Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
12.ºAno
Revisões de Sucessões
Caderno 3
Uma sucessão de números reais, (𝑎𝑛 ), é uma função 𝑓, em que o domínio é o conjunto dos números naturais e
as imagens são números reais.
𝑓:ℕ → ℝ
𝑛 ↦ 𝑎𝑛
O gráfico de uma sucessão é constituído pelo conjunto de pontos de coordenadas (𝑛, 𝑓(𝑛)), com 𝑛 ∈ ℕ, logo
será sempre um conjunto de pontos isolados.
𝟏
𝒇(𝒏) = 𝟏 +
𝒏
Exemplo:
𝑎1 = 1
{
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 𝑛, 𝑛 ≥ 2
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) é decrescente se cada termo é menor que o seu anterior, ou seja, se e só se
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) é decrescente em sentido lato se cada termo é menor ou igual ao seu termo anterior, ou
seja, se e só se
∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑢𝑛+1 ≤ 𝑢𝑛 ⇔ ∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑢𝑛+1 − 𝑢𝑛 ≤ 0
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) é crescente se cada termo é maior que o seu anterior, ou seja, se e só se
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) é crescente em sentido lato se cada termo é maior ou igual ao seu termo anterior, ou seja,
se e só se
∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑢𝑛+1 ≥ 𝑢𝑛 ⇔ ∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑢𝑛+1 − 𝑢𝑛 ≥ 0
Toda a sucessão crescente, crescente em sentido lato, decrescente, decrescente em sentido lato ou constante é
uma sucessão monótona.
1 − 4n 3 𝑠𝑒 𝑛 ≤ 5 (−1)𝑛
a. un = b. 𝑏𝑛 = { c. 𝑤𝑛 = d. 𝑑𝑛 = 1 + |𝑛 − 5|
n+2 2𝑛 − 8 𝑠𝑒 𝑛 > 5
𝑛
−9
Como (𝑛 + 3)(𝑛 + 2) > 0, ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁 tem-se que
(𝑛+3)(𝑛+2)
< 0, ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁, logo a sucessão (𝑢𝑛 ) é
monótona decrescente.
Assim é possível afirmar que 𝑏𝑛+1 − 𝑏𝑛 ≥ 0, ∀𝑛 ∈ ℕ , logo (𝑏𝑛 ) é monótona crescente em sentido lato.
1 1
c. 𝑤1 = −1, 𝑤2 = 2 , 𝑤3 = − 3
2.º Processo: Recorrendo à escrita do termo geral de ( dn ) sem utilizar o módulo. Temos:
Exemplos:
A. 𝐴 = [1,5]
Por exemplo, 1 e -1 são minorantes de A. ]−∞, 1] é o conjunto dos minorantes de A.
Por exemplo, 5 e 6 são majorantes de A. [5, +∞[ é o conjunto dos majorantes de A.
B. 𝐵 = ]1, +∞[
Por exemplo, 1 é um minorante de B. ]−∞, 1] é o conjunto dos minorantes de B.
Este conjunto não tem majorantes.
Um conjunto 𝐴 ⊆ ℝ diz-se limitado se for minorado e majorado, isto é, se existirem números reais 𝑚 e 𝑀 tais
que:
∀𝑥 ∈ 𝐴, 𝑚≤𝑥≤𝑀
Observação: 𝐴 ⊆ ℝ é um conjunto limitado se, e somente se, estiver contido num intervalo fechado.
Seja 𝐴 ⊆ ℝ.
• Diz-se que um número real é máximo de A se pertencer a A e for majorante de A.
• Diz-se que um número real é mínimo de A se pertencer a A e for minorante de A.
Se um conjunto de números reais admitir um máximo (respetivamente, mínimo), esse máximo (respetivamente,
mínimo) é único.
6. SUCESSÕES LIMITADAS
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) diz-se majorada se o conjunto {𝑢𝑛 : 𝑛 ∈ 𝐼𝑁} dos respetivos termos for majorada. Os
majorantes do conjunto de termos chamam-se majorantes da sucessão.
2 2 1
Exemplo: Seja 𝑢𝑛 = 𝑛. Os primeiros termos desta sucessão são 2, 1, , ,…
3 2
2𝑛+1
Exemplo: Mostre que a sucessão de termo geral 𝑢𝑛 = 𝑛
é limitada.
