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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


MINISTÉRIO D EDUCAÇAO
COMPLEXO ESCOLAR CASTRO AUGUSTO

BIOLOGIA
GIMNOSPERMIAS

DELFINA DOS SANTOS


ROSALINA ARAÚJO
LUZIA EVARISTO

Classe: 7ª
Turma: ÚNICA
Sala: 01
TURNO: Manha

Docente
___________________________________
Prof.º Evaristo Ndala

LUANDA, 2023
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

II. GIMNOSPERMIA .............................................................................................................. 2

2.1. Sistema vascular .......................................................................................................... 2

2.2. Origem ......................................................................................................................... 2

2.3. Reprodução e o Ciclo de Vida ..................................................................................... 2

III. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 4


I. INTRODUÇÃO

As gimnospermas são plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos.
As gimnospermas (do grego gymné, nua, e sperma, semente) receberam esta denominação
pelo fato de suas sementes não se encontrarem no interior de um fruto. Elas representam um
importante avanço evolutivo, pois foram as primeiras plantas a produzirem uma estrutura
protetora para o embrião (a semente), além de não apresentarem uma dependência direta da
água para sua reprodução. Esse grupo de plantas geralmente é formado por árvores de médio
e grande porte, sendo comuns em regiões frias e temperadas. No Brasil, a araucária ou
pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) é uma gimnosperma típica da região sul que
produz uma semente comestível, o pinhão, que é muito apreciada tanto pelos seres humanos
quanto pelos animais.

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II. GIMNOSPERMIA

Assim como ocorre nas plantas vasculares sem sementes, a geração esporofítica é a
predominante. Quanto a organização do seu corpo, as gimnospermas são plantas
vasculares que se apresentam como árvores para a maioria das espécies. Essas plantas não
produzem flores nem frutos, tendo as estruturas reprodutivas organizadas quase sempre em
estróbilos, os quais são popularmente conhecidos como pinhas ou cones. Apesar de exibirem
uma grande variação quanto ao tamanho, formato e cor das folhas, na grande parte dos
indivíduos elas são alongadas e em forma de agulha, denominadas acículas.

2.1. Sistema vascular

O sistema vascular das gimnospermas é formado pelo xilema e floema. As células condutoras
do xilema presentes neste grupo de plantas são as traqueídes e estão mortas na maturidade. As
células do floema são conhecidas como células crivadas e, ao contrário das células do xilema,
se mantêm vivas ao longo do tempo. Nas angiospermas (grupo de plantas que possuem
sementes protegidas por frutos), além destes tipos celulares, estão presentes outros conjuntos
de células condutoras, mais especializadas, denominadas elementos de vaso no xilema, e
elementos do tubo crivado no floema.

2.2. Origem

O surgimento das plantas com sementes se iniciou no período Devoniano superior, há


aproximadamente 365 milhões de anos. Existem quatro filos com representantes atuais das
gimnospermas. O Filo Coniferophyta (coníferas) inclui os pinheiros, araucárias, sequoias,
abetos, píceas e ciprestes, apresentando o maior número de espécies. Já o Filo Cycadophyta
(cicadófitas) abrange as cicas, plantas que muitas vezes são confundidas com palmeiras. O
Filo Ginkgophyta (ginkgo) só possui uma espécie viva, a Ginkgo biloba, e o Filo Gnetophyta
(gnetófitas) engloba plantas com características muito particulares, tanto que alguns
representantes exibem folhas e estróbilos parecidos com as folhas e flores encontradas nas
angiospermas.

2.3. Reprodução e o Ciclo de Vida

A água é imprescindível para a fecundação nas plantas vasculares sem sementes, já que é por
meio dela que o gameta masculino (anterozoide) móvel e flagelado se desloca até o gameta
feminino (oosfera). Entretanto, as gimnospermas apresentam uma outra estratégia
reprodutiva, passando a não depender mais da água para o transporte do gameta. Nessas

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plantas, o microgametófito (gametófito masculino) é o grão de pólen, que é transferido (na
maioria das vezes através do vento) para um megagametófito (gametófito feminino)
localizado dentro de um óvulo, sendo este processo chamado de polinização. Após
a polinização, o grão de pólen produz uma expansão denominada tubo polínico, a qual conduz
os gametas masculinos até o arquegônio (local de produção do gameta feminino). Nas
coníferas e nas gnetófitas, os gametas são imóveis, enquanto que nas cicadófitas e no ginkgo
os gametas são móveis.

Para compreender o ciclo de vida das gimnospermas, vamos considerar o exemplo de um


pinheiro, um representante típico desse grupo. No momento da reprodução, as folhas
modificam-se e originam os estróbilos masculinos (microstróbilos) e estróbilos femininos
(megastróbilo). Lembre-se que algumas espécies podem ter estróbilos masculinos ou
femininos, são dióicas. Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles
ficam retidos nos megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o
gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em
cada um diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino. Nos microstróbilos, os
microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses micrósporos surgem os
grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles ficam armazenados no
microstróbilo até serem liberados no ar. Nesse momento, ocorre a polinização realizada pelo
vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo.
Quando isso ocorre, eles germinam e originam o tubo polínico que cresce e alcança o
arquegônio. Isso possibilita que os gametas masculinos fecundem a oosfera e originem o
zigoto. Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo
fecundado, o embrião.

Por exemplo, a Welwitschia que ocorre na África e é uma das plantas mais excêntricas
conhecidas. A maior parte do seu corpo permanece enterrado em um solo arenoso. A parte
que fica exposta inclui longas folhas em forma de fita, que se dividem longitudinalmente.

Welwitschia mirabilis, uma das espécies de gimnospermas pertencentes ao Filo Gnetophyta.

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III. CONCLUSÃO

Concluí-se que as gimnospermas são plantas que apresentam como característica mais
marcante a presença de sementes nuas, ou seja, sementes que não estão no interior de frutos.

Também, são plantas vasculares (possuem vasos condutores de seiva) e que apresentam
sementes “nuas”. A denominação de sementes nuas deve-se ao fato de que as gimnospermas
não possuem sementes no interior de frutos.

Raven, P.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 830 p.

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