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UNIVERSIDA DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS


CURSO DE PSICOLOGIA

COMBATE CONTRA O TABAGISMO

TRABALHO DE MIC

SILVIO FILIPE JOÃO

LUANDA, 2023
UNIVERSIDA DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS
CURSO DE PSICOLOGIA

COMBATE CONTRA O TABAGISMO

TRABALHO DE MIC

Elaborado por Sílvio Filipe João


Orientada por Msc. Aderito Martins

Trabalho de Fim de Curso apresentado a


Faculdade de Ciências Sociais e Econónicas
da Universidade de Belas como requísito para
a obtenção do Grau de Licenciado em
Psicologia

LUANDA, 2023
FICHA CATALOGRÁFICA
Autorizo a repodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrónico para fins de estudo e pesquisa deste que citada a fonte.

Silvio Filipe João

Data _____/______/_____________

iii
SÍLVIO FILIPE JOÃO
COMBATE CONTRA O TABAGISMO

Trabalho de Fim de Curso apresentado a Faculdade de Ciências Sociais e Econónicas da


Universidade de Belas como requísito para a obtenção do Grau de Licenciado em Psicologia

Aprovado, _____/______/_____________

BANCA EXAMINADORA

Presidente de Júri

_____________________________________________

1’ Vogal

_____________________________________________

2’ Vogal

_____________________________________________

3’ Vogal

_____________________________________________

Secretário

_____________________________________________

iv
PREÂMBULO
A Reitoria da Universidade de Belas apresenta as Normas Ciências para a Elaboração de
Trabalhos de Fim de Curso.

O presente conteúdo normativo engloba um conjunto de regras e mdirectrizes que visam


auxiliar o finalista dos cursos ministrados pela instituição na elaboração da monografia.

Como sabemos, a função do Direito é servir como modelo ordenador das condutas do homem
em sociedade, e esta função e desiderato realizam-se mediante a aplição e obediência a um
sistema normativo. No mesmo diapasão, as normas ciêntíficas que apresentamos servem
como modelo ordenador do caminho que o nosso finalosta deverá trilhar na execução do se
trabalho de fim de curso de acordo com os critérios científicos aqui consignados.

É importante tembém salientar também que este documento normativo é constítuido por
algumas normas que provêm do anterior, outras que foram melhoradas e ainda que foram
inseridas cujo carácter é total inovador.

REITORIA DA UNIVERSIDADE DE BELAS, Luanda, 13 de Janeiro de 2023

A REITORA

____________________________________________

Prof. Msc Manuela Paula Constantino Pedro

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ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1

1.1 Introdução do tema ........................................................................................................... 1

1.1.1 Delimitação do tema................................................................................................... 1

1.1.2 Justificação do tema ................................................................................................... 1

1.2 Formulação do problema .................................................................................................. 1

1.3 Formulação de hipóteses ................................................................................................... 1

1.4 Objectivos ......................................................................................................................... 2

1.4.1 Objectivo geral ........................................................................................................... 2

1.4.2 Objectivos específicos ................................................................................................ 2

II. COMBATE CONTRA O TABAGISMO .............................................................................. 3

III. METODOLOGIA ................................................................................................................. 6

IV. RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................................ 7

V. ORGANIGRAMA DAS ACTIVIDADES .......................................................................... 10

VI. RECURSOS ....................................................................................................................... 10

VII. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 11

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 12

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I. INTRODUÇÃO

1.1 Introdução do tema

O projecto sobre a necessidade de implementação o combate contra o tabagismo em Angola


como alavanca para a resolução dos problemas locais é um tema que nos desperta bastante
interesse, muito menos das vantagens que a implementação da mesma terá para as
localidades.

Nesta senda de ideias, este projeto aprofundará as questões de facto que se prendem com a
não implementação atempada do Combate contra o tabagismo em Angola e sobre a influência
da existência da mesma na vida dos cidadãos.

1.1.1 Delimitação do tema

Delimitamos a nossa pesquisa em Angola, caso concreto na Província de Luanda para a


necessidade da implementação do combate contra o cabagismo para melhorar a qualidade da
vida da população.

