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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE PAULISTA

- UNORP -

NAYARA FERNANDA GONÇALES

CONTRIBUIÇÕES DA LASERTERAPIA NA
ODONTOLOGIA CONTRA O HERPES LABIAL

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2014
NAYARA FERNANDA GONÇALES

CONTRIBUIÇÕES DA LASERTERAPIA NA
ODONTOLOGIA CONTRA O HERPES LABIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Graduação em Odontologia da Unorp –
Universidade do Norte Paulista, de São José do
Rio Preto, como requisito parcial à obtenção do
título de Graduado.
Orientadora: Profa. Dra. Maria De Lourdes
Borborema

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2014
NAYARA FERNANDA GONÇALES

CONTRIBUIÇÕES DA LASERTERAPIA NA
ODONTOLOGIA CONTRA O HERPES LABIAL

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Prof.

____________________________________________
Prof.

____________________________________________
Prof.

APROVADO EM: _____/_______/__________

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2014
Dedico esse trabalho as pessoas que
iluminaram o meu caminho com afeto e
dedicação para que eu trilhasse sem medo e
cheia de esperança.
Que se doaram inteiros e renunciaram aos
seus sonhos, para que muitas vezes, eu
pudesse realizar os meus sonhos.
Não bastaria dizer que não tenho palavras
para agradecer tudo isso.
Mas é o que acontece agora, quando
procurei uma forma verbal de exprimir
minha emoção. Uma emoção que palavras
dificilmente traduziriam.
Amo vocês!!
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida, da sabedoria e do amor onde encontro forças
para trilhar minha caminhada.

Eu te agradeço Senhor especialmente pela conquista de mais essa etapa da minha


vida.

Aos meus pais, Evair Gonçales e Regiane Aparecida Ribeiro Gonçales que são o
alicerce da minha vida e meus maiores incentivadores. Se hoje cheguei até aqui, isso
também é mérito de vocês, muito obrigada por tudo.

Agradeço à minha família como um todo pelo carinho e por torcerem pela minha
realização profissional.

Ao meu namorado, Willian Pinheiro pela pessoa que é, sendo paciente às minhas
desatenções e compreensivo nos momentos atribulados de minha vida.

As amizades da turma que brotaram no decorrer da faculdade, a companhia de


vocês tornou essa jornada mais agradável, em especial ao “Grupo do Fundão” que vão
deixar lembranças de um período ótimo de minha vida.

A minha dupla de clinica Fabiana Serafim, que esteve presente em momentos de


alegria, correria e estresse, obrigada por você me dar o prazer de sua companhia.

Aos professores da Faculdade de Odontologia da Unorp, que difundiram seus


conhecimentos e assim contribuíram para o crescimento da minha vida acadêmica, em
especial a minha orientadora, Profa. Dra. Maria De Lourdes Borborema por realmente
fazer parte deste trabalho estando sempre presente em todos os momentos em que precisei.

Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desse


meu SONHO!
“A grandeza não consiste em receber as
honras, mas em merecê-las”.
(Aristóteles).
RESUMO

A odontologia tem primado pela utilização e também incorporação à prática clínica de


métodos menos invasivos a fim de reduzir dor e também desconforto. Um desses métodos
é a utilização do laser que tem sido usado na área Odontológica de forma reiterada, que
traz diversos benefícios aos pacientes. Assim sendo, acredita-se que a laserterapia,
especialmente, no tratamento do Herpes Simples seja uma opção bastante viável. O uso da
laserterapia pode ser feito nas três fases em que referida patologia se encontrar sempre
proporcionando alguma melhora e os efeitos terapêuticos da laserterapia são:
antiinflamatório, analgésico e reparação tecidual. Verificou-se que a terapia com laser de
baixa intensidade pode ser utilizado com terapia convencional. A escolha do método de
tratamento dependerá do estágio, número, localização e tamanho das lesões bem como em
relação custo-eficácia do referido tratamento.

Descritores: Laser. Laserterapia. Herpes Labial.


