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RESUMO
DENTÍSTICA RESTAURADORA I

Guilherme Lopes
Odontologia UFPR
2022
DENTÍSTICA RESTAURADORA I – DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO

DIAGNÓSTICO
- Termo grego significando Através e Conhecimento.
- Meios de coletar e empregar conhecimentos sobre uma doença através de sinais e sintomas.
- Prevenção, adequado tratamento, prognóstico e sucesso clínico depedem do diagnóstico.

OBJETIVOS DA DENTÍSTICA RESTAURADORA


1) Manuntenção do dente hígido. 4) Devolução da forma e da estética.
2) Interceptação da lesão. 5) Manuntenção da função.
3) Limitação do dano.

CAUSAS DA PERDA DE ESTRUTURA DENTÁRIA


1) Lesões cariosas.
2) Lesões não cariosas.
3) Traumatismos.

CÁRIE DENTÁRIA
- Processo patológico e localizado de origem extrema, que amolece tecidos mineralizados duros.
- Esse processo vai evoluindo até a formação de uma cavidade propriamente dita.
- Deve-se controlar o que se oferece para essas bactérias, desfavorecendo a doença.
- Doença multifatorial que envolve características genéticas, ambientais e comportamentais.

- CÁRIE É BIOFILME DEPENDENTE:


- Streptococcus mutans são os primeiros.
- Lactobacillus podem aparecer em cavidades já formadas.
- CÁRIE É AÇÚCAR DEPENDENTE:
- Tipo e consistência de carboidratos, sacarose principalmente.
- Quantidade e frequência de carboidratos fermentáveis.
- PROCESSO DINÂMICO:
- Acontece um processo de desmineralização e mineralização na cavidade bucal.
- Ocorre um desequilíbrio do proc., pode haver uma perda excessiva de íons cálcio e potássio.
- Bactérias com biofilme abundante geram excessos de componentes ácidos.
- O dente não consegue acompanhar o processo de desmineralização.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -1


.FATORES MODULADORES/SECUNDÁRIOS DA CÁRIE
A) SALIVA: - Ação antibacteriana.
- Fluxo salivar. B) HIGIENE BUCAL:
- Umidificação da cavidade bucal. - Espessura do biofilme.
- Capacidade tampão. - Exposição à fluoretos.

FATORES GERAIS OU CONDICIONANTES DA CÁRIE


A) SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL:
- Acesso ao tratamento odontológico.
- Conhecimento sobre saúde bucal.
Dentes devem estar limpos e
secos, além de um ambiente
DIAGNÓSTICO DA CÁRIE DENTÁRIA
bem iluminado.
A) PRESENÇA DE PLACA BACTERIANA E/OU CÁLCULO DENTAL:
- Tipo e localização dessa placa bacteriana.
B) HISTÓRIA PASSADA DA DOENÇA:
- Dentes restaurados.
- Cárie paralisada.
C) LESÕES DE CÁRIE ATIVA:
- Número e localização.
- Cavitações ou manchas brancas.
- Exposições pulpares.

EXAME CLÍNICO PARA DIAGNÓSTICO DA CÁRIE


- VARIÁVEIS DO EXAME CLÍNICO:
- Lesões cariosas sub-clínicas, brancas ou cavitadas.
- Localização.
- Extensão.
- Envolvimento pulpar.
- EXAME CLÍNICO DEVE SER FEITO:
a) SUPERFÍCIES LISAS: inspeção visual.
b) SUPERFÍCIES OCLUSAIS: inspeção visual (sulcos e fissuras) e radiografia.
c) SUPERFÍCIES PROXIMAIS: afastamento de dentes e radiografia interproximal.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA SUPERFÍCIES LISAS


1) LESÃO INICIAL DE CÁRIE:
- Zonas de acúmulo de placa.
- Superfície opaca quando seca.
2) FLUOROSE DENTÁRIA:
- Envolve toda a superfície.
- Distribuição simétrica quando seca.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -2


3) HIPOPLASIA DE ESMALTE:
- Formato oval.
- Superfície brilhante.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA SUPERFICIAIS OCLUSAIS


- Aspecto clínico (visual) e radiográfico (radiografia) da lesão.
- Selamento biológico (sulco escurecido).
- Cárie oculta.
- USO DA SONDA CLÍNICA (EXPLORADORA Nº5):
- Deve-se usar a sonda clínica com força reduzida.
- No processo de cárie, alguns cristais de hidroxiapatita podem estar em desmineralização.
- Alguns cristais podem começar a se remineralizar na superfície oclusal, o esmalte do centro não.
- Caso fazer força com a sonda clínica, pode se perfurar a frágil superfície que se remineraliza.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE SUPERFÍCIES PROXIMAIS


- Afastamento dental pode ser feito com borrachinhas ortodônticas.
- Radiografia interproximal deve ser feita, periapical são importantes para endodontia.

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
- Inspeção visual. - Luz fluorescente quant. Induzida.
- Inspeção tátil. - Detecção por laser.
- Detecção radiográfica. - Micro CT.
- Transluminação óptica.

DIAGNÓSTICO X TRATAMENTO
- O diagnóstico determina O RISCO e a atividade da cárie no paciente.
- O tratamento depende da determinação do risco e da ATIVIDADE de cárie do paciente.

PACIENTE DE BAIXO RISCO


- Boa higiene bucal. - Fluxo salivar e tampão normal.
- Visitas regulares ao C.D. - Exposição frequente a fluoretos.
- Sem novas cáries em um ano. - Poucas restaurações em boca.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -3


PACIENTE DE ALTO RISCO
- Má higiene bucal.
- Incidência de duas ou mais cáries no período de um ano.
- Alta atividade de cárie em superfície lisa.
- Visitas ao C.D. raras em caráter emergencial.
- Consumo frequente de carboidratos.
- Pequena ou nenhuma exposição ao flúor.

ATIVIDADE DA CÁRIE EM ESMALTE


- pH crítico em esmalte é 5.5.
- ATIVA: mancha branca opaca e rugosa.
- PARALISADA: pigmentação brilhante e lisa.

ATIVIDADE DA CÁRIE EM DENTINA


- pH crítico em dentina é 6.5.
- ATIVA: tecido amolecido e amarelado.
- PARALISADA: tecido duro e escurecido.

