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MEDICINA DENTÁRIA
CONSERVADORA I
FMDUP
2021/2022
INTRODUÇÃO À ENDODONTIA 72
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 84
Saúde Oral: É multifacetada e inclui, mas não se limita à capacidade de falar, sorrir, cheirar,
saborear, tocar, mastigar, engolir e de transmitir um sem número de emoções através de
expressões faciais com confiança e sem dor nem desconforto bem como as doenças do complexo
craniofacial. Além desta definição, outros atributos adicionais relacionais indicam que a saúde oral:
(FDI, 2016) (Vision 2020 Think Tank)
● É uma componente fundamental da saúde assim como do bemestar físico e mental, que
existe de forma contínua e que está sujeita a influências de atitudes e valores por parte de
indivíduos e comunidades;
● Reflete os atributos fisiológicos, sociais e psicológicos essenciais para a vida;
● É influenciada pelas alterações experimentadas pelo individuo, das suas perceções,
expectativas e pela sua capacidade de adaptação a novas circunstâncias.
Um estado em que não há qualquer dor crónica oral e facial, cancro na boca ou na garganta,
ferida oral, malformação congénita como o lábio leporino e a fenda palatina, doença periodontal
(das gengivas), cárie dentária e perda de dentes, nem outras doenças e alterações que afectem a
cavidade oral . (OMS)
Doenças Orais: Non-communicable diseases are the #1 cause of death and disability worldwide.
NCDs – mainly cancer, cardiovascular disease, chronic respiratory diseases, and diabetes – account
for 68% of global mortality, or two out of every three deaths.
● + prevalentes: Cárie Dentária, Doença Periodontal, Cancro Oral, Doenças Genéticas
● The UN Political Declaration, in 2012, recognized in Paragraph 19, "that renal, oral and eye
diseases pose a major health burden for many countries and that these diseases share
common risk factors and can benefit from common responses to non-communicable
diseases“.
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Cárie Dentária (conceito antigo): Doença infecciosa, transmissível e póseruptiva que, quando
abandonada à sua evolução natural, se acompanha geralmente duma destruição progressiva e
centrípta dos tecidos dentários mineralizados. (Pereira A, 1994)
Determinantes em Saúde: Factores que influenciam, isto é, que afectam ou determinam a saúde
dos cidadãos e dos povos. (Francisco George)
● Estima-se que 70% dos determinantes estejam fora do sector da saúde, o que implica que
sejam tidos em consideração nos planos e programas que visam a obtenção de mais ganhos
em saúde.
● Para facilitar a compreensão dos determinantes da saúde tem sido frequente agrupá-los nas
seguintes categorias:
○ fixos ou biológicos (idade, sexo, factores genéticos);
○ sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão social);
○ ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social);
○ estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, álcool, comportamento
sexual);
○ acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer).
2
Cárie Dentária: Resulta da mudança da atividade metabólica oral acompanhada pela alteração
gradual da ecologia do biofilme, onde se desenvolve uma alteração do equilíbrio entre o mineral
dentário e o fluido do biofilme. (Kidd E, Fejerskov O, 2016)
3
Fisiopatologia da Cárie Dentária: Entendimento científico de todo o processo de aparecimento
e evolução das lesões de cárie dentária nos tecidos duros do dente.
4
Factores de Risco Etiológicos: A presença de um factor etiológico, ou determinante, aumenta
a probabilidade de vir a desenvolver a doença. O conhecimento dos factores de risco ajuda a
aumentar a eficácia de programas preventivos.
5
ESTUDO MORFOLÓGICO DA CAVIDADE PULPAR
Métodos de estudo:
● Laboratoriais
○ Radiografias
○ Radioisótopos
○ Microtomografia computarizada
● Clínicos
○ Visão direta
■ Apenas nos fornece uma visão limitada da câmara pulpar e
da entrada dos canais radiculares
■ Com o microscópio cirúrgico podemos melhorar esta visão
○ Cateterismo
■ Apenas nos fornece informação táctil da
permeabilidade dos canais
■ Com a experiencia pode dar-nos uma ideia das
curvaturas e direção dos canais
○ Exame radiológico
■ 1º Estudo da cavidade pulpar
● Câmara pulpar
● Alterações fisiológicas
● Alterações patológicas
● Canais radiculares
● Número e direção
● Desvios da normalidade
○ Canais radiculares- ex. 2 raízes canino
● Substâncias anormais
● Calcificações
● Reabsorções internas
■ 2º Estudo da cárie e suas relações com a cavidade pulpar
■ 3º Fraturas radiculares
■ 4º Lesões de origem endodôntica - radiopaco c/ limites bem definidos
■ 5º Reabsorções externas da raíz
■ 6º Estado do osso alveolar
CAVIDADE PULPAR
● Câmara pulpar
● Sistema de canais radiculares
Cornos pulpares:
● Incisivos – 3 cornos pulpares
● Caninos um corno pulpar
● Dentes posteriores - = nº de cúspides (molares – cúspides distais atrofiadas
=cornos pulpares atrofiados)
○ Segundo Weine
■ Tipo I – Um só canal
■ Tipo II – Dois canais que se unem num
■ Tipo III – Dois canais independentes
■ Tipo IV – Um canal que se divide em dois
○ Segundo Vertucci
■ Tipo I – (1)
■ Tipo II – (2,1)
■ Tipo III – (1,2,1)
■ Tipo IV – (2)
■ Tipo V – (1,2)
■ Tipo VI – (2,1,2)
■ Tipo VII –(1,2,1,2)
■ Tipo VIII – (3)
2º molar inferior
comp. Médio – 19,8mm
Modificações morfológicas da cavidade pulpar:
● FISIOLÓGICAS
○ Formação de dentina secundária
● PATOLÓGICAS
○ DIMINUIÇÃO DE TAMANHO
■ Calcificações distróficas
■ Formação de dentina terciária
● Cárie dentária
● Desgaste patológico
● Trabalhos dentários
● Fraturas dentárias
○ AUMENTO DE TAMANHO
■ Reabsorção interna
FISIOPATOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA
Lesões cavitadas:
Lesões microcavitadas:
6
● Apatite Carbonatada: Integra os cristais de esmalte na fase de erupção do dente sendo
considerado hidroxiapatite com impurezas. Deixa de existir logo após a erupção na zona
mais superficial
○ Não haveria cáries se os dentes fossem constituídos por fluorapatite?
Ogaard(1991) fez um estudo com esmalte humano e tubarão: 3 meses de exposição
a nutrientes cariogénicos Ambos os grupos apresentam lesões, mas são menos
rápidas e profundas nos tubarões.Um outro grupo com dentes de tubarão em
contacto com uma preparação fluoretada não teve cáries. Daqui a conclusão que
flúor disponível na cavidade oral é mais eficaz do que na constituição do dente.
Cárie Dentária: The process of caries lesion formation depends on pathological factors
outweighing the preventive factors present in the oral environment. (Featherstone (2006))
7
1. The presence of saliva is an important influence on caries control, and can work on both
sides of the caries balance. (Pitts 2009)
This was well-demonstrated from existing evidence at the two extremes:
● in xerostomic situations, when caries progression is promoted;
● where saliva is stimulated, as in chewing, when caries remineralization is promoted.
2. Both de- and remineralization processes occur in the mouth, they are dependent on salivary
conditions to determine saturation at any given time. (Featherstone (2006))
8
9
3. The main clinical sign of demineralization has been said to be the white-spot lesion, which
has been identified as having an intact surface zone and subsurface demineralization.
(Silverstone, 1968)
White spot lesion = Non-cavitated lesion = Incipient caries = Early caries lesion
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MDC TP
1 – Paredes
- circundantes
- do fundo
1
Catarina Koch
MDC TP
2 - Ângulos
- diedros
- triedros
- cavo-superficial
Ângulos diedros
1º grupo – entre paredes circundantes
2º grupo – parede circundante + parede fundo
3º grupo – entre paredes do fundo
Ângulos triedros
Formados por três paredes.
Ex: ângulo vestibulo-pulpo-axial.
• Forma de contorno
• Forma de resistência
• Forma de retenção
• Forma de conveniência
• Remoção da dentina cariada
• Acabamento das paredes de esmalte
• Limpeza da cavidade
Forma de contorno
É o desenho da cavidade, englobando a cárie e as áreas envolventes que sejam
previsivelmente suscetíveis à progressão da cárie.
Forma de resistência
É a forma que deve ter uma cavidade para evitar o risco de fratura, tanto do dente
como do material restaurador.
1 - As paredes circundantes devem ser paralelas entre si e perpendiculares à parede do
fundo ou ligeiramente convergentes para oclusal.
2 - A parede pulpar deve ser plana e paralela ao plano que passa pelos vértices das
cúspides.
3 - Preservar sempre que possível as cúspides, cristas marginais e pontes de esmalte.
