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Terapia Periodontal de suporte

Lesões agudas do periodonto

UNIDADE CURRICULAR: PERIODONTIA


Semestre: 5º semestre Ano:2022
Professora: Carolina Lins – Aulas Teóricas
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Visa garantir o sucesso do tratamento periodontal e o prognóstico a longo prazo;


- Contribui para a redução da profundidade de sondagem, do sangramento à sondagem, do índice de biofilme, bem
como contribui para aumentar a sobrevida dos elementos dentais;
- Fase integrante do tratamento periodontal;
- Retorno periódico para consultas e monitorização da saúde periodontal;
- Controle dos fatores etiológicos para evitar a recorrência da doença periodontal;
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Avaliação dos fatores de risco para a recorrência da doença:

- sangramento à sondagem,
- bolsas remanescentes,
- quantidade de dentes perdidos,
- condição sistêmica,
- Tabagismo

Determinar a frequência das consultas de manutenção de forma individualizada.


Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- A palavra “suporte”, embora semelhante à palavra “manutenção”,


envolve uma proposta mais ampla do que manutenção somente,
sendo o objetivo manter uma dentição livre de placa.

- Ao término da terapia periodontal, o paciente necessita de


assistência profissional em intervalos regulares, para:
• renovar a motivação e as instruções de higiene bucal,
• eliminar o cálculo e outros fatores retentivos de placa,
• submeter-se a uma limpeza dentária minuciosa pelo profissional;
Objetivos Terapia Periodontal de Suporte (TPS):

1. Minimizar a recorrência e a progressão da doença periodontal em pacientes que tenham sido tratados
previamente de gengivite e periodontite;

2. Reduzir a incidência de perda dentária através do monitoramento da dentição e qualquer substituição protética
dos dentes naturais;

3. Aumentar a probabilidade de localizar e tratar, de uma maneira periódica, outras doenças ou condições
encontradas dentro da cavidade oral.
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Frequência das rechamadas - critérios:

Primeiro ano:

- Pacientes com cicatrização normal, retorno de três em


três meses;
- Pacientes com caso difícil complicado por próteses,
envolvimento de furca, pobre relação coroa - raiz e
cooperação questionável, retorno de um a dois meses;
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Pacientes classe A (baixo risco):

- boa higiene oral,


- mínima quantidade de cálculo,
- nenhuma bolsa remanescente

Intervalo de seis em seis meses


Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Pacientes classe B (médio risco):

- higiene oral deficiente


- alta formação de cálculo
- doença sistêmica que predisporia à destruição periodontal;
- presença de bolsas remanescentes,
- problemas oclusais e próteses complicadas;
- cáries dentárias recorrentes;
- alguns dentes com menos de 50% de suporte ósseo alveolar;

intervalo de reconsulta de três a quatro meses (consulta baseada no grau de severidade e fatores negativos).
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Pacientes classe C (alto risco):

Com as mesmas características da classe B mais os seguintes fatores:

- cirurgia periodontal indicada mas não realizada por razões médicas,


psicológicas ou financeiras;
- muitos dentes com menos de 50% de suporte ósseo alveolar;
- condição da doença muito adiantada para ser melhorada por
cirurgia periodontal;

Intervalo ideal de um a três meses.


Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Terapia Periodontal de Suporte (TPS) - Avaliação contínua dos riscos múltiplos

- Primeiro reexame 3-6 meses após o término da terapia ativa - assegurar o controle das necessidades individuais do
paciente.
- Re chamadas muito frequentes direcionam ao sobre tratamento e à fadiga do paciente.
- Avaliação do paciente:
• espera-se baixos índices de placa (< 20 % de superfícies com placa),
• eliminação ou redução na inflamação gengival (poucas superfícies com sangramento)
• um número marcadamente reduzido de superfícies com bolsas periodontais > 4mm.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

1- Exame, Reavaliação e Diagnóstico (ERD), fornecendo informações dos sítios estáveis e inflamados. Este segmento
consome de 10-15 minutos.

2- Motivação, Reinstrução e Instrumentação (MRI), irão consumir a maior parte da sessão de rechamada (30-40
minutos). Sítios que forem diagnosticados como não estáveis serão instrumentados.

