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O ciclo
O megasporângio (ou óvulo) com megasporócito, ou célula mãe dos
megásporos, (2n), através da meiose, leva a formação de quatro megásporos
(n). No entanto, somente um destes se desenvolve. Após este processo,
ocorrem sucessivas divisões mitóticas, as quais formam o gametófito feminino
(megagametófito). Este com sete células: 2 sinérgides; 3 antípodas; uma célula
central binucleada; e a oosfera (n).
Polinização e dispersão
A geração de novos indivíduos depende da etapa de fecundação, onde o pólen
entra em contato com a superfície estigmática formando o tubo polínico em
direção ao ovário. Para que esta etapa ocorra, as flores devem ser polinizadas.
O GRADO ANA
Amborellales
O primeiro grupo a se divergir nas Angiospermas atuais. Possui apenas uma
família, Amborellaceae, com apenas uma espécie, Amborella trichopoda. Esta
espécie é considerada endêmica da Nova Caledônia, um arquipélago da
Oceania, ocorrendo nas áreas úmidas. Suas flores são entomófilas ou
anemófilas, sendo observada grande frequência de besouros como visitantes
florais. Suas flores são unissexuais (ou seja, possuem dois tipos, uma flor
estaminada e outra flor carpelada). Possui de 5 a 11 tépalas formando uma
corola actinomorfa. Enquanto a flor carpelada possui entre 5 e 6 carpelos, a flor
estaminada possui estames numerosos e pólens monoaperturados. Possui um
receptáculo levemente côncavo, o qual rasga-se quando a flor está madura.
Seus frutos são drupas agregadas.
Nymphaeales
No Brasil, compreende cerca de 24 espécies (das 58 conhecidas no mundo)
distribuídas em três gêneros. Uma conhecida espécie deste grupo é a vitória-
régia (Victoria amazonica). Suas flores são visitadas por abelhas e moscas.
Possuem pelos que secretam mucilagem e laticíferos (glândulas de látex).
Possuem feixes vasculares com canais de ar que auxiliam na flutuação de suas
folhas. Suas flores são bissexuais, solitárias e emergem em um longo pedicelo.
Possuem tépalas, formando uma corola actinomorfa. Seus estames e carpelos
variam de 3 a numerosos. Seus frutos podem ser bagas ou nozes.
Austrobaileyales
Atualmente, engloba três famílias (Austrobaileyaceae, Illiciaceae,
Trimeniaceae) e cerca de 100 espécies distribuídas, principalmente, nas
florestas úmidas no sudeste asiático e na região do sudeste dos Estados
Unidos, México e Cuba. Uma conhecida espécie deste grupo é o anis-estrelado
(Illicium verum), que tem suas flores visitadas por pequenos insetos. Nenhuma
das famílias ocorre no Brasil.
Laurales
Lauraceae
Conhecida por ser a família do abacate (Persea americana) e do louro (Laurus
nobilis) esta é a maior família das Lauraceae. Amplamente distribuída no
planeta (principalmente, nas regiões dos trópicos), ocorre nas florestas úmidas.
No Brasil, apresenta cerca de 440 espécies (das quase 3000 conhecidas).
Suas flores são visitadas por insetos, principalmente, abelhas e moscas. São
arbóreas e suas flores são poucos vistosas. Essas flores são trímeras, com
androceu variando de 3 a 12 estames e apenas um carpelo disposto em um
ovário súpero. Seus frutos são drupas (raramente bagas). Suas sementes
possuem grandes cotilédones e endosperma ausente.
Canellales
Winteraceae
Ao contrário da maioria das Angiospermas, as Winteraceae não possuem
elementos de vaso. Com o total de cerca de 100 espécies, no Brasil são
conhecidas apenas três (do gênero Drymis). Os integrantes desta família
apresentam uma polinização por insetos. Possuem hábito arbóreo, as flores
são bissexuais, actinomorfas, variando de duas a quatro sépalas, cinco ou mais
pétalas. Seu androceu e gineceu podem ser numerosos (sendo o gineceu por
vezes reduzido a apenas um). Uma interessante característica desse grupo é a
presença de pólens agrupados em quatro (tétrades). Frutos são compostos de
bagas e folículos.
