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das Doenças
Periodontais
UM GUIA PRÁTICO Periodontite
Estádio I - III
ORGANIZADORES
FILIAÇÕES
1- Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas da FOUSP
2- Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas da FOUSP
3- Docente do Programa de Pós-Graduação da UNESP São José dos Campos
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação da Publicação
ISBN: 978-65-5787-047-1
CDD 617.632
Prefácio
02
Tratamento das doenças periodontais:
Primeiro passo
04 Reavaliação
Cordialmente,
Cristina Cunha Villar
Guilherme Castro Lima Silva do Amaral
Ao longo de todo o e-book os marcadores abaixo indicarão a as
recomendações relacionadas ao tratamento de doenças
periodontais.
Grade de recomendações
RECOMENDADO
FORTE
RECOMENDAÇÃO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
RECOMENDAÇÃO
NÃO SUGERIDO
CLASSIFICAÇÃO
DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS
AUTORES
Fabiola Pantigozo-Morán
Emanuel da Silva Rovai
Aldrin André Huamán-Mendoza
José Carlos Silva
Estela Sanches Rebeis
Marinella Holzhausen
Introdução
É de suma importância o reconhecimento dos sinais e sintomas das
doenças periodontais, pois dessa forma conseguiremos fazer um
diagnóstico correto e um tratamento com sucesso. Portanto,
realizaremos uma exploração abrangente dessas condições
intrincadas e multifacetadas que desafiam constantemente nosso dia
a dia clínico.
Sem perda óssea radiográfica Possível perda óssea radiográfica Possível perda óssea radiográfica
Junção cemento -
esmalte (JEC) – crista É avaliada radiograficamente e pode variar entre 1 – 3 mm.
óssea
COMO CLASSIFICAR A
GENGIVITE INDUZIDA POR BIOFILME?
Classificação
Fumo;
Fatores metabólicos (ex: hiperglicemia);
Fatores Hormônios esteróides sexuais;
modificadores Condições hematológicas (ex: leucemia,
Fatores sistêmicos mielodisplasia);
sistêmicos Fatores nutricionais (ex: deficiência grave
1, 2
ou locais de vitamina C ou escorbuto).
Fatores
Fatores de retenção de biofilme;
predisponentes 1, 2
Xerostomia.
locais
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
*
COMO ESTABELECER O ESTÁDIO DA PERIODONTITE?
* No Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde,9 a palavra "Estádio" significa as fases de evolução de uma doença.
Por outro lado, a palavra "Estágio" significa período de aprendizagem, treinamento para um cargo ou profissão. No
entanto, dada a influência das publicações de língua inglesa na área médica, o termo "Stage" foi traduzido para o português
"Estágio" e ganhou o mesmo sentido de "Estádio". Por isso, ambas palavras (Estádio e Estágio) atualmente podem ser
utilizadas como significado de fases de evolução de uma doença. Neste e-book consideraremos o termo Estádio para a
classificação das doenças periodontais.
CRITÉRIOS PARA ESTABELECER O
ESTÁDIO SEGUNDO A SEVERIDADE
S
E
V
E
R
I
D
A
D
E
C
O
M
P
L
E 9
X
I
D
A
D
E
POR QUE ESTABELECER O ESTÁDIO?
Legenda:
PICI: Perda de Inserção Clínica Interproximal; PO : Perda Óssea radiográfica; PS: Profundidade de Sondagem
Grau
CRITÉRIOS
D
I
E R Inicialmente, a escolha escolha
E doença é definida
V
T
I pelo grau B (taxa de
A
D progressão
Ê I moderada) e, à
N N medida que
C D apresenta
I I evidências
R
A específicas, o grau
E
T pode ser alterado
A para A ou C.¹
Critérios
primários % Perda
< 0.25 0.25 – 1.0 > 1.0
óssea/idade:
Evidência
indireta
Fenótipo do Biofilme = Biofilme Biofilme
caso destruição = destruição destruição
Não <10 ≥ 10
Fumo:
fumante cigarros/dia cigarros/dia
Modificadores Fatores de
do grau risco
Normoglic HbA1C < HbA1c ≥
Diabetes:
êmico 7.0% 7.0%
Risco de
Carga PCR de alta
impacto
inflama- sensibilidade < 1 mg/L 1 – 3 mg/L > 3 mg/L
sistêmico na
tória (hsCRP):
periodontite
Distribuição da periodonte
PADRÃO INCISIVO
LOCALIZADA GENERALIZADA
MOLAR
Quando a periodontite
Até 30% dos dentes Maior ou igual a 30%
atinge apenas os
afetados dos dentes afetados
molares ou incisivos
3.Trombelli L, Farina R, Silva CO, Tatakis DN. Plaque-induced gingivitis: Case definition
and diagnostic considerations. J Periodontol. 2018 Jun;89 Suppl 1:S46-S73
5.Lang NP, Bartold PM. Periodontal health. J Periodontol. 2018 Jun;89 Suppl 1:S9-S16.
