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Imagiologia

Medica
1º semestre - Mestrado Física Médica
2023/2024

Vanessa Martinez Marques


2020237578
Imagiologia por ultrassons
Ideia Básica:
– Envio de ondas acústicas para o interior do corpo, as quais são refletidas nas fronteiras dos tecidos.
– O tempo que as ondas levam para efetuar a propagação e regressarem à origem, permite concluir a que
profundidade se encontra a superfície refletora (Sonar - Sound Navigation and Ranging ).

• Entre os vários tipos de diagnóstico produzidos no mundo, 1 em cada 4, é realizado por ultrassons.

Vantagens:
• Capacidade de obter imagem em tempo real de tecidos moles e fluxo sanguíneo.
• Inofensivos para o paciente e médico (ausência de radiação ionizante).
• Equipamento de baixo custo (quando comparado com outras modalidades).
• Não necessitam de edifícios especiais (como é o caso dos raios-X, Nuclear e ressonância magnética.

Limitações:
• Fraca propagação dos ultrassons através dos ossos e ar.
• Resolução inferior a outros métodos de diagnóstico

ULTRASSONS: PRINCÍPIOS BÁSICOS

• Ondas acústicas (mecânicas) com frequências superiores às detetadas pelo ouvido humano (aprox. 20kHz ).
• Criadas por vibração de partículas num meio (material)
Propagação da
energia da onda

Gama de frequências:
Testes não destrutivos: 100kHz a centenas de MHz.
Diagnóstico médico: 3 MHz a 50 MHz

Caracterização das ondas acústicas

COMPRIMENTO DE ONDA,
→ Distância entre dois picos ou dois vales durante a propagação (m).

FREQUÊNCIA, f
→ Número de oscilações por segundo (Hz).

VELOCIDADE DA ONDA, V
→ V= f (m/s)

PERÍODO, T
→ Inverso da frequência, T = 1/ f (s)
Tipos fundamentais de ondas

• Ondas longitudinais ou de compressão Vibrações na direção do movimento


• Ondas “shear” ou transversais
Vibrações na direção perpendicular ao movimento da onda

→ Regiões onde ocorre compressão correspondem a regiões de aumento da pressão acima da pressão estática,
ou seja, a pressão é positiva.
→ Em regiões onde há rarefação ou expansão, a pressão total é inferior à pressão estática, ou seja, a pressão
é negativa

Em tecidos biológicos considera-se normalmente que apenas existem ondas longitudinais (ausência de rigidez
transversal (shear)).

INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

Pulser/Receiver : Equipamento eletrónico que gera o impulso elétrico para a sonda e recebe o sinal proveniente
da sonda após propagação no meio.

Tipo de sinais elétricos gerados:


→ Sinusoidal (trem de sinusoides - burst).
→ “Spike” (pulso negativo)
→ Impulso

Piezoeletricidade
Irmãos Pierre e Jacques Curie (1880),
É uma forma de geração de energia que se baseia na
descobriram que a aplicação de uma força
obtenção de uma diferença de potencial elétrico a partir
mecânica a cristais de quartzo, originava
da deformação de materiais específicos (cristais).
cargas elétricas nas sua superfícies.

Transdutor (sonda) : Gera vibrações mecânicas por efeito piezoelétrico Demonstraram também a ocorrência
do efeito piezoelétrico inverso. Ao
Titanato Zirconato de Chumbo (PZT) aplicarem uma diferença de potencial
variável verificaram que tal originava
vibração.

A aplicação de uma diferença de potencial ao transdutor origina ondas acústicas.

A aplicação de uma força mecânica dá origem a uma diferença de potencial.


Transdutores
Converte energia elétrica em vibrações mecânicas e vice-versa.
O transdutor tem a capacidade de funcionar como transmissor e recetor

Os transdutores (material piezoelétrico) quando excitados com uma


tensão elevada contraiem-se inicialmente e depois, posteriormente,
vibram à sua frequência de ressonância natural .

Normalmente a espessura do transdutor é de 1⁄2 do comprimento de onda (L= /2)

Amortecimento

• Camada colocada na parte de trás do elemento piezoelétrico.


• Absorve a energia dos ultrassons direcionados para trás e sinais
refletidos no involucro.
• Este material também amortece a vibração do transdutor para
criar um pulso com comprimento de pulso espacial curto (Spacial
Pulse Length - SPL), que é necessário para melhorar a resolução
axial.

Camada de adaptação

• Camada na face do transdutor para minimizar as diferenças de É usado um gel de acoplamento acústico
impedância acústica entre o transdutor e (com impedância acústica semelhante à
o tecido. dos tecidos moles) entre o transdutor e a
• A espessura da camada é igual a 1⁄4 do comprimento de onda. pele do paciente para eliminar bolsas de
ar que podem atenuar e refletir o feixe.

Campo acústico
Distribuição espacial das ondas sonoras em um determinado
espaço. Ele descreve como a pressão acústica varia em
diferentes pontos do espaço em um dado momento.
Pressão acústica ao longo do eixo do transdutor
Zona de Fresnel
Zona de Fraunhofer

z – Distância do transdutor
D - Diâmetro
k – Número de onda
p0 – pressão inicial
A pressão acústica pode ser definida em função de um ângulo theta

Diâmetro da abertura:
tamanho de um transdutor p.e.
*

Comprimento de
Ângulo desviado
A

onda acústico

Transdutores multielemento

Os sistemas de imagem por ultrassons usam transdutores com elementos individuais dispostos em arranjos
lineares ou curvilíneos (arrays).
- Tem sempre 2
Podem conter entre 128 a 512 elementos. arrays A capacidade de focalização electrónica e
a rápida ativação dos elementos
Cada elemento tem uma largura normalmente inferior a 1⁄2 =>>
permitem a formação de imagens em
comprimento de onda e um comprimento de vários milímetros. tempo real com maior qualidade e
resolução.

METODOLOGIA
Se os ultra-sons forem parcialmente
Pulso-eco Transmissão bloqueados há uma redução da

·
• O transdutor funciona amplitude do sinal recebido
como emissor e recetor.
• As ondas ultrassónicas
são refletidas nas
fronteiras entre meios
distintos e em
descontinuidades.
• O tempo de propagação • Um transdutor funciona como emissor e o outro como recetor.
corresponde a duas vezes • As ondas ultrassónicas são recebidas na face oposta pelo recetor
a espessura propagada e refletidas na descontinuidade.
pela onda. • O tempo de propagação corresponde à espessura do meio.
D
PARÂMETROS ACÚSTICOS

Velocidade Impedância acústica

Módulo elasticidade Z = rpV


Densidade

Atenuação

Caracteriza a perda de energia das ondas acústicas, ao propagarem-se num dado meio.
Dois importantes mecanismos contribuem para a atenuação: absorção e dispersão.
A variação da intensidade é proporcional à distância (d).
alpha: Coeficiente de atenuação → depende do material

Absorção Conversão da energia em calor


Dispersão Reflexão e rarefação em objetos com tamanho menor ou igual ao comprimento de onda
Depende da relação entre o tamanho da partícula (a) e o comprimento de onda

REFLEXÃO E REFRAÇÃO DE ONDAS ACÚSTICAS

Reflexão Continuidade na fronteira

Numa interface plana entre dois meios de propagação parte do feixe


incidente sofre reflexão e a restante parte é transmitida.

p = Z v [Pa]
Coeficiente de reflexão
Pressão Velocidade
Em termos de energia:
acústica das partículas

Coeficiente de transmissão
Em termos
de energia:

ACOPLAMENTO ACÚSTICO

• Para máxima transferência de energia, o ar existente entre o


transdutor e o material a inspecionar tem de ser removido.
• Em diagnóstico por contacto, é usado um gel que é
aplicado entre a sonda e a pele.
• Em diagnóstico por imersão, o meio e o transdutor
são colocados num banho de água.
Surge um eco adicional proveniente da superfície do meio
Linear Arrays
A maioria dos elementos transdutores recolhe os ecos.
A ativação simultânea produz uma abertura sintética (largura efetiva do transdutor) (Synthetic-aperture)
definida pelo número de elementos ativos.
Ativação simultânea de um pequeno grupo de elementos
(mais ou menos 20).

Phased Arrays

Todos os elementos transdutores são ativados quase simultaneamente.


Atraso de tempo semelhante para os sinais de eco (foco de receção dinâmica).
1. Sinais previamente amplificados
2. Digitalização do sinais
3. Atrasos apropriados gerados eletronicamente.
4. Soma das contribuições de cada elemento.

Varrimento espacial composto

Informação obtida de vários ângulos diferentes de insonificação combinados para produzir uma única
imagem.

Vantagens

• Cada imagem é produzida a partir de múltiplos ângulos


de insonificação. A probabilidade de que um desses
ângulos será perpendicular a um refletor especular é
aumentada, e por sua vez, amplitudes de eco mais altas
são obtidas para melhor definição na imagem.
• Superfícies curvas parecem mais contínuas.
• Ruído speckle é reduzido pelo processo de média na
formação da imagem, com um aumento correspondente
na relação sinal-ruído.

Desvantagem

As médias causam a diminuição de resolução temporal e consequente desfocagem de objetos em


movimento. Não deve ser usado quando existe movimento do paciente.
Resolução

capacidade da sonda em distinguir ecos em termos espaciais e temporais.

Resolução espacial
Capacidade do sistema de ultrassons em detetar e visualizar estruturas muitas próximas.

Resolução axial permanece constante com profundidade


Capacidade de identificar dois objetos próximos como entidades separadas, ao longo do percurso
do feixe.
SPL: Número de ciclos emitidos por pulso multiplicado pelo comprimento de onda

• A distância mínima entre dois refletores é metade do SPL para evitar a sobreposição de ecos,
pois a distância percorrida entre dois refletores é o dobro da distância de separação.