3
Catarina Koch
MDC TP
Forma de retenção
É a forma que deve ter uma cavidade para reter o material restaurador.
1 - Princípio de Black: Uma cavidade é por si só retentiva quando a sua profundidade é
igual ou superior à sua largura VL.
2 - As paredes circundantes devem ser paralelas entre si (ou ligeiramente
convergentes para oclusal).
3 - Quando a cavidade não é retentiva, temos que utilizar meios auxiliares de retenção.
Forma de conveniência
Conjunto de procedimentos que facilitam o acesso e a instrumentação das cavidades,
especialmente nos casos mais problemáticos. (faces V ou L de molares, cavidades
infragengivais, acesso aos dentes do siso, etc.)
4
Catarina Koch
MDC TP
5
Catarina Koch
MDC TP
Classe III - Cavidades preparadas nas superfícies proximais de incisivos e caninos sem
remoção do ângulo incisal.
6
Catarina Koch
MDC TP
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Catarina Koch
MDC TP
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Catarina Koch
MDC TP
9
Catarina Koch
MDC TP
Retenções adicionais (com broca de cone invertido) nos ângulos axio-oclusal e axio-
gengival.
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Catarina Koch
MDC TP
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Catarina Koch
MDC TP
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Catarina Koch
MDC TP
Ataque ácido
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Catarina Koch
MDC TP
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Catarina Koch
HISTÓRIA, DEFINIÇÃO E ETIOPATOLOGIA
HISTÓRIA DA CÁRIE DENTÁRIA
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■ Nessa altura foi também possível determinar a importância da dieta na
etiologia da cárie através dos designados estudos de Vipeholm (Suécia)
realizados por Gustafsson (1954) e Quensel (1954) onde se demonstrava que
dietas ricas em açucar estavam relacionadas com uma maior frequência de
lesões de cárie e que as mesmas apresentavam um mais grave padrão de
lesões.
“Doença infecciosa, transmissível e póseruptiva que, quando abandonada à sua evolução natural,
se acompanha geralmente duma destruição progressiva e centrípta dos tecidos dentários
mineralizados” (Adão Pereira, 1994)
“A cárie dentária é uma doença microbiana que afecta os tecidos calcificados dos dentes.”
(Menaker, 1986)
“A cárie dentária é uma forma de destruição progressiva do esmalte, dentina e cemento, iniciada
pela actividade microbiana na superfície do dente.” (Silverstone, 1985)
“A cárie dentária é uma doença bacteriana inespecífica que desencadeia um processo destrutivo
dos tecidos duros dentários iniciado na sua periferia, progride em profundidade, resultando em
perdas de substancia em forma de cavidades. Tanto o seu início como a posterior evolução está
relacionada com a soma de diferentes factores predisponentes e desencadeantes.” (Nadal, 1987)
“Processo patológico localizado, de origem externa, que se inicia depois da erupção, determina
um amolecimento do tecido duro do dente e evolui até à formação de uma cavidade.” (OMS)
12
“Resulta da mudança da atividade metabólica oral acompanhada pela alteração gradual da
ecologia do biofilme, que assume um padrão infecioso mediado multifatorialmente, originando,
após a erupção dentária, uma alteração do equilíbrio entre o mineral dentário e o fluido do biofilme
no sentido da desmineralização do tecido dentário, podendo resultar numa cavidade.”
(Paulo Melo) (Adaptado de Kidd E, Fejerskov O, 2016)
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ETIOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA
Como se origina a Cárie Dentária? GV Black foi quem primeiro estabeleceu a multifatoriedade
de cárie ao considerá-la resultante de restos alimentares, resíduos gelatinosos e ácidos.
a. Morfologia dentária
14
vi. irregularidades morfológicas das arcadas dentárias (se o paciente tiver muito
tártaro de um lado e menos tártaro do outro, o paciente mastiga para o lado
com menos tártaro)
i. Maturação do esmalte
15
i. Fluido oral (saliva total)
● Restabelecimento do pH:
○ As alturas de estimulação salivar – ativação do sistema ácido
carbónico/ bicarbonato
○ Nos períodos de repouso – ação dos fosfatos inorgânicos
para compensar a descida de pH
○ Para valores < 4,5 – ação das proteínas salivares com
funções biológicas específicas (mesmo na superfície do
esmalte)
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○ A sua quantificação e importância na proteção do hospedeiro
estão mal definidos.
● Caraterísticas Salivares!6!GHIJIKGKL!MGNIO7HPHIMG
○ Fluxo
○ Viscosidade – fluidez
○ Capacidade tampão
○ Meio de aporte de flúor ao dente
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○ barbitúricos
○ anti-depressivos
○ psicotrópicos
○ Hipossalivação
■ diminuição objectiva do fluxo salivar;
■ Consequências
● Mucosite (a saliva cria uma película sob a
mucosa, que a protege; se a película não
existir, a mucosa fica danificada)
● Disfagia
● Hipersensibilidade dentária (deixa de haver
película aderida)
● Aumento do número de lesões de cárie
● Atrofia das papilas da língua
● Disgeusia
● Candidíase
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3. Relacionados com o ambiente (Dieta).
MICROFLORA ORAL E CÁRIE DENTÁRIA
A cavidade oral não deve, nem pode, estar totalmente desinfetada;
temos de ter um equilíbrio sustentável!
1. Bactérias
● No recém nascido:
○ A cavidade oral do recém nascido é isenta de bactérias nos primeiros
momentos pós-parto ;
○ Progressivamente colonizada por uma flora que lhe vai sendo transmitida
pela mãe,
○ Na boca das crianças antes da erupção dos primeiros dentes encontra-se
uma baixa prevalência de mutans streptococci devido ao facto deste grupo
de bactérias necessitar de uma superfície não descamativa para colonizar.
4. Parasitas
● Funções:
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○ acção neutralizante dos ácidos;
○ prevenção de aparecimento de cristais;
○ importante no processo de remineralização.
PLACA BACTERIANA: Estrutura com capacidade de adesão às superfícies dentárias lisas, não
sendo deslocada pelas forças exercidas pela língua e fluído salivar no processo fisiológico de auto
limpeza nem através da deglutição. Na primeira fase pode ser removida pela escovagem.
BIOFILME: No biofilme as bactérias estão organizadas e comunica; estão normalmente numa fase
de equilíbrio - que é muito diferente dos ambientes de laboratório, onde criamos condições para
proliferarem activamente.
● 700 a 1000 espécies de bactérias (Muitas delas não são detectadas por culturas, mas são
por marcadores de DNA)
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● Homeostase (vivem juntas)
● 1000 vezes menos sensíveis que as bactérias isoladamente
● É mais do que uma colecção de bactérias
● Grupo com gene expression e fenótipo
CÁRIE DENTÁRIA: tem sido associada com diversas espécies bacterianas (cariogénicas)
BACTÉRIAS CARIOGÉNICAS
● fenotipicamente idênticas
● 4)&2Q,*)#!)&*/'1Q.*&)#!R!+,'/$89'!/0!5&D!S5&2*&'!6!/0#&*/)!/'!+T!R!
-*&)!(0*'!5&*/'
○ bactérias acidófilas (capacidade de subsistir em meios ácidos)
■ Característica mediada por ATPases: sensíveis ao
flúor
○ Atingindo o seu climax cerca das 3 semanas e resultando
numa elevado risco cariogénico
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○ Lactobacilos
● predominio nas lesões cavitadas (um papel mais importante na
progressão das lesões)
● bactérias acidogénicas
● bactérias acidófilas
● Esta é a razão pela qual se recorre à contagem de colónias destas duas estirpes
como forma de identificar os indivíduos de alto risco para a cárie.
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CURVA DE STEPHAN
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DIETA E CÁRIE DENTÁRIA
Dieta:
● Tipo de alimentos:
○ Hidratos de Carbono: sacarose, glicose, frutose, maltose, lactose, amido; Diferentes
níveis de produção de ácido
■ Monossacarídeos e dissacarídeos
■ Polissacarídeos
■ Lactose: leite
● potencial cariogénico
● baixo caseína
● cálcio e fosfatos
■ Amido:
● com a sacarose são os mais frequentes
● polissacarídeo
● potencial cariogénico baixo
● se amido refinado (pão, bolachas) já é diferente
● maior adesão às superfícies
● mais cariogénico quando associado à sacarose
■ Glicose e Frutose:
● com a sacarose são os mais cariogénicos
● monossacarídeos
■ Sacarose:
● mais frequente (amido)
● dissacarídeo - hidrato de carbono refinado
● potencial cariogénico elevado (frutose e glicose)
● bactérias sintetizam polissacarídeos extracelulares
● nutriente energético fundamental para bactérias
● mais cariogénico quando associado ao amido
■ Sacarose e cárie dentária ao longo dos tempos:
● relação cárie quantidade de açúcar
● o inverso tb se verifica
● mais relacionado com cáries proximais
■ Açúcares Livre:
● Free sugars refer to monosaccharides (such as glucose, fructose) and
disaccharides (such as sucrose or table sugar) added to foods and
drinks by the manufacturer, cook or consumer, and sugars naturally
present in honey, syrups, fruit juices and fruit juice concentrates.
