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Comunicações
Modulação de amplitude em banda lateral única (SSB) com portadora
suprimida.
Radiodifusão
Modulação de amplitude em banda lateral dupla (DSB).
Modos de propagação
Para e quaisquer:
Diagrama de radiação das AVPS
Propagação por onda de terra
A propagação por onda de terra depende de três parâmetros:
• Polarização da onda (conhecida)
• Frequência da onda (conhecida)
• Características eléctricas do solo.
Permeabilidade magnética
Constante dieléctrica
Condutibilidade eléctrica
Influência das características eléctricas do solo
Permeabilidade magnética
Varia muito pouco de solo para solo e praticamente não influi na propagação
por onda de terra em OM.
Constante dieléctrica
Varia apreciavelmente mas também tem pouca influência na propagação por
onda de terra em OM
Constante dieléctrica do vácuo =
Constante dieléctrica do ferro = 2
Constante dieléctrica do mar = 80
Constante dieléctrica da terra sólida = 5 a 30
Condutibilidade eléctrica
Influi fortemente na propagação por onda de terra em OM
Parâmetros mais influentes na propagação
por onda de terra
Frequência da onda electromagnética e
Condutibilidade do solo.
Características do solo
E1 (dB) - Valor do campo dado pelas curvas de propagação para uma potência de
alimentação da antena de 1 KW e antena vertical curta) para a distância D, entre o
emissor e o ponto de recepção, e para a frequência f da portadora.
Pa(dB) - Potência de alimentação da antena em dB’s em relação a 1 KW
Gv(dB) - Ganho da antena em relação à antena vertical curta
Cálculo do campo eléctrico
na propagação por onda de terra
1. Através das curvas de propagação correspondentes à condutibilidade do
terreno, e para e antena vertical curta,
para que o sinal seja detectado, com boa qualidade, por um receptor comum
( varia de país para país e de região para região).
Método de cálculo:
1. Para se poder entrar no gráfico das curvas de propagação tem que se corrigir o
campo mínimo para as condições das curvas ( e AVPS curta)
Uma estação emissora de radiodifusão opera sintonizada para 800 KHz, com um
emissor de 500 Watts e com uma antena antena vertical posta ao solo de altura .
A condutibilidade do solo é 10-4 S/m e as perdas na linha de transmissão são
desprezáveis.
a) Usando as curvas de propagação para a condutibilidade indicada, calcular a
intensidade do campo radiado pela estação (em dB´s) a 55 Km de distância.
b) Usando a expressão matemática, converta o valor do campo calculado na alínea
anterior para V/m.
c) Calcule o alcance máximo da estação para uma intensidade de campo mínimo
utilizável (campo mínimo que ainda garante qualidade de recepção aceitável) de
45dB.
Camadas ionosféricas
A INFLUÊNCIA DAS CAMADAS (1)
• Ao atravessar qualquer camada da ionosfera, a onda tem o seu trajecto
alterado.
• Devido à ionização da camada a onda é refractada.
• Se o grau de ionização da camada for suficiente para atingir a
horizontalidade antes de chegar à altitude correspondente ao máximo
de ionização da camada, a onda regressa à terra.
• Se, pelo contrário, não for suficiente para levar a onda até à
horizontalidade antes de atingida a altitude de ionização máxima, a
onda descreve um S e fura a camada.
A INFLUÊNCIA DAS CAMADAS (2)
• As perdas introduzidas pela camada D, em ondas longas e médias, são tão elevadas
que a onda se desvanece.
Conclusão:
Devido à existência da camada D, durante o dia não é possível a propagação via
ionosfera, somente à noite.
Propagação via ionosfera em O.L. e O.M.
No período diurno:
No período nocturno:
A QUALIDADE DO SINAL CAPTADO
VIA IONOSFERA
Devido às instabilidades da ionosfera, que se reflectem em:
Variações, de instante para instante, na altura da camada,
Variações, de instante para instante, no grau de ionização
da camada,
a qualidade do sinal recebido é inferior ao captado por onda de
terra.
A qualidade é afectada pelo “fading” resultante das instabilidades e,
eventualmente, pela interferência de estações distantes.
“FADING” SELECTIVO À NOITE
Conclusão:
No período nocturno, na zona próxima, o sinal recebido por onda de terra abafa o
sinal recebido via ionosfera.
O “FADING” SELECTIVO
DA ZONA PRÓXIMA À ZONA DISTANTE (2)
Na zona distante
• A onda de terra não chega, ou chega demasiado fraca, à zona distante
devido à forte atenuação introduzida pela terra ao longo de todo o
percurso.
• Mesmo tendo em conta que a distância percorrida pela onda ionosférica é
um pouco maior do que a distância percorrida pela onda de terra, o sinal
recebido via ionosfera poderá ser suficientemente forte para ser captado a
longa distância.
• A atenuação introduzida pela ionosfera só acontece numa pequeníssima
parte do percurso percorrido pela onda e é, portanto, muito menor do
que a atenuação introduzida pela terra na onda de terra.
Conclusão:
No período nocturno, na zona distante, o sinal recebido por onda
ionosférica abafa o sinal recebido por onda de terra.
O “FADING” SELECTIVO
DA ZONA PRÓXIMA À ZONA DISTANTE (3)
Na zona intermédia
• Os dois sinais, recebidos por onda de terra e por onda ionosférica, são da
mesma ordem de grandeza e, por terem fases diferentes e aleatórias,
interferem-se provocando uma distorção tão forte que impossibilita a
recepção.
Conclusão:
No período nocturno, numa vasta parte da zona intermédia não há
possibilidade de recepção.
COBERTURA DE MOÇAMBIQUE EM O.M. (1)
• Os Emissores Provinciais (EP’s) da RM radiodifundem emissões provinciais
em O.M. mas, durante o período diurno em que a propagação é feita por
onda de terra, não cobrem integralmente a província.
• Juntando todas as estações provinciais não se cobre mais do que 73% do
território nacional.
• No período nocturno, beneficiando da cobertura por onda ionosférica, os
EP’s cobrem integralmente as províncias e também as províncias próximas
• Em termos globais, os EP’s cobrem à noite todo território nacional e ainda
as regiões próximas dos países vizinhos
COBERTURA DE MOÇAMBIQUE EM O.M. (2)
COBERTURA DE MOÇAMBIQUE EM O.M. (3)
Exemplo prático
O Emissor Provincial da RM em Lichinga cobre, por onda de terra, até 100Km
de distância. Pretende-se cobrir o resto da província (máxima distância à
fronteira = 350 Km), no período nocturno, por onda ionosférica.
Fazendo o cálculo com o gráfico de transmissão via ionosfera, admitindo a
camada E a uma altitude média de 110 Km, conclui-se:
d = 100 Km ⟹ 𝜽 = 65º
d = 350 Km ⟹ 𝜽 = 32º
Gráfico de propagação via ionosfera
Vantagem evidente para a antena de h=𝜆/4
Porque não se usa a antena de h=0,625𝜆?
Porque o lobo secundário possibilita a propagação por onda ionosférica a
um ângulo muito elevado, o que vai provocar interferência numa vasta
região coberta pela onda de terra