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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
Professores Responsáveis: Tatiana Miranda Deliberador, Carmen L. Mueller Storrer, Felipe
Rychuv Santos e Viviane Crivellaro.
Mestrandos: Cassiana Majewski e Rafael Cunali
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Maurizio S. Tonetti. Cigarette Smoking and Periodontal Diseases: Etiology and Management of Disease. Annals of
Periodontology July 1998, Vol. 3, No. 1: 88-101.
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Robert J. Genco, Alex W. Ho, Jeffrey Kopman,Sara G. Grossi, Robert G. Dunford and Lisa A. Tedesco. Models to
Evaluate the Role of Stress in Periodontal Disease. Annals of Periodontology Jul 1998; 3(1), 288-302.
Presença de freios e bridas
Presença de recessão gengival (migração apical da margem gengival) localizada nos dentes 23, 24 e 25.
Presença de cálculo dental
3. PREENCHIMENTO DE PERIOGRAMA
O periograma só será preenchido quando o paciente apresentar bolsas
periodontais, sangramento à sondagem e perda de inserção periodontal
(Diagnóstico de Periodontite). Para obter essa informação o aluno deve realizar
uma sondagem de passeio. Para os pacientes que foram diagnosticados apenas
com gengivite, não será necessário preencher o periograma.
4. DIAGNÓSTICO PERIODONTAL
O diagnóstico periodontal deve ser dado de acordo com a CLASSIFICAÇÃO DAS
DOENÇAS E CONDIÇÕES PERIODONTAIS da Academia Americana de Periodontia
(AAP) de 1999. Esta classificação está apresentada logo abaixo de uma forma
resumida.
* A Periodontite crônica pode ser classificada de acordo com a sua extensão em: leve
(1 a 2 mm de NCI), moderada (3 a 4 mm de NCI) ou severa ( 5 mm mm de NCI)
GENGIVITE
TRATAMENTO DA GENGIVITE
Deve ser realizado através das seguintes etapas:
1) Procedimentos periodontais básicos:
Orientação da higiene bucal
Controle mecânico do biofilme dental pela técnica de Bass
Modificada3 (Figura 7 A, B, C e D) + uso do fio dental4 (Figura 8).
Se necessário, uso dos meios auxiliares de escovação (escovas
unitufo e escovas interproximais).
Controle químico do biofilme dental#: só será indicado nos casos
em que o controle mecânico da placa dental não está sendo
efetivo e/ou quando o paciente apresentar ausência de
coordenação motora.
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A técnica de Bass de Modificada tem como principal objetivo fazer com que as cerdas da escova
penetrem no sulco gengival ou na bolsa periodontal para desorganizar o biofilme dental da região. Por
este motivo, é que a escova deve ser posicionada em 45 graus em relação ao longo eixo do dente.
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O fio dental deve penetrar dentro do sulco gengival ou da bolsa periodontal na região interproximal
com o objetivo de desorganizar o biofilme da região.
Motivação da higiene bucal e motivação da mudança de hábitos
Raspagem, alisamento e polimento (RAP) coronoradicular
SUPRAGENGIVAL (fazer apenas quando for diagnosticada a presença de
cálculo supragengival). Como realizar:
1. Pode ser realizada com aparelho de ultrassom (para raspagem) e com
curetas periodontais manuais (para alisamento).
2. Pode ser realizada somente com curetas periodontais manuais (para
raspagem e alisamento)
3. Pode ser utilizado o jato de bicarbonato (para remoção de manchas
dentais)
4. OBRIGATÓRIO fazer a profilaxia dental (com finalidade de polimento).
Este procedimento se faz com taça de borracha nas superfícies livres e
com escova de robson nas superfícies oclusais. Usando pasta profilática
ou pedra pomes + água.
Remoção de fatores retentivos de placa (caso o paciente apresente).
Quais são os principais e como realizar:
1. Excessos de restaurações em áreas proximais: fazer com tiras de lixas
e/ou brocas de acabamento
2. Restaurações inadequadas com necessidade de recontorno e
repolimento
3. Cáries dentárias: fazer a adequação do meio bucal
4. Próteses com sobre ou sob contorno: fazer a remoção com uso de
brocas apropriadas
5. Raízes residuais: quando indicado realizar as extrações
Uso Externo
Fazer bochechos com 15ml da solução durante 1 (um) minuto, a cada 12 (doze) horas,
durante 7 a 14 dias. Fazer o bochecho 30 minutos após a escovação.