2𝑛+1 2𝑛 1 1
Resolução: Sabe-se que = + =2+ .
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
1 1
Como 0 < 𝑛 ≤ 1, ∀𝑛 ∈ ℕ, vem que 2 < 2 + 𝑛 ≤ 3 , ∀𝑛 ∈ ℕ
A proposição ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁, 𝑃(𝑛) ⇒ 𝑃(𝑛 + 1) designa-se por hereditariedade da condição 𝑃(𝑛) e o antecedente da
implicação, 𝑃(𝑛), chama-se hipótese de indução.
Exemplo: Prove, por indução matemática que é verdadeira a propriedade: ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁, 3𝑛 × 2𝑛 = (3 × 2)𝑛 .
Resolução:
Resolução:
Se n = 1 : 12 + 7 1 = 8 e 8 é um número par
Tese de Indução: (n + 1)2 + 7(n + 1) é um número par, n IN , ou seja, vamos provar que se n 2 + 7n é um
número par, n IN , então (n + 1)2 + 7(n + 1) também é um número par, n IN
Demonstração:
(n + 1) 2 + 7(n + 1) = n 2 + 2n + 1 + 7n + 7 = n 2 + 7n + 2n + 8 = n 2 + 7n + 2 ( n + 4 )
Sendo que 𝑃(1) é verdadeira e que ∀ 𝑛 ∈ 𝐼𝑁, 𝑃(𝑛) ⇒ 𝑃(𝑛 + 1), então a proposição ∀𝑛 ∈ 𝐼𝑁, 𝑃(𝑛) é
verdadeira, ou seja, para qualquer número natural 𝑛, 𝑛2 + 7𝑛 é um número par.
8. PROGRESSÕES ARITMÉTICAS
Dados 𝑎 e 𝑟 ∈ ℝ, designa-se por progressão aritmética de primeiro termo 𝑎 e razão 𝑟 a sucessão definida por
recorrência da forma:
𝑢1 = 𝑎 e 𝑢𝑛+1 = 𝑢𝑛 + 𝑟 , ∀𝑛 ∈ ℕ
Pelo que 𝑟 = 𝑢𝑛+1 − 𝑢𝑛 , ∀𝑛 ∈ ℕ, ou seja, numa progressão aritmética, a razão da progressão aritmética é
igual à diferença entre quaisquer dois termos consecutivos.
Resolução:
O gráfico de uma progressão aritmética é constituído por pontos isolados que fazem parte de uma reta.
NOTA: Também se pode obter o termo geral da progressão aritmética conhecidos o termo de ordem 𝑘, 𝑢𝑘 , e
a razão 𝑟, de acordo com a expressão seguinte:
𝒖𝒏 = 𝒖𝒌 + (𝒏 − 𝒌) × 𝒓
Exemplo: Determine uma expressão do termo geral da progressão aritmética (𝑢𝑛 ) se:
Resolução:
Dado 𝑛 ∈ ℕ, a sequência (𝑢1 , 𝑢2 , . . , 𝑢𝑁 ) dos 𝑁 primeiros termos de uma progressão aritmética chama-se
progressão aritmética (finita) de comprimento 𝑵.
Dado 𝑛 ∈ ℕ, a soma dos termos de uma progressão aritmética de comprimento 𝑵, (𝑢1 , 𝑢2 , . . , 𝑢𝑁 ) é dada
por:
𝑁
𝑢1 + 𝑢𝑁
𝑆 = ∑ 𝑢𝑖 = ×𝑁
2
𝑖=1
Exemplo: Determine a soma dos 100 primeiros termos da progressão de termo geral 𝑢𝑛 = 4 − 𝑛.
Exemplo: Determine a soma de todos os números ímpares compreendidos entre 111 e 2017 (inclusive).
Resolução:
Pretendemos calcular a soma 111 + 113 + 115 + ⋯ + 2017. As parcelas desta soma estão em progressão
aritmética de razão 2.
Determinemos o termo geral, (𝑢𝑛 ). Por se tratar de uma progressão aritmética de razão 2 e primeiro termo
111 , vem que: 𝑢𝑛 = 111 + (𝑛 − 1) × 2 = 109 + 2𝑛.
