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FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

NOME DO ALUNO

TÍTULO

SOBRETÍTULO

SÃO PAULO

2023
TÍTULO

SOBRETÍTULO

Trabalho de apresentação como


recurso avaliativo da disciplina Saúde
Bucal Coletiva, ministrado
Por (nome do professor).

SÃO PAULO

2023
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INTRODUÇÃO

A periodontite é a inflamação que afeta os tecidos que sustentam os dentes, como a


gengiva, o osso e o ligamento periodontal. Esta é causada por bactérias que
acumulam nas superfícies dos dentes formando a placa bacteriana. Não sendo
removida, a placa pode endurecer e se transformar em tártaro, que dificulta a higiene
bucal e agrava a inflamação. Os principais sintomas desta doença são:
sangramento, inchaço, vermelhidão e dor na gengiva, além de mau hálito, retração
gengival e mobilidade dentária. Em casos mais graves, pode levar à perda dos
dentes e a complicações sistêmicas, como doenças cardiovasculares e diabetes. Por
isso, é importante prevenir e tratar a periodontite com hábitos de higiene adequados
e visitas regulares ao dentista, tais métodos de reabilitação e cuidados serão
tratados posteriormente.

A placa dentária é uma camada de material orgânico que se forma sobre os dentes,
principalmente na região próxima à gengiva. Ela é composta por restos alimentares,
saliva e bactérias que se aderem à superfície dental. A placa dentária pode causar
problemas como cáries, gengivite e periodontite se não for removida regularmente.

O biofilme é uma estrutura complexa formada por bactérias e outros microrganismos


que se agregam em uma matriz extracelular. O biofilme protege as bactérias de
agentes externos, como o sistema imunológico, os antibióticos e os antissépticos. O
biofilme também facilita a troca de nutrientes e informações genéticas entre as
bactérias.

A placa dentária é um tipo de biofilme que se forma nos dentes. Ela pode ser
removida com escovação, fio dental e uso de enxaguantes bucais. A remoção da
placa dentária é importante para prevenir doenças bucais e manter a saúde dos
dentes e da gengiva.
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1. GRAUS DA PERIODONTITE

A periodontite é uma inflamação que afeta os tecidos de sustentação dos dentes,


como a gengiva, o osso alveolar e o ligamento periodontal. Ela pode ser classificada
em diferentes graus de severidade, de acordo com a extensão e a profundidade das
lesões causadas pela infecção bacteriana. Os graus da periodontite são:

- Grau A: periodontite leve ou inicial, caracterizada por uma gengivite (inflamação da


gengiva) com sangramento ocasional, sem perda óssea significativa ou retração
gengival. O tratamento consiste em uma limpeza profissional dos dentes e da
gengiva, além de orientações de higiene bucal.
- Grau B: periodontite moderada, caracterizada por uma gengivite mais intensa, com
sangramento frequente, perda óssea de até 33% e retração gengival de até 3 mm. O
tratamento consiste em uma raspagem e alisamento radicular, que remove o tártaro
e as bactérias da superfície das raízes dos dentes, além de medicações antibióticas
ou anti-inflamatórias, se necessário.
- Grau C: periodontite grave ou avançada, caracterizada por uma gengivite severa,
com sangramento constante, perda óssea superior a 33% e retração gengival
superior a 3 mm. O tratamento consiste em uma cirurgia periodontal, que visa
reduzir as bolsas periodontais (espaços entre a gengiva e o dente) e reconstruir o
tecido ósseo perdido, além de medicações antibióticas ou anti-inflamatórias, se
necessário.
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1.1 FATORES AGRAVANTES

Esta é uma doença crônica que requer acompanhamento periódico do dentista e


cuidados rigorosos com a higiene bucal. Se não tratada adequadamente, ela pode
levar à perda dos dentes e a complicações sistêmicas, como doenças
cardiovasculares, diabetes e parto prematuro.

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a suscetibilidade à gengivite


ou dificultar o seu tratamento. Estes fatores podem ser sistêmicos ou locais, ou seja,
podem afetar todo o organismo ou apenas a região da boca. Alguns exemplos de
fatores de risco sistêmicos são: diabetes, gravidez, menopausa, tabagismo,
alcoolismo, estresse, desnutrição, imunossupressão e certas doenças
hematológicas, hormonais ou inflamatórias. Alguns exemplos de fatores de risco
locais são: aparelhos ortodônticos, próteses dentárias mal adaptadas, restaurações
defeituosas, cáries, dentes mal posicionados, respiração bucal e hábitos como roer
as unhas ou morder objetos.