PROGRESSÃO DA CÁRIE O diagnóstico está relacionado a indicação,


1) Microscopia eletrônica. planejamento e execução do melhor tratamento.
2) Microscopia ótica. 1) Abordagem preventiva.
3) Lesão em esmalte. 2) Abordagem curativa.
4) Cavidade.
5) Destruição total.

PROCEDIMENTO A SER SEGUIDO


1) LESÃO BRANCA ATIVA RESTRITA AO ESMALTE: fluorterapia e proservação.
2) LESÕES CAVITADAS, OCULTAS, ENVOLVE DENTINA: tratamento restaurador.
- A filosofia preventina é em caso de dúvida, espere e reavalie.

LESÕES NÃO CARIOSAS


- Diagnóstico: abrasão, erosão, abfração.
- TRATAMENTO:
- Atuar nos fatores etiológicos.
- Dessensibilização.
- Restauração.

TRAUMATISMO
- DIAGNÓSTICO: localização, extensão, envolvimento pulpar.
- TRATAMENTO: restauração e tratamento endodôntico.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -4


PLANO DE TRATAMENTO
- Diagnóstico vai direcionar o plano de tratamento total, criar uma dentição funcional e periodontal ideal.
- É possível necessitar mais do que apenas um tratamento restaurador.
- Diagnóstico → Plano de tratamento → Sucesso clínico.
- Lista ordenada de procedimentos que objetivam solucionar os problemas do paciente.
- Exceto em emergências, o tratamento nunca deve começar sem o plano de tratamento.
- DECISÕES SOBRE:
- Conservação e/ou extração de dentes.
- Tipos de restaurações.
- Escolha dos dentes pilares em prótese.
- ORDEM DO PLANO DE TRATAMENTO:
1) Diagnóstico.
2) Determinação do risco/atividade da doença.
3) Fase de adequação do meio bucal.
4) Fase restauradora.
5) Manutenção.

ORGANIZAÇÃO DO TRATAMENTO
1) DOR. 4) FUNÇÃO.
2) GRAVIDADE. 5) NECESSIDADE DO PACIENTE.
3) ESTÉTICA.

ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL


- Sequência de procedimento que objetivam MOTIVAR, REDUZIR INFECÇÃO e AVALIAR dentes.
- Posteriormente deve ser feito o tratamento restaurador propriamente dito.
1) REMOÇÃO DOS FATORES DE RETENÇÃO DE BIOFILME:
- Eliminação dos focos de infecção.
- Confecção de restaurações provisórias.
- Recontorno de restaurações.
2) CONTROLE DO BIOFILME:
- Controle mecânico/químico do biofilme.
- Fluorterapia e motivação do paciente.
- Dieta.

PLANO DE TRATAMENTO PREVENTIVO


- Remineralização de lesões iniciais.
- Fluorterapia.
- Higienização.
- Selantes/infiltrantes.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 5 -5


TRATAMENTOS DAS LESÕES BRANCAS ATIVAS/INCIPIENTES
- Remineralização do esmalte.
- Aplicação de selantes (técnica não invasiva).
- Infiltração de lesões de cárie.
- Selamento de físsuras e fóssulas.

TRATAMENTO EM FASE RESTAURADORA


- Geralmente se faz dentes posteriores e depois dentes anteriores.
- Tipo de restauração (direta ou indireta).

PROFISSIONAL CIRURGIÃO DENTISTA


- Motivação do paciente.
- Relação profissional-paciente.
- Experiência.
- Conhcimento científico.

CÁRIE AGUDA
1) Presença de dor.
2) Dentina com tecido amolecido.
3) Esmalte com tecido rugoso.
4) Intervenção clínica rápida.
5) Evolução rápida.

CÁRIE CRÔNICA
1) Ausência de dor.
2) Dentina com tecido mineralizado/escurecido.
3) Esmalte com aspecto brilhante e liso.
4) Intervenção clínica conservadora.
5) Evolução lenta.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 6 -6


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – SELEÇÃO DE COR

GENERALIDADES
- COR: é uma sensação provocada pela luz que depende do comprimento de onda da cor.
- LUZ: radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano, vai de 380nm até 780.

DIMENSÕES DA COR
A) MATIZ: pigmento propriamente dito (azul, amarelo, verde, roxo).
B) CROMA: quanto pigmento existente (o quão saturado existe).
C) VALOR: quantidade de brilho/intensidade (quantidade de preto e branco).

MATIZ
- É o pigmento da cor.
- Determinada pelo comprimento de onda da energia radiante.
- Possível ter laranja (A), amarelo (B), amarelo acinzentado (C) e cinza avermelhado (D).

CROMA
- Aumento na quantidade do pigmento.
- É a saturação da cor ou do matiz, quantidade de pigmento.
- Quanto maior o croma, ↑ saturado (quanto maior nº, mais saturado).

VALOR OU BRILHO
- Propriedade acromática.
- Quantidade de preto ou de branco em uma cor.
- Dentes podem ter mesmo matiz e croma, mas é possível reduzir o brilho.
- PROPRIEDADE IMPORTANTE NA ODONTOLOGIA:
- Ligada à quantidade de esmalte presente no dente.
- Ideal fotografar também na coloração preto e branca.
- A e B possuem maior valor.
- C e D possuem menor valor.

RELAÇÃO DE ESMALTE E DENTINA


- A luz penetra pelo esmalte, camada mais fina e translúcida.
- Acaba atingindo a dentina, onde é absorvida e refletida (camada relativamente mais opaca).
- ESMALTE: - DENTINA:
- 97% de compostos inorgânicos. - 30% de colágeno e água.
- Deixa passar 70% da luz, mais translúcido. - Deixa passar 30% de luz, mais opaco.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -7


TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE
- Importante na transmissão da luz.
- Altamente dependente da espessura do dente, esmalte e dentina.
- DENTINA: translucidez cromática, não é totalmente opaca.
- ESMALTE: translucidez cromática e/ou acromática.

FLUORESCÊNCIA
- Capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações UV ou raios X.
- As radiações absorvidas transformam-se em luz visível.
- Dentina apresenta maior fluorescência do que o esmalte.

OPALESCÊNCIA
- Efeito de dispersão de luz.
- Relacionada a forma em que o material dispersa os menores comprimentos de onda.
- Aparência azulada sob luz refletida e alaranjada sob luz transmitida.
- O esmalte natural possui efeito opalescente.