Resolução lateral

Capacidade em distinguir dois refletores muito próximos, posicionados num plano perpendicular ao
eixo do feixe de ultrassons. Depende da largura do feixe.
o diâmetro do feixe determina a resolução lateral
Resolução em elevação

Perpendicular ao plano da imagem


Depende da altura do elemento transdutor da mesma forma que a resolução lateral depende
da largura do elemento transdutor.

Resolução de contraste
• Capacidade do sistema de ultrassons em
diferenciar tecidos com características distintas,
p.ex: fígado/baço.

SISTEMA DE IMAGEM ECOGRÁFICO


Beam former
• Geração dos atrasos eletrónicos para cada elemento do array para obter focalização e varrimento do
feixe na emissão e na receção.
• Faz também o controlo dos switches (transmit/receive), analog-to-digital converters (ADCs),
preamplification e TGC (time gain compensation) de cada um dos elementos do array.

Pulser
• Produz a tensão elétrica para excitação dos elementos do array e controla a potência de transmissão de
saída ajustando da tensão aplicada
TGC (Time Gain
Receiver Compensation)
• Sincronizado com o pulser, isola a tensão elevada de amplificação ajustável
excitação dos andares de amplificação. Depois da excitação pelo utilizador dos
o switch comuta para modo de receção para que os ecos de sinais de eco para
pequena amplitude possam ser amplificados. compensar a atenuação

Compressão logarítmica da gama dinâmica


• A gama dinâmica refere-se à relação entre os níveis de sinal de maior e de menor amplitude, verificados ao
longo do processamento.
• A gama dinâmica total dos sinais de eco detetados pode ser superior a 150 dB. Esta gama de sinais é
demasiado grande para poder ser representada de modo adequado pelo sistema de visualização.
• Os sinais devem então ser reduzidos (compressão da gama dinâmica) para 20 a 30 dB, usando amplificação
logarítmica para aumentar as menores amplitudes de eco e para diminuir as maiores amplitudes
Retificação, desmodulação e deteção de envelope
• A retificação inverte os sinais de amplitude negativa do eco para valores positivos. Desmodulação e deteção
de envelope converte as amplitudes retificadas do eco em sinais suavizados.
Rejeição de ruído
• Remoção de ruído indesejável de baixa amplitude proveniente do backscattering e ruído eletrónico.

Modo Pulso-eco
• O feixe de ultrassons é transmitido de forma intermitente, com a maior parte do tempo a corresponder aos
ecos recebidos.
• O tempo (t) entre o pulso de transmissão e a deteção do eco está diretamente relacionado à profundidade da
interface (D).
PRF: O número de vezes que o transdutor é excitado por segundo

1 a 4 kHz

O PRF máximo é determinado pelo tempo


necessário para que os ecos das estruturas
mais distantes alcancem o transdutor.

MODOS DE VISUALIZAÇÃO
Modo B Modo A Modo M
• A-Mode (Amplitude mode)
• B-Mode (Brightness mode)
• M-Mode (Motion mode)

No modo A (Modo Amplitude), a amplitude das ondas ultrassónicas é representada no eixo vertical, enquanto o
eixo horizontal representa a distância de propagação. Este serve para medir descontinuidades nos tecidos e a
sua espessura.

No modo B (Modo Brilho), a imagem completa é obtida repetindo o ciclo pulso-eco para muitos feixes coplanares.
Pulsos para linhas sucessivas são transmitidos, após todos os ecos provenientes da linha anterior terem sido
detetados pelo transdutor. Cada pixel da imagem representa a intensidade do eco refletido em uma determinada
posição, exibindo assim uma imagem bidimensional em tempo real das secções transversais do corpo.

No modo M (Modo Movimento), o eixo do Y corresponde à profundidade, enquanto que o eixo do X corresponde ao
tempo. Este modo é usado para estudar o movimento das fronteiras, sendo mais comum no serviço de Cardiologia
permitindo assim determinar a morfologia da válvula bem como as dimensões da cavidade cardíaca.
DOPPLER

→ O efeito Doppler é a mudança da frequência da onda, quando existe uma


velocidade relativa entre a fonte e o recetor.
→ Considere que a fonte se move em direção ao recetor (B) com uma velocidade
vs, sendo c é a velocidade de propagação no meio.
→ Após um intervalo de tempo t, a distância entre a frente de onda no recetor e
a fonte é (c-vs)t, o que significa que o comprimento de onda da onda
ultrassonora na direção do movimento é menor do que na direção oposta.

Determinação da velocidade dos objetos com base na


variação de frequência

O ângulo de Doppler preferencial varia de 30 a 60 graus


O fluxo sanguíneo em direção à sonda
produz ecos de frequência mais alta
Doppler contínuo
• São necessários dois transdutores: um como emissor e outro como recetor.
• A área de sobreposição determina a zona da medição da velocidade do sangue.
• Os sinais do recetor são misturados com a frequência original para extrair o sinal Doppler e depois filtrados.
• O sinal Doppler é amplificado para um nível de som audível e são verificadas as mudanças do espectro em função
do tempo para análise das variações do fluxo.

Desvantagens:
• Baixa resolução - Não é possível ter seletividade de profundidade com precisão porque ela é afetada pelo
movimento do sangue dentro da área feixe. Vários vasos adjacentes originam em sobreposição de sinais,
tornando difícil distinguir um sinal Doppler específico.

Vantagens:
• Precisão elevada da medição da frequência de Doppler porque é usada uma banda de frequência estreita.
Possibilita medidas de velocidades elevadas, pois não existem limitações devido a aliasing, como no Doppler
pulsado.
Doppler pulsado

• Combina a determinação da velocidade do Doppler CW, bem como a sua discriminação espacial.
• O SPL (Spatial Pulse Length) é elevado (5 a 25 ciclos por pulso) melhorando a precisão da frequência de Doppler
(diminuição da resolução axial).
• Objetos em movimento geram variação no eco recebido, quando comparado com a fase do oscilador.
• A seleção da profundidade é efetuada através de uma gate. Os ecos recebidos da zona em análise são adquiridos
num circuito sample/hold e o sinal Doppler é depois obtido.

• As medições adquiridas com um determinado PRF (Pulse Repetition Rate) produzem o sinal Doppler.

Teoria da Amostragem

Um sinal pode ser reconstruído desde que a frequência real (por exemplo, o desvio Doppler) seja
inferior a metade da taxa de amostragem.
Logo, o PRF deve ser pelo menos duas vezes o desvio máximo da frequência Doppler (Nyquist limit)
encontrado na medição.

A velocidade máxima do Frequência


Frequência máxima de Doppler sangue que é possível Ângulo
medir aumenta com: PRF

• Para frequências de Doppler superiores


a metade do PRF, ocorrerá aliasing,
causando um erro na estimativa da
velocidade do sangue.
• Não é possível simplesmente aumentar
o PRF para valores arbitrariamente altos,
pois isso pode limitar a profundidade
máxima da imagem.
• Quando o aliasing acontece, os
componentes de frequência que excedem
o limite são cortados e representados
como frequências negativas.

Duplex Scanning

• Combinação de imagens 2D em modo B e aquisição de dados com Doppler pulsado.


• Uma gate é posicionada sobre a região de interesse com tamanho (comprimento e largura) apropriado para
avaliação da velocidade do sangue e com uma orientação (ângulo em relação ao feixe US) que representa o ângulo
Doppler.
• Num scanner duplex a imagem do fluxo a cores fornece uma imagem 2D do sangue em movimento na vasculatura,
sobreposta à imagem convencional em escala de cinza.
Color Flow Imaging

• As velocidades e direções são determinadas para múltiplas posições dentro de uma subárea da imagem e depois
codificada por cores (por exemplo, tons de vermelho para sangue movendo-se em direção ao transdutor e tons de
azul para o sangue a afastar-se do transdutor).

Uma técnica frequentemente usada para formação da imagem é a correlação cruzada (phase-shift cross-
correlation). Serve para medir a similaridade de uma linha de varrimento relativamente a outra.
• As diferenças obtidas ponto a ponto para cada linha variam proporcionalmente com a mudança de fase, que
por sua vez variam proporcionalmente com a velocidade.
• Os dados são mapeados com uma escala de cores e sobrepostos na imagem em escala de cinza.
• O FOV (field of view) determina o tempo de processamento necessário para avaliar os dados do fluxo de
cores, um FOV menor permite uma frame rate mais rápida.

• Uma técnica alternativa para obter uma imagem do fluxo é através da correlação no domínio do tempo (time
domain correlation) para medição de (deltaT) .
• Baseia-se na medição do tempo do movimento (deltaT) de um refletor entre aquisições pulso-eco consecutivas

Interpretação do Doppler espectral

• O Doppler espectral é tipicamente representado por um espectro de frequências


resultante da gama de velocidades contidas dentro da gate de amostragem.
• A sua interpretação permite determinar a presença do fluxo, a sua direção e
características. O fluxo alterado e turbulento origina alterações no Doppler
espectral que estão normalmente correlacionados com algumas patologias.

Velocity Aliasing

• Aliasing é um erro causado por uma taxa de amostragem


insuficiente(PRF) em relação aos sinais Doppler de alta frequência
gerados por movimentos rápidos do sangue.
• É necessário um mínimo de duas amostras por ciclo de frequência de
deslocamento Doppler para determinar inequivocamente a velocidade
correspondente.

Power Doppler
É um método de processamento de sinal que se baseia na potência total do sinal Doppler (amplitude) e ignora
informações direcionais (fase).
Melhora a sensibilidade ao movimento (fluxo sanguíneo lento), particularmente em áreas perpendiculares à
direção do feixe, onde o sinal é perdido na imagem color flow.
OUTRAS POTENCIALIDADES DA IMAGEM POR ULTRASSONS

Medições de distância, área e volume


Um exemplo notável de avaliações de distâncias comuns é a determinação da idade de um feto medindo o
diâmetro da cabeça.
Utilização de agentes de contraste

Constituído por microbolhas de gás inerte, menores que as células sanguíneas.