Sanz M, Herrera D, Kebschull M, Chapple I, Jepsen S, Beglundh T, Sculean A, Tonetti
MS; EFP Workshop Participants and Methodological Consultants. Treatment of stage I-
III periodontitis-The EFP S3 level clinical practice guideline. J Clin Periodontol. 2020
Jul;47 Suppl 22(Suppl 22):4-60. doi: 10.1111/jcpe.13290. Erratum in: J Clin Periodontol.
2021 Jan;48(1):163. PMID: 32383274; PMCID: PMC7891343.
6.Lindhe J, Karring T, Lang NP. Lindhe’s Clinical Periodontology and Implant Dentistry.
7th ed. Copenhagen: Wiley Blackwell; 2022.
10.Holzhausen M, França BN, Gasparoni LM, Rebeis ES, Saraiva L, Villar CC, Pannuti
CM, Romito GA. Sistema de classificação das doenças e condições periodontais
[Internet]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2019.
CAPÍTULO 2
TRATAMENTO DAS
DOENÇAS
PERIODONTAIS:
PRIMEIRO PASSO
AUTORES
Recomendação
RECOMENDADO
~42% DO BIOFILME
É removido em um único episódio de escovação com
escovas manuais.⁵ No entanto, a eficácia depende do
tipo de cerda utilizada e da duração da escovação.
Alternativamente,
outros dispositivos de
limpeza interdental
como fio dental,
suprefloss, forquilha e
irrigadores podem
ser recomendados
quando o uso de
escovas interdentais Figura 1: Dispositivos de limpeza interdental
não for indicado.¹
RECOMENDADO
O uso de bicarbonato de
sódio não é sugerido
devido à alta abrasividade
na superfície radicular e no
11
esmalte dentário.
Cessação do Orientação
tabagismo dietética
Benefícios Prática de
periodontais exercícios físicos
Controle do
Perda de peso
diabetes
Impacto benéfico
relevante na saúde
RECOMENDADO
11, 12
Estratégias para promover a cessação do tabagismo:
Aconselhamento breve
Entrevista motivacional
Aconselhamento estruturado através das estratégias dos 5A´s, 5R´s
Terapia cognitivo comportamental (TCC) (Tabela 1)
Encaminhamento do paciente para aconselhamento avançado
Farmacoterapia (se necessário)
TABELA 1: ESTRATÉGIAS PARA ACONSELHAMENTO
ESTRUTURADO
INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO
Perguntar (Ask)
Perguntar amigavelmente: “Você fuma?” “Há quanto tempo?”
“Quantos cigarros por dia?”. Documentar rotineiramente a
condição do tabagismo.
Avaliar (Asses)
Identificar a vontade de parar de fumar: “Você gostaria de deixar
de fumar?”.
Aconselhar (Advice)
5A´s Estimular todo fumante a parar de fumar: o conselho deve ser claro,
forte e personalizado.
Auxiliar (Assist)
Ajudar o paciente a desenvolver um plano. Explicar os sintomas de
abstinência e sugerir estratégias para controlar a vontade de fumar.
Acompanhar (Arrange)
Fumante em processo de cessação deve retornar para
acompanhamento.
Importância (Relevance)
Mostrar que parar de fumar é pessoalmente importante para o
paciente.
Riscos (Risks)
Mostrar para o paciente as consequências do tabagismo.
Recompensas (Rewards)
5R´s Identificar benefícios relevantes de parar de fumar.
Obstáculos (Roadblocks)
Pedir para o paciente identificar em sua rotina o que o impede de
parar de fumar.
