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1.0.

Introdução

Neste presente trabalho abordaremos sobre as ondas mecânicas e as ondas eletromagnéticas onde
as ondas mecânicas são aquelas que se propagam somente em meios materiais e caracterizadas
por possuírem pulso, amplitude, velocidade, comprimento da onda, período, frequencia e por
serem governados pelas leis de Newton. Diferentemente das ondas mecânicas as ondas
eletromagnéticas propagam-se no vácuo e são constituídos pelo campo elétrico e magnético,
variáveis com o decorrer do tempo, um gerando o outro.

As ondas eletromagnéticas constituem uma das mais importantes descobertas do século XIX. A
primeira previsão teórica da existência dessas ondas foi feita, em 1864, Pelo físico escocês,
James Clerk Maxwell. Ele reuniu os conhecimentos existentes e descobriu as correlações que
havíamos em alguns fenômenos, dando origem à teoria de que eletricidade, magnetismo e óptica
são de fato manifestações diferentes do mesmo fenômeno físico. Maxwell Conseguiu provar
teoricamente que uma perturbação eletromagnética se propaga no vácuo com uma velocidade
igual à da luz, ou seja, 3.108 m/s. A primeira verificação experimental foi feita por Henrich
Hertz, em 1887 quando ele produziu ondas eletromagnéticas por meio de circuitos oscilantes e,
depois, os detectou por meio de outros circuitos sintonizados na mesma frequência. Seu trabalho
foi homenageado posteriormente colocando-se o nome"hertz" para unidade de frequência.
A importância das ondas eletromagnéticas na nossa vida é indiscutível. Elas estão presentes
quando enxergamos os objetos a nossa volta, quando ligamos a TV, quando estouramos pipocas
no forno de microondas e em mais uma grande gama de exemplos. Com mais detalhes será
percetível ao longo do desenvolvimento do trabalho.

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2.0. Objetivo do trabalho:

Com este trabalho pretende-se alcançar a explicação científica das ondas mecânicas e
eletromagnéticas.

2.0.1. Objetivo geral:

O objetivo geral deste trabalho é de estudar e compreender as ondas mecânicas e


eletromagnéticas.

2.0.2. Objetivos específicos:

 Apresentar o conceito de onda;


 Classificar as ondas quanto a sua natureza;
 Indicar a classificação das ondas mecânicas;
 Dar exemplo das ondas mecânicas;
 Explicar como ocorre o transporte de energia entre osciladores acoplados;
 Definir onda como um fenómeno físico e comparar com oscilação;
 Apresentar a equação fundamental das ondas e a sua aplicação;
 Falar da propagação das ondas mecânicas e a sua sobreposição;
 Apresentar a equação de uma onda progressiva;
 Apresentar 5 exercícios de aplicação das ondas mecânicas;
 Exemplificar as ondas eletromagnéticas;
 Indicar propriedades das ondas eletromagnéticas;
 Indicar grandezas que caracterizam ondas eletromagnéticas;
 Indicar a aplicação das ondas eletromagnéticas;
 Falar da velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas;
 Apresentar as quatro equações de Maxwell e a equação da força de Lorenz;
 Falar do espectro eletromagnético e espectro optico;

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 Apresentar 5 exercícios de aplicação.

3.0. Metodologia do trabalho

O presente trabalho, é o fruto de uma pesquisa bibliográfica, bem como de análise documental,
tendo como base livros, artigos científicos e a internet, uma vez que a pesquisa bibliográfica é
imprescindível para a realização de estudos históricos.

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4.0. Onda

Uma onda é um movimento causado por uma perturbação, e esta se propaga através de um meio.

Um exemplo de onda é tido quando joga-se uma pedra em um lago de águas calmas, onde o
impacto causará uma perturbação na água, fazendo com que ondas circulares se propagem pela
superfície da água.

Também existem ondas que não podemos observar a olho nu, como, por exemplo, ondas de
rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.

Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.

Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este
meio não acompanha a propagação.

Quanto a Natureza as ondas podem ser classificadas em: Ondas Mecânicas e ondas
eletromagnéticas
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5.0. Ondas Mecânicas

São ondas que se propagam somente em meios materiais e são governadas pelas leis de Newton.

5.1.0 Características das ondas mecânicas

Quando uma onda mecânica se propaga há um transporte de energia


cinética e potencial. A velocidade de propagação da onda mecânica depende
da densidade e elasticidade do meio.

Todas as ondas mecânicas precisam de:

 Alguma origem de perturbação. Este agente transferirá energia para o meio.


 Um meio.
 Um mecanismo físico para que as partículas do meio influenciem umas as outras.
 Pulso
 Amplitude
 Velocidade
 Comprimento de onda
 Período
 Frequência  

As ondas mecânicas possuem diversas características mensuráveis que podemos analisar


fisicamente.

Consideremos o exemplo de uma corda esticada onde seguramos uma extremidade com a outra
presa. Ao balançar a extremidade livre fazendo um movimento para cima seguido de um
movimento de volta a posição original, geramos uma perturbação isolada, que chamamos pulso.
Como o movimento da onda (que corre ao longo da corda) é perpendicular ao movimento dos
pontos da corda (que sobem e descem), esse é um exemplo de onda transversal. Os pulsos,
porém, se apresentam em todos os tipos de onda. Seguindo o exemplo, se esse movimento que
originou o pulso é contínuo e se estende para baixo da corda temos uma emissão contínua de
pulsos, que formam um trem de ondas que chamamos
5 de onda periódica.
5.1.1. Amplitude

É  altura máxima que um pulso atinge em relação a corda em repouso. Imagine um barquinho no
oceano, e imagine que uma onda passe por ele, Obviamente o barquinho irá subir e descer. Pois
bem, a amplitude da onda que passou pelo barquinho é dada pelo quanto ele subiu ou desceu. Se
por exemplo o barquinho subiu 5 cm, dizemos que a amplitude da onda que passou por ele é de
5 cm.

