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Odontologia e Diabete Mellitus

Pacientes com diabetes têm maior risco de desenvolver doenças periodontais, o que pode
levar a problemas de saúde bucal e sistêmicos graves. As manifestações bucais mais
frequentes em pacientes com diabetes mellitus incluem a doença periodontal, que é a
principal responsável pela perda dentária, e a xerostomia em virtude da poliúria. A
descompensação do diabetes mellitus, associada à xerostomia, predispõe ao surgimento de
infecções oportunistas como a candidíase e a herpes simples. A síndrome da boca ardente
também pode aparecer em pacientes descompensados e está relacionada à presença de
xerostomia, candidíase, alterações neurológicas (depressão) e neuropatia.

Além disso, pacientes com diabetes que são internados em hospitais podem enfrentar desafios
adicionais em relação aos cuidados odontológicos. Esses pacientes podem ter níveis mais
elevados de glicose no sangue, o que pode retardar a cicatrização e aumentar o risco de
infecções. Eles também podem estar tomando medicamentos que afetam a saúde bucal, como
diluentes de sangue ou corticosteroides.

É importante que os profissionais de odontologia trabalhem em conjunto com a equipe de


saúde em hospitais e clínicas para garantir que os pacientes com diabetes recebam o melhor
tratamento possível. Isso pode incluir a realização de exames odontológicos regulares,
monitoramento cuidadoso dos níveis de glicose no sangue e coordenação com outros médicos
para garantir que os medicamentos sejam ajustados conforme necessário.

Ortega AO, Negrato CA, Tarzia O. Diabetes mellitus e saúde bucal: uma revisão. Diabetes
Clínica. 2008;12(4):245-50.

Souza F, Souto GR, Bastos MF, Silva PR, Gomes JM, Souto R. Perfil de pacientes com diabetes
mellitus atendidos em um serviço público de odontologia. Arq Odontol. 2016;52:1-9.

Moura LF, Marques FM, Lima IF, et al. Diabetes Mellitus e Saúde Bucal: Uma Revisão
Integrativa. Revista de Odontologia da UNESP. 2019;48:e20190074.

manual-odontologia-hospitalar.pdf (cfo.org.br)

Odontologia na Neurologia e Psiquiatria

Pacientes internados em unidades de neurologia e psiquiatria podem apresentar problemas


bucais como dor de dente, cárie, gengivite, periodontite, xerostomia (boca seca), halitose (mau
hálito) e disfagia (dificuldade de engolir). Esses problemas podem ser agravados pelo uso de
medicamentos e pelo estado clínico do paciente, como por exemplo, a imobilidade
prolongada, que aumenta o risco de infecções. Nesse contexto, a atuação do cirurgião-dentista
em hospitais e unidades de internação é fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar
problemas odontológicos desses pacientes. O profissional deve realizar uma avaliação
odontológica completa e específica para cada paciente, considerando o histórico médico e a
medicação utilizada. A colaboração interdisciplinar entre os profissionais da odontologia,
neurologia e psiquiatria pode melhorar o tratamento de pacientes internados com distúrbios
neurológicos e psiquiátricos, incluindo a identificação precoce de problemas de saúde bucal e
a prevenção de complicações que podem agravar a condição do paciente.
Os cirurgiões-dentistas que atuam em ambientes hospitalares devem estar preparados para
lidar com pacientes que possuem problemas de saúde mental, dificuldades de comunicação ou
outros desafios que podem dificultar o tratamento odontológico. Portanto, é importante que
os cirurgiões-dentistas que atuam em ambientes hospitalares tenham uma compreensão
sólida dos problemas de saúde bucal em pacientes com doenças neurológicas e psiquiátricas,
bem como uma abordagem interdisciplinar no tratamento desses pacientes.

https://www.sbohpe.org.br/

https://www.revistaapcd.org.br/

manual-odontologia-hospitalar.pdf (cfo.org.br)

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