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BIOLOGIA e GEOLOGIA

Ficha de trabalho nº 10
11º Ano Reprodução sexuada:
 Ciclos de vida

Grupo I
Ciclo de vida da Funaria hygrometrica
A funária – Funaria hygrometrica – é uma planta não vascular, pertencente à Divisão Bryophyta e à Classe
Musci, da qual fazem parte 12 mil espécies (o maior grupo das Briófitas).
Os órgãos que constituem os musgos, embora macroscopicamente se assemelhem a raízes, caules e folhas,
não podem ser considerados estruturalmente como tal pois não possuem verdadeiros tecidos de transporte
(são plantas avasculares). Por isso, dizemos que os musgos estão diferenciados em rizoides, cauloides e filoides
(ou filídios).
Os rizoides servem, essencialmente, para a fixação da planta ao substrato. Os filoides, ricos em cloroplastos,
dispõem-se em torno do cauloide que suporta também os órgãos reprodutores.
Embora haja espécies de musgos em que os sexos estão separados, na funária os gâmetas femininos e
masculinos são produzidos no mesmo indivíduo.
Na época da reprodução, na extremidade de um cauloide principal diferenciam-se os gametângios
masculinos, rodeados por uma roseta de filoides; na extremidade de uma ramificação lateral do cauloide
formam-se os gametângios femininos.
Os anterozoides saem dos anterídios, movimentam-se na água por meio de flagelos e atingem a oosfera que
se encontra no interior do arquegónio, ocorrendo a fecundação.
Em condições favoráveis o ovo ou zigoto divide-se,
formando o esporogónio – figura 1.
O esporogónio, quando completamente desenvolvido,
é constituído por um pedículo, a seda ou seta (4), que
apresenta na extremidade uma cápsula ou esporângio (3)
que, quando jovem, possui células-mães dos esporos. A
cápsula possui a recobri-la uma coifa (6), que não é mais
do que a parte superior do arquegónio que rompeu devido
ao crescimento do esporogónio.
Em dias quentes e secos, os esporos maduros são
facilmente expulsos e disseminados, e, quando encontram
condições favoráveis germinam, dando origem cada um a
um corpo filamentoso verde, o protonema. No protonema
desenvolvem-se pequenos gomos que diferenciam
rizoides, cauloides e filoides, constituindo-se assim novas
plantas onde se vão formar gametângios, iniciando-se
novo ciclo.
Quando as condições do meio são favoráveis, os
musgos reproduzem-se por fragmentação (multiplicação vegetativa). Figura 1

1. No ciclo de vida da funária, a meiose ocorre imediatamente…


(A) antes da formação dos gâmetas.
(B) antes da formação dos esporos.
(C) após a formação do zigoto.
(D) após a formação do esporogónio.

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2. As afirmações seguintes dizem respeito ao ciclo de vida da funária.
Seleciona a alternativa que as avalia corretamente.
1. Existe alternância de gerações.
2. Os anterozoides e as oosferas são células haplóides originadas por mitose.
3. Apresenta um ciclo de vida haplonte.
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(B) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(C) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
(D) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.

3. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes relativas à funária.
…... A – A fecundação é interna e dependente da água.
...... B – É uma espécie dióica (os gametângios masculinos e femininos encontram-se em plantas diferentes).
...... C – O gametófito é autotrófico.
...... D – O esporófito é mais desenvolvido que o gametófito.
...... E – O esporófito depende do gametófito sob o ponto de vista trófico.
...... F – A produção de esporos ocorre quando as condições do meio são favoráveis.
...... G – A diplofase é mais diferenciada do que a haplofase.
...... H – A funária pode reproduzir-se assexuadamente.

4. No ciclo representado, as estruturas haplóides estão assinaladas pelos números...


(A) 1, 2, 4, 5 e 7.
(B) 1, 2, 5, 7 e 8.
(C) 1 e 2 apenas.
(D) 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

5. As plantas pertencentes à classe dos Musgos são plantas avasculares, muito simples, que se encontram
preferencialmente em locais húmidos como nos troncos das árvores, nos solos e rochas sombrias. Formam
tapetes fofos e verdes constituídos por um grande número de plantinhas muito juntas que retêm água.
Relaciona as características destas plantas com o modo como os filídios captam a água e os nutrientes.

