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Reprodução sexuada em Lillium

Biologia e Geologia 11ºano

Beatriz Oliveira nº2, Gonçalo Amaral nº8, Luís Guimarães nº17, Miguel Chaves nº19 11ºB
Curso de Ciências e Tecnologias
Escola Básica e Secundária de Águas Santas
Introdução:
Na reprodução sexuada as unidades reprodutivas são sempre unicelulares e o novo indivíduo
só é produzido após a união de duas unidades: os gâmetas ou células sexuais que são
células destituídas de parede celular, delimitadas apenas pela membrana citoplasmática,
tornando a fusão possível. Este tipo de reprodução possibilita a recombinação dos genes
originando descendentes que são geneticamente distintos dos progenitores, o que provém de
importantes mecanismos de adaptação. As angiospérmicas são um subgrupo do Reino Plantae,
que carrega em si características únicas que o diferenciam de todos os outros. A novidade das
angiospérmicas em relação aos seus precedentes é o surgimento das flores e dos frutos,
estruturas fundamentais para a reprodução desses seres vivos.
Para compreender o ciclo de vida de uma planta, vamos estudar a reprodução nas
angiospérmicas, dando ênfase à flor, estrutura onde estão localizados os órgãos reprodutores.
A Lillium é considerada uma angiospérmica, os seus órgãos estão representados na imagem da
figura 1.

NOTA: O conjunto das pétalas e sépalas constitui o perianto.

Fig.1 Constituição da flor de Lillium


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A reprodução nas plantas angiospérmicas (Lillium) é feita de forma sexuada, num ciclo que é
chamado de haplodiplonte. Os ciclos de vida diferem-se uns dos outros pelo momento em
que ocorre a meiose, nos seres haplodiplontes a meiose é pré-espórica, pois a meiose ocorre
antes da formação dos esporos.
As angiospérmicas têm um ciclo de vida muito próprio pois este é caracterizado pelo início da
dispersão dos grãos de pólen pelo indivíduo adulto (2n). Os grãos de pólen são formados a
partir dos microsporângios presentes no estame. A dispersão é feita através do processo de
polinização cruzada, que geralmente ocorre com auxílio de um agente, que pode ser o vento
ou algum animal como insetos e pássaros.
Em termos técnicos, a polinização é o transporte do grão de pólen localizado na antera (parte
do órgão reprodutor masculino) até o estigma (parte do órgão reprodutor feminino). Uma vez
em contato com o estigma, é formado o tubo polínico a partir da germinação do grão de pólen
até atingir o óvulo localizado dentro do ovário.
O óvulo sofre meiose e origina quatro células haploides (n). Por sua vez, sofre mitose,
originando o saco embrionário que contém, em seu interior, diversas estruturas, como o
gâmeta feminino, chamado oosfera (n).
Ao atingir o óvulo, o gâmeta masculino, anterozóide (n), fecunda o gâmeta feminino, formando,
assim, o zigoto ou ovo diploide (2n).
Assim que se inicia a fecundação, os tecidos do óvulo ficam mais rígidos, formando uma casca.
A estrutura conterá o embrião. Esse conjunto recebe o nome de semente. Já o ovário,
modifica-se gerando o fruto que envolve essas sementes.
Dessa forma, as angiospérmicas são conhecidas por apresentarem fecundação dupla. Uma
entre os gâmetas masculino e feminino formando o zigoto ou ovo e, posteriormente, o

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embrião, o outo gâmeta masculino fecunda os núcleos polares e origina a célula mãe do
albúmen que origina o tecido de reserva, o albúmen, (figura 2).