Data
Assinatura
PERIODONTITE
AS CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS:
- migração apical do epitélio juncional
- perda óssea
- aumento do número de leucócitos polimorfonucleares
- infiltrado inflamatório celular denso
DIAGNÓSTICO DA PERIODONTITE
O diagnóstico da periodontite é um diagnóstico clínico. O exame radiográfico é um
exame complementar, pois não se consegue verificar se tem doença periodontal ativa
apenas com o exame radiográfico.
Para estabelecer o diagnóstico da Periodontite os itens abaixo devem ser observados:
Diagnóstico clínico
Alteração de coloração e textura gengival
Presença de sangramento à sondagem + Profundidade clínica de
sondagem > 3mm + perda de inserção clínica
Pode ter a presença de cálculo subgengival
Pode ter mobilidade dental e alteração na posição dos dentes
Pode ter a presença de supuração
Presença de sinais radiográficos
Perdas ósseas verticais e/ou horizontais
Pode apresentar o envolvimento de furca
Figura 12 – Caso de Periodontite Agressiva Localizada. Profundidade clínica de sondagem de 7mm na mesio-vestibular do dente
13.
Figura 14B – – Caso de Periodontite Agressiva Localizada, observar a sondagem clínica na mesio-vestibular do dente 36 e a perda
óssea vertical na mesial e distal do dente 36.
Figura 15A – Caso de Periodontite Agressiva generalizada em uma paciente com 30 anos de idade.
Figura 15B – Radiografia panorâmica do caso de Periodontite Agressiva generalizada em uma paciente com 30 anos de idade.
Uso Interno
Data
Assinatura
DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES
Figura 16 – Caso de Gengivite ulcerativa necrosante com inversão papilar entre os dentes 13 e 14.
ABSCESSOS DO PERIODONTO
Abscesso Pericoronário:
o Infecção aguda localizada na intimidade dos tecidos que rodeiam um
dente parcialmente irrompido.
Figura 17 – Abscesso gengival localizado no dente 34.
Curetas McCall
o no 13-14 – todas as faces dos dentes anteriores
TÉCNICA OPERATÓRIA
Lembre-se:
o Posicionamento correto do operador e paciente
o Apoio digital correto (intra ou extra-oral)
o Empunhadura correta e segura do instrumento (caneta modificada)
6. REAVALIAÇÃO PERIODONTAL
É a fase do tratamento onde vamos analisar os resultados obtidos pelos passos
dos procedimentos periodontais básicos (TPB) realizados.
É a fase onde vamos selecionar adequadamente uma terapia adicional, se
necessária, e a melhor possibilidade de prognóstico à longo prazo.
Quando realizar?
o 30 a 45 dias após o término dos TPB
Porque aguardar esse período?
o Cicatrização dos tecidos epitelial e conjuntivo
o Correção dos fatores retentivos de placa
o Tempo suficiente para prática das técnicas de Higiene bucal
Como realizar?
o Novo exame clínico
o Novo preenchimento do periograma
o Comparação do periograma inicial e periograma da reavaliação
o Dispensa exame radiográfico na maioria dos casos
o Verificar a situação clínica do paciente (com saúde ou doença
periodontal)
o Tomar a decisão terapêutica (esquema 1)
Paciente com saúde periodontal: encaminhar para a Terapia
periodontal de suporte
Paciente com doença periodontal ativa: encaminhar novamente
para os procedimentos básicos periodontais OU encaminhar
para o tratamento cirúrgico periodontal (Critérios para esta
opção de tratamento: Presença de sangramento à sondagem +
Profundidade clínica de sondagem 7 mm + Presença de lesão
de furca Grau II ou III)
7. TRATAMENTO PERIODONTAL CIRÚRGICO
CIRURGIAS RESSECTIVAS
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVO ESPECÍFICO:
OBJETIVO:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
5 st
Proceedings of the 1 European Workshop on Periodontology
Figura 20 A– Paciente de 16 anos diagnosticado com gengivite associado a hiperplasia gengival. O tratamento proposto
foi a eliminação da bolsa periodontal pela técnica da gengivectomia. Observar a marcação dos pontos sangrantes
utilizando uma pinça de Krane Kaplan.
Figura 20 B– Observar os pontos sangrantes, 3 pontos para cada dente. Estes pontos servem de guia para fazer a
incisão.
Figura 20 C– Incisão em bisel externo unindo os pontos sangantes utilizando o bisturi de Kirkland.
Figura 20 D– Complementação da Incisão em bisel externo utilizando o bisturi de Orban.