● Free sugars consumption varies across Europe from an average of
approximately seven to eight per cent of total energy intake in some
states, to 16 to 17 per cent in others.
● Intake is higher amongst children, ranging from about 12 to 25 per cent
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of daily calories; a substantial proportion of this may derive from sugar-
sweetened soft drinks.
○ consumo EUA e GB - 40 a 60 Kg/ano
○ Portugal - 29 Kg/ano
○ Europa - 27 a 52 Kg/ano
● Free sugars are the primary necessary factor in the development of
dental caries.
● A dose-response relationship between the sucrose or its
monosaccharide intakes and the progressive life-long development of
caries was demonstrated.
● This situation results in a substantial dental health burden throughout
life.
● De acordo com as orientações da OMS, as crianças e os adultos
devem reduzir o seu consumo diário de açúcares livres para menos
de 10% do seu consumo total de energia. Uma posterior redução para
menos de 5%, ou aproximadamente 25 gramas (6 colheres de chá)
por dia trará benefícios adicionais para a saúde (56).
● Guideline: Sugars intake for adults and children. Geneva: World
Health Organization; 2015.
■ Não são açúcares livres:
● Does not refer to the sugars in fresh fruits and vegetables, and sugars
naturally present in milk, because there is no reported evidence of
adverse effects of consuming these sugars.
● Does not refer to the sugars in fresh fruits and vegetables, and sugars
naturally present in milk, because there is no reported evidence of
adverse effects of consuming these sugars.
● Guideline: Sugars intake for adults and children. Geneva: World
Health Organization; 2015.
○ Frequência de Ingestão:
■ Superior a seis por dia
■ relação entre frequência de consumo de açúcares e cárie dentária - Reisine
e Douglas 1998
○ Bactérias:
■ multiplicação
■ pH ácido
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FATORES ETIOLÓGICOS SECUNDÁRIOS
Factores sócio-culturais
● nível socio-económico: Vai interferir nos hábitos dietéticos e de higiene oral, e nas visitas
ao médico dentista.
○ classe social
○ educação
○ hábitos dietéticos
● área de residência: relacionado com nível socio económico, acesso a educação e médico
dentista.
○ urbana
○ sub-urbana
○ Rural
● raça:
○ culturais (coroas de ouro)
○ sociais (importância da estética)
○ económicos (populações subdesenvolvidas)
○ genéticos (japoneses)
Higiene oral
● Dificulta a formação da placa: É difícil encontrar relação entre higiene oral e cárie dentária.
○ crianças
○ adultos
○ idosos
● asma
● S. Sjogren
● d. psiquiátricas
Exposição ao flúor
Hereditariedade
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● factores ambienciais
● vários autores sugeriram que a genética contribui significativamente na variação das
características da cárie dentária e que a produção de ácido microbiano seria modulada pelo
ambiente, quer para a dentição temporária, quer para a permanente.
● Alguns trabalhos relacionam a cárie dentária com factores genéticos.
● Existe relação entre o índice de cárie dentária dos dentes temporários e o índice dos
dentes definitivos
● países nórdicos
● realidade portuguesa
Indivíduos em risco
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Risco em cárie dentária
Avaliação de risco: A avaliação do risco em saúde oral é um instrumento essencial, na área do
planeamento em saúde, para a identificação precoce dos indivíduos ou grupos potencialmente
susceptíveis de desenvolverem determinadas condições patológicas.
Definição de risco: Risco pode ser definido como a probabilidade de num período de tempo ocorrer
um determinado evento. Essa ocorrência dependerá duma dimensão temporal mas também duma
dimensão de causalidade, em que determinado evento poderá ocorrer após uma exposição
particular.
Imagem 1. O facto de olharmos para uma boca e vermos os incisivos inferiores cariados, mostra-
nos que esse paciente tem um alto risco para a cárie dentária, porque estes dentes são os menos
propensos à cárie dentária por estarem protegidos pelas secreções das glândulas salivares.
Imagem 2. Grau de risco intermédio: cárie nos incisivos superiores, mas os fatores que provocaram
não afetaram o resto da cavidade oral; devemos avaliar os fatores para entender o porquê de ter
afetado apenas os dentes incisivos superiores.
Imagem 3. Lesões de cárie em superfícies lisas em jovens requer uma atenção especial, porque
são áreas com risco muito pequeno de cárie.
Fatores de risco: podem ser todos aqueles factores que pertencem ao meio físico, ao meio social
que nos rodeia ou que são passados geneticamente. Podem ser usados para estimar a
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probabilidade de ocorrência da doença. A exposição de uma pessoa a estes riscos pode não
significar que venha a ter a doença.
Quando entrarmos em contacto com os doentes vamos encontrar pessoas a dizer que têm cárie
porque os pais têm cárie, mas este facto não está relacionado com passagem de informação
genética, mas sim com os hábitos de higiene e alimentação daquele meio familiar (contexto socio-
económico e social).
Se prolongarmos os 3 fatores riscos por muito tempo, sabemos que a pessoa está muito suscetível
ao aparecimento de cárie; no entanto é possível o aparecimento de pacientes que não escovam os
dentes sem cárie dentária, devido às propriedades da saliva, por exemplo.
Os critérios para que uma “característica” seja considerada um factor de risco são:
● Associação do factor com o desenvolvimento da patologia;
● Presença do factor em momento anterior à manifestação patológica;
● Salvaguarda de que outros factores não interferem concomitantemente com os resultados.
Exemplo: Numa primeira análise achou-se que o café era um causador do cancro do pulmão, porque
os fumadores após fumarem tomavam café, logo um fumador tomava mais café que um não
fumador.
Categorias de risco:
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alimentares e de higiene + causas das lesões de cárie; consultório 1 vez por ano, para
problemas na neutralização pela - Se descobrirmos as razões da avaliar a existência de
parte da saliva. cárie, podemos ver o paciente de desequilíbrios orais apenas,
- Temos de tratar o doente 6 em 6 meses. porque este paciente até poderia
(identificar os fatores que ficar 5 anos sem ter uma
contribuem para o elevado risco consulta.
de cárie dentária) para que não
voltem a aparecer cáries; não
podemos tratar apenas as
cavidades.
- Temos de ensinar o paciente a
ter hábitos alimentares
adequados e a praticar uma boa
higiene oral.
1) Comer doces após as
refeições maiores;
2) Não comer após a
lavagem dos dentes.
- Não pode ficar mais de 3 meses
sem ser supervisionado, para
conseguirmos controlar o
aparecimento de novas lesões de
cárie, porque a alteração de risco
não ocorre logo que o paciente
altera os hábitos; quando a
situação fica mais estabilizada
podemos aumentar o tempo entre
consultas.
Avaliação do risco individual: quando as lesões cicatrizam, o nível de risco do doente altera-se.
30
● Motivação para a saúde oral: opinião global do examinador sobre a capacidade e
motivação da criança ou adolescente em conseguir evitar o aparecimento de lesões de cárie.
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Se partirmos de um pH baixo, a probabilidade de alcançar os valores críticos de pH é mais alto, por
isso o pH da saliva deve estar sempre acima de 6.
Uma face tem um agar para o St. Mutans e o outro lado tem agar para Lactobacillus, e depois faz-
se uma cultura a 37ºC durante 7 dias, para identificarmos o número de colónias proliferadas e
compararmos com a imagem.
Risco em saúde pública: Apesar de parecer existir uma maioria de indivíduos considerados de
baixo risco as suas necessidades de saúde deverão alocar um conjunto de recursos
substancialmente menor que o grupo de indivíduos classificados como de alto risco mesmo que
estes sejam em menor número.
● Temos de fazer uma cobertura de toda a população, mas temos de ter uma abordagem
mais específica para os grupos de maior risco (estratégias individuais).
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Factores do Hospedeiro: Risco Individual de Cárie Dentária
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EPIDEMIOLOGIA E CÁRIES CERVICAIS
Experiência de cárie dentária: Número de lesões de cárie dentária, que existem ou existiram
até aquele momento (CPO).
Incremento de cárie: Número de novas lesões de cárie que ocorreram num dado intervalo de
tempo especificado, em determinado indivíduo ou como valor médio numa dada população (CPO)
● MUO!#$4*$!VCW!6!*.&,0(0.2'!/0!VCW.
