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COLÉGIO PASCHOAL DANTAS

ENSINO MÉDIO

GIOVANA LIMA OLIVEIRA


GIOVANNA BITARÃES RODRIGUES
GIOVANNA FERNANDES GALDINO
MARCOS R. VERDANIO FILHO
VITOR AUGUSTO MARQUES
JÚLIA GALDENCIO
3ºA

TRABALHO DE BIOLOGIA
GIMNOSPERMA, ANGIOSPERMA E HISTOLOGIA VEGETAL

SÃO PAULO
2023
GIOVANA LIMA OLIVEIRA
GIOVANNA BITARÃES RODRIGUES
GIOVANNA FERNANDES GALDINO
MARCOS R. VERDANIO FILHO
VITOR AUGUSTO MARQUES
JÚLIA GALDENCIO
3ºA

TRABALHO DE BIOLOGIA
GIMNOSPERMA, ANGIOSPERMA E HISTOLOGIA VEGETAL

Este trabalho será apresentado ao


professora Hanna. Tendo como objetivo a
obtenção da nota de av2 na matéria de
Biologia.

SÃO PAULO
2023
1. INTRODUÇÃO
2. GIMNOSPERMAS
2.1 Formação da semente
Reprodução das gimnospermas
A reprodução das gimnospermas não necessita de água para que aconteça.
Essas plantas apresentam uma estrutura reprodutiva aparente e uma novidade
evolutiva: as sementes.
As gimnospermas são plantas vasculares e que, diferentemente de briófitas e
pteridófitas, têm uma estrutura reprodutiva aparente e apresentam uma novidade
evolutiva, as sementes. A seguir, descrevemos como ocorre a reprodução desse
grupo.

Estruturas reprodutivas
As gimnospermas possuem folhas modificadas com função reprodutiva, as
esporófilas, nas quais se encontram os esporângios e se formam as sementes após
a fecundação. Geralmente, essas folhas são encontradas unidas formando uma
estrutura denominada estróbilo ou cone.
As folhas reprodutoras produzem dois tipos de esporos:
 Micrósporos: são formados pela meiose de células presentes no interior de
cápsulas (microsporângios) contidas em folhas modificadas (microsporófilas)
do estróbilo masculino. Darão origem ao gametófito masculino, o grão de
pólen;
 Megásporos: são formados pela meiose de uma célula presente no óvulo
(oosfera), que é formado por folhas modificadas (megasporângios) presentes
no estróbilo feminino (pinhas). Darão origem ao gametófito feminino, o
megagametófito.

O gametófito masculino, denominado de grão de pólen, é formado pela


mitose dos micrósporos (haploides). Em algumas espécies, sua parede apresenta
projeções em formas de asas, o que facilita a sua dispersão, que ocorre pelo vento,
até alcançar o estróbilo feminino para polinizá-lo (polinização anemófila ou
anemofilia).
O gametófito feminino é formado pela mitose do núcleo do megásporo. O
citoplasma do megásporo não divide, assim, o gametófito é uma grande massa
polinucleada. Em seguida, surgirão membranas formando dois ou mais arquegônios
(órgãos produtores de gametas femininos – as oosferas).

Semente
A semente é uma estrutura que contém um embrião, o tecido nutritivo
(endosperma) e uma casca. As sementes foram essenciais para a adaptação das
plantas ao ambiente terrestre devido ao fato de conterem um tecido nutritivo que
nutre o embrião por um determinado tempo enquanto este tem seu desenvolvimento
inicial protegido contra a perda de água. As sementes também são muito
importantes para a dispersão da espécie no ambiente, pois muitas flutuam levadas
pelo vento, podendo germinar a grandes distâncias da planta original.

