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POTENCIAL ESPONTÂNEO

Mede a diferença de potenciais elétricos naturais e espontâneos (SP) na superfície do


terreno, causados por atividade eletroquímica ou mecânica.

Estas correntes elétricas naturais geradas no subsolo produzem uma distribuição de


potenciais observáveis na superfície do terreno que indicam a presença de corpo
polarizado.
 
A água subterrânea é o agente mais importante no mecanismo de geração de SP. Os
potenciais podem estar associados à presença de corpos metálicos, contatos entre
rochas de diferentes propriedades elétricas (principalmente condutividade), atividade
bioelétrica de materiais orgânicos, gradientes térmicos e de pressão nos fluidos de
subsuperfície (Gallas 2000). 

Prof. Rodrigo Alves Ortega – Msc.


Dentre os vários fenômenos descritos para conceituar este método, um dos principais
causadores dos potenciais naturais, é o de potenciais de filtração. O fenômeno que
origina estes potenciais naturais é denominado de potenciais de fluxo ou eletrofiltração e
consiste na produção de um campo elétrico pelo movimento de eletrólitos (águas
subterrâneas) no subsolo (Orellana 1972).

Em terrenos permeáveis ou ao longo de fraturas/falhas nas rochas, a água tende a


arrastar os cátions, gerando anomalias negativas em locais de pouca saturação e
anomalias positivas em locais saturados.

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ELETRODO POROSO

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Eletrodo poroso para aquisição de Potencial
Espontâneo (SP)

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• Potencial Espontâneo: Com este método pode-
se obter a direção de fluxo da água subterrânea.

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Visualizações 2D

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Visualizações 3D

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GPR – Ground
Penetrating Radar

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Descrição do método GPR
O GPR, ou Georadar, é um método geofísico de investigação, que
basicamente consiste na emissão contínua de ondas eletromagnéticas no solo.
Parte dessas ondas são refletidas nas estruturas ou objetos no subsolo. Os
sinais são emitidos por uma antena transmissora e recebidos por uma antena
receptora disposta na superfície do terreno.

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Atualmente o GPR é considerado um dos
equipamentos mais sofisticados para
sondagens e investigações de baixa
profundidade.
A exploração com GPR é limitada pela
condutividade e pela composição do solo.
Aplicações: Mineração, Geotecnia e
Engenharia, Meio Ambiente, Arqueologia,
etc.
Principais vantagens: Possibilidade de
executar perfis contínuos do solo, Rapidez e
baixo custo nos levantamentos, se
comparado a sondagens e ou escavações,
que geralmente são estudos pontuais.

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Princípios de funcionamento
A penetração do sinal de radar está condicionada primeiramente pelas propriedades elétricas dos
terrenos, condutividade e permissividade elétrica (constante dielétrica).

Locais onde ocorrem materiais de baixa condutividade, o sinal de radar pode atingir profundidades
superiores a 50 metros. Por outro lado, argilas condutivas e água podem reduzir sensivelmente a
penetração do sinal de radar a profundidades inferiores a 1m.

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Princípios de funcionamento
A frequência do sinal emitido também contribui diretamente para uma maior ou menor penetração e
resolução do método.

Frequências maiores (400 – 2500 MHz) possibilitam maior resolução com baixa penetração do sinal
em profundidade, o oposto ocorre com freqüências menores (10 – 200 MHz), onde a resolução do
sinal e menor mas a profundidade de penetração é maior.

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Princípios de funcionamento
Os resultados dos trabalhos de investigação com o GPR representam cortes verticais do subsolo,
permitindo assim individualizar a presença de materiais metálicos, topos rochosos, tubulações, cabos,
cavidades, empilhamento estratigráfico e anomalias em geral.

Distância (m)

Profundidade
tempo

Camadas de solo Hiperboles

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 As ondas eletromagnéticas emitidas
pelo GPR penetram no solo.
 A propagação da onda depende da
constante dielétrica e da condutividade
do meio.
 O tempo de viagem da onda (ida e
retorno) são gravados em um arquivo
de extensão “.dt”.
 A velocidade da onda eletromagnética
no solo varia entre 50 e 150m/ms

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 A antena transmissora emite uma serie
de pulsos eletromagnéticos que
propagam-se no meio.
 A reflexão ocorre onde há alteração das
propriedades elétricas do meio.
 O receptor capta as ondas refletidas,
grava e as apresenta na tela do
computador em forma de radargrama.