ABSTRACT

Dentistry has primacy for the use and also incorporated into the clinical practice of less
invasive methods to reduce pain and also discomfort. One such method is the use of laser
that has been used in the Dental field repeatedly, that brings many benefits to patients.
Thus, it is believed that the laser treatment, especially in the treatment of herpes simplex is
a very feasible option. The use of laser therapy can be done in three phases in which such
pathology ever find some improvement and providing the therapeutic effects of laser
therapy are anti-inflammatory, analgesic and tissue repair. It was found that treatment with
low intensity laser can be used with conventional therapy. The choice of method of
treatment depends on the stage, number, location and size of lesions as well as cost-
effectiveness of such treatment.

Descriptors: Laser. Laser therapy. Cold Sore.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema básico dos componentes .................................................................... 15

Figura 2: Lesão de herpes na fase prodrômica .................................................................. 18

Figura 3: Ponto de aplicação da laserterapia ..................................................................... 18

Figura 4: Localização dos principais linfonodos responsáveis pela drenagem do terço


médio e interior da face ...................................................................................................... 19

Figura 5: Pontos de aplicação para a realização da drenagem linfática para redução da fase
vesicular do herpes.............................................................................................................. 20

Figura 6: Herpes na fase de crosta ..................................................................................... 21

Figura 7: Pontos de aplicação da laserterapia.................................................................... 21

Figura 8: Resultado após três dias com três aplicações de laserterapia ............................ 22

Figura 9: Pontos de aplicação para prevenção do Herpes ................................................. 22

Figura 10: : (A) Herpes labial na fase de vesícula; (B) Drenagem das vesículas com
agulha estéril; (C) Aplicação do corante azul de metileno; (D) Irradiação com laser de
baixa potência; (E) Aspecto após 72h; (F) Reparação completa da lesão após 1 semana. . 23

Figura 11: : (A) Herpes labial na fase de vesícula; (B) Drenagem das vesículas com
agulha estéril; (C) Aplicação do corante azul de metileno; (D) Irradiação com laser de
baixa potência; (E) Aspecto após 72h; (F) Reparação completa da lesão após 1 semana. . 24

Figura 12: (A) Inicial; (B) Aplicação do corante azul de metileno; (C) Aspecto logo após
irradiação laser; (D) 6h após; (E) 24 h após; (F) Reparação completa da lesão após 1
semana
............................................................................................................................................ 24
.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10
1.1 Objetivo ........................................................................................................................ 12

2 MATERIAL E MÉTODO............................................................................................. 13

3 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 14


3.1 Considerações sobre o Laser ........................................................................................ 14
3.2 A Laserterapia ............................................................................................................... 16
3.3 A Laserterapia no tratamento do Herpes Labial ........................................................... 16
3.3.1 Casos Clínicos com índice de sucesso ................................................................. 23

4 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 25
5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 26
10

1 INTRODUÇÃO

O herpes simples representa a doença viral mais corriqueira no homem moderno,


excluindo-se as infecções respiratórias. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções
herpéticas podem provocar severas complicações. O termo herpes é oriundo do grego
herpein que quer dizer “aquilo que irrompe de surpresa”, pois o herpes em suas diferentes
formas virais pode manter-se latente ao longo dos anos até a primo infecção irromper-se
(REGGIORI et al., 2008).

As lesões recorrentes do herpes simples são contagiosas de forma significativa


para os pacientes, suas famílias, profissionais da saúde e auxiliares, mesmo após alguns
dias de regressão das lesões. Quiçá o herpes simples seja tão frequente – entre 40 e 75%
dos adultos apresentam lesões herpéticas recorrentes – não só pela falta de diagnóstico
correto em todos os casos, mas, provavelmente, porque não é tratado de forma adequada
em todos os pacientes e em todos os episódios da doença, independentemente da
especialidade médica e odontológica em que o paciente se apresente para ser atendido.
Quanto mais vírus e recorrências frequentes sem tratamento, maior o potencial de
contaminação (CONSOLARO; CONSOLARO, 2009).

Muitas vezes, os profissionais da área da odontologia se deparam com o


diagnóstico e tratamento das infecções que são capazes de causar grande desconforto e dor,
sendo em alguns casos, desfigurantes. Na clínica odontológica, as manifestações podem se
apresentar basicamente de 3 formas: gengivoestomatite herpética primária (normalmente
acomete crianças), herpes simples e herpes zoster (FERREIRA, 2007).