METAMERISMO
- Fenônemo pelo dois objetos têm a mesma cor sob uma luminosidade e cores diferentes sob outra.
- Isso pode acontecer com diferentes dentes sob diferentes luminosidades.
- Cores podem aparecer iguais sob a luz artificial, porém na luz solar elas são diferentes.

FATORES QUE PODEM ALTERAR A SELEÇÃO DE COR


- Ambiente. - Fonte de luz.
- Observador. - Escala de cor.
- Objeto. - Comunicação CD x Protético.

AMBIENTE
- Cores neutras ajudam a reduzir o cansaço visual.
- Evitar interferência das cores das roupas do paciente.
- Remover qualquer maquiagem facial em excesso.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -8


OBSERVADOR
- Olho humano é algo subjetivo para cores.
- Paciente deve estar posicionado ao mesmo nível dos olhos, incidência parecida de luz.

OBJETO
- Importante que o dente tenha estruturas ainda hígidas.
- Fazer profilaxia prévia anterior à determinação de cor.
- Umedecer a superfície do dente antes de ser comparado, avaliar a tua restauração molhada.
- Usar dentes vizinhos ou homôninos para checar a cor.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
- Pacientes jovens possuem dentes mais claros.
- Camada de esmalte é reduzida por idade, sensação de dente escuro em função disso.
- Áreas com maior croma estão mais próximas da gengiva devido a menor espessura de esmalte.
- Caninos possuem maior quantidade de saturação ou croma.
- A área incisal existe um alto grau de translucidez à medida que a quantidade de dentina diminui.
- Região de corpo é a combinação entre dentina e esmalte, sendo útil.
- A intensidade da cor de corpo é 1-2 cores mais claras do que a região cervical.
- Abordagem cromática segue fatores VITA como A1, A2, etc enquanto acromática é apenas termos.
- Olho humano percebe maior o erro por VALOR das resinas.

ESCALA VITA CLÁSSICA


- Uso para casos de cerâmica ou de resina.
- Matiz A, B, C ou D.
- Croma 1, 2, 3 ou 4.
- Ao lado, escolha por valor da escala.
- Caso entre A3 e A3,5, escolha uma com croma ↓ pois pode modificar com característica extrínseca.
- Escolha de ambientes com baixa luminosidade para determinar valor, semicerrar os olhos.

TERÇO INCISAL
- Maior desafio.
- Percepção de múltiplas matizes, cromas e valores.
- Resina composta necessita ser com alta resistência à fratura, translucidez, halo opaco, manchas.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -9


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – ADESÃO

UNIÃO ADESIVA CONFIÁVEL


- Execução com rigoroso controle.
- Protocolo adequado ao caso clínico e escolha do material.

ADESÃO
- Feita ao esmalte e/ou ao tecido da dentina.
- No esmalte, o processo de adesão é melhor pois não há tanta umidade.
- Deve existir uma formação de uma camada híbrida contínua e uniforme.
- A adesão não se relaciona a espessura da camada híbrida.

QUALIDADE DE ADESÃO
- Eficiência de penetração dos monômeros nos espaços interfibrilares.
- Envolvimento das fibrilas de colágeno expostas pelo condicionamento ácido.
- Grau de conversão do adesivo.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS Lembrar que o sistema adesivo pode


A) ADESIVO CONVENCIONAL 3 PASSOS ter os componentes de acetona, álcool
1) Condicionamento ácido. e água no PRIMER. Sendo que a
2) Primer hidrofílico. evaporação muda entre cada
3) Adesivo hidrófobo componente.
B) ADESIVO CONVENCIONAL 2 PASSOS
1) Condicionamento ácido
2) Primer hidrofílico + adesivo hidrófobo 10 MDP é um monômero que permite a

C) ADESIVO AUTOCONDICIONANTE 2 PASSOS adesão do sistema adesivo a outros

1) Primer + ácido substratos como cerâmica.

2) Adesivo hidrófobo
D) ADESIVO AUTOCONDICIONANTE 1 PASSO
1) Adesivo ácido

SISTEMAS ADESIVOS UNIVERSAIS


- São semelhantes aos auto condicionantes, podem também ser chamados de multi-modo.
- Não possuem uma capacidade de desmineralização tão boa para o esmalte.
- USO DE CONDICIONAMENTO SELETIVO DEVIDO A ESSA DESMINERALIZAÇÃO:
- Condicionar com ácido fosfórico o esmalte, lavar e secar.
- Posteriormente, condicionar com o sistema universal/autocondicionante.

CONDICIONAMENTO ÁCIDO
- Ácido fosfórico 37% durante 15s em dentina e 30s em esmalte.
- Primeiro aplicar em esmalte e depois aplicar em dentina.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -10


- Deve-se fazer a remoção total da smear layer (smear layer on e plug/in).
- Desmineralização da dentina peri e intertubular.
- Aumento da porosidade dos túbulos dentinários.

RINSAGEM E REMOÇÃO DA ÁGUA


- Spray de água/ar durante 20 segundos para remoção total do ácido.
- Papel absorvente na dentina e no esmalte para não secar de forma exagerada.
- Deixar a dentina úmida ainda com brilho.
- Manuntenção da expansão da rede de fibras colágenas.

ADESIVO CONVENCIONAL 3 PASSOS


- Deve-se aplicar ácido, primer para infiltrar na área de condicionamento e depois adesivo (hidrófobo).
- Caso exista apenas esmalte, é possível retirar a etapa de primer do sistema devido a umidade.
- Lembrar da volatização do solvente do primer, sendo que existem acetona, álcool e água.
- Possível jogar ar para ajudar na volatização do primer quando aplicando.

ADESIVO CONVENCIONAL 2 PASSOS


- Possui primer e adesivo juntos no mesmo frasco.
- Condicionamento ácido ainda deve ser feito em esmalte e dentina.

SISTEMA ADESIVO AUTOCONDICIONANTE 2 PASSOS


- Separada a parte de adesivo e primer.
- É possível fazer a desmineralização seletiva do esmalte para ajudar na adesão.
- Desmineralização e infiltração dos monômeros de forma simultânea.
- A qualidade de desmineralização do esmalte não é tão boa, desmineralização seletiva.
- Não se realiza a lavagem de dentina.
- Muito indicado para lesões não cariosas em classe V.