Piperales
Pireraceae
A família é amplamente distribuída no mundo, em regiões tropicais e
subtropicais. Apresenta flores pouco vistosas dispostas em uma inflorescência
do tipo espiga. No Brasil, são conhecidas 470 (das mais de 3500) espécies,
principalmente inclusas nos gêneros Peperomia e Piper. Suas flores são
polinizadas por insetos. Uma espécie de interesse econômico deste grupo é a
pimenta-do-reino (Piper nigrum). São ervas ou pequenas arvoretas,
frequentemente, encontradas como epífitas (como espécies de Peperomia). As
flores são aclamídeas (ou seja, não possuem sépalas, nem pétalas) e
actinomorfas. O androceu varia de 1 a 10 estames, gineceu de 1 a 4 carpelos.
Frutos do tipo drupas dispostos em espigas. As flores são pequenas, e as
espécies monoicas ou dioicas.
Aristolochiaceae
Esta é uma família com morfologia exótica e diferenciada dentro das
Angiospermas. Assim como as piperáceas, também são encontradas em todo
o globo, desde regiões temperadas a tropicais. No Brasil, possuem 90 (das
quase 600) espécies. Suas flores são polinizadas por dípteros (moscas),
devido à morfologia diferenciada de suas flores, que possuem o cálice
extremamente elaborado. Este cálice, aliado ao odor fétido funciona como uma
armadilha para esses animais. São lianas (trepadeiras) e ervas. As flores
podem ser actinomorfas ou zigomorfas, em que suas sépalas e pétalas
(frequentemente, ausentes) são trímeras, sendo suas sépalas muito mais
vistosas e maiores. O androceu varia de 6 a 12 estames e gineceu de 4 a 6
carpelos. Os frutos são cápsulas septícidas, geralmente, presas nas
extremidades. Existem dois grupos de posições “incertas” nas Angiospermas,
as Chlorantales, frequentemente emergindo próximo às Magnolídeas e as
Ceratophyllales (emergindo próximo às Eudicotiledôneas). Ambos ocorrem no
Brasil.
Alismataceae
É comum que sejam ervas aquáticas, total ou parcialmente submersas. No
Brasil, possui 39 (das cerca de 115) espécies. Suas flores são trímeras (todos
verticilos), diclamídeas e heteroclamídeas. O gineceu é dialicarpelar, ou seja,
os carpelos não são fundidos. Seus frutos são aquênios ou folículos.
Dioscoreales
Dioscoreaceae
Esta família engloba lianas (trepadeiras) que formam tubérculos. Uma
conhecida espécie é o inhame (Dioscorea sp.), presente na culinária brasileira.
Possui 141 (das 870) espécies do gênero Dioscorea no Brasil. Suas flores,
assim como diversas Monocotiledôneas, são trímeras, actinomorfas,
diclamídeas, homoclamídeas. O gineceu é gamocarpelar (fundido). Seus frutos
são cápsulas aladas ou bagas.
Pandanales
Velloziaceae
Esta família é muito frequente nas regiões de campo rupestre do Brasil Central
e do Leste brasileiro. Podem ser encontradas no domínio do Cerrado e da Mata
Atlântica. Suas flores são visitadas por diversos insetos devido as suas
grandes flores vistosas, com cores vivas, sendo comum em tons de roxo, como
no caso do gênero Vellozia. No Brasil, possui cerca de 220 (das cerca de 300
conhecidas!) espécies. São ervas arborescentes, nos quais seus caules ficam
escondidos entre as barrinhas de folhas mortas. Suas flores são extremamente
vistosas, trímeras, homoclamidea. O gineceu é gamocarpelar e seus frutos
capsulares.
Liliales
Alstroemeriaceae
Outra família com flores bastante chamativas são as Alstroemeriaceae.
Apresentam distribuição nos neotrópicos, com centro de diversidade na região
dos Andes. Economicamente, são utilizadas como plantas ornamentais pela
sua beleza e facilidade de cultivo de algumas espécies. No Brasil, possui 45
(das 165) espécies do gênero Alstroemeria. São lianas, suas folhas são
torcidas em ângulo de 180º Suas flores são bastante vistosas, zigomorfas,
diclamídias, bissexuadas, com cálice e corola unidos entre si. Os frutos são
capsulares.
Asparagales
Amaryllidaceae
No mundo inteiro, esta família é utilizada como plantas ornamentais. Ao todo,
possuem cerca de 1600 espécies. No Brasil, possui alguns gêneros nativos,
como, por exemplo, Hippeastrum, o qual possui belíssimas flores,
principalmente, observadas em campos abertos ou até mesmo como epífitas.