1.2 A GENGIVITE ASSOCIADA A FATORES SISTEMICOS

A gengivite mediada por fatores de risco sistêmicos ou locais é aquela que ocorre
em indivíduos que apresentam um ou mais desses fatores que favorecem o
desenvolvimento ou a persistência da inflamação gengival. Nesses casos, além da
higiene oral adequada, é importante identificar e controlar os fatores de risco que
estão interferindo na saúde gengival. Isso pode envolver a colaboração de outros
profissionais de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos ou fisioterapeutas.
O tratamento da gengivite mediada por fatores de risco sistêmicos ou locais visa não
apenas eliminar a placa bacteriana e os seus produtos inflamatórios, mas também
restaurar o equilíbrio do organismo e da cavidade oral para prevenir novas infecções
ou complicações.

No entanto, a periodontite também pode ser uma manifestação de doenças


sistêmicas, ou seja, doenças que afetam todo o organismo e podem ter
repercussões na saúde bucal.
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Algumas das doenças sistêmicas que podem estar associadas à periodontite são:

- Diabetes mellitus: é uma doença que altera o metabolismo da glicose e pode


causar complicações em vários órgãos, como os rins, os olhos e o coração. O
diabetes também aumenta o risco de infecções e inflamações, incluindo a
periodontite. Além disso, a periodontite pode dificultar o controle da glicemia e
agravar o diabetes.
- Doenças cardiovasculares: são doenças que afetam o coração e os vasos
sanguíneos, como a hipertensão arterial, a aterosclerose e o infarto. A periodontite
pode contribuir para o desenvolvimento dessas doenças, pois as bactérias presentes
na boca podem entrar na corrente sanguínea e causar inflamação e formação de
placas nas artérias. Por outro lado, as doenças cardiovasculares podem prejudicar a
circulação sanguínea na boca e favorecer a progressão da periodontite.
- Artrite reumatoide: é uma doença autoimune que provoca inflamação nas
articulações e pode causar dor, rigidez e deformidade. A artrite reumatoide também
pode afetar outros órgãos, como os pulmões, os olhos e a pele. A periodontite pode
ser uma manifestação da artrite reumatoide na boca, pois ambas as doenças têm
mecanismos inflamatórios semelhantes e envolvem a produção de anticorpos contra
os tecidos do próprio corpo.
- Osteoporose: é uma doença que reduz a densidade e a qualidade dos ossos,
tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. A osteoporose pode afetar o osso
alveolar, que é o osso que sustenta os dentes na boca. Isso pode levar à perda
óssea e à reabsorção das raízes dentárias, facilitando o desenvolvimento da
periodontite. Além disso, alguns medicamentos usados no tratamento da
osteoporose podem causar necrose do osso maxilar, um quadro grave que
compromete a saúde bucal.

Portanto, é importante estar atento aos sinais e sintomas da periodontite, como


sangramento gengival, retração gengival, mobilidade dentária e mau hálito. A
periodontite pode indicar a presença de alguma doença sistêmica ou piorar o seu
quadro clínico. Por isso, é essencial procurar um dentista para fazer um diagnóstico
adequado e um tratamento precoce da periodontite, bem como um médico para
avaliar a saúde geral do paciente.
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1.3 CONDIÇÕES PERI-IMPLANTE

As condições e doenças peri-implantares são aquelas que afetam os tecidos ao


redor dos implantes dentários. Elas podem se manifestar por sintomas como
sangramento, vermelhidão, inchaço, dor, mobilidade ou exposição do implante. As
causas mais comuns são má higiene oral, excesso de carga oclusal, tabagismo,
diabetes ou infecções bacterianas. As condições peri-implantares podem ser
classificadas em mucosite peri-implantar e peri-implantite. A mucosite peri-implantar
é uma inflamação reversível da mucosa que envolve o implante, sem perda óssea. A
peri-implantite é uma inflamação progressiva que leva à destruição do osso de
suporte do implante. O diagnóstico e o tratamento precoce das condições e doenças
peri-implantares são essenciais para evitar a falha do implante e preservar a saúde
bucal do paciente.
As deficiências nos tecidos peri-implantares moles e duros podem comprometer a
estética e a função dos implantes dentários. Essas deficiências podem ser causadas
por fatores como trauma, doença periodontal, reabsorção óssea, infecção ou má
técnica cirúrgica. Para corrigir essas deficiências, existem diversas técnicas de
regeneração tecidual que visam restaurar o volume e a qualidade dos tecidos peri-
implantares. Algumas dessas técnicas incluem enxertos ósseos, membranas,
biomateriais, fatores de crescimento e terapia celular.