Figura 20 E– Colarinho de gengiva removido do lado direito da maxila. O mesmo procedimento será realizado no lado
esquerdo.
Figura 20 F– Pós-operatório de 30 dias.
2) CIRURGIA A RETALHO
OBJETIVOS:
TIPOS DE RETALHOS
Figura 22– Retalho de espessura parcial. Observar que parte do periósteo está aderido no tecido ósseo.
2.1) RETALHO POSICIONADO APICALMENTE:
OBJETIVOS:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Uma incisão é feita em bisel interno usando um bisturi com lamina Bard-Parker
(n015C). Duas incisões verticais relaxantes, que se estendem além da linha
mucogengival, são realizadas em cada um dos pontos terminais da primeira incisão de
bisel interno. Desta forma, permitirá que o retalho seja deslocado apicalmente.
Um retalho de espessura total ou mucoperiósteo é levantado usando um
deslocador de periósteo (Molt) e deslocado apicalmete. O epitélio interno da bolsa e
tecido de granulação são removidos com as curetas de Gracey ou MaCall ou de Krane
Caplan . As superfícies radiculares expostas são raspadas e alisadas.
A crista óssea alveolar é recontornada com o objetivo de recuperar a forma
normal do processo alveolar. A cirurgia óssea é realizada apenas quando necessário e
pode ser com auxílio de brocas esféricas do tipo carbide montadas em contra-ângulo
ou com cinzeis.
As extremidades do retalho são posicionadas apicalmente e o retalho é
mantido com suturas nas incisões verticais relaxantes e na região interdental.
OBJETIVOS:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Neste procedimento cirúrgico é realizada uma incisão tipo bisel interno (ou
invertido) usando um bisturi com lamina Bard-Parker (n015C) nas faces vestibular e
lingual ou palatina estendendo-se nas direções mesial e distal dos dentes com bolsa
periodontal.
Um retalho geralmente de espessura total ou mucoperiósteo é levantado
usando um deslocador de periósteo (Molt). O epitélio interno da bolsa e tecido de
granulação são removidos com as curetas de Gracey ou MaCall ou de Krane Caplan .
As superfícies radiculares expostas são raspadas e alisadas.
A crista óssea alveolar é recontornada com o objetivo de recuperar a forma
normal do processo alveolar. A cirurgia óssea é realizada apenas quando necessário e
pode ser com auxílio de brocas esféricas do tipo carbide montadas em contra-ângulo
ou com cinzeis.
Após a eliminação da bolsa do epitélio, a raspagem e osteotomia, o retalho é
reposto (reposicionado) e mantido na sua posição original por suturas interproximais.
Figura 24 B– Radiografia periapical mostrando a invasão do espaço biológico na mesial do dente 47. Radiograficamente para fazer
o diagnóstico de invasão do espaço biológico, deve ser feita uma medida do término sadio do dente até a crista óssea e esta
medida deve dar menor que 3 mm.
Figura 24 C– Cirurgia a retalho para restabelecer as distâncias biológicas. Após rebater um retalho de espessura total, ocorre um
sangramento da região devido ao processo inflamatório instalado e a presença de tecido de granulação. Por isso, deve-se fazer
uma raspagem/ curetagem para remover todo o tecido de granulação e somente depois realizar a sondagem para medir o quanto
de osso deverá ser removido pela osteotomia.
Figura 24 D– Osteotomia da região interproximal com auxílio de lima Schluger.
Figura 24 E– Medida clínica para observar se da crista óssea até o término sadio do dente tem os 3mm necessários para acomodar
os tecidos do espaço biológico.
Figura 24 F– Sutura com ponto simples oitavado. Imediatamente após o término da cirurgia o dente deve receber uma
restauração provisória. A restauração definitiva deve ser realizada de 30 a 40 dias de pós-operatório para não interferir na
cicatrização dos tecidos periodontais.
Como realizar?
Rever a anamnese
Exame extra-bucal, intra-bucal completo e preenchimento de novo periograma se
necessário
Exame radiográfico
Reforço no controle de higiene bucal
Nos casos de sítios ativos de D.P. realizar raspagem e alisamento radicular supra e
subgengival.
“Dados colhidos de diversos estudos clínicos de longo prazo mostraram que um programa de
manutenção baseado em consultas a cada 3 meses é, para a maioria dos pacientes, efetivo na
pevenção da recorrência da doença.” (Position Paper. Periodontal Maintenance. J Periodontol.
2003, v. 74, p. 1395-1401.)