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CLASSIFICAÇÃO DAS

GENGIVITES E PERIODONTITES
SEGUNDO AS NORMAS DE
2018 Parte II

Prof. Dr Diogo Lenzi Capella


CRITÉRIO PARA A PERIODONTITE
JUNÇÃO Amelo-Cementária
(JEC)
Parâmetros clínicos periodontais

 Recessão ou Retração Gengival (RG): É a


distância da junção amelocementária até a
margem gengival.
 - Profundidade de Sondagem (PS): É a
distância da margem gengival até a base da
bolsa periodontal ou sulco gengival.
 - Nível Clínico de Inserção (NIC): É a distância
entre a base da bolsa (sulco) e um ponto fixo
(JCE – junção amelocementária). Avalia a
extensão da perda de inserção periodontal
em mm. É o melhor indicador do grau de
destruição periodontal.
Cálculo Dentário
O cálculo dental é biofilme mineralizado. Se estiver localizado
coronalmente à margem gengival, é denominado de supragengival
e quando encontrado apicalmente à margem gengival, é chamado
subgengival.
FURCA
Perda óssea
Perda óssea paralela a uma linha imaginária que vai de JAC a JAC de
dentes adjacentes, então é denominada de “horizontal”
Devido a sua baixa resolução magnificação da imagem inerente da técnica e a
sobreposição de estruturas, principalmente na região de pré-molares, não é um
bom exame imaginológico para avaliação da perda óssea alveolar . Ela não fornece
os detalhes necessários para avaliação das estruturas de suporte, que são
IMAGEM TOMOGRÁFICA
PERIODONTITE

 Perda de inserção interproximal em 2 ou mais dentes não adjacentes.


 • Perda de inserção vestibular ou lingual/palatina ≥ 3mm, com profundidade
de bolsa ≥ 3mm, em
 dois ou mais dentes.
 • Não será considerada perda de inserção quando houver:
 → Recessão gengival de origem traumática;
 → Cárie extensa na região cervical do dente;
 → Perda de inserção na distal do 2° molar associada a má posição dental ou
exodontia do 3° molar;
 → Lesão endodôntica drenando pelo sulco gengival;
 → Fratura radicular vertical.
Características clínicas da Periodontite

• Inflamação gengival
• Bolsa periodontal
• Sangramento à sondagem
• Perda de inserção
Características variáveis
• Hiperplasia ou recessão gengival
• Exposição de furcas
• Mobilidade e inclinação dos dentes
• Eventualmente esfoliação dos dentes
PIC
Estádios de periodontite levam em consideração a severidade
complexidade e antecipam a complexidade da terapia periodontal.
Severidade é determinada pela medida de perda de inserção
clínica e de perda óssea verificada radiograficamente e, pelo
número de dentes perdidos devido à periodontite.
Complexidade é determinada pela dificuldade envolvida no
controle da doença e na reabilitação funcional e estética da
dentição do paciente.
ESCORE

Escore de cada um dos estádios é baseado na perda de inserção


interproximal devido à periodontite e na perda óssea marginal.
Ele é atribuído baseado no dente mais afetado.
O escore da complexidade considera a presença de fatores, tais
como:
presença de bolsas periodontais profundas, defeitos verticais,
envolvimento de furca, mobilidade dental acentuada, perda de
dentes, deficiência de rebordo e perda da função
mastigatória.
Estágios de Severidade

Histórico da destruição passada


Definição do tamanho e extensão da
periodontite
Facilita a comunicação entre profissionais
Ajuda na definição do prognóstico
Otimiza os cuidados para casa situação.
Estágios de COMPLEXIDADE

Estágio I quando a profundidade de sondagem é de até 4mm com


perda óssea horizontal.
 Estágio II quando a profundidade de sondagem for até 5mm com
perda óssea horizontal.
Estágio III, se profundidade de sondagem for maior ou igual a 6mm e
já é encontrada perda óssea vertical de até 3mm e lesão de furca.
No Estágio IV, há traumatismo oclusal, disfunção mastigatória, menos
de 20 dentes em boca e colapso oclusal e defeito ósseo severo e
defeito ósseo severo.
EXTENSÃO

extensão e distribuição indicam


Periodontite localizada quando a área
atingida for de menos de 30% dos dentes.
Periodontite generalizada quando o
envolvimento for superior a 30% dos
dentes e Padrão molar/incisivo quando a
doença envolve os molares e incisivos.
 Graus de periodontite levam em consideração a evidência ou risco de
progressão e antecipam o risco de progressão futura, a possibilidade de
insucesso na terapia periodontal e o risco da doença periodontal impactar
de maneira negativa a saúde sistêmica do paciente
 A evidência direta é baseada em observações longitudinais disponíveis, tais
como radiografias antigas de boa qualidade
 A evidência indireta é baseada no exame de perda óssea em função da
idade no dente mais afetado da dentição. O grau da periodontite pode ainda
ser modificado pela presença de fatores de risco
Graus de evolução

• Suplementa os estágios de severidade


• Fornece informações sobre a taxa de evolução da
destruição e reconhecimento de fatores de risco de
progressão
• Avaliação de risco.
Graus de evolução

 O critério primário se refere às evidencias diretas ou indiretas de


progressão.
 Sempre que possível, se deve utilizar a evidência direta. Na sua
ausência deve ser usada a estimativa indireta utilizando a perda