No Brasil, possui 166 espécies publicadas. São ervas que formam bulbos ou
rizomas, suas flores são bastante vistosas, trímeras, diclamídeas e
homoclamídeas. Por vezes, o cálice e a corola são unidos entre si. Frutos são
cápsulas ou raramente bagas.
Iridaceae
Esta família também possui grande potencial ornamental. São utilizadas como
ornamentais em canteiros do Brasil. A distribuição das iridáceas é cosmopolita,
existem gêneros nativos do Brasil. Podem ser encontradas em campos
rupestres ou até mesmo em regiões sombreadas ou de altitude. No Brasil,
possuem cerca de 220 (das mais de 2000) espécies. São ervas bulbosas ou
rizomatosas, suas folhas são alternas dísticas (o que é uma importante
característica taxonômica). Suas flores são extremamente vistosas, sendo
estas diclamídeas. O gineceu é trímero, gamocarpelar e possui o ovário ínfero.
Seu androceu varia de 2 a 3 em número. Os frutos das iridáceas são
capsulares
Orchidaceae
Esta famosa família é a mais diversa em número de espécies das
Monocotiledôneas, possuindo cerca de 20 mil espécies (isso sem contar os
híbridos artificiais produzidos, que são inúmeros). Esta espécie possui um
grande potencial ornamental, as espécies sendo vendidas no Brasil são de
origem extrabrasileira (como, por exemplo, as Phalaeonopsis, asiáticas). As
orquídeas também possuem importância econômica em outras áreas, como na
utilização de espécies do gênero Vanilla para a produção do extrato de
baunilha. No Brasil, são conhecidas cerca de 2700 espécies, tendo este
número aumentado consideravelmente ano a ano através da descoberta de
novas espécies. São ervas que formam pseudobulbos (característica
taxonômica importante das orquídeas) e que podem ser terrestres, epífitas ou
rupícolas. Suas flores são extremamente vistosas, diclamídeas com uma das
pétalas da corola modificada em “labelo”, servindo como “pista de pouso” para
seus polinizadores. Outra característica exclusiva das orquídeas dentro das
Monocotiledôneas é a formação de políneas, estas que são formadas por pólen
agrupado e lançadas após a visita de seus polinizadores. Seus frutos são
capsulares.
Arecales
Arecaceae
Corresponde à família das Palmeiras. Possui grande potencial econômico,
desde a indústria alimentícia, como no caso do coco (Cocos nucifera), do açaí
(Euterpe oleracea) e do palmito-juçara (Euterpe edulis), como ornamental, no
caso da palmeira-imperial (Roystonea oleracea). A distribuição das palmeiras é
pantropical. No Brasil, podem ser encontrados nos mais diversos tipos de
biomas e são conhecidas 370 espécies. Seus caules são do tipo estipe, apenas
presentes neste grupo de plantas, entre as Monocotiledôneas. Seus caules são
do tipo estipe, apenas presentes entre as Monocotiledôneas. Suas folhas
possuem longos pecíolos, por vezes consideradas como “compostas” (no
entanto são pinatipartidas). As inflorescências são comumente paniculadas e
anexas a uma bráctea chamada de “espata” (as vezes lenhosa). Suas flores
são bem pouco vistosas, geralmente, unissexuadas, trímeras e com androceu
numeroso. Seus frutos são drupas ou raramente bagas.
Poales
Bromeliaceae
Esta família é uma das famílias exclusivas das Américas, com apenas uma
exceção na África. Possuem mais de 3.600 espécies descritas, destas, cerca
de 1400 ocorrem no Brasil. Além de possuírem grande potencial ornamental, a
espécie mais conhecida desta família é o abacaxi (Ananas comosus), o qual
está presente na mesa em diversos países. As bromélias são ervas que podem
ser epífitas, terrestres ou rupícolas. Suas folhas são dispostas em rosetas que
acumulam água no seu interior (esta água é absorvida através de escamas
adaptadas para esta função). Suas flores são vistosas, trímeras (em relação a
todos os verticilos florais). Além disso possuem brácteas (folhas modificadas)
associadas às suas flores e suas inflorescências. Seus frutos variam de bagas
(podendo formar infrutescências, como no caso do abacaxi) ou cápsulas com
observadas nas Tillandsia
Eriocaulaceae
Esta é a família das plantas conhecidas como sempre-vivas, utilizadas em
artesanatos em comunidades do norte e nordeste do Brasil. Possuem seu
centro de diversidade em campos rupestres do Cerrado e são ervas terrestres
e paludosas. No Brasil, são conhecidas 640 (das cerca de 1200) espécies,
distribuídas em oito gêneros, sendo o maior e mais conhecido destes
Paepalanthus. Suas folhas também são dispostas em rosetas, como nas
bromélias. Suas inflorescências formam “capítulos” e produzem flores discretas
e muito pequenas. Suas flores são actinomorfas, diclamídeas, trímeras e
unissexuadas. Seu fruto é do tipo cápsula ou aquênio.
