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Ultrassonografia

Princípios físicos dos ultra-sons

O que são os ultra-sons? reflectidos por objectos muito


Os ultra-sons são um método de pequenos e próximos uns dos
diagnóstico fundamental em outros.
cardiologia por ser uma técnica não • A energia sonora propaga-se
invasiva, indolor, de fácil acesso e através de um meio sob a
reprodutível que proporciona forma de uma onda, em que
informações precisas da anatomia e as moléculas do meio são
funcionamento cardiovascular. comprimidas alternando com
áreas de rarefacção das
O que é um som? partículas.
O som define-se como sendo a • A amplitude de vibração das
propagação de energia sob a forma moléculas é proporcional à
de vibração das moléculas de um energia do som ou
meio. INTENSIDADE da onda.
• A distância entre duas áreas
O que é a frequência de um som? similares designa-se como
Frequência de um som – número de COMPRIMENTO DE ONDA
compressões e expansões que as (λ).
moléculas desse meio sofrem num • A FREQUÊNCIA (f) da onda
segundo (exprime-se em ciclos por sonora é o número de
segundo ou Hertz). comprimentos de onda por
Ultra-sons – sons de frequência unidade de Tempo.
superiores a 20.000 ciclos/seg (a • O COMPRIMENTO E A
capacidade auditiva humana não FREQUÊNCIA de onda estão
alcança). relacionados de maneira
INVERSA!
PROPRIEDADES DOS ULTRA-
SONS • A distância entre duas áreas
Principais características similares designa-se como
COMPRIMENTO DE ONDA
• Emitido em feixe, em (λ).
qualquer direcção e tal como • A FREQUÊNCIA (f) da onda
um feixe de luz, obedece às sonora é o número de
leis da óptica, como a comprimentos de onda por
reflexão, a transmissão, a unidade de Tempo.
refracção, podendo ser

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• O COMPRIMENTO E A Componente fundamental –


FREQUÊNCIA de onda estão transdutor ou sonda emissora e
relacionados de maneira receptora de ultra-sons.
INVERSA! Elemento piezoeléctrico - peça
básica de um transdutor.
E EM ECOCARDIOGRAFIA? Este quando sujeito a uma
Na prática clínica, a compressão, origina cargas
ecocardiografia utiliza U.S entre eléctricas na sua superfície. Esta
os 2.000 e os 8.000 ciclos por produção de energia eléctrica ou
segundo (2 – 8 MHz). A uma freq. voltagem, pela aplicação de uma
2MHz é geralmente possível compressão mecânica, é
visualizar ecos de interfaces conhecida como
separadas por aprox. 1mm. EFEITO-PIEZOELÉCTRICO
Verificou-se também o inverso:
A frequência de um som não quando um elemento
interfere com a sua velocidade piezoeléctrico é atravessado por
de propagação num meio, que é uma corrente eléctrica, muda
constante nesse meio, para rapidamente de dimensão e entra
qualquer frequência de vibração. em vibração.
Num tecido mole (ex. tecido Ao vibrar produz áreas
cardíaco), a velocidade (v) é alternadas de rarefacção e
quase sempre constante, sendo compressão das moléculas do
de aprox. 1,540m/s. meio envolvente - as ondas de
Para se encontrar um som.
comprimento de onda (λ) de um A energia sonora produzida
transdutor com frequência (f) de propaga-se sob a forma de um
3,0MHz (3.000 ciclos/s): feixe cilíndrico que
λ = v / f → 1,540m/s / posteriormente diverge:
3.000ciclos/s = 0.51mm ✓ CAMPO PROXIMAL
Quanto menor for o λ, mais ✓ CAMPO DISTAL
pequeno pod A forma no feixe de ultra-sons e a
Os sons constituídos por distância a que se dispersam é
frequências altas têm menos importante no estudo cardíaco.
capacidade de penetração num Quanto mais estreito for o feixe,
meio, mas têm a possibilidade de melhor será a resolução lateral,
originar ecos distintos de diminuindo a ambiguidade da
estruturas muito próximas umas origem dos ecos, tornando-se o
das outras (mm). feixe de ultra-sons mais intenso
Característica fundamental em → ecos mais fortes!
Ecocardiografia!
(grande resolução de imagem) REFLEXÃO
Quando o feixe de ultra-sons
ORIGEM DOS ULTRA-SONS encontra superfícies reflectoras
sucessivas, parte da energia é
reflectida e parte prossegue para