óssea no local mais afetado em função da idade


(Porcentagem de perda óssea radiográfica dividida pela idade).
Grau B

Inicialmente, deve-se assumir que todos os pacientes estão


no Grau B e, ao se avaliar o caso, determinar se será
mantido grau B ou se mudará para A ou C.
Uma vez que o grau é estabelecido de acordo com a
evidência de progressão, este pode ser modificado de
acordo com os fatores de risco como fumo e diabetes
(Hb1c).
DIABETES E FUMO

Os fatores modificadores constam


de Tabagismo e Diabetes (Hb1c).
Grau A o paciente não fumante e normoglicêmico;
GrauB fumante até 10 cigarros por dia ou Hb1c até 7 em paciente
diabético;
Grau C fumante de mais de 10 cigarros ao dia e diabético com Hb1c
maior que 7.
CÁLCULO DA PROGRESSÃO DE PERDA
ÓSSEA

• Material: Rx periapical, régua milimetrada, idade do


paciente
• Medição: perda óssea, comprimento da raiz. Perda óssea
da junção esmalte cemento até a crista
óssea. Comprimento da raíz da junção esmalte cemento ao
ápice da raiz
• Porcentagem de perda óssea = perda óssea / comp. raiz X
100
• Índice de perda óssea: % perda óssea / idade do paciente
De acordo com os critérios, trata-se de um caso de
progressão rápida. Manifestações Periodontais de
condições sistêmicas, adquiridas e de desenvolvimento
 1. Associadas às desordens  • Neutropenia severa
imunológicas  • Neutropenia congênita (Síndrome
 • Síndrome de Down de Kostmann)
 • Síndrome de deficiência de  • Neutropenia cíclica
adesão leucocitária  Doenças da imunidade primária
 • Síndrome de Papillon-Lefèvre  • Granulomatose crônica
 • Síndrome de Haim-Munk  • Síndrome da hiperimunoglobulina
 • Síndrome de Chediak-Higashi  • Síndrome de Cohen
De acordo com os critérios, trata-se de um caso de
progressão rápida. Manifestações Periodontais de
condições sistêmicas, adquiridas e de desenvolvimento
 2. Doenças que afetam a  3. Doenças que afetam o tecido
mucosa oral e o tecido gengival conjuntivo
 • Epidermólise bolhosa  • Síndrome de Ehlers-Danlos (tipo IV e
 • Epidermólise bolhosa distrófica VIII)

 • Síndrome de Kinder  • Angioedema (deficiência do


inibidor C1)
 • Deficiência de Plasmingênio
 • Lupus eritematoso sistêmico
De acordo com os critérios, trata-se de um caso de
progressão rápida. Manifestações Periodontais de
condições sistêmicas, adquiridas e de desenvolvimento
 4. Desordens endócrinas e  Imunodeficiências adquiridas
metabólicas  • Neutropenia adquirida
 • Doença do armazenamento  • HIV
do glicogênio
 • Doença de Gaucher
 • Hipofosfatasia
 • Hipofosfatasia raquítica
 • Síndrome de Hajdu-Cheney
De acordo com os critérios, trata-se de um caso de
progressão rápida. Manifestações Periodontais de
condições sistêmicas, adquiridas e de desenvolvimento
 6. Doenças inflamatórias  7. Outras desordens sistêmicas
 • Epidermólise bolhosa  • Diabetes mellitus
adquirida
 • Obesidade
 • Doença inflamatória intestinal
 • Osteoporose
 • Artrite (Artrite reumatoide e
osteoartrite)
 • Depressão e estresse emocional

• Tabagismo
 • Medicamentos
Estádios III e IV
versus I e II
Estádios I E II

 Os estádios I e II são determinados pela perda de inserção clínica e


perda óssea.

 O diagnóstico do caso de periodontite será Estádio I se:


(a) perda óssea for menor do que 15%;
(b) perda de inserção clínica entre 1-2 mm.

O diagnóstico será Estádio II se:
(a) perda óssea estiver entre 15% e 33%;
(b) perda de inserção clínica entre 3-4 mm.
Estádios III E IV
 O diagnóstico será Estádio III se:
(a) perda óssea afetar o terço médio da raiz ou além;
(b) a perda de inserção clínica for de 5 mm ou mais;
(c) a perda dentes por periodontite for de pelo menos 4 dentes;
(d) presença de 10 ou mais pares de dentes em oclusão;
(e) ausência de colapso oclusal, defeitos de rebordo.

 O diagnóstico será Estádio IV se:


(a) perda óssea afetar o terço médio da raiz ou além;
(b) a perda de inserção clínica for de 5 mm ou mais;
(c) a perda dentes por periodontite for maior do que 4 dentes;
(d) presença de menos do que 10 pares de dentes em oclusão
(e) presença de colapso oclusal, defeitos de rebordo.
Estabelecimento do grau de periodontite na
ausência de informações prévias

Se o paciente fuma menos do que 10 cigarros ao dia, o


grau será alterado para B.
Se o paciente fuma 10 ou mais cigarros ao dia, o grau será
alterado para C.
Se o paciente diabético apresentar HbA1c menor do que
7.0, o grau será alterado para B.
Se o paciente diabético apresentar HbA1c maior do que
7.0, o grau será alterado para C.
PROXIMA AULA!!!
PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL

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