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CONTROLE DE QUALIDADE EM ULTRASSOM

Renato Dimenstein e Bruna Grechi

Físico em Medicina ABFM


Não existe conflito de interesse nessa apresentação

There is no conflict of interest in this presentation


ULTRASSOM

A ultrassonografia é um método diagnóstico que utiliza o eco gerado


através de ondas ultrassônicas de alta frequência para visualizar, em
tempo real, as estruturas internas do organismo.

O US é produzido (e detetctado) através de transdutores


Os transdutores são elementos ceramicos.
convertem a energia eletrica em energia mecanica para produzir o US.
Para detetcçao ocorre a transformação da energia mecanica em elétrica
Bases Físicas US
• A velocidade da onda é determinada pela taxa entre a resistencia (e
compressão) do meio (B) e sua densidade (ρ)

C = √ B/ρ
c=λ.f
c = velocidade do som (m/s)
λ = comprimento de onda (m)
f = frquencia (ciclos/s)
B = m . S2
ρ = kg/m3
O range de frequências usadas 2 MHz – 15 MHz

Profundidade de
Frequência Resolução Penetração

Frequência Resolução Profundidade de


Penetração
Principais referencias de testes

AIUM
American Institute of
Ultrasound in Medicine

AAPM
The American Association of
ACRPhysicists in Medicine
The American College of Radiology
Objeto de teste contendo “Material Mimetizador de Tecidos” (TM) que
simula o tecido humano.
• Pode conter vários tipos de objetos incorporados;
• Usado para avaliar o desempenho do sistema de US diagnóstico;
• Entretanto: DEVE CONTER ESPECÍFICAS PROPRIEDADES ACÚSTICAS
Propriedades Acústicas
Velocidade do som Coeficiente de Atenuação Coeficiente Espalhamento Contraste

VELOCIDADE DO SOM

AR 330 m/s
ÁGUA 1500 m/s
GORDURA 1430 m/s
TECIDOS MOLES 1540 m/s
MÚSCULO 1620 m/s
OSSO 3500 m/s
Uretanos
Zerdine Velocidade do som = 1540 +/- 10 m/s (22° C)
Coeficiente de atenuação 0.5 a 0.7 dB/cm/ MHz
OUTROS TIPOS DE PHANTOM DE CQ

No modo Doppler, são utilizados diferentes


simuladores com dispositivos de testes
TRANSDUTOR Doppler específicos que simulem o fluxo sanguíneo
OUTROS TIPOS DE PHANTOM DE CQ

3D TRANSDUTORES
4D
CONTROLE DE QUALIDADE - US

Vistorias

Acurácia da distância (vertical e horizontal)

Profundidade máxima de visualização

Zona Morta

Avaliação e percepção de objeto anecóico


• Resolução de Contraste

Resolução espacial

Uniformidade
• Artefato
VISTORIAS
• Inspecione os transdutores com cuidado
- Condição dos cabos;
- Conector (pinos danificados, sujeira ou poeira);
- Integridade de superfície ativa;
- Higienização

• Condições gerais eletro-mecânica


• Riscos elétricos e problemas de controle de infecção
• Condições do console principal (botões funcionando)
‒ Integridade dos suportes de sonda
‒ Movimentos e bloqueios
‒ Cabos de energia
‒ Equipamentos auxiliares
Dependência Angular
Teste de Qualidade em US
Sensibilidade Contraste Geométricos Resolução Zona Morta

Os requerimentos gerais dos simuladores são quanto à capacidade de mimetizar tecidos em relação ao coeficiente de
atenuação e velocidade de propagação. Os parâmetros de testes podem auxiliar na visualização de estruturas nas diferentes
profundidades, na resolução axial e lateral e acuracidade geométrica
Teste de Qualidade em US
ACURÁCIA DA DISTÂNCIA (Vertical e Horizontal)

A distância entre refletores é conhecida (varia de phantom).


→ Medição feita com o paquímetro do equipamento

A tolerância
Distancia vertical entre ± 1,5 mm
Distância horizontal ± 2 mm ou ± 2% CIRS
TGC – “Ganho da função profundidade”

Mecanismo de compensação de ecos provenientes de estruturas mais profundas


o Responsável por homogeneizar as imagens
o Diferenciar sombra e reforço acústico
Função Ganho

G: 80 G: 90 G: 100

➢ Controlado pelo examinador


➢ Altera a escala de cinzas na imagem ultrassonográfica
o Pouco ganho: perda da ecogenicidade
o Muito ganho: saturação da ecogenicidade, com perda da discriminação das imagens
PROFUNDIDADE MÁXIMA DE VISUALIZAÇÃO

A sensibilidade quanto a profundidade máxima de visualização. até onde se


pode "ver" no paciente

A profundidade máxima de visualização


é limitada pela frequência do transdutor.
A tolerância menor do que 6 mm
TESTE ZONA MORTA
É a região que vai da superfície da sonda até o ponto que produz o eco
identificável mais próximo. Possui dependência com o instrumento e diminui
com o aumento da frequência.

As tolerâncias são:
≤ 7 mm para ν ≤ 3 MHz;
≤ 5 mm para 3 MHz < ν < 7 MHz e
≤ 3 mm para ν ≥ 7 MHz,

Uma mudança na zona morta do sistema indica a existência de um problema


na sonda, no sistema de pulsos (ou ambos).
TESTE ZONA MORTA
Teste de CQ da zona morta (ring-down or dead zone) Um grupo de refletores consistindo
de fibras é colocado em diferentes separações do topo do objeto (~ 1-8 mm)
AVALIAÇÃO E PERCEPÇÃO DE OBJETO ANECÓICO

Este teste avalia a capacidade do sistema de


detectar e exibir com precisão "objetos que
não produzem eco" (cistos) de vários
tamanhos

→Meça altura e a largura do objeto e verifique


quanto a distorção:

Image: Goodsitt et al.: Real-time B-mode ultrasound – AAPM


Resolução de Contraste
Pode-se usar objetos anecóicos, objetos ecogênicos de baixo contraste,
objetos cilíndricos 2D ou objetos esféricos 3D.