● Livres de cárie e dentes cariados, perdidos e obturados, aos 6, 12, 18, 35-44 e 65-74 anos
● Metas OMS 2020 – 12 anos CPOD < 1,5; 6 anos – 80% livres de cárie
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CÁRIES CERVICAIS | Processo de envelhecimento na cavidade oral: “toda a modificação
irreversível num ser vivo, que seja função do tempo”
- Repercussões:
● cárie dentária
● outras patologias orais (Periodontopatias; Cancro Oral, etc)
● Edentulismo (perda de dentes)
● Interação com patologias sistémicas
- Implicações clínicas:
● + periodontopatias
● + lesões de cárie cervicais
● Lesões cariosas cervicais - 70% das pessoas com mais de 50 anos
● Periodontopatias -> 35 anos
● CARIOSAS
○ Coronais
○ Corono-radiculares
○ Radiculares
Indicadores Etiológicos:
● Cariosas
○ Placa bacteriana
● Não cariosas
○ Ácidos não bacterianos
○ Mecânicos
○ Forças Parafuncionais
● Definição: Processos cariosos nas superfícies lisas localizados no terço cervical das
superfícies vestibulares e lingual de qualquer dente.
● Estrutura envolvida: Estritamente nas superfícies coronárias, com origem no seu esmalte,
ou progredirem para a junção amelocementária invadindo as superfícies radiculares
expostas, ou estritamente radiculares.
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● Classificação:
○ Classificação de Billings - 1 a 4
○ ICDAS - 1 a 6
○ Atividade de cárie - ativa/ inativa
(para haver cárie, estes 3 fatores têm de estar presentes, em simultâneo, durante um período de tempo)
Particularidades do idoso
36
● Alimentação
○ mais carbohidratos
○ dietas inapropriadas
○ )%*(0.2'#!()*#!+)#2'#'#!0!+01)X'#'#!6!()*#!-5&*%!/0!()#2*1),C!()#!?$0!-*&)(!,02*/'#!
()*#!-)&*%(0.20!.'#!0#+)8'#!*.20,/0.25,*'#
● Avaliação Clínica
○ Localização
■ Quantidade de faces;
○ Extensão
■ gengival
○ Forma
■ Variável;
■ Oval;
■ Plurifocal
● Etiopatogenia
○ Partem da dentina para o esmalte
○ Indivíduos em tratamento periodontal
○ Alteração da flora
○ Bactérias cariogénicas
○ Superfícies menos resistentes
● Critérios de diagnóstico
○ Atividade
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■ Cárie ativa: Mais extensas que profundas
● Cor: Amarelada, Acastanhada,Branco giz
● Dentina
○ mole ou rugosa
● Bordos
○ irregulares
■ Cárie inactiva
● Cor: Castanha escura; negra
● Superfície: Lisa - brilhante
● Dentina: Reaccional - dura
● Assintomática
● Categorização da lesão
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○ Lesões Cavitadas
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CÁRIE PRECOCE DA INFÂNCIA
A American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD) classifica cárie precoce na infância como a
presença de um ou mais dentes decíduos cariados (lesões cavitadas ou não), perdidos (devido à
cárie) ou restaurados antes dos 71 meses de idade (6 anos).
● Qualquer sinal de superfície dentária lisa cariada, com ou sem cavidade, em crianças com
menos de 3 anos de idade;
● 3 aos 5 anos de idade, a criança apresenta mais de quatro, cinco e seis superfícies afetadas
em dentes anteriores decíduos aos 3, 4 e 5 anos, respectivamente.
● ocorre a destruição da coroa dos dentes da criança muito rapidamente, ficando apenas as
raízes na boca da criança
○ mais comum em condições socioeconómicas desfavorecidas
○ dificuldade na mastigação e comunicação
● A prevalência tem aumentado.
“ECC is a public health problem, with more severity in low SES communities, mostly untreated
caries with impact on general health and quality of life in infants and toddlers.”
The prevalence of dental caries in primary teeth is growing rapidly in low and middle income
countries and in these countries with the most severe dental caries.
Y! Denominações
Y!!Prevalência
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● Apesar do declínio acentuado da cárie dentária nos países desenvolvidos durante as últimas
décadas, verifica-se que a sua prevalência em crianças de idade pré-escolar permanece
elevada.
● A prevalência das cáries precoces da infância varia entre 1% e 12% nos países
desenvolvidos, chegando a atingir os 70% em comunidades socioeconomicamente
desfavorecidas e em algumas minorias étnicas.
● United States shows a higher prevalence than European countries with 40% of children
acquiring caries by kindergarten age.
● United Kingdom, 12% of three-year-old children had visible caries.
● In Japan, the National Oral Health Survey in 2011 showed 25% of three-year-old children
experienced caries with dft 0.6.
● 36 to 85% in the Asia region.
● 38 to 45% in Africa.
● 22 to 61% in the Middle East.
● ECC appears to be rampant and develops rapidly and affects usually-low-risk tooth surfaces.
● As faces mais afetadas são as faces lisas dos incisivos anteriores (face vestibular).
○ Tem a ver com a proteção da saliva
● At age 1, the most affected teeth are upper incisors, central and lateral incisors.
● At age 2, upper incisors remain to be most affected teeth and followed by first molars.
● At age 3 the ECC pattern changes as second lower molars become dramatically affected
along with maxillary central incisors.
● At age 4, the lower molars are most affected.
● The most affected primary teeth and surfaces at age five are second lower molars, upper
central incisors, second upper molars and first lower molars.
● Z./0,!&0,2)*.!&'./*2*'.#!*.*2*)%![F*20!#+'2!%0#*'.#!&).!40!-*,#2!B*#*4%0!&),*0#!40-',0!&)B*2)2*'.!
*.!4'2F!).20,*',!)./!+'#20,*',!2002FD!6!Desmineralização resultante da presença de biofilme;
⅓ cervical da face vestibular dos dentes anteriores, e só depois é que vai para os molares.
● Is not related to tooth anatomy;
● It is primarily linked to feeding practices.
● Behaviour characteristics in the first two years of life contribute to a pattern of ECC.
● Dietary patterns in infancy, characterized by a greater number of highly sweetened foods and
drinks were strongly associated with the incidence of S-ECC in the following years.
● The relationship between caries incidence and the sugar intake suggests the possibility of
benefit from reducing or delaying exposure to sweet items, even if consumption cannot be
eliminated entirely.
○ Ex. dose mínima de açúcar ronda os 8 g por 100 g de cereais
Y!!Caraterísticas
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● 1º SINAL: presença de manchas brancas e opacas, que são áreas desmineralizadas pela
presença de biofilme
● Terço cervical da face vestibular dos dentes anteriores superiores.
● Superfícies oclusais de molares maxilares, mandibulares
● Caninos Superiores e inferiores
● Excepcionalmente incisivos inferiores
Y!!Observação clínica:
Y!Etiologia
Etiologia multifactorial:
● Bacterias cariogénicas
○ A infecção por S. mutans tem um papel importante na instalação e evolução
da doença. A transmissão vertical de microorganismos ocorre principalmente
da saliva das mães com altos níveis de S. mutans. Quando as mães
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apresentam alta concentração de S. mutans na saliva, os filhos são
infectados precocemente e têm maior prevalência de cárie.
● Carbohidratos refinados
○ O substrato é essencial para a viabilidade, proliferação e agregação celular.
É forte a associação entre frequência de ingestão de carbohidratos,
principalmente a sacarose, e o desenvolvimento da doença cárie, sobretudo
se esse contacto ocorrer entre as refeições e no período de sono, quando o
efeito protector da saliva está ausente, pois o fluxo salivar é reduzido.
○ Utilização indiscriminada do biberão
○ Dormir, mamando pelo biberão
○ Conteúdo do biberão
■ sumos de frutas
■ chás adoçados
■ leite fermentado
■ leite com carbohidratos refinados como farináceos e açúcar
Relação com o uso de biberão:
■ não há relação causal directa
■ há crianças com a doença que não usaram Biberão
■ outras desenvolvem a doença já aos 4-5 anos
● Hospedeiro vulnerável
○ Doenças crónicas
■ medicação contendo sacarose (na forma líquida ou comprimido
mastigável, via oral)
■ administrações repetidas durante a noite
■ ausência de higiene após a administração dos mesmos
○ Crianças que apresentam defeito de desenvolvimento de esmalte
○ Crianças que necessitam tratamentos oncológicos ou reumatológicos podem
estar mais suscetíveis.
○ Parece também haver uma predisposição genética (ainda não totalmente
esclarecida)
● Factores maternos
○ Cáries activas
○ Contagem elevada de St mutans
○ Consumo de açúcares refinados
○ Tabagismo materno (controverso)
○ Frequência de visitas ao médico dentista
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ECC is preventable and possible management scheme with common risk factors, following WHO
recommendation for infant feeding and reduction of free sugar intake especially in complementary
feeding in young children
Strategies for management of ECC include all three levels of prevention as early as possible:
● starting with toothbrushing with fluoride toothpaste and
○ 1000-1450 ppm de flúor
● modifiable socio-behavioural factors.