Repetições (Repetitions)
Se o paciente ainda não estiver pronto para tentar parar de fumar,
repetir esse protocolo em todas as consultas.
RECOMENDADO
PRIMEIRO PASSO
Orientações individualizadas
aos pacientes sobre
remoção do biofilme
supragengival e
modificação Motivar paciente quanto aos
comportamental hábitos de higiene bucal
Remoção do cálculo
Controle do biofilme supragengival
supragengival
(pelo profissional)
Remoção de outros fatores
retentores de biofilme
Cessação do
tabagismo
Controle dos
fatores de risco
Controle do
diabetes
RECOMENDADO
FORTE
RECOMENDAÇÃO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
RECOMENDAÇÃO
NÃO SUGERIDO
REFERÊNCIAS
1.Chapple, I. L. C., Van der Weijden, F., Doerfer, C., Herrera, D., Shapira, L., Polak,
D., … Graziani, F. (2015). Primary prevention of periodontitis:
Managing gingivitis. Journal of Clinical Periodontology, 42(Suppl 16), S71–S76.
https://doi.org/10.1111/jcpe.12366
2.Van der Weijden, F. A., & Slot, D. E. (2011). Oral hygiene in the prevention of
periodontal diseases: The evidence. Periodontology 2000. 55(1),
104–123. https://doi.org/10.1111/j.1600-0757.2009.00337.x
3.Van der Weijden, F. A., & Slot, D. E. (2015). Efficacy of homecare regimens for
mechanical plaque removal in managing gingivitis: A metareview.
Journal of Clinical Periodontology, 42(Suppl 16), S77–S91.
https://doi.org/10.1111/jcpe.12359
7.Deacon, S. A., Glenny, A. M., Deery, C., Robin-son, P. G., Heanue, M., Walmsley,
A. D. &Shaw, W. C. (2010) Different powered tooth-brushes for plaque control and
gingival health.Cochrane Database of Systematic Reviews8,CD004971.
11.Ramseier CA, Woelber JP, Kitzmann J, Detzen L, Carra MC, Bouchard P. Impact
of risk factor control interventions for smoking cessation and promotion of healthy
lifestyles in patients with periodontitis: A systematic review. J Clin Periodontol.
2020;47:90-106. DOI: 10.1111/jcpe.13240.
13.Papapanou PN, Sanz M, Buduneli N, Dietrich T, Feres M, Fine DH, et al. Consensus
report of workgroup 2 of the 2017 World Workshop on the Classification of
Periodontal and Peri-Implant Diseases and Conditions. J Periodontol. 2018;89(Suppl
1):S173-S182. DOI: 10.1002/JPER.17-0721.
14.Beck A T. Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New York: Penguin;
1976.
15.Fiore MC, Jaén CR, Baker TB, Bailey WC, Bennett G, Benowitz NL, et al. A clinical
practice guideline for treating tobacco use and dependence: 2008 update. A U.S.
Public Health Service report. Am J Prev Med. 2008;35(2):158–176. doi:
10.1016/j.amepre.2008.04.009.
16.Stewart JE, Wager KA, Friedlander AH, Zadeh HH. The effect of periodontal
treatment on glycemic control in patients with type 2 diabetes mellitus. J Clin
Periodontol. 2001 Apr;28(4):306-10. doi: 10.1034/j.1600-051x.2001.028004306.x. PMID:
11314885.
17.Pérez CM, Muñoz F, Andriankaja OM, Ritchie CS, Martínez S, Vergara J, Vivaldi J,
López L, Campos M, Joshipura KJ. Cross-sectional associations of impaired glucose
metabolism measures with bleeding on probing and periodontitis. J Clin
Periodontol. 2017 Feb;44(2):142-149. doi: 10.1111/jcpe.12662. Epub 2017 Jan 13.
PMID: 27978601; PMCID: PMC5385925.