6. Os fetos estão mais bem adaptados ao ambiente terrestre do que os musgos porque ...
(A) são plantas mais diferenciadas.
(B) apresentam maiores dimensões.
(C) têm vasos condutores da água e nutrientes.
(D) encontram-se numa maior variedade de habitats.

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Grupo II
Ciclo de vida da bodelha – Fucus vesiculosus
A bodelha é uma das algas mais frequentes da nossa costa e inclui-se na categoria das algas castanhas, em
que a clorofila está “mascarada” por um pigmento castanho, a fucoxantina.
O talo plano e ramificado em Y (ramificação dicotómica) apresenta em algumas extremidades umas
dilatações – recetáculos – que contêm várias cavidades globosas – concetáculos. Cada concetáculo, quando
maduro, abre para o exterior por meio de um poro, o ostíolo; no seu interior existem numerosos filamentos
(paráfises), alguns dos quais suportam os gametângios.
A espécie mais comum na costa portuguesa – Fucus vesiculosus – é dióica, isto é, as estruturas reprodutoras
masculinas e femininas encontram-se em talos diferentes. Nesta espécie existem, portanto, indivíduos
femininos que apresentam apenas concetáculos femininos e indivíduos masculinos só com concetáculos
masculinos.Nos concetáculos femininos há numerosos gametângios – oogónios, dando cada um 8 oosferas,
enquanto nos concetáculos masculinos há gametângios – anterídios – em cada um dos quais se formam 64
anterozoides.
Os oogónios e os anterídios jovens são unicelulares e os seus núcleos são diploides (2n). Após a ocorrência
da meiose, cada gametângio fica com 4 células haploides (n). Cada célula-filha resultante da divisão meiótica
do oogónio sofre, então, uma divisão mitótica da qual resultam 8 oosferas haploides. Nos anterídios ocorrem
várias divisões mitóticas sucessivas (4), das quais resultam 64 anterozoides haploides.
Quando os concetáculos estão maduros abrem.
A água do mar penetra no seu interior através do
ostíolo, provocando correntes que fazem mover as
paráfises e facilitam a saída dos gâmetas ainda
envolvidos pela membrana do anterídio ou
oogónio, consoante o caso. Só posteriormente, na
água do mar, ocorre o rompimento desta
membrana e os gâmetas ficam livres, ocorrendo a
fecundação. Desta resulta um zigoto que se fixa a
uma rocha e, germinando, dá origem a uma nova
alga.
Figura 2 - A. Fucus.
B. Corte transversal de um recetáculo (1,
concetáculo).
C. Conteúdo de um concetáculo masculino. Paráfise
fértil com anterídios (2) contendo 64 anterozoides (3)
cada um com um núcleo (4) e dois flagelos (5).
D. Conteúdo de um concetáculo feminino. Cada
oogónio (6) liberta 8 oosferas (7).
E. Os anterozoides rodeiam a oosfera.
F. Penetração do gâmeta masculino (8) no gâmeta
feminino; formação de uma membrana de fecundação
(9).
G. Pronúcleo masculino (8) e pronúcleo feminino antes
da cariogamia.

1. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações relativas ao ciclo de vida de Fucus.
...... A – Existe alternância de gerações.
...... B – Existe alternância de fases nucleares.
…... C – A fecundação é externa.
...... D – A fase haplóide está reduzida aos gâmetas.
...... E – A meiose é pré-espórica.
...... F – Os gâmetas femininos e masculinos são flagelados.
...... G – O ciclo de vida é haplodiplonte.
...... H – Em Fucus existem espécies dióicas e espécies monóicas.

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Grupo III
Ciclo de vida de Plasmodium vivax
A malária é uma doença infecciosa causada por protistas parasitas do género Plasmodium. Estes parasitas
têm um ciclo de vida complexo, que inclui dois hospedeiros: o homem e mosquitos do género Anopheles
(figura 3). Os parasitas passam por diferentes estadios, cada um com uma morfologia e um papel distintos no
seu ciclo de vida.