3- Tratamento dos Sítios Reinfectados (TSR) - poderá necessitar uma segunda consulta.

4- Polimento de toda a dentição, aplicação de Flúor e determinação da futura terapia periodontal de suporte (PFD) –
concluem a sessão de rechamada (5-10 minutos).
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Revisão e atualização da história médica e dental


- Exame clínico (a ser comparado com medições básicas prévias):
1. Exame extra-oral e registro dos resultados.
2. Exame dental e registro dos resultados:
a. Mobilidade dental/ frêmito;
b. Avaliação de cáries;
c. Restaurações, próteses;
d. Outros problemas relacionados ao dente.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

3. Exame periodontal e registro dos resultados:

a. Profundidades de sondagem;
b. Sangramento sob sondagem;
c. Níveis gerais de placa e cálculo;
d. Avaliação de invasão de furca;
e. Exsudação;
f. Recessão gengival;
g. Exame oclusal e mobilidade dentária;
h. Outros sinais e sintomas de atividade de doença.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

4. Exame de implantes dentais e tecidos perimplantares com


registro dos resultados:
a. Profundidades de sondagem;
b. Sangramento sob sondagem;
c. Exame dos componentes da prótese e abutments;
d. Avaliação da estabilidade do implante;
e. Exame oclusal;
f. Outros sinais e sintomas de atividade de doença –
concluem a sessão de rechamada (5-10 minutos).
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Exame radiográfico

- Radiografias devem ser atuais e de qualidade diagnóstica.


- Baseadas nas necessidades diagnósticas do paciente - avaliação apropriada e interpretação do estado do
periodonto e implantes dentais.
- O julgamento do clínico, tanto quanto o grau de atividade da doença podem auxiliar a determinar a necessidade
e freqüência do número de radiografias.
- Anormalidades radiográficas devem ser anotadas.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

Tratamento

- Remoção de placa sub ou supragengival e cálculo;


- Modificação do comportamento:
- Reinstrução de higiene oral;
- Cooperação com os intervalos de manutenção periodontal sugeridos;
- Aconselhamento sob o controle dos fatores de risco, por exemplo, cessar com o hábito de fumar.
- Agentes antimicrobianos quando necessário;
- Tratamento cirúrgico da recorrência da doença.
Prevenção da reinfecção periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Após a instrumentação radicular, a microbiota subgengival fica significantemente alterada em quantidade e qualidade.

- Em bolsas de profundidade moderada, a composição e a patogenicidade da flora subgengival pode ser influenciada
pelo controle de placa subgengival.

- O determinante clínico mais importante na terapia periodontal não é a técnica (cirúrgica ou não-cirúrgica) utilizada
para a eliminação da infecção subgengival, mas a qualidade do programa de motivação, de manutenção e controle.
Prevenção da reinfecção periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Através de uma vigilância dos pacientes, envolvendo visitas profissionais com intervalos regulares, a reinfecção
periodontal pode ser prevenida ou mantida em uma incidência mínima em muitos pacientes.

- Ressaltam o valor de se executar raspagens subgengivais em intervalos trimestrais como meio de compensar a higiene
oral inadequada em pacientes com bolsas que persistem em seguida ao tratamento periodontal convencional.
Fatores de risco para recorrência de doença periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- Essencial diagnosticar e tratar as pessoas de risco para futura perda de inserção: pacientes com perda de 2 mm ou
mais de inserção periodontal e com quaisquer outros fatores de risco (idade avançada, hábito de fumar,
mobilidade dentária aumentada e pobre higiene oral).
- Em contraste a estudos prévios, idade avançada não parece ser um fator de risco para recorrência de doença
periodontal;
- Perda de inserção avançada em adolescentes indica alto risco de recorrência de doença periodontal;
- Diabetes mellitus pobremente controlada a longo prazo e presença de cálculo são indicadores de risco usuais para
perda de inserção progressiva;
Fatores de risco para recorrência de doença periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)

- O hábito de fumar é o fator de risco ambiental número um para ambas: doença periodontal e resposta cicatricial
após terapia periodontal;