CAPÍTULO 3
TRATAMENTO DAS
DOENÇAS
PERIODONTAIS:
SEGUNDO PASSO
AUTHORS
Reduzir a profundidade de
OBJETIVOS
1 sondagem das bolsas periodontais
DO SEGUNDO
PASSO: 2 Reduzir a inflamação gengival
INSTRUMENTAÇÃO SUBGENGIVAL
RECOMENDADO
É recomendado o uso de
instrumentos MANUAIS ou ELÉTRICOS
(sônicos/ ultrassônicos), tanto
individualmente quanto em
combinação.²
SUGERIDO
Quadrante/Sextante
ou Boca toda
SUGERIDO
20% a 76%
dos pacientes ou não apresentam dor, ou apresentam
apenas uma dor leve, durante a instrumentação
7, 8
subgengival sem anestesia local.
NÃO SUGERIDO
POR QUÊ?
Antibióticos Adjuntos
químicos
10 a 30% 10%
5 5
NOTA!
Os antibióticos Minociclina (Atridox ®) e Doxiciclina (Ligosan ® e
Arestin®) e os produtos à base de Clorexidina (Periochip ® e Chlosite ®)
sugeridos como adjuntos à instrumentação subgengival pelo
1
guideline NÃO estão disponíveis e aprovados no Brasil.
Antibióticos sistêmicos
NÃO RECOMENDADO
POR QUÊ?
Preocupações com a saúde do paciente e o impacto do uso
indiscriminado na saúde pública são fatores que fundamentam a não
recomendação de seu uso rotineiro.
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS *
O Metronidazol é eficaz contra as bactérias do complexo vermelho (P.
gingivalis, T. forsythia, e T. denticola), enquanto que Amoxicilina é
eficaz contra anaeróbios facultativos (A. actinomycetemcomitans). A
associação de ambos promove reduções adicionais na profundidade
de sondagem de 40% a 50% com estabilidade em 12 meses de
acompanhamento.6
METRONIDAZOL AMOXICILINA
250 ou 400 mg 500 mg
A cada 8 horas
Durante 7 ou 14 dias
* A associação dessas
11
medicações pode apresentar eventos adversos como diarréia, alteração no paladar e cansaço
excessivo.
O USO ADJUNTO DE AGENTES
MODULADORES DO HOSPEDEIRO PODE
MELHORAR OS RESULTADOS CLÍNICOS DA
INSTRUMENTAÇÃO SUBGENGIVAL?
Estatinas
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
Metformina
NÃO RECOMENDADO
Microorganismos
vivos
Probióticos administrados em
quantidades
adequadas, que
beneficiam a
saúde do
hospedeiro
Não há
evidências
suficientes
para apoiar o
Doxiciclina em Propriedades uso destes
Agentes dose antiinflamatórias agentes
Moduladores submicrobiana e atividade anti- moduladores
sistêmica colagenolítica do hospedeiro
do Hospedeiro como
adjuvantes à
instrumentação
subgengival
Bifosfonatos Agentes anti-
reabsortivos
Anti- Usados em
inflamatórios doenças
não-esteróides inflamatórias
Produzem
Ômega-3 mediadores lipídicos
pró-resolutivos
Favorecem a
Metformina diferenciação
osteoblástica
SEGUNDO PASSO
Instrumentação
subgengival
Por sextantes
Com ultrassom, curetas ou quadrantes
uso combinado
Boca toda
Agentes adjuvantes
Moduladores do Sistêmicos
Agentes físicos
hospedeiro
Locais Sistêmicos
Minociclina
Clorexidina Rotina Apenas em casos
Doxicilina específicos:
Periodontite
Antissépticos Estádio III ou IV
(Enxaguatório)
em adultos jovens
Clorexidina
RECOMENDADO
FORTE
RECOMENDAÇÃO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
RECOMENDAÇÃO
NÃO SUGERIDO
REFERÊNCIAS
2.Suvan, J., Leira, Y., Moreno, F., Graziani, F., Derks, J., & Tomasi, C. (2020).
Subgingival instrumentation for treatment of periodontitis. A systematic review.
Journal of Clinical Periodontology, 47(Suppl 22), 155– 175.
https://doi.org/10.1111/jcpe.13245
3.Salvi, G. E., Stahli, A., Schmidt, J. C., Ramseier, C. A., Sculean, A., & Walter, C.
