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Observação microscópica de várias estruturas

relacionadas com a reprodução sexuada do


polipódio

Margarida Correia, n. º9
Curso de Ciências e Tecnologias,
11ºCT3, Biologia e Geologia
Professor Francisco Félix
22/01/2023
Resumo
O objetivo deste trabalho de laboratório é observar algumas estruturas relacionadas com a
reprodução sexual do polipódio.

Com a utilização da lupa binocular e do microscópio ótico foi possível analisar diversas estruturas
desta planta, nomeadamente: os esporângios, os soros, os esporos, o arquegónio, o protalo e um
esporófito jovem.

No final da realização desta atividade ficou-se a entender a melhor a morfologia de cada uma destas
partes que têm um importante papel na reprodução sexuada do polipódio, tal como o melhor
entendimento de como a mesma funciona.

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Índice

1. Introdução...........................................................................................................................................

2. Protocolo laboratorial..........................................................................................................................

2.1. Material..........................................................................................................................................

2.2. Procedimento................................................................................................................................

3. Resultados............................................................................................................................................

4. Discussão.............................................................................................................................................

5. Conclusão.............................................................................................................................................

6. Referências bibliográficas....................................................................................................................

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1. Introdução
A reprodução é a função dos seres vivos que os permite originar descendentes,
consequentemente garantindo a continuidade da espécie. É através da divisão celular que é
possível criar novos seres com as mesmas características dos já existentes, apesar de existirem
diferentes mecanismos de reprodução; estes podem ser divididos em duas principais
categorias: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Na reprodução assexuada, os descendentes são produzidos por um único progenitor que utiliza
um processo de divisão celular simples, conhecido como mitose, onde uma célula divide-se em
duas células-filhas que são geneticamente iguais à célula-mãe, o que dá origem a descendentes
geneticamente iguais ao progenitor designados clones.
A reprodução sexuada envolve a junção de gâmetas femininas e masculinas, células
especializadas que provêm de um processo chamado mitose, a união destes permite então
iniciar a fecundação. Na mitose uma célula diploide (2n), ou seja, possui o número normal de
cromossomas da espécie, origina quatro células haploides (n), que possuem apenas metade do
número normal de cromossomas da espécie; já na fecundação, processo complementar ao
anteriormente referido, acontece a fusão dos núcleos dos gâmetas (cariogamia), que por sua
vez cria uma célula conhecida por ovo ou zigoto, que depois de passar por mitoses sucessivas
dá então origem a um ser com ambas as características genéticas dos gâmetas dos
progenitores.
O tipo de reprodução principal utilizado por uma espécie pode ser usado para descrever e
avaliar o seu ciclo de vida, ou seja, a sequência de estados na história reprodutiva de um
organismo, começando na conceção deste até à produção da sua própria descendência.
Dos fenómenos de meiose e fecundação resulta sempre uma alternância de fases nucleares
características, a fase haploide ou haplófase (com n cromossomas), que tem início nas células
que resultam da mitose, e a fase diploide ou diplófase (com 2n cromossomas), que tem início
no ovo ou zigoto.
O polipódio é um feto comum em Portugal que cresce principalmente em locais húmidos e
sombrios. Esta planta é presa ao solo pelas raízes do rizoma, do qual também são provenientes
as folhas desenvolvidas com um limbo recortado, o polipódio pode se reproduzir tanto de
forma assexuada como sexuadamente, apresentando um ciclo de vida haplodiplonte, já que a
meiose é pré-espórica e a duração da fase diplonte e haplonte é semelhante.
A reprodução assexuada dá-se pela fragmentação vegetativa do rizoma, separando os extremos
e originando novas plantas devido à morte das partes intermédias.
Na reprodução sexuada, pequenas estruturas arredondadas e verdes aparecem na parte
inferior dos folíolos, que são designadas por soros, ficam amarelas quando maduras e são
responsáveis pela germinação dos esporos. As células-mãe dos esporos nos esporângios sofrem
meiose para produzirem esporos; os esporângios então rompem-se, libertando os esporos.
Cada esporo germinado produz uma estrutura fotossintética independente chamada protalo. O

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protalo é um gametófito que apresenta anterídios, que formam anterozoides, e arquegónios,
que produzem as oosferas. Os anterozoides nadam para os arquegónios, onde se fundem com
as oosferas. Esta fecundação, dependente de água, produz zigotos diploides que através de
sucessivas divisões mitóticas dão origem a esporófitos individuais.