1.1.2 Justificação do tema

Os motivos que levaram a escolha deste tema estão na falta da implementação em Angola o
combate contra tabagismo bem como a demora.

Um outro motivo cinge-se no facto de o tema ser de grande importância no curso em que me
encontro matriculada e futuramente na minha vida académica e profissional.

1.2 Formulação do problema

O presente estudo centra-se na problemática de necessidade da implementação do combate


contra o tabagismo em Angola.

Com base nas hipóteses elaboradas e os objectivos que pretende-se atingir; eis a pergunta
científica de partida que nos guia a investigação: Quais são as necessidades de implementar-se
o Combate contra o Tabagismo em Angola?

1.3 Formulação de hipóteses

Neste trabalho foram levantadas algumas hipóteses que serão confirmadas ou infirmadas; tais
como:

 A concentração e centralização da administração pública que as localidades terão para


o exercício das suas funções no combate contra o tabagismo em Angola.

1
 A falta de eficácia e eficiência na administração central, há necessidade de
implementar o combate contra o tabagismo em Angola.

 A implementação do combate contra o tabagismo em Angola terá como a alavanca na


resolução de problemas locais.

1.4 Objectivos

No trabalho de investigação científico, nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho
sem antes, ter definido as metas a atingir.

1.4.1 Objectivo geral

 Conhecer os benefícios que podem proporcionar com a necessidade de implementação


do combate contra o tabagismo em Angola.

1.4.2 Objectivos específicos

 Consolidar a democracia que assenta sobre tudo na liberdade de expressão e na


oportunidade de melhorar a qualidade da vida da população.

 Participar na tomada de decisões públicas em assuntos ligados aos interesses da


população.

 Garantir o acesso da população aos serviços básicos e outros aspectos do interesse das
comunidades locais.

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II. COMBATE CONTRA O TABAGISMO

O Governo angolano vai reforçar os mecanismos legais para regular o mercado de


fornecedores, comerciantes e consumidores de tabaco no país, por constatar de forma
preocupante muitos adolescentes a consumirem tabaco e bebidas alcoólicas.

O diretor nacional da Juventude do Ministério da Juventude e Desportos de Angola, Kikas


Machado, que falava no âmbito do lançamento da campanha nacional sobre prevenção do
tabagismo para jovens menores de 18 anos, defendeu hoje o envolvimento de todos os atores
da sociedade na luta contra o tabagismo.

"Estamos num período muito oportuno, uma vez que estamos a elaborar os planos para 2023,
mas também na perspetiva do quinquénio e também na produção de legislação adequada que
protege os adolescentes, mas sobretudo regule o mercado no que diz respeito aos fornecedores
e comerciantes do tabaco e bebidas alcoólicas", disse.

Segundo Kikas Machado, a situação é preocupante, o país é muito grande e requer uma escala
maior de intervenção, tendo em conta que Angola é maioritariamente composta por jovens e
adolescentes.

"Estamos a falar de um público-alvo de adolescentes e jovens menores que hoje ultrapassam a


barreira dos 15 milhões de pessoas, portanto, é um número muito grande, muito vulnerável e a
campanha deve corresponder com esta expectativa", explicou.

A campanha nacional de prevenção do tabagismo para jovens menores de 18 anos, lançada


hoje em Luanda, é uma iniciativa do Instituto Angolano da Juventude, em parceria com a
Britsh American Tobacco Angola.

A mesma visa sensibilizar a rede comercial sobre a obrigação comercial de não vender
cigarros a menores de 18 anos e ainda desencorajar o consumo de cigarros a esta franja da
sociedade angolana, sendo que a mesma terá abrangência nacional.

O responsável defendeu igualmente a necessidade de capacitar os jovens para participarem


ativamente nas campanhas de prevenção e sensibilização sobre o tabagismo.

Por sua vez, a diretora da Britsh American Tobacco Angola, Inês Simão, disse que a
campanha visa dar a conhecer aos retalhistas, grossistas e consumidores a proibição da venda
de cigarros a menores de 18 anos, divulgando com mais engajamento a lei existente no país
nesse sentido.