Veja o desenho.

O ponto mais alto da onda chama-se crista, e o ponto mais baixo denomina-se vale. Nas figuras


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acima o barquinho encontra-se na crista da onda e o outro no vale.
5.1.2. Velocidade

Toda onda possui uma velocidade de propagação. Geralmente a velocidade da onda depende
muito do meio material onde ela está se movendo.

5.1.3. Comprimento de onda  

O comprimento de onda, representado pela letra l  (lambda), mede a distância entre duas cristas
consecutivas da mesma onda, ou então a distância entre dois vales consecutivos da mesma onda.

5.1.4. Período (T)

O período de uma onda é


o tempo que se demora para
que uma onda seja criada, ou seja,
para que um comprimento de onda, seja criado. O período é representado pela letra T. O período
é o inverso da frequência.

5.1.5. Frequência (f)

A frequência representa quantas oscilações completas uma onda dá a cada segundo. 

* Uma oscilação completa representa a passagem de um comprimento de onda.

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Se por exemplo, dois comprimentos de onda passarem pelo mesmo ponto em um segundo,
dizemos que a onda oscilou duas vezes em um segundo, representando que a frequência dela é
de 2 Hz.

Obs: Hertz  (Hz) significa ciclos por segundo.

A relação entre frequência e período, que é muito importante no estudo das ondas, é dada pela
expressão acima indicada.

6.0. Exemplos das ondas mecânicas

6.0.1. Ondas mecânicas numa mola

Quando aplicamos uma forca F numa mola de modo a comprimir a mola reduz seu tamanho
inicial para um outro tamanho, quando deixamos de aplicar a força F sobre a mola ela poderá
obter uma perturbação mecânica com uma certa velocidade no decorrer do tempo de modo a
obter o seu tamanho inicial, ou seja esta mola também poderá aplicar uma força de reação com
igual módulo, sentido e direção diferente.

Uma vez que esta corda tem velocidade no decorrer do tempo, obedece as leis de Newton, tem
amplitude, frequência. Podemos concluir que este exemplo obedece as características que uma
onda mecânica deve possuir.

Observa a figura do exemplo

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6.0.2. Ondas mecânicas numa corda

Considere uma corda em equilíbrio e presa em uma das extremidades. Ao aplicar uma força F
para cima e para baixo (sacudir) a partir da extremidade solta ocorre uma perturbação mecânica,
ou seja a corda ira obter uma perturbação com uma certa velocidade ao longo do tempo que esta
força é aplicada.

Ao aplicarmos esta força sobre a corda ela também poderá aplicar uma força igual em direção e
diferente em sentido (reação) de modo a permanecer em seu estado de equilíbrio, assim a coda
estará a obedecer as Leis de Newton que é uma das características das ondas mecânicas.

Observa a figura do exemplo

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6.0.3. Ondas mecânicas em um lago de água calmam

Considere um lago com água em equilíbrio, ao aplicarmos uma força F sobre a água, no caso de
fixar o pé ou deixarmos cair uma pedra na água a força exercida poderá provocar uma
perturbação mecânica com ma certa velocidade ao longo do tempo esta perturbação é um
exemplo de uma onda mecânica, porque esta perturbação ocorre num meio (água), foi originada
por uma força, tem velocidade e transporta energia sem transportar matéria.

Observa a figura dos exemplos

6.0.4. O som

O som também representa um exemplo de uma onda mecânica, quando falamos aplicamos um
impulso ao ar por conseguinte ocorre colisão entre as moléculas do oxigénio de modo a fazer
chegar a mensagem ao recetor.
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Figura:

7.0. O transporte de energia entre os osciladores acoplados

7.0.1. Oscilador massa-mola

Um oscilador massa-mola ideal é um modelo físico composto por uma mola sem massa que
possa ser deformada sem perder suas propriedades elásticas, chamada mola de Hooke, e um
corpo de massa m que não se deforme sob ação de qualquer força.

Este sistema é fisicamente impossível já que uma mola, por mais leve que seja, jamais será
considerada um corpo sem massa e após determinada deformação perderá sua elasticidade.
Enquanto um corpo de qualquer substância conhecida, quando sofre a aplicação de uma força é
deformada, mesmo que seja de medidas desprezíveis.

Mesmo assim, para as condições que desejamos calcular, este é um sistema muito eficiente. E
sob determinadas condições, é possível obtermos, com muita proximidade, um oscilador massa-
mola.

Assim podemos descrever dois sistemas massa-mola básicos, que são:

7.0.2. Oscilador massa-mola horizontal

É composto por uma mola com constante elástica K de massa desprezível e um bloco de
massa m, postos sobre uma superfície sem atrito, conforme mostra a figura abaixo:
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Como a mola não está deformada, diz-se que o bloco encontra-se em posição de equilíbrio.

Ao modificar-se a posição do bloco para um ponto em x, este sofrerá a ação de uma força
restauradora, regida pela lei de Hooke, ou seja:

Como a superfície não tem atrito, esta é a única força que atua sobre o bloco, logo é a força
resultante, caracterizando um MHS.