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Depth [m]
Time [ns]

Length [m]
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Aplicações do GPR Croqui da estrutura do
subsolo.
GPR usado na
detecção de dutos e
tambores no subsolo.

Imagem de GPR.

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Profundidade de Penetração
A profundidade de investigação e resolução do GPR variam de acordo com a
freqüência da antena. Quanto menor a freqüência, maior será a profundidade de
investigação, e vice-versa (Fonte Ramac-Mala, 1997):

Frequencia Central Profundidade Máxima


(MHz) de Penetração (m)
1000 1
500 1,5
400 2
200 4
100 25
50 30
25 40
10 50
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Fundamentos Teóricos do Método GPR
- Traço: TRAÇO

Em cada ponto de medida ao longo do


perfil, um número de amostras é coletado,
estas amostras formam um traço, ou seja,
uma constituição de valores, gerando
assim uma forma de onda.

TRAÇO

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Fundamentos Teóricos do Método GPR
- Amostra:
Em um sistema digital, o sinal recebido
(através da antena receptora) é medido um
determinado número de vezes por unidade de
tempo. O resultado de cada medida é um
número, uma amostra. Um número definido
de amostras é usado para constituir um traço.
Fundamentos Teóricos do Método GPR
-Perfil: Uma coleção de traços ao longo de uma linha.
Fundamentos Teóricos do Método GPR
-Onda direta: Este termo é muito usado nas aquisições de campo e se define como a parte da
energia que viaja a distância mais curta entre o transmissor e o receptor, geralmente o
percurso é feito através do ar e da superfície.

Onda aérea.

Onda direta.

Onda refletida.
Noções de profundidade e velocidade de propagação

A relação entre profundidade e resolução e problema bem conhecido para o tipo de


investigação que o GPR representa.
É possível uma grande profundidade de penetração, mas para isso é necessário uma baixa
frequência, o que acaba reduzindo em muito a resolução.
Quanto maior a profundidade alcançada, observamos menos detalhes. A escolha da
frequência depende do tipo de trabalho a ser realizado.
Noções de profundidade e velocidade de propagação

A profundidade de penetração com diferentes frequências também variam dependendo das


condições do solo. As exigências de profundidade x resolução determinam a frequência a
ser utilizada. Segue abaixo uma tabela que relaciona esses valores (profundidade,
resolução).

Frequencia da Limite de tamanho do alvo Profundidade de


antena (MHz). investigado (m) penetração aproximada
(m)

100 0,1 - 1 15 - 25
250 0,05 – 0,5 5 – 15
500 0,04 3 - 10
800 0,02 1-6
Velocidade de Propagação
Para que seja feito a interpretação do dado, é necessário que seja conhecida a
velocidade de propagação do sinal no solo investigado.
O valor da velocidade do meio pode ser obtida quando passamos o equipamento por
cima de uma tubulação existente e visualmente anotamos a profundidade dela ou
através de uma sondagem do tipo CMP (Comom Midle Point) ou WARR (Wide
Angle Reflection and Refraction);
Velocidade de Propagação

Através de uma tabela com os valores de velocidade e permissividade aproximados


para cada meio, estes valores podem varia muito de acordo com a concentração de
água no local. O maior valor aplica-se a meios insaturados.

meio Constante Dielétrica er Velocidade (m/ms)

Ar 1 300
Água 81 33
Calcário 7 - 16 75 - 113
Granito 5-7 113 - 134
Xisto 5 - 15 77 - 134
concreto 4 - 10 95 - 150
argila 4 - 16 74 - 150
silt 9 - 23 63 - 100
areia 4 - 30 55 - 150
Gelo 3-4 150 - 173
Arranjos de Aquisição
Na aquisição com o GPR existem três tipos de arranjos de configuração das antenas:
O arranjo monoestático compreende um sistema onde a antena transmissora está
unida à antena receptora, isto é, não há separação entre elas (paralelas).
No arranjo biestático existe uma separação entra as antenas transmissora e receptora
(paralelas).
No arranjo da polarização cruzada as antenas transmissoras e receptoras encontram-
se perpendiculares uma em relação à outra .
Equipamentos