SISTEMAS ADESIVOS MULTIMODO


- Aplicação definida pelo procedimento a ser realizado.
- Possível fazer condicionamento seletivo, condicionamento ácido total ou apenas ele.
- Eles não possuem um condicionamento tão adequado para o esmalte.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -11


APLICAÇÃO DO SISTEMA ADESIVO
- TRÊS PASSOS: cuidar do tempo de evaporação e aplicação do primer.
- DOIS PASSOS: primer + adesivo.
- Aplicação ativa vs passiva varia conforme a composição do primer.
- Aplicação ativa (álcool e água) para evaporar e aplicação inativa não há necessidade (acetona).
- Tempo de evaporação é baseado em acetona < álcool < água.

FOTOPOLIMERIZAÇÃO DO SISTEMA ADESIVO


- 10 a 20 segundos próximo do dente.
- Aparelhos da faculdade deve ser no mínimo 30 segundos.
- Possível causar sensibilidade pós-operatória.

CASOS DE SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA


- Casos de adesão podem dar falha/sensibilidade.
- A resistência adesiva diminui conforme a contaminação aumenta.
- CAUSAS ASSOCIADAS:
O FATOR C pode causar
1) Isolamento do campo operatório e contaminação.
manchamentos na interface
2) Falta de proteção do completo dentinopulpar.
restauração/dente.
3) Condicionamento ácido exagerado.
3) Dedesidratação da dentina e colabamento das fibras.
4) Uso incorreto do primer/adesivo.
5) Técnicas incorretas de inserção e polimerização da RC (fator C, por exemplo).

DESCONTAMINAÇÃO DA CAVIDADE Não é necessário aplicar adesivo


- ANTES DA POLIMERIZAÇÃO DO ADESIVO: novamente depois da polimerização
1) Lavar com spray de água/ar. do adesivo, uma vez que a camada
2) Secar com ar. híbrida já deve ter sido
3) Reaplicar o adesivo. efetivada/estruturada.
- DEPOIS DA POLIMERIZAÇÃO DO ADESIVO:
1) Recondicionamento ácido durante 5 a 10 segundos.
2) Lavar com spray de água/ar.
3) Secar com ar.

CAVIDADES PROFUNDAS E MUITO PROFUNDAS


- Nessas cavidades a dentina é mais permeável.
- Não se deve usar hidróxido de cálcio com RC diretamente, deve usar CIV antes.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -12


GENERALIDADES SOBRE A TÉCNICA RESTAURADORA
- O uso incorreto do primer, em excesso, não fará com que ocorra a infiltração dos componentes.
- Técnica incorreta de inserção de RC gera um movimento de colchão, comprimir e descomprimir, contração.
- Deve-se realizar as técnicas incrementais, nunca unindo paredes opostas.
- Sistema adesivo de 3 passos ou de 2 passos possui o componente hidrófobo separado, melhor.

FATORES QUE ALTERAM A ADESÃO


- Dentina afetada por cárie.
- Dentina esclerosada, é mais mineralizada.
- Dentina exposta devido à lesão cariosa não cariosa.

SUBSTRATO DENTINÁRIO
- DENTINA SUPERFICIAL VS DENTINA PROFUNDA:
- Dentina profunda = maior profundidade.
- <0,5mm = proteção pulpar imediata.
- DENTINA ESCLERÓTICA:
- Maior concentração mineral.
- Espessura de camada híbrida menor.
- DENTINA AFETADA POR CÁRIE:
- Tecido amolecido sem bactérias.
- Resistência de união 30% menor.

LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS


- Dentina esclerótica pela presença da obliteração dos túbulos dentinários.
- Lesões de erosão, abfração.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -13


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – ADESÃO

CLASSE I
- Cavidades localizadas em áreas de má coalescência do esmalte dentário.
- Pode aparecer em dentes anteriores (palatina de anteriores) e dentes posteriores.
- Normalmente em áreas de cicatrículas e fissuras.

CLASSE II
- Cavidades que envolvem as superfícies proximais (mesial e/ou distal) de dentes posteriores.
- Possível abranger uma área oclusal juntamente com uma cavidade proximal.

POR QUE INDICAR RESINA COMPOSTA PARA DENTES POSTERIORES


1) Demanda estética frequente.
2) Evolução dos materiais resinosos e sistemas adesivos diversos.
3) Resturações menos invasivas e ainda preservação do tecido remanescente.
4) Possibilidade de reparo.
5) Excelente resultado estético (anatomia, cor, etc).
6) Bom custo-benefício.

INDICAÇÕES DE RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA


- Lesões cariosas.
- Substituição de restaurações antigas e/ou deficientes.
- Reparo de restaurações.
- Restauração de fraturas.

LIMITAÇÕES PARA RESTAURAÇÃO DIRETA


- Extensão da cavidade (caixas proximais estensas e envolvimento de cúspides).
- Términos cervicais de difícil acesso e sem esmalte de estrutura (adesão deve ser em esmalte).
- Controle do campo operatório (umidade/contaminação) devido impossibilidade de isolamento absoluto.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -14


- Limitações do material restaurador (contração de polimerização e desgaste de mastigação).
- Sensibilidade da técnica restauradora.

PLANEJAMENTO DA TÉCNICA DIRETA


- Seleção da técnica restauradora (direta, semi-direta, indireta).
- SELEÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR:
- Resistência mecânica (maior conteúdo de carga inorgânica).
- Adequado polimento (menores partículas de carga).
- Menor contração de polimerização.

DENTES POSTERIORES
- Partículas de carga 0,4 a 1,0 para bom polimento.
- Alto conteúdo de carga inorgânica para resistência mecânica.

DENTES ANTERIORES
- Partículas de carga de 0,1 a 100 nm para excelente polimento.
- Alto conteúdo de carga inorgânica para resistência mecânica.

RESINAS BULKFILL
- Consistência fluída ou regular, incrementos de 4 a 5 mm.
- União de paredes opostas e menor contração de polimerização.
- Monômeros de metacrilato com modificações no tamanho e funcionalidade das moléculas.