Sendo assim, o período de oscilação do sistema é dado por:

Ao considerar a superfície sem atrito, o sistema passará a oscilar com amplitude igual à posição
em que o bloco foi abandonado em x.

Assim podemos fazer algumas observações sobre este sistema:

 O bloco preso à mola executa um MHS;


 A elongação do MHS, é igual à deformação da mola;
 No ponto de equilíbrio, a força resultante é nula.
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7.0.3. Energia do Oscilador

Analisando a energia mecânica do sistema, tem-se que:

Quando o objeto é abandonado na posição x=A, a energia mecânica do sistema é igual à energia
potencial elástica armazenada, pois não há movimento e, consequentemente não há energia
cinética.

Assim:

Ao chegar na posição x=-A, novamente o objeto ficará momentaneamente parado (v=0), tendo
sua energia mecânica igual à energia potencial elástica do sistema.

No ponto em que x=0, ocorrerá o fenômeno inverso ao da máxima elongação, sendo que:

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Assim podemos concluir que na posição x=0, ocorre a velocidade máxima do sistema massa-
mola, já que toda a energia mecânica é resultado desta velocidade.

Para todos os outros pontos do sistema:

Como não há dissipação de energia neste modelo, toda a energia mecânica é conservada durante
o movimento de um oscilador massa-mola horizontal.

7.0.4. Oscilador massa-mola vertical

Imaginemos o sistema anterior, de uma mola de constante K e um bloco de massa m, que se


aproximam das condições de um oscilador massa-mola ideal, com a mola presa verticalmente há
um suporte e ao bloco, em um ambiente que não cause resistência ao movimento do sistema:

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Podemos observar que o ponto onde o corpo fica em equilíbrio é:

Ou seja, é o ponto onde a força elástica e a força peso se anulam. Apesar da energia potencial
elástica não ser nula neste ponto, considera-se este o ponto inicial do movimento.

Partindo do ponto de equilíbrio, ao ser "puxado" o bloco, a força elástica será aumentada, e como
esta é uma força restauradora e não estamos considerando as dissipações de energia, o oscilador
deve se manter em MHS, oscilando entre os pontos A e -A, já que a força resultante no bloco
será:

Mas, como o peso não varia conforme o movimento, este pode ser considerado como uma
constante. Assim, a força vária proporcionalmente à elongação do movimento, portanto é um
MHS.

Tendo seu período expresso por:

8.0.0. O conceito de onda como fenómeno físico e a sua comparação com uma oscilação

8.0.1. Movimento Oscilatório

Um movimento oscilatório acontece quando o sentido do movimento se alterna periodicamente,


porém a trajetória é a mesma para ambos os sentidos. É o caso dos pêndulos e das cordas de
guitarras e violões, por exemplo.

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A figura abaixo representa uma corda em vibração, observe que mesmo se deslocando para baixo
e para cima do ponto de origem elas sempre mantêm distâncias iguais de afastamento deste
ponto.

Se considerarmos que o corpo começa a vibrar partindo da linha mais escura, cada vez que a
corda passar por esta linha, após percorrer todas as outras linhas consideradas, dizemos que ela
completou um ciclo, uma oscilação ou uma vibração.

8.0.2. O conceito de onda como fenómeno físico

Em física, uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e


periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda e o tempo
decorrido para uma oscilação é medido pelo período da onda, que é o inverso da sua frequência.
Estas duas grandezas estão relacionadas pela velocidade de propagação da onda.

Fisicamente, uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um


meio (líquido, sólido ou gasoso), com velocidade definida, isto é, em física diz-se que a onda não
transporta matéria apenas transporta energia. Há, entretanto, oscilações sempre associadas ao
meio de propagação.

9.0. A fórmula fundamental das ondas e a sua aplicação

Se fizermos frequentemente o movimento harmônico simples em uma extremidade de uma corda


fixa esticada na horizontal, produziremos uma sequência de ondas com períodos de repetição

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iguais, ou seja, produziremos uma onda periódica, conhecida também como sequência de ondas,
que se propaga com velocidade constante.

 Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com
velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão:

Que é comum aos movimentos uniformes, mas conhecendo a estrutura de uma onda:

Podemos dizer que ΔS=λ e que Δt=T

Assim:

Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é valida para todos os tipos de onda.

É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz


(1megahertz = 1000000Hz).

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9.0.1. Aplicação da equação fundamental das ondas

(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?

1cm=0,01m

10.0. Propagação das ondas mecânicas e a sua sobreposição

 É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente.

Independente do tipo de onda, o módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão,
já que ela continua propagando-se no mesmo meio.

10.1. Reflexão em ondas unidimensionais

 Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:

10.1.1. Oscilações com extremidade fixa:

Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição
original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela,
pelo princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da
aplicação do pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Assim Como mostra a
figura abaixo:

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Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o
movimento contrário ao do pulso incidente.

10.1.2. Oscilação com extremidade livre:

Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito.

Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do


pulso, apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação,
mas com sentido inverso. Como mostra a figura:

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Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário. É possível obter-se a extremidade livre,
amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e inextensível.

10.2. Reflexão de ondas bidimensionais

Quando uma frente de onda, propagando-se em superfície líquida, incide sobre um obstáculo,
cada ponto da frente reflete-se, então é possível representá-las por seus raios de onda.

A reflexão dos raios de onda é regida por duas leis da reflexão, que são apresentadas como:

 1ª Lei da Reflexão: O raio incidente, o raio refletido e a reta perpendicular à superfície


refletora no ponto de incidência estão contidos sempre no mesmo plano;
 2ª Lei da Reflexão: Os ângulos formados entre o raio incidente e a reta perpendicular e
entre o raio refletido e a reta perpendicular têm sempre a mesma medida.