2.2 Formação dos grãos de polén


As gimnospermas são um grupo de plantas que inclui coníferas, cicadáceas,
ginkgos e gnetales. Elas são conhecidas por serem plantas que produzem
sementes, mas não produzem flores verdadeiras. Em vez disso, suas estruturas
reprodutivas estão contidas em estruturas chamadas cones ou estróbilos. Os grãos
de pólen nas gimnospermas são produzidos nas estruturas masculinas chamadas
de microsporângios.
A formação dos grãos de pólen nas gimnospermas ocorre por meio de um
processo chamado meiose. A meiose é um tipo de divisão celular que reduz o
número de cromossomos pela metade, resultando na formação de células
haploides, ou seja, células com metade do número normal de cromossomos. Esse
processo é fundamental para a reprodução sexuada, pois permite que os gametas
tenham metade do material genético, o que é necessário para a fusão dos gametas
masculinos e femininos durante a fertilização.
O processo de formação dos grãos de pólen nas gimnospermas ocorre da
seguinte maneira:
 Produção de Microsporócitos: Nos cones masculinos ou estróbilos, ocorre
a formação de microsporócitos através de divisões celulares mitóticas na
camada de células conhecida como camada madre.
 Meiose: Cada microsporócito passa por duas divisões de meiose, resultando
em quatro células haploides chamadas de micrósporos.
 Desenvolvimento de Micrósporos: Cada micrósporo se desenvolve em um
grão de pólen. O grão de pólen é protegido por uma parede chamada
esporoderma, que é composta por várias camadas. A camada mais externa é
conhecida como exina e pode ter padrões ornamentados característicos que
ajudam na identificação da espécie.
 Liberação dos Grãos de Pólen: Quando os grãos de pólen estão maduros,
eles são liberados pelos cones masculinos e podem ser transportados pelo
vento até os cones femininos das gimnospermas, onde ocorre a fertilização.
É importante notar que, ao contrário das angiospermas (plantas com flores
verdadeiras), onde os grãos de pólen são transportados até as flores por agentes
polinizadores, como insetos e pássaros, nas gimnospermas, os grãos de pólen são
geralmente dispersos pelo vento, o que muitas vezes resulta em uma taxa de
sucesso menor na polinização quando comparado ao sistema mais direcionado dos
polinizadores das angiospermas.
2.3 Formação do gametófito feminino
Nas gimnospermas, um grupo de plantas que inclui coníferas, cicadáceas,
ginkgo e gnetales, a formação do gametófito feminino ocorre dentro das estruturas
reprodutivas conhecidas como cones ou estróbilos femininos. Vou te explicar os
passos principais desse processo:
 Estróbilo Feminino (Cone Feminino): Os cones femininos das
gimnospermas são estruturas reprodutivas que contêm os óvulos, que são os
gametas femininos. Cada cone feminino possui várias escamas que abrigam
os óvulos.
 Formação dos Óvulos: Dentro de cada escama do cone feminino, há uma
ou mais megasporângias. Cada megasporângia contém um megásporo mãe,
que passa por meiose para produzir quatro megásporos, mas apenas um
deles sobrevive e se desenvolve em um óvulo.
 Desenvolvimento do Gametófito Feminino: O megásporo que sobrevive se
divide por mitose e se desenvolve em um gametófito feminino multicelular,
também chamado de saco embrionário. Esse gametófito consiste em
algumas células especializadas.
 Arquegônios: No gametófito feminino das gimnospermas, algumas células
se diferenciam para formar estruturas chamados arquegônios. s arquegônios
são estruturas produtoras de gametas femininos.
 Fertilização: Quando a planta está madura para a reprodução, ocorre a
polinização. Os grãos de pólen, que carregam os gametas masculinos, são
transportados pelo vento até os cones femininos. Um tubo polínico cresce a
partir do grão de pólen até alcançar um arquegônio, onde ocorre a
fertilização.
 Fertilização do Óvulo: O núcleo do gameta masculino no tubo polínico
funde-se com o núcleo do Desenvolvimento do Embrião: O zigoto
desenvolve-se em um embrião dentro do óvulo fertilizado. O embrião contém
o futuro embrião da nova planta.
 Formação da Semente: A megasporângia, juntamente com o embrião em
desenvolvimento, forma a semente. A semente contém o embrião, nutrientes
de reserva (como o endosperma em algumas gimnospermas) e uma casca
protetora.
 Disseminação e Germinação: Quando a semente amadurece, ela é liberada
do cone e pode ser dispersa pelo vento ou outros meios. Se a semente
encontrar condições favoráveis de solo, água e luz, ela germinará. O embrião
dentro da semente continuará a crescer e se desenvolver em uma nova
planta.

Vale ressaltar que as gimnospermas diferem das angiospermas (plantas com


flores) na forma como os gametófitos femininos são formados e onde ocorre a
fertilização. Enquanto nas gimnospermas a fertilização ocorre diretamente nos
cones, nas angiospermas, a fertilização ocorre dentro do ovário da flor e dá origem
à formação de frutos e sementes.

2.4 Fecundação e formação do embrião


A reprodução nas gimnospermas é caracterizada por sua natureza
heterosporada, ou seja, a produção de dois tipos de esporos: microsporos e
megasporos. Esses esporos são formados em estruturas chamadas estróbilos. A
fecundação e a formação do embrião nas gimnospermas envolvem várias etapas
cruciais.
1. Produção de Esporos: Os cones masculinos e femininos, também
conhecidos como estróbilos, são responsáveis pela produção de esporos. Os
cones masculinos produzem esporângios chamados microsporângios, onde
ocorre a meiose para formar os microsporos. Nos cones femininos, os
megasporângios abrigam os megasporócitos, que também passam por
meiose para gerar os megasporos.