PROTOCOLO CLÍNICO CLASSE I


1) DIAGNÓSTICO
- Anamnese, exame clínico e radiográfico (RX interproximal).
- Localização, extensão e profundidade da lesão.
- Hábitos nocivos do paciente.
- Oclusão.
2) PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO
- Profilaxia no dente que será operado.
- Checagem dos pontos de contato interproximais.
- Seleção de cor do dente em questão.
3) ANESTESIA
- Dentes interiores pode ser feito um bloqueio alveolar inferior.
- Se for um dente superior, pode ser feita uma técnica infiltrativa.
4) ISOLAMENTO ABSOLUTO
5) PREPARO CAVITÁRIO
- Máxima preservação do tecido dental.
- Maior conservador possível, manunteção das estruturas de reforço do dente (cristais m, pontes).

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -15


a) Acesso à lesão deve ser feito com pontas diamantadas esféricas.
b) Remoção do tecido cariado feito com brocas carbide em baixa rotação com brocas esféricas.
- Possível usar colheres de dentina para remover tecido cariado igualmente.
- Ângulos internos arredondado e ângulo cavosuperficial nítido (reto).
6) ASSEPSIA DA CAVIDADE
- Usar solução de digluconato de clorexidina 2%.
- 1 minuto na cavidade e depois 1 minuto na cavidade esfregando.
7) PROTEÇÃO PULPAR
- Preparos em dentina profunda ou muito profunda.
- Proteção pulpar indireta (paredes de fundo), limpar com solução de hidróxido de cálcio.
- Ao aplicar cimento de hidróxido de cálcio, deve-se aplicar CIV para proteger.
- Cimento de hidróxido de cálcio e/ou cimento de ionômero de vidro.
8) HIBRIDIZAÇÃO
- Dentina quanto mais profunda, maior permeabilidade, maior diâmetro e densidade dos túbulos.
- Na dentina, deve-se julgar se realmente é necessário ácido fosfórico ou apenas adesivo.
- Dentina esclerosada é mais mineralizada e nem sempre deve ser retirada.
- Monômero 10-MDP melhora a adesão do material à dentina ou outro material restaurador.
- TÉCNICA INCREMENTAL RC REGULAR:
- Incrementos oblíquos de 2mm para diminuir as contrações de polimerização.
- Ir desenhando as cúspides do dente, diminui a criação de fendas e fator C.
- TÉCNICA INCREMENTAL BULKFILL:
- Possível fazer uma técnica incremental horizontal para estrutura o dente.
- É possível mesclar a resina regular juntamente com a resina bulkfill.
9) FOTOATIVAÇÃO
- Resina polimerizada adequadamente possuem melhores propriedades mecânicas.
- A inclinação da ponta do fotoativador deve ser em torno de 90 graus para chegar em tudo.
10) AJUSTE OCLUSAL
- Sentar o paciente na cadeira para ele provar o dente.
- Fazer acabamento e remover possíveis excessos.
11) ACABAMENTO E POLIMENTO
- Vários sistemas de acabamento e polimento estão disponíveis no mercado.
- ACABAMENTO: pontas diamantadas F ou FF, além de discos de lixa e borrachas abrasivas.
- POLIMENTO: pontas siliconadas, escovas de carbeto de silício e pastas diamantadas.

PROTOCOLO CLÍNICO CLASSE II


- Protocolo clínico similar das restaurações classe I (profilaxia, seleção de cor, checagem dos pontos, etc).
- Localização e acesso à lesão cariosa podem modificar a técnica restauradora.
- Características do preparo se assemelham a preparos de amálgama.
- Superfície oclusal pode ter envolvimento ou apenas a superfície proximal.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -16


- SUPERFÍCIE PROXIMAL:
A) SLOT HORIZONTAL:
- Acesso direto: ausência do dente adjacente.
- Acesso pela face vestibular ou lingual.
B) TÚNEL:
- Acesso pela oclusal mantendo crista marginal (2mm).
C) SLOT VERTICAL:
- Acesso pela crista marginal comprometida pela cárie.
1) PREPARO CAVITÁRIO
- Caixa proximal com forma de gota.
- Ângulo interno arredondado.
2) CONTATO PROXIMAL:
- Utilização de matrizes e cunha.
- Ponto de contato proximal justo e forte com contorno adequado.

MATRIZES
- Separar e afastar o tecido gengival.
- Evitar excessos cervicais do material.
- Estabelecer ponto de contato proximal.

CUNHA
- Separar os dentes para compensar espessura de matriz.
- Estabilizar matriz.
- Impedir excesso a nível gengival.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -17


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – FALHAS DE RESTAURAÇÃO EM RESINA COMPOSTA

MOTIVOS DE SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES


- Cárie secundária, fratura e perda de material são as principais causas de substituição de rest.
- A cárie secundária é o motivo mais frequente de substituição (cárie ao redor da restauração em si).
- É possível observar fratura, desgaste oclusal e cárie secundária.
- Restaurações indiretas possuem menos problemas relacionados a problemas.

SINAIS CLÍNICOS DE DEGRADAÇÃO E FALHAS


1) Manchamento da restauração.
2) Descoloração marginal.
3) Cárie secundária.
4) Desgaste de superfície.
5) Fraturas da resina composta.

DEFINIÇÃO DE REPARO (>50% EM EXTENSÃO)


- Recuperação de rest. existentes, corrigindo imperfeições com mínimo sacríficio de uma estrutura d. sadia.
- É a subst. parcial de uma rest. com defeitos/falhas que não correspondam ↑50% da sua extensão.

SUBSTITUIR OU REPARAR

INDICAÇÕES PARA REPARO EM RESINA COMPOSTA


- Pequenas fraturas. - Correções de cor e forma.
- Defeitos marginais. - Manchamentos externos.
- Descolorações marginais.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -18


CONTRA-INDICAÇÕES DE REPAROS
- Recidiva de cárie.
- Fraturas extensas.
- Desgastes oclusais.
- Manchamentos intrínsecos.
- Hábitos parafuncionais.

VANTAGENS PARA REPARO DAS RESTAURAÇÕES EM RC


- Alternativa menos invasiva a substituição total da restauração.
- Preservação de estrutura dental.
- Aumento de longevidade.
- Redução de efeitos nocivos à polpa.
- Redução de custo e tempo.

LIMITAÇÕES DOS REPAROS DAS RESTAURAÇÕES EM RC


- Estética devido a colorações de resina diferentes.
- Resistência adesiva menor do que restauração sem reparo.
- Risco de permanência de cárie.

