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EPIDEMIOLOGIA DA

DOENÇAS PERIODONTAL
Profª Vanessa de Sousa
Univar
 A palavra epidemiologia de origem grega, é formada pela
preposição ¨epi¨ que significa ¨entre ¨ ou ¨contra¨ e o
substantivo ¨demos¨ que significa ¨povo¨.
 Epidemiologia é o estudo da distribuição de doenças ou
de uma condição fisiológica nas populações humanas e
dos fatores que influenciam esta distribuição¨. ( Lilienfeld
1978)
 A informação obtida através de uma investigação
epidemiológica deve ir além de uma mera descrição da
distribuição da doença em diferentes populações.
 Deve ser utilizada também para esclarecer a etiologia de
uma doença específica através da combinação de dados
epidemiológicos com informações obtidas de outras
disciplinas como genética, bioquímica, microbiologia e
sociologia.
 Deve avaliar a consistência dos dados epidemiológicos
com hipóteses desenvolvidas clínica ou
experimentalmente.
 Proporcionar a base para o desenvolvimento e a avaliação
dos procedimentos preventivos e práticas de saúde
pública.
 A pesquisa epidemiológica na periodontia deve atender a
incumbência de fornecer dados sobre a prevalência de
doenças periodontais em populações diferentes, ou seja, a
frequência com que ocorrem bem como a gravidade de tais
condições;
 Esclarecer aspectos relativos à etiologia e aos fatores
determinantes para o desenvolvimento dessas doenças
(fatores de risco).
 Proporcionar a documentação referente à eficácia das
medidas profiláticas e terapêuticas direcionadas contra tais
doenças em uma determinada população.
METÓDOS PARA EXAME- SISTEMAS
DE ÍNDICES
 O exame da condição periodontal de um dado indivíduo
inclui a avaliação clínica da inflamação dos tecidos
periodontais; o registro da profundidade de sondagem,
dos níveis clínicos de inserção e as avaliações
radiográficas do osso alveolar.
 Esse sistemas foram planejados exclusivamente para o
exame de pacientes dentro da prática odontológica e
outros foram empregados na pesquisa epidemiológica.
EXAME PERIODONTAL
 Índice gengival
 Índice de placa
 Índice de retenção
 Mobilidade dentária
 Profundidade de bolsa
 Retração
 Lesão de furca
AVALIAÇÃO DA INFLAMAÇÃO NOS
TECIDOS PERIODONTAIS
 A presença de inflamação na gengiva marginal é
usualmente registrada através de avaliações com a
sonda periodontal de acordo com os princípios do
Índice Gengival descrito por Loe(1967).
 Segundo este sistema:
 ÍNDICE GENGIVAL
 0 - Ausência total de sinais visuais de inflamação
na gengiva.(Gengiva normal)
 1 - Ligeira alteração na cor e na textura.
(Inflamação suave)
 2 - Inflamação visual e a tendência ao
sangramento da margem gengival após a
verificação com a sonda periodontal.(Inflamação
moderada)
 3 - Inflamação visível com tendência ao
sangramento espontâneo.(inflamação severa.)
ÍNDICE DE PLACA
 0 – Ausência de depósitos de placa aderida a
margem livre gengival.
 1- Película aderida a margem livre gengival e no
dente.
 2 - Placa clinicamente visível.(acúmulo moderado
de depósito mole no sulco gengival)
 3 -Placa abundante.(Abundância de material mole
dentro do sulco gengival e no dente.
ÍNDICE DE RETENÇÃO

 Avalia a presença de fatores retentivos de placa


próximas da margem gengival.
 Representam no paciente áreas em que a higiene
oral é dificultada.
 Usa-se a sonda exploradora para verificar a
presença de retenção.
MOBILIDADE DENTÁRIA
 A detecção da mobilidade se faz com o dente em
repouso, aplicando ligeira pressão no sentido
vestíbulo lingual ou palatino.
 De acordo com amplitude do movimento que o
dente fizer, se marca a mobilidade.
 O teste de mobilidade deve ser feito com
cabos de instrumentos para melhor visualização.
 MOBILIDADE DENTÁRIA
MOBILIDADE DENTÁRIA
 Grau 1 – movimento de 0,2 a 1 mm no sentido
horizontal.( Normal- prognóstico favorável).
 Grau 2 – movimento maior que 1 mm no sentido
horizontal.(prognóstico duvidoso).
 Grau 3 – Sentido horizontal e vertical (intrui).
(prognóstico desfavorável).
MOBILIDADE DENTÁRIA
 Detectar se há presença de algum contato
prematuro. Isso se faz com os dedos indicador e
polegar colocados sobre a face vestibular dos
últimos dentes, correndo em direção aos incisivos,
enquanto o paciente oclui várias vezes.
 O dente que estiver em contato prematuro irá
mostrar um deslocamento mais acentuado que os
restantes.
SONDAGEM

 São feitas com sondas periodontais milimetradas.


 Tem finalidade de facilitar a medir a profundidade
da bolsa, da perda de inserção e de retração.
 A medida de até 3mm é considerada normal.
SONDA MILIMETRADA
BOLSA PERIODONTAL

 Definida com um sulco gengival patologicamente


aprofundado, é uma das mais importantes
características clínicas da doença periodontal.
BOLSA PERIODONTAL

 Quando a doença evolui se dá o aprofundamento


do sulco gengival transformando-se em bolsa
periodontal.
 É a medida que vai da margem gengival até o
fundo do sulco sondável ou bolsa.
 A Medida de 3mm pode ser considerada normal.
PROFUNDIDADE DA BOLSA
 É determinada através da introdução da sonda
periodontal entre o epitélio da bolsa e o dente.
 Realizada de forma delicada inserindo o
instrumento(sonda) com leve pressão procurando
atingir o fundo da bolsa.
 A sonda é inserida o mais paralelamente possível
ao longo eixo do dente.
 Nos espaços interproximais, a tomada da
profundidade torna-se difícil devido a presença do
ponto de contato.
 Nestes casos, a sonda penetrará obliquamente em
relação as faces vestibular e lingual/palatina,
evitando o ponto de contato.
 Durante a sondagem devemos observar se há
presença de cálculo supra ou subgengival que
poderá dificultar ou mascarar a correta sondagem.
 Em casos de cálculo em excesso, sua remoção é
necessária.
 A profundidade da bolsa periodontal pode ser
reduzida com o tratamento periodontal.
RETRAÇÃO
 A medida que vai da linha cemento
esmalte até a margem gengival, ou seja,
o epitélio juncional migra para apical e a
margem gengival acompanha.
LESÃO DE FURCA
 Com a progressão da doença periodontal ao redor
de dentes multiradiculares, o processo destrutivo
pode envolver na área de furca.
 Perda óssea pode ser detectada por exame
radiográfico que fornece informações da altura e
da configuração do osso alveolar.
LESÃO DE FURCA
Classificação das lesões de furcas identificadas
quanto a perda óssea horizontal.
GRAU I – Perda óssea menor que 3mm.
GRAU II – Perda óssea maior que 3mm, sem
comunicação lado a lado do dente.
GRAU III – Destruição óssea que determina um
envolvimento lado a lado.
 Sonda de Nabers- Sondagem de bifurcações e
trifurcações.
 Grau I – prognóstico positivo.
 Grau II – prognóstico duvidoso.
 Grau III – prognóstico ruim.
SONDA DE NABERS
PERIOGRAMA

 Exame clínico – Verificar sítios com


alterações inflamatórias e extensão da
destruição nesses sítios para estabelecer
diagnóstico.

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