARIA CAROLINA SOUZA
SOM

O som é resultado da energia mecânica que viaja através da


matéria, gerando compressão e rarefação.
Alterações na pressão com o tempo definem as unidades de
medica do som
CONCEITOS BÁSICOS

λ Distância entre dois pontos correspondentes, medido


em metros (m).

f nº de ciclos completos de oscilação produzidos em


1s, medida em Hertz (Hz).

T Tempo em que a onda completa um ciclo

Intensidade da onda sonora proporcional à deflexão


A máxima das partículas do meio de transmissão (altura)
RELAÇÕES
 A onda sonora é caracterizada em relação ao comprimento de onda,
frequência e velocidade.
PROPAGAÇÃO DO SOM

 A propagação do som em tecidos e líquidos ocorre na


direção do movimento das partículas – Ondas longitudinais.

A velocidade de propagação (c) depende da densidade e


rigidez do meio/tecido.

Velocidade de propagação ↑ quanto mais rígido for o meio e


↓ com a diminuição da densidade.
INTERAÇÃO DO SOM COM OS TECIDOS
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA (Z)
Z=cxp
◦  Para existir um eco é necessária uma interface refletora.

◦  Interfaces acústicas estão presentes na junção de tecidos ou matérias com ≠ propriedades


físicas.

◦  Interfaces com grandes ≠ de impedância, como tecido com ar ou ossos, refletem quase
toda a energia incidente. Já as compostas por substâncias com menores ≠ de impedância,
como interface entre musculo e gordura, refletem parte da energia incidente.
REFLEXÃO
●Refletores Especulares  Objeto refletor é relativamente grande e liso comparado ao
comprimento de onda. (diafragma, endométrio, bexiga, parede dos vasos)

●Refletores Difusos  Objeto refletor é relativamente pequeno e irregular se comparado


ao comprimento de onda, formação de granulado.
REFLEXÃO
REFRAÇÃO

Mudança de direção do som

Ocorre quando o som passa de um


tecido com uma velocidade de propagação
para outro com velocidade diferente.
Esse evento pode gerar um erro de
registro
ATENUAÇÃO
 É a perda do som a medida que ele se propaga no meio (ritmo em
que a intensidade do feixe reduz)

 É resultado das combinações de absorção, reflexão e dispersão

 Depende da frequência do feixe sonoro e da natureza do tecido a


ser percorrido.

 Determina a eficiência com que o ultrassom penetra no tecido.


ABSORÇÃO
 Transformação de energia sonora em calor (imperceptível)
 A absorção é proporcional a frequência e depende da densidade do
meio.
COMPONENTES DO APARELHO

 Transmissor ou gerador de pulsos para o transdutor

 Transdutor

 Receptor/processador/amplificador da energia refletida pelos tecidos.

 Monitor

 Gravação ou armazenamento da imagem


TRANSMISSOR
Gera e controla a frequência dos pulsos de energia que vão ser transmitidos ao transdutor.

 A frequência de repetição dos pulsos determina o intervalo de tempo entre um pulso e outro, o que é
importante para que o som se propague até a profundidade desejada e retorne antes do próximo pulso.
PIEZELETRICIDADE
Cerâmicas de titanato-zirconato de chumbo (PZT)
Materiais Polímeros
Cristais de quartzo (confecção de transdutores com frequência > 20 MHz)

Materiais piezelétricos geram potencial elétrico quando comprimidos


Os elementos piezelétricos, quando excitado, emitem um pulso ultra-sônico que interage com o meio de
transmissão e, ocasionalmente , com os pulsos subsequentes.
TRANSDUTOR
Converte energia elétrica ↔ mecânica

Converte energia elétrica (transmissor)


em pulsos acústicos dirigidos para o
paciente.

Atua como receptor dos ecos refletidos


pelo paciente em sinais elétricos para o
processamento.