Para sabermos a ordem do termo 2017, resolvemos a equação
𝑢𝑛 = 2017 ⟺ 109 + 2𝑛 = 2017 ⟺ 𝑛 = 954
Concluímos, assim, que temos 954 parcelas. Logo,
954
𝑢1 + 𝑢954 111 + 2017
111 + 113 + 115 + ⋯ + 2017 = ∑ 𝑢𝑖 = × 954 = × 954 = 1015056
2 2
𝑖=1
9. PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
Dados 𝑎 e 𝑟 ∈ ℝ, designa-se por progressão geométrica de primeiro termo 𝑎 e razão 𝑟 a sucessão definida por
recorrência da forma:
𝑢1 = 𝑎 e 𝑢𝑛+1 = 𝑢𝑛 × 𝑟 , ∀𝑛 ∈ ℕ
𝑢𝑛+1
Pelo que 𝑟 = 𝑢𝑛
, ∀𝑛 ∈ ℕ, ou seja, numa progressão geométrica, a razão da progressão geométrica é igual
ao quociente entre quaisquer dois termos consecutivos, desde que nenhum dos termos seja nulo.
𝑢𝑛+1
1.º Passo: Determinar a razão 𝑢𝑛
.
𝑢𝑛+1
2.º Passo: Se a razão for constante, isto é, não depender de 𝑛, então concluímos que se trata de uma
𝑢𝑛
𝑢𝑛+1
progressão geométrica. Se a razão 𝑢𝑛
depender de 𝑛, concluímos que não se trata de uma progressão
geométrica.
Resolução:
𝑢𝑛+1 2×52−(𝑛+1) 52−𝑛−1 1
= = = 51−𝑛−(2−𝑛) = 5−1 = 5 ∈ ℝ ,
𝑢𝑛 2×52−𝑛 52−𝑛
1
logo (𝑢𝑛 ) é uma progressão geométrica de razão 5.
TERMO GERAL:
O termo geral da progressão geométrica de primeiro termo 𝑢1 ∈ ℝ e razão 𝑟 não nula é:
𝒖𝒏 = 𝒖𝟏 × 𝒓𝒏−𝟏
NOTA: Também se pode obter o termo geral da progressão geométrica conhecidos o termo de ordem 𝑘, 𝑢𝑘 , e a
razão 𝑟, de acordo com a expressão seguinte:
𝒖𝒏 = 𝒖𝒌 × 𝒓𝒏−𝒌
Exemplo: Escreva uma expressão do termo geral da progressão geométrica (𝑢𝑛 ) se:
1
a) 𝑢1 = −4 e a razão da progressão é 2 b) 𝑢2 = e a razão da progressão é 2
2
Resolução:
1
a) 𝑢𝑛 = −4 × 2𝑛−1 = −22 × 2𝑛−1 = −2𝑛+1 b) 𝑢𝑛 = × 2𝑛−2 = 2−1 × 2𝑛−2 = 2𝑛−3
2
O estudo da monotonia de uma progressão geométrica pode ser feito a partir do conhecimento da razão 𝑟 e do
seu primeiro termo 𝑢1 .
Resolução:
𝑢4 = 𝑢2 × 𝑟 4−2 ⟺ 24 = 12 × 𝑟 2 ⟺ 𝑟 2 = 2 ⟺ 𝑟 = −√2 ∨ 𝑟 = √2
Uma vez que (𝑢𝑛 ) é uma sucessão monótona, então 𝑟 > 0, ou seja, 𝑟 = √2.
16
𝑢20 = 𝑢4 × 𝑟 20−4 = 24 × (√2) = 6144
Dado 𝑁 ∈ ℕ, a sequência (𝑢1 , 𝑢2 , . . , 𝑢𝑁 ) dos 𝑁 primeiros termos de uma progressão geométrica chama-se
progressão geométrica (finita) de comprimento 𝑵.
1
Exemplo: Seja (𝑎𝑛 ) uma progressão geométrica de razão 2 com 𝑎1 = 2. Calcule a soma 𝑎9 + 𝑎10 + … + 𝑎18 .
Resolução:
1.º Processo
1 1 − 218 1 1 − 28 −262 143 −255
𝑆18 − 𝑆8 = × − × = − = 130 944
2 1−2 2 1−2 −2 −2
2.º Processo
Trata-se da soma de 10 (18 − 9 + 1 = 10) termos consecutivos de uma progressão geométrica de razão 2,
1
cujo termo geral é 𝑎𝑛 = × 2𝑛−1 = 2𝑛−2 .