2.0 BIOFILME E AS ESCOVAS DENTÁRIAS

As escovas dentárias são instrumentos usados para limpar os dentes e a boca,


removendo a placa bacteriana, os restos de alimentos e outras impurezas. O uso de
escovas dentárias é uma prática antiga, que remonta a pelo menos 3000 a.C.,
quando os egípcios e os babilônios usavam ramos de árvores ou plantas para
esfregar os dentes. Ao longo da história, as escovas dentárias foram evoluindo em
forma, material e design, acompanhando as mudanças culturais, tecnológicas e
científicas das diferentes épocas e regiões. As primeiras escovas dentárias
semelhantes às atuais surgiram na China, no século XV, com cerdas de pelos de
porco fixadas em um cabo de bambu ou osso. No século XVIII, as escovas dentárias
se popularizaram na Europa, onde foram introduzidas pelos comerciantes que
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viajavam da Ásia. No século XIX, as cerdas de pelos de porco foram substituídas por
cerdas de pelos de cavalo ou texugo, que eram mais macias e higiênicas. No século
XX, as escovas dentárias passaram por diversas inovações, como o uso de plástico
no cabo e nas cerdas, a criação de escovas elétricas e sônicas, e o desenvolvimento
de formatos e tamanhos variados para atender às diferentes necessidades dos
usuários. Hoje em dia, as escovas dentárias são objetos indispensáveis para a
saúde bucal e a prevenção de doenças como cáries, gengivites e periodontites. As
características morfológicas das escovas dentais podem variar de acordo com o tipo,
o tamanho, a forma, a dureza e a disposição das cerdas, bem como o material, o
design e a ergonomia do cabo. Essas características podem influenciar na eficácia,
no conforto e na segurança da escovação, por isso é importante escolher a escova
dental mais adequada para cada pessoa.

3.0 CONTROLE DO BIOFILME

Os produtos anti-placa e antigengivite são aqueles que têm como objetivo reduzir a
formação de placa bacteriana e prevenir ou tratar a gengivite, que é a inflamação da
gengiva. Para serem considerados eficazes e seguros, esses produtos devem
atender a alguns requisitos, como:

- Ter uma composição adequada, que não cause irritação, alergia ou toxicidade na
boca ou no organismo.
- Ter uma ação comprovada contra as bactérias que causam a placa e a gengivite,
sem afetar a flora bucal normal.
- Ter uma forma de aplicação fácil e prática, que permita uma boa higiene oral.
- Ter um sabor agradável, que não interfira na alimentação ou na respiração.
- Ter um preço acessível, que não comprometa o orçamento familiar.
Esses requisitos são estabelecidos por órgãos reguladores, como a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avaliam os produtos antes de liberá-
los para o mercado. Os produtos anti-placa e antigengivite podem ser encontrados
em diferentes formas, como pastas de dente, enxaguantes bucais, fios dentais,
escovas dentais e outros. É importante consultar um dentista para saber qual o
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produto mais adequado para cada caso e seguir as orientações de uso


corretamente.
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CONCLUSÃO

A periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte


dos dentes, causada pela formação de biofilme bacteriano na superfície dentária. O
controle do biofilme é essencial para prevenir e tratar a periodontite, pois reduz a
carga microbiana e a resposta inflamatória do hospedeiro. O controle do biofilme
pode ser realizado por meio de medidas mecânicas, como escovação, uso de fio
dental e raspagem, ou por meio de medidas químicas, como uso de antissépticos,
antibióticos e agentes imunomoduladores. A combinação dessas medidas pode
potencializar o efeito terapêutico e melhorar a saúde periodontal dos pacientes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Peri-implantares 2018: guia


Prático e Pontos-Chave. Steffens, J.P.; Marcantonio, R.A.C. Rev Odontol UNESP.
2018 July-Aug.;47(4):189-197 disponível em: rou-47-4-189.pdf (bvsalud.org)

: MÉTODOS MECÂNICOS PARA O CONTROLE DO BIOFILME DENTÁRIO


SUPRAGENGIVAL Mechanical methods to control the supragingival biofilm Vinícius
Pedrazzi , Sérgio Luís Scombatti de Souza , Rafael Ramos de Oliveira , Renata
Cimões , Estela Santos Gusmão, R. Periodontia - Setembro 2009 - Volume 19 -
Número 03

: CONTROLE QUÍMICO DO BIOFILME DENTÁRIO SUPRAGENGIVAL: REVISÃO


DA LITERATURA Roberto Fraga Moreira Lotufo, Claudio Mendes Pannuti, Caroline
Morini Calil, Hsu Shao Feng, Ricardo Takiy Sekiguchi, Verônica Franco de Carvalho.
R. Periodontia - Setembro 2008 - Volume 18 - Número 03

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