2. Liberação dos Microsporos: Os microsporos são liberados dos cones


masculinos e carregados pelo vento até os cones femininos. Isso ajuda a
garantir a dispersão dos gametas masculinos em direção aos gametas
femininos, que estão protegidos dentro dos cones femininos.

3. Fecundação: Quando os microsporos alcançam os cones femininos, ocorre


a germinação dos grãos de pólen. Cada grão de pólen desenvolve um tubo
polínico, uma estrutura alongada que cresce em direção ao megasporângio.
O núcleo do grão de pólen viaja pelo tubo polínico, chegando ao
megasporângio para a fertilização da oosfera (gameta feminino), que está
contida em uma das megasporângios.

4. Formação do Embrião: Após a fecundação, o zigoto é formado. Ele se


divide sucessivamente por mitose, originando o embrião. O embrião é
cercado por tecidos nutricionais derivados do gametófito feminino e, juntos,
esses tecidos formam a semente. A semente é protegida por uma casca
dura, característica das gimnospermas, que ajuda a proteger o embrião
contra desidratação e danos mecânicos.

Em resumo, as gimnospermas apresentam um ciclo reprodutivo complexo,


onde a fecundação e a formação do embrião ocorrem em cones distintos, os cones
masculinos e femininos. A liberação e a dispersão dos gametas masculinos são
auxiliadas pelo vento, permitindo que a fertilização aconteça mesmo a certa
distância entre os cones. A formação do embrião é seguida pela produção da
semente, que é essencial para a disseminação e sobrevivência da próxima geração
de gimnospermas.
2.5 Ciclo de vida
No momento da reprodução, as folhas modificam-se e originam os estróbilos
masculinos (microstróbios) e estróbilos femininos (megastróbilo). Algumas espécies
podem ter estróbilos masculinos ou femininos, chamadas dióicas.
Nos megastróbilos os megásporos são produzidos por meiose. Eles
persistem em megasporângios onde se desenvolvem dentro do óvulo e produzem
um gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais
arquegônios, cada um dos quais se diferencia uma oosfera, o gameta feminino.
Nos microstróbilos os microsporângios produzem micrósporos por meiose.
Esses micrósporos dão origem aos grãos de pólen, também chamados de
gametófitos masculinos.Eles são mantidos no microstróbilo até serem liberados no
ar.
Nesse momento a polinização é feita pelo vento (anemofílica) Os grãos de
pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso acontece, elas
germinam e produzem um tubo polínico que cresce e atinge o arquegônio. Isso
permite que os gametas masculinos fecundem a oosfera e originem o zigoto.
Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do
óvulo fecundado, o embrião

3. ANGIOSPERMA
3.1 Filogenia
A filogenia das angiospermas, ou plantas com flores, tem sido um campo de
estudo em constante evolução. Vou fornecer uma visão geral das principais
linhagens e grupos dentro das angiospermas, mas lembre-se de que as informações
podem estar sujeitas a atualizações à medida que novas pesquisas são conduzidas.
As angiospermas são divididas em duas subclasses principais: Magnoliidae e
Liliidae.
 Magnoliidae: As magnoliídeas representam um grupo basal de
angiospermas e incluem plantas como magnólias, a família Lauraceae (que
inclui abacate e canela) e a família Annonaceae (que inclui frutas como a
graviola). Elas frequentemente exibem características primitivas em
comparação com outras angiospermas.
 Monocotiledôneas (Liliidae): As monocotiledôneas são uma grande e
diversificada grupo de angiospermas que inclui plantas com uma única folha
embrionária (cotilédone). Elas são conhecidas por características como vasos
condutores de floema e xilema espalhados aleatoriamente nas raízes e feixes
vasculares paralelos nas folhas. Exemplos incluem gramíneas (como o arroz,
trigo e milho), lírios, orquídeas e palmeiras.
 Eudicotiledôneas (ou dicotiledôneas): As eudicotiledôneas constituem um
grupo extremamente diversificado que inclui a maioria das plantas com flores.
Elas possuem duas folhas cotiledonares em seus embriões. Esse grupo é
subdividido em várias linhagens principais, incluindo:
 Rosídeas: Este grupo inclui plantas como as rosas, maçãs, ameixas e
leguminosas (feijões, lentilhas, ervilhas).
 Asterídeas: Inclui muitas plantas conhecidas, como a família Asteraceae
(girassóis), Lamiaceae (hortelãs), Solanaceae (tomates, batatas) e
Rubiaceae (café).
 Ceratopetalidae: Este é um grupo menor, que inclui plantas como a família
Cunoniaceae.
 Eurosídeos I e II: Esses grupos incluem plantas como a família Rosaceae
(morangos, framboesas), Sapindaceae (lichias, longans) e Fabaceae
(leguminosas).
 Ranunculales: Inclui plantas como a família Ranunculaceae (anêmonas,
botões-deouro) e Papaveraceae (papoulas).
 Proteales: Plantas como a família Proteaceae (proteas) estão nesse grupo.