A base para gerar um sinal refletido é a grande diferença entre a impedância acústica do gás, fluidos e tecidos.
Possibilita diagnósticos mais precisos e auxilia na deteção das causas de lesões em órgãos.

Imagem Harmónica
Um pulso com frequência central de f0 , após interação com o meio origina harmónicos de alta frequência 2f0,
3f0, 4f0, etc.

Estas frequências mais elevadas surgem devido a:


1 - Fenómenos de ressonância em microbolhas usadas como agentes de contraste.
2 - Propagação não linear dos ultrassons nos tecidos.

THI usa uma frequência incidente mais baixa e sintonização do recetor (usando um transdutor de banda larga)
para harmónicos de frequência mais alta.

Principais vantagens:
• Redução de artefatos do lóbulo de radiação lateral;
• Resolução espacial lateral melhorada (a maioria dos ecos é produzida na área central do feixe);
• Remoção de múltiplos artefatos devido a ecos causados pela anatomia adjacente ao transdutor.

Transdutores específicos

Transdutores intracavitários Montado num cateter, normalmente com um transdutor


Transdutores intravasculares único rotativo ou um transdutor phased array.
Usam altas frequências (10 a 60 MHz) e permitem imagens
de alta resolução(80 a 100microm).
Orientação em biópsias

• A ecografia é extremamente útil para orientar procedimentos de biópsia de casos suspeitos.


• Uma agulha de biópsia muito fina é inserida através da pele até a área onde a amostra precisa ser recolhida.

Imagem 3D
• Para formação de imagens 3D são adquiridos dados de imagem tomográfica 2D numa série de imagens B-scan
de um volume de tecido.
• A amostragem de volume pode ser obtida de várias formas usando um array com um movimento: linear,
inclinado, livre (movimento com localizadores externos para uma posição de referência) e circular.
• Adquirindo uma série de volumes 3D ao longo do tempo, pode ser obtida uma imagem 4D (3 dimensões espaciais
mais uma dimensão de tempo), também designada com ecografia 3D em tempo real
SEGURANÇA EM DIAGNÓSTICO POR ULTRASSONS

Parâmetros acústicos em ondas planas (revisão)

• A intensidade do campo acústico (I) é uma medida do fluxo de potência acústica (W) através de uma determinada
área transversal e é medida em W/m2 ou mW/cm2.

• Para ondas planas, a intensidade está relacionada com quadrado da pressão acústica (p) e com impedância
acústica do meio (Z)

• Em regime sinusoidal, a intensidade média (I) é dada por

• A pressão acústica é o desvio de pressão local do estado de equilíbrio causado por uma onda ultrassónica. A unidade
SI de pressão acústica é o pascal (Pa). (v é a velocidade de vibração das partículas, não confundir com a velocidade de
propagação V).

• A impedância acústica é uma medida da oposição que um sistema apresenta ao fluxo acústico, resultante de uma
pressão acústica aplicada. A unidade SI de impedância acústica é Kg/(m2s) ou Rayl. D

• Existe uma analogia próxima com a impedância elétrica, que mede a oposição que um sistema apresenta à corrente
elétrica, resultante de uma tensão elétrica aplicada a um circuito.

• A intensidade acústica é definida como a potência transportada pelas ondas acústicas por unidade de área numa
direção perpendicular a essa área, também definida pelo produto da pressão (p) pela velocidade das partículas (v)

• Usando a equação de pressão, a intensidade acústica pode ser dada alternativamente como

• As equações apresentadas são para valores instantâneos. Para valores médios, em regime sinusoidal, as
equações de intensidade devem incluir o fator 1/2 .

Medidas de intensidade em sistemas de ultrassons pulsados


Parâmetros de segurança mais frequentemente usados
• Ambas as medições (ISPTA e ISPPA) são
exigidas pela Food and Drug Administration
(FDA) dos EUA para a certificação de
equipamentos.
• Valores de ISPTA para diagnóstico estão normalmente abaixo de 100
mW/cm2 para imagem, mas para algumas utilizações de Doppler,
ISPTA pode exceder 1,000 mW/cm2.
• ISPPA pode ser várias ordens de grandeza superior ao ISPTA.
Índices de segurança

Os parâmetros ISPTA e ISPPA foram amplamente usados para monitorizar a intensidade de segurança dos
primeiros sistemas de ultrassons. As normas e regulamentos atuais usam outros parâmetros adicionais
relacionados com a cavitação e o aquecimento dos tecidos.

*
Índice mecânico

Índice térmico
Índice mecânico (MI)
S • Quando a pressão ou intensidade acústica é
medida usando um hidrofone, a medição
normalmente é feita em água, que tem
atenuação baixa. Para estimar os valores de
• A sensibilidade do hidrofone (Mv) é a relação

·
pressão que podem existir no tecido mole, os
entre a tensão de saída (V) e a pressão na sua
valores de pressão medidos são “reduzidos”,
superfície (p). Valores típicos: 50 µV/pa.
em um valor que depende da atenuação do
• Medindo a tensão de saída (por exemplo, usando
tecido.
um osciloscópio) e sabendo a sensibilidade, pode
ser obtida a pressão.

Índice térmico (TI)


• Relação entre a potência acústica produzida pelo transdutor e a potência necessária para elevar a temperatura do
tecido na área do feixe em 1 °C.
• Existem várias fórmulas diferentes para TI. Estas dependem do tecido: tecido mole (TIS), osso (TIB) e craniano
adulto (TIC), do tamanho do transdutor, e se existe ou não varrimento do feixe.
A potência acústica pode ser obtida medindo a pressão experimentalmente com um
hidrofone:
Para tecidos moles
Parte 2 - RMN
Nuclear: propriedades dos núcleos de átomos
Magnético: campo magnético necessário
Ressonância: interação entre campo magnético e radiofrequência
1 Tesla (T) = 10,000 Gauss
Campo magnético da Terra = 0,5 Gauss
3 Tesla = 3 x 10.000 ÷ 0,5 = 60.000X campo magnético da Terra

Primeiras Imagens Funcionais

Há um sinal que prova que há sensibilidade aos estímulos visuais

Embora a imagem tenha ma resolução, foi a primeira prova de que havia


sensibilidade a estímulos visuais

Equipamento necessário

Ímã
Bobina Gradiente
Bobina de radiofrequência

Melhorando a Qualidade dos Dados

Para obter dados de melhor qualidade (maior sinal-ruído):


1. Aumente a força do campo (por exemplo, use um 3T scanner em vez de um scanner de 1,5 T)
2. Use uma bobina com mais canais (por exemplo, use uma bobina de cabeça de 32 canais em vez de uma bobina de
cabeça de 12 canais)

Imagem Paralela

Mede várias coisas ao mesmo tempo com vários canais


O objetivo é ter a maior resolução e mais depressa

Bobinas
Bobina de cabeça Bobina de superfície
• Sinal homogêneo • Sinal mais alto no hotspot
• SNR moderado • SNR alto no hotspot
Relação sinal-ruído
Bobinas de Matriz Faseada (Imagem Paralela)

• SNR de bobinas de superfície com a cobertura de bobinas de cabeça


• Imagens paralelas mais rápidas
• Scanners modernos vêm de série com bobinas de cabeça de 8 ou 12 canais
e capacidade para até 32 canais

Primeiro Passo: Estudar Átomos Com RMN Spin


As cabeças têm muita água, portanto, muitos protões...

Pode-se medir núcleos com número ímpar de protões ou número ímpar de neutrões

Protões
É o mais usado, porque o resto tem de
ser injetado e tem alta sensibilidade
Alguns termos para saber

B0 - campo magnético principal - também conhecido como magnetização longitudinal


Átomos de hidrogénio dentro de B0 irão se alinhar gradualmente a este campo (relaxamento longitudinal)

M0 – magnetização líquida de um objeto dentro de B0


É o M0 que está ‘tipado’ fora de alinhamento com B0 para criar a imagem MR
- então M0 agora é medido como magnetização transversal

Pulso de RF (B1) - pulso de radiofrequência - não deve ser confundido com ‘frequência de ressonância
Para ler M0, ele deve ser retirado do alinhamento com B0 - isso é conseguido ao enviar um pulso de RF em
certas frequências e gradientes ressonantes

Ímã - o grande ímã para o qual alocamos o valor da Tesla que cria B0

Bobina de gradiente - ímãs menores que são usados para inclinar a magnetização líquida do objeto (M0)
fora do alinhamento com B0

Na verdade, existem três bobinas de gradiente ortogonais umas às outras para que os gradientes possam
ser aplicados nos planos x, y e z

Bobina de RF - bobina de radiofrequência - geralmente recebem apenas bobinas e são usadas para medir M0 em
algum momento após os pulsos de RF terem sido aplicados. Bobinas de envio/recepção também estão disponíveis
Física dos protões

• O movimento de partículas eletricamente carregadas resulta numa força magnética ortogonal


à direção do movimento
• Protões têm uma propriedade de momento angular conhecida como spin
• Quando colocados num campo magnético, os protões vão se alinhar com o campo magnético
• Há uma pequena diferença no número de protões nos estados de baixa e alta energia - com mais no estado
baixo levando a uma magnetização líquida (M0)
O que está realmente alinhado com o B0 é o eixo em torno do qual o protão precede
- o decaimento da precessão

Medição de Ondas de Rádio

Ao selecionar TR (tempo de repetição) e TE (tempo de eco), podemos escolher a ponderação T1 vs. T2


Decaimento
intrínseco

Tempo após o
pulso de RF para
Tempo entre um amostrar o sinal
pulso RF e o outro

T1 mede a rapidez com que os protões se realinham com o T2 mede a rapidez com que os protões libertam
campo magnético principal ao fim de desligar o pulso de RF energia à medida que retornam para o equilíbrio

Por essa diferença é que há contraste entre


o liquido cefalorraquidiano e o tecido

Tipo especial de T2, decai mais depressa.