Fig.2 Ciclo de vida de uma angiosperma

Material:
● Flor de Lillium
● Lupa binocular ou lupa de mão ou MOC;
● Bisturi;
● Pinça de disseção;
● Lâminas e lamelas;

Procedimento:
● Identificar os diferentes órgãos da flor;
● Separar cuidadosamente o perianto (as sépalas confundem-se com as
pétalas, chamando-se tépalas– Perianto indiferenciado petaloide);
● Observar os estames e os carpelos e identificar as zonas constituintes
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desses órgãos;
● Com o bisturi cortar transversalmente as anteras e o ovário e observar à
lupa binocular ou de mão ou ao MOC;
● Fotografar cada etapa do procedimento;
● Observar uma antera jovem e identificar diferentes etapas da meiose (no
interior de cada um dos 4 sacos polínicos, só se utilizar o MOC);
● Fotografar as diferentes etapas da meiose e legendar;
● Observar uma antera madura e identificar o número de sacos polínicos;
● Fotografar a antera madura e legendar.

Resultados:

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Fig.3 Recetáculo e Pedúnculo

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Fig.4 Perianto

Fig.5 Órgãos reprodutores femininos e masculinos

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Fig.6 Estame

8
Fig.7 Carpelo

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Fig.8 Corte transversal do ovário

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Fig.9 Antera jovem à lupa binocular

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Fig.10 Antera madura à lupa binocular

Discussão dos resultados:


Após a realização desta atividade prática conseguimos observar as várias partes de uma
angiospérmica. Visualizamos os órgãos reprodutores e concluímos que a flor é responsável pela
reprodução das angiospérmicas.
A Lillium tem um tipo de polinização cruzada, pois transporta os grãos de pólen, visualizados
na antera matura, figura 10, para carpelos de flores pertencentes a outras plantas da mesma
espécie, verificamos isso pois o tamanho do estame não é suficiente para alcançar o carpelo e
assim se autofecundar, como podemos ver na figura 5. A polinização cruzada assegura maior
variabilidade genética dos indivíduos das novas gerações, assegurando assim a sobrevivência da
espécie face a condições adversas do meio.

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Na dupla fecundação os grãos de pólen, que contém dois núcleos haploides (n), fertilizam em
simultâneo a oosfera (gâmeta feminino) e os núcleos polares do saco embrionário, todos estes
órgãos da planta estão inseridos no ovário, como vemos na figura 8. Como resultado da dupla
fecundação a união do gâmeta masculino com a oosfera produzirá o embrião, ao mesmo
tempo acontece a união do gâmeta masculino com o núcleo polar levará à formação do
albúmen. Esse último destaca-se por ser um tecido triploide rico em nutrientes que fornecerá
alimento para o embrião em desenvolvimento, como podemos ver na figura 7 e 9, e levando
assim a formação da semente que por sua vez origina o fruto criando assim um ciclo de vida
haplodiplonte. Este processo é característico das angiospérmicas.
A meiose é uma fase importante da reprodução das angiospérmicas, pois de uma célula mãe
no saco polínico origina-se esporos haploides, esses esporos sofrem mitose, formando assim os
grãos de pólen que pela polinização chega aos gâmetas femininos, pelo tubo polínico, e de
seguida, para formar o fruto, ocorre a fecundação.
Conclusão:
Podemos concluir que após esta atividade ficamos a saber um pouco mais das angiospérmicas
e como se reproduzem e o seu ciclo de vida. Tudo isto é um processo muito complexo e
completo e que necessita de muitos fatores não só externos, mas também de processos como
a meiose, a mitose e a dupla fecundação para se reproduzir e dar continuidade à espécie, tudo
isto acontece na flor. O ciclo de vida da Lillium é haplodiplonte, porque a meiose é pré-
espórica e há alternância de fase nucleares, a geração esporófita coincide com a fase diploide
e a geração gametófita coincide com a fase haploide. O individuo adulto é diplonte. Todas
estas características são típicas das angiospérmicas dando uma identidade a este tipo de
planta.

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Fig.11 Ciclo de vida da Lillium

Bibliografia e webgrafia:
Carrajola, C.; Castro, M. J.Hilário, T. (2008). Planeta com vida : biologia e geologia, 11º ano. 1ª
ed12ª tir. Santillana Constância. Barcarena.
https://www.stoodi.com.br/blog/biologia/angiospermas-o-que-sao/
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18061616022012Morfologia_Interna_e_Extern
a_dos_Vegetais_Aula_13.pdf
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/angiosperma

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