Essa é apenas uma visão geral da filogenia das angiospermas e de alguns


dos grupos que as compõem. A filogenia é continuamente refinada à medida que
novas técnicas de análise genética e morfológica são aplicadas. Para uma
compreensão mais aprofundada, é recomendável consultar fontes científicas
atualizadas.

3.2 Ciclo de vida marcos


O ciclo de vida das angiospermas pode ser também chamado de ciclo de vida
das fanerógamas, e se inicia com um indivíduo adulto (2n) que dispersa seus grãos
de pólen - formados a partir dos microsporângios presentes no estame - através do
processo de polinização, que geralmente ocorre com auxílio de um agente, que
pode ser o vento ou algum animal como insetos e pássaros.
Em termos técnicos, a polinização é o transporte do grão de pólen localizado
na antera (parte do órgão reprodutor masculino) até o estigma (parte do órgão
reprodutor feminino). Uma vez em contato com o estigma, é formado o tubo polínico
a partir do grão de pólen até atingir o óvulo localizado dentro do ovário.
No interior do tubo polínico, podem ser encontrados dois tipos de núcleos:
dois espermáticos que são os gametas masculinos (n) e um núcleo do próprio tubo
que fica responsável pelo seu crescimento.
O óvulo apresenta dois tipos de tecidos e um megásporo diplóide (2n), que
sofre meiose e origina quatro células haplóides (n). Três dessas células haplóides
se degeneram e apenas uma forma um megásporo haplóide funcional (n). Este, por
sua vez, sofre mitose, originando o saco embrionário que contém, em seu interior,
diversas estruturas, como o gameta feminino chamado oosfera (n).
A oosfera é uma célula central com dois núcleos polares, duas sinérgides e
três antípodas que, juntas, vão compor a formação do endosperma.
Ao atingir o óvulo, um núcleo espermático (n) - que é o gameta masculino -
fecunda a oosfera haplóide (n) - que é o gameta feminino -, formando, assim, o
zigoto diplóide (2n).
O outro núcleo espermático une-se aos dois núcleos polares presentes na
célula central, formando um núcleo triplóide (3n) que se desenvolverá junto com as
sinérgides e antípodas, até formar o endosperma com função de nutrir o embrião.

Assim que se inicia a fecundação, os tecidos do óvulo ficam mais rígidos,


formando uma casca. A estrutura conterá o embrião e o endosperma. Esse conjunto
recebe o nome de semente. Já o ovário, este se modifica gerando o fruto que
envolve essas sementes.
Dessa forma, as angiospermas são conhecidas por apresentarem
fecundação dupla. Uma entre os gametas masculino e feminino formando o zigoto
e, posteriormente, o embrião, e outra entre o segundo gameta masculino e os
núcleos polares, formando o endosperma.

3.3 Formação do grão de pólen


A formação dos grãos de pólen nas angiospermas, também conhecidos como
microgametófitos, ocorre por meio de um processo semelhante ao das
gimnospermas, mas com algumas diferenças importantes. As angiospermas são
plantas que possuem flores verdadeiras e são o grupo dominante de plantas
terrestres, incluindo a maioria das plantas que usamos para alimentação e
ornamentação.
Aqui está um resumo do processo de formação dos grãos de pólen nas
angiospermas:
 Produção de Microsporócitos: Nos estames das flores, que são as
estruturas reprodutivas masculinas, os microsporócitos são produzidos por
meio de divisões celulares mitóticas.
 Meiose I: Cada microsporócito passa por meiose I, que resulta em duas
células haploides chamadas de células mãe de grãos de pólen.
 Meiose II: Cada célula mãe de grão de pólen passa por meiose II, resultando
em um total de quatro células haploides chamadas de micrósporos.
 Desenvolvimento de Micrósporos: Cada micrósporo se desenvolve em um
grão de pólen. O grão de pólen é composto por duas células chamadas
célula vegetativa e célula generativa. A célula vegetativa desempenha um
papel na nutrição e no transporte do grão de pólen, enquanto a célula
generativa é responsável pela formação dos gametas masculinos.
 Formação dos Gametas Masculinos: Dentro do grão de pólen, a célula
generativa passa por divisão mitótica para formar dois núcleos: um núcleo
germinativo e um núcleo espermático. O núcleo germinativo é responsável
por formar o tubo polínico, uma estrutura que se alonga em direção ao ovário
da flor feminina. O núcleo espermático se dividirá novamente para formar
dois núcleos de células espermáticas.
 Polinização: O grão de pólen maduro é liberado da antera do estame e pode
ser transportado por agentes polinizadores, como insetos, pássaros, vento,
entre outros, até o estigma da flor feminina.
 Fertilização: Uma vez que o grão de pólen atinge o estigma da flor feminina,
o tubo polínico cresce através do estilo até o óvulo. As duas células
espermáticas são liberadas no tubo polínico e uma delas se funde com o
óvulo para formar o zigoto, que dará origem ao embrião. A outra célula
espermática se funde com células acessórias para formar os tecidos
nutritivos do embrião, como o endosperma.