Figura 3

A malária é uma doença frequente em zonas tropicais e subtropicais favoráveis à reprodução dos
mosquitos, que colocam os ovos em águas estagnadas, onde as larvas eclodem e se alimentam até atingirem o
estado adulto.
Apesar de décadas de combate, a doença tem vindo a ganhar terreno à medida que aumenta a resistência
dos mosquitos aos inseticidas e a resistência dos parasitas aos medicamentos administrados a pessoas
infetadas. Um desses medicamentos é a cloroquina que, por se ter tornado pouco eficaz, tem sido menos
receitada nos últimos anos.
A ocorrência de mutações nos parasitas dá origem a diferentes fenótipos, que podem apresentar
resistências distintas aos medicamentos existentes no mercado. Mutações que conferem resistência aos
medicamentos tornam os parasitas que as apresentam menos aptos em ambientes onde os medicamentos
estão ausentes.

1. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes relativas ao ciclo de vida de
Plasmodium vivax.
...... A – Durante a reprodução no fígado, o crossing-over contribui para a variabilidade genética.
...... B – Ocorrem fenómenos de recombinação genética no interior do mosquito.
…... C – A passagem da fase diploide para a fase haploide ocorre no interior do corpo humano.
...... D – No fígado, ocorre a segregação dos cromossomas homólogos.
...... E – Neste ciclo, a fase diploide é dominante.
...... F – A mitose intervém na produção de merozoítos, nos glóbulos vermelhos.
...... G – Os esporozoitos presentes nas glândulas salivares dos mosquitos são haploides.
...... H – A redução cromática ocorre entre a formação do ovo e a formação dos esporozoítos.

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2. Tanto no Homem como no mosquito...
(A) a mobilização da energia dos nutrientes ocorre essencialmente por respiração aeróbia.
(B) as trocas gasosas efetuam-se por difusão direta.
(C) a digestão iniciada nas cavidades digestivas termina no interior das células que as revestem.
(D) o fluido circulante é transportado em vasos sanguíneos e em lacunas.

3. Alguns medicamentos administrados a pessoas infetadas atuam ao nível da transcrição ou da tradução em


Plasmodium. Durante a…
(A) transcrição ocorre a ligação do RNA mensageiro aos ribossomas.
(B) transcrição ocorre a duplicação da molécula de DNA.
(C) tradução ocorre a migração do RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma.
(D) tradução ocorre a polimerização de uma cadeia peptídica.

4. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços e obter uma afirmação correcta.
Quando se administram simultaneamente dois medicamentos, com diferente modo de ação, a uma pessoa
infetada com Plasmodium, a probabilidade de sobrevivência dos parasitas é ____ do que quando se
administra apenas um medicamento, o que torna o tratamento simultâneo com dois medicamentos ____
eficaz do que com um.
(A) menor ... menos
(B) maior ... mais
(C) menor ... mais
(D) maior ... menos

5. A erradicação da malária está dependente da implementação de medidas de controlo que atuam a diversos
níveis. Constituem medidas de intervenção direta na eliminação de larvas do mosquito Anopheles e na
transmissão de Plasmodium do mosquito para o Homem, respetivamente...
(A) a drenagem de pântanos e a administração de medicamentos que atuam nos eritrócitos humanos.
(B) a administração de medicamentos que atuam no fígado e a aplicação de inseticidas nas paredes das
habitações.
(C) a utilização de mosquiteiros nos quartos e a colocação de telas nas janelas e portas das habitações.
(D) a introdução de peixes insetívoros em pequenos lagos e a aplicação cutânea de cremes repelentes de
insetos.

6. Explica de que modo a reprodução sexuada contribui para a ineficácia do tratamento da malária com
cloroquina.

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Grupo IV

O diagrama da figura 4 representa, de forma esquemática, estruturas e processos que caracterizam


diferentes tipos de ciclos de vida.

Figura 4

1. O ciclo C representa um ciclo de vida…


(A) haplonte porque a meiose é pós-zigótica.
(B) haplonte porque a meiose é pré-gamética.
(C) diplonte porque a meiose é pós-zigótica.
(D) diplonte porque a meiose é pré-gamética.

2. No ciclo de vida B, a entidade multicelular adulta desenvolve-se a partir de...


(A) um zigoto.
(B) um gâmeta.
(C) uma célula haploide.
(D) uma célula diploide.

3. De entre as características seguintes, é exclusiva do ciclo de vida A, a...


(A) alternância de fases nucleares.
(B) existência de uma entidade multicelular diplóide.
(C) produção de gâmetas por divisão mitótica.
(D) formação de esporos por divisão meiótica.

4. A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose.


Relaciona a ocorrência desses dois processos no ciclo reprodutivo de qualquer espécie com a manutenção
do número de cromossomas que caracteriza essa espécie.

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