FATORES PARA SEREM CONSIDERADOS P/ REPARO


1) CONDIÇÕES CLÍNICAS:
- Cárie sob restauração.
- Extensão do defeito.
- Localização do defeito.
2) EXPECTATIVA DE LONGEVIDADE DA RESTAURAÇÃO
3) CONSIDERAÇÕES ESTÉTICAS

RESINA COMPOSTA
- Matriz orgânica (dimetacrilados), essa parte que faz polimerização/contração.
- Partículas inorgânicas (propriedades mecânicas).
- Silano (união entre parte orgânica e inorgânica).
- Outros componentes (inibidores, iniciador, ativador, mod. de cor).

CAMADA INIBIDA PELO OXIGÊNIO


- Camada mais superficial da resina composta não é totalmente polimerizada devido ao contato com oxig.
- Usa-se o gel KY para que não ocorra a inibição da camada de resina.
- Redução na quant. de radicais livres depois do acabamento/polimento e contato com água/saliva.
- Acabamento/ajuste oclusal, além de água, remove a camada superficial de resina não polimerizada.
- Não adianta adicionar resina depois de remover o dique de borracha, não vai acontecer união.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -19


COMO REALIZAR O REPARO PARA RESINA
1) TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE: embricamento mecânico para receber uma resina nova (jateamento).
2) FORMAÇÃO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS: silanização usando silano.
- MECANISMOS ENVOLVIDOS NOS PROCEDIMENTOS:
a) Ligações químicas à matriz orgânica da resina antiga.
b) Ligações químicas às partículas expostas.
c) Retenção micromecânica pela penetração de monômeros nas irregularidades.

EMBRICAMENTO MICROMECÂNICO
- Efetivo para promover adesão/reparo é o jateamento c/ partículas de óxido de alumínio.
- Ocorre a asperização da superfície com esse embricamento.
- Pode-se utilizar pontas diamantadas grossas caso não exista o jateamento.
- O QUE ELE FAZ NA RESINA:
1) Aumentar a rugosidade da superfície.
2) Aumentar a área de contato da resina.
3) Promover maior embricamento com o adesivo.
4) Eliminar a camada externa mais degradada.
5) Expor part. de carga para união química com o silano.

TRATAMENTO QUÍMICO DA SUPERFÍCIE


- Dissolução parcial das partículas da resina por ser caústíco.
- Uso do ácido fluorídrico 8% a 10%, não recomendado por ser perigoso.
- É possível usar flúor normal só que acidulado, porém deve-se esperar cerca de 10 minutos para atuar.
- DEPEDÊNCIA DA EFETIVIDADE DO TRATAMENTO COM ÁCIDO:
- Composição da resina composta.
- Concentração do ácido.
- Tempo de utilização.

LIGAÇÃO QUÍMICA COM AS PARTÍCULAS DE CARGA


- A silanização não se torna efetiva se não existirem partículas expostas na superfície.
- O silano acaba sendo um agente de união entre matriz orgânica de resina reparo com resina nova.
- Aplicação do silano deve vir antes da aplicação do sistema adesivo.
- TIPOS DE SILANO DISPONÍVEIS:
- Quimicamente ativado: 2 frascos misturado 5 minutos antes do uso.
- Pronto para uso: 1 frasco.

O silano é um agente de união entre matriz orgânica de


TÉCNICA OPERATÓRIA
resina do reparo com a da resina nova.
1) Escolha de cor.
2) Isolamento do campo operatório.
3) Asperização da superfície com jateamento de óxido Al (paciente deve estar com as narinas cobertas).

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -20


4) Condicionamento com ácido fosfórico (resina e esmalte) para limpeza da superfície.
5) Lavar e secar.
6) Silano por 1 minuto e depois secar.
7) Adesivo e fotopolimerização.
8) Resina composta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Avaliar a possibilidade de fazer o reparo.
- Procedimento rápido e seguro quando bem indicado.
- Preservação do tecido dentário sádio.
- Considerar o aspecto financeiro do paciente.
- Aumentar a longevidade do conjunto dente/restauração.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -21


DENTÍSTICA RESTAURADORA 1 – TRATAMENTO CONSERVADOR DA POLPA

OBJETIVOS DE UMA RESTAURAÇÃO


- Recuperar a função.
- Restabelecer a forma.
- Restaurar a estética.

REQUISITOS DE UMA RESTAURAÇÃO


- Manter o remanescente dental.
- Proteger o remanescente dental.

DENTINA
- Composta por água (21%), proteínas, lipídios e íons não-colagênicos, apatita (47%) e colágeno (27%).
- ESTRUTURA: túbulos dentinários, dentina peritubular e dentina intertubular.
- CARACTERÍSTICAS:
1) Permeabilidade dentinária. 3) Barreira físico-química.
2) Isolante térmico. 4) Dentina reacional/esclerótica.
- MINERALIZAÇÃO FRENTE AS LESÕES CARIOSAS:
- Cárie aguda: sem esclerose.
- Cárie crônica: com esclerose.

POLPA
- Tecido conjuntivo especializado ricamente inervado, vascularizado e responsável pela vitalidade dental.
- COMPONENTES:
- Tecido pulpar profundo. - Camada odontoblástica.
- Zona rica em células. - Pré-dentina.
- Zona acelular.
- FUNÇÕES BÁSICAS DA POLPA:
- Formativa: produz a dentina.
- Protetora: contém nervos (sensibilidade).
- Nutritiva: nutre a dentina.
- Reparadora: capaz de produzir nova dentina.
- ODONTOBLASTOS:
- Células do tecido pulpar altamente diferenciadas, com a responsabilidade de produzir dentina.
- São incapazes de realizar divisão celular.

CAUSAS DE INJÚRIAS AO COMPLEXO DENTINOPULPAR


1) LESÕES CARIOSAS OU NÃO CARIOSAS (ORIGEM BACTERIANA).
2) PREPARO CAVITÁRIO (ORIGEM FÍSICA).
3) MATERIAIS RESTAURADORES (ORIGEM QUÍMICA).

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -22


LESÃO CARIOSA
1) Dentina infectada que deve ser toda removida.
2) Dentina afetada que é passível de remineralização.
3) Dentina sadia.
- O que promove a agressão são os produtos das bactérias, já que as bactérias são maiores.
- PROXIMIDADE: distância de 1mm entre as bactérias e a polpa, as alterações patológicas são mínimas.