Acontece mais devido à presença, por
exemplo, da desoxihemoglobina

Mede mais tecido e menos liquido Mede mais líquido do que tecido
Mede o córtex principalmente Mede principalmente lesões vasculares

Use Gradientes para Codificar Espaço

Ao fazer rodar os spins de BO a diferentes frequências, a bobina pode diferenciar cada frequência
Por exemplo, se tiver a rodar a 132Hz sabemos que avalia uma zona mais ascendente do cérebro
Se tiver a 123.5 Hz sabemos que é uma zona mais inferior
Frequência de Larmor: A diferença de energia entre os protões de energia alto (orientado com B0) e baixo
(orientado contra B0)

Quão mais forte é o campo magnético


mais largo é o sinal da frequência

Excitação de RF

• Protões podem alternar entre estados de baixa e alta energia (ou seja, alternar entre estar alinhado com ou
contra B0)
• Para fazer isso, a transferência de energia deve ser de uma quantidade precisa e deve ser facilitada por outra
força (por exemplo, outros protões ou moléculas)
• Na ressonância magnética, os pulsos de RF (radiofrequência) são usados para excitar o campo de RF - a
analogia Swing - derrubando a magnetização líquida fora do alinhamento com B0
Excitação do campo de Radiofrequência (RF)

• Bobina de transmissão: aplica campo magnético ao longo de B1 (perpendicular a B0) por ~3 ms


• Campo oscilante na frequência de Larmor
• Frequências na faixa de transmissões de rádio
• B1 é pequeno: ~1/10.000 T
• Pontas M para o plano transversal – espirais para baixo
• Analogias: corda de guitarra (Noll), swing (Cox)
• O ângulo final entre B0 e B1 é o ângulo de inversão

Relaxamento longitudinal e T1

• A temperatura influencia o número de colisões


• Então o equilíbrio magnético (M0), ou a taxa na qual um corpo colocado dentro de B0 se torna magnetizado
depende da temperatura - isso é conhecido como relaxamento longitudinal
• A imagem ponderada em T1 (geralmente usada para imagens anatómicas) mede a taxa na qual o objeto colocado
em B0 vai de um estado não magnetizado para um magnetizado - o relaxamento longitudinal
• Diferentes tipos de moléculas (e por extensão de tecido) se aproximam de M0 em diferentes taxas, permitindo
diferenciar coisas como matéria branca e cinza - aproximamo-nos da imagem!!!

• T1 mede o relaxamento longitudinal (ao longo de B0) - ou a taxa na qual o sujeito atinge o equilíbrio magnético
• T2 mede o relaxamento transversal (ao longo de B1) - ou a taxa de decaimento do sinal após a entrega de um
pulso de RF
Contraste

Devido ao facto do contraste variar com o tempo devemos esperar que haja desfasamento de forma a obter
o contraste T2
Mas enquanto se espera, alterações acontecem na imagem: o sinal diminui e alguns artefactos de imagem
aparecem
Localização espacial do sinal
Imagens 1D

• Uma variante espacial B1 leva a uma distribuição


espacialmente variante de RFs.
• A análise de frequência é usada para discriminar
diferentes locais espaciais.
Codificação de frequência

Imagens 2D Imagens 3D
• Uma sequência de pulso diferente pode ser usada na • O campo de RF deve estar na mesma frequência de
direção y para criar a imagem 2D - codificação de fase. ressonância que o núcleo que está sendo digitalizado.
• Este método é conhecido como imagem eco-planar ou • Aplica-se um gradiente em diferentes níveis (fatias)
EPI e é o método mais comum usado na fMRI. no plano z para criar a imagem 3D.

Ecos
Todos os pulsos de RF criam um ‘eco’ do sinal M0 obtido pelo pulso. Reorientação do sinal
Um pulso de refoco é usado para criar um eco transitório do sinal - um eco de
spin
Vários pulsos de reorientação criam vários ecos

Sequência de pulsos: série de excitações, gatilhos de gradiente e leituras

Eco de spin : quando as regiões “rápidas” avançam em fase, faça-as ir para trás e alcançar
- Medir T2
- Idealmente TE = média T2
Eco gradiente: faça regiões “rápidas”
- Torne-se “lento” e vice-versa - medida T2*
- Idealmente TE ~ média T2*

Imagem EPI
• Qualquer sinal net produzido por spins de protões pode ser expresso como uma soma das ondas seno e cosseno de
diferentes comprimentos de onda
• As diferentes frequências espaciais desses comprimentos de onda são denotadas como espaço k - o inverso dos
comprimentos de onda
Pequeno valor k = baixa frequência espacial / comprimento de onda longo
Grande valor k = alta frequência espacial / comprimento de onda curto
• K-espaço é o que é realmente medido na ressonância magnética (ou seja, o sinal de M0 é transformado em
valores x e y via k-espaço)
• O k-espaço é magicamente transformado em nossa imagem por meio de uma transformação de Fourier.

Imagem eco-planar
• Amostra de k-espaço em uma trajetória linear K-space pode ser amostrado em muitos “shots”
em ziguezague •Menos tempo entre amostras de fatias
Imagem em espiral •permite a interpolação
• Amostra k-espaço em uma trajetória espiral •Mais shots = maior resolução espacial
T2 e T2*
Desfasamento da magnetização transversal devido a ambos:
1. interações spin-spin (T2)
2. Inhomogeneidades do campo magnético estático (efeitos adicionaisT2*)

Sequências de eco de rotação


-Sensível aos efeitos T2, mas não T2*
Sequências de eco gradiente
-Sensível aos efeitos T2+T2*
Mede-se nos
Sangue desoxigenado atenua o sinal em T2* capilares
Limitante para a
resolução do MRI
Diminuição da concentração venosa de desoxihemoglobina
faz aumentar o sinal

Correlação BOLD

Relaciona a neuroatividade com vascularidade sanguínea


Potenciais de Campo Locais (LFP)
• Refletir potenciais pós-sinápticos
• Semelhante ao que EEG (ERPs) e MEG medem

Atividade Multi-Unidade (MUA)


• Reflete os potenciais de ação
• Semelhante ao que a maioria das medidas de eletrofisiologia
Susceptibility and Susceptibility Artifacts

Adicionar um objeto não uniforme a B0 tornará o campo magnético total B não uniforme
Isso deve-se à suscetibilidade: geração de campos magnéticos extras em materiais que estão imersos em um
campo externo
Para inhomogeneidades em grande escala, os campos magnéticos não uniformes fornecidos pelo scanner podem
ser ajustados para “uniformizar” as ondulações em B — isso é chamado de shimming

Suscetibilidade → frequências de precessão não uniformes


Sinais de RF de diferentes regiões que estão em frequências diferentes sairão de fase e, portanto, tendem a
cancelar
Decai muito rapidamente quanto maior for a suscetibilidade
• Suscetibilidade magnética (c) refere-se à resposta magnética
de um material quando colocado em B0.
• Os glóbulos vermelhos exibem uma mudança em c durante a
‘ativação’
• Basicamente, a oxihemoglobina no hemácia (HbO2) se torna
desoxihemoglobina (Hb):
– Torna-se paramagnético.
– Diferença de suscetibilidade entre a vasculatura venosa e o ambiente (deslocamentos de campo induzidos pela
suscetibilidade).

A interação desses 3 produz uma resposta BOLD


– Eles mudam [Hb], o que afeta o ambiente magnético.

Resposta sobrecompensatória

Oxihemoglobina
Consumo de oxigénio inicial (hipóxia) para Fluxo sanguíneo
começo da atividade neutral, logo a seguir cerebral mais
diz ao sistema para produzir mais oxigénio bloqueado a estímulos
do que volume
sanguíneo cerebral
Segurança do Ímã

1. Os investigadores principais devem ter certeza de que todos os membros do laboratório estão cientes dos perigos.
2. Certifique-se de que qualquer pessoa que esteja prestes a entrar na sala magnética tenha preenchido formulários
de consentimento e triagem (sujeitos, membros do laboratório, visitantes).
3. Remova todo o metal, moedas, cartões de crédito etc. assim que entrar na área do ímã.

Taxa de Absorção Específica (SAR)

• Excesso de energia aquece os tecidos do corpo


• Se o corpo aquecer mais rápido do que o resfriamento natural, a temperatura aumenta
• Taxa de Absorção Específica (SAR) = quantidade de calor absorvido pelo corpo
• Os ímãs têm limites de SAR para evitar o superaquecimento - limitado a um aumento de 1 grau na temperatura
corporal central
– Depende do tamanho do corpo, geometria, termorregulação
– Depende de sequências de pulso (por exemplo, ângulos de inversão maiores = SAR maior)

Sangue oxigenado? Sangue desoxigenado?


• Diamagnético • Paramagnético
• Não distorce o campo magnético circundante • Distorta o campo magnético ao redor
• Sem perda de sinal... • Sinal perdido !!!

Talvez deva ser BDLD?


Sinal dependente do nível de DE-oxigenação no sangue?
• Tecnicamente, “BOLD” é um nome errado
• O sinal de fMRI depende da desoxigenação em vez da oxigenação em si
• Quanto mais desoxi-Hb houver, menor o sinal

De Neurônios para BOLD


Potencial de
ação Atenção! Qualquer similaridade entre as
curvas é pura coincidência!!

