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Observação microscópica

De várias estruturas relacionadas


Com a reprodução sexuada do polipódio

Escola Secundária de Peniche


Disciplina de Biologia e Geologia
Prof.ª Alice Carvalho 2022/2023
Trabalho realizado por:
Maria Vieira nº19 11ºCT1
18/01/2023
Resumo

Este trabalho teve como objetivo observar soros, esporângios, esporos e protalo do polipódio, com o auxílio do
microscópio ótico e da lupa binocular, para uma maior compreensão do ciclo de vida do ser vivo em questão, assim
como desenvolver competências procedimentais.
Índice

1. Introdução 4
2. Protocolo 5
3. Resultados 6
4. Discussão 7
5. Conclusão 9
6. Referências 10
1. Introdução

O polipódio, popularmente conhecido como feto, é uma planta bastante vulgar em Portugal, existindo até um Vale
dos Fetos na Serra do Buçaco onde estes podem alcançar os 2 metros de altura. Os Polypodium vulgare apreciam locais
húmidos e escuros. Estas plantas possuem um sistema vascular formado por tecidos condutores. A planta adulta é
formada pelo rizoma (caule subterrâneo) e megáfilos (folhas pinuladas). (https://wikiciencias.casadasciencias.org)
O polipódio reproduz-se de forma sexuada e assexuadamente, de forma assexuada através de fragmentação
vegetativa do rizoma. Sexuadamente depende da formação de esporos, que se formam na página inferior da folha,
já que estes não produzem sementes (Matias & Martins, 2022).
O ciclo de vida do polipódio é haplodiplonte, o que significa que o ser faz alternância de gerações, incluindo por isso
os estados multicelulares haploide e diploide. A fase haploide (com n cromossomas) que tem início nas células
resultantes da meiose, o esporófito dá origem aos esporos (meiose pré-espórica) O esporo irá dividir-se por mitoses,
originando o gametófito. Nos gametângios produzem se gâmetas, os masculinos (anterozoides) apresentando
dimensões microscópicas. Estes organizam-se num aglomerado em forma de espiral, e são produzidos em grandes
quantidades pelo gametângio. Em contrapartida, os gâmetas femininos (oosfera) tem uma forma arredondada, com
dimensões superiores aos gâmetas masculinos. (https://notapositiva.com)
Os anterozoides nadam até aos arquegónios, nos quais se vão fundir com as oosferas, nesta fase a água é essencial o
que revela o quão evoluída a planta se encontra, no caso em questão demonstra-se pouco evoluída. Entrando assim
na diplófase (com 2n cromossomas) quando origina um zigoto diploide que, por mitoses sucessivas, origina um
esporófito (n) planta adulta (Figura 1), (Matias & Martins, 2022).
Neste trabalho experimental utilizaram-se ambos o MOC e a lupa binocular, executou-se uma preparação
microscópica temporária e teve como objetivo desenvolver capacidades procedimentais, bem como identificar as
estruturas reprodutoras e compreender a sua função. (Maria_Paula_Machado_Porto_polipodio-professor.pdf)

Figura 1. Ciclo de vida de um polypodium sp. .


2. Protocolo

2.1- Material:

✓ Lupa binocular
✓Microscópio
✓Soluto de Ringer
✓Agulha de disseção
✓ Lâminas Lamelas
✓ Placa de Petri
✓ Papel de filtro
✓Polipódio
✓Preparação definitiva

2.2 - Procedimento A:
Observação de soros, esporângios e esporos

1. Utilizando a agulha de disseção, destaque um dos soros da página inferior da folha do polipódio e
observe-o com a lupa binocular.

2. Registe as suas observações.

3. Retire uma das estruturas arredondadas que constituem o soro e monte-a entre lâmina e lamela,
utilizando como meio de montagem o soluto de Ringer.