Esse processo complexo de formação dos grãos de pólen e sua interação


com o sistema reprodutivo feminino são fundamentais para a reprodução sexuada
das angiospermas, permitindo a variabilidade genética e a geração de novas
plantas.

3.4 Desenvolvimento do óvulo


A angiosperma, também conhecida como planta com flor, é um grupo
diversificado de plantas que se destaca pela presença de flores e frutos. Um
aspecto fundamental de sua biologia é o desenvolvimento do óvulo, uma estrutura
essencial para a reprodução. O processo de desenvolvimento do óvulo nas
angiospermas envolve uma série de estágios intricados e regulados por processos
genéticos e hormonais.
O óvulo é o precursor da semente e é formado dentro do ovário, uma parte
da flor que eventualmente se tornará o fruto após a fertilização. O desenvolvimento
do óvulo passa por várias fases distintas: megasporogênese, megagametogênese e
fertilização.
A megasporogênese é o primeiro estágio do desenvolvimento do óvulo, onde
uma célula-mãe de megásporo, frequentemente localizada no interior do ovário,
sofre meiose para produzir quatro megásporos, dos quais apenas um sobrevive.
Esse megásporo sobrevivente, chamado de megásporo funcional, dará origem ao
óvulo propriamente dito.
O próximo estágio, a megagametogênese, envolve uma série de divisões
celulares e diferenciações que transformam o megásporo funcional em uma
estrutura multicelular conhecida como saco embrionário ou gametófito feminino.
Esse saco embrionário contém três células distintas: uma célula central e duas
células sinérgicas na extremidade próxima ao micrópilo, uma abertura no óvulo que
permite a entrada do tubo polínico. Na extremidade oposta ao micrópilo, encontra-se
a célula do ovo, que é a célula gamética feminina. Esse arranjo de células é
fundamental para a fertilização bem-sucedida.
A fertilização ocorre quando um tubo polínico, contendo os núcleos dos
gametas masculinos, cresce através do estilo e penetra no óvulo através do
micrópilo. Uma vez dentro do óvulo, um dos núcleos do gameta masculino se funde
com a célula do ovo, formando um zigoto diplóide. O outro núcleo do gameta
masculino se funde com a célula central, dando origem ao endosperma, um tecido
nutritivo triploide que fornecerá nutrientes para o embrião em desenvolvimento.
O processo de desenvolvimento do óvulo nas angiospermas é regulado por
uma interação complexa de sinais genéticos e hormonais. Hormônios como auxinas,
citocininas e giberelinas desempenham papéis cruciais na determinação do destino
das células e no crescimento do óvulo.
Em resumo, o desenvolvimento do óvulo nas angiospermas é um processo
sofisticado e altamente regulado, fundamental para a reprodução dessas plantas
com flores. Desde a formação do megásporo até a fertilização, cada etapa é crucial
para garantir a viabilidade da semente e a sobrevivência da próxima geração da
planta. O estudo desses processos não apenas aprofunda nossa compreensão da
biologia das angiospermas, mas também tem aplicações práticas na agricultura e na
preservação das espécies vegetais.

4. HISTOLOGIA VEGETAL
4.1 Tecidos meristemáticos

Os tecidos meristemáticos são tecidos de origem embrionária, constituídos


por agrupamentos de células com capacidade de sucessivas divisões e
diferenciação, formando toda a diversidade de tecidos que formam um vegetal. Em
consequência a essa característica, pode ser também denominado de tecido de
formação.
As células que integram os meristemas possuem metabolismo mais intenso
durante o princípio do desenvolvimento de uma planta. Porém, persistindo em
determinados órgãos, onde são responsáveis pela continuidade do crescimento, por
exemplo.
Assim, durante a fase adulta, uma planta ainda manifesta indícios de
meristema, classificados em primário e secundário.
O meristema primário, denominado de apical, possui funcionalidade desde a
germinação da semente, colaborando principalmente com o desenvolvimento em
comprimento, ocupando as regiões da extremidade caulinar e radicular. Contudo,
também é encontrado ao longo do caule, compondo as gemas laterais e dando
origem às ramificações e folhas.
- Classificação do meristema primário: protoderme, procâmbio e meristema
fundamental.
Já o meristema secundário ou lateral, colabora com o desenvolvimento em
espessura, acompanhando o crescimento (estatura) de um vegetal, conferindo
maior resistência ao porte arbóreo, encontrado nas gimnospermas, angiospermas
dicotiledôneas e algumas monocotiledôneas.
- Classificação do meristema secundário: câmbio vascular (tecidos condutores do
xilema e floema) e felogênio (células de preenchimento, reserva e proteção).