Poaceae
Esta é a família das gramas (também dos bambus), antigamente chamada de
Gramineae. Assim como as orquídeas, também é uma das famílias mais
diversas do mundo, englobando cerca de 10 mil espécies, sendo 1500 destas
ocorrendo no Brasil. Dentre as principais espécies desta família, destacam-se a
cana-de-açúcar, milho, trigo, ambos com importante potencial econômico. São
herbáceas, por vezes, lignificadas. É comum que suas folhas sejam alternas
dísticas e suas inflorescências dispostas em espiguetas com flores não
vistosas. Essas flores são aclamídeas (sem sépalas ou pétalas) e seus demais
verticilos florais são trímeros ou numerosos. Seus frutos são do tipo cariopse
(como observado no milho).
Cyperaceae
Esta é outra família de distribuição cosmopolita. Possuem mais de 5000
espécies, sendo destas, 700 ocorrendo no Brasil. As ciperáceas constituem em
sua maioria ervas de pequeno porte com escapo anguloso. Normalmente,
possuem folhas alternas espiraladas, inflorescências unidas por glomérulos
envoltos por brácteas. Suas flores aclamídeas também não são vistosas. O
androceu e o gineceu são trímeros e seu fruto é do tipo aquênio.
Commelinales
Commelinaceae
Família prioritariamente pantropical. No mundo, possuem cerca de 650-700
espécies; no Brasil, são conhecidas cerca de 110 espécies. Constituem ervas,
trepadeiras, raramente, epífitas. Suas inflorescências são cimosas ou unifloras.
Suas flores são trímeras e possuem, frequentemente, pétalas unguiculadas (ou
seja, com a parte basal estreitada em direção à inserção da pétala). Seus
ovários são súperos e seus frutos, geralmente, capsulares (raramente bagas).
Zingiberales
Zingiberales
Este grupo também é frequentemente reconhecido pelo seu potencial
ornamental. Possui distribuição neotropical com apenas um gênero, Heliconia.
Podem ser encontradas nas florestas úmidas do Brasil (principalmente, da
Amazônia e Mata Atlântica). Com o total de 200 espécies, cerca de 30 delas
ocorrem no Brasil. São ervas de médio porte com folhas peniparalelinérveas.
Suas inflorescências são bastante vistosas, cimosas, com brácteas
naviculadas, o que é típico deste grupo. Nas brácteas o que chamam atenção
deste grupo são as suas cores vibrantes (muitas das vezes vermelho vivo).
Suas flores também são vistosas, bissexuadas, zigomorfas e trímeras. Seus
ovários são ínferos e seus frutos são do tipo drupa.
Malpighiales
Malpighiaceae
Esta é a família da acerola, fruta bastante consumida no Brasil. Uma de suas
principais características é a presença de nectários extraflorais. Esta é uma
família bastante diversa no Brasil, englobando quase 600 das cerca de 1250
espécies existentes. São arbóreas ou lianas e suas flores possuem sépalas e
pétalas pentâmeras. Seu androceu possui 10 estames e seu gineceu é trímero.
Os frutos são esquizocarpos alados.
Euphorbiaceae
Esta é a família da mandioca (ou aipim, Manihot esculenta). Também com
distribuição pantropical, esta família possui cerca 6700 espécies. No Brasil, são
representadas por quase mil espécies. Outras conhecidas espécies deste
grupo são a coroa-de-cristo (muito utilizada para fins ornamentais no Brasil,
Euphorbia milii), a seringueira (Hevea brasiliensis) e a mamona (Ricinus
communis). Suas espécies podem ser de herbáceas à arbóreas. Às vezes,
podem desenvolver estruturas semelhantes às cactáceas, com espinhos. As
Euphorbiaceae, possuem látex e suas inflorescências são do tipo ciátio, com
flores não vistosas, em geral, unissexuais. Seu gineceu trímero, com um óvulo
por lóculo e seus frutos, normalmente, capsulares.