Y!Primary Prevention
● The primary prevention will be the key for ECC management covering promotion of healthy
behaviour and appropriate fluoride use.
● Prevention of ECC should be integrated as part of existing primary health care (PHC)
programme, especially in mother and child health (MCH).
● Health promotion for pregnant women, new mothers and primary caregivers should raise
concern on the common risk factors of ECC by using the WHO recommendation on :
○ breastfeeding until six months of age,
○ no added sugar for complementary feeding up to 2 years and
○ after that limited free sugar intake as per WHO guideline
Y!Secundary Prevention
● Secondary prevention of ECC should focus on the early detection of carious lesions.
● Not only dental personnel but also other health professions and perhaps mothers as well
should be trained how to detect the early sign of carious lesion.
● Oral health check-up record should be integrated into the child's health profile at the well-
child clinic during PHC vaccination period, in every occasion of the child's general health
examination.
● During the periodical visit to the well-child clinic should be regularly emphasized:
○ Diet counselling,
○ proper bottle feeding,
○ especially limited free sugar intake
● Is recommended:
○ Application of fluoride varnish on early carious lesions such as white spot lesions by
trained personnel
○ Sealants with glass ionomer cement on non-cavitated lesions.
○ Parents and caregivers need to be actively involved in dietary and oral hygiene
practices of their children efficiently and routinely.
Y!!Tertiary Prevention
● Tertiary prevention of ECC aims to reduce the negative impact of the untreated frank, open
cavity and improve the quality of life of the children, avoid unnecessary extraction and restore
function.
44
○ Silver diamine fluoride or fluoride varnish can arrest dentine carious lesions.
○ Atraumatic Restorative Treatment (ART) is an alternative option procedure, with glass
ionomer cement as the material of choice for tertiary prevention of ECC.
Y!I.@&*'!/)!10#2)89':!&'.#$%2)!.'!(Q/*&'!/0.2*#2):!
● Avaliação da condição dentária;
● tratamentos preventivos ou curativos;
● Motivação para os cuidados orais;
● Controlar os níveis de St. Mutans a fim de diminuir o risco de infecção vertical!
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● Bring your child to the dental clinic at least twice a year so the dentist can protect the baby’s
teeth by painting a safe fluoride medicine on them.
Philip Weinstein, Rosamund Harrison and Tonya Benton. Motivating mothers to prevent caries: Confirming the beneficial effect of
counseling. J Am Dent Assoc 2006;137;789-793
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ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DAS LESÕES DENTÁRIAS
NÃO CARIOSAS
Há muitas lesões que nada, ou muito pouco, têm a ver com a cárie dentária.
S0#9'!()*#!&'($(!.'!&'%'!/'!/0.20C!0(!B0#2*4$%),C!+',?$0!Q!$()!;'.)!-*.)!/0!0#()%20!6!+'$&'!
,0#*#20.20D
A Lesão Não Cariosa (LNC) é definida como a perda de estrutura dentária, originada a partir de
mecanismos não relacionados com o processo de cárie.
Indicadores etiológicos:
Lesões dentárias
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Atrição está relacionada com o desgaste normal do dente ao longo do dente (mastigação).
Abrasão: Perda progressiva dos tecidos dentários mineralizados ou de uma restauração,
provocadas por agressões mecânicas repetidas (p.ex escovagem) sobre as superfícies dos dentes.
Perda de substância localizada em consequência de um desgaste físico, mas em que se observa o
remanescente da superfície exposta brilhante com textura e dureza normais. Normalmente não é
simétrica. Não ocorre só nas superfícies cervicais dos dentes.
● Abrasão acentuada:
+ dentes anteriores e pré-molares
+ os dentes superiores
● Factores etiológicos:
1- Cachimbo, costureira, pescadores, palitos, ...
2- Ganchos do cabelo
3- Instrumentos musicais
4- Escova dentária/ abrasivos
5- Pastas dentífricas
● Diagnóstico:
○ Atenta recolha de informação da história clínica
○ Pode confundir-se com lesões de abfracção
● A nível cervical a causa mais referida é a utilização sistemática de escovas duras e algum
exagero na força de escovagem.
○ Identificada a causa deve-se aconselhar o paciente a mudar de hábitos.
Abfracção:
● Lesões dentárias cervicais relacionadas com a flexão dentária, a qual origina forças elásticas
e de compressão nos colos dentários com a consequente destacamento dos cristais de
esmalte e perda de tecido dentário.
● Factores etiológicos:
○ Forças parafuncionais
○ Flexão do dente (o ponto máximo de flexão coincide com a região cervical)
○ Rutura das ligações entre os cristais de hidroxiapatite do esmalte
○ Perda de esmalte e dentina subjacente
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5- A flexão cervical pode ser causada por forças oclusais
6- Em geral os dentes adjacentes não são afectados
7- As lesões são menos frequentes nos dentes com mobilidade
8 – Afeta mais pré-molares e caninos
● Diagnóstico:
○ Atenta recolha de informação da história clínica
○ Pode confundir-se com lesões de abrasão
Erosão:
● Perda progressiva, dos tecidos dentários mineralizados, por um processo químico que não
envolve uma ação bacteriana.
● Resultando de uma desmineralização ácida (tal como a cárie) difere desta porque é
consequente à ação de ácidos de origem não bacteriana.
● Cada vez mais prevalentes na população.
● Caracterizam-se por não afetarem apenas o terço gengival mas sim a superfície do dente
em toda a sua extensão e em uma ou mais superfícies.
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● Manifestação clínica:
○ Perda de brilho e de textura.
○ Superfícies lisas e baças
○ Amarelecimento dos dentes por perda de esmalte
○ Bordos incisais finos e transparentes
○ Pequenos traços de fratura no esmalte fino
○ Sobreoclusão das restaurações e concavidades oclusais
● Diagnóstico:
1 – História dietética (extensão, frequência, horário no consumo de produtos ácidos)
2 – História médica (avaliação de possíveis efeitos ácidos de origem intrínseca
(refluxo gastro-esofágico)
3 – Exposição a ambientes ácidos
4 – Estudo dos factores salivares
● Sinais e sintomas:
○ Sensibilidade dentária
○ Odontalgias
○ Irregularidades do bordos incisais
○ Escurecimento dos dentes
○ Fraturas bordos incisais
○ Perda morfologia dentária
○ Translucidez incisal aumentada
○ Exposição pulpar
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1 - the diagnosis – etiological factors (are different in erosion, abrasion, abfraction)
2 - Depth of the lesion – superficial lesions without symptomatology might not need
intervention
3 – the number of teeth involved
4 - Presence of pain or not
5 – structure involved – in erosion there is a demineralization of enamel which is directly
related to treatment options and restorative materials.
51
Métodos de diagnóstico de cárie na prática clínica
K*)1.\#2*&'!/0!&5,*0!/0.25,*)!6!K*)1.\#2*&'!0+*/0(*'%\1*&'!"O]7<!^!K*)1.\#2*&'!&%@.*&'!
Cárie = Cavidade
● Visão
○ Observação clínica (visão)
■ Microcavidades
■ Cavidades
■ Colorações
■ Opacidades
● Sondagem
○ Erro de diagnóstico pelos métodos tradicionais
● Rx
○ Proposta de novos métodos de diagnóstico
● fotoluminescência
● Laser
K*)1.\#2*&'!/0!&5,*0!/0.25,*)!6!K*)1.\#2*&'!0+*/0(*'%\1*&'!"O]7<!_!K*)1.\#2*&'!&%@.*&'!
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Meios de diagnóstico em função do local e da evolução das lesões de cárie dentária
Caries Diagnosis:
● Caries is recorded as present when a lesion in the pit and fissure or on a smooth tooth surface
has an unmistakable cavity, undermined enamel, or a detectably softened floor or wall.
Where any doubt exists, caries should not be recorded as present. WHO – 1997 - Oral health
surveys: Basic methods
○ This was (still is being) used in clinical practice for many years.
● Reviews of visual caries diagnosis have been critical of current methods used in clinical
studies. Bader JD (2002); Ismail AI (2008)
● Use of traditional methods, where the detection threshold is at the level of cavitation, had
either been found to be outmoded or insufficient given the current knowledge of dental caries.