4.2 Tecidos de revestimento


As plantas possuem tecidos de cobertura que protegem de folhas, raízes e
caules.
Os tecidos de revestimento são a epiderme e a periderme (súber, felogênio e
feloderme).
A epiderme consiste em uma camada de células vivas e clorofiladas
compactadas. Nas folhas, as células epidérmicas secretam uma substância
chamada cutina, que forma uma cutícula lipídica e evita a evaporação excessiva da
água.
A epiderme pode apresentar alguns tipos de anexos:
 Estômatos: permite a troca gasosa com o ambiente durante a fotossíntese e
respiração.
 Hidatódios: estruturas localizadas nas bordas das folhas que eliminam o
excesso de água da planta.
 Tricomas: presentes em plantas xerófitas, reduzem a perda de água pelos
estômatos, quando se abrem para realizar as trocas gasosas.
 Pêlos absorventes: encontrados na zona pilífera da raiz, auxiliam na
absorção de água e sais minerais.
 Acúleos: estruturas pontiagudas e rígidas, muitas vezes confundidas com
espinhos, que conferem proteção à planta.

A periderme é um tecido vivo. Representa o revestimento das raízes com


crescimento secundário. É constituída pelos tecidos dérmicos súber, felogênio e
feloderme.
Entre as estruturas da periderme estão: as lenticelas e o ritidoma. As
lenticelas são aberturas na periderme que permitem a circulação do ar. Os ritidomas
constituem as camadas mais superficiais da periderme, que quando morta, se
destaca do caule da planta.

4.3 Tecidos de secreção


A histologia vegetal é um ramo da botânica que se dedica ao estudo das
estruturas e tecidos das plantas, permitindo uma compreensão mais profunda da
organização interna dos vegetais. Entre os diversos tipos de tecidos presentes nas
plantas, os tecidos de secreção desempenham um papel crucial na sobrevivência,
defesa e reprodução das espécies.
Os tecidos de secreção vegetal são caracterizados pela produção e liberação
de substâncias químicas especializadas que desempenham funções variadas, como
defesa contra herbívoros e patógenos, atração de polinizadores e regulação de
processos fisiológicos. Estes tecidos podem ser classificados em três principais
tipos: tricomas glandulares, canais secretores e bolsas secretoras.
Os tricomas glandulares são estruturas multicelulares ou unicelulares que se
projetam a partir da superfície das folhas, caules e outras partes das plantas. Eles
podem conter substâncias como óleos essenciais, resinas, mucilagens e compostos
aromáticos. Um exemplo notável são os tricomas glandulares das folhas de menta,
que produzem óleos essenciais com propriedades aromáticas e medicinais. Essas
substâncias têm funções de defesa, atraindo inimigos naturais de herbívoros ou
impedindo a alimentação direta.
Os canais secretores são tubos celulares especializados que transportam
substâncias secretadas de um local para outro na planta. Esses canais podem ser
encontrados em diversos tecidos, como caules e folhas, e desempenham funções
como transporte de resinas, látex e outros líquidos especializados. O látex, por
exemplo, é uma substância viscosa produzida por várias espécies de plantas, como
a seringueira, e contém compostos tóxicos que atuam como mecanismos de defesa
contra herbívoros.
As bolsas secretoras, por sua vez, são cavidades ou estruturas
especializadas nas células vegetais que acumulam e armazenam substâncias
secretadas. Essas substâncias podem ser liberadas quando a planta é danificada ou
quando ocorrem mudanças ambientais específicas. Um exemplo notável é a
produção de óleos aromáticos nas glândulas secretoras das pétalas de flores como
a rosa e a lavanda, que atraem polinizadores com seu perfume característico.
Em resumo, os tecidos de secreção desempenham um papel crucial na
adaptação e sobrevivência das plantas, permitindo-lhes defender-se contra
ameaças, atrair polinizadores e regular processos fisiológicos importantes. A
compreensão da histologia vegetal, incluindo a análise detalhada dos tecidos de
secreção, é fundamental para desvendar as complexas interações entre as plantas
e o ambiente ao seu redor.