Resposta similar mas a uma


escala temporal diferente
Cérebro vs. Veia
• Grandes vasos produzem ativação BOLD mais longe do verdadeiro local de ativação do que pequenos vasos
(especialmente problemático para fMRI de alta resolução)
• Grandes vasos alinham os sulcos e dificultam dizer de qual parte de um sulco a atividade surge
• A percentagem de mudança de sinal em grandes vasos pode ser consideravelmente maior do que em pequenos
vasos (por exemplo, 10% vs. 2%)
• A ativação em grandes vasis ocorre até 3s mais tarde do que em vasos pequenos

As maiores mudanças na dilatação da arteriola ocorreram perto da estimulação;


no entanto, os efeitos também podem ser observados vários mm a montante

Sinapse tripartida
Os astrócitos são adjacentes às sinapses e aos vasos sanguíneos
Os astrócitos desempenham uma série de funções criticamente importantes:
A captação e reciclagem de neurotransmissores
Regulação neurometabólica
Regulação cerebrovascular
Libertação de moléculas de sinalização (“gliotransmissores”)

Substâncias Vasoativas
• Substâncias que fazem com que os vasos se dilatem
• Iões de potássio (K+)
– Passa do espaço intra para o extracelular durante a atividade sináptica
• Adenosina
– Aumenta atividade metabólica
• Óxido nítrico
– Libertado por ativação local e distante
• Junções de lacunas
• Cálcio (Ca2+)
– Desencadeado pela ativação neuronal
• Dopamina

Sinapses inibidoras
Um neurotransmissor inibitório é o GABA que causa uma hiperpolarização
• Menos exigente metabolicamente do que a atividade excitatória (glutamatérgica)
• O GABA pode ser tomado pré-sinapticamente em vez de reciclado através de astrócitos

Influencia menos o sinal BOLD do que nas sinapses excitatórias


fMRI Preprocessing
1. Correção de Movimento
• Garante que as suposições da análise sejam atendidas
• O curso de tempo vem de um único local 2. Correção de Temporização de Fatias
• Uniformemente espaçado no tempo 3. Correção de Distorção B0
• “Suavidade” espacial 4. Normalização Espacial
• Análise - separando o sinal do ruído 5. Suavização Espacial

Correção de movimento
• A análise assume que o curso do tempo representa um valor de um único local
• Sujeitos movem-se
• Os turnos podem causar ruído, incerteza na borda dos limites do cérebro e do tecido

• Ajuste da translação e da rotação do ponto de tempo de entrada


para reduzir a diferença absoluta.
• Requer interpolação espacial
• Não é perfeito

Correção de Distorção B0

• Só pode corrigir a distorção métrica • Mais importante para a superfície do que para o volume
• A desativação é perdida para sempre • Importante ao combinar de diferentes scanners
• Necessidade:
• “Espaçamento de eco” – tempo de leitura
• Direção de codificação de fase
Correção de Temporização de Fatias

• Volume não adquirido de uma só vez


• Adquirido fatia por fatia
• Cada fatia tem um atraso diferente

Normalização Espacial

• Transforme o volume em outro volume


• Alinhe cérebros de diferentes assuntos para que
um determinado voxel represente o “mesmo” local.
• Semelhante à correção de movimento

Suavização Espacial
• Substitua o valor do voxel por uma média ponderada dos voxels próximos (convolução espacial)
• A ponderação é geralmente gaussiana
• Melhora o SNR
• Melhorar o registro Intersubject
Área do rosto
A área facial é ativada: • em certas áreas do cérebro do macaco
• quando rostos são percebidos ou imaginados → pistas para a evolução cerebral
→ correlação entre cérebro e comportamento • para outras categorias de objetos com as quais os
• para estímulos na fóvea (interior do olho) sujeitos têm extensa experiência
→ pistas para a organização cerebral → debate em relação à natureza/cultura
• por padrões circulares • até certo ponto por outras categorias de objetos
→ pistas/restrições para modelagem → debate sobre a codificação distribuída vs. modular
no cérebro

Escolha da experiência adequada

T1: Tempo de Reação Simples


• Aperte o botão quando vir uma luz

T2: Tempo de Reação de Discriminação


• Aperte o botão quando a luz estiver verde, mas não vermelha

T3: Tempo de Reação de Escolha


• Aperte o botão esquerdo quando a luz estiver verde
e o botão direito quando a luz estiver vermelha

Lógica da subtração

T2 -T1

Limitações
Suposição de inserção pura
• Pode-se inserir um processo de componente em uma tarefa sem interromper os outros componentes

Confusões de Atenção
• Os dados de fMRI parecem altamente suscetíveis à quantidade de atenção atraída para o estímulo ou
dedicada à tarefa.
Por exemplo:
• O sujeito deve apertar um botão sempre que um estímulo se repetir
• A detecção de repetição é muito mais difícil para as formas embaralhadas
• Qualquer ativação para as formas intactas não pode ser devida apenas à atenção, mas pode ser devido
a formas, à percepção do objeto, à sua familiaridade
Rede de Modo Padrão
• Vermelho/amarelo = áreas que tendem a ser
ativadas durante as tarefas
• tarefa > linha de base em repouso
• Azul/verde = áreas que tendem a ser desativadas
durante as tarefas
• tarefa < linha de base em repouso

Para algumas tarefas (por exemplo, estudos de memória), o repouso é uma linha de base pobre e descontrolada

Estruturas de memória (por exemplo, lobos temporais mediais) podem ser DESativadas em uma tarefa
em comparação com o repouso
• Para obter uma linha de base sem memória, alguns pesquisadores de memória colocam uma tarefa de baixa
memória na condição de linha de base

Parâmetros para Neuroimagem


• Número de fatias • tempo de aquisição de volume (geralmente = TR)
• Orientação de fatia • Duração de uma corrida
• Espessura da fatia • Número de corridas
• Resolução no plano (campo de visão e tamanho da • Duração e sequência de épocas dentro de cada
matriz) corrida • contrabalança dentro ou entre os sujeitos

O físico pode ajudar a decidir:


• Sequência de pulsos (por exemplo, eco gradiente vs. eco de spin)
• Amostragem no espaço k (por exemplo, imagem eco-planar vs. espiral)
• TR, TE, ângulo de viragem, etc.

Número de fatias vs. tempo de aquisição de volume Tamanho do efeito


• Quanto mais fatias, mais tempo você precisa adquiri-las • Efeitos maiores, mais poder
Número de fatias vs. resolução no plano Tamanho da amostra
• Quanto maior a sua resolução no plano, menos fatias você pode • Maior n, mais potência
adquirir em um tempo de aquisição de volume constante
Sinal: Proporção de Ruído
Poder Estatístico • Melhor SNR, mais potência
• A probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é realmente
falsa
Na medida do possível, coloque as duas condições que você deseja comparar dentro da mesma corrida.
Por quê?
• Os sujeitos ficam sonolentos e entediados
• Ímã pode ter diferentes quantidades de ruído de uma corrida para outra (por exemplo, pico)
• Algumas estatísticas (por exemplo, z-normalização) podem afetar as estatísticas de forma diferente entre as
corridas

Ponto ideal
representam condições ótimas nas quais um sistema ou uma atividade pode operar de maneira mais eficaz.

Respiração:
• Frequência: A frequência respiratória ideal é indicada como a cada 4-10 segundos, ou seja, em torno de 0.3
Hertz (Hz).
• Distorção: Movimentos do peito durante a respiração podem distorcer a sensibilidade ou a qualidade das
medições.
Ciclo Cardíaco:
• Frequência: O ciclo cardíaco ideal ocorre aproximadamente a cada segundo, correspondendo a cerca de 0.9
Hertz (Hz).
• Efeitos: Os pulsos relacionados ao ciclo cardíaco geram movimentos no sangue, afetando as características
das medições.

Soluções Propostas:
• Gating: Implementar técnicas de "gating" para sincronizar aquisições de dados ou medições com os ciclos
específicos, evitando assim a interferência indesejada.
• Evitar Paradigmas nas Frequências Mencionadas: Recomenda-se evitar a aplicação de métodos ou
paradigmas específicos durante os períodos em que as frequências respiratórias e cardíacas são mais pronunciadas.

Sequências de Design de Blocos: Três Condições

• Suponha que queiras adicionar uma terceira condição para atuar como uma linha de base mais neutra
• Por exemplo, se quiseres identificar áreas visuais, bem como áreas seletivas de objetos, poderias incluir a fixação
em repouso como linha de base.
• Isso permitiria duas subtrações
– Mexido - fixação em áreas visuais
– Intacto - embaralhado a áreas seletivas de objetos
• Isso também ajudaria a discriminar as diferenças nas ativações das diferenças nas desativações

Sequências de Design de Blocos: Blocos curtos igualmente espaçados


Considerando uma alternância de 4 segundos, correspondendo a 2 volumes de imagem no contexto do fMRI
A resposta hemodinâmica do cérebro, que é atrasada e prolongada, enfraquece o sinal da atividade neural
porque não há tempo suficiente entre os blocos para que o sinal retorne completamente à linha de base.
Próximo da frequência respiratória (4-10 segundos) para evitar artefatos respiratórios
Sequências de Design de Blocos: Blocos curtos não igualmente espaçados

Considerando que os estímulos sai apresentados em blocos de 4 segundos, seguidos de um período de baseline de
8 segundos
Ao introduzir intervalos mais longos de linha de base, o design busca recuperar a perda de amplitude no
sinal neural causada pela resposta hemodinâmica do cérebro
Mesmo com a recuperação da amplitude, outros desafios persistem, indicando que problemas relacionados
ao tempo de amostragem ou à natureza da experiência ainda estão presentes
Sequências de Design de Blocos: Blocos prolongados

Considerando um estímulo tem uma duração de 68 segundos equivalente a 34 volumes


O uso de blocos mais longos pode resultar em maior ruído nas frequências baixas do sinal. Isso pode
complicar a análise, especialmente quando se tenta detectar padrões de atividade cerebral em faixas de
frequência específicas.
A presença de blocos longos pode criar conflitos com tendências lineares nos dados.

