Você está na página 1de 30

DOENÇA

PERIODONTAL
GENGIVA CLINICAMENTE NORMAL
• Coloração róseo pálido ao róseo coral

• Contornos regulares

• Consistente e bem aderida ao osso

• Textura superficial semelhante a uma “casca de


laranja”.
GENGIVITE
É uma infecção na gengiva caracterizada
pela:

• Mudança de coloração róseo pálido para


vermelho;

• Inchaço (edema);

• Contorno irregular;

• Sangramento espontâneo ou ao toque.


CAUSAS E CONSEGUÊNCIAS DA
GENGIVITE
• É causada pelo acúmulo de bactérias e restos
alimentares

• Formando uma camada viscosa e esbranquiçada


sobre o dente, chamada de placa bacteriana;

• Se a placa bacteriana não for removida, sofrerá


um endurecimento (mineralização) formando o
cálculo;

• O cálculo favorece o acúmulo de bactérias,


consequentemente leva o agravo da gengivite à
Doença Periodontal.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
• A melhor prevenção é uma boa higiene oral diária;

• Uso de escova de dente macia de cabeça pequena;

• Creme dental, complementar com fio dental e


enxaguantes bucais;

• Tratamento da gengivite é necessário fazer uma


raspagem do cálculo aderido à superfície do dente
PERIODONTO SADIO

Não apresenta:

• Inflamação Gengival;

• Bolsa Periodontal;

• Perda Óssea;

• Mobilidade Dental;

• Retração Gengival.
PERIODONTITE
É uma fase a qual a inflamação se agravou afetando as estruturas que suportam os dentes,
ocasionando:

• Mau hálito;

• Presença de grande quantidade de pus;

• Retração gengival;

• Formação de bolsa periodontal;

• Perda óssea e do ligamento;

• Mobilidade do dente;

• Como consequência: perda do dente


BOLSA PERIODONTAL
• É o sulco gengival mais aprofundado devido a cronificação da doença;

• Começa com uma gengivite, que por sua vez não tratada, destrói o tecido de
suporte dos dentes (ligamento periodontal e osso alveolar) formando a bolsa
periodontal e assim caracterizando a Doença Periodontal.
PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
• O plano de tratamento periodontal tem por prioridade, num primeiro
momento, interromper a progressão da doença periodontal;

• Num segundo estágio eliminar a doença por completo;

• Num terceiro momento, recuperar estruturas perdidas devido à doença.


PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
Objetivos nem sempre são atingidos, devido:

• À dependência da resposta do hospedeiro;

• À colaboração do paciente em manter os


resultados do tratamento;

• Ao tipo de defeito gengival e ósseo que foi


criado pela doença, além de outros fatores.
PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
O objetivo primário do tratamento é:

• Eliminação da inflamação gengival;

• Correção das condições que a causam e a perpetuam.

• Isso inclui não somente a remoção de irritantes


gengivais;

• Erradicar ou reduzir a bolsa periodontal;

• Estabelecer contornos gengivais que condizem com a


manutenção da saúde periodontal;

• Restauração de áreas com cáries e correção de


restaurações existentes.
PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
• Fatores de riscos adicionais devem ser eliminados se for possível, ou a
menos controlados, como no caso do tabagismo, controle inadequado
de placa bacteriana e diabetes.
PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
A terapia periodontal deverá obedecer, portanto, uma sequência lógica:

• 1- Terapia inicial relacionada a causa;

• 2- Medidas adicionais no tratamento (aqui estão as cirurgias, tratamento


endodôntico, restaurador, protético, ortodônticos, implantes);

• 3- Terapia periodontal de manutenção.


DETECÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL
DIAGNÓSTICO

• O diagnóstico consistirá na bases de dados iniciais


a respeito do caso do paciente.

• É realizado com objetivo de detectar cáries,


próteses ou restaurações defeituosas, contatos
oclusais, bolsas periodontais, defeitos de furcas,
mobilidade e sangramento gengival.

• O objetivo é detectar a condição periodontal do


paciente e facilitar o plano de tratamento.

• O exame periodontal básico deverá ser feito dente


por dente ou implante com uma sonda
periodontal fina e milimetrada.

• Radiografias serão realizadas.


PLANO DE TRATAMENTO
PERIODONTAL
Deve-se deixar claro que nem sempre em periodontia é possível
estabelecer o plano de tratamento final para o paciente.

Isso ocorre pelos seguintes fatores:

• 1- O grau de sucesso do tratamento inicial ainda é desconhecido;

• 2- O “real” desejo do paciente é desconhecido;

• 3- O resultado de certas etapas do tratamento não pode ser previsto.

• Plano de tratamento inicial

• Plano de tratamento definitivo.