4.4 Tecidos de preenchimento


Os tecidos de preenchimento são um tipo de tecido vegetal que
desempenham uma função de preenchimento, armazenamento e suporte em
diferentes partes da planta. Esses tecidos estão presentes principalmente em
órgãos como caules, raízes e folhas. Dois dos principais tipos de tecidos de
preenchimento são o parênquima e o esclerênquima.
 Parênquima de Preenchimento: O parênquima é um tecido de células vivas
que desempenha várias funções em uma planta, incluindo o armazenamento
de nutrientes, água e substâncias químicas. É um tecido altamente flexível e
pode ocorrer em diversos locais da planta. Algumas das formas específicas
de parênquima de preenchimento incluem:
 Parênquima de Reserva: Esse tipo de parênquima armazena nutrientes
como amido, proteínas e óleos. Pode ser encontrado em raízes, caules e
sementes. Parênquima Aquífero: Presente em plantas que crescem em
ambientes úmidos, esse parênquima armazena água.
 Parênquima Clorofiliano de Água: É um parênquima presente em folhas
suculentas que armazenam água e podem desempenhar uma função
fotossintética.
 Parênquima de Aerênquima: Encontrado em tecidos que precisam de
transporte de gases, como em partes submersas de plantas aquáticas. Ele
possui espaços intercelulares para facilitar a difusão de oxigênio.
 Esclerênquima: O esclerênquima é um tecido morto que fornece suporte e
rigidez à planta. Ele é composto por células com paredes celulares muito
espessas e lignificadas. As células esclerenquimáticas podem assumir duas
formas principais:
 Fibras: São células alongadas com paredes espessas e fortes. Elas são
frequentemente encontradas em feixes, fornecendo suporte mecânico a
órgãos como caules e folhas.
 Esclereides: São células mais curtas e variavelmente formadas, com
paredes espessas e geralmente irregulares. Elas podem estar presentes em
várias partes da planta, incluindo cascas e sementes.

Esses são apenas alguns exemplos de tecidos de preenchimento


encontrados em plantas. Cada tipo de tecido de preenchimento desempenha um
papel específico na função e no crescimento da planta, contribuindo para sua
adaptabilidade a diferentes ambientes e necessidades.

4.5 Tecidos de sustentação


Os tecidos de sustentação do vegetal proporcionam suporte mecânico à
planta, garantindo que o vegetal seja capaz de sustentar-se. Graças a esses
tecidos, a árvore não se quebra quando sofre a força do vento, por exemplo.
Podemos considerar dois tecidos que apresentam essa função: o colênquima e o
esclerênquima. A seguir, falaremos mais a respeito desses importantes tecidos.
Colênquima
Colênquima é uma palavra derivada do grego colla, que significa cola. O
nome desse tecido remete ao fato de que ele apresenta células com paredes
primárias que, ao microscópio, apresentam-se brilhantes.
Esse tecido vegetal tem como função principal garantir a sustentação de
partes do vegetal que estão em crescimento primário e estão, portanto, sujeitas a
constante movimentação. Esse tecido é encontrado, por exemplo, em nervuras de
folhas e em caule de plantas herbáceas. Geralmente, o colênquima tem o formato
de um cilindro contínuo e localiza-se logo abaixo da epiderme. Pode ainda ocorrer
como cordões isolados.
O colênquima é encontrado em plantas jovens em crescimento.O colênquima
é um tecido cujas células possuem parede celular primária espessada que são vivas
na maturidade. Essa última característica é observada também no parênquima. O
formato das células do colênquima é bastante variado, sendo observadas células
curtas, longas e isodiamétricas. As células do colênquima são capazes de retomar a
atividade meristemática.
As células do colênquima destacam-se por seu espessamento irregular, ou
seja, há regiões mais espessas que outras. De acordo com o espessamento
observado, podemos classificar o colênquima em:
 Angular: O espessamento ocorre em regiões onde há três ou mais células.
Quando um corte transversal é observado no microscópio, verifica-se que os
ângulos das células possuem formato triangular.
 Anelar: O espessamento das células desse tipo de colênquima ocorre de
maneira mais uniforme, deixando o lume celular com formato circular.
 Lamelar ou em placa: O espessamento ocorre nas paredes tangenciais.
 Lacunar: Observam-se espessamentos nas paredes que delimitam espaços
intercelulares.