Assim:

Como afirma a 2ª Lei, os ângulos têm valor igual, portanto:

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Então pode-se imaginar que a reflexão das ondas aconteça como se fosse refletida em um
espelho posto perpendicularmente ao ponto de incidência.

Considere a reflexão de ondas circulares:

10.3. Ondas tridimensionais

São aquelas que se propagam em todas as direções possíveis.

Exemplo: Ondas sonoras na atmosfera ou em metais.

11.0. Interferência das ondas mecânicas

 A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre


quando duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica
das perturbações de cada onda.

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Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma
largura, mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição
de duas formas:

Situação 1: os pulsos são dados em fase.

No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:

Numericamente:

Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

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Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que
a amplitude seja momentaneamente aumentada em módulo.

Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.

Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude   é negativo em relação ao eixo vertical, portanto  <0.
Logo, o pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:

Numericamente:

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Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.

Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que
a amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.

11.0.1. Superposição de ondas periódicas

 A superposição de duas ondas periódicas ocorre de maneira análoga à superposição de pulsos.

Causando uma onda resultante, com pontos de elongação equivalentes à soma algébrica dos
pontos das ondas sobrepostas.

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A figura acima mostra a sobreposição de duas ondas com períodos iguais e amplitudes diferentes
(I e II), que, ao serem sobrepostas, resultam em uma onda com amplitude equivalente às suas
ondas (III). Este é um exemplo de interferência construtiva.

Já este outro exemplo, mostra uma interferência destrutiva de duas ondas com mesma frequência
e mesma amplitude, mas em oposição de fase (I e II) que ao serem sobrepostas resultam em uma
onda com amplitude nula (III).

Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e


ondas estacionárias.

 Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma


amplitude são sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes
dependentes da soma de amplitudes em cada crista resultante.
 Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com
mesma frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em
sentidos opostos.

11.0.2. Superposição de ondas bidimensionais

 Imagine duas ondas bidimensionais circulares, geradas prospectivamente por uma fonte F1 e F2,
com amplitudes e frequências iguais, e em concordância de fase.

Considere a esquematização da interferência causada como:

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Os círculos preenchidos representam pontos de interferência construtiva, ou seja, onde a
amplitude das ondas é somada.

Os círculos em branco representam pontos de interferência destrutiva, ou seja, onde a amplitude


é subtraída.

12.0. Ondas transversais

 São aquelas em que a direção de vibração é perpendicular à direção de propagação da onda.

Uma onda em uma corda é um exemplo de onda transversal, pois quando a movimentamos no
sentido vertical (para cima e para baixo), uma onda se propaga pela corda na direção horizontal
(da esquerda para a direita), nesse caso cada ponto ao longo da corda realiza um movimento
vertical, perpendicular ao movimento da onda com relação a corda.

O deslocamento da onda no sentido vertical é descrito por:

12.1. Onda longitudinal


A onda longitudinal move-se na mesma direção de oscilação dos corpos que estejam em seu
caminho.
Para exemplificar este tipo de onda, consideremos agora uma pessoa falando ou um auto-falante
emitindo um determinado som. O som da voz da pessoa se propaga no espaço em todas as
direções (por este motivo, a onda sonora também pode ser caracterizada como onda
tridimensional), afastando-se da fonte. O som, transmitindo-se no ar, produz compressões e
rarefações. De acordo com a sequência sonora emitida pela pessoa, podemos ter camadas de ar
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mais comprimidas ou menos comprimidas, conforme está representado na figura como regiões
claras e regiões escuras. A distância entre uma região clara e outra escura representa meio
comprimento de onda (λ/2).

13.0. Equação da onda progressiva

As onda progressivas são as que, diferentemente das estacionarias transferem energia no espaco.
Equação de uma onda elástica diz-se a variação, em função das coordenadas e do tempo, das
grandezas escalares ou vectoriais a caracterizarem as oscilações do meio quando percorrido pela
onda considerada. Por exemplo, no caso de se tratar das ondas a percorrerem um meio solido,
com este propósito pode servir o vector deslocamento da partícula do meio apartir da posição de
equilíbrio, ou, igualmente , as três suas projeccoes sobre os eixos das coordenadas. Para se
caracterizar as ondas longitudinais no seio de um gas liquido, procede-se, geralmente, a
aproveitar a pressão excessiva do meio oscilante, igual a diferenca entre os valores da sua
pressão variável e de sua pressão de equilíbrio.

14.0. Exercícios de aplicação das ondas mecânicas

1.Na figura está representada a configuração de uma onda mecânica que se propaga com
velocidade de 20 m/s

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A frequência da onda em Hertz vale?

2. É correto afirmar sobre as ondas mecânicas:

a) Transportam massa e energia

b) Transportam massa e quantidade de movimento

c) Transportam matéria

d) Transportam energia e quantidade de movimento

e) Nda

3. Suponha uma corda de 10 m de comprimento e massa igual a 500 g. Uma força de intensidade
300 N a traciona, determine a velocidade de propagação de um pulso nessa corda.

4. Explique a diferença entre a uma onda transversal e uma onda longitudinal.

5. Uma onda desloca-se na superfície de um lago com velocidade de 0,3 m/s. Sabendo que o
comprimento de onda é 0,6 m, determine quantas vezes por segundo um pedaço de madeira que
flutua neste lago vai realizar um movimento de "sobe-desce"?