2
Exemplo: Numa progressão geométrica (𝑎𝑛 ) sabe-se que 𝑆5 = 1,21 e que a razão é −2. Calcule o 6. ° termo
desta progressão.
Resolução:
1−𝑟 5 1−(−2)5
𝑆5 = 𝑎1 × 1−𝑟
, logo 1,21 = 𝑎1 × 1−(−2)
⟺ 𝑎1 = 0,11
Dada uma sucessão (𝑢𝑛 ), um número real 𝑙 diz-se limite da sucessão (𝒖𝒏 ) ou limite de 𝒖𝒏 quando 𝒏 tende para
+∞, quando, para todo o número real 𝛿 > 0, existir uma ordem 𝑝 ∈ ℕ tal que ∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 𝑝 ⇒ |𝑢𝑛 − 𝑙| < 𝛿.
Nesta situação, diz-se que 𝑢𝑛 tende para 𝑙 e representa-se por 𝑢𝑛 ⟶ 𝑙.
Se existir um número real 𝑙 tal que 𝑢𝑛 ⟶ 𝑙, diz-se que a sucessão (𝑢𝑛 ) é convergente.
Caso não seja convergente, diz-se que a sucessão é divergente.
Uma sucessão (𝑢𝑛 ) convergente é sempre limitada.
3𝑛+1
Exemplo: Considere a sucessão (𝑢𝑛 ) definida por 𝑢𝑛 = 𝑛
Resolução:
3𝑛+1 3𝑛+1−3𝑛 1
a) |𝑢𝑛 − 3| < 0,02 ⇔ | 𝑛 − 3| < 0,02 ⇔ | 𝑛 | < 0,02 ⇔ |𝑛| < 0,02
1 1 1
Como 𝑛 ∈ ℕ, > 0 e consequentemente, | | = .
𝑛 𝑛 𝑛
1 1 1
Assim, | | < 0,02 ⇔ < 0,02 ⇔ 𝑛 > ⇔ 𝑛 > 50
𝑛 𝑛 0,02
b) Pela definição de limite de uma sucessão, lim 𝑢𝑛 = 3 se para qualquer número real 𝛿 > 0, existir uma
ordem 𝑝 ∈ ℕ tal que ∀𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 𝑝 ⇒ |𝑢𝑛 − 3| < 𝛿.
Seja 𝛿 > 0 um número qualquer. Então,
3𝑛 + 1 3𝑛 + 1 − 3𝑛 1 1 1
|𝑢𝑛 − 3| < 𝛿 ⇔ | − 3| < 𝛿 ⇔ | |<𝛿⇔| |<𝛿⇔ <𝛿⇔𝑛>
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝛿
1
Concluímos, então, que, para qualquer 𝛿 > 0, se considerarmos um número natural 𝑝 superior a 𝛿, se
para todo o 𝐿 > 0, existir uma ordem 𝑝 ∈ ℕ tal que ∀ 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 𝑝 ⇒ 𝑢𝑛 < −𝐿.
Uma sucessão que tende para −∞ ou +∞ não pode ser limitada, logo não é convergente e, portanto, é
divergente.
Resolução:
Portanto, para qualquer número real positivo 𝐿, existe uma ordem 𝑝 𝜖 ℕ, 𝑛 ≥ 𝑝 ⟹ 𝑢𝑛 > 𝐿.
2𝐿−1
Nesse caso, 𝑝 é qualquer número natural superior a 7
.
Dada uma sucessão (𝑢𝑛 ) com limite 𝑙 ∈ ℝ ou que tende para +∞ ou para −∞ (respetivamente sem limite),
qualquer sucessão (𝑣𝑛 ) que possa ser obtida de (𝑢𝑛 ) alterando apenas um número finito de termos tem o
mesmo limite (respetivamente não tem limite).
• Produto de uma sucessão limitada por uma sucessão com limite nulo
Dada uma sucessão (𝑢𝑛 ) limitada e uma sucessão (𝑣𝑛 ) com limite nulo, tem-se que lim(𝑢𝑛 𝑣𝑛 ) = 0
2𝑛2 +𝑛
Exemplo: Mostre que é convergente a sucessão definida por 𝑢𝑛 = 𝑛2
.
