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Myxomycota

1. Caracteres gerais
 720 espécies.
 Em função de deficiência de coletas e falta
de especialistas, menos de 25% das espécies
existentes foram relatadas no país.
 Evidências moleculares: não são relacionados
com os fungos.
 Plasmódio: fase vegetativa diplóide,
multinucleada, desprovida de parede celular (#
fungos), que exibe fluxos reversíveis de
protoplasma.
1. Caracteres gerais
 Cosmopolitas, comuns em florestas
tropicais úmidas.
 Habitat: solo úmido, madeira em
decomposição (saprobióticos) e esterco.
 Protistas heterotróficos:
•locomovem, englobam e digerem
bactérias, leveduras, esporos de fungos e
partículas de material em decomposição (#
fungos).
•absorção de compostos orgânicos
dissolvidos.
1. Caracteres gerais
Todos os núcleos do plasmódio dividem-se
ao mesmo tempo;
 Apresentam centríolos (# dos fungos);
 Mitose similar à das plantas, apesar dos
cromossomos serem muito pequenos.
 Visíveis na natureza, por meio de seus
esporocarpos (esporângio, plasmodiocarpo
ou etálio - esporângios unidos por um perídio
comum) ou plasmódios.
esporângio

plasmódio pedúnculo
Perídio: parede do esporângio, cujo interior
abriga esporos e os capilícios (estruturas
higroscópicas).
2. Morfologia
Plasmódio: massas finas e deslizantes de
protoplasma.

Plasmódio de um mixomiceto, Physarum, crescendo sobre o


tronco de uma árvore.
Plasmódio de mixomicetos: pode pesar até 30 gramas e
cobrir com uma fina camada vários metros quadrados.
2. Morfologia
Locomoção: ameboide (leque).

Túbulos de protoplasma

Imagem do estágio plasmódial de Physarum polycephalum. O Physarum


polycephalum em demonstração está em seu estágio vegetativo plasmodial e
se alimenta de mingau de aveia para continuar o seu crescimento.
2. Caracteres gerais

Túbulos de protoplasma solidificado, através


do qual o protoplasma líquido se movimenta
rapidamente.

Borda do plasmódio: fina camada de gel


separada do substrato pela membrana
plasmática e bainha mucilaginosa.
CICLO DE VIDA DE UM FUNGO Myxomycetes

Plasmodium maduro
Plasmódio se alimentando

Mitose
Zigoto (2n)
Esporângio jovem

Singamia
Esporângio maduro
Mitose

Células amebóides (n)

Legenda
MEIOSE Haplóide(n)
Diplóide (2n)
Células flageladas (n)
Esporos (n)
Germinação de esporos
3. Reprodução assexual e sexual
O plasmódio pode originar estrutura de resistência -
esclerócios - ou esporocarpos (esporângio,
plasmodiocarpo ou etálio), que formam esporos dotados
de parede celular (celulose), em seu interior.
Os esporos de Mixomicetos são uninucleado, globoso e
haplóide. A superfície do esporo pode variar de quase
suave para reticulado.
Esporos de Physarum
polycephalum e Didymium
iridis são espinhosos.
Esses esporos são
dispersos pelas
correntes aéreas.
3. Reprodução sexual
Quando o esporo germina libera protoplasma que
permanece amebóide ou desenvolve de 1 a 4 flagelos lisos
(tipo chicote).
Mixameba - uninucleada, haplóide, ingere alimento por
meio de fagocitose.

Quando a água está disponível gratuitamente, mixameba


pode tornar-se flagelada e nadar pela água.
Durante condições desfavoráveis ​para o crescimento, as
mixamebas cessam o movimento, adquirem forma
arredondada, secretam uma fina parede e formam
microcistos .
3. Reprodução sexual
Mixamebas e células flageladas de esporos
diferentes, podem funcionar como gametas,
fundindo-se aos pares.
Plasmogamia e cariogamia ocorrem e originam o
zigoto diplóide. Este cresce e transforma-se num
plasmódio jovem.
Fatores:
• idade celular, condições ambientais, densidade
das mixamebas e monofosfato de adenosina cíclico
(AMPc).
Escassez de alimento e umidade: migração
(atravessa relvados, sobe em árvores ...).
3. Reprodução sexual

A B

A aparência do plasmodio é variável. Em Physarum


polycephalum (a), é uma estrutura brilhante,
amarelo viscoso enquanto em Didymium iridis (b),
o plasmódio é incolor.
3. Reprodução assexual
Sob determinadas condições o plasmódio
forma esclerócios (seca) ou esporocarpos.