Esclerênquima
Esclerênquima é uma palavra derivada do grego skleros, que significa duro.
Logo, a rigidez é uma importante característica desse tecido. O esclerênquima é um
tecido de sustentação que pode ocorrer em vários órgãos de um vegetal, sendo
encontrado tanto em partes do corpo em crescimento primário quanto em partes em
crescimento secundário.
Em alguns casos, por criarem uma camada protetora em volta de caules,
frutos e sementes, as células do esclerênquima atuam também na proteção contra
herbívoros.
O esclerênquima garante resistência e sustentação a órgãos vegetais que já
interromperam seu crescimento, células do esclerênquima apresentam parede
celular secundária espessada e, geralmente, são compostas por lignina, uma
molécula orgânica fortalecedora e indigestível. Diferentemente do colênquima, o
espessamento apresentado pelas células do esclerênquima é regular. De uma
maneira geral, as células do esclerênquima são mortas na maturidade e,
diferentemente das células colenquimáticas, não podem alongar-se.
Basicamente, podemos encontrar dois tipos celulares no esclerênquima:
 Fibras: Células longas, com paredes celulares secundárias grossas e,
normalmente, lignificadas. Além disso, apresentam suas extremidades
afiladas. Essas células estão presentes em partes da planta que não se
alongam mais e, geralmente, formam cordões ou feixes. Podem ainda estar
associadas ao floema e ao xilema. Algumas fibras são utilizadas
comercialmente, como é o caso das fibras do linho e do cânhamo.
 Esclereides: Apresentam-se, geralmente, isoladas ou em grupos esparsos.
Possuem paredes espessas muito lignificadas mais curtas do que as fibras.
Essas células apresentam formas variadas. De acordo com seu formato,
podem ser classificadas em:
 Fibriformes: esclereides com formato de fibra, podendo ou não ser
ramificadas.
 Colunares: esclereides que lembram colunas.
 Osteoesclereides: esclereides que possuem formato de osso.
 Astroesclereides: esclereides que possuem formato de estrela.
 Tricoesclereides: esclereides que possuem formato de tricoma.
 Macroesclereides: esclereides com formato colunar que formam,
geralmente, uma camada.
 Braquiesclereides: esclereides com formato isodiamétrico.

4.6 Tecidos de condução


São responsáveis por desenvolver estruturas que garantam o transporte e
distribuição de substâncias pelo vegetal, estando presente tanto nos tecidos
primários quanto nos tecidos secundários.
Podem ser divididos em vasos chamados "vasos condutores de seiva" que
transportam seiva (bruta ou elaborada) pela planta. Esses vasos podem ser
conhecidos como Xilema e Floema e juntos compõem o Sistema Vascular do
vegetal e é semelhante ao sistema vascular e circulatório dos animais.
Xilema
Localizado na região mais interna do vegetal, o xilema é composto por vasos
condutores de seiva inorgânica, chamada também de seiva bruta, constituída por
água e sais minerais que são absorvidos pela raiz.
As células do xilema são, assim como as células do esclerênquima, células
mortas devido a elevada concentração de lignina nas paredes celulares.
Esse transporte de água e sais minerais ocorre, portanto, de
forma ascendente, da raiz para as folhas, onde formam junto com o floema as
nervuras presentes nesses órgãos.
O xilema é constituído por:
 Traqueídes: Encontradas em todos os tipos de plantas vasculares. São
células finas agrupadas em feixes, formando poros entre as células
permitindo a passagem da seiva inorgânica;
 Elementos de Vaso: Estruturas especializadas encontradas principalmente
em Angiospermas que formam longos feixes que possuem a capacidade de
transporte de seiva mais eficaz, formando estruturas grandes chamadas
de vasos lenhosos.

Floema
Encontrado, assim como o Xilema, em praticamente todos os órgãos do
vegetal. É responsável pelo transporte de seiva orgânica, também chamada
de seiva elaborada, constituída por moléculas orgânicas, produzidas nos processos
fotossintéticos da planta.
Essas substâncias orgânicas, geralmente carboidratos, são produzidas nas
folhas e nas regiões clorofiladas e, através do Floema, distribuídas para as demais
regiões do vegetal, formando um transporte descendente, ou seja, das folhas para a
raiz e demais estruturas.
Ao contrário do Xilema, o Floema é composto por células vivas e pode ser
dividido em:
 Células crivadas: Células alongadas e primitivas que são encontradas
em pteridófitas e Gimnospermas, com capacidade limitada de transporte de
seiva;
 Tubos crivados: Estruturas especializadas no transporte de seiva orgânica e
são encontradas nas Angiospermas. As células que constituem esses tubos
são células anucleadas (sem núcleo) que são associadas a células
parenquimáticas chamadas “células companheiras” que garantem a
manutenção dos elementos do tubo crivado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/histologia-vegetal-tecidos-vegetais
Acessado em: 19/08/2023 às 16:00

https://www.todamateria.com.br/histologia-vegetal/
Acessado em: 20/08/2023 às 15:16

https://www.todamateria.com.br/gimnospermas/
Acessado em: 18/08/2023 às 17:09

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecido-meristematico.htm
Acessado em: 18/08/2023 às 17:52

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/tecidos-revestimento.htm
Acessado em: 20/08/2023 às 14:08

https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/biologia/tecidos-sustentacao.htm
Acessado em: 19/08/2023 às 12:00

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