Sequências de Design de Blocos: Blocos médios

Considerando um estímulo com uma duração de 16 segundos


Esta duração permite tempo suficiente para que o sinal cerebral oscile completamente, possibilitando
uma captura mais abrangente
Evita também frequências de artefactos isto porque a frequência do paradigma não está próxima de
frequências que causam artefactos

Sequências de Design de Blocos: Sequências repetitivas

Os blocos de estímulo são apresentados numa ordem que se repete ao longo do experimento
Existe a preocupação de que a ordem específica em que os blocos são apresentados possa influenciar os
resultados, introduzindo efeitos de ordem que confundem a interpretação dos dados.

Para lidar com os potenciais efeitos de ordem, a proposta é contrabalancear a


ordem dos blocos, ou seja, apresentar a sequência de blocos de forma diferente

No entanto, a perda de um conjunto de dados devido a fatores como movimento da cabeça pode comprometer
o contrabalanceamento planejado

Sequências de Design de Blocos: Sequências aleatórias

Considerando realizar múltiplas execuções da experiência com a ordem dos estímulos sendo aleatória
A aleatoriedade pode ser imprevisível e variável introduzindo flutuações nos resultados da experiência

Para evitar a variabilidade introduzida pela aleatoriedade, a sugestão é ter diferentes sequências para
diferentes sujeitos.

No entanto, essa abordagem pode complicar significativamente a definição de protocolos de análise.


Sequências de Design de Blocos: Baseline regular

Considerando inserir um período de fixação entre todas as condições de estímulo independentemente da ordem
ser regulado ou aleatória
Utilizando a técnica de média de eventos, esse design com uma linha de base regular proporciona séries
temporais claras e bem definidas, mesmo para uma experiência baseada em blocos.

Uma limitação apontada é que metade do tempo de imagem é dedicado à


recolha de dados da condição que pode ter menos relevância para a experiência.

Opções para quatro condições a comparar

A. Progressão ordenada:
É simples!
Mas pode haver confusões, como uma tendência linear se um for maior que outro

B. Ordem aleatória em cada execução:


Os efeitos de ordem devem se equilibrar ao longo das execuções
Mas é difícil criar vários protocolos, é impossível agregar todos os dados em uma única série temporal
e há muitas frequências envolvidas.

C. Design Agrupado do Laboratório Kanwisher:


Conjuntos de quatro épocas principais de condições separadas por épocas de linha de base.
Cada condição principal aparece em cada localização em uma sequência de quatro.

Modelo linear geral


abordagem estatística amplamente utilizada para analisar dados experimentais em neuroimagem

Y= é o sinal BOLD em vários momentos num único voxel


X= vários componentes que explicam os dados observados, ou seja, a série temporal BOLD para o voxel
b= definir A contribuição de cada componente da matriz de projeto para o valor de y estimado de modo a
minimizar o erro
e= diferença entre os dados observados, y, e os previstos pelo modelo, xb

O GLM permite encontrar os parâmetros ótimos (β) que fornecem o melhor ajuste com os dados observados (Y).
Esses parâmetros representam as estimativas ideais para os efeitos das variáveis independentes no modelo.
A obtenção dos parâmetros ótimos (β) é alcançada minimizando as somas dos quadrados das diferenças entre o
modelo previsto e os dados observados. Esse processo é conhecido como método de mínimos quadrados.
Media relacionada a eventos

1. Definir janela de tempo, incluindo um período anterior (por exemplo


2 volumes) e um posterior (por exemplo, 15 volumes)
2. O curso temporal de cada evento (4 eventos em uma execução) é
extraído, capturando a atividade ao longo do tempo em resposta ao
evento
3. Faz-se a média dos cursos temporais proporcionando uma média
global da atividade

Media baseada em ficheiro Média baseada em época


• Os cursos temporais podem começar em pontos • Em contraste com a média baseada em ficheiro,
diferentes devido a diferentes históricos de cada curva começa em zero, independentemente da
eventos ou níveis de ruído. variabilidade nos eventos iniciais.
• Padronização para o Tempo=0: Cada curva é • Recomenda-se usar essa abordagem apenas se
ajustada de forma que, no tempo = 0 houver uma certeza razoável de que as baselines
pré-estímulo são válidas.
• A média é então calculada com base no ponto
inicial médio de todas as curvas, usando o tempo • Pode resultar em conclusões muito diferentes em
zero como referência comum. comparação com as estatísticas do modelo linear
generalizado (GLM).

• Detecção: determinação se a atividade de um determinado voxel (ou região) muda em resposta à manipulação
experimental

• Estimativa: medição do curso do tempo dentro de um voxel ativo em resposta à manipulação experimental

Prós e Contras dos Projetos de Blocos

Prós
• Alto poder de detecção
• Tem sido a abordagem mais amplamente utilizada para estudos de fMRI
• A estimativa precisa da função de resposta hemodinâmica não é tão crítica quanto com projetos relacionados a
eventos

Contras
• Pobre poder de estimativa
• Os sujeitos entram em um conjunto mental por um bloqueio
• Muito previsível para o assunto
• Não pode olhar para os efeitos de eventos únicos (por exemplo, testes corretos vs. incorretos, itens lembrados vs.
esquecidos)
• Torna-se ingensável com muitas condições (por exemplo, mais de 4 condições + linha de base)
Porque que não é linear?

Respostas Neuronais "Fásicas" ou "Transientes": As respostas neurais não são sempre proporcionais à intensidade do
estímulo. Existem fenômenos chamados de respostas "fásicas" ou "transientes", onde as células nervosas podem
mostrar uma resposta inicial forte a um estímulo, seguida por uma diminuição mesmo que o estímulo persista.
Adaptação ou Habituação Neuronal: As células nervosas podem se adaptar ou habituar a estímulos contínuos ao longo
do tempo. Isso significa que, mesmo que o estímulo persista, a resposta neural pode diminuir com o tempo.
Duração e Intensidade do Estímulo: A natureza não linear da resposta BOLD também pode depender de fatores como
a duração e a intensidade do estímulo. Estímulos mais longos ou mais intensos podem desencadear respostas BOLD
não proporcionais.
Hemodinâmica Complexa: A resposta BOLD é uma medida indireta da atividade neuronal, dependendo das mudanças na
oxigenação sanguínea. Essa relação não é estritamente linear, pois vários fatores, como a regulação do fluxo
sanguíneo e a oxigenação, entram em jogo.
Lista de perguntas

Sobre o espaço K
1. É um espaço de imagem Fourier
2. Contem informação de fase
3. A informação angular de fase é relevante
4. Pode ser interpolado
5. Todas as anteriores.

Sobre spatial encoding (codificação do espaço de aquisição)


1. Existe um gradiente de seleção de fatias de corte no eixo Z.
2. Os gradientes de seleção de fatias de corte têm habitualmente menor resolução.
3. Existem gradientes de seleção de frequências e fases.
4. Todas corretas.
5. Nenhuma correta.

Sobre as técnicas de spin echo vs gradient echo qual a falsa:


1. A técnica de spin echo tem em conta a refocagem dos spins depois do primeiro pulso
2. A técnica de gradiente echo usa gradientes de desfasamento e de refocagem.
3. Só a de Spin Eco permite refocagem dos spins.
4. Nenhuma das anteriores
5. Todas as anteriores.

Sobre a função de resposta hemodinâmica qual a falsa:


1. Não pode ser determinada experimentalmente num desenho de estudo em eventos regulares, se houver
grande intervalo entre eles.
2. Pode ser determinada experimentalmente só nalguns tipos de desenho de estudo por eventos
3. Pode ser determinada experimentalmente, mas não com blocos
4. Pode ser determinada usando uma operação de desconvolução sobre respostas a eventos sucessivos não
regulares.
5. Todas corretas.

Indique as relações relativas entre o sinal BOLD e o EEG

O sinal BOLD e o EEG são técnicas cruciais em neuroimagem funcional. Ambos refletem a atividade cerebral,
mas diferem em resolução temporal e espacial. Enquanto o EEG é altamente sensível a mudanças rápidas, o BOLD
é mais lento. O BOLD oferece melhor localização espacial, relacionando-se ao fluxo sanguíneo, enquanto o EEG
capta a atividade elétrica global. A combinação dessas técnicas é comum em estudos, proporcionando uma
compreensão abrangente da dinâmica cerebral.

Indique justificando uma limitação da imagiologia do sinal BOLD

Uma limitação significativa da imagiologia do sinal BOLD (Blood Oxygen Level Dependent) na ressonância magnética
funcional (fMRI) é a incapacidade de fornecer uma medida direta da atividade neuronal. O sinal BOLD reflete as mudanças
na oxigenação do sangue, que estão relacionadas à atividade neuronal, mas não é uma medida direta da atividade dos
neurônios.
O sinal BOLD tem um tempo de resposta mais lento em comparação com a atividade neuronal. Mudanças na atividade
neuronal ocorrem em uma escala de milissegundos, enquanto o sinal BOLD responde em uma escala de segundos.
Explique porque é difícil detetar a componente negativa inicial da curva do sinal BOLD.

·
Detectar a componente negativa inicial da curva do sinal BOLD é desafiador devido à sua menor amplitude,
rápida ocorrência e dominância da componente positiva. A resposta positiva é mais facilmente detectada,
enquanto a negativa é frequentemente ofuscada por ruído e fatores técnicos da ressonância magnética funcional
(fMRI). A menor sensibilidade para mudanças na desoxigenação do sangue, a complexidade de modelagem e a
influência de artefatos e ruído são fatores adicionais que dificultam a identificação dessa fase inicial.