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15.0. Ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas são pulsos energéticos capazes de se propagar no vácuo. Elas são
criadas a partir da interação entre um campo elétrico e um campo magnético.

15.0.1. Exemplo das ondas eletromagnéticas

Como exemplo de ondas eletromagnéticas, podemos citar as ondas de rádio, as ondas de


televisão, as ondas luminosas, as microondas, os raios X e outras. Essas denominações são
dadas de acordo com a fonte geradora dessas ondas e correspondem a diferentes faixas de
frequências.

Na tabela abaixo podemos verificar o tipo de onda, sua frequência e um exemplo. 

Intervalo de
Tipo de Onda Origem Exemplo
Freqüências (Hz)
Ondas de Rádio emissoras de rádio, tv
circuitos elétricos oscilantes 104 a 1010
e TV e radar
correntes alternadas em tubos de
Microondas 108a 1012 telecomunicações
vácuo
Infravermelho qualquer objeto aquecido 1011 a 1014 lareira
Radiação Visível elétrons exteriores dos átomos 4x1014a 8x1014 luz
Ultravioleta partículas eletrizadas nos átomos 8x1014a 1017 Sol
Raios X elétrons interiores os átomos e 1015a 1020 radiografia
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elétrons livres de alta energia
desacelerados súbitamente
desintegração de substâncias
Raios Gama 1019a 1024 radioterapia
radioativas

15.0.2. Propriedade das ondas eletromagnéticas

 Transportam energia;

 Os campos eléctricos e magnéticos são perpendiculares à direcção de; propagação da


onda;
 Sofrem mudanças na direção de propagação quando passam de um meio para outro;

 São refletidas quando incidem em certas superfícies;

 Oscilam numa dada direção.

 Transportam momento linear

15.0.3. Grandezas que carracterizam as ondas electromagneticas

Amplitude
Em uma onda eletromagnética, duas grandezas estão oscilando: o campo elétrico e o campo
magnético. Cada um desses campos possui uma amplitude que é dada pelo valor máximo de cada
campo.

Velocidade
A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética depende do meio onde ela se propaga.
Ela é medida, no SI, em metros por segundo. Diversos experimentos demonstraram que todas as
ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo com a mesma velocidade, chamada velocidade da
luz no vácuo e representada pela letra c.

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Frequência
A frequência de uma onda é a medida do número de oscilações que seus campos elétrico e
magnético realizam durante um segundo. No SI, a frequência é determinada em Hz. A frequência
de uma onda é determinada no instante de sua geração e não muda durante a propagação da
onda, mesmo que ela passe por diferentes meios.
A menor distância entre dois pontos consecutivos nos quais a perturbação se repete é
denominado comprimento de onda, indicado pela letra grega λ (lambda). Durante um intervalo
de tempo T(período da onda), ela se propaga pela distância de um comprimento de onda λ. Pela
distância percorrida e pelo tempo gasto, podemos definir a velocidade v de propagação dessa
onda como:

15.0.4 Aplicação das ondas eletromagnéticas

 Micro-ondas

Aparelho eletrodoméstico utilizado no aquecimento de alimentos, sendo que o aquecimento se dá


de forma uniforme e de fora para dentro. Este aquecimento ocorre em razão de uma radiação
eletromagnética de 2.450 MHz 

 Aquecedor Solar

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O aquecedor solar constitui de placas metálicas de cor escura onde absorvem radiação solar,
sendo que ocorre a transformação de energia solar para energia térmica, e acontece pois há
radiação eletromagnética.

 Aparelho celular

O aparelho celular utilizado para a comunicação. O seu funcionamento ocorre pelo envio e
recepção de sinais de rádio pelo celular para a antena da estação de rádio que está mais próxima

 Internet WI-FI

A tecnologia Wi-Fi é possível implementar redes que conectam computadores, celulares e outros
dispositivos compatíveis que estejam próximos. Estas redes não exigem o uso de cabos, já que
efetuam a transmissão de dados por meio de radiofrequência.

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15.0.5. Velocidade de propagação da onda

A velocidade de propagação de uma onda é a rapidez com que a onda se propaga em


determinado meio. Depende da distância percorrida pela onda e também do intervalo de tempo
gasto para percorrer essa distância.

Para calcular a velocidade de propagação de uma onda, pode utilizar-se a expressão seguinte:

Sendo:

c = velocidade de propagação (m/s)

λ = comprimento de onda (m)

ν = frequência (Hz)

16.0. Equações de Maxwell

Todos os fenômenos da eletricidade e magnetismo podem ser analisados em termos de somente


cinco equações: quatro delas são denominadas como equações de Maxwell, e uma é a equação
que descreve a força de Lorentz. Abaixo listaremos e discutiremos brevemente essas equações no
vácuo, com objetivo de usá-las para explicar como as ondas eletromagnéticas podem ser criadas
e como se propagam pelo espaço. 33
16.0.1. A primeira equação de Maxwell não é nada mais do que a generalização da lei de
Gauss.

que diz o seguinte: o fluxo do campo elétrico E através de qualquer superfície fechada S é igual a
razão entre a carga elétrica confinada dentro da superfície e a permissividade de vácuo ε . Essa
equação permite a existência de um monopólo elétrico i. E a existência separada de cargas
positivas e negativas.

16.0.2. A segunda equação de Maxwell é a lei de Gauss para o magnetismo

e diz seguinte: qualquer que seja superfície fechada S escolhida, e qualquer que seja conteúdo
dentro do volume cercado por essa superfície (distribuição de cargas) – o fluxo de campo
magnético B através dessa superfície será zero. Isso significa que o número de linhas do
campo magnético que entra e sai do volume é sempre igual, i.e., os monopólos magnéticos não
podem existir.

