Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2014
MICHELLY DOS SANTOS MARTINS
2014
MICHELLY DOS SANTOS MARTINS
APROVADO EM
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof°. Dr° Ricardo Gomes
_______________________________________________________
_______________________________________________________
A DEUS pelo amparo e proteção, por ter conseguido chegar até aqui,
e que eu possa dar continuidade nesse sonho que está começando a se tornar
realidade.
A minha mãe Maria, pois sem ela realmente não conseguiria ter ido
tão longe. Seu esforço, paciência, dedicação, amor entre outras qualidades mais
que são infinitas.
Aos meus patrões Drª Conceição Gomes e Drº Ricardo Gomes, pelo
incentivo, ajuda e carinho que sempre tiveram comigo e por tudo que aprendi
estando ao lado de pessoas tão especiais que vou levar para sempre no meu
coração.
Ao meu namorado Kelvin, que esteve comigo nessa etapa final, mas
com sempre muito carinho e amor, me ajudando e apoiando em tudo.
“Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e
os obstáculos sumirem”
A periodontal disease has a multifactorial etiology, and some systemic factors may contribute
to its occurrence. During pregnancy, many physiological and immunological changes may be
observed, which will lead to pregnant gingivitis, pyogenic granuloma and potential
periodontitis. In this context, it is observed the presence of microorganisms in the plaque and
periodontitis, which are capable of starting local inflammatory response where inflammatory
mediators enter the blood circulation, reaching the fetoplacental barrier through it. Thus, due
to heightened release of these inflammatory mediators and endotoxins, premature childbirth
may occur, and the child can become underweight. Therefore, the dentist must act as a guide,
talking about possible concerns of mothers and educate them about the problems associated
with gestational bad oral hygiene and even to changes in the gestation period. This course
conclusion paper aims to explore the influence of periodontal diseases on premature
childbirth. For it, the literature search was made through website databases, e.g. Scholar,
SCIELO, Pubmed and BIREME.
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................9
2.OBJETIVO..................................................................................................................11
3.MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................12
4.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................13
5.CONCLUSÃO.............................................................................................................19
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................20
1. INTRODUÇÃO
9
que ela pode agir da seguinte forma: a resposta a situações inflamatórias no período
gestacional é considerada como potencial ativadora do mecanismo de retardo do crescimento
da criança ainda no útero. Ainda, o aumento acentuado do nível de hormônios femininos
circulantes é responsável pela exacerbação da reação inflamatória gengival, promovendo a
liberação de mediadores inflamatórios no sangue, atingindo a placenta e causando uma
irritabilidade anormal da musculatura lisa do útero. Isso faz com que seja induzida uma
contração uterina e dilatação cervical, atuando como o precursor para o parto prematuro
(MENDONÇA JÚNIOR, 2010; VASCONCELOS et al., 2012).
No desenvolvimento de um processo inflamatório, os níveis dos mediadores
inflamatórios prostaglandinas aumentarão e, por conseqüência, pode-se aumentar também os
níveis de prostaglandinas no organismo da gestante, podendo desencadear o parto
prematuramente (TROTTA, 2008).
Além disso, é possível sugerir uma associação entre a doença bucal e outras
alterações intimamente ligadas com a presença e aumento de citocinas além do parto
prematuro como o nascimento de crianças com baixo peso e pré-eclâmpsia (PASSINI
JÚNIOR et al., 2007).
Sendo assim, é importante ressaltar que a gestação não causa a periodontite, mas
podem exacerbar condições periodontais desfavoráveis existentes antes mesmo do período
gestacional. Exemplo disso é a profundidade das bolsas periodontais que parecem aumentar
neste período, podendo haver perda de inserção periodontal (PISCOYA, 2010).
10
2. OBJETIVO
11
3. MATERIAIS E MÉTODOS
12
4. REVISÃO DE LITERATURA
14
hormonais e mecânicas é possível haver um aumento da atividade uterina, sendo maior
proporção de estrogênio e progesterona e produção de ocitocina e distensão da musculatura
uterina (TROTTA, 2008).
O estrogênio e a progesterona são responsáveis pela produção de mediadores
químicos, onde estes favorecem o processo inflamatório, causando edema intenso e
suscetibilidade a hemorragias. As gestantes com a doença periodontal estão mais predispostas
a gerarem prematuros, pois a doença severa causa uma elevação de mediadores inflamatórios,
onde o principal mediador são as prostaglandinas que estão relacionadas à contração uterina,
podendo induzir a prematuridade. Estes mediadores são produzidos no periodonto infectado,
direcionando para a circulação sistêmica, transpondo a barreira corioamniônica antes das
trinta e sete semanas de gestação, estimulando o parto prematuro (TABOSA, 2010).
Níveis altos de Prostaglandina E2 foram encontrados no líquido gengival da mãe
de parto pré-termo e baixo peso ao nascer. Foi possível ainda estabelecer uma associação
entre baixo peso ao nascer e níveis de prostaglandina E2 devido a presença do fator de
necrose tumoral aumentada durante a gestação, podendo induzir o trabalho de parto
prematuramente (LOURO et al., 2001).