AGRESSÃO FÍSICA
- Traumas dentários, erosão, abrasão, abfração, raspagem periodontal, temperatura.
- INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS: vibração, calor, capacidade de corte, pressão.
- INSTRUMENTOS MANUAIS: força e pressão.

AGRESSÃO QUÍMICA
- Materiais restauradores (nenhum material é totalmente inerte).
- Todos são irritantes à polpa.
- AMÁLGAMA:
- Pouco irritante no geral.
- Porém, possui mercúrio que pode causar reação pulpar.
- Pressão por condensação pode ser prejudicial.
- Condução de calor e corrente.
- RESINA COMPOSTA:
- Monômeros residuais que podem estar/ser livres.
- Polimerização deficiente pode causar injúrias.

REAÇÕES DA POLPA DENTÁRIA FRENTE ÀS AGRESSÕES


1) Retração dos prolongamentos de odontoblastos.
2) Produção de materiais para fechar os túbulos, dentina reacional.
3) Necrose do dente em questão.

CONDIÇÕES CLÍNICAS PARA INDICAR TRATAMENTO CONSERVADOR


1) Profundidade e extensão da lesão.
2) Quantidade e qualidade da dentina remanescente.
3) Evolução da lesão.
4) Idade do paciente.
5) Condição pulpar.
6) Material restaurador.

PROFUNDIDADE DA CAVIDADE
- Dentina profunda: maior permeabilidade, menor capacidade de proteção à polpa.
- Espessura de dentina remanescente: 2mm → resposta pulpar mínima.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -23


CAVIDADES E PROFUNDIDADE
- Visualmente muito difícil mensurar a profundidade da cavidade.
- Micro exposição da polpa pode ser possível.
- Diferentes profundidades em uma mesma cavidade.
1) CAVIDADE SUPERFICIAL:
- Pode estar aquém da JAD.
- Nível ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária.
2) CAVIDADE RASA:
- Lesões incipientes.
- Paredes localizadas entre 0,5mm a 1mm após JAD.
3) CAVIDADE MÉDIA:
- Corresponde à metade da espessura da dentina remanescente.
- 1 a 2mm da JAD.
4) CAVIDADE PROFUNDA:
- Ultrapassam a metade da espessura da dentina.
- Possui cerca de 0,5mm de dentina remanescente.
5) CAVIDADE MUITO PROFUNDA:
- Cerca de 0,5mm da polpa ou menos.
- Fazer proteção pulpar indireta.

IDADE DO PACIENTE
- Jovens possuem uma polpa mais ampla.
- Idosos possuem muita dentina secundária e reacional.
- Pacientes jovens podem desenvolver cáries/cavidades mais rápido, câmara pulpar maior.

CONDIÇÃO PULPAR
A) DOR DENTINÁRIA
- Provocada.
- Condição reversível.
B) DOR PULPAR
- Espontânea.
- Condição irreversível.

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINOPULPAR


A) PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA [SEM EXPOSIÇÃO PULPAR]
- Cavidades rasas.
- Cavidades médias.
- Cavidades profundas.
- Tratamento expectante.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -24


B) PROTEÇÃO PULPAR DIRETA [COM EXPOSIÇÃO PULPAR]
1) Capeamento pulpar.
2) Curetagem pulpar.
3) Pulpepctomia.

PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA


- OBJETIVOS:
- Resguardar o complexo dentinopulpar.
- Manter a vitalidade pulpar.
- Inibir o processo carioso.
- Estimular a formação de dentina terciária.
- MODO DE APLICAÇÃO: aplicar nas paredes de fundo (axial ou pulpar).
- ESPESSURA:
- Vedador cavitário (0,1mm).
- Forrador cavitário (0,5mm).
- Base protetora (0,5mm a 2mm).
- CARACTERÍSTICAS IDEIAIS:
1) Isolamento térmico e elétrico.
2) Suportar forças de compreensão.
3) Cariostático.
4) Antibacteriano.
5) Estimular a formação de dentina reparadora.
6) Impermeável.

MATERIAIS PROTETORES
a) Vernizes cavitários.
b) Produtos à base de hidróxido de cálcio.
c) Cimentos odontológicos (CIV e OZE que interfere na RC).

TRATAMENTO EXPECTANTE
- Cavidades profundas ainda com tecido cariado.
- Deve-se deixar a parede de fundo da cavidade.
- OBJETIVOS:
- Anular agressões provenientes da lesão cariosa.
- Interromper o circuito metabólico dos fluídos bucais.
- Bloquear a infiltração marginal.
- Inativar por ação bacteriosática ou bactericida.
- Estimular a formação de dentina reparadora.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -25


- INDICAÇÕES:
- Lesões profundas de rápida evolução.
- Ausência de dor espontânea.
- Pacientes jovens.
- Lesões com risco de exposição pulpar.
- CONDIÇÕES PULPARES:
- Dor provocada por estímulos térmicos ou mastigação.
- Que pode ser reduzida com analgésicos.
- Pulpite reversível.
- PROTOCOLO CLÍNICO:
1) Remoção do tecido cariado com curetas (sem anestesia p/ paciente sentir dor).
2) Deixar uma fina camada de dentina cariada sem expor a polpa.
3) Limpeza cavitária com solução de digluconato de clorexidina 2% com bolinha de algodão 2 minutos.
4) Colocação de hidróxido de cálcio (PA + cimento de hidróxido de cálcio) mais puro p/ forramento.
5) Base com cimento de ionômero de vidro.
6) Restauração provisória (geralmente CIV).
7) Aguardar de 45 a 60 dias.
8) Avaliação e restauração final.
- PERÍODO DE ESPERA
- Geralmente 45 a 60 dias.
- Recuperação da polpa.
- Paciente sem sintomatologia dolorosa.
- Verificar remineralização de dentina descalcificada.
- Possível deixar ainda o tecido cariado embaixo da restauração.
- REMOÇÃO TOTAL OU PARCIAL DE TECIDO CARIADO?
- Dentística minimanente invasiva, sem remover tecido saudável.
- Remoção somente de tecido infectado.
- Sucesso clínico após a remoção parcial do tecido cariado.