Explique por razão a diabetes pode afetar o sinal BOLD


A diabetes está associada a complicações vasculares, incluindo microangiopatia (afeta os pequenos vasos
sanguíneos) e macroangiopatia (afeta os grandes vasos sanguíneos). Essas alterações vasculares podem influenciar
o fluxo sanguíneo cerebral e a resposta hemodinâmica, afetando o sinal BOLD.
Níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) associados à diabetes podem levar a um aumento na
oxidação celular. Esse processo pode influenciar a relação entre a demanda metabólica e o fluxo sanguíneo, afetando
a resposta BOLD.

Explique como podem variar parâmetros na imagem por tensor difusão no edema cerebral
O edema cerebral, que é o acúmulo excessivo de fluido nos tecidos cerebrais, pode influenciar os parâmetros
na imagem por tensor de difusão (DTI, do inglês Diffusion Tensor Imaging). O DTI é uma técnica de ressonância
magnética utilizada para estudar a difusão da água nos tecidos biológicos, fornecendo informações sobre a
microestrutura e a integridade dos tratos de fibras nervosas.

Explique porque razão uma experiência em ressonância magnética funcional de blocos tem mais poder estatístico
que uma por eventos.

No design de blocos, o estímulo é apresentado em blocos contínuos, permitindo que o participante responda
de maneira mais consistente.
Ao apresentar estímulos continuamente em blocos, a resposta hemodinâmica associada à atividade cerebral é
sustentada e mais facilmente detectável em relação ao ruído de fundo. Isso resulta em uma melhor relação sinal-
ruído, aumentando o poder estatístico

Explique o principio de formação de contraste T2* em imagem em Ressonância Magnética

O contraste T2* em imagens de ressonância magnética (RM) é baseado no tempo de relaxamento transversal
(T2*) dos tecidos, refletindo a rapidez com que os spins perdem a coerência de fase devido a inomogeneidades no
campo magnético local. Esse contraste é influenciado pelo efeito de susceptibilidade magnética, resultando em
variações na intensidade do sinal em regiões com diferentes propriedades magnéticas. O decaimento exponencial
do sinal ao longo do tempo de eco proporciona um contraste T2* ponderado, que destaca áreas com T2* mais
curtos, como vasos sanguíneos e hemorragias. Na fMRI, o contraste T2* é essencial para mapear a atividade
cerebral, sendo conhecido como sinal BOLD (Blood Oxygen Level Dependent). Em resumo, o contraste T2* é crucial
para visualizar características e mudanças nos tecidos, especialmente na detecção de padrões de atividade
neuronal em fMRI.
Explique as limitações da teoria de sistemas lineares em ressonância magnética.

·
Sistemas biológicos, incluindo o cérebro, frequentemente exibem comportamentos não lineares. A resposta de
tecidos cerebrais à estimulação pode ser não linear, especialmente em situações de intensa atividade neuronal.
Variações nas condições fisiológicas, como o estado do paciente, níveis de oxigenação do sangue, entre outros,
podem levar a não linearidades na resposta.
A resposta BOLD (Blood Oxygen Level Dependent) em fMRI, comumente modelada usando sistemas lineares,
é influenciada por processos hemodinâmicos complexos, como a resposta vascular, o que pode introduzir não
linearidades e limitações na modelagem linear.

Explique a lógica da desconvolução em experiências de ressonância funcional

A desconvolução em experimentos de ressonância funcional (fMRI) é uma técnica utilizada para recuperar
informações temporais mais precisas sobre a atividade neural subjacente ao sinal BOLD (Blood Oxygen Level
Dependent). A lógica subjacente à desconvolução envolve a remoção ou atenuação dos efeitos hemodinâmicos e a
obtenção de uma estimativa mais precisa dos eventos neurais.
O sinal BOLD captura as mudanças na oxigenação do sangue associadas à atividade neural. No entanto, o sinal
BOLD é uma convolução da resposta hemodinâmica com a função de resposta ao estímulo neural.
A HRF descreve a forma e a duração da resposta hemodinâmica a um estímulo neural. Ela representa como o
sinal BOLD muda ao longo do tempo em resposta a um estímulo.
A convolução da resposta neural com a HRF pode causar uma dilatação temporal do sinal BOLD. Isso cria uma
ambiguidade temporal, dificultando a identificação precisa do início e término dos eventos neurais.
A desconvolução é uma abordagem que visa inverter o processo de convolução, estimando a resposta neural
original a partir do sinal BOLD observado. Isso é realizado através da deconvolução matemática, onde se tenta
estimar a resposta neural subjacente.
A desconvolução permite a remoção ou atenuação dos efeitos hemodinâmicos indesejados, proporcionando
uma estimativa mais precisa dos eventos neurais.

Explique justificando exemplos de resposta não linear em ressonância funcional

A relação entre a atividade neural e o sinal BOLD (Blood Oxygen Level Dependent) não é estritamente
linear. Os processos hemodinâmicos, como a resposta vascular, podem exibir comportamentos não lineares.
Por exemplo, a relação entre o aumento na atividade neural e a dilatação vascular pode não ser proporcional,
levando a não linearidades na resposta BOLD.
O sinal BOLD pode atingir um limite de saturação, onde um aumento adicional na atividade neural não resulta
em um aumento proporcional no sinal. Isso cria uma resposta não linear, especialmente em regiões cerebrais
com alta atividade.
A atividade de neurônios individuais pode exibir comportamentos não lineares, e a combinação de sinais de
neurônios com diferentes características não lineares pode resultar em uma resposta não linear agregada
observada no sinal BOLD.
Na presença de um campo magnético uniforme, prótons de hidrogênio
A Alinhe-se ao longo do campo e gire em torno de seu eixo
B Alinhe-se ao longo do campo e precesse em torno de seu eixo
C Permaneça orientado principalmente aleatoriamente e preceça em torno do eixo do campo
D Não são afetados pelo campo magnético

Para realizar um experimento de ressonância magnética, nós _primeiro_ precisamos


A Aplique um pulso de radiofrequência em uma direção diferente de B0
B Aplique um pulso de radiofrequência ao longo de B0
C Altere a força de B0
D Aplique um gradiente de campo magnético

Após um pulso de radiofrequência, os prótons vão


A Desfase de acordo com T2* e depois recupere ao longo de B0 de acordo com T1
B Desfase de acordo com T1 e depois recupere ao longo de B0 de acordo com T2*
C Recupere ao longo de B0 de acordo com T1 e depois desfase de acordo com T2*
D Recupere ao longo de B0 de acordo com T2* e depois desfase de acordo com T1

Um eco de rotação é formado por


A Invertendo a direção de B0
B Virando a direção do próton por um pulso de radiofrequência
C Aplicando um gradiente de campo magnético negativo

Um pulso de radiofrequência de 180 graus é aplicado para virar a direção dos prótons; eles continuam a preceder na
mesma direção ao longo de B0, mas agora refase para o mesmo ponto. Um gradiente de campo magnético negativo é
o que forma o eco do gradiente.

TR e TE em sequências de eco de spin referem-se a


A TR: o espaçamento entre pulsos sucessivos de 90 graus; TE: tempo antes do pulso de 90 graus e do eco de spin
B TR: o espaçamento entre pulsos sucessivos de 90 graus; TE: o espaçamento entre o pulso de 90 graus e o pulso de
180 graus
C TR: tempo antes do pulso de 90 graus e do eco de spin; TE: o espaçamento entre pulsos sucessivos de 90 graus
D TR: o espaçamento entre o pulso de 90 graus e o pulso de 180 graus; TE: o espaçamento entre pulsos sucessivos
de 90 graus

Em comparação com o spin echo (SE), a sequência gradient echo (GRE)


A Tem um pulso de 180 graus e demonstra o defasamento T2*
B Não tem pulso de 180 graus e demonstra T2* dephasing
C Tem um pulso de 180 graus e demonstra o defasing T2
D Não tem pulso de 180 graus e demonstra o desfasamento do T2

As sequências de eco gradiente usam o sinal de decaimento de indução livre do pulso de excitação inicial; elas não
formam um eco de spin usando um pulso de 180 graus. Assim, o dephasing ocorre de acordo com T2* em vez de T2.
Em comparação com o SE, as sequências GRE usam
A TR mais longo e TE mais longo
B TR mais curto e TE mais longo
C TR mais longo e TE mais curto
D TR mais curto e TE mais curto

Por causa do defasing T2*, as sequências GRE devem usar TEs muito mais curtos. Por causa disso, as sequências GRE
podem usar TRs muito mais curtos.

Spin Echo (Eco de Spin):


• No método Spin Echo, o pulso de radiofrequência gira os spins em um ângulo de 90 graus em relação ao campo
magnético principal.
• Em seguida, um pulso de gradiente magnético é aplicado para criar diferenças de fase entre os spins.
• O segundo pulso de radiofrequência gira os spins de volta em um ângulo de 180 graus.
• O sinal de eco é gerado enquanto os spins retornam ao longo do gradiente magnético.
• A imagem é formada com base no sinal de eco.

Gradient Echo (Eco de Gradiente):


• No método Gradient Echo, o pulso de radiofrequência geralmente é aplicado em um ângulo menor que 90 graus.
• Os gradientes magnéticos são então usados para codificar a posição dos spins e criar diferenças de fase.
• O sinal é capturado enquanto os spins retornam ao equilíbrio após a perturbação inicial.
• A imagem é formada a partir do sinal capturado durante esse processo.

Echo Planar Imaging (EPI):


• O EPI é uma técnica rápida de aquisição de imagens na ressonância magnética (RM).
• Em vez de capturar um único sinal de eco por pulso de radiofrequência, o EPI captura vários sinais em um
único pulso.
• O truque chave é usar gradientes magnéticos que mudam rapidamente em várias direções, criando uma
rápida variação espacial do sinal.
• Diferentes partes da imagem são codificadas em diferentes momentos durante esse pulso único.
• Isso permite a formação rápida de imagens, tornando o EPI útil em técnicas como a imagem funcional
(fMRI) para estudar a atividade cerebral em tempo real.

