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DOENÇA PERIODONTAL

A saúde bucal precária aumenta o risco de doença periodontal, o que impacta


diretamente na qualidade de vida, pois causa dor de dente, dificuldades na
mastigação e na higienização dentária, portanto é relevante instituir ações de
promoção, educação e prevenção à saúde (COUTINHO, 2019).
A doença periodontal, apresenta etiologia multifatorial complexa, na qual
interage uma diversos fatores tanto do hospedeiro quanto das bactérias, portanto, é
uma condição inflamatória das estruturas de proteção e inserção dos dentes, que
causa perda dentária em adultos, além de ser a forma mais prevalente de patologia
óssea em humanos. (LINS, 2011).
A gengivite e a periodontite representam as formas mais comuns de doença
periodontal, sendo a gengivite uma condição inflamatória que envolve o periodonto
de proteção, causando assim sinais clínicos de vermelhidão, edema e sangramento
limitados à gengiva, e a periodontite uma destruição progressiva do ligamento
periodontal e osso alveolar, que envolve o periodonto de proteção, o periodonto de
sustentação, formando uma bolsa periodontal e/ou recessão gengival (LINS, 2011).
A doença periodontal é um problema de saúde que ocupa a posição de
segunda patologia bucal mais prevalente no mundo. Estima-se que a prevalência
desta doença encontra-se entre 10 e 20% da população mundial, embora o
complexo de fatores que participam da sua determinação contribua para que sua
frequência apresente grande variação nas diferentes regiões do mundo, como
ocorre em países menos desenvolvidos (OLIVEIRA, 2010).
O surgimento e progressão dessa doença estão associados a fatores como a
especificidade e a patogenicidade da microbiota envolvida, bem como à resposta
imuno-inflamatória do hospedeiro. Também há associação de progressão à fatores
de risco ambientais e adquiridos como o tabagismo, alcoolismo, dieta insatisfatória,
higiene bucal deficiente, características do metabolismo dos tecidos conjuntivo e
ósseo alveolar, e fatores de risco genéticos (OLIVEIRA, 2010).
As reações inflamatórias e imunológicas à placa bacteriana são
características predominantes da gengivite e da periodontite, de modo que a reação
inflamatória é visível microscópica e clinicamente no periodonto afetado e
representa a reação do hospedeiro à microbiota da placa e seus produtos. O
processo de infecção no sulco periodontal causa a formação de uma mucosite
periodontal, que pode ser definida como uma inflamação dos tecidos moles
periodontais, sem ocasionar perda óssea, sendo reversível, se o seu diagnóstico for
atempado.(RAFAELLI, 2016).

Outrossim, os processos inflamatórios e imunológicos atuam nos tecidos


gengivais com a finalidade de combater as agressões microbianas, evitando a
disseminação dos microrganismos nos tecidos, no entanto, isso pode ser prejudicial
ao hospedeiro pois também pode danificar as células e estruturas vizinhas do tecido
conjuntivo e além da base do sulco, podem envolver o osso alveolar nesse processo
destrutivo (RAFAELLI, 2016).

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