2. Protocolo laboratorial
2.1. Material
— Lupa binocular — Polipódio
— Microscópio ótico

— Lâminas 2.2.
— Lamelas Procedimento
— Água Procedimento A –
— Soluto de Ringer Observação de
— Agulha de dissecação soros, esporângios
e esporos.
1 — Desenhe uma folha de polipódio com os respetivos soros.
2 — Utilizando a agulha de disseção, destaque um dos soros da página inferior da folha do
polipódio e observe-o com a lupa binocular.
3 — Registe as suas observações.
4 — Retire uma das estruturas arredondadas que constituem o soro e monte-a entre lâmina e
lamela, utilizando como meio de montagem o soluto de Ringer.
5 — Observe ao microscópio e registe as suas observações.

Procedimento B – Observação de protalos com gametângios e com esporófitos jovens, em


preparações definitivas.
1 — Retire uma das preparações definitivas com os gametângios ou esporófitos jovens e
observe ao microscópio.
2 — Registe as suas observações.

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Resultados

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4. Discussão
O polipódio reproduz-se sexuadamente pela germinação dos seus esporos, o que
consequentemente dá origem ao protalo e às estruturas produtoras de gâmetas, o anterídio e o
arquegónio, que são encontradas neste.

Nesta atividade laboratorial observamos todas estas estruturas; primeiramente foi destacada
uma página inferior da folha do polipódio onde foram possíveis observar os soros, conjunto de
esporângios que possui uma cor amarela quando maduro e são responsáveis pela proliferação
dos esporos e a sua germinação. Com o microscópio foi possível observar os esporos
armazenados nos esporângios da planta, tal como as células em U à volta da estrutura, que
quando se rompem libertam o que está no seu interior (esporos).

Ao ver as preparações definitivas com os gametângios, também ao microscópio, conseguimos


identificar o arquegónio e o protalo do polipódio, tal como o anterídio e ainda um esporófito
jovem. O protalo resulta da germinação dos esporos e é um gametófito que possui ambos os
gâmetas femininos, as oosferas formadas no arquegónio, e os masculinos, os anterozoides que
são produzidos pelo anterídio, estes últimos nadam até os arquegónios para poderem fecundar a
oosfera, o que resulta num zigoto diploide que vai dar então origem ao esporófito jovem.

5. Conclusão
A partir da realização desta atividade conseguimos analisar e a ficar a conhecer melhor as
estruturas que permitem a possibilidade do polipódio reproduzir-se sexuadamente. É possível
verificar também que os esporos, que são produzidos nos esporângios, dão origem ao protalo
que possui ambos os gametângios masculinos e femininos e os seus gâmetas, os anterozoides e
as oosferas, respetivamente. Podemos ainda concluir que no ciclo de vida haplodiplonte a
meiose é pré-espórica, o indivíduo adulto é diploide (esporófito) e haploide (protalo), as
estruturas haploides são os esporos, os gâmetas e o protalo, e as estruturas diploides são o
zigoto e o esporófito; existe alternância das fases nucleares haplófase e diplófase e das gerações
gametófita e esporófita, sendo a última mais desenvolvida.

6. Referências bibliográficas
Matias O.; Martins P. (2022) BioFOCO 11 - Geologia e Biologia - 11.º Ano (1ª ed.). Porto: Areal
Editores

https://www.infoescola.com/biologia/ciclo-de-vida-e-reproducao/, acedido em 15 de janeiro de


2023.

https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Haplodiplonte_-_Ciclo_de_Vida,
acedido em 21 de janeiro de 2023.

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