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além desse obstáculo – de ultra-sons, dependendo da


TRANSMISSÃO largura do mesmo (em função do
No corpo humano o tecido ósseo t a m a n h o d o t r a n s d u c t o r,
absorve quase a totalidade da frequência e focagem).
energia ultra-sónica e o pulmão é ). Resolução axial – capacidade
um mau condutor pelo que ao de distinguir pontos colocados ao
estudar o coração temos de nos longo do feixe de U.S (um atrás
“desviar” destas estruturas… do outro) Depende do
A onda reflectida regressa em comprimento de onda (ou
direcção à fonte emissora à frequência) e da duração do
mesma velocidade da onda impulso transmitido (quanto
emitida. Como na óptica, o menos ciclos por impulso, melhor
ângulo de reflexão é igual ao a resolução
ângulo de incidência.
FENÓMENO DE RESOLUÇÃO (temporal)
BACKSCATTERING – permite Temporal (ou frame rate): é a
receber imagens de estruturas capacidade do sistema detectar
em que os feixes de ultra-sons alvos em movimento ao longo do
não incidem perpendicularmente tempo. É dependente de quanto
(ecos menos intensos). tempo é necessário para
completar o scan. É um factor
RESOLUÇÃO importante em estruturas, como
Considera-se RESOLUÇÃO a por exemplo, as válvulas
capacidade de distinguir entre cardíacas que têm altas
dois objectos que se encontram velocidades.
mto próximos. Nota: A resolução
(ex: um ultra-som com a temporal é a principal
frequência de 2 MHZ razão pela qual o Modo-M
permite obter ecos ainda é útil. Com
distintos de dois pontos varrimentos de
distantes em 1 mm). 1.000 a 2.000
imagens/s (mto
RESOLUÇÃO (espacial) superior à o 2D)
Como a ecocardiografia é uma
técnica de imagem dinâmica, a TRANSDUCTOR
resolução tem no mínimo 2 Instrumento que engloba o
componentes: Espacial e elemento piezo-eléctrico
Temporal (quartzo, sal de Rochelle, sulfato
Espacial : distância mínima lítio ou cerâmicas polarizada -
possível para que o sistema materiais com características
distinga entre 2 objectos. piezo -eléctricas).
Pode ser axial ou lateral Características mais importantes:
Resolução lateral – capacidade frequência e a duração do
de distinguir pontos colocados impulso que condicionam a
lateralmente em relação ao feixe penetração e resolução.

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ESCOLHA DO Incidências Ecocardiográficas


TRANSDUCTOR ► Paraesternal
Frequências mais elevadas Longitudinal ou Eixo
(2,25; 3; 3,5 e 5 MHz) melhoram Longo (PEEL);
a resolução axial. ► Paraesternal
A contrapartida, desta melhoria Transversal ou Eixo Curto
da resolução, é uma menor (PEEC);
capacidade de penetração do ► Paraesternal Eixo
feixe de ultra-sons. Longo - Câmara de
A penetração do feixe é mais Entrada do Ventrículo
importante (para ser possível Direito (PEEL - CEVD);
atingir todas as estruturas ► Paraesternal Eixo
cardíacas). Longo – Artéria Pulmonar
Adultos – 2,25 a 3,5 MHz (PEEL - AP);
Crianças - 5 MHz ► Apical 4 Câmaras
(A4C);
O exame ► Apical 5 Câmaras
ecocardiográfico (A5C);
Planos de aquisição de ► Apical 2 Câmaras
imagem (A2C);
► Apical 3 Câmaras
Iniciar o exame (A3C);
Recolha de dados: ► Subcostal (SC);
• Peso; ► Subcostal Eixo Curto
• Altura; (SCEC);
• Informação clínica (requisição ► Supraesternal (SE);
médica e/ou informação ► Supraesternal Eixo
prestada pelo utente); Curto (SEEC).
• Explicação do exame;
• Posicionamento do utente em
decúbito lateral esquerdo;
• M o n i t o r i z a ç ã o
eletrocardiográfica ;
• Escolha do transdutor
.
Exame - Otimização da Imagem
Imagem vs imagem harmónica
Ganhos gerais (contraste)
Rampa de ganhos laterais (Time/
depth gain compensation)
Profundidade
Frame rate
Focagem PEEL
Zoom Sonda é colocada ao nível do 3º,
4º ou 5º espaço intercostal,