Diversos tratamentos foram propostos para o herpes labial, mas nenhum deles
atingiu o êxito de forma a não ocasionar o reaparecimento das lesões. Dessa forma, o uso
do laser é proposta como coadjuvante no tratamento do herpes labial, com algumas
vantagens que serão discorridas no presente trabalho, tais como: diminuição o tempo de
latência e frequência do reaparecimento das lesões.

No herpes simples e na estomatite herpética, a ação do laser tem papel relevante


sobre os processos viróticos que envolvem fatores imunitários. A ação do laser nessas
patologias produz um efeito antiviral proporcional ao efeito estimulante da imunidade do
paciente. A melhor resposta terapêutica é no estágio prodrômico e no momento do
11

aparecimento das vesículas, podendo a irradiação pelo laser enfraquecer o microrganismo,


diminuindo a sintomatologia e o tempo de evolução da doença e impedindo a recorrência
das lesões nos mesmos locais (CONSOLARO; CONSOLARO, 2009).
12

1.1 Objetivo

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é discorrer, por meio de uma breve
revisão de literatura, sobre a contribuição da laserterapia na Odontologia contra o Herpes
Labial.
13

2 MATERIAL E MÉTODO

A presente revisão da literatura foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde


(BVS), utilizando as seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online
(SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE). O levantamento de dados foi
realizado entre os meses de Julho a Setembro de 2014.
14

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Considerações sobre o Laser

Foram muitos anos que o astro sol era conhecido como a única fonte de luz. Muito
embora a utilização da energia proveniente de energia pura é conhecida há tempos,
especialmente, o uso de suas propriedades terapêuticas, especialmente, em processos tais
como de dor e inflamações (GENOVESE, 2000).

A exposição de alguns indícios do laser foi iniciada por Einstein, em meados de


1917. Aproximadamente, em 1960 foi construído por Theodore H. Maiman o primeiro
emissor de laser a rubi. Nessa mesma ordem cronológica em 1961 realizou-se a primeira
cirurgia a laser e, posteriormente, desenvolveram primeiro laser semicondutor. Em 1965,
Sinclair e Knoll fizeram uma adaptação entre a radiação e a prática terapêutica. E assim, no
mesmo ano aconteceu a utilização do laser na Odontologia por Stern e Sognnaes (CATÃO,
2004).

De acordo com a literatura de Cavalcanti et al., (2011) a palavra laser é oriunda da


junção de algumas palavras, tais como: amplificação de luz por emissão estimulada de
radiação. Em outras palavras é pode-se dizer que noticia de que forma a luz é produzida. A
mesma literatura traz que á uma radiação eletromagnética com características próprias o
que as tornam diferenciadas da luz comum: tem uma única medida de onda, com suas
ondas divulgando-se de forma concatenada no espaço e no tempo e carrega de forma
precisa concentrações significativas de energia.

De acordo com Catão (2004) eles podem ser classificados em duas linhagens de
acordo com a potência e capacidade de intercâmbio com os tecidos, como: laser de baixa
intensidade de energia (LILT – Low Intensity Level Treatment), Lasers de alta intensidade
de energia (HILT – Hight Intensity Laser Treatment).

O laser é capaz de obter uma penetração em camadas profundas além de estimular


os fotorreceptores de tecidos vivos (pele ou mucosa), e estes retém fótons de certos
comprimentos de onda ocasionando uma mudança na atividade funcional e também
metabólica das células com resultados fotoquímico, analgésico, antiinflamatório e de
bioestimulação (ZERBINATI et al., 2014).
15

Os nomes dos aparelhos de laser são dados conforme as substâncias radioativas


que são portadoras. E elas são encontradas, normalmente, ou em formato de cristais ou
então de semicondutores diodos. Também de acordo com Catão (2004) podem ser
classificados em duas linhagens de acordo com a potência e capacidade de intercâmbio
com os tecidos, como: laser de baixa intensidade de energia (LILT – Low Intensity Level
Treatment), Lasers de alta intensidade de energia (HILT – Hight Intensity Laser
Treatment).

Outro ponto importante de ser ressaltado e embasando-se na literatura de Catão


(2004) é que o laser de alta intensidade possui potência acima de 500mW (miliwatts) e é
bastante usado em cirurgias com fins de coagular, secionar ou vaporizar tecidos. Constam
como principais: Rubi, CO2, ER: YAG, Ho: YAG, e Nd: YAG.