Resolução:
Comecemos por estudar a monotonia da sucessão:
2𝑛2 +𝑛 1
Por outro lado, sabemos que se trata de uma sucessão limitada, pois, como = 2 + e como, para todo
𝑛2 𝑛
1 1
𝑛 ∈ ℕ, 0 < 𝑛 ≤ 1, vem que 2 < 2 + 𝑛 ≤ 3.
1
Conclui-se assim que a sucessão é limitada, pois 2 < 2 + 𝑛 ≤ 3, ∀ 𝑛 ∈ ℕ.
Dado que se (𝑢𝑛 ) é uma sucessão monótona e limitada, então é uma sucessão convergente.
4𝑛
Exemplo: Determine o limite da sucessão de termo geral (−1)𝑛 × 𝑛2 +𝑛.
Resolução:
O limite pedido é o limite do produto de duas sucessões. A sucessão de termo geral (−1)𝑛 é uma sucessão
4𝑛
limitada, sendo que −1 ≤ (−1)𝑛 ≤ 1, ∀𝑛 ∈ ℕ e a sucessão de termo geral 𝑛2 +𝑛 tem limite nulo.
4𝑛 4𝑛 4
lim 2 = lim = lim =0
𝑛 +𝑛 𝑛(𝑛 + 1) 𝑛+1
4𝑛
Assim, lim [(−1)𝑛 × ] = 0.
𝑛2 +𝑛
Sejam (𝑎𝑛 ) e (𝑏𝑛 )duas sucessões convergentes tais que lim 𝑎𝑛 = 𝑎 e lim 𝑏𝑛 = 𝑏, com 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ:
• lim(𝑎𝑛 )𝑘 = (lim 𝑎𝑛 )𝑘 = 𝑎𝑘 , 𝑘 ∈ ℕ
• lim(𝑎𝑛 )𝑘 = (lim 𝑎𝑛 )𝑘 = 𝑎𝑘 , 𝑘 ∈ ℚ+ e 𝑎𝑛 ≥ 0, ∀ 𝑛 ∈ ℕ
• lim(𝑎𝑛 )𝑘 = (lim 𝑎𝑛 )𝑘 = 𝑎𝑘 , 𝑘 ∈ ℚ e 𝑎𝑛 > 0, ∀ 𝑛 ∈ ℕ
𝒏
10.6. LIMITE DA SUCESSÃO DEFINIDA POR √𝒂, 𝒂 > 0
•
𝑛
lim √𝑎 = 1, 𝑛 ∈ ℕ e 𝑛 ≥ 2
a. lim (1 + 𝑛)
2
b. lim((−1)𝑛 + 2) c. lim(1 − √𝑛) 1 𝑛
d. lim ( )
2
(
e. lim 1- 3
n-1
)
Resolução:
2 2
a. lim (1 + ) = 1 + =1+0=1
𝑛 +∞
1 𝑛 1 +∞
d. lim (2) = (2) =0
(
e. lim 1- 3
n-1
) = 1- 3+¥
= 1- ( +¥) = 1- ¥ = -¥
10.7. INDETERMINAÇÕES
0
Das operações com sucessões convergentes podem resultar situações como, 0.
∞
Das operações com sucessões divergentes podem resultar situações como, ∞ − ∞, ∞ e 0 × ∞.
Nestes casos não é possível indicar de uma forma direta o limite. Por vezes, esse limite nem existe. São situações
de indeterminação.
Quando, efetuando alguns cálculos, se consegue determinar o limite, diz-se que se levantou a indeterminação.
Revisões de Sucessões 2019/2020 P á g i n a | 15
Exemplo: Calcule os seguintes limites.