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perpendicular ao tórax do PEEC ao nível da Válvula


paciente no bordo esquerdo do Mitral
esterno, com a marca a apontar RV – Ventrículo direito;
para o ombro direito do doente. LV – Ventrículo esquerdo; ▪
AMVL – Folheto anterior da
válvula mitral;
PMVL – Folheto posterior da
válvula mitral.
PEEC ao nível dos Grandes
▪ ISV – Septo interventrricular; Vasos
▪ RV – Ventrículo direito; RV – Ventrículo direito;
▪ LV – Ventrículo esquerdo; PV – Válvula pulmonar;
▪ RCC – Cúspide coronária RCA – Artéria coronária
direita; direita;
▪ NCC – Cúspide não coronária; TV – Válvula tricúspide;
▪ aML – Folheto anterior da PA – Artéria pulmona
válvula mitral; LMCA – Tronco da artéria
▪ pML – Folheto posterior da coronária esquerda;
válvula mitral; R/RCC – Cúspide coronária
▪ IL – Parede inferolateral; direita;
▪ LA – Aurícula esquerda; L/LCE – Cúspide coronária
▪ dAo – Aorta descendente. esquerda;
Com a sonda colocada no plano N/NCC – Cúspide não
paraesternal eixo longo, realizase coronária;
uma rotação de 90º em sentido RA – Aurícula direita;
horário, com a marca a apontar LA – Aurícula esquerda.
para o ombro esquerdo do PEEL - CEVD
paciente e com pequenos A partir da janela ecocardiográfica
movimentos de inclinação (tilt), PEEL, inclinar a cabeça da sonda
obtêm-se cortes a vários níveis. simultaneamente para baixo e para
a esquerda.
MB – Banda moderadora;
RV – Ventrículo direito;
CS – Seio coronário;
PL – Folheto posterior da
válvula tricúspide;
AL – Folheto anterior da
RV -Ventrículo direito; válvula tricúspide;
LV- ventriculo esquerdo RA – Aurícula direita;
PMPM- músculo papilar TV – Válvula tricúspide;
postero mediano. IVC – Veia cava inferior;
ALPM- músculo papilar EV – Válvula de Eustáquio;
antero-lateral SVC – Veia cava superior

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PEEL - AP ▬ A partir da janela apical de 4C