Passifloraceae
Esta é família dos Maracujás (Passiflora sp.). Possui mais de mil espécies
distribuídas na região tropical, em especial, na África e nas Américas. No
Brasil, possuem cerca de 160 espécies do gênero Passiflora. Suas flores são
extremamente vistosas e possuem uma estrutura muito peculiar, o
androginóforo (uma estrutura que eleva o gineceu e androceu), o qual é
bastante desenvolvido e chamativo. São usualmente trepadeiras, com
inflorescências reduzidas a uma única flor. Suas flores são bissexuais, e
pentâmeras e com ovário súpero. Os frutos são do tipo baga.
Fabales
Fabaceae
Esta família, anteriormente, era conhecida como Leguminosae (principalmente,
pelos seus frutos do tipo legumes). É uma das principais famílias de valor
econômico por suas espécies alimentícias, como por exemplo, o feijão
(Phaseolus vulgaris) e a soja (Glycine max). O pau-brasil (Paubrasilia echinata)
também é uma Fabaceae. No Brasil, são muito diversificadas, com quase 3 mil
espécies, sendo metade dessas endêmicas. Possuem hábito desde herbáceo a
arbóreo, suas folhas são compostas (característica típica desta família, mas
também presente em outras, por exemplo, as Bignoniaceae). Suas flores
podem ser vistosas, actinomorfas, diclamídeas (raramente monoclamídeas),
pentâmeras, as anteras podem ser rimosas ou poricidas. O gineceu possui de
2 a 16 carpelos. Os frutos são legumes.
Rosales
Moraceae
Assim como no caso das Euphorbiaceae, esta família também possui laticíferos
(que produzem látex leitoso). Umas conhecidas espécies de Moraceae são os
figos (Ficus sp.) e a jaca (Artocarpus heterophyllus), bastante consumidos no
Brasil e no mundo. Possuem cerca de 1100 espécies, sendo que mais de 200
destas ocorrem no Brasil. Podem constituir ervas ou arbustos. Sua
inflorescência é do tipo sicônio, o qual possui pequenas flores unissexuadas e
monoclamídeas e pentâmeras. O fruto é do tipo drupa ou aquênio, formando
uma infrutescência.
Myrtales
Myrtaceae
Esta é uma família de grande importância econômica devido a seus frutos,
como por exemplo a goiaba (Psidium guajava), a jabuticaba (Myrciaria
cauliflora), a pitanga (Eugenia uniflora) entre outros. Possui cerca de 6000
espécies, sendo que destas, mais de mil ocorrem no Brasil. São plantas
arbóreas, suas folhas possuem nervuras marginais coletoras. Suas flores são
vistosas, tetrâmeras ou pentâmeras e seus estames são numerosos e seu
ovário, ínfero. Os frutos são do tipo drupas, bagas ou cápsulas.
Malvales
Malvaceae
Refere-se à família dos hibiscos e baobás. Uma importante espécie deste
grupo é o cacau (Theobroma cacao). Possui distribuição tropical, englobando
cerca de 4200 espécies. No Brasil, são conhecidas mais de 800 espécies. São
árvores, arbustos ou lianas. Suas flores costumam ser vistosas e bissexuadas,
pentâmeras com ovários súperos e a presença de dois ou mais carpelos. Seu
androceu é disposto em um andróforo (ou seja, com numerosos estames
fundidos ao redor do estilete). O fruto é do tipo baga, cápsula ou esquizocarpo.
Sapindales
Rutaceae
As rutáceas representam a família das frutas cítricas (Citrus), como por
exemplo o limão, a laranja, a tangerina, entre outros. Possui distribuição
tropical, com cerca de 2000 espécies. No Brasil, são representadas por mais
de 200 espécies. São arbustos ou árvores e possuem folhas com pontuações
translúcidas. Suas flores são pouco vistosas, tetrâmeras ou pentâmeras e
actinomorfas. Os estames possuem o número igual ou o dobro do número de
pétalas. Os carpelos variam de quatro a cinco em número. Seus frutos são do
tipo drupa, baga (neste caso podendo ser modificado em hesperídio), folículo
ou cápsula.