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Já o presidente da Associação Nacional de Luta contra as Drogas, João Cruz, informou que
em Angola os menores começam a fumar a partir dos 12 anos, situação que considerou
preocupante.

"Na verdade, os menores começam a partir dos 12 anos de idade, estamos a falar que cerca de
19% dos fumantes começaram com 12 anos e cerca de 60% começaram com 14 anos",
realçou.

Em 2016, segundo João Cruz, a sua associação fez um levantamento a nível de Luanda, tendo
constatado que cerca de 45% das senhoras fazem consumo de bebidas alcoólicas e tabaco e
cerca de 54,2% do sexo masculino fazem o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco.

A campanha terá como locais preferenciais mercados, com foco nos retalhistas, grossistas e
consumidores.

Todos os anos, mais de 8 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido ao tabagismo,
dentre as quais, 7 milhões resultam do consumo directo do tabaco e 1,2 milhões devido à
exposição de não fumadores ao fumo passivo. Para educar a população mais jovem sobre os
perigos do tabagismo, o Instituto Nacional de Luta Anti-Drogas (INALUD) realizou hoje em
Luanda, mais uma edição do concurso de Redacção e Desenho “Sonhos Límpidos Sem
Tabaco”.

A iniciativa, enquadrada nas celebrações do 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, tem como
objectivo educar e consciencializar as crianças sobre os perigos nefastos do tabagismo para a
saúde individual e das populações, de forma a garantir a prevenção e redução de doenças
associadas ao consumo do tabaco.

Segundo a Directora do Instituto Nacional de Luta Anti-Drogas, Ana Graça, o concurso de


Desenho e Redacção é uma iniciativa fundamental, realizado anualmente desde 2015, para
reforçar a informação, comunicação e educação das crianças e adolescentes sobre os perigos
do tabagismo.

“Os produtos e práticas comerciais da indústria de tabaco estão a destruir o ambiente e a


colocar em risco a saúde pública, a nossa vida e o planeta. Portanto, todos, juntos e unidos,
cada um ao seu nível, podemos e temos a responsabilidade de promover ambientes livres do
tabagismo e proteger a saúde”.

Para reforçar o combate ao tabagismo, em 2003, a Assembleia Mundial da Saúde adoptou a


Covenção Quadro para o Controlo do Tabagismo, que dentre as várias medidas, encoraja os
Estados membros a adoptar e aplicar políticas que promovam a educação das populações,

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aumento dos impostos sobre o tabaco, abolição da promoção do tabagismo, garantia do
tratamento adequado a dependência do tabagismo, bem como a fiscalização actuante das Leis
que proíbem fumar em locais públicos.

Por sua vez, a Representante da OMS em Angola, Dra. Djamila Cabral fez saber que a
indústria do tabaco está a poluir o nosso planeta, causando impactos significativos na
desflorestação, poluição do ar, e desperdício de água, com consequências drásticas na saúde
das nossas famílias, em particular das crianças.

“Além de causar milhares de mortes devido ao consumo directo e passivo do tabaco, a


indústria do tabagismo está a agudizar as alterações climáticas e contribuir para o aumento de
doenças relacionadas com o ambiente. Portanto, temos o dever de eliminar o tabagismo,
salvar o planeta para melhorar a saúde das nossas populações e salvar a humanidade.”

Estudos realizados pela OMS apontam que todos os anos, 600 milhões de árvores são abatidas
para fazer 6 triliões de cigarros, aproximadamente 22 triliões de litros de água são usados para
fazer cigarros e 4,5 triliões de beatas de cigarro poluem o ambiente. A OMS apela aos
governos africanos para que apliquem taxas ambientais sobre o tabaco em todas as cadeias de
valor e de abastecimento, incluindo produção, processamento, distribuição, vendas, consumo
e gestão de resíduos, para acelerar o controle e eliminação do tabagismo.

Este ano, o Dia Mundial Sem Tabaco é celebrado sob o lema, “Tabaco: Ameaça ao nosso
ambiente”, destacando o impacto ambiental de todo o ciclo do tabaco, desde o cultivo,
produção e distribuição, até aos resíduos tóxicos que gera.

