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• Classificação:
Primária - associada a um distúrbio genético
Secundária - não há uma mutação genética conhecida, mas ocorre devido a
algum gatilho como infecção, doença autoimune, neoplasia e etc.
Nos últimos anos a infecção pelo vírus da dengue está sendo reconhecida
como um desencadeante de HLH
INTRODUÇÃO
DENGUE
DEFINIÇÃO DE CASO
Trata-se de uma criança com diagnóstico de dengue com evolução atípica, onde foi diagnosticado síndrome
hemofagocítica.
COLETA DE DADOS
Revisão retrospectiva do prontuário do paciente.
ANÁLISE DE DADOS
Descritas as alterações clínicas, os exames laboratoriais, a evolução e os métodos propedêuticos e terapêuticos
adotados na abordagem do caso.
ASPECTOS ÉTICOS
Comitê de Ética em Pesquisa
CASO CLÍNICO
ID: L.H.L.S, masculino, 7 a e 8 m, proveniente da Serra, nascido na Bahia.
HP: Anemia ferropriva, internação em 2005 por abscesso em perna. Alergia a picada de
inseto. Sibilância 1-2 anos. Não teve mais crises.
HF: Mãe - anemia crônica. Pai - anemia falciforme (traço?- não faz acompanhamento). Irmão
- traço falcêmico. Avô - Ca de pulmão. Avó - “reumatismo”.
CASO CLÍNICO
• Doença sub-diagnosticada
(DUBUC et al., 2015; MCCLAIN et al., 2017; ROSADO & KIM, 2013; SCHRAM & BERLINER, 2015)
REFERENCIAL TEÓRICO
Classificação e Etiologia
• Primária:
Forma primária familiar (FHLH) - mutações genéticas
Forma primária ligada a imunodeficiências
(JANKA, 2007; MACHACZKA et al., 2011; MCCLAIN et al., 2017; ROSADO & KIM, 2013)
Forma secundária
Qualquer idade
Associadas à
- Vacinação
- Infecções (virais, fúngicas, bacterianas e parasitárias)
Grupo herpes (Epstein-Barr e citomegalovírus); febre amarela e dengue
- Protozoários (como a Leishmania)
- Neoplasias (tumores sólidos, linfomas e leucemias)
- Drogas
- Doenças auto-imunes
LES, artrite reumatoide, poliarterite nodosa, síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica
e doença de Kawasak
(MACHACZKA, 2011)
EPIDEMIOLOGIA
Uma revisão de casos HLH dos maiores hospitais pediátricos no Texas revelou uma incidência
de 1 em 100.000 crianças. (Primária)
Ativa
plaminogênio
Aumento de
plasmina
Coagulação
intravascula
Hiperfibrinólise
r
disseminad
a
FISIOPATOLOGIA
Agentes
infecciosos
Febr
e
citocinas
TNF-α e IL-
1β
Insuficiênci
IL-1β
a Renal
FISIOPATOLOGIA
(também por não metabolização hepática)
IFN-γ, TNF-α e
Diminuição da IL-1β
Hemofagocitos hematopoeise
e
eritrócitos,
plaquetas e
leucócitos
Aumento de
triglicerídeos
PANCITOPEN
IA
(diminuição da
metabolização
hepática)
MECANISMOS GENÉTICOS
Qualquer uma das formas de HLH pode imitar doenças infecciosas ou uma
sepse bacteriana.
(ANSUINI et al., 2013; JOBIM et al., 2010; ROSADO & KIM, 2013)
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
A febre (>38,5 °C) presente em aproximadamente 91-93% dos pacientes com HLH pode
durar de 4 a 41 dias.
No período neonatal, a febre pode estar ausente o que pode levar a confusão com sepse.
Cerca de 6 a 65% dos pacientes apresentam erupção cutânea maculopapular, petéquias,
púrpura ou edema
O acometimento do SNC é observado em 33 a 75% dos pacientes e a sintomatologia inclui
convulsão, meningite, encefalopatia, ataxia, hemiplegia, paralisia do nervo facial, alteração do
estado mental ou simplesmente irritabilidade.
Os macrófagos ativados podem destruir o colágeno causando neuropatia periférica que
geram dor e fraqueza.
Os recém-nascidos podem desenvolver alterações do nervo óptico e da retina
(AB-RAHMAN et al., 2015; MAAKAROUN et al., 2010; . RAJAGOPALA & SINGH, 2012; RIVIÈRE et al., 2014;
BEREIKIENĖ et al., 2017; MOURA et al., 2017)
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE
HLH
É considerado HLA a presença de
pelo menos cinco dos oito critérios
presentes
ESTUDOS
MOLECULARES
TRATAMENTO
A instituição precoce de terapia é de extrema importância para o controle da hipercitocinemia,
impedindo a falência orgânica e óbito.
O primeiro protocolo de tratamento da HLH foi instituído em 1994 (HLH-94) e propunha o uso de
Etoposido e corticosteróides, além de pulsos de ciclosporina.
(BEREIKIENĖ et al., 2017; ANSUINI et al., 2013; ROSADO & KIM, 2013)
Dengue
SINTOMAS INESPECÍFICOS
FEBRE
DOR CEFALÉI
RETRO- A
ORBITÁRIA
EXANTEM
Quadr MIALGI
A
PRURIDO
o A
ANOREXIA
clínico
PROSTRAÇÃO
NÁUSEAS
VÔMITOS
ARTRALGIA
ASTENIA
FASE FEBRIL
Febre (39ºC a 40ºC), com duração de dois a sete dias de início abrupto
Cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias e dor retroorbitária.
Exantema está presente em 50% dos casos - máculo-papular em face, tronco
e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e palmas de mãos
Pode vir ou não acompanhado de prurido
Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes
Diarreia está presente em percentual significativo dos casos
Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente com
melhora do estado geral e retorno do apetite
Intensa
resposta Aumento de
inflamatória
-Extravasamen
hematócrito -
hipovolemia
Choque
to de plasma
Acúmulo de
Sangramento
Disfunçã
líquidos em
órgãos
grave - CIVD o de
órgãos
Evolução
rápida Morte
FASE DE RECUPERAÇÃO
Embora considerada rara a HLH em pacientes com dengue, cada vez mais
cresce o número de relatos de casos na literatura.
(LARBCHAROENSUB et al, 2011; AB-RAHMAN et al, 2015; LAKHOTIA et al, 2016; RATHORE et al, 2013; TAN
et al, 2012; KHURRAM et al, 2015; RIVIÈRE et al, 2002)
DISCUSSÃO
(RIVIÈRE et al, 2002; BEREIKIENĖ, 2017; KHURRAM et al, 2015; RATHORE et al, 2013)
DISCUSSÃO
Muitos casos podem ser graves e não preencherem os critérios, retardando o
tratamento e levando o paciente ao óbito.
Alguns dos critérios podem estar ausentes no início da doença, como por exemplo,
o achado de hemofagocitose na medula óssea.
No início da doença, até 30% dos pacientes podem não ter hemofagocitose
detectada no mielograma.
(AB-RAHMAN et al, 2015; KHURRAM et al, 2015; MAAKAROUN et al, 2010; RIVIÈRE et al, 2002; RAJAGOPALA
& SINGH, 2012)
CONCLUSÃO
Devidos as características inespecíficas da HLH, muitas vezes ela é
subdiagnosticada.
Os médicos devem estar atentos para a HLH como uma possível complicação de
dengue, principalmente nos casos com evolução atípica.