Sequências SSFP equilibradas são usadas para imagens cardíacas e vasculares porque são
A Sensível ao fluxo
B Fluxo insensível
C Sinal de sangue nulo
D Empregar contraste de gadolínio

A imagem planar de eco (EPI) é mais comumente usada em


A Imagem vascular
B Imagem ponderada em T2 de rotina
C Imagem ponderada em T1 pós-contraste
D Imagem ponderada por difusão

O DWI requer sequências muito rápidas para congelar o movimento do paciente, e o EPI é extremamente rápido.
As formas de imagem planar de eco ecoam usando
A Pulsos sucessivos de 90 graus
B Pulsos alternados sucessivos de 90 graus
C Pulsos sucessivos de 180 graus
D Gradientes alternados sucessivos

O EPI inicialmente forma um eco de spin e depois usa gradientes alternados para criar vários ecos de gradiente
dentro desse eco de spin.

A localização espacial na ressonância magnética depende principalmente de


A Distância até a bobina receptora
B Distância da bobina de transmissão
C Campo magnético variado em o paciente
D Reconstrução tomográfica

Bobinas de gradiente criam campos magnéticos variados em todo o paciente, causando mudanças na frequência de
precessão.

• O objetivo da localização espacial na RM é saber de onde exatamente na área do corpo está vindo o sinal magnético
que será usado para formar uma imagem.
• Como funciona: Para alcançar isso, são utilizados gradientes magnéticos adicionais que variam em diferentes
direções. Esses gradientes ajudam a codificar a posição dos sinais gerados pelos átomos no corpo.

A seleção de fatias é realizada por


A Ligando uma bobina gradiente antes da excitação
B Ligando uma bobina gradiente durante a excitação
C Ligando uma bobina de gradiente antes da leitura
D Ligando uma bobina de gradiente durante a leitura

A seleção de fatias é realizada ligando uma bobina de gradiente durante a excitação (e refocalização, se estiver
usando eco de rotação). Ajustando o pulso de excitação à frequência da fatia relevante, então só excita prótons nessa
fatia.
• O objetivo da slice-selection é selecionar uma fina camada de tecido dentro do corpo para criar uma imagem
específica dessa área.
• Como funciona: Durante a slice-selection, são aplicados pulsos de radiofrequência e gradientes magnéticos de
maneira que somente uma fatia fina do corpo seja excitada e forneça sinais para a formação da imagem.
O gradiente de seleção de fatia configura um gradiente de campo magnético em todo o paciente, alterando a
frequência de Larmor dos prótons em todo o corpo. Ao combinar o pulso de excitação com a frequência dos prótons
em uma posição específica, o scanner pode excitar uma fatia fina do corpo.

A transformada de Fourier muda os sinais de que maneira


A Amostras ao longo do tempo para amplitudes separadas por fase
B Amostras ao longo do tempo para frequências separadas por amplitude
C Amostras ao longo do tempo para amplitudes separadas por frequência
D Conjunto de frequências para amostras ao longo do tempo
E Sinal contínuo para o conjunto de amostras ao longo do tempo

A transformada de Fourier separa um sinal no tempo em suas frequências componentes, relatando as


amplitudes (quantidade) para cada frequência.
A força do gradiente de codificação de frequência
A É variado várias vezes para gerar espaço K
B É irrelevante para a aparência da imagem
C Altera a largura de banda do sinal
D Altera o contraste do tecido

Variar o gradiente de codificação de frequência altera a largura de banda do sinal (faixa de frequências presentes
na imagem), uma vez que altera a faixa de campo magnético ao qual os prótons estão expostos. Isso tem implicações
nos efeitos de sinal-ruído e mudança química. Múltiplas aplicações de diferentes gradientes de codificação de fase de
força são usadas para preencher o espaço K. A força do gradiente não altera a ponderação T1/T2.
• O objetivo da codificação de frequência na RM é diferenciar entre os sinais magnéticos provenientes de
diferentes locais no corpo, possibilitando a criação de imagens claras e detalhadas.
• Como funciona: Durante a codificação de frequência, gradientes magnéticos são aplicados em uma direção
específica. Esses gradientes fazem com que os átomos em diferentes posições ao longo dessa direção emitam sinais
magnéticos com frequências ligeiramente diferentes.

O gradiente de codificação de fase está ativado


A Durante a excitação
B Durante a seleção de fatias
C Durante a codificação de frequência
D Antes da leitura
E Durante a leitura

O gradiente de codificação de fase é ativado antes da leitura - e depois desativado. Isso confere uma mudança de fase
fixa aos prótons. A codificação de frequência é ativada durante a leitura. O gradiente de seleção de fatia é ativado
durante a excitação, mas não a leitura.

• O objetivo da codificação de fase na RM é distinguir a localização específica dos sinais magnéticos provenientes
do corpo, permitindo a criação de imagens detalhadas.
• Como funciona: Durante a codificação de fase, gradientes magnéticos adicionais são aplicados em uma direção
específica. Esses gradientes fazem com que os átomos em diferentes posições ao longo dessa direção tenham fases
distintas em seus sinais magnéticos.

A transformada de Fourier pode medir diretamente os deslocamentos de fase em um sinal de ressonância


magnética
A Verdadeiro
B Falso

A transformada de Fourier pode medir apenas um único deslocamento de fase em cada frequência. É por isso que
várias etapas de codificação de fase são necessárias (uma para cada pixel de resolução); a transformação de Fourier
pode detectar uma mudança de mudança de fase.
- O maior sinal no espaço K está presente
A No centro
B Na periferia
C Ao longo do eixo de codificação de frequência
D Ao longo do eixo de codificação de fase

O maior sinal no espaço K está presente no centro. A periferia perde sinal por causa do defasing.
• O k-space é um espaço matemático usado durante o processo de aquisição de dados na RM.
• Coleta de dados: Durante um exame de RM, sinais magnéticos são medidos e organizados no k-space. Cada ponto
no k-space representa informações sobre a frequência e a localização espacial dos sinais capturados.
• Transformação para imagem: Após a coleta dos dados no k-space, é realizada uma transformação matemática
chamada Transformada de Fourier para converter esses dados em uma imagem final.
-
O centro do espaço K contém
A Informações de frequência
B Grau de ponderação T2
C Contraste tecidual
D Resolução temporal
E Resolução espacial

O sinal no centro do espaço K determina o contraste na imagem, ou seja, o brilho de objetos grandes. A periferia
determina a resolução, ou seja, os pequenos detalhes. A resolução temporal é geralmente determinada pelo número
de etapas de codificação de fase (que levam mais tempo).
#
O SNR na ressonância magnética é melhorado aumentando:
A Resolução
B Largura de banda
Sinal
C Força do gradiente SNR =

Ruído

D Tempo de aquisição

Intuitivamente, quanto mais tempo gasto realmente adquirindo o sinal, mais sinal obtemos.

* O aumento da largura de banda causa:


A Artefato de mudança química piorada
B SNR piorado
C Artefatos de hardware de metal agravados
D Tempo de aquisição de eco maior

O aumento do BW melhora a mudança química e os artefatos metálicos. O eco é mais rápido de adquirir (porque
estamos adquirindo frequências mais altas). No entanto, sofremos de pior SNR porque estamos deixando entrar
mais frequências (e o ruído é distribuído por todas as frequências).
- Qual das seguintes opções é verdadeira sobre a redução das etapas de codificação de fase:
A Aumentando o espaçamento do espaço k -> pior resolução
B Queda de linhas periféricas de k-espaço (deixando a porcentagem de varredura) -> FOV menor
C Aquisição de Half-Fourier -> pior resolução
D Pior SNR

Novamente, menos tempo passamos adquirindo o sinal, menos sinal recebemos. O aumento do espaçamento no
espaço k diminui o FOV. A queda de linhas periféricas no espaço k produz uma resolução pior. A aquisição de Half-
Fourier dá pior SNR, mas a mesma resolução (o espaço k é simétrico para que possamos apenas reconstruir
matematicamente o resto dos dados).

- O espaçamento das linhas no espaço k corresponde a:


A Resolução
B Número de excitações
C Tamanho da matriz
D Campo de visão

O espaçamento de linhas no espaço k está inversamente relacionado ao campo de visão (FOV). A resolução está
relacionada ao número de linhas no k-espaço que adquirimos (até onde vamos até a periferia do k-espaço). O tamanho
da matriz também está relacionado ao número de linhas no espaço k, mas não ao FOV. Excitações não estão de todo
relacionadas.
T Sequências de recuperação de inversão (IR) são úteis para
A Melhore a ponderação T2
B Melhore o sinal-ruído (SNR)
C Encurte o tempo de imagem
D Melhore o contraste do tecido

O contraste do tecido é melhorado por (a) anular o sinal de um tipo específico de tecido (por exemplo, água em
FLAIR ou gordura em STIR) e por (b) melhorar a ponderação T1. A ponderação T2 não é afetada e ainda é determinada
pela TE. O SNR é pior por causa da maior ponderação T1 e, portanto, pior recuperação do sinal (especialmente com
STIR). O tempo de imagem é maior porque temos que esperar pelo TI extra.

* Parâmetros razoáveis para uma imagem ponderada em T1 seriam


A TR 500 ms, TE 20 ms
B TR 2800 ms, TE 90 ms
C TR 6000 ms, TE 160 ms, TI 2000 ms
D TR 2800 ms, TE 20 ms

O peso T1 é impulsionado por TR curto, dando menos tempo para a recuperação do T1 e, portanto, mais
diferenças no sinal com base nas características do T1. Você quer um curto TE para minimizar os efeitos T2. Long
TR minimiza efeitos T1; com um TE longo, que dá peso T2, enquanto com um TE curto que dá peso de densidade de
prótons.

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