Pitts N (2004) ; Agustsdottir H (2010)
0 – Sound;
1 – Active, non-cavitated;
2 - Active, non-cavitated with microcavity
3 - Active, cavitated;
4 - Inactive, non-cavitated;
5 - Inactive, non-cavitated with microcavity
6 - Inactive, cavitated;
7 – filling
8 – filling with active caries
9 – filling with inactive caries
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3. ICDAS (International Caries Detection and Assessment System (with or without PUFA-
Pulp, Fistula, Abcess) - depth of the lesion;
4. CAST – Caries assessment Spectrum and Treatment (with PUFA) – depth of the
lesions; Pupal envolvement; depth
0 – Sound;
1 – Sealant
2 - Restoration
3 – Carious lesion on enamel
4 – Carious lesion on dentine
5 – Dentine cavity
6 – Dentine cavity with pulpal involvement
7 – Abcess, fistula
8 – Lost
9 – Other
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ICDAS: Classificação que pretende conjugar a avaliação clínica e epidemiológica de cárie
dentária;índice com dois dígitos.
0 - São
1 - Primeira alteração visivel no esmalte - opacidade clara (Só é visivel após secagem
prolongada com jato de ar ou restrita à fossas e fissuras)
2 - Alteração marcada no esmalte – opacidade clara ou escura
3 - Descontinuidade do esmalte (sem dentina visível)
4 - Cárie de dentina ( sombra cinzenta sob o esmalte)
5 - Cavidade com dentina visível
6 - Cavidade extensa com dentina vísivel
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Option for ICDAS II
● With information of lesion severity, lesion activity, and restorative materials present, it was
possible to obtain an overview of the most recent trends in caries development and
restorative interventions used to treat it. Finlayson TL (2007); Ismail AI (2008); Agustsdottir H (2010)
● The ICDAS criteria allow accurate recording of the severity of carious lesions, through
noncavitated stages, to frank cavitation, and have been found to increase level of caries
detection over traditional methods. Kuhnisch J (2008)
ICDAS = DMFT?
● There is wide variation in the interpretation / application of the DMF index, should each
investigator adopt the cut point criteria depending on the study you want to compare. (Pitts
2010)
● Considering the methodology described in the 2005-6 portuguese survey we decided to have
the cut point between 4 and 5. D5-6MFT
● For the future we will consider the cut point between 2 and 3. D3-6MFT
A study compared ICDAS with WHO on primary teeth, finding that including all codes of ICDAS
detected greatly higher number of lesions than the WHO basic methods criteria. Kuhnisch J (2008)
ICDAS: Recomendações
● 1ª recomendação geral: A menos que haja uma indicação explicita de perda de dentes por
outro motivo que não a cárie dentária (código 98), deveremos sempre considerar a perda do
dente por cárie (código 97).
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● 2ª recomendação geral: A ausência de um dente definitivo, aos 12 anos, deve ser sempre
registado como não erupcionado (código 99) a menos que tenha sido extraído por cárie,
motivos ortodônticos ou traumatismo . A ausência de um dente anterior, aos 6 anos deve
sempre registado como não erupcionado (código 99). A ausência de um dente decíduo,
canino ou molar, aos 6 anos deve sempre registado como perdido por cárie (código 97)
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ENDODONTIA
EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS EM DENTISTERIA
OPERATÓRIA
a. Turbina
■ Alta velocidade de rotação
■ Refrigeração com água
■ (Iluminação)
b. Micromotor e Contra-ângulo
■ Baixa velocidade de rotação
■ Refrigeração com água
■ (Iluminação)
■ Tem mais torque (mais capacidade de rodar contra resistência)
● Produção de aerossóis
○ Ar comprimido | Spray de água para refrigeração
○ Permite o transporte aéreo de microrganismos e resíduos potencialmente
perigosos
○ Medidas de protecção individual
○ Desinfecção de superfícies
c. BROCAS
■ Constituição – 3 partes
1. Haste
a. Contra-ângulo – Curta, com encaixe
b. Turbina – Curta, sem encaixe, diâmetro
menor
2. Componente intermediária ou colo
a. Une a haste à ponta activa
b. Colos mais curtos permitem melhor acesso
a dentes posteriores
3. Ponta activa
a. Parte de trabalho do instrumento
b. Forma e material que a constituem relacionam-se com a sua
utilização
■ Materiais de fabrico
1. Cortantes (laminadas)
a. Aço
i. Só cortam dentina – acabamento de cavidades em
baixa rotação
ii. Baixo custo
iii. Destemperam facilmente
b. Carboneto de Tungsténio
i. Mais resistente que o aço
ii. Cortam bem ligas metálicas
iii. Libertam menos calor que as adiamantadas
iv. Cortam mal compósitos e cerâmicas e as lâminas
perdem o fio facilmente
v. Laminado das brocas
1. Contínuo
2. Descontínuo
3. Muito cortantes – ideais para remoção de
restaurações com ligas metálicas
vi. Número de lâminas e ângulo da espiral
1. Quanto menor o número de lâminas, maior a
capacidade de corte
a. Vibração desconfortável para o doente
2. As lâminas podem estar dispostas
paralelamente ou em espiral
5. Manutenção
a. Lavar, desinfectar, limpar e secar
i. Limpeza com “Pedra de Arkansas”
ii. Os desinfectantes são mais eficazes quando utilizados
numa cuba ultrassónica
1. Menos tempo de permanência no desinfectante
resulta em menos degradação das brocas
b. Esterilizar em autoclave até 180ºC
3. EQUIPAMENTOS MANUAIS
a. Instrumental digito-manual
■ Preparação de cavidades
Composição: Cabo; Colo; Ponta activa.
Tipo: Simples, Duplos
1. Amálgama
a. Porta-amálgama e Vaso de Dappen
b. Condensadores de amálgama
c. Esculpidor de Hollenback e Instrumento de Frahn
i. Existe uma enorme variedade de desenhos;
1. Desenhar sulcos;
2. Remover o excesso de material
2. Resinas compostas
a. Espátula de ação lateral (Heidemann)
b. Levar o material à cavidade
c. Dar forma ao material
d. Brunidores ou condensadores redondos
i. Adaptar bem o material às margens da restauração;
ii. Deixar a restauração sem irregularidades para facilitar
o seu polimento
iii. Esféricos ou em bola
iv. Em forma de ovo ou bola de rugby
v. Em forma de “chapéu de chinês”
e. Panóplia de instrumentos disponíveis concebidos
especificamente para trabalhar com resinas compostas
i. Variedade de formas, tamanhos e indicações
ii. Utilização de materiais menos aderentes que o aço-
inoxidável
iii. LM–Arte ™ e Kerr CompoRoller™
NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DAS
CAVIDADES PREPARADAS
Paredes
Circundantes
Do Fundo
Ângulos
2. Forma de resistência: forma que deve ter uma cavidade para evitar o risco de fratura, tanto
do dente como do material restaurador.
a. As paredes circundantes devem ser paralelas entre si e perpendiculares à parede do
fundo ou ligeiramente convergentes para oclusal.
b. A parede pulpar deve ser plana e paralela ao plano que passa pelos vértices das
cúspides.
c. Preservar sempre que possível as cúspides, cristas marginais e pontes de esmalte.
3. Forma de retenção: forma que deve ter uma cavidade para reter o material restaurador.
a. Princípio de Black: Uma cavidade é por si só retentiva quando a sua profundidade é
igual ou superior à sua largura VL.
b. As paredes circundantes devem ser paralelas entre si (ou ligeiramente convergentes
para oclusal).
c. Quando a cavidade não é retentiva, temos que utilizar meios auxiliares de retenção.
4. Forma de conveniência: Conjunto de procedimentos que facilitam o acesso e a
instrumentação das cavidades, especialmente nos casos mais problemáticos.
a. (faces V ou L de molares, cavidades infragengivais, acesso aos dentes do siso, etc.)
7. Limpeza da cavidade
(superfícies lisas)
A caixa proximal deve ficar afastada do dente adjacente cerca de 0,5 mm (na prática é a ponta da
sonda que deve entrar entre os dois dentes adjacentes) .
1º 2º 3º
Parede gengival ao nível da Parede oclusal ao nível do terço Paredes M e D ao nível das
gengiva marginal livre, gengival da superfície do dente zonas mais convexas da
acompanhando o seu superfície do dente.
contorno.
4º 5º 6º 7º
(superfícies V ou L)
1. Não fazer extensão preventiva nem formas de retenção (não há autoretenção), porque entre
a cavidade e o compósito vamos usar um adesivo, que funciona como uma cola que faz a
retenção).
2. H'/'#!'#!`.1$%'#!*.20,.'#!"ab!0!cb!1,$+'<!/0B0(!#0,!),,0/'./)/'#D!6!+),)!*##'!20('#!/0!
$#),! 4,'&)#! 0#-Q,*)#! '$! 0(! -',()! /0! +3,)C! +',?$0! )#! &*%@./,*&)#! -',()(! `.1$%'#! 40(!
/0-*.*/'#!")(5%1)()<
As cavidades são muito simples, eliminando a dentina cariada, procurando a máxima retenção no
esmalte (através do seu condicionamento ácido) e dissimulando a união entre o compósito e o
dente (procurando o mimetismo).