Ref. JM Thijssen et al, Utrasound in Med and Biol.


33: 460-471

Gráfico dos níveis de cinza da imagem versus o nível de eco nominal [dB].
RESOLUÇÃO ESPACIAL
Resolução axial ≤ 2 mm para frequência ≤ 4 MHz;
Resolução axial ≤ 1 mm para frequência > 4 MHz.
Resolução lateral < (3 * largura focal) / (f * D), Alterações > 1 mm

Resolução
Axial Resolução
Lateral

A resolução axial e lateral pode ser descrita de forma quantitativa pelo FWHM de um perfil
através de um alvo de filamento.

O software para esta análise geralmente não está disponível em scanners de ultrassom
Teste de Uniformidade
É definida como a capacidade do US de representar ecos da mesma magnitude e
profundidade com o mesmo brilho na tela. A tolerância sugerida é de valores
menores do que 4 dB.
UNIFORMIDADE / ARTEFATOS
Para avaliação da Uniformidade os controles TGC e outros controles de sensibilidade
devem estar ajustados para obter uma imagem mais uniforme possível

Inspecione a imagem para:


→ Listras verticais ou radiais
→ Perda de informação
→ Redução de brilho perto das bordas da digitalização
→Transições de brilho entre zonas focais
→Artefatos
FIGURE 14-53 (Continued ) C. The system uniformity module elucidates possible
UNIFORMIDADE / ARTEFATOS
tion depth for uniform response can also be determined.
UNIFORMIDADE / ARTEFATOS
• American Institute of Ultrasound
in ts, available at the AIUM web
site:
Artefatos em US
Artefatos em US

Ar Re==teste de uniformdiade
Imagens de Artefatos
Limites de Ações
Testes de US
Critérios de comparação
Probe novo 5 MHz Probe antigo 5MHz

ACR Ultrasound Accreditation Update Zheng Feng Lu Dep of Radiology University of Chicago
Programas de Acreditação

INTERNACIONAL

ACR AIUM ICAVL


American College of American Institute of Intersocietal Commission for the
Radiology Ultrasound in Medicine Accreditation of Vascular
Laboratories
NACIONAL

CBR-PADI
PADRONIZAR
CONTROLE DE QUALIDADE É PRECISO!!!
DE MONITOR

Trimestrais:
-Resposta de Luminâcia e Contraste; Uniformidade de Luminância; Resolução;
Reflexão; Ruído; Velamento por Reflexão Interna;

Imagens padrão TG18 e fotometro


PERIODICIDADE DE TESTES ACR
Sugestões de leitura

Feldman MK. US Artifacts. Radiographics 29:1179–1189, 2009.

AAPM/RSNA Physics Tutorial for Residents: Topics in US – B-mode US: Basic


Concepts and New Technology. Radiographics 23:1019–1033, 2003.

Zagzebski JA. Essentials of ultrasound physics. St. Louis, MO: Mosby, Inc., 1996.
Bushberg J.T – Essencial Physics in Medicine – ed Wolters Kluwer
AAPM REFERENCIAS
• TG316, Ultrasound modality-specific display presentation TG316,
Ultrasound consistency, in progress, chaired by Zheng Feng Lu and
James A. Zagzebski, 2018-2020
• Real-time B-mode ultrasound quality control test procedures, Report
of Ultrasound TG #1, 1998. Med Phys 25(8)
AIUM
American Institute of Ultrasound in Medicine
• AIUM Quality Assurance Manual for Gray-Scale Ultrasound Scanners, 2014.
• Routine Quality Assurance for Diagnostic Ultrasound Equipment, 2008.
• Recommended Ultrasound Terminology, Third Edition, 1996; revised 2008.
• Performance Criteria and Measurements for Doppler Ultrasound Devices:
Technical Discussion – 2nd Edition, 2007.
• Standard Methods for Calibration of 2D and 3D Spatial Measurement
Capabilities of Pulse Echo Ultrasound Imaging Systems, 2004.
IEC Referencias
• IEC/TS 62736 (2016) : Ultrasonics – Pulse-echo scanners – Simple methods for periodic testing to
verify stability of an imaging system’s elementary performance
• IEC 62563 – 1 (2009): Medical electrical equipment – Medical image display systems – Part 1:
Evaluation methods
• IEC 61391-1 Ed. 1.0 (2006): Ultrasonics – Pulse-echo scanners – Part 1: Techniques for calibrating
spatial measurement systems and measurement of systems and measurement of system point-
spread function response
• IEC 61391-2 Ed. 1.0 (2010): Ultrasonics – Pulse-echo scanners – Part 2: Measurement of
maximum depth of penetration and local dynamic range
• IEC/TC 62558 Ed. 1.0 (2011): Ultrasonics – Real-time pulse-echo scanners – Phantom with
cylindrical, artificial cysts in tissue-mimicking material and method for evaluation and periodic
testing of 3D-distributions of void-detectability ratio (VDR)
• IEC/TS 62791 (2015): Ultrasonics – Pulse-echo scanners – Low-echo sphere phantoms and
method for performance testing of gray-scale medical ultrasound scanners applicable to a broad
range of transducer types

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