▬ A partir da janela ecocardiográfica realizar uma rotação anti-horário
PEEL, inclinar a cabeça da sonda na entre aproximadamente 60º e 90º.
direção acima desse mesmo plano.
▪ PV – Válvula pulmonar; ▪ PA –
Artéria pulmonar.
A4C
▬ Colocar a sonda no 5º espaço
intercostal (“na região do choque de
ponta”), na linha médio-axilar, com a
marca apontada para a marquesa
(180º) LV – Ventrículo esquerdo;
. ▪ LAA – Apêndice auricular esquerdo;
▪ LA – Aurícula esquerda;
▪ RA – Aurícula direita;
▪ IW – Parede inferior;
▪ AW – Parede anterior;
▪ CS – Seio coronário;
▪ A2/A1 – Segmentos A2 e A1 do
▪ RV – Ventrículo direito; folheto
▪ LV – Ventrículo esquerdo; anterior da válvula mitral; ▪ P3 –
▪ MB – Banda moderadora; ▪ VAS – Segmento P3 do
Septo auriculoventricular; A3C
▪ RA – Aurícula direita; A partir da janela apical de 2C
▪ VS – Septo interventricular; realizar uma rotação anti-horário
▪ LW – Parede lateral; entre aproximadamente 60º e 90º,
LA – Aurícula esquerda; com possível necessidade de
“tilt” anterior.
A2/A3 – Segmentos A2 e A3
do folheto anterior da válvula ▪ RVOT – Câmara de saída do
mitral; ventrículo direito;
P1/P2 – Segmentos P1/P2 do ▪ Ao – Aorta;
folheto posterior da válvula ▪ LA – Aurícula esquerda;
mitral. ▪ LV – Ventrículo esquerdo;
A5C ▪ PML – Folheto posterior da válvula
A partir da janela apical de 4C mitral; ▪ AML – Folheto anterior da
realizar um tilt (inclinação) anterior. válvula mitral; ▪ AV – Válvula aórtica.
RV – Ventrículo direito Incidências Ecocardiográficas – SC
LV – Ventrículo esquerdo; ▬ Posicionar o paciente em
LVOT – Câmara de saída do decúbito dorsal e colocar a sonda
ventrículo esquerdo; abaixo do apêndice xifóide com a
Ao – Aorta; marca direcionada para a esquerda
RA – Aurícula direita; do paciente.
LA – Aurícula esquerda; ▪ RV – Ventrículo direito;
A2C ▪ LV – Ventrículo esquerdo;

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▪ RA – Aurícula direita; ▪ LA – MEDIÇÕES E CÁLCULOS


Aurícula esquerda; MEDIÇÕES DE CAMARAS
Incidências Ecocardiográficas – CARDÍACAS:
SCEC Aorta (Ao) e Auricula Esquerda (AE)
▬ A partir da janela subcostal, Raiz da Aorta:
aplicar ligeira rotação antihorário e Medição feita em tele-diástole (onda
ligeiros “tilt” para obtenção dos Q no ECG), do eco mais anterior da
vários cortes transversais: parede anterior da raiz da Ao ao eco
• Ao nível dos grandes vasos; mais anterior da parede posterior da
• Ao nível da válvula mitral; mesma:
Ao nível dos músculos papilares Abertura da válvula aórtica:
Incidências Ecocardiográficas – Com o cursor na extremidade das
SE cúspides aórticas
▬ Com o paciente em decúbito No inicio da abertura da válvula
dorsal e com a cabeça inclinada aórtica (“box”), do eco mais anterior
simultaneamente para trás e para a ao eco mais posterior da mesma
esquerda, colocar a sonda no Aurícula esquerda:
manúbrio com a marca a apontar Medição feita no tele-sístole (fim da
para o ombro esquerdo, com onda T, no ECG), do eco anterior
possível necessidade de inclinação correspondente à parede da Aorta
do corpo da sonda na direção do ao eco mais anterior da parede
ombro direito. posterior da AE:
MODO-M: A VÁLVULA MITRAL
▪ RPA/pa – Artéria pulmonar direita;
Cursor na extremidade dos folhetos.
▪ 1 – Tronco braquio-cefálico;
O folheto anterior abre em M e o
▪ 2 – Artéria carótida esquerda; ▪ 3 – posterior em espelho ou seja em W
Artéria subclávia esquerda; ▪ D – (na válvula sem patologia e em ritmo
Arco aórtico. sinusal).
Incidências Ecocardiográficas – D – Final da sistole imediatamente
SEEC antes da abertura dos folhetos
▬ A partir da janela ecocardiográfica E – Abertura máxima do folheto
SE, realizar rotação horária até à anterior
posição das 05 horas. F – Pressão na AE = Pressão no VE
▪ SVC – Veia cava superior; A – Re-abertura dos folhetos pela
▪ Ao – Aorta; contracção auricular
▪ RPA – Artéria pulmonar direita; ▪ LA B - Inicio da sístole (habitualmente
– Aurícula esquerda; não visivel)
Incidências Ecocardiográficas – SE C – Encerramento completo (que
para visualização da Veia Cava ocorre apenas após o inicio da
Superior sistole)
▬ Colocar a sonda próxima da base Distância E-septo: É um parâmetro
do músculo esternocleidomastoideu de avaliação da função ventricular
direito, com a marca a apontar para esquerda. É medido desde o ponto
as 11 horas. mais anterior do folheto anterior da

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válvula mitral ao ponto mais FUNÇÃO SISTÓLICA


posterior do SIV VENTRICULAR ESQUERDA
MEDIÇÕES DE CAMARAS A medição da cavidade interna do
CARDÍACAS: Ventrículo Esquerdo VE permite avaliar diversos
(VE) parâmetros da função ventricular
esquerda
Ventrículo Esquerdo: Outro parâmetro empregue para
Cursor colocado logo abaixo dos avaliação da função ventricular
folhetos da válvula mitral esquerda é, como já foi referido
Medição sistólica apenas da anteriormente, a distância E-septo.
cavidade interna do VE:
FUNÇÃO VENTRICULAR
Medida do eco mais posterior do SIV ESQUERDA
ao eco mais anterior da parede Parâmetros da função ventricular
posterior. esquerda avaliados pela medição
Medição diastólica - SIV, dimensão da cavidade interna do VE:
da cavidade interna e parede Fracção de encurtamento
posterior - feita na tele-diástole Fracção de ejecção (cálculo
(sobre o QRS do ECG): indirecto quando medida por Modo-
SIV: Feita do eco mais anterior do M)
SIV ao eco mais posterior do mesmo Stroke Volume, Débito Cardíaco e
Cavidade interna: Do eco mais Débito Cardíaco indexado
posterior do SIV ao eco mais Fracção de Encurtamento do VE
anterior da parede posterior (%) percentagem de encurtamento a
Parede posterior (endocárdio): do que a cavidade esquerda é sujeita
eco mais anterior desta ao epicárdio com a sístole. Obtida pela fórmula:
MEDIÇÕES DE CAMARAS DIVEd – DIVEs x 100
CARDÍACAS: Ventrículo Direito (VD) DIVEd
A parede anterior do VD é de difícil em que: DIVEd = dimensão interna
medição, pela pouca resolução entre do VE em telediástole
a parede do esterno e o epicárdio da DIVEs = dimensão interna do VE
parede anterior do VD. em telesístole
A cavidade interna do VD é medida Na presença de cardiopatia
na telediástole (onda Q no ECG), isquémica este cálculo pode não ser
desde o eco correspondente ao representativo da verdadeira função
endocárdio ao eco mais anterior do Fracção de Ejecção do VE (%)
SIV. percentagem de volume diastólico
A SABER: que o ventrículo esquerdo consegue
- Máximas dimensões do VD, VE, ejectar com a sístole. Obtida pela
AE, raiz da Ao, SIV e PPVE. fórmula:
- Fr.Enc.;
- Menor abertura da válvula DIVEd2 – DIVEs2 x 100
aórtica DIVEd2
- Distância E-Septo em que: DIVEd = dimensão interna
do VE em telediástole

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DIVEs = dimensão interna do VE Ponto E pouco amplo, com onda A


em telesístole de grande amplitude. Está associado
a um aumento da pressão
Na presença de cardiopatia telediastólica do VE
isquémica este cálculo pode não ser Encerramento precoce da válvula
rep mitral
S t r o k e Vo l u m e ( S V ) , D é b i t o Redução da abertura da VAo ou
cardíaco (DC) e Débito Cardíaco semi-encerramento progressivo da
Indexado (DCI) – podem ser válvula durante a ejecção (sinal de
calculados usando os volumes baixo débito
derivados do Modo-M.
Stroke Volume (volume de ejecção): FUNÇÃO SISTÓLICA
SV = VTD – VTS em que: VTD – VENTRICULAR DIREITA AVALIADA
Volume telediastólico do VE POR MODO-M
VTS – Volume telesistólico do VE Função sistólica ventricular direita:
Dimensão da cavidade ventricular (<
Débito cardíaco: a 26mm)
DC = SV x FC Avaliação do espessamento da
1000 parede livre do VD
em que: SV - Stroke Volume (volume Factores que afectam as medições
de ejecção) Superfície corporal do doente
FC - Frequência cardíaca Posicionamento do doente (decúbito
dorsal ou lateral, afecta
principalmente o VD)
Débito Cardíaco Indexado (DCI): Posição do transdutor no tórax
DCI = DC (perpendicularidade)
SC Respiração (> FR < dimensões);
em que: DC – Débito Cardíaco Frequência cardíaca; Ritmo
SC – Superfície Corporal (m2) cardíaco…
Avaliação pelo parâmetro distância Alguns valores…
E-septo: Fracção de encurtamento >
A distância poderá estar aumentada 28%
devido a dois parâmetros: Fracção de Ejecção > 50%
Dilatação do VE (indicador de Volume de Ejecção (Stroke
função ventricular esquerda volume):
diminuída) o Normal – 75 a 100 ml
Diminuição da abertura da válvula Índice Massa Ventricular (g/
mitral – declive EF diminuído - por m2) até 134 g/m2 – Homem
diminuição do débito transvalvular 110 g/m2 – Mulher
mitral (corrigido pela superfície corporal)
FUNÇÃO VENTRICULAR
ESQUERDA M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M
Outros indicadores indirectos da BIDIMENSIONAL
função ventricular esquerda: MEDIÇÕES DOS GRANDES
VASOS:
Artéria Aorta
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Anel aórtico Anel Pulmonar medido em sístole


Seios de valsalva em PEEsqdº - EC ao nível dos
Junção sinotubular grandes vasos.
Aorta ascendente M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M
Crossa da Aorta BIDIMENSIONAL – Válvula Mitral
Aorta descendente Planimetria da válvula mitral (medida
Artéria Pulmonar directa e não invasiva do orifício
Tronco da artéria valvular mitral):
Ramos esquerdo e direito da Em PEEsqdº - EC, ao nível da
artéria pulmonar válvula mitral
Veia Cava Inferior Imagem parada em diástole,
Veia supra-hepática abertura máxima
M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M Limitações desta técnica:
BIDIMENSIONAL – Artéria Aorta Exige prática do operador
Anel aórtico, Seios de Valsalva e Imagem muito bem definida
junção sino-tubular são medidas em M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M
PEEsqdº - EL. Todas as medições BIDIMENSIONAL – Auriculas Esqdª
são feitas da parede anterior à e Dtª
parede posterior. Medições feitas em Apical 4C:
Crossa da Ao e Ao descendente são Eixo longitudinal – medição feita do
medidas em supraesternal anel à parede posterior da AE ou AD
M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M Eixo transverso – medição feita do
BIDIMENSIONAL – Artéria Pulmonar SIA até à parede livre da AE ou AD
Anel pulmonar, tronco da pulmonar e Área da AE – contorno da AE
ramos direito e esquerdo da mesma excluindo as entradas das veias
são medidos em PEEsqdº - EC, ao pulmonares (valor normal <20cm2)
nível dos grandes vasos. A medição transversa da AE
M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M corresponde à medição
BIDIMENSIONAL – Anéis valvulares habitualmente feita em Modo-M
Anel Mitral e Tricúspide M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M
Medidos em mesodiástole BIDIMENSIONAL – Função Sistólica
Medidos em Apical 4C (o anel mitral Ventricular E
também pode ser medido em Ap 3C Em Apical 4C e/ou Apical 2C
e 2C) Volume telediastólico
M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M Volume telesistólico
BIDIMENSIONAL – Câmara de Fr.Ej.(%) = VTD – VTS x 100
saída do VE VTD
Anel Aórtico (Câmara de saída do em que: VTD = volume telediástolico
VE) : do VE
medido em PEEsqdº - EL na zona VTS = volume telesístolico do VE
de inserção das cúspides
M E D I Ç Õ E S F E I TA S E M Na presença de cardiopatia
BIDIMENSIONAL – Válvula isquémica este cálculo deverá ser
pulmonar feito nos dois planos

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