(2020). Adjunctive laser or antimicrobial photodynamic therapy to non-surgical
mechanical instrumentation in patients with untreated periodontitis. A systematic
review and meta-analysis. Journal of Clinical Periodontology, 47(Suppl 22), 176–198.
https://doi. org/10.1111/jcpe.13236
4.Donos N, Calciolari E, Brusselaers N, Goldoni M, Bostanci N, Belibasakis GN. The
adjunctive use of host modulators in non-surgical periodontal therapy. A systematic
review of randomized, placebo-controlled clinical studies. J Clin Periodontol. 2020
Jul;47 Suppl 22:199-238. https://doi.org/10.1111/jcpe.13232
7.Jeffcoat, M.K., Geurs, N.C., Magnusson, I., MacNeill, S.R., Mickels, N., Roberts, F.,
Robinson, P., Salamati, A. and Yukna, R. (2001), Intrapocket Anesthesia for Scaling
and Root Planing: Results of a Double-Blind Multicenter Trial Using Lidocaine
Prilocaine Dental Gel. Journal of Periodontology, 72: 895-900.
https://doi.org/10.1902/jop.2001.72.7.895
8. Donaldson D, Gelskey SC, Landry RG, Matthews DC, Sandhu HS. A placebo-
controlled multi-centred evaluation of an anaesthetic gel (Oraqix) for periodontal
therapy. J Clin Periodontol. 2003 Mar;30(3):171-5. doi: 10.1034/j.1600-
051x.2003.00017.x. PMID: 12631173.
10. Wambier LM, de Geus JL, Boing TF, Chibinski ACR, Wambier DS, Rego RO,
Loguercio AD, Reis A. Intrapocket topical anesthetic versus injected anesthetic for
pain control during scaling and root planing in adult patients: Systematic review
and meta-analysis. J Am Dent Assoc. 2017 Nov;148(11):814-824.e2. doi:
10.1016/j.adaj.2017.06.019. Epub 2017 Aug 23. PMID: 28843499.
11. Retamal-Valdes B, Tavares APL, Monique S, Pereira da Silva HD, Mestnik MJ,
Duarte PM, Miranda TS, Borges I, Soares GMS, Faveri M, Castro Dos Santos N,
Graças YTD, Souto MLS, Giudicissi M, Romito GA, Saraiva L, Pannuti CM, Figueiredo
LC, Feres M. Adverse events of metronidazole and amoxicillin: Retrospective
analysis of a large data set of five randomized clinical trials. J Clin Periodontol. 2022
Nov;49(11):1121-1132. doi: 10.1111/jcpe.13704. Epub 2022 Aug 5. PMID: 35851689.
CAPÍTULO 4
REAVALIAÇÃO
PERIODONTAL
AUTORES
3 Controlar os fatores
de risco
Natureza do defeito
periodontal
Controle dos fatores
de risco
Tipo de dente
Gravidade da doença
Envolvimento da
furca
Quando reavaliar?
1. Aspectos clínicos:
Perda clínica de inserção periodontal
Profundidade de Sondagem
Lesões de furca
Recessão gengival
Nível ósseo radiográfico
É importante considerar
fatores contribuintes, como
trauma oclusal, pontos de
contato inadequados e
deformidades
mucogengivais. Aspectos
anatômicos, como desgaste
de cemento, entrada estreita
da furca, pérola de esmalte,
concavidade radicular,
projeção cervical do esmalte
e posicionamento do dente
devem também ser
cuidadosamente avaliados⁴.
ACHADO CLÍNICO NA
INDICAÇÃO CLÍNICA
REAVALIAÇÃO
* Sítios residuais com PS= 4mm, sem sangramento e/ou supuração e não associado a furcas, podem ser mantidos em
saúde sem necessidade de reinstrumentação subgengival. 5
Deste modo, o fluxograma abaixo é sugerido a partir dos achados
clínicos do exame de reavaliação.