● Os ângulos internos (do 2º e 3º grupo) devem ser sempre arredondados, para melhorar a
adaptação das resinas e evitar a formação de bolhas de ar nos ângulos (o oxigénio é inibidor
da polimerização).
● Para tal, usamos brocas esféricas ou piriformes, em vez de brocas cilíndricas usadas nos
preparos para amálgama.
Procedimento
1. Ataque ácido: 15 seg no esmalte seguindo-se 15 seg na dentina (total de 30 seg no esmalte e
15 na dentina) 6! U,0+),),! )! #$+0,-@&*0! +),)! ,0&040,! '! )/0#*B'e! &'(! ácido fosfórico a 37%
(colorido e em gel, para sabermos onde estarmos a aplicar o ácido e para que este não
escorra) promovemos a rugosidade da superfície
a. o esmalte é mais calcificado que a dentina, por isso tem de ser mais
atacado/condicionado (durante mais tempo que a dentina)
b. 15 segundos na superficie do esmalte e depois enchemos a cavidade com ácido e
voltamos a esperar 15 segundos, ou seja, dá um total de 30 seg de esmalte e 15 seg
dentina, e depois disto temos de lavar muito bem, porque o fosfato de cálcio fica
metido nos canalículos dentinários
c. se o ácido fizer bolhinhas é sinal que está a atacar bem, e o esmalte fica branco seco
(desmineralização bem visível); a dentina não fica branca.
2. Lavagem e secagem suave da cavidade (a dentina tem os túbulos cortados e como a dentina
é um tecido vivo, se secarmos rápido a cavidade, estamos a agredir a dentina / empurrar o
conteúdo citoplasmático dos odontoblastos para os túbulos, e isto vai doer, apesar de ser
reversível.
3. Aplicação ativa do adesivo (20 seg), esfregando-o 20 seg (esfregar bem para ele poder
penetrar na dentina).
5. Aplicar o compósito por camadas até 2 mm (porque os aparelhos de luz não atravessam +
de 2 mm).
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5 6 Final
INTRODUÇÃO À ENDODONTIA
ENDODONTIA: ramo da Medicina Dentária que estuda a etiopatogenia, diagnóstico, prognóstico,
profilaxia e tratamento das alterações patológicas da polpa e região periapical.
● Estuda a Morfologia, Fisiologia e Patologia da polpa dentária e das regiões peri-radiculares
Colaboração com outras disciplinas: Dentisteria, Prótese Fixa, Periodontologia, Cirurgia Oral
='B)!S*.F)!/0!G2$)89':!L=KOKO=HIG!NLfL=LNGHIJG!6!gZHZNO
1. Diagnóstico 1. Diagnóstico
2. Preparação prévia da boca e dentes 2. Preparação prévia da boca e dentes
3. Anestesia 3. Isolamento
4. Isolamento 4. Cavidade de acesso
5. Cavidade de acesso 5. Esvaziamento dos canais
6. Cateterismo 6. Odontometria
7. Odontometria 7. Esvaziamento dos mm apicais
8. Pulpectomia 8. Preparação biomecânica
9. Preparação biomecânica 9. Desinfeção dos canais
10. Obturação dos canais 10. Obturação dos canais
11. Proservação 11. Proservação
12. Restauração coronária 12. Restauração coronária
2º A abertura coronária deve incluir todos os cornos pulpares, pelo que todo o teto deve ser
eliminado.
3º O solo da câmara pulpar nunca deve ser lesado pelos instrumentos.
Regras para a execução da cavidade de acesso:
1º Ponto de eleição
2º Respeitar as inclinações dentárias
3º Incluir todos os cornos pulpares
4º Não lesar o solo da câmara pulpar
5º Obter acesso direto aos canais no máximo possível da sua extensão
6º Conservar o máximo possível de estrutura dentária
2º Molar Inferior
Limas Flex R
MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS:
Tipo de Limagem:
● LIMAGEM CIRCUNFERENCIAL
● LIMAGEM ANTICURVATURA
LIMITE APICAL DA PREPARAÇÃO BIOMECÂNICA:
6!Z=IhO!MI]L=HORKL=HI=PNIG!KO!MG=GS!SI]IHL!MDKDMD!
1 mm DO ÁPICE RADIOLÓGICO; 0,5 mm - 2 mm
6!SI]IHL!MDKDMD!
1. TÉCNICAS MANUAIS
2. TÉCNICAS MOTORIZADAS
3. TÉCNICAS SÓNICAS E ULTRASÓNICAS
● TÉCNICA NORMALIZADA
○ Nesta Técnica os Instrumentos são todos usados com o comprimento de trabalho
total, segundo a sequência correcta
○ Biopulpectomias – até ao Nº 55 ou 60
○ Necropulpectomias – até ao Nº 70 ou 80
○ Só Pode Ser Usada Em Canais Rectos
● TÉCNICA TELESCÓPIA
○ Clem – Step Preparation
○ Weine – Flare Preparation, Step Preparation e Reversal Flaring
○ Martin – Telescope Preparation
○ Schilder – Clean And Shape
○ Brilliant&Christie – Serialization
○ Walton – Telescope Preparation
○ Mullany – Step Back Enlargement
○ Pappin (U.Oregon) – Crown Down
○ Roane – Força Balanceada
● TÉCNICA DA FORÇA BALANCEADA OU DE ROANE
○ 1) O instrumento é introduzido no canal com uma pressão apical moderada e uma
rotação horária de aproximadamente um quarto de volta
○ 2) É exercida uma rotação anti horária com ligeira
pressão apical, de aproximadamente mais de meia
volta, para promover o corte de dentina
○ 3) Remoção, rotação horária com o instrumento livre
no canal e tração coronária
○ 4) Repetem-se os passos anteriores, progredindo no
sentido apical até atingirmos o comprimento de
trabalho
● Reduzir o nº de Microrganismos
● Eliminar detritos e resíduos de sangue (rolhão dentinário)
● Lubrificar os instrumentos
IRRIGAÇÃO DOS CANAIS – Normas:
SOLUÇÕES IRRIGADORAS:
● Água destilada
● Água de cal (hidróxido de cálcio)
● Detergentes
● T*+'&%',*2'!/0!#\/*'!"!B5,*)#!&'.&0.2,)8E0#<!6!irrigante mais utilizado em endodontia
o Solvente de Matéria Orgânica!6!($*2'!&$*/)/'!+),)!.9'!0A2,)B)#)(0.2'!+0%'!5+*&0!
6!/*##'%$89'!!/'!+0,*'/'.2'!0!'##'!)%B0'%),
▪ A 0,5% soluto de Dakin
▪ A 1% soluto de Milton (muito usado para desinfetar biberões de vidro)
▪ A 5,25% (lixivia doméstica comum)
▪ A 2,6% (lixivia diluída em água destilada 1:1)
● Peróxido de hidrogénio H2O2 (água oxigenada)
● Clorohexidina
● Quelantes
● Lubrificantes (sabão líquido estéril, glicerina, etc.)
o Glyde File Prep.-gel-EDTA Peróxido de carbamida
o File Care- gel
o Canal Plus- gel
AÇÃO DOS IRRIGANTES
● Concentração
● Temperatura (o hipoclorito com o calor liberta mais cloro, o que aumenta a sua ação)
● Tempo de exposição (quanto mais tempo estiver no canal, maior é a sua ação)
● Ativação (faz com que a solução irrigadora penetre melhor)
o Mecânica
o Sónica
o Ultra sónica
o Laser
TIPOS DE IRRIGAÇÃO
● IRRIGAÇÃO SIMPLES (temos uma agulha de uma seringa com hipoclorito, irrigamos e
temos uma gase esterilizada para aparar o refluxo da solução irrigadora, restos da necrose
pulpar e microrganismos que podem afluir da abertura coronária)
● IRRIGAÇÃO ALTERNADA OU GASOGENEA (GROSSMAN) (irrigar alternadamente com
hipoclorito e peróxido de hidrogénio; o peróxido borbulhava, e pensava-se que ao borbulhar
podia ajudar na eliminação de detritos pulpares, mas hoje em dia não se usa, porque não
sabemos se ao borbulhar estas bolhas saem pela camâra pulpar ou se se introduzem para
além do ápice)
● IRRIGAÇÃO COM ASPIRAÇÃO (a mais comum; introduzimos a agulha solta no canal
radicular, irrigamos lentamente e temos um aspirador com uma ponta muito pequena para
que o refluxo passe para o aspirador)
● IRRIGAÇÃO ACTIVADA POR ULTRASONS
QUELANTES: Destinam-se a facilitar a pesquisa e o alargamento dos canais. Também atuam como
lubrificantes. Podem ser usados para remover a “smear layer”
● =*H*R!=*?$0%!i!H*2`.*'!6!()*#!-%0A@B0*#
● SS- Stainless Steel / Aço Inoxidável
● A agulha deve estar permanentemente livre no canal, e devemos fazer ligeiros
movimentos de vai-vém, e aspirar.