Solanales
Solanales
Refere-se à família dos tomates (Solanum sp.). São encontradas nos
neotrópicos, em regiões “antropizadas” (como por exemplo em pastos). O
principal gênero das solanáceas é Solanum. Uma de suas espécies mais
conhecidas é o tabaco (Nicotiana tabacum). Possui quase 2500 espécies,
ocorrendo em diversas regiões do planeta. No Brasil, é representada por quase
500 espécies. São ervas ou arvoretas e suas flores são actinomorfas,
pentâmeras (pétalas, sépalas e androceu). O gineceu possui dois carpelos e
seus frutos são do tipo baga ou cápsula.
Gentianales
Rubiaceae
Esta é a famosa família do café, sendo uma das mais diversas do mundo. Além
da sua grande importância alimentícia, também possui grande potencial
ornamental e medicinal. No mundo, possui quase 13500 espécies; no Brasil,
são encontrados diversos gêneros nativos, englobando quase 1500 espécies.
As rubiáceas possuem características muito interessantes, como as estípulas
interpeciolares e a heterostilia (a qual a mesma espécie pode apresentar
morfos diferentes relativos à altura dos estigmas e anteras). São actinomorfas,
possuem pétalas, sépalas e androceu tetrâmeros ou pentâmeros. Seu gineceu
varia de dois a cinco carpelos. Seus frutos podem ser cápsulas, esquizocarpos,
bagas ou drupas.
Apocynaceae
Esta é mais uma das famílias que possuem látex como importante
característica taxonômica. Possuem grande potencial ornamental, como por
exemplo, as espirradeiras (Nerium oleander) e a jasmim-manga (Plumeria
rubra). Possuem distribuição tropical, com cerca de 5000 espécies. No Brasil, a
família é representada por quase 1.000 espécies. Formam arbustos, ervas ou
lianas. As flores são vistosas, pentâmeras e actinomorfas. O androceu possui
estames epipétalos, os quais liberam pólens agrupados em políneas. Seu
ovário é súpero e possuem dois carpelos. Seu fruto é do tipo folículo.
Lamiales
Bignoniaceae
Esta é a família dos Ipês (Tabebuia sp.) e da flor-de-são-joão (Pyrostegia
venusta). Possuem distribuição tropical, concentradas na América do Sul. Ao
todo, possui quase 800 espécies, das quais no Brasil são representadas por
mais de 400 (mais da metade do total). São árvores e suas flores são bastante
vistosas, bissexuadas, diclamídeas e zigomorfas. Seu cálice e sua corola são
pentâmeros. Seus estames são quatro, didínamos, enquanto seu gineceu,
possui dois carpelos. Seus frutos podem ser do tipo cápsula septicida ou
loculicida. Possuem sementes aladas.
Acanthaceae
Esta também é uma família com grande potencial ornamental, como por
exemplo, as tumbérgias (Thunbergia sp.) e o camarão-amarelo (Pachystachys
lutea). Possui distribuição tropical, com cerca de 4000 espécies, sendo destas,
quase 500 ocorrendo no Brasil. São ervas, raramente, lianas. Suas flores
possuem brácteas vistosas e são zigomorfas, bissexuadas, com cálice e corola
pentâmeros. O androceu é didínamo e o gineceu possui dois carpelos. Seus
frutos podem ser cápsulas ou raramente drupas.
Asterales
Asteraceae
Anteriormente, conhecida como Compositae (ou compostas), esta família
também é uma das mais emblemáticas e diversas das Angiospermas, sendo a
maior família das Eudicotiledôneas (e das Angiospermas), com incríveis mais
de 25 mil espécies, sendo mais de 2000 presentes no Brasil. Esta família
possui importante valor econômico por diversos aspectos, desde alimentícios
até a ornamentais, como por exemplo, o girassol (Helianthus annus). O que,
aparentemente, seria chamado de “flores”. Ele corresponde às suas
inflorescências, chamadas de “capítulos”. Estas inflorescências possuem
basicamente dois tipos de flores, sendo as flores do raio (geralmente,
liguladas), que são parecidas com “pétalas” e as flores internas (geralmente,
tubulares e bem pequenas). Podem ser ervas, arbustos, lianas, com presença
ou não de espinhos. Suas inflorescências possuem brácteas involucrais, as
quais protegem as flores dispostas em um receptáculo. As flores são
actinomorfas ou zigomorfas. O cálice é modificado (“plumoso”), a corola é
pentâmera. Possui ovário ínfero com dois carpelos. Seu fruto é do tipo aquênio,
que, muitas das vezes, são dispersos por animais ou pelo vento.