4. Observe ao microscópio e registe as suas observações.

Procedimento B (fornecido pela professora):


Observação de protalos
1. Observe ao MOC protalos com gametângios e com esporófitos jovens, em preparações definitivas.
2. Registe os resultados.
3. Resultados
4. Discussão

A reprodução de uma espécie é um processo biológico que assegura a continuidade da espécie. A reprodução sexuada
garante que os descendentes apresentem variabilidade genética, devido a fenómenos como a meiose, o que permite
uma maior capacidade de adaptação à mudança de condições ambientais, (https://notapositiva.com)
Nesta atividade começamos por observar ao microscópio ótico, os soros localizados na página inferior das folhas,
sendo estes organizados num aglomerado na sua forma original, são compostos por esporângios (estrutura diploide)
que fazem parte da estrutura reprodutora do polipódio, observando que estes têm uma cor esverdeada/amarelada e
estes têm a função de originar esporos através da germinação (Figura 2).
De seguida observamos estes esporângios com o auxílio da solução de Ringer (uma vez que é um meio isotónico nas
células vegetais, e por isso facilita a observação) com maior ampliação podendo ver a sua composição, tendo por isso
no exterior uma parede espessada, higroscópica que ao reagir com a humidade causa a sua rutura, havendo uma
dispersão dos esporos maduros disseminados pelo vento e por animais por grandes áreas. Ao encontrarem condições
favoráveis cada esporo germina e forma, por mitoses sucessivas, uma estrutura multicelular, fotossintética e de vida
independente (planta adulta), o seu gametófito (n), (Figura 3).
O protalo (entidade multicelular haploide) é também uma estrutura com uma forma aproximada a de um coração,
verde e com filamentos, (Figura 4). O gametófito possui estruturas pluricelulares, anterídios – gametângios
masculinos, e os arquegónios – gametângios femininos. É nos anterídios que os gâmetas masculinos se formam, os
anterozoides possuidores de flagelos permitindo a sua deslocação na água, para assim alcançar o arquegónio onde se
formam os gâmetas femininos as oosferas. Assim podemos classificar o protalo como uma estrutura vegetativa
hermafrodita, ou seja, o protalo possui os gametângios femininos e masculinos em simultâneo (Figura 5) (Matias &
Martins, 2022).
A fecundação é assim dependente da água para que os anterozoides se desloquem, e ocorrerá no interior dos
arquegónios, formando um zigoto diploide (2n) que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito (planta adulta
diplonte) que desenvolve raízes permitindo-lhe ser independente do gametófito (Figura 6)
(https://wikiciencias.casadasciencias.org).
O polipódio é um ser haplodiplonte com fases haploide – geração gametófita – e diploide – geração esporófita – bem
desenvolvidas.
Figura 5. Ilustração do arquegónio e anterídio.

Figura 6.Esquematização da fecundação num polipódio.


5. Conclusão

A partir da realização desta atividade experimental podemos concluir que o polipódio reproduz-se de
forma assexuada e sexuada, sendo a assexuada partir de fragmentação do rizoma e sexuada a partir dos
esporos (produzidos no esporângio) que posteriormente irão germinar formando protalos, aqui é onde se
produzem os gâmetas femininos e masculinos, sendo respetivamente os anterozoides e as oosferas. Como
o gametófito do polipódio possuí ambos os gametângios femininos e masculinos, o protalo é uma
estrutura hermafrodita. E assim criar um novo esporófito. O feto é um ser haplodiplonte já que este tem
uma meiose pré- espórica e a duração da haplófase e diplófase são idênticas.
6. Referências

● https://www.studocu.com/pt/document/colegio-de-lamas/biologia-e-geologia/estruturas-relacionadas-
com-a-reproducao-sexuada-do-polipodio/21438308, acedido em 18 de novembro de 2023.
● https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Haplodiplonte_-_Ciclo_de_Vida, acedido em 18
de novembro de 2023.
● https://notapositiva.com/protalo-relatorio-de-atividade-experimental/,acedido em 18 de novembro de
2023.
● Matias, O., Martins, P. (2021). BioFoco 10 (1ºedição). Porto: Areal Editores.
● Matias, O., Martins, P. (2022). BioFoco 11 (1ºedição). Porto: Areal Editores.

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