16.0.3. Terceira lei de Maxwell é a lei de indução de Faraday

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com a seguinte interpretação: a integral de linha do campo elétrico E em torno de qualquer
trajetória fechada (chamada força eletromotora) é igual a taxa de variação de fluxo magnético B
Φ =B⋅ dS através de qualquer superfície limitada por esta trajetória. Preste atenção, B Φnão é
zero pela segunda lei de Maxwell porque a superfície pela qual a integral é feita não é uma
superfície fechada. A conclusão mais importante que segue da terceira equação do Maxwell é
que o campo magnético variável cria o campo elétrico! Veja, se o B não depender do tempo,
então a taxa de variação de fluxo magnético será zero e o campo elétrico ao longo da trajetória l
não existirá.

16.0.4. Quarta equação de Maxwell expressa lei de Ampére generalizado

Onde μ0 é permeabilidade do vácuo. A conclusão mais importante que pode ser tirada dessa
Equação é que a corrente elétrica I , ou um campo elétrico variável, criam um campo
magnético. Se a taxa do fluxo elétrico não for zero, ou I ≠0, então o B também não será zero.

17.0. Força de Lorenz

É uma força que os campos elétrico e magnético exercem sobre uma carga pontual q. As quatro
equações de Maxwell permitem analisar a inter-relação entre o movimento de cargas e a criação
de correspondentes campos elétricos e magnéticos. Com uma análise desse tipo Chega-se às
seguintes conclusões:
 Carga em repouso cria um campo magnético estático (que não varia com tempo) e não
produz B
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 Carga em movimento uniforme produz E e B estáticos.
 Carga em movimento acelerado produz E e B que variam com tempo.

Vamos analisar com mais detalhes o último caso. Imagine uma carga que oscila para cima e para
baixo em um circuito elétrico. Essa carga exerce movimento acelerado e, portanto, produz um
campo elétrico E variável. Esse campo elétrico será capaz de gerar um campo magnético, em
acordo com a quarta equação de Maxwell (6.4), que por sua vez, também é variável. Esse campo
magnético variável será capaz de gerar outro campo elétrico em acordo com a terceira equação
de Maxwell e esse novo campo elétrico irá criar outro campo magnético e, assim,
sucessivamente. A sucessão de campos magnéticos e elétricos que “alimentam” um ao outro,
formará uma perturbação eletromagnética, que irá se propagar pelo espaço de forma autônoma
e independente da fonte que o criou, sem precisar qualquer meio material para esta propagação.

18.0. Espectro eletromagnético


É o intervalo completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética. O espectro
eletromagnético se estende desde as ondas de baixa frequência, ondas de rádio, até as de maior
frequência como as da radiação gama.

Maxwell mostrou que a luz é uma componente do espectro eletromagnético. Todas as ondas
têm a mesma velocidade no vácuo, c = 3x108 m/s, diferenciando entre si apenas pelo
comprimento de onda, consequentemente também pela frequência, o que significa serem
diferentes as fontes que lhes dão origem e os instrumentos de medida mais apropriado para
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identifica-las. As regiões indicadas na figura acima representam intervalos de frequência, dentro
dos quais existe um conjunto comum de técnicas para identifica-las, todas as zonas se
superpõem. Assim, podem-se produzir radiações de comprimento de onda de 10-3m, tanto por
técnicas de microndas, quanto por técnicas de radiação infravermelha. A maioria dos feixes de
luz são misturas de ondas cujos comprimentos variam de um extremo a outro do espectro visível.
Embora a velocidade das ondas de luz no vácuo seja constante, a velocidade num meio material
varia com o comprimento de onda. O índice de refração de uma substância é, portanto, função do
comprimento de onda. A velocidade da onda depende de seu comprimento. Diz-se que uma
substância tem dispersão quando nela a velocidade de uma onda vária com seu comprimento.

Considere um raio de luz branca, mistura de todos os comprimentos de luz visíveis, incidindo em
um prisma. Como o desvio produzido pelo prisma aumenta com o índice de refração, a luz
violeta será mais desviada e a vermelha menos. Ao emergir do prisma a luz se dispersa em um
leque. Diz-se que foi formado o espectro da luz.

Quando um prisma disperso a luz branca, pode-se ver que o feixe inteiro em forma de um leque é
desviado de sua direção de incidência. Uma medida conveniente deste desvio da luz amarela,
pois amarelo está mais ou menos no meio entre o vermelho e o violeta. Uma medida simples de
dispersão é dada pela separação angular entre os raios vermelhos e violeta.

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Desde a elaboração das leis de Maxwell, por James C. Maxwell, até os dias atuais têm ocorrido
grandes evoluções no ramo de estudo das ondas eletromagnéticas. Hoje já se tem conhecimento
de vários tipos de ondas eletromagnéticas, mas todas elas pertencem à mesma natureza, ou seja,
são constituídas de campos elétricos e campos magnéticos. O espectro eletromagnético é o
intervalo completo da radiação eletromagnética que contém as ondas de rádio, as microondas, o
infravermelho, os raios X, a radiação gama, os raios violeta e a luz visível ao olho humano. 
De forma geral, os vários tipos de ondas eletromagnéticas diferem quanto ao comprimento de
onda, fato esse que modifica o valor da frequência, e também da forma com que elas são
produzidas e captadas, ou seja, de qual fonte elas originam e quais instrumentos são utilizados
para que se possa captá-las. No entanto, todas elas possuem a mesma velocidade, ou seja, v = 3,0
x 108m/s e podem ser originadas a partir da aceleração de cargas elétricas. 