Varia-se a Geração de
Variando a espessura do
ondas de
polaridade da transdutor
(expande e pressão
voltagem
contrai) mecânica
TRANSDUTOR
LINEAR CONVEXO ENDOCAVITÁRIO

Transdutor de alta Transdutor de baixa Transdutor de alta


frequência (7-20 frequência (2-5 frequência (7-20
MHz). MHz) MHz).
Menor penetração Maior penetração Transvaginal
Maior resolução Menor resolução
Imagem retangular Imagem setorial
ZONA PROXIMAL
(FRESNEL)
Porção do feixe acústico que vai do
transdutor até o início da divergência
do feixe.
Boa resolução lateral
Raio do transdutor e a frequência são
diretamente proporcionais a zona
proximal

ZONA DISTAL
(FRAUNHOFER)
Porção do feixe acústico a partir da
onde o feixe começa a divergir.
Inversamente proporcional a
frequência do transdutor.
RECEPTOR
Detecta e amplifica as voltagens que são geradas pelos ecos que retornam ao transdutor.
Fornece compensação para as diferenças na potência dos ecos, que resultam da atenuação por
diferentes espessuras de tecido. Isso pode ser feito através da compensação do ganho temporal (TGC)
ou compensação do ganho de profundidade (DGC).
FORMAÇÃO DA IMAGEM

MODOS DE IMAGEM
 MODO-A
 MODO-M
 MODO-B
RESOLUÇÕES ESPACIAIS
RESOLUÇÕES ESPACIAIS
RESOLUÇÃO ESPACIAL AXIAL - capacidade de discriminar 2 pontos, um em cima do outro
(≠ profundidades).
Depende da duração dos pulsos de ultrassom, que quanto mais curtos apresentam
maior capacidade de discriminação dos refletores.
Transdutores de maior
(f), geram pulsos mais
curtos e de melhor
resolução axial
RESOLUÇÕES ESPACIAIS
RESOLUÇÃO ESPACIAL LATERAL - Capacidade de discriminar dois pontos, um ao lado do outro, ao longo do
eixo de varredura do transdutor.
Resolução no plano perpendicular ao eixo e paralela
ao transdutor.
 É determinada pela largura do feixe e sofre variação
pelo ajuste focal.
É diretamente proporcional à frequência do transdutor
e ao número de elementos piezelétricos numa mesma
área de contato.
RESOLUÇÕES ESPACIAIS
RESOLUÇÃO DE ELEVAÇÃO - Capacidade de discriminar pontos no eixo perpendicular ao plano de
insonação, é equivalente a espessura do corte

RESOLUÇÃO TEMPORAL - Capacidade do sistema em produzir o maior nº de quadros num mesmo


intervalo de tempo, permitindo o registro do movimento das estruturas com o máximo de fidelidade.

RESOLUÇÃO DE CONTRASTE - Capacidade de discriminar pequenas variações de amplitude de sinal na


forma de tons de cinza, diferencia a textura e detalhamento dos tecidos.
ARTEFATOS DE IMAGEM

Causas
Desvio do feixe sonoro e
alteração da espessura
Alteração da velocidade
Alteração das interfaces
de propagação
refletoras
ARTEFATOS DE IMAGEM
REVERBERAÇÃO – Originam-se quando o sinal de ultrassom se reflete repetidamente entre interfaces altamente
reflexivas, nem sempre próximas ao transdutor.
ARTEFATOS DE IMAGEM
REFRAÇÃO – Produz curva no feixe de som de maneira que alvos que não estejam ao longo do eixo do
transdutor sejam atingidos e tenham suas reflexões detectadas e mostradas na imagem.

 Isso pode mostrar estruturas na imagem que estão fora do volume que o investigador presume que
está sendo examinado.
ARTEFATOS DE IMAGEM

ARTEFATOS DOS LOBOS LATERAIS – Pode ocorrer produção de ecos


fora do feixe principal.

Podem criar impressão de estruturas ou resíduos em estruturas


preenchidas por líquidos.

Podem resultar em erros de medida (reduzem a resolução lateral).


ARTEFATOS DE IMAGEM
SOMBREAMENTO – Ocorre quando há redução marcante na intensidade do US na profundidade de um
refletor forte ou de um atenuador.

Causa perde parcial/completa das


informações, devido a atenuação do
som pelas estruturas superficiais.

REALCE – Objeto sofre menos


atenuação do que os tecidos
circundantes.
(reforço acústico posterior)
BIBLIOGRAFIAS
1- RUMACK, C.M. et al. Tratado de ultrassonografia diagnóstica. Elsevier, 2012.
2- CERRI, G.G. et al. Ultra-sonografia abdominal. 2º edição.
3- BATE PAPO FÍSICA DO ULTRASSOM - PARTE 1 – YouTube
4- BATE PAPO SOBRE FÍSICA DO ULTRASSOM - PARTE 2 - YouTube

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