ROCHA (2012) ainda relata que as prostaglandinas são encontradas no líquido
anminiótico quando se inicia o trabalho de parto, e sem elas o parto é impossível, e quando há
em abundância o parto se torna inevitável. Portanto, sabendo que numa gravidez normal os
níveis de prostaglandinas aumentam, a periodontite pode induzir o parto prematuro, pois
acelera a produção de Prostaglandinas, analisando o liquido anminiótico da gestante com
periodontia.
LIMA (2012) explica esse processo afirmando que a placa subgengival e
organismos patogênicos do biofilme que ficam sob a margem gengival é um dos fatores que
comprovam a associação entre a doença periodontal e o parto prematuro, assim como as
bactérias que penetram na gengiva que reage lançando mediadores inflamatórios. Essas
bactérias e seus produtos em conjunto com a citocina local invadem a circulação sistêmica,
levando a uma resposta tumoral, e quando chegam ao útero ocorre o parto prematuro.
O parto prematuro ou Pré - Termo, como é usado na atualidade, é o período em
que a criança nasce antes de 37 semanas completas de gestação. Os Recém – Nascidos de
baixo peso, por sua vez, independente do tempo gestacional, nascem com peso menor que
2.500g (COSTA, 2010; SANTOS, 2011).
15
DOMINGUES e colaboradores (2010) relataram em trabalho que investigava os
possíveis fatores de risco para o parto pré-termo que o ambiente materno e socioeconômico
podem estar relacionados para o desenvolvimento da doença periodontal. Além destes, os
autores apontaram também o estresse, tabagismo, infecções genito-urinárias, uso de drogas e
idade.
Para estes mesmos autores, a probabilidade de um parto pré-termo e o baixo peso
do recém-nascido é aumentada em até quatro vezes quando a mãe da criança possui instalada
a doença periodontal.
A infecção é apontada como uma das principais causas para a contribuição do
nascimento prematuro, devido a ação das bactérias através de suas toxinas estimulam a
liberação de mediadores inflamatórios como a prostaglandina E 2, interleucinas 1b e 6 e fator
de necrose tumoral (PISCOYA, 2010).
PISCOYA (2010) ainda sugere que as infecções de origem periodontal possam ser
responsáveis pela metade dos partos prematuros sem uma causa identificada ou definida.
As alterações bucais durante a gestação estão ligadas ao aumento da
permeabilidade vascular e ao aumento da vascularização dos tecidos gengivais, alterações na
microbiota bucal e metabolismo celular. Observa-se ainda elevações de nível hormonal de
prostaglandina e estrógeno, sendo de grande importância no período gestacional
(DOMINGUES et al., 2010).
Durante a gestação a saúde bucal deve ser monitorada e cuidada, pois é neste
período em que as alterações podem ocorrer. A gestante deve fazer o controle do biofilme por
meio de higiene apropriada para evitar sangramentos e inflamações (PASSINI JUNIOR et al.,
2007; SANTOS, 2011).
17
TROTTA (2008) conclui, através de estudo sobre a relação entre doença
periodontal e complicações gestacionais que, existindo mecanismos biológicos que indicam
associação entre complicações gestacionais e a doença periodontal, não há evidências de que
realizando o tratamento da doença essas complicações diminuam. Deve-se, então, fazer o
controle da doença anteriormente à gestação, assim como outros fatores envolvidos.
RIBEIRO (2013) avaliou, através de revisão literária, a relação entre doença
periodontal em gestantes com parto prematuro e o nascimento de bebês de baixo peso.
Notaram que as pesquisas sobre este problema são controversas, onde a maioria dos estudos
afirmam a existência desta associação e outros trabalhos a descartam.
SOUZA e colaboradores (2012) estudaram o envolvimento sistêmico da doença
periodontal. Eles não conseguiram demonstrar que a doença periodontal possa ser um fator de
risco para agravos e desordens sistêmicos. Porém, este fato não minimiza a importância da
manutenção da saúde bucal para os acometidos ou não por esta doença.
18
5. CONCLUSÃO
Pode se concluir que a doença periodontal pode ser um fator de risco e levar ao
parto prematuro, sendo necessário mais pesquisas e estudos para que possa afirmar essa
associação.
19
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOURO, P. M.; FIORI, H. H.; LOURO FILHO, P.; STEIBEL, J.; FIORI, R. M. Doença
periodontal na gravidez e baixo peso ao nascer. Jornal de pediatria, v. 77, n. 1, p. 23-28,
2001.
20
PASSINI JUNIOR, R.; NOMURA, M. L.; POLITANO, G. T. Doença periodontal e
complicações obstétricas: há relação de risco?. Revista Brasileira Ginecologia Obstetrica,
v. 29, n. 7, p. 371-375, 2007.
21
TABOSA, F. L.; Educação em saúde; Contribuições à saúde bucal do binômio mãe-filho.
2010. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão de Sistemas e
Serviços de Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães,
Recife, 2010.
22