Sobre a OMS:

A Organização Mundial da Saúde contribui para um futuro melhor para as pessoas em todo o
mundo. A boa saúde estabelece a base para comunidades vibrantes e produtivas, economias
mais fortes, nações mais seguras e um mundo melhor. Como principal autoridade de saúde
dentro do sistema das Nações Unidas, nosso trabalho toca a vida das pessoas em todo o
mundo, todos os dias. Em África, a OMS serve 47 Estados-Membros e trabalha com parceiros
de desenvolvimento para melhorar a saúde e o bem-estar de todas as pessoas que vivem no
nosso continente.

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III. METODOLOGIA

Realizou-se pesquisa bibliográfica sobre o PNCTOFR, utilizando-se os documentos


disponíveis nos portais eletrônicos do Inca, da Política Nacional de Promoção da Saúde
(PNPS), do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco, da Organização
Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Estes
documentos foram empregados na identificação das iniciativas nacionais para o controle do
tabagismo. De forma complementar, foram efetuadas consultas às bases de dados Lilacs
(Literatura Latino-americana e do Caribe), PubMed Central, Scielo (Scientific Eletronic
Library Online) e ScienceDirect (Elsevier B.V.), sendo identificados estudos, disponíveis na
íntegra, que apresentassem evidências da eficácia das ações do programa brasileiro de
combate ao tabagismo.

A seleção dos descritores utilizados para consulta às bases de dados foi efetuada mediante
consulta ao DEC (descritores de assunto em ciências da saúde da Bireme), sendo empregados
os termos "Tabaco" e "Programa Nacional de Controle do Tabagismo" e seus respectivos
correspondentes em inglês, combinados por meio dos operadores lógicos "AND" e "OR".

Foi realizada busca ativa de dados que pudessem refletir resultados das ações do PNCTOFR,
bem como informações disponíveis no Datasus (Sistema de Informática do Sistema Único de
Saúde) e no site do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Para pesquisa de dados
no Datasus, foram assumidas como doenças tabaco-relacionadas aquelas propostas pelo
estudo Cancer Prevention Study II (CPS II) e traduzidas para o português por Pinto12.

Para organização e avaliação das possíveis evidências da eficácia das ações do PNCTOFR,
utilizou-se como referencial as áreas/dimensões propostas pela International Union for Health
Promotion and Education (IUHPE)13, que compreendem: 1) Ações de Regulação do
Mercado; 2) Intervenções na Educação e na Informação Pública; 3) Intervenções na Atenção
Primária à Saúde (APS); 4) Intervenções Locais; 5) Intervenções no Local de Trabalho; e 6)
Intervenções com Enfoque na Comunidade. Para apresentar os possíveis resultados globais
das ações do PNCTOFR, foi acrescentado o item 7) Possíveis Impactos da Redução da
Prevalência de Tabagismo.

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IV. RESULTADOS ESPERADOS

O Executivo pretende reduzir o consumo do tabaco no país para 30 por cento até 2025, mas,
para tal, será necessário o reforço de programa que aborda questões sobre as consequências na
saúde provocadas pelo produto, disse ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Área
Hospitalar.

Leonardo Inocêncio, que falava durante uma mesa redonda sobre o Dia Mundial Sem Tabaco,
assinalado ontem, sob o lema “O Tabaco e a Saúde Pulmonar”, considerou fundamental que
se promova a legislação e que se desincentive a comercialização.

Defendeu que é necessário que haja maior rigor com a tributação, proibição do cultivo destas
substâncias, produção de publicidade, promoção e patrocínios.

O secretário de Estado disse que há o compromisso institucional e vontade política do


Executivo alinhar-se na estratégia global para acelerar o controlo do tabaco, de modo a atingir
a meta que se pretende. Para isso, Leonardo Inocêncio anunciou que o Executivo está a
envidar esforços para que a lei 43/09 seja mais divulgada, sendo que a norma proibe fumar em
espaços ao ar livre a 100 metros de lugares públicos e privados, especialmente em locais de
prestação de serviços a menores.

O governante salientou que o impacto negativo do uso do tabaco e da exposição ao fumo, na


saúde e bem-estar das pessoas, evidencia o surgimento de uma série de doenças em que as
crónicas pulmonares, como o enfisema e o cancro do pulmão, são as mais recorrentes.