PROTEÇÃO PULPAR DIRETA


- Consiste em aplicar um agente protetor em tecido pulpar exposto.
- A polpa deve estar um estágio reversível de inflamação e contaminação.
- Deve-se promover um reestabelecimento da polpa e protegê-la de futuras irritações.
- Deve-se manter a sua vitalidade e estimular uma nova dentina.
- Aplicar material no tecido pulpar exposto para que aconteça a formação de tecido mineralizado.
- SUCESSO NA PROTEÇÃO PULPAR DIRETA:
1) Idade do paciente.
2) Tamanho da exposição.
3) Agente capeador.
4) Campo operatório contaminado ou não.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 5 -26


- TRATAMENTO CONSERVADOR
- Import. fisiológica: dentes com rizogênese incompleta, canais atrésicos ou demasiadamente curvos.
- Import. sócio-econômica: minimiza a quantidade de extrações dentárias e tratamentos endodônticos.
- TIPOS DE PROTEÇÃO PULPAR DIRETA:

CAPEAMENTO PULPAR DIRETO


- INDICAÇÕES: exposições recentes e pequenas (menores que 1 mm).
- CONTRA-INDICAÇÕES:
- Dor espontânea e contínua.
- Evidência radiográfica.
- Exsudato purulento com cor escura.
- Característica de sangramento.
- PROGNÓSTICO:
- Tamanho da exposição.
- Contaminação.
- Idade.
- Degradação do coágulo.
- PROTOCOLO CLÍNICO:
1) Remoção de tecido cariado completa e depois exposição pulpar acidental.
2) Lavagem (água destilada ou soro fisiológico) para controlar hemorragia.
3) Secagem da cavidade com algodão estéril.
4) Acomodação do hidróxido de cálcio (pó) ou pasta.
5) Aplicação do cimento de hidróxido de cálcio.
6) Colocação da base de cimento de ionômero de vidro.
7) Restauração.
8) Proservação.
- VARIÁVEIS DO CAPEAMENTO PULPAR DIRETO:
- Presença de cárie.
- Condição do tecido pulpar.
- Capeamento pulpar vs curetagem.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 6 -27


CURETAGEM
- Remoção parcial da polpa coronária exposta e contaminada.
- INDICAÇÕES: exposições pulpares médias e recentes.
- Possível ter lesões de cárie/preparo cavitário, bem como de traumas dentários.
- Colocação de um revestimento biológico sobre a porção desnuda da polpa remasnecente.
- CONTRA-INDICAÇÕES:
- Dor espontânea e contínua.
- Evidência radiográfica.
- Exsudato purulento.
- Característica do sangramento após curetar.
- Consistência do tecido pulpar.
- PROGNÓSTICO:
- Tamanho da exposição.
- Contaminação.
- Idade.
- Degradação do coágulo.
- PROTOCOLO CLÍNICO DE CURETAGEM PULPAR
1) Remoção do tecido cariado.
2) Lavagem (soro ou água destilada).
3) Corte de parte do tecido pulpar com curetas ou ponta diamantada.
4) Lavagem com soro fisiológico para controlar a hemorragia e estancar o sangramento.
5) Secagem da cavidade com algodão estéril.
6) Acomodação do hidróxido de cálcio (pó).
7) Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio.
8) Colocação de base de cimento de ionômero de vidro.
9) Restauração.
10) Proservação.

PULPOTOMIA
- Remoção de toda a polpa coronária do dente em questão.
- Deixar apenas a polpa dos conductos radiculares.
- INDICAÇÕES:
- Exposição acidental com dentes com raízes incompletas.
- Exposição acidental com presença de tecido cariado.
- Fraturas coronárias extensas.
- PROGNÓSTICO:
- Tamanho da exposição.
- Contaminação.
- Idade.
- Degradação do coágulo.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 7 -28


- PROTOCOLO CLÍNICO:
1) Remoção do tecido cariado.
2) Remoção do teto da câmara pulpar.
3) Remoção da polpa coronária com broca esférica diamantada ou cureta.
4) Lavagem com soro ou água destilada para controlar hemorragia.
5) Secagem da cavidade com algodão estéril.
6) Acomodação do hidróxido de cálcio (pó).
7) Aplicação do cimento de hidróxido de cálcio.
8) Colocação de base de cimento de ionômero de vidro.
9) Restauração.
10) Proservação.

RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA OU PERMANENTE


- Necessidade de vedamento marginal.
- Presença de esmalte cervical.
- Proteção do agente capeador.

SUCESSO DO TRATAMENTO
- 40 a 60 dias.
- Anamnese.
- Testes de vitalidade.
- Exame radiográfico.
- Constatação clínica (inspeção).

TECIDO PULPAR DE IDOSOS E SUA RELAÇÃO COM PROTEÇÃO PULPAR


- Tecidos pulpares envelhecidos não possuem tanta atividade.
- Maior quantidade de fibrose.
- Menor capacidade de reação.
- Maior depósito de cálculos pulpares que reduzem o volume pulpar.
- Volume pulpar reduzido.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 8 -29


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS

ETIOLOGIA
- Perda irreversível de estrutura mineralizada, sem envolvimento bacteriano.
- Etiologia multifatorial.
- Fatores químicos e/ou mecânicos podem ser fatores complicadores.
- Cargas oclusais podem estar associadas.

PREVALÊNCIA
- De 2% a 90% da população. Presença de dentina
esclerosada, sem dor.
- Variações dependem da idade, gênero, população e hábitos orais e dietéticos.
- Grande correlação com a idade.
- Prevalência de LCNC em idosos é sempre maior.

SINTOMAS
- LESÕES SINTOMÁTICAS: sensibilidade associada à exposição dos túbulos (erosão).
- LESÕES ASSINTOMÁTICAS: sup. lisa com evidência de depósitos intratubulares, esclerose. (abrasão).
- Possível ter dentina esclerosada e por isso, não ter dor no paciente.

ABRASÃO
- Desgaste mecânico produzido por meio de contato repetido.
- Não está relacionado à oclusão.
- Geralmente está relacionado à escovação.
- Maior frequência de escovação e técnica horizontal podem estar relacionadas.
- Força e/ou lado da escovação. Perimólise é uma
- Desgaste provocado por dentifrício não é significante. FORMA DE EROSÃO
dentária,
- ETIOLOGIA:
caracterizada pela
1) Técnica de escovação:
desmineralização do
- Técnica. - Lado de início. tecido dental sem
- Frequência. - Rