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Biofísica da visão
1. Onda eletromagnética, luz e espectro
eletromagnético................................................................ 3
2. Conceitos básicos de óptica................................... 6
3. Difração e interferência..........................................12
4. Lentes delgadas........................................................13
5. Olho humano..............................................................18
6. Principais elementos do olho humano.............19
7. Fototransdução..........................................................25
8. Formação da imagem.............................................26
9. Acomodação...............................................................27
Desordens da visão
1. Emetropia.....................................................................30
2. Ametropias..................................................................31
3. Miopia (ou braquiometropia)................................31
4. Hipermetropia............................................................32
5. Astigmatismo.............................................................34
6. Presbiopia....................................................................36
7. Daltonismo..................................................................39
8. Catarata........................................................................41
Referências bibliográficas .........................................43
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 3
1. ONDA
SE LIGA! O calor de uma fogueira, a luz
ELETROMAGNÉTICA, do Sol, os raios X usados em exames de
LUZ E ESPECTRO imagem e também a energia usada para
ELETROMAGNÉTICO aquecer alimentos em um micro-ondas
são, todos, formas de radiação eletro-
Duas teorias tentaram explicar a natu- magnética. Embora essas formas de
reza da luz. Primeiro, Newton propôs energia pareçam muito diferentes umas
das outras, elas estão relacionadas, uma
a Teoria Corpuscular segundo a qual vez que todas exibem propriedades de
a luz era composta por pequenos cor- ondas.
púsculos que seriam ejetados das fon-
tes luminosas com grande velocidade.
Essa teoria explicava adequadamen- As ondas eletromagnéticas consis-
te determinados comportamentos do tem, na verdade, em 2 ondas que
feixe luminoso, tais como a igualdade oscilam perpendicularmente entre si.
dos ângulos de incidência e de refle- Uma das ondas é um campo mag-
xão e a propagação retilínea do raio de nético oscilante, a outra é um cam-
luz que trafega no meio homogêneo. po elétrico oscilante. A radiação ele-
tromagnética, ao contrário de ondas
Todavia, a descoberta dos fenômenos mecânicas (ex.: ondas sonoras), não
de difração e da interferência lumino- necessita de um meio material para
sa fez com que Huygen, De Broglie e se propagar. No vácuo, as ondas ele-
outros propusessem a Teoria Ondu- tromagnéticas se propagam a uma
latória. De acordo com essa concep- velocidade de 300.000 km/s, inde-
ção, a luz seria uma onda de natureza pendentemente do referen-
eletromagnética e que se propagaria cial utilizado na
com velocidade constante no vácuo. medida.
Hoje, admite-se que sua natureza é
simultaneamente corpuscular e on-
dulatória. Assim, cada fóton é uma
LUZ
Natureza
2 campos oscilantes
perpendicularmente
Onda eletromagnética
Não necessita de um C = 300.000 km/s
meio para se propagar
Frequência (f)
Equação resultante
Comprimento
de onda (λ)
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 6
2. CONCEITOS BÁSICOS
DE ÓPTICA
Refração da luz
A superfície que separa dois meios
transparentes é chamada de superfí-
cie dióptrica. A refração é a mudança
ou desvio de direção do raio lumino-
so ao penetrar obliquamente em um
meio de índice de refração diferente
do meio anterior. Se o raio penetra
perpendicularmente, não há refração.
Em ambos os casos, a velocidade é
Figura 4. Refração da luz. Fonte: https://alunosonline.
diferente nos dois meios. uol.com.br/fisica/leis-refracao.html
SAIBA MAIS!
A refração é frequentemente vista quando se coloca um bastão na água, ou quando um jato
de luz travessa plásticos transparente que fluorescem. O desvio é perfeitamente visível.
Meio A Meio A
Meio B Meio B
Reflexão
total
Figura 7. Reflexão interna total (θc – Ângulo limite máximo). Fonte: http://demonstracoes.fisica.ufmg.br/artigos/
ver/84/7.-Reflexao-Total
SAIBA MAIS!
Existem importantes aplicações da reflexão interna no campo das fibras ópticas, que são fios
longos, finos e flexíveis de vidro ou de plástico transparente. A luz que entra numa extremi-
dade vai sofrendo reflexões internas totais na parede da fibra, sem escapar da mesma, até
atingir a outra extremidade. Um feixe contendo milhares de fibras, cada uma com diâmetro
de cerca de 20 μm pode ser usado para visualizar objetos localizados dentro de cavidades.
Assim, as fibras ópticas são usadas em Medicina para examinar, por exemplo, o estômago de
um paciente. Um feixe de fibra óptica lhe é introduzido no estômago, juntamente com uma
fonte de luz que ilumina suas paredes. A presença de lesões pode ser detectada examinan-
do-se a imagem formada pela luz que volta sofrendo as reflexões internas totais.
Luz branca
Vermelho
Alaranjado
Amarelo
Verde
Azul
Anil
Violeta
Figura 8. Dispersão da luz. Fonte: https://www.vestibular.com.br/
dica/a-decomposicao-da-luz-branca-e-suas-cores-originarias/
SAIBA MAIS!
As cores são resultadas da reflexão nos objetos. A cor que você observa nos objetos corres-
ponde a cor não absorvida por ele, ou seja, a cor que ele refletiu, todas as outras são absorvi-
das por ele. Todas as cores juntas correspondem a luz branca, portanto, se você observa um
objeto com a cor vermelha sob a luz do sol que é branca, quer dizer que este corpo absorveu
todas as cores exceto a vermelha. No caso de este mesmo objeto ser iluminado com luz
amarela, você não verá mais a cor dele como vermelha e sim como preta, tendo em vista que
o preto é a ausência de cor. Isto acontece porque esse objeto só consegue refletir as ondas
correspondentes a cor vermelha, e na luz amarela, diferentemente da luz do Sol, não há ver-
melho. Sendo assim, objeto não refletirá luz nenhuma.
3. DIFRAÇÃO E
INTERFERÊNCIA
A difração consiste no contorno
de obstáculos devido à trajetó-
ria do pulso. Quando a luz atra-
vessa um orifício pequeno ou
em uma fenda muito estreita,
a trajetória dos raios luminosos
sofre um encurtamento. Quan-
do se olha uma lâmpada atra-
vés de uma pequena fenda en-
tre os dedos, observa-se uma
sucessão de finas zonas claras
Figura 12. Difração da luz. Fonte: https://brasilescola.uol.
e escuras, devido à difração. com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-difracao.htm
As ondas luminosas podem
sofrer interferência. Esse fe-
nômeno ocorre quando duas
ondas luminosas se encon-
tram simultaneamente no Onda
mesmo ponto do espaço. incidente
Quando se somam duas cris-
tas ou dois vales, há reforço
ou interferência construtiva,
obtendo uma onda de maior
amplitude; quando se somam
uma crista e um vale iguais,
há anulação ou interferência
destrutiva.
Na imagem acima, observa-
-se a incidência de luz mo-
nocromática na fenda S0 do Figura 13. Interferência da luz. Fonte: Halliday e Resnick,
2008, p.82
anteparo A, onde a luz é espalhada
(sofre difração) após atravessá-la. A
seguir, as ondas luminosas incidem duas ondas esféricas que se propa-
sobre as fendas S1 e S2 do anteparo gam com uma relação de fase cons-
B. A luz, ao atravessar essas fendas, tante (coerência), uma vez que são
sofre uma nova difração formando oriundas na mesma fonte S0. Logo,
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 13
Tipos
Mudança de velocidade
Parte da energia
é retida na superfície
que a luz incide
Percurso FENÔMENOS
Não há desvio Refração Absorção
perpendicular DA LUZ
Não há raios refratos
nem refletidos
Índice de refração (n)
Encontro de ondas em
A luz contorna objetos um mesmo ponto
Construtiva
Tipos
Destrutiva
4. LENTES DELGADAS
As lentes fazem parte de todos os de um modo geral, são feitas de vidro,
instrumentos ópticos (projetor de dia- plástico ou quartzo – meios nos quais
positivos, câmera fotográfica, lupa, ocorre a refração.
microscópio óptico, óculos, o próprio
olho). Com exceção dos elementos As lentes podem ser convergentes
oculares que funcionam como lentes, (positivas) ou divergentes (negati-
no mecanismo de refração do olho, vas). As lentes convergentes são
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 14
Lentes convergentes
Plano – Côncavo
Biconvexa convexa - convexa
Lentes divergentes
Plano - Convexo -
Bicôncava côncava côncava
O eixo óptico é definido pela reta que de que qualquer raio luminoso que se
passa pelo centro geométrico O da origina nele – lente convergente – ou
lente e é perpendicular a suas super- se dirige para ele – lente divergente –
fícies nos pontos de intersecção. O após a refração, torna-se paralelo ao
ponto focal primário (F) ou simples- eixo óptico. A distância do foco à len-
mente foco é um ponto situado sobre te é chamada de distância focal (f).
o eixo óptico e possui a propriedade
F óptico óptico F
f f
Figura 17. Ponto focal primário F, eixo óptico e distância focal das lentes convergente e divergente. Fonte: OKUNO,
Emico; IBERÊ, L. Caldas e CHOW, Cecil. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas; Editora Harbra LTDA.
Além disso, as lentes delgadas pos- que qualquer raio incidente paralelo
suem um outro foco, chamado de pon- ao eixo óptico, após ser refratado pela
to focal secundário F’, do lado oposto lente, ou converge para ele – lente
ao foco F e de igual distância focal. convergente – ou diverge dele – lente
Esse ponto possui a propriedade de divergente.
Ponto focal
secundário
Eixo Eixo
óptico óptico
f f
Figura 18. Ponto focal secundário F’, eixo óptico e distância focal das lentes convergente e divergente. Fonte: OKU-
NO, Emico; IBERÊ, L. Caldas e CHOW, Cecil. Física para Ciências Biológicas e Biomédicas; Editora Harbra LTDA.
Os raios que chegam à lente não são • Raios paralelos ao eixo óptico, se
paralelos entre si. Nesse caso, pode- refratam e passam pelo foco;
-se construir uma imagem usando
• Raio que passam pelo centro ópti-
apenas 2 raios, a escolher entre 3,
co sem sofrer desvio;
que são:
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 16
LENTES
Tipos Elementos
DELGADAS
Convergência
Mais espessas (ou vergência)
no centro Reta perpendicular ao
centro geométrico da lente
Capacidade de desviar
Os raios convergem os raios por difração
para o foco Ponto focal
primário (ou foco)
Medido em dioptrias (D)
Divergentes
Distância focal
Mais espessas
nas bordas
Entre a lente e o foco
Os raios se afastam
a partir do foco
Ponto focal secundário
Oposto ao foco
SE LIGA! A partir da fórmula de vergência, podemos
concluir que quanto menor a distância focal, maior a
capacidade da lente de desviar os feixes de luz. Mesma distância
focal do primário
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 18
Imagem
na retina
Objeto
Informação
ao cérebro
Figura 22. Na formação de uma imagem no olho, o estímulo externo produz potenciais de ação na retina que são
transmitidos ao cérebro para serem interpretados. Fonte: DURAN, Jose Henrique Rodas. Biofísica: fundamentos e
aplicações. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda, 2006.
SAIBA MAIS!
Os insetos e os crustáceos possuem um tipo de olho especial, chamado de olho composto. O
olho composto é um órgão constituído por um número grande de pequenas facetas recepto-
ras da luz. Cada face é denominada omatídio. Essas facetas ou protuberâncias da membrana
celular contêm fotopigmentos, que absorvem fótons de luz.
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 19
Figura 23. Diagrama esquemático das estruturas internas do olho humano. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histo-
logia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
SAIBA MAIS!
Quando uma pessoa se encontra dentro d’água, a córnea, em contato com a água, tem seu
poder de focalização diminuído, uma vez que o índice de refração da córnea (1,38) é quase
igual ao da água (1,33).
SAIBA MAIS!
A ativação dos músculos ciliares se faz através das fibras parassimpáticas do nervo oculomotor.
SAIBA MAIS!
O músculo radial está sob o controle motor do sistema simpático. Quando esse nervo é es-
timulado, o diâmetro da pupila aumenta (midríase). Por outro lado, a estimulação parassim-
pática promove a contração das fibras do músculo esfíncter, reduzindo o diâmetro pupilar
(miose). O diâmetro da pupila é visto aumentado de 10 a 12,5% em virtude do efeito refrator
da córnea.
SAIBA MAIS!
A íris não responde instantaneamente a variações de intensidade luminosa. Cerca de 5 segun-
dos são necessários para ela se fechar ao máximo e 300 segundos para se abrir ao máximo.
A grande cavidade que se situa por hialurônico. Como seu índice de refra-
trás do cristalino contém o humor ví- ção é quase igual ao do cristalino, ele
treo. Este é um fluido gelatinoso, mui- mantém os raios luminosos no curso
to transparente, que preenche todo estabelecido pela lente.
o espaço entre o cristalino e a reti-
na e sua composição se assemelha
à do líquido extracelular. Todavia, é
rico em fibras colágenas e em ácido
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 22
Músculos: seis no
total para controlar o
movimento do olho
Fóvea
Córnea: tecido Disco
conjuntivo óptico
protege o olho Humor vítreo:
líquido que
enche o olho
Íris
Pupila
Figura 24. Corte esque-
mático do olho humano. Humor aquoso:
Fonte: DURAN, Jose líquido na
Henrique Rodas. Biofísica: frente do olho
fundamentos e aplicações. Esclera
São Paulo: Pearson Educa- Córnea
tion do Brasil Ltda, 2006. Lente
SAIBA MAIS!
A produção e a eliminação do humor aquoso são muito maiores do que as do humor vítreo. O
humor aquoso é drenado das câmaras oculares para as veias, por meio do canal de Schlemm,
situado no corpo ciliar. O volume do humor aquoso determina a pressão intraocular. O au-
mento dessa pressão, geralmente produzido pela dificuldade drenagem pelo canal, caracteri-
za um quadro patológico grave, conhecido como glaucoma. A pressão intraocular aumentada
dificulta a irrigação sanguínea da retina e, assim, pode levar à cegueira por destruição das
células sensoriais da retina.
Epitélio
pigmentado
Córnea Célula
ganglionar
Retina Célula
Ponto de
bipolar
fixação
Luz
Fóvea
Fóvea
Fotorreceptor
Cristalino
Nervo
Epitélio óptico
pigmentado
SAIBA MAIS!
O ser humano utiliza constantemente a fóvea para conseguir uma visão mais detalhada, mo-
vendo o globo ocular para manter a imagem nessa pequena área circular da ordem de 0,3
mm de diâmetro.
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 24
Conversão da luz em
impulso elétrico para
OLHO interpretação no SNC
HUMANO
Responsáveis pela
fototransdução
Cobre a superfície
interna do olho
n = 1,37 Principais estruturas Cones
Presença das células
fotorreceptoras
Lente convexo -
Córnea Retina Bastonetes
côncava
Fluido gelatinoso
e cristalino
Responsável pela maior Concentram–se
parte da focalização da
luz na retina na fóvea
Ocupa a grande
cavidade entre o cristalino
e a retina
Fluido claro
Humor vítreo
Mantém a pressão do
Humor aquoso
olho em 15 mmHg
Membrana móvel
Fornece nutrientes à
Íris
córnea e ao cristalino
Determina a
cor do olho
Sustentado pelos
ligamentos suspensores
Controla a entrada
de luz no olho Miose
Lente biconvexa Cristalino
Alteração no
Sua forma pode Midríase
Mecanismo de *SNC = Sistema diâmetro da pupila
ser alterada pelos
músculos ciliares acomodação Nervoso Central
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 25
Segmento
externo Membrana
plasmática
Segmento
externo
Cílios
Mitocôndria
Segmento Segmento
interno interno
Núcleo
Terminal Terminal
sináptico sináptico
Bastonete Cone
Figura 26. Estrutura do cone e do bastonete. Fonte: AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4. Ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2012
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 26
LUZ
+
Alteração do potencial
Reações nas células visuais elétrico através da
membrana celular
Moléculas
de rodopsina
• Interface córnea-humor aquoso
• Interface humor aquoso-cristalino
8. FORMAÇÃO DA IMAGEM
• Interface cristalin-humor vítreo.
O mecanismo de formação da imagem
é a refração da luz. Sob condições fi-
siológicas, as quatro superfícies refra- Para facilitar o estudo do olho hu-
toras principais do olho humano são: mano, admite-se que o todo o poder
convergente dele está situado na in-
• Interface ar-córnea
terface ar-córnea.
Figura 27. O olho como câmera. Os números são os índices refrativos. Fonte: HALL, John E.. Tratado de Fisiologia
Médica: Guyton e Hall. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1176 p
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 27
SAIBA MAIS!
A córnea é construída como um segmento de círculo cujo raio de curvatura vale 5 mm e seu
centro de curvatura equivale ao centro óptico ou ponto nodal do olho (N). Nota-se que os
raios que passam pelo centro óptico não sofrem desvio. O ângulo formado pelos raios que
partem das extremidade do objeto e que passam pelo centro óptico é chamado de ângulo
visual. A profundidade total do olho é de 20mm, o que significa que a retina dista 15mm do
ponto nodal.