O tabagismo, acrescentou, também agrava a asma e predispõe a doenças infecciosas, como


pneumonia e tuberculose, comprometendo, assim, os mecanismos naturais de defesa do
pulmão contra os agentes infecciosos.

“O fumo do tabaco em lugares fechados constitui uma forma perigosa de poluição do ar,
afectando os fumantes e os que ao fumo estão sujeitos, fundamentalmente as crianças. Das
7.000 substâncias tóxicas, 69 são cancerígenas”, declarou.

Informou que o Executivo está preocupado com o número, cada vez mais elevado, de crianças
e jovens consumidores de tabaco, álcool e outras substâncias psicoactivas, que caem no vício
de forma inconsciente.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que todos os anos morrem cerca de
sete milhões de pessoas por doenças relacionadas com o consumo do tabaco, dos quais 890
mil não são fumadores, mas estiveram em contacto com o fumo.

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A informação foi revelada pela representante da OMS em Angola, Fernanda Alves, que falava
no encontro sobre o Dia Mundial Sem Tabaco.

A OMS refere que cerca de 80 por cento das mortes associadas ao consumo de tabaco ou
exposição ao fumo poderiam ser evitadas com a eliminação do consumo.

A organização alerta que os fumadores são 22 vezes mais propensos a desenvolver cancro do
pulmão, comparativamente aos não fumadores. Só depois de dez anos sem fumar é que o risco
de contrair a doença pode ser reduzido.

Fernanda Alves reconhece que a OMS em Angola tem vindo a alcançar resultados
significativos na implementação da Convenção Quadro. A responsável felicitou o Executivo
pela distinção da directora do Instituto Nacional de Luta Contra as Drogas (INALUD), Ana
Graça, pelos esforços desenvolvidos na luta contra a eliminação do tabaco.

Esta importante distinção global da OMS, segundo a responsável, vai contribuir para
galvanizar a todas, no sentido de trabalhar para garantir a criação de espaços livres de tabaco
em locais públicos, o agravamento das taxas de tabaco, afixação de avisos de saúde nos maços
de cigarro e a proibição de toda e qualquer forma de publicidade do tabaco.

Mais de 70 por cento dos doentes que dão entrada no Hospital Sanatório de Luanda com
problemas respiratórios, sobretudo relacionados com a tuberculose, faziam uso de cigarros,
revelou ao Jornal de Angola o médico especialista em medicina interna e chefe de serviço da
unidade hospitalar, Afonso Wete. O também docente universitário disse que o cigarro pode
causar até 50 doenças diferentes, principalmente aquelas ligadas ao coração e à circulação
sanguínea, além de provocar vários tipos de cancro.

“Em cada tragada que se dá ao cigarro, a pessoa inala 4.700 substâncias tóxicas, com destaque
para a nicotina, monóxido de carbono e o alcatrão, bastante agressivas”, frisou. O médico, que
falava no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que hoje se assinala, disse que a nicotina
provoca, entre outros males, dependência ao cigarro e chega mais rapidamente ao cérebro, se
comparada com a cocaína, o que dá lugar a ataques cardíacos e vasculares.

O monóxido de carbono, prosseguiu, é comparável à sujeira preta produzida pelo escape do


carro. Afonso Wete asseverou que esta substância reduz a oxigenação sanguínea no corpo.

O médico deu a conhecer que é por causa da acção do monóxido de carbono que alguns
fumadores ficam com dores de cabeça após passarem várias horas sem fumar.

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“Nesse período de abstinência, o nível de oxigénio que circula pelo corpo volta ao normal e,
com isso, o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a isso, reclama por meio das
dores de cabeça”, realçou.

Afonso Wete sublinhou que o alcatrão é o grande vilão, tendo em conta os vários produtos
cancerígenos que transporta, como o polónio, chumbo e o arsénio.

O médico afirmou que todo o cancro relacionado com o fumo, como os que aparecem na
boca, laringe ou estômago, tem alguma ligação com o alcatrão.