18.0.1.Rádio 

As ondas eletromagnéticas de baixas frequências, até cerca de 108 Hz, são denominadas de ondas
de rádio. São denominadas dessa forma porque são utilizadas para fazer as transmissões das
estações de rádio. Nas estações existem circuitos elétricos próprios que fazem com que os
elétrons da antena emissora oscilem, emitindo as ondas de rádio que transportam mensagens. 

18.0.2.Microondas 

São ondas de frequência bem mais elevadas que as frequências das ondas de rádio. Essas ondas
possuem freqüências compreendidas entre 108 Hz e 1011 Hz. Hoje essas ondas são utilizadas
amplamente na fabricação dos aparelhos de microondas como também nas telecomunicações,
transportando sinais de TV via satélite ou transmissões telefônicas. 

18.0.3.Radiação-Visível 

As ondas eletromagnéticas que possuem frequência compreendida entre 4,6 x 10 14 Hz e 6,7 x
1014são de extrema importância para nós, seres humanos, pois elas são capazes de sensibilizar
nossa visão, essas são as chamadas radiações luminosas, ou seja, a luz. As radiações luminosas
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possuem um pequeno espaço no espectro eletromagnético. Sendo assim, os olhos humanos não
conseguem ver o restante das radiações que compõe o espectro eletromagnético. 

18.0.4.Radiação-Ultravioleta 

As frequências dessa radiação são superiores às da região visível ao olho humano. Essas
radiações são emitidas pelos átomos quando excitados como, por exemplo, em lâmpadas de
vapor mercúrio (Hg), acompanhando a emissão de luz. Por não serem visíveis os raios
ultravioletas podem causar sérios danos à visão humana.

19.0. Propriedade e aplicação do espectro eletromagnético

 Ondas de radio: baixas frequências e grandes comprimentos de onda. As ondas


eletromagnéticas nesta faixa são utilizadas para comunicação a longa distância.
 Micro-ondas: situam-se na faixa de 1 mm a 30 cm ou 3 • 1011 a 3 • 109 Hz. Nesta faixa
de comprimentos de onda podem-se construir dispositivos como radares.
 Infravermelho: grande importância para o Sensoriamente Remoto. Engloba radiação
com comprimentos de onda de 0,75 um a 1,0 mm.
 Luz Visível: é definida como a radiação capaz de produzir a sensação de visão para o
olho humano normal.
 Ultravioleta: uso para deteção de minerais por luminescência e poluição marinha.
 Raios X: por se constituir de fótons de alta energia, os raios-X são altamente
penetrantes, sendo uma poderosa ferramenta em pesquisa sobre a estrutura da matéria.
 Raios Gama: são os raios mais penetrantes das emissões de substâncias radioativa.

20.0. Espectro optico


É a porção do espectro eletromagnético cuja radiação é composta por fótons capazes de
sensibilizar o olho humano de uma pessoa normal.
Com a evolução da Física ao longo dos anos, os cientistas perceberam que a luz possui um
comportamento similar ao das ondas eletromagnéticas, a luz é uma oscilação e se propaga no
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vácuo com uma certa variação no tempo (frequência). Podemos associá-la como um exemplo
para o som, sem caracterizar muitos detalhes o som é uma vibração mecânica do ar, onde
frequências diferentes caracterizariam sons graves e agudos. Assim como o som, as frequências
determinam as cores para a luz, para uma determinada faixa de frequências podemos observar as
cores, e essa faixa de cores é chamada de espectro de luz visível.

Os limites do espectro visível variam de pessoa para pessoa, mais ou menos, sendo assim, os
olhos dos seres humanos tem uma faixa definida, se limitando entre 350nm a 700nm dos
comprimentos de ondas para a luz visível.

Podemos dizer então que para cada cor temos uma determinada frequência e comprimento de
onda que a distingue das demais, temos por exemplo: a luz vermelha que é uma luz de menor
frequência e consequentemente menor energia, já o violeta é uma luz de maior frequência e nos
submete a maior energia.

Existe a relação entre comprimento de onda (λ) e frequência (f), cuja relação é inversamente
proporcional, onde o comprimento da onda é dado pela divisão da velocidade da onda (no caso
velocidade da luz  (c = 3x108m/s)), pela frequência da onda.

λ = c/f

Abaixo segue uma tabela que ilustra bem cada faixa de frequência e comprimento de onda para
as faixas de luz visíveis.

Cor Comprimento de onda (nm) Frequência (THz)


Vermelho 625 a 740 480 a 405
Laranja 590 a 625 510 a 480
Amarelo 565 a 590 530 a 510
Verde 500 a 565 600 a 530
40
Ciano 485 a 500 620 a 600
Azul 440 a 485 680 a 620
Violeta 380 a 440 790 a 680

Corpo negro
Corpo negro é aquela que melhor absorve e emite radiação eletromagnética.

Radiação do corpo negro


É a radiação eletromagnética emitida por um corpo negro quando aquecido a uma certa
temperatura.