- Parar de fumar significa retardar a progressão da perda óssea alveolar;

- Hábito de fumar e cooperação são importantes desafios atuais;

- A maioria dos fatores de risco associadas com recorrência da doença periodontal parecem ser relacionadas
preferencialmente ao paciente, do que relacionadas a área, portanto mais atenção deveria ser dispensada ao
paciente como um todo.
CONCLUSÃO

- A TPS é indispensável para a manutenção dos resultados obtidos na terapia periodontal ativa devendo ser parte

integrante do tratamento;

- A cooperação dos pacientes no às consultas de TPS é baixa, tendo uma média de 54% dentre os estudos;

- A maioria dos estudos mostrou que o intervalo de 3 meses entre as rechamadas apresenta melhor prognóstico,

porém a individualização do intervalo parece ser mais adequado devido aos fatores de risco que tornam alguns

pacientes mais suscetíveis à progressão da doença;

- Tabagismo, diabetes mellitus, lesões de furca, bolsas residuais, e sangramento à sondagem repetidas no mesmo

sítio, são alguns dos indicadores de risco que foram relacionados com maior perda dentária e progressão da DP.
Lesões agudas do periodonto

Abscesso periodontal: condição periodontal frequente que pode destruir rapidamente os tecidos
periodontais. Isso faz com que o correto diagnóstico e o tratamento imediato sejam de fundamental
importância na preservação dos tecidos periodontais.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

- Aproximadamente 14% das urgências odontológicas


- Mais frequente em pacientes com periodontite não
tratada
- Geralmente resultam de casos pré-existentes de
periodontite crônica, e são precipitados por mudanças
na microflora subgengival, baixa na resistência do
paciente ou ambos.
- Infecção aguda ocorre nas paredes das bolsas
periodontais como resultado de uma invasão bacteriana
nos tecidos periodontais.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

- Algumas vezes comida, ou impacto de corpos estranhos como cascas


de pipocas, sementes ou cerdas de escovas de dente podem causar
uma interrupção na barreira epitelial e permitir a entrada de
bactérias e subsequentemente a formação de um abscesso.
- Na periodontite, um abscesso periodontal pode representar um
período de exacerbação da doença que é favorecido pela existência
de bolsas tortuosas, e presença de envolvimento de furca ou defeitos
verticais, na qual o fechamento marginal da bolsa pode espalhar a
infecção para os tecidos periodontais circundantes.
- Se uma paciente desenvolver múltiplos abscessos periodontais,
condições sistêmicas devem ser investigadas. Isso deve incluir
agranulocitose, neutropenia cíclica e diabetes.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

SINAIS E SINTOMAS

- começo repentino, inchaço e sensibilidade dos tecidos


gengivais, dor latejante, mobilidade e sensibilidade a
percussão do dente afetado, supuração, em algumas
situações linfadenopatia, febre e mal-estar;
- Abscesso periodontal sem tratamento, ele pode evoluir
para uma lesão crônica, geralmente presente como um
trato fistuloso que se origina de tecidos de suporte
profundos e abre-se na mucosa gengival juntamente na
altura da raiz. O orifício da fistula deve aparecer como um
ponto difícil de se detectar e é coberto por uma pequena
massa de granulação rosa.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

MICROBIOLOGIA

- Infecções anaeróbicas mistas


- Microorganismos que colonizam o abscesso periodontal são primariamente anaeróbicos gram-negativos.
- Streptococcus viridans
- Apesar de não encontradas em todos os casos de abscessos periodontais, altas frequências de porphyromonas
gingivalis, prevotella intermedia, fusobacterium nucleatum, campylobacter rectus e capnocytophaga spp tem sido
reportadas.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

HISTOPATOLOGIA

- Primeiro estágio: invasão da bactéria nos tecidos moles circundantes da bolsa periodontal;
- Desenvolvimento de um processo inflamatório através dos fatores quimiotáticos liberados pelas bactérias, que
atraem células inflamatórias e levam a destruição dos tecidos conectivos, a encapsulação da infecção bacteriana e
a produção de pús;
- Epitélio oral normal e lâmina própria, um infiltrado inflamatório agudo, um intenso foco de inflamação com
neutrófilos, piócitos e linfócitos presentes em uma área de tecido destruído e necrótico, um epitélio da bolsa
destruído e ulcerado;
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