O especialista em medicina interna acrescentou que a união das três substâncias,


nomeadamente a nicotina, monóxido de carbono e o alcatrão, funcionam como uma
composição do cigarro altamente nociva à saúde.

De modo a mostrar, na prática, as consequências resultantes do consumo de cigarros, o


médico salientou que o utilizador regular de cigarros pode apanhar cancro em qualquer parte
do corpo, com maior possibilidade nos pulmões, 25 ou 30 anos depois, desde a data em que
começou a fumar.

“O cigarro tem uma relação muito forte com as doenças pulmonares. Pesquisas mostram que
este é o órgão mais afectado pelo cigarro”, aclarou. Sobre o número de pessoas que chegam a
morrer no país por causa do cigarro, o médico disse ser difícil determinar, pois o que mata, na
verdade, não é o tabaco, mas as doenças relacionadas com o tabaco . “O cigarro, por si só, não
mata”, acentuou. O consumo de cigarros, de acordo ainda com o especialista, afecta
gravemente o desempenho sexual, quer do homem como da mulher.

Afonso Wete avançou que a nicotina, uma das substâncias encontradas no cigarro, ocupa o
espaço onde fica o oxigénio e, com isso, a pessoa fica impossibilitada de permanecer por
muito tempo num acto sexual, porque não dispõe da quantidade necessária de oxigénio para
suportar o acto. “Se dependesse dos médicos, ninguém fumaria”, concluiu.

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V. ORGANIGRAMADASACTIVIDADES

VI. RECURSOS

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VII. CONCLUSÃO

Em alusão ao "Dia Mundial sem Tabaco", Instituído pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) a 31 de Maio, o Comando do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros foi brindado,
terça-feira, 1 de Junho, com uma palestra sob o lema: "Comprometa-se a parar de fumar
durante a pandemia da Covid-19" e teve como prelector o Chefe do Departamento do Instituto
Nacional de luta Anti-drogas (INALUD), Nelson Pedro Nhanga.

A actividade visou esclarecer aos presentes sobre o consumo do tabaco, bebidas alcoólicas e
outras drogas, tendo como consequências os efeitos nefastos em quase todos os órgãos do
organismo humano.

Segundo o palestrante, o acto de fumar um único cigarro por dia, pode prejudicar seriamente a
saúde. Continuou referindo que, os dados estatísticos da OMS demonstram que, o tabagismo
prejudica a função pulmonar e faz com que seja mais difícil o organismo combater o
coronavírus e outras doenças respiratórias.

“Dos 1,3 mil milhões de fumantes a nível mundial, 60% expressaram o desejo de deixar de
fumar, mas apenas 30% têm acesso às ferramentas que lhes permitem fazê-lo com sucesso e,
cerca de 1,2 milhões de não fumadores (fumantes passivos) morrem devido à exposição ao
fumo do tabaco”, referiu.

Concluiu-se apresentando uma solução digital, que na sua perspectiva, pode colmatar esta
lacuna. Trata-se da plataforma “Florence”, uma agente de saúde digital, credenciada pela
OMS, que dá breves conselhos sobre como deixar de fumar e indica as ferramentas e soluções
que podem ajudar a fazê-lo.

A palestra que visou, igualmente, exortar os efectivos sobre o combate e prevenção da covid-
19, contou com a participação de oficiais superiores e subalternos, subchefes e agentes do
Comando do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

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VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS).


Prevención y Control del Consumo de Tabaco. Washington: OMS, OPAS; 1998.

Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde. Who report on the


global tobacco epidemic, 2008: The MPOWER package. Geneva: OMS; 2008.

Cavalcante TM. Programa de controle do tabagismo no Brasil: avanços e desafios Brasil. Rev
psiquiatr clín 2005; 32(5):283-300.

Instituto Nacional do Câncer (Inca). Programa Saber Saúde: buscando formar cidadãos
conscientes. Atualidades em Tabagismo e Prevenção do Câncer 2001; 10 (jan./mar.).

Monteiro CA, Cavalcante TM, Moura EC, Claro RM, Szwarcwald CL. Population-based
evidence of a strong decline in the prevalence of smokers in Brazil (1989-2003). Bull World
Health Organ 2007; 85(7):527-534.

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