Acidentes da Instrumentação:
1º Formação de Degraus
2º Formação de Degraus com Falsas Vias e Perfurações
3º Perfuração por Diminuição do CT (comprimento de trabalho) em Canais Curvos
4º Modificação da Forma Original do Canal – Cavitação e “Zip” Apical
5º Transporte e Estriação do Foramen
6º Falta de Pesquisa e Preparação de Canais
7º Fractura de Instrumentos
1. Formação de degraus
● Causas:
1º Acesso Insuficiente
2º Acesso Inadequado
3º Instrumentos Rectos em Canais Curvos
1. Degrau Tipo I- há um pequeno degrau na extensão do canal
a. Caso Clínico- obturamos só até ao degrau
2. Degrau Tipo II- o degrau tem o início de um canal
a. Canal artificial
3. Degrau tipo III- patamar a toda a volta do canal
4º Saltar Instrumentos (ex. não podemos passar de uma linha 15 para uma 30, diretamente)
5º Movimentos de Alargamento em Canais Curvos
6º Alguns dos Instrumentos Movidos a Motor
7º Irrigação Insuficiente (Rolhão dentário)
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8º Abuso De Quelantes (excesso de corte dentinário; perfuração por desgaste)
Correção de um degrau:
A nossa referência oclusal deve ser sempre a mesma; neste caso era a raiz mésio-vestibular.
4. Modificação da forma original do canal- “Zip apical” (mais comum nas técnicas manuais)
Erros da instrumentação:
● Dependentes do operador
○ Inabilidade
○ Falta de preparação técnica
○ Dependentes da natureza Humana
○ Dependentes do “stress” e do tempo disponível
● Instrumentos endodônticos
○ Instrumentos de aço de carbono
○ Instrumentos de aço inoxidável
○ Instrumentos de aço inox melhorado com níquel e molibdénio
○ Instrumentos de Níquel titânio (muito flexiveis)
○ Desenho dos instrumentos
○ Processos de fabrico
○ Pontas inativas (menos suscetíveis de fazer perfurações)
● Técnicas de instrumentação
○ 1958 - Ingle & Levine defendem a padronização
○ 1969 - Clem descreve a “step preparation”
○ 1980 - Abou-Rass et al. Recomendam a limagem anticurvatura
○ 1980 - Marshall & Pappin preconizam a técnica de Oregon “Crown Down
Pressureless Preparation”
○ 1985 - Roane et al. descrevem a técnica da força balanceada
PREPARAÇÃO BIOMECÂNICA DE CANAIS
Conjunto de manobras e técnicas necessárias para esvaziar a cavidade pulpar de restos de polpa,
viva ou necrosada, e prepará-la devidamente para permitir a sua obturação hermética.
● DIAGNÓSTICO
● PREPARAÇÃO DA CAVIDADE PULPAR
● OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES
1. BIOPULPECTOMIA
a. Cataterismo- O cateterismo é realizado com um instrumento pré curvado e
com um comprimento de menos 2 a 3 mm que o comprimento radiológico do
dente.
i. Dente com Polpa Viva
b. Odontometria
i. Métodos radiográficos - Regra de Ingle
ii. Métodos eletrónicos
iii. Dentes Vitais - Rx com menos 2-3 mm
c. Pulpectomia (dentes com polpa viva)
i. Preservação do coto pulpar
ii. Instrumentos:
1. Tira Nervos
2. NECROPULPECTOMIA
a. Esvaziamento do conteúdo necrótico dos canais- É realizado com uma lima
H com menos 5 mm que o comprimento radiológico
i. Dentes com Polpa Necrosada
ii. Método mediato e método imediato
b. Odontometria
i. Métodos radiográficos - Regra de Ingle
ii. Métodos eletrónicos
iii. Dentes necrosados- Rx com menos 5 mm
c. Esvaziamento dos mm apicais
i. mm a mm com irrigações abundante de hipoclorito de sódio
ii. Esvaziamento até ao ápice
Determinação do C.T.
1. Método Radiográfico
2. REGRA DE INGLE
CRITÉRIOS A OBSERVAR
● Alargadores
● Limas K
● Limas H
● Limas Unifile (S – File)
● Limas K - Flex
● Limas Flex – R
● Canal Master
● Limas K Flexofile
● Limas Flexicut
INSTRUMENTO NORMALIZADO
INSTRUMENTOS PADRONIZADOS
OBTURAÇÃO DE CANAIS
Fases do T.E.R.
1. Acesso endodôntico
2. Preparação biomecânica de canais
3. Obturação dos canais radiculares
Fase de desinfeção:
Necessidade de desinfeção:
● ATUAIS
○ Hidróxido de cálcio
○ Clorohexidina
○ Laser
Agentes antimicrobianos:
● Hidróxido de cálcio
● Paramonoclorofenol canforado
● Clorohexidina
● Iodina
Obturação dos canais: A obturação dos canais perpetua as condições de saneamento pré-
existentes Ou obtidas pela preparação biomecânica e quando necessário pela desinfeção dos
canais
● Finalidades da obturação
○ Eliminar espaços vazios – Estufa Natural (37ºC)
○ Impedir a migração bacteriana
○ Impedir a migração de líquidos tecidulares
○ Permitir a deposição biológica do cimento
○ Eliminar a luz do canal
■ Eliminar a luz do canal
● Do canal ao periápice
● Do periápice ao canal
● Dos túbulos ao canal
■ Para impedir a penetração de líquidos tecidulares
● Do periápice ao canal
■ Para evitar a libertação de toxinas e alergéneos
● Do canal ao periápice
○ Manter as condições assépticas no interior do canal (condição existente num dente
vivo)
Materiais obturadores:
● Materiais obturadores
○ Sólidos - Cones de ouro, irídio, tântalo, prata, acrílico, titânio
○ Semi-sólidos - Guta Percha
○ Cimentos
○ Pastas
● Uso dos materiais obturadores: Deve usar-se sempre um material sólido acompanhado de
um cimento que se destina a preencher os espaços que permanecem entre o material sólido
e as paredes do canal
○ Guta-percha injetável
i. Microseal
ii. Ultrafill
iii. Obtura
○ Transportadores de Guta
i. Thermafil
ii. Soft core
iii. Simplifill
○ Propriedades Biológicas:
i. Não existem relatos de toxicidade sistémica
ii. Reações alérgicas extremamente raras
iii. Citotoxicidade nula ou muito reduzida
iv. Fibrose
v. Reação de corpo estranho
○ Propriedades:
i. Cones são flexíveis
ii. Boa radiopacidade
iii. Facilmente desinfetáveis
iv. Propriedade anti-microbianas
v. Solúvel em clorofórmio e eucaliptol
vi. Sofre contração após aquecimento
vii. Não adere às paredes dos canais
○ Cimentos Obturadores:
i. À base de Óxido de Zinco
ii. À base de Hidróxido de Cálcio
iii. À base de Resinas
iv. À base de Ionómero de Vidro
v. Cimentos com medicamentos - Formaldeído, Corticosteroides
● Alta toxicidade sistémica
● Alta citotoxicidade
● Neurotoxicidade irreversível
● Reacções Alérgicas
vi. Outros Cimentos
● EZ Fill root canal sealer
● MTA
● Cimento de Fosfato de Cálcio
● Cimentos Compósitos
● Cimentos à base de Silicone
a. Lee Endo
b. Fill RS Roeko
Técnicas de obturação:
● Cold lateral compaction
● Warm compaction (warm gutta-percha)
● (a) Vertical
● (b) Lateral
● Continuous wave compaction technique
● Thermoplasticized gutta-percha injection
● Carrier-based gutta-percha
● (a) Thermafil thermoplasticized
● (b) SimpliFill sectional obturation
● McSpadden thermomechanical compaction
● Chemically plasticized gutta-percha
● Custom cone
● Condensadores Laterais
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Selecionamos um cone principal com o calibre do último
instrumento utilizado.
Quando o condensador não passa do colo anatómico do dente, damos por terminada a condensação
lateral, e vamos proceder ao “corte” dos cones de guta (o excesso derrete).
● Termocompactadores McSpaden
● Guta aquecida
● Sistema Thermafil
○ Obturadores de guta
○ Verificadores
○ Forno eléctrico (Thermaprep Plus)
○ Brocas esféricas para turbina (Thermacut)
○ Brocas para desobturação
● Verificadores
○ São instrumentos manuais em Ni-Ti, com uma conicidade de 4% e diâmetros na
ponta ISO
○ Destinam-se a seleccionar os obturadores para cada canal
● Brocas Thermacut
1. Técnica Provisória
2. Técnica Definitiva