 A radiação térmica, é a radiação eletromagnética que um corpo emite a custa da sua


energia interna, isto é, a custa da sua temperatura.
 A radiação térmica é constituída, fundamentalmente, por radiação infravermelha.
 A troca de calor por condução ocorre quando se põe em contacto dois corpos e o calor se
transmite de um ponto para o outro do corpo sem que haja transporte de matéria. A
transferência de calor por condução ocorre apenas nos sólidos.
 A troca de calor por convenção ocorre quando as partículas que constituem o corpo se
deslocam de um ponto para o outro devido a variação da sua densidade. Esta forma de
transferência de calor ocorre nos líquidos e gases.
 A troca de calor por radiação é aquela que ocorre através de ondas ou radiações
eletromagnéticas.
 A teoria de Prévost estabelece que – quando um corpo esta a mesma temperatura que o
meio que o circundada, a radiação emitida para o meio que o circunda é igual a radiação
absorvida pelo mesmo meio.
 Um corpo que é um bom absorvente de radiação é também um bom emissor, pois caso
contrário, a sua temperatura iria aumentar para alem (acima) da temperatura do meio
circundante.
 Corpo negro é aquele que melhor absorve e emite radiação eletromagnética.

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Leis da radiação do corpo negro

Lei de Wien
 A lei de Wien estabelece que o comprimento da onda máxima da radiação emitida por
um corpo negro é inversamente proporcional a sua temperatura.
 Como consequência da lei da Wien temos a equação:

 Onde b é a constante de Wien ( b = 2,7.10-3m.k )

Lei de Stefan-Boltzman
 A lei de Stefan-Boltzman, estabelece que a emissidade de um corpo negro é diretamente
proporcional a quarta potência da sua temperatura.
 Como consequência da lei de Stefan-Boltzman temos a equação:

A expressão abaixo indica o valor da constante de Stefan-Boltzman.

21.0. Exercícios de aplicação

1 Por qual motivo as ondas eletromagnéticas limítrofes receberam os nomes: infravermelho


e ultravioleta, quando estão na faixa de luz visível?

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2 A velocidade das ondas eletromagnéticas no vácuo é de 3. 108 m/s. Calcule qual a
frequência dos raios X, sabendo que sua onda possui comprimento de 0,1 Å

3 Um forno de micro-ondas é projetado para, mediante um processo de ressonância,


transferir energia para os alimentos que necessitamos aquecer ou cozer. Nesse processo
de ressonância, as moléculas de água do alimento começam a vibrar, produzindo o calor
necessário para o cozimento ou aquecimento. A frequência de ondas produzidas pelo
forno é da ordem de 2,45.109 Hz, que é  igual à frequência própria de vibração da
molécula de água.

a) Qual o comprimento das ondas do forno?

b) Por que os fabricantes de forno micro-ondas aconselham aos usuários a não utilizarem
invólucros metálicos para envolver os alimentos?

4 Em 1895, o físico alemão Wilheim Conrad Roentgen descobriu os raios X, que são
usados principalmente na área médica e industrial. Esses raios são:

a) Radiações formadas por partículas alfa com grande poder de penetração.

b) Radiações formadas por elétrons dotados de grandes velocidades.

c) Ondas eletromagnéticas de frequências maiores que as das ondas ultravioletas.

d) Ondas eletromagnéticas de frequências menores do que as das ondas luminosas.

e) Ondas eletromagnéticas de frequências iguais as das ondas infravermelhas.

5 Um roteador wireless emite ondas eletromagnéticas com frequência de 5,0 GHz. Sabe-se
que a velocidade de propagação desta onda, no ar, é igual à velocidade da luz no vácuo (c
= 300 000 Km/s). Calcule o valor do comprimento de onda λ , em metros, para essa onda.

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22.0. Conclusão
Apos uma longa e cansativa viagem de investigação sobre as ondas mecânicas e
eletromagnéticas foi percetível que as ondas mecânicas apenas podem se propagar em meios
materiais que são metais, água, corda, mola, som entre outos meios materiais. Uma vez que para
que haja uma onda mecânica tem de haver uma origem de perturbação (força). Se considerarmos
uma pessoa segurando uma corda presa numa das extremidades se ela aplica uma força na
extremidade solta sacudindo a corda ela cria uma perturbação mecânica que transporta energia
sem transportar matéria, essa perturbação será constituído por pulso, crista, vale, amplitude,
frequência, período, velocidade, comprimento de onda essa e será governada pelas leis de
Newton o que indica todas as características que uma onda mecânica deve possuir.
As ondas mecânicas tem uma grande importância no nosso dia-a-dia quando escutamos musica,
quando conversamos elas estão sempre presente.
Já as ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo isto é, não necessitam de um meio material
para se propagarem elas são caracterizadas por propagarem-se em linha recta, sofrem reflexão,
refração, interferência, dispersão, polarização e por terem uma velocidade que pode ser
considerada como maior velocidade de propagação, a esta velocidade foi atribuída uma constante
conhecida como velocidade da luz no vácuo esta velocidade pode atingir cerca de 3.10 8m/s (c =
3.108m/s). As ondas eletromagnéticas constituem uma grande importância para o homem, pois
elas estão presente no nosso dia-a-dia quando enxergamos os objetos a nossa volta, quando
ligamos a TV, quando estouramos pipocas no forno de micro-ondas.

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23.0. Bibliografia

Titulo: prontuário de física


Editora: MIR, Moscovo
Autores: B.M. Yavorski e A.A. Detaf
Titulo: Manual de física básica vol. 1
Autores: o coletivo de professores de física de Maputo, 1993
Titulo: Manual de física geral e experimental 12a classe vol. 2
Editora: Companhia editora nacional
Autores: José Galdembrg
Site:
 www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/classificacao.php
 mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ondas-mecanicas.htm
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_mecânica
 brasilescola.uol.com.br/fisica/ondas.htm

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