Ramac Pulse EKKO


Equipamentos

Interragator
GSSI
Equipamentos

IDS – RIS MF IDS – Detector Duo


Antenas (não Blindadas)

25Mhz

50Mhz

100Mhz 200Mhz
Antenas Blindadas
Softwares de Processamento de GPR
IDS GRED REFLEX

GPR SLICE RADAN


Etapas de um processamento de dados de GPR
A finalidade do tratamento dos dados é melhorar a razão sinal/ruído para gerar melhorias na visualização
das anomalias de interesse, uma vez que a propagação do pulso do radar no subsolo sofre atenuações
que, somadas a ruídos (naturais e artificiais), podem mascarar os sinais refletidos. O processamento dos
dados de GPR, normalmente é realizado de maneira sistemática, podendo realçar certas feições de
interesse.

Etapas do processamento de dados do Radar:

1 – Edição dos dados

2 – Processamento do Sinal

3 – Apresentação da imagem processada


Softwares de Processamento de GPR
Etapas de um processamento de dados de GPR
As principais etapas envolvidas no processamento de dados de GPR são:

Edição dos dados, filtro Dewow, filtragem temporal e espacial, ganhos no tempo e migração (Anna,
1993).
Etapas de um Processamento Básico de GPR
Processamento dos dados
Processamento de dados: 1º Etapa - Ajuste do Tempo Zero

Selecionar
Processamento dos dados
1º Etapa - Ajuste do Tempo Zero

Dado Bruto Processamento 1º etapa


Processamento dos dados
Processamento de dados: 2º Etapa - Aplicação de filtros 1D

Selecionar
Processamento dos dados
2º Etapa - Aplicação de filtros 1D
Dado Com Correção de tempo zero Dado com filtro DEWOW
Processamento dos dados
2º Etapa - Filtros 1D - filtros de banda
Passa Banda (Bandpassfrequency): Essa operação aplica um filtro passa-banda a cada traço no domínio da frequência. A faixa do
filtro é especificada pelo ajuste de quatro valores da frequência. (F1,F2,F3,F4) sendo que o valor central de frequência da antena
utilizada deve ficar entre o F2 e F3.

Bandpassfrequency

Adicionar a etapa do
Frequências de corte
processamento (3); e
utilizadas na elaboração
executar o filtro
do filtro

Exemplo: antena de 100mhz (F2: 70 e F3:


130). O filtro tem funções capazes de
suprimir variedade de ruídos e
reverberações.
F2 F3

F1 F4
Processamento dos dados
2º Etapa - Filtros 1D - filtros de banda

Dado Com processamento Dado com filtro Passa Banda


da 2º Etapa (DEWOW)
Processamento dos dados
Processamento de dados: 3º Etapa - Aplicação de filtros 2D

Selecionar
Processamento dos dados
3º Etapa - Filtros 2D - filtros espaciais
Background Removal: A “Remoção do Background” é um filtro espacial do tipo passa alta, realça os eventos mais localizados,
tais como, os refletores pontuais e os refletores inclinados, eliminando os refletores horizontais (ANNAN, 1993). O filtro tem
como característica remover ruídos de fundo.