ESTABELECIMENTO DO RISCO DENTÁRIO INDIVIDUAL

3 questões deverão ser observadas:

• 1- Dente com prognóstico bom;

• 2- Dente com prognóstico duvidoso;

• 3- Dente com prognóstico desfavorável


ESTABELECIMENTO DO RISCO DENTÁRIO INDIVIDUAL

• Os dentes com prognóstico bom receberão um tratamento simples ou não,


mas com resultado previsível.

• Dentes com prognóstico duvidoso deverão receber tratamento e serão


reavaliados após esta fase do tratamento.

• Dentes com prognóstico desfavorável deverão ser extraídos na própria terapia


inicial.
ESTABELECIMENTO DO RISCO DENTÁRIO INDIVIDUAL
Serão entendidos como dentes que não devem receber tratamento, os dentes que apresentarem ao
menos um dos seguintes critérios:

• Perfuração do terço apical ou médio da raiz;

• Fratura longitudinal da raiz;

• Abscessos periodontais recorrentes;

• Lesões endoperiodontais;

• Perda de inserção até o ápice;

• Fratura oblíqua do terço médio da raiz;

• Cáries que invadem a raiz;

• Terceiros molares sem antagonistas e com cárie ou periodontite.


ESTABELECIMENTO DO RISCO DENTÁRIO INDIVIDUAL

• Dentes com prognóstico duvidoso são os que necessitam de terapia abrangente e somente
após o resultado dessa terapia é que poderão ser classificados como de prognóstico bom.

• Envolvimento de furca;

• Defeitos ósseos angulares;

• Perda óssea envolvendo dois terços da raiz;

• Tratamento endodôntico incompleto;

• Patologia periapical;

• Presença de pinos ou núcleos volumosos;

• Cáries radiculares extensas.


SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO
• 1- Terapia inicial (relacionada a causa)

• 2- Reavaliação;

• 3- Terapia Adicional ou Corretiva;

• 4- Terapia Periodontal de Manutenção.


1- Terapia inicial relacionada a causa

• Essa fase visa medidas para eliminar ou controlar a inflamação periodontal.

• É composta por medidas que visem instruir o paciente sobre controle mecânico
da placa bacteriana, raspagem e alisamento radicular, remoção de lesões
cariosas, tratamentos endodônticos e extrações se necessário.

• Próteses provisórias serão executadas nessa fase, tantos fixas como


removíveis, com o objetivo de uma melhor avaliação tanto por parte do
profissional como do paciente.
2- Reavaliação

• A fase inicial do tratamento é finalizada e os resultados alcançados são


avaliados com relação a redução de profundidade de sondagem e inflamação,
mobilidade dentária, resultados de tratamentos endodônticos e lesões
cariosas.

• O resultado dessa avaliação forma a base para a necessidade ou não de uma


terapia adicional, que serão realizadas durante a fase de tratamento
definitivo.
• Após dois meses do término da fase inicial, a reavaliação será feita, e a partir
daí o caso ou será finalizado, ou irá para uma fase corretiva ou retornará para
terapia inicial até a resolução dos fatores não solucionados.

Portanto:

• Terapia inicial Reavaliação Terapia adicional


3- TERAPIA ADICIONAL OU CORRETIVA

• Após dois meses do término do tratamento inicial, é feita a reavaliação, e ser for
mostrado que a doença periodontal foi controlada, o tratamento adicional pode ser
conduzido da seguinte forma:

• Extrações de dentes que não poderão ser mantidos;

• Tratamento endodôntico adicional;

• Cirurgia periodontal em áreas onde a inflamação não foi resolvida ou furcas que
persistem com sinais clínicos de inflamação;

• Implantes dentários;

• Tratamento protético e restaurador definitivo.


4- TERAPIA PERIODONTAL DE MANUTENÇÃO

• Após o término do tratamento ativo, o paciente deve ser envolvido em um sistema de


manutenção para que os resultados alcançados com o tratamento não sejam perdidos.

• O intervalo de tempo entre as consultas irá variar de acordo com o grau de destreza do
paciente em manter um controle adequado da placa bacteriana.

• Dados de estudos científicos mostram que um intervalo de 3 meses é adequado para a


quase totalidade dos pacientes.

• A cada retorno do paciente, este é reavaliado quanto ao controle de placa e o tempo até o
próximo retorno é reavaliado.

• O tempo de rechamada é projetado individualmente, alguns pacientes deverão retornar


todo mês, enquanto outros necessitam apenas de um retorno por ano.
4- TERAPIA PERIODONTAL DE MANUTENÇÃO

Nas visitas de manutenção, os seguintes procedimentos serão realizados:

• Avaliação do padrão de higiene oral;

• Raspagem e polimento coronário se estiverem indicados para a ocasião;

• Reinstrução de higiene oral, se necessário;

• Sondagem de bolsas e áreas de furca em busca de sangramento;

• Avaliação da mobilidade dentária.

Você também pode gostar