Resolução:
4 4
a. lim (− 𝑛+1) = − +∞ = 0
6 6 6
−3𝑛3 +6𝑛2 𝑛3 (−3+ ) 𝑛2 (−3+ ) −3+ −3
𝑛 𝑛 2 𝑛
b. lim 𝑛+1 = lim 1 = lim 1 = lim 𝑛 × lim 1 = +∞ × 1
= −∞
𝑛(1+ ) 1+ 1+
𝑛 𝑛 𝑛
1 1 1 1
√𝑛2 (1+ 2) √𝑛2 ×√1+ 2 |𝑛|×√1+ 2 𝑛× √1+ 2
√𝑛2 +1 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 1 1
c. lim 𝑛 = lim 𝑛
= lim 𝑛
= lim 𝑛
= lim 𝑛
= lim √1 + 𝑛2 = √1 + +∞ = 1
7𝑛+3 7𝑛 ×73 73 7𝑛 73 7 𝑛 73
d. lim = lim = × lim = × lim ( ) = × (+∞) = +∞
2𝑛+2 2𝑛 ×22 22 2𝑛 22 2 22
2
(𝑛−√𝑛2 +3)(𝑛+√𝑛2 +3) 𝑛2 −(√𝑛2 +3) 𝑛2 −𝑛2 −3
e. lim(−√𝑛2 + 3 + 𝑛) = lim(𝑛 − √𝑛2 + 3) = lim = lim = lim =
𝑛+√𝑛2 +3 𝑛+√𝑛2 +3 𝑛+√𝑛2 +3
−3 −3 −3
lim = +∞+ = +∞ = 0
𝑛+√𝑛2 +3 √+∞+3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
2 − 4n
1. Considere a sucessão de termo geral u n = .
n+3
1.1 Determine os 4 primeiros termos da sucessão.
1.2 Verifique se 2,25 é termo da sucessão.
1.3 Determine o termo de ordem 84.
1.4 Estude a monotonia da sucessão.
1.5 Prove que para todo o 𝑛 natural, u n −5 .
a = −5
2. Considere a sucessão (a n ) definida por 𝑎𝑛 = 1 .
an+1 = an + 3 , n IN
2.1 Determine os quatro primeiros termos de (a n ) .
𝑢1 = 𝑎
4. Seja 𝑎 um número real. Considere a sucessão (𝑢𝑛 ) definida por {
𝑢𝑛+1 = −3𝑢𝑛 + 2, ∀ 𝑛 ∈ ℕ
Qual é o terceiro termo desta sucessão?
(A) 6𝑎 + 4 (B) 9𝑎 − 4 (C) 6𝑎 − 4 (D) 9𝑎 + 4
Exame Nacional 2015 – 1ª fase
5. Qual das expressões seguintes é termo geral de uma sucessão monótona e limitada?
(A) (−1)𝑛 (B) (−1)𝑛 .𝑛 1
(C) − 𝑛 (D) 1 + 𝑛2
1
6. De uma progressão geométrica (𝑎𝑛 ), sabe-se que o terceiro termo é igual a 4 e que o sexto termo é igual a 2.
Qual é o valor do vigésimo termo?
(A) 8192 (B) 16384 (C) 32768 (D) 65536
Exame Nacional 2015 – Época Especial
𝑛 𝑠𝑒 𝑛 ≤ 20
7. Seja (𝑢𝑛 ) a sucessão definida por 𝑢𝑛 = { (−1)𝑛 𝑠𝑒 𝑛 > 20
11. De uma progressão aritmética (𝑢𝑛 ) sabe-se que o terceiro termo é igual a 4 e que a soma dos doze primeiros
termos é igual a 174.
Averigue se 5371 é termo da sucessão (𝑢𝑛 )
Exame Nacional 2018 – 2.ª Fase
𝑛+5
12. Considere a sucessão (𝑢𝑛 ) de termo geral 𝑢𝑛 = 𝑛+3.
Estude a sucessão (𝑢𝑛 ) quanto à monotonia.
Exame Nacional 2018 – Época Especial
Determine a menor ordem a partir da qual todos os termos da sucessão (𝑢𝑛 ) são maiores do que −0,01.
Exame Nacional 2019 – Época Especial
16n + 1 1
16. Considere as sucessões de termos gerais: un = e vn = 5 −
n n
16.1 Calcule lim un e lim v n .
2
17. Considere a sucessão (𝑤𝑛 ) de termo geral 𝑤𝑛 = 3𝑛+1 − 4.
Prove, utilizando a definição de limite, que lim 𝑤𝑛 = −4.
1 1 1
19. Determine o limite da sucessão de termo geral 𝑢𝑛 = 1 + 2 + 4 + ⋯ + 2𝑛.
20.5.
lim
n+ 1
n+ 2
20.6.
lim
( -1)
n
´ 4n 20.7.
lim ( n+1 - n ) 20.8. lim √
6𝑛2
5𝑛+10
n2 + n