Distância focal
Estímulo
parassimpático
Os raios luminosos Miose
convergem na retina Músculo esfíncter
da pupila
Principal superfície
Presentes na retina refratora: córnea
Estimulo simpático
Desvio do raio luminoso Midríase
Visão de cores Cones ao mudar de meio Músculo dilatador
da pupila
Modificação do
Visão no escuro Bastonetes diâmetro pupilar
Refração
Células fotorreceptoras Variação da fenda palpebral
BIOFÍSICA
Fototransdução Adaptação à luz
DA VISÃO
Imagem menor e
Acomodação Formação da imagem invertida na retina
Músculo relaxa
Varia com a idade Objetos distantes
Ponto remoto
Músculo contrai
Objetos próximos
Ponto próximo
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 30
SAIBA MAIS!
Após os 40 anos, a maioria das pessoas apresenta algum grau de presbiopia. Essa presbio-
pia dificulta a leitura de letras pequenas. Enquanto as outras pessoas precisam colocar um
óculos para ler, o míope pode tirar o óculos para ler. O míope, depois dos 40 anos, apresenta
uma boa visão de perto, ao contrário dos hipermetropes ou das pessoas sem grau nenhum
de ametropia.
Figura 32. Comparação entre um olho normal e um olho de uma pessoa com astigmatismo. Fonte: https://saudavele-
feliz.com/astigmatismo-e-miopia-como-tratar-015/
Encontro focal
Fóvea
Plano vertical
Plano horizontal
6. PRESBIOPIA
A presbiopia costuma ocorrer à me-
dida que uma pessoa envelhece e é
conhecida popularmente como “vis-
ta cansada”. Com a idade, o cristalino
vai perdendo a sua elasticidade. Com
isto, o músculo ciliar não consegue fa-
zer com que o cristalino modifique a
sua forma de modo a se adaptar para
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 37
• Síndrome de Adie
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 38
MIOPIA
Perda da focalização em determinadas direções
SAIBA MAIS!
O termo daltonismo originou-se do nome do físico e químico inglês John Dalton (1766 –
1844), que em 1794 publicou um estudo revelando que tinha dificuldade para distinguir cer-
tas cores.
SAIBA MAIS!
O diagnóstico para daltonismo deve ser feito a partir de duas abordagens distintas, mas que,
unidas, garantem um diagnóstico mais rápido e preciso – questionamento rápido envolvendo
o histórico clínico e familiar do paciente aliado a exames simples a partir de figuras coloridas.
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 40
Não há ainda tratamento para o dal- situação. Enquanto isso não acontece,
tonismo, nenhuma ferramenta que um daltônico pode viver normalmen-
seja capaz de alterar o aparecimento te, desde que tenha conhecimento
ou o curso dessa deficiência. É possí- das limitações de sua visão, como é
vel que no futuro, com a ajuda da en- o caso da distinção de cores do sinal
genharia genética, seja possível ma- de trânsito.
nipular os genes de forma a alterar a
Tipos
Herança recessiva
DALTONISMO Não há tratamento
ligada ao sexo
Defeito de
visão de cores
Causado por:
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.khanacademy.org/science/physics/light-waves/introduction-to-light-waves/a/
light-and-the-electromagnetic-spectrum
http://efisica.if.usp.br/otica/basico/prisma/dispersao/
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/reflexao-total-luz.htm
https://iorj.med.br/o-que-e-miopia/
http://gt-mre.ufsc.br/moodle/course/view.php?id=22§ion=1
https://lenscope.com.br/blog/tipos-de-astigmatismo/
OKUNO, Emico; IBERÊ, L. Caldas e CHOW, Cecil. Física para Ciências Biológicas e Biomédi-
cas; Editora Harbra LTDA.
DURAN, Jose Henrique Rodas. Biofísica: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson
Education do Brasil Ltda, 2006.
GARCIA, Eduardo A C.. Biofísica. 1 ed. São Paulo: Sarvier, 2000.
HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. 1 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 1999.
HALL, John E.. Tratado de Fisiologia Médica: Guyton e Hall. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2017. 1176 p
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan Ltda, 2016
Biofísica para biólogos / Carla Maria Lins de Vasconcelos e Eduardo Antônio Conde Garcia
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SILVEIRA, M V; BARTHEM, R B. Disco de Newton com LEDs. Rev. Bras. Ensino Fís., São
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CASARIN, Franciele Cristina Fanhani. O Daltonismo: Um exemplo de herança ligada ao cro-
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Federal do Panamá, Cruzeiro do Oeste, 2015.
CANHETO, Mónica Alexandra Robalo. Miopia e seus tratamentos. 2018. Tese de Doutorado.
Universidade da Beira Interior.
BIOFÍSICA DA VISÃO E DESORDENS DA VISÃO 44