Quando condições desfavoráveis ​prevalecem, o plasmódio forma uma


camada, de proteção frágil e adormece. Esta fase é denominada
esclerócio, e se levada ao microscópio, pode ser observado que é
composta por um número de células multinucleadas menores chamado
macrocistos.
3. Reprodução assexual
Imóvel: divide-se em montículos (efeitos químicos).
Quando a formação de esporângio começa, o plasmódio
torna-se mais denso e forma uma folha de espessura
chamado o hipotalo.

O protoplasma do plasmódio, então torna-se laçado em


nódulos discretos, que representam o primórdio dos
esporângios. Esporos suportados em esporângios (=
alguns táxons de fungos).
3. Reprodução assexual
Os nódulos individuais inicialmente alonga e, como o
desenvolvimento continua a porção basal, que se tornará
a haste, diminui de diâmetro, enquanto a porção superior
se torna o esporângio.

A B

Um único esporângio de Dydmium iridis (a). Um único esporângio


Physarum polycephalum. Observe os lobos numerosos na espécie (b).
Variações do esporângio em Myxomycetes

A B

(A) Diachea leucopodia - Esporângios lembram postes.


(B) Trichia favoginea: o close mostra esporângios bem
agrupados.
Variações do esporângio em Myxomycetes

A B

(A) Lycogala epidendrum: Exemplo de uma espécie que


produz etálios. (B) Fuligo septica: Outro exemplo de
uma espécie que produz etálios (o maior conhecido).
Variações do esporângio em Myxomycetes

A B

(A) Hemitrichia serpula: Exemplo de uma espécie que


produz plasmodiocarpos. (B) Stemonitis sp: exemplo de
um esporângio estipitado.
Variações na morfologia Capilicios

Capillitium (pl. = capillitia): são estruturas


filamentosas que se desenvolvem com esporos
em esporângios.

Funcão: retenção de esporos no esporângios.

Dispersão de esporos é gradual durante um


longo período de tempo.

Capilicios são muitas vezes ornamentada e têm


sido utilizados na definição de alguns taxa em
Myxomycetes.
Variações na morfologia Capillitium

Esporo

Capillitium

Trichia favoginea: Capillitium ornamentado com


anéis anulares.
Variações na morfologia Capillitium

Hemitrichia serpula: Capillitium não ramificado. Composto


de fios de elatérios. Elatérios ornamentadas com espirais
duplas, que vem de direções opostas.
Variações na morfologia Capillitium

Lycogala epidendrum: Capillitium (na verdade


pseudocapillitium), sem qualquer ornamentação distinta e
esporos.
3. Reprodução assexual
Formação de esporos:
• ocorre com a formação das paredes das células
em torno do núcleo diplóide.
• o núcleo em cada esporo vai sofrer meiose para
produzir quatro núcleos (n). Destes, três vão se
degenerar. Assim, apenas uma mixameba resulta
de cada esporo.

Resistentes a condições ambientais extremas


(laboratório – 60 anos).
4. Importância ecológica e
econômica
• é pequena, mas torna-se relevante
academicamente, constituindo-se em
excelente material de estudo para os
pesquisadores de várias áreas.

• pesquisa do ciclo mitótico, morfogênese,


mudanças químicas que interferem na
reprodução, movimento do protoplasma,
entre outros.
5. Sistemática
Reino Protista
Algas
Filo Dinophyta (dinoflagelados)
Filo Euglenophyta (euglenófitas) Protistas heterotróficos
Filo Cryptophyta (criptófitas)
Filo Myxomycota (organismos
Filo Haptophyta (haptófitas)
Filo Oomycota (oomicetos)* plasmodiais, mixomicetos)
Filo Bacillariophyta Filo Dictyosteliomycota
(diatomáceas)* (organismos pseudoplasmodiais,
Filo Chrysophyta (algas
dictiostelidas)
douradas)*
Filo Phaeophyta (algas pardas)* RAVEN (2010)
Filo Rhodophyta (algas
vermelhas)
Filo Clorophyta ou
*heterocontas (algas verdes)
estramenópilos.
6. Técnicas de coleta:

• observação direta de substratos,


• uso de iscas adicionadas às amostras, ou
colocadas no ambiente de coleta.

7. Principais coleções brasileiras:

• Universidade Federal de Pernambuco;


• na UNESP de Botucatu, no Instituto de
Botânica em São Paulo e
• na Universidade de Santa Cruz do Sul, RS.

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