Background Removal

Adicionar a etapa do
processamento (3); e
executar o filtro

Intervalo de tempo e
distância onde deseja
aplicar o filtro
Processamento dos dados
3º Etapa - Filtros 1D - filtros de banda

Dado Com processamento da 2º Etapa Dado com filtro Background


Removal
Processamento dos dados
Processamento de dados: 4º Etapa - Aplicação de ganhos para a recuperação da energia dissipada ou absorvida

Selecionar
Processamento dos dados
4º Etapa - Ganhos
Ganhos: AGC GAIN

AGC Gain

Janela do ganho (ns)

Adicionar a etapa do
processamento (5); e
executar o ganho
Processamento dos dados
4º Etapa - Ganhos
Ganhos: Energy Decay

Energy Decay

Valor escalar do ganho

Adicionar a etapa do
processamento (5); e
executar o ganho
Processamento dos dados
4º Etapa - Ganhos

Dado Com processamento da 3º Etapa Dado com Ganho


Processamento dos dados
Processamento de dados: 5º Etapa - Migração: A migração permite reconstituir uma imagem que melhor representa a
subsuperfície (SHERIFF, 1991).

Selecionar
Processamento dos dados
5º Etapa - Migração

Dado Com processamento da 4º Etapa Dado Migrado


Processamento dos dados
5º Etapa - Migração
A etapa de Migração nem sempre é necessária, pois vai depender do seu objetivo e também da qualidade dos dados (sempre
importante dados pouco ruidosos).

Se você tem um projeto onde o seu objetivo é identificar interferências (tubulações), a etapa de migração não é aconselhada,
pois, pode acabar sumindo com as hipérboles que são os sinais característicos das interferências.

Para projetos de geologia e geotecnia, a migração permite reconstituir uma imagem que melhor representa a subsuperfície.

Quando o resultado da migração não está agradável é preciso alterar a velocidade (para menos ou para mais), tendo assim que
gerar outro arquivo de velocidade através da hipérbole.

É muito comum após a etapa da migração ser necessário a utilização de um filtro 1D (bandpassbutterworth), para melhorar a
imagem, pois a migração pode gerar um pouco de ruído e feições do tipo sorriso (smiles).
Processamento dos dados
6º Etapa - Conversão Tempo Profundidade
Processamento de dados: 6º Etapa - Essa função tem por sua finalidade converter o dado que está com a escala em
tempo para escala de profundidade.

Timedepth Conversion

Selecionar Hiperb. Adapt.

Adicionar a etapa do
processamento (6); e
executar o ganho
Processamento dos dados
6º Etapa - Conversão Tempo Profundidade

Dado Com processamento da 5º Etapa Dado Convertido Tempo em Profundidade


Processamento dos dados
7º Etapa - Correção Topográfica
Processamento de dados: 7º Etapa – Correção Topográfica: Essa etapa fará a correção topográfica da seção, no qual as
informações relacionadas ao (Z-cota) estão presentes no header.

Timedepth Conversion

Selecionar Lin Interpol e Z-


tracecoord

Adicionar a etapa do
processamento (6); e
executar o ganho

Velocidade
Processamento dos dados
7º Etapa - Correção Topográfica

Dado Com processamento da 6º Etapa Dado Com Correção Topográfica


RADARGRAMAS INTERPRETADOS
Tomografias
Blocos 3D
Estudos em Barragens

GPR
Engenharia
Engenharia - Estruturas
PAVIMENTO 10 - LINHA 0 – TRECHO 1 Malha de vergalhões
Região com maior densidade de variando entre 14cm e 16cm
hipérboles de profundidade

Final da Lage 20 cm
Engenharia

Inicio: Caixa de Alta


Poste 11-17 Tensão Poste 11-15 Caixa de esgoto Poste 11-13
Poste 11-19
Trecho cimentado

Região com ocorrência de Hiperboles


associadas a possiveis tubulações e/ou cabos
elétricos

Região com ocorrência de umidade gerando


atenuação do sinal eletromagnético
Engenharia – Mapeamento de tubulações
Engenharia – Mapeamento de tubulações
Engenharia – Mapeamento de tubulações
Geologia
Geologia
Meio Ambiente
Batimetria
Batimetria

Dado bruto Dado Processado


Monitoramento de Barragens
Os resultados dos trabalhos de investigação com o GPR representam cortes
verticais do subsolo, permitindo assim individualizar a presença de materiais
metálicos, topos rochosos, tubulações, cabos, cavidades, empilhamento
estratigráfico e anomalias em geral.
Monitoramento de Barragens
Monitoramento de Barragens
Monitoramento de Barragens
Monitoramento de Barragens

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