A fim de que aconteça o funcionamento de um laser são imprescindíveis algumas


condições: meio ativo, ou seja, de uma coleção de átomos, moléculas ou íons, que emitam
radiação na parte óptica do espectro. A condição de inversão deve ser satisfeita. Referida
condição, normalmente, não é satisfeita no ambiente natural, é provocada por um artifício
de excitação apelidado de bombeamento: ela muda o meio ativo em meio amplificador de
radiação. E por fim é importante dispor de uma reação óptica para que o sistema composto
por essa reação óptica e pelo meio ativo seja a sede de uma oscilação laser (

Figura 1: Esquema básico dos componentes


Fonte: Lizarelli (2010, p.19)
16

Atualmente, são utilizados em diversos ramos das ciências da saúde, sendo as


primeiras utilizações no processo de regeneração e recuperação funcional de lesões
periféricas na década de 80, ocorrendo diversos relatos acerca dos resultados alcançados.

3.2 A Laserterapia

Como já dito anteriormente, tem sido utilizada no tratamento de várias e diversas


patologias, tendo como um dos principais objetivos normalizar o processo de reparação
tecidual. Assim ele atua na pele acrescendo a migração de fibroblastos através da
vasodilatação e consequente formação de colágeno, gerados pela vasodilatação, e assim
estimulando a síntese de DNA e causando a reprodução da atividade das células epiteliais
basais. E assim beneficia a cicatrização de férias cutâneas (ZERBINATI et al., 2014).

De forma especial na Odontologia tem sido difundindo de forma eficaz, apesar de


nem sempre ser utilizado da forma correta, pois ainda o conhecimento acerca de tal
terapêutica é restrito, principalmente, para aqueles que não têm treinamento específico
(ZERBINATI et al., 2014).

3.3 A Laserterapia no tratamento do Herpes Labial

Antes de adentrar à Laserterapia no Tratamento Coadjuvante do Herpes, é


importante que saibamos o que é o Herpes. Por isso, neste momento, serão feitas algumas
considerações sobre ele.

De acordo com a literatura de Lizarelli (2010) herpes é uma moléstia de ordem


viral cujo agente etiológico é pertencente à família dos HHV (vírus do herpes humano). O
componente mais conhecido é vírus do herpes simples (VHS). A título de curiosidade,
outros são os a seguir relatados: varicela zoster (VVZ), que promove a varicela (catapora)
e o herpes zoster; o citomegalovírus, responsável por doenças das glândulas salivares e
doenças por imunossupressão; o vírus Epstein Barr que está relacionado à mononucleose
infecciosa (“doença do beijo”), certo tipo de linfoma (Burkitt), leucoplasia pilosa, entre
outras.
17

De acordo com essa mesma literatura há dois tipos de vírus do herpes simples que
são denominados como: VHS-1 e VHS-2. O VHS-1 é propagado por meio de saliva
infectada ou lesões periorais. E o VHS-3 é mais propagado por meio das regiões genitais.

O tratamento com a Laserterapia vai depender da fase em que se encontra referida


patologia. Conforme publicação feita pela Doutorando em Dentística Leila Soares Ferreira
(2007) são 3 fases:

a) Fase Podrômica caracterizada por um ardor intenso, formigamento e


vermelhidão singela na região em que se manifesta. É anterior à erupção das vesículas;

b) Fase Vesicular caracterizada pelo aparecimento de vesícula devido ao


espalhamento do vírus no local. Há sintomas de dor, edema e coceira;

c) Fase da Cicatrização caracterizada pela formação de crusta e dá indícios de que


o tecido afetado está em processo de reparação.

O seu tratamento é com base em uso de antiinflamatórios, analgésicos e também


antivirais que são administrados ou topicamente ou oralmente. Um exemplo deste
medicamento é o comercialmente conhecido como Aciclovir. Porém, o que tem sido
notado nos últimos tempos é a mínima efetividade de tal medicamento, além de ocasionar
efeitos colaterais e em pacientes imunocomprometidos o resultado é ínfimo (FERREIRA,
2007).