TRATAMENTO

- inclui duas fases distintas: primeiro, o controle da condição


aguda afim de que haja a paralisação da destruição dos tecidos
de suporte do dente e o controle da sintomatologia dolorosa.
- controle da lesão pré-existente e ou residual, especialmente
em pacientes com periodontite.
- Drenagem através da bolsa ou por meio de incisão,
compressão paredes de tecido mole e irrigação abundante soro
fisiológico após a drenagem.
- Se o abscesso for associado com impactação de corpo
estranho, o objeto deve ser eliminado através de
debridamento cuidadoso
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

TRATAMENTO

- Não há recomendações de raspagem do dente na primeira fase do


tratamento. Isso permitirá que as fibras periodontais danificadas pelo
abscesso cicatrizem, preservando a inserção periodontal.
- Em casos de abscessos flutuantes (oscilante), incisão e drenagem
podem ser realizados.
- Durante a primeira fase de tratamento, terapia antimicrobiana é
geralmente utilizada se houver sintomatologia sistêmica, como febre
e prostação.
- Terapia analgésica e/ou anti-inflamatória se faz necessária,
concomitante ao uso de controle químico substitutivo.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal

TRATAMENTO

- Após drenagem e debridamento o paciente pode ser chamado


novamente em 24-48 horas depois do procedimento para se avaliar a
resolução do abscesso.
- Após resolução da fase aguda o paciente deve ser agendado para a
segunda fase do tratamento, se houver necessidade.
- Eventualmente, antimicrobianos sistêmicos como única forma de
tratamento podem ser empregados se a infecção não for bem
localizada ou se drenagem não for adequada.
- Antibiótico de primeira escolha deve ser a amoxicilina, 500 mg de 8/8
horas, durante 7 dias. Além dessa, para pacientes sensíveis, o uso de
metronidazol (400 mg, 8/8 h, 7 dias) ou azitromicina (500 mg, 1 vez dia,
3 dias) podem ser recomendados.
Lesões agudas do periodonto - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)

- GUNA é uma doença de rápida evolução que provoca


a necrose dos tecidos periodontais de proteção do
dente, especialmente a papila, representando
importante dor para o paciente.
- Assume-se que, se deixada sem tratamento, a sua
forma crônica pode progredir e atingir os tecidos
periodontais de sustentação, podendo inclusive levar
a perda do dente.
Lesões agudas do periodonto - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)

ETIOLOGIA

- Negligência da higiene, má-nutrição, cálculo, fumo e respiração oral;


- Resfriados, possível deficiência de vitaminas e gravidez;
- Estresse - pode contribuir na elevação na secreção adrenocortical,
além de elevar o nível de corticosteroides que podem afetar a resposta
do hospedeiro frente o acúmulo de biofilme. Também já foram
reportados níveis elevados de norepinefrina, os quais podem diminui a
vascularidade das papilas interdentais, resultando em isquemia;
Lesões agudas do periodonto - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)

ETIOLOGIA

- Fumo - devido as catecolaminas liberadas em resposta a


nicotina, que podem causar uma redução no fluxo sanguíneo
das papilas gengivais e levar a sua necrose;
- Diabete também foi citada como tendo relação, devido a
função menor de neutrófilos e disturbios na formação de
colágeno;
Lesões agudas do periodonto - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)

SINAIS E SINTOMAS

- Pseudomembrana cinza removível que resulta em exposição do tecido


conjuntivo.;
- Sangramento e dor;
- Ulceração
- Início repentino
- Gosto metálico e mau hálito.
- Febre, linfoadenopatia e mal-estar.