Fluxograma
Reavaliação
periodontal
TERAPIA
REINSTRUMENTAÇÃO ABORDAGEM
PERIODONTAL DE
SUBGENGIVAL CIRÚRGICA
SUPORTE
(Capítulo 4) (Capítulo 6)
(Capítulo 7)
REFERÊNCIAS
TERCEIRO PASSO:
Terapia de sítios não
respondentes -
Abordagem cirúrgica
AUTORES
SUGERIDO
Cirurgia de acesso
SUGERIDO
Desvantagem
Incisões paramarginais
Incisões (como o retalho de Técnicas de
intrassulculares Widman modificado) preservação de papila
Cirurgias regenerativas
SUGERIDO
Membranas
Sua utilização baseia-se no conceito de
manutenção do espaço e exclusão celular
Substitutos ósseos
Atuam na manutenção do espaço e na
atividade de osteocondução e osteoindução
Biológicos ativos
Possuem capacidade de induzir e acelerar a diferenciação
celular. Ex.: proteínas derivadas da matriz do esmalte
O material utilizado
deve ser capaz de
garantir a estabilidade
do coágulo sanguíneo
no sítio cirúrgico
RECOMENDADO
Por ser uma região mais complexa que uma furca vestibular, além da
regeneração, nesses sítios o cirurgião-dentista também pode
considerar o tratamento não cirúrgico, cirurgia a retalho ou cirurgia
ressectiva (hemissecção, ressecção radicular ou tunelização).
Tunelização:
Objetivo: Ampliação clínica da área de
furca através de recontorno ósseo e
posicionamento apical da margem
gengival com relação a furca, de forma a
possibilitar a higienização futura da região.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
TUNELIZAÇÃO
Tratamento não cirúrgico,
Múltipla no Múltipla cirurgia de acesso,
Unitária mesmo dente Unitária no mesmo tunelização, separação ou
dente ressecção radicular
podem ser considerados
RECOMENDADO
FORTE
RECOMENDAÇÃO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
RECOMENDAÇÃO
NÃO SUGERIDO
REFERÊNCIAS
2.Salvi GE, Mischler DC, Schmidlin K, Matuliene G, Pjetursson BE, Brägger U, et al.
Risk factors associated with the longevity of multi-rooted teeth. Long-term
outcomes after active and supportive periodontal therapy. Journal of clinical
periodontology. 2014;41(7):701-7.
12.Huynh-Ba G, Kuonen P, Hofer D, Schmid J, Lang NP, Salvi GE. The effect of
periodontal therapy on the survival rate and incidence of complications of
multirooted teeth with furcation involvement after an observation period of at least
5 years: a systematic review. Journal of clinical periodontology. 2009;36(2):164-76.
CAPÍTULO 6
TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS:
terapia periodontal
de suporte
AUTORES
Assegurar a estabilidade
periodontal
OBJETIVOS DA
TERAPIA
PERIODONTAL Prevenir possíveis
DE SUPORTE: recorrências
Orientações de
higiene bucal
Controle dos
fatores de risco
Remoção do
biofilme
supragengival
Instrumentação
subgengival de
sítios
reinfectados
Imagem: Oswaldo Villa
RECOMENDADO
A porcentagem de sangramento à
1) Porcentagem de sítios com sondagem reflete a habilidade do paciente
sangramento à sondagem em controlar o biofilme supragengival e sua
resposta a ele, refletindo sua aderência aos
(%SS) cuidados.³
Pacientes com um baixo percentual de
sangramento à sondagem (SS <10%) são
geralmente categorizados como tendo um
baixo risco de recorrência da periodontite⁴,
enquanto aqueles com um percentual de SS
>25% são classificados como pacientes de
alto risco.
5) Condições sistêmicas e
Condições sistêmicas como Diabetes Tipo I
genéticas ou II⁵, fatores genéticos como o polimorfismo
da IL-1 e o estresse⁶ aumentam a
suscetibilidade à recorrência e progressão
da periodontite.³
O hábito de fumar cigarro afeta a
suscetibilidade e o resultado do tratamento
em pacientes com periodontite. Além disso,
a ligação entre tabagismo e periodontite é
influenciada pela quantidade de tabaco
consumida, demonstrando uma relação
6) Fatores ambientais como dose-dependente.⁷
tabagismo
Cessação de
Ex-fumante (ExF) tabagismo ≥ 5 anos
(baixo risco)
RECOMENDADO
RECOMENDADO
RECOMENDADO
RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
SUGERIDO
Substâncias sugeridas
CLOREXIDINA TRICLOSAN
FLUORETO DE ESTANHO-
HEXAMETAFOSFATO DE SÓDIO
SUGERIDO
Substâncias sugeridas
CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO
Terapia de controle supragengival do
biofilme pelo profissional
SUGERIDO
NÃO RECOMENDADO
NÃO RECOMENDADO
RECOMENDADO
Recomenda-se
implementar intervenções
para o controle dos
fatores de risco durante a
TPS. Isso permite que os
pacientes reduzam os
riscos de progressão das
doenças periodontais e
aumentem a estabilidade
do tratamento
periodontal. 23
A CESSAÇÃO DO TABAGISMO PODE AJUDAR
NA TPS?
RECOMENDADO
COMO O CONTROLE DA
DIABETES PODE AJUDAR NA TPS?
RECOMENDADO
3.Lang NP, Tonetti MS. Periodontal risk assessment (PRA) for patients in supportive
periodontal therapy (SPT). Oral Health Prev Dent 2003;1(1):7-16.
5.Genco RJ, Löe H. The role of systemic conditions and disorders in periodontal
disease. Periodontol 2000 1993 Jun;2:98-116.
6.Kornman KS, Crane A, Wang HY, di Giovine FS, Newman MG, Pirk FW, et al. The
interleukin-1 genotype as a severity fator in adult periodontal disease. J Clin
Periodontol 1997 Jan;24(1):72-77.
9.Slot DE, Valkenburg C, Van der Weijden GAF. Mechanical plaque removal of
periodontal maintenance patients: A systematic review and network meta-
analysis. J Clin Periodontol. 2020 Jul;47 Suppl 22:107-124
10.Steenackers K, Vijt J, Leroy R, De Vree H, De Boever JA. Short-
termclinicalstudycomparingsupragingival plaque
removalandgingivalbleedingreductionofthe Philips Jordan HP735 to a manual
toothbrush in periodontal patients in a maintenanceprogram. J ClinDent.
2001;12(1):17-20.
12.Hennequin-Hoenderdos NL, van der Sluijs E, van der Weijden GA, Slot DE.
Efficacy of a rubber bristles interdental cleaner compared to an interdental brush
on dental plaque, gingival bleeding and gingival abrasion: A randomized clinical
trial. Int J Dent Hyg. 2018 Aug;16(3):380-388.
21.Reinhard RA, Stoner JA, Golub LM, Wolff MS, Lee HM, Meinberg TA, et al.
Efficacy of sub-antimicrobial dose doxycycline in post-menopausal women: clinical
outcomes. J Clin Periodontol 2007 Sep;34(9):768–775.
22.Carvalho VF, Andrade PV, Rodrigues M, Hirata MH, Hirata RD, Pannuti CM, et al.
Antimicrobial photodynamic effect to treat residual pockets in periodontal
patients: A randomized controlled clinical trial. J Clin Periodontol 2015
May;42(5):440–447.
23.Ramseier CA, Woelber JP, Kitzmann J, Detzen L, Carra MC, Bouchard P. Impact
of risk factor control interventions for smoking cessation and promotion of healthy
lifestyles in patients with periodontitis: A systematic review. J Clin Periodontol. 2020
Jul;47 Suppl 22:90-106.
CAPÍTULO 7
Árvore de
Decisão Clínica no
Tratamento das
Doenças Periodontais
Estádios I - III
AUTORES
Conclusão
A árvore de decisão clínica no tratamento periodontal para estágios I
a III é um guia estruturado que considera as características individuais
do paciente e as necessidades específicas de cada estágio da
doença.
Legenda
PRIMEIRO PASSO
Saúde Periodontal
Gengivite
Periodontite estádios I - II
Orientações individualizadas Periodontite estádio III
aos pacientes sobre
remoção do biofilme
supragengival e
modificação
comportamental Motivar paciente a
hábitos de higiene bucal
Remoção do cálculo
supragengival
Controle do biofilme
supragengival
(pelo profissional)
Remoção de fatores
retentores de biofilme
Cessação do
tabagismo
Controle dos fatores
de risco
Controle do
diabetes
Indicadores de risco:
Hábitos alimentares
inadequados e ausência
de exercícios físicos
SEGUNDO PASSO
Instrumentação
Subgengival Boca toda ou por sextantes/quadrantes
TERCEIRO PASSO
RECOMENDADO
FORTE
RECOMENDAÇÃO
NÃO RECOMENDADO
SUGERIDO
RECOMENDAÇÃO
NÃO SUGERIDO