Foi nesse sentido que uma nova modalidade de tratamento surgiu para tais
infecções que é o uso do laser por proporcionarem efeitos analgésicos, antiinflamatórios e
são também biomodulares. Assim sendo, o laser tido como de baixa intensidade pode ser
usado nas várias fases (citadas anteriormente) das lesões com finalidade preventiva de
vesículas, reduzindo o edema das vesículas ou até mesmo com função de cicatrizar as
lesões.
18

Figura 2: Lesão de herpes na fase prodrômica


Fonte: Ferreira (2007, p.09)

Figura 3: Ponto de aplicação da laserterapia


Fonte: Ferreira (2007, p.09)
19

De acordo ainda com estudo realizado por Ferreira (2007) laserterapia na fase
referida qual seja, prodrômica, chega até mesmo causar inibição do aparecimento de
vesículas.

Posteriormente à fase prodrômica é a fase do aparecimento das vesículas. Nesta


fase a literatura traz que não é indicado que a laserterapia seja aplicada diretamente nas
lesões, pois seu destino biomodulador poderia instigar a réplica viral e majorar o volume
das vesículas. Assim sendo e de acordo com estudo realizado por Almeida-Lopes (2006) a
escolha mais indicada seria o emprego do protocolo de Drenagem Linfática, segundo
Almeida-Lopes, objetivando a diminuição das vesículas.

Cavalcanti et al., (2011) traz em sua literatura que a melhor resposta terapêutica é
obtida nessa fase (prodrômica) e também no momento do aparecimento das vesículas, e
pode ocorrer de a irradiação do laser gerar enfraquecimento do microrganismo, reduzindo
a sintomatologia e o tempo de evolução da patologia fazendo com que a ocorrência das
lesões nos mesmos locais também seja reduzida consideravelmente. Os locais de aplicação
correspondem à localização das cadeias de linfonodos responsáveis pela drenagem do terço
médio e inferior da face como pode ser visualizado na figura a seguir:

Figura 4: Localização dos principais linfonodos responsáveis pela drenagem do


terço médio e interior da face
Fonte: Ferreira (2007, p.10)
20

A literatura recomenda que em cima de cada dessas áreas devem ser aplicados
dois pontos com distanciamento entre eles de 1cm utilizando-se laser infravermelho com
uma densidade de energia de 70J/cm² (Fig.4

Figura 5: Pontos de aplicação para realização da drenagem linfática para redução


da fase vesicular do herpes.
Fonte: Ferreira (2007, p.10)

E estourando as vesículas segue-se para a fase de cicatrização. Nesta fase a


laserterapia incide de aplicações exatas sobre e ao também em volta das lesões, fazendo
uso do laser vermelho com densidade de energia entre 20 e 40 J/cm² como pode ser
visualizado nas Figuras 6 e 7 a seguir. A cicatrização será mais célere.
21

Figura 6: Herpes na fase de crosta


Fonte: Ferreira (2007, p.10)

Figura 7: Pontos de aplicação da laserterapia


Fonte: Ferreira (2007, p.10)

E, por fim referida terapêutica pode ser aplicada para prevenção. Assim sendo de
acordo com Ferreira (2007) o laser de baixa intensidade é feito sem que o paciente esteja
em qualquer fase do herpes. Na realidade ele atuará como preventivo, fazendo co que o
ciclo se inicie.
22

Em casos de prevenção os pontos de aplicação são feitos, na grande maioria dos


casos, na região labial e perilabial, por serem os locais de maior acometimento das lesões.
Dependendo do paciente, outras regiões como queixo e/ou asa do nariz também podem ser
irradiados. O protocolo utilizado é de 35J/cm² com laser vermelho, em 10 sessões, de
preferência, em dias consecutivos como pode ser visualizado na Figura 8 e 9 que seguem:

Figura 8: Resultado após três dias com três aplicações de laserterapia


Fonte: Ferreira (2007, p.10)

Figura 9: Pontos de aplicação para prevenção do Herpes


Fonte: Ferreira (2007, p.10)
23

3.3.1 Casos Clínicos com índice de sucesso

Estudo clínico realizado por Marotti et al., (2009) com paciente de 25 anos
apresentando queixa de herpes labial no estágio de aparecimento de vesícula. Foi proposto
como tratamento conjunto a laserterapia para a fase de crosta. Cada passo no percurso do
tratamento pode ser visualizado na Figura 10 a seguir:

Figura 10: (A) Herpes labial na fase de vesícula; (B) Drenagem das
vesículas com agulha estéril; (C) Aplicação do corante azul de metileno; (D)
Irradiação com laser de baixa potência; (E) Aspecto após 72h; (F) Reparação
completa da lesão após 1 semana.
Fonte: Marotti et al., (2009, p.358)
24

Outro caso clínico com obtenção de indice de sucesso como elencado na literatura
aborda o seguinte:

Estudo clínico realizado por Marotti et al., (2009) com paciente do sexo feminino,
52 anos, compareceu ao LELO-FOUSP com queixa de herpes labial na fase de vesícula no
lábio superior esquerdo. Assim como no caso anterior, foi realizada laserterapia após 24h,
72h e 1 semana, com os mesmos protocolos de irradiação. Após 6h, observou-se que a
crosta já havia sido formada e com significativa redução do edema (D). 24h após,
observou-se um estágio avançado no processo de reparação (E), sendo que a reparação
completa se deu após 1 semana (F).

Figura 11: (A) Inicial; (B) Aplicação do corante azul de metileno; (C)
Aspecto logo após irradiação laser; (D) 6h após; (E) 24 h após; (F) Reparação
completa da lesão após 1 semana.
Fonte: Marotti et al., (2009, p.358)
25

4 CONCLUSÃO

Ao término da pesquisa para a escrita deste trabalho algumas conclusões podem


ser extraídas:

Tratamentos diversos, além do medicamentoso, têm sido propostos para pacientes


com Herpes Labial. Um deles é a utilização do laser – Laserterapia – proposta como
coadjuvante no tratamento do Herpes Labial. Esta tem que ser de baixa intensidade e
seguir um protocolo de acordo com o estágio em que a Herpes se encontrar. Apresenta
diversos benefícios ao paciente, melhorando assim sua qualidade de vida.
26

5. REFERÊNCIAS

ALMEIDA-LOPES, L. Técnica da Drenagem linfática ativada por Laserterapia. In:


Atualização Clínica em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas, 2006. p.327-340.

CATÃO, atão MHCV. Os benefícios do laser de baixa intensidade na clínica odontológica


na estomatologia. Rev Bras Patol Oral. 2004;3:214-8.

CAVALCANTI, Thiago Maciel et al . Conhecimento das propriedades físicas e da


interação do laser com os tecidos biológicos na odontologia. An. Bras. Dermatol., Rio de
Janeiro, v. 86, n. 5, Out.2011. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962011000500014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 Jul.2014.

CONSOLARO, Alberto; CONSOLARO, Maria Fernanda M-O.. Diagnóstico e tratamento


do herpes simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica. Rev. Dent. Press
Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v.14, n.3, Jun 2009. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
54192009000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 Jul.2014.

FERREIRA, Leila Soares. Utilização do laser no tratamento das diferentes manifestações


das lesões de Herpes em adultos. DMC Journal, v.2, n.2, 2007. Disponível em <
http://www.dmcgroup.com.br/arquivos/revistas/DMC_Journal_2.pdf>. Acesso em: 20 Jul..

LIZARELLI, Rosane F.Z. Uso do laser de baixa intensidade. 4 ed. Ribeirão Preto/SP:
MMO, 2010.

MAROTTI, J.; ARANHA, A.C.; EDUARDO, C.P.; RIBEIRO. M.S. Photodynamic


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V.27, p.357-363, 2009.

REGGIORI, Maurício Gamarra et al. Terapia a laser no tratamento de herpes simples em


pacientes HIV: relato de caso. Rev Inst Ciênc Saúde. v. 26, n.3, p.357-361.

ZERBINATI, Lívia Prates et al. Avaliação sobre o conhecimento do laser entre alunos e
professores do curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Salvador-BA. Revista Bahiana de Odontologia, v5, n.1, p.5-21, 2014. Disponível em
<http://www5.bahiana.edu.br/index.php/odontologia/article/viewFile/258/262>. Acesso
em: 20 Set.2014.

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