MICROBIOLOGIA

- Agentes etiológicos: Prevotella intermedia, Peptostreptococcus, espiroquetas, fusobactérias e porfiromonas;


Lesões agudas do periodonto - GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)

TRATAMENTO

- Debridamento da área afetada


- Anestesia local
- Membrana acinzentada pode ser removida com um algodão embebido com antisséptico substitutivo.
- Aconselhamento de dieta, melhora em hábitos de saúde, e redução de estresse;
- Antibióticos são muito efetivos no tratamento quando houver comprometimento sistêmico, sendo o metronidazol
400mg, de 8/8 horas, por 7 dias sendo a opção de primeira escolha, devido a microbiota presente.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)

A Gengivite Ulcerativa Necrotizante Aguda, pode progredir


apicalmente, evoluindo para uma Periodontite Ulcerativa
Necrotizante Aguda (PUNA) - caracterizada por ulcerações na
gengiva interdental de progressão rápida com progressão
também para a gengiva marginal, levando a destruição aguda
dos tecidos periodontais de suporte do dente, como
ligamento periodontal e osso alveolar.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)

SINAIS E SINTOMAS

- necrose gengival
- sangramento espontâneo
- Dor intensa
- necrose afeta o ligamento periodontal e o osso alveolar, levando a perda de inserção.
- Como há a concomitante necrose do tecido mole, a presença de bolsas não é um achado frequente.
- Com a progressão da doença, a papila interdental se divide em parte vestibular e lingual/palatal, com uma área
necrótica entre elas conhecida como cratera interproximal;
- Casos severos (pacientes imunocomprometidos)- sequestro ósseo (fragmentos de osso necrótico separados do osso
saudável) pode ocorrer.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)

MICROBIOLOGIA

- Treponema, fusobacterium e a Prevotella são as principais espécies encontradas na doença.


- Porphyromonas gingivalis também tem sido associada a essa patologia.
- Quando PUNA está associada com pacientes com HIV positivo, os microorganismos predominantes são Borrelia,
cocos gram-positivos, estreptococos grampositivos, estreptococos beta-hemolíticos e Candida albicans;

HISTOPATOLOGIA

- áreas de epitélio ulcerado escamoso com neutrófilos abundantes e membranas fibrinas com fragmentos de
epitélio necrótico.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)

TRATAMENTO

O tratamento deve ser organizado em estágios sucessivos:

- Tratamento da fase aguda, tratamento da condição pré-existente,


tratamento corretivo das sequelas da doença e fase de manutenção e
suporte.
- Tratamento da fase aguda o Metronidazol 400mg de 8/8 horas por 7
dias (se envolvimento sistêmico), analgesia e clorexidina como agente
substitutivo do controle de placa.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE

- Infecção pericoronal do dente pode ocorre a qualquer idade e é associada com a erupção de dentes decíduos
ou permanentes.
- Mais comumente associada com a erupção de terceiros molares mandibulares.
- Inflamação circundante a coroa de um dente, geralmente um terceiro molar semi-erupcionado e se refere a
infecção mista de patologia periodontal.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE

ETIOLOGIA

A posição dos terceiros molares semierupcionados na mandíbula e sua


anatomia com fissuras profundas oclusais, favorecem o acúmulo de biofilme e
restos alimentares ao redor do dente.

SINAIS E SINTOMAS

- Trismo
- dor na região do terceiro molar
- Inchaço
- febre.
- Se não tratada, pericoronarite pode se estender para espaços peritonsilares
e espaços laterais da faringe.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE

MICROBIOLOGIA

- os patógenos associados com pericoronarite são anaeróbios gram-negativos que normalmente habitam os tecidos
periodontais.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE

TRATAMENTO

- Debridamento do biofilme e remoção de agentes estranhos encontrados sob o capuz que envolve a coroa do dente.
- Irrigação abundante do interior do capuz com soro fisiológico.
- Tratamento medicamentoso com antibiótico também está associado a condição sistêmica.
- Analgesia ou o uso de anti-inflamatório em casos de envolvimento muscular podem ser necessários para o controle
da sintomatologia dolorosa.
- Se o tratamento apropriado não for iniciado, uma pericoronarite pode progredir para celulites, osteomielite, ou
infecção dos espaços faciais.
- Após controle da fase aguda, é importante a avalição do local e acompanhamento clínico/radiográfico. Cirurgia
gengival ou até mesmo a extração do dente podem ser cogitados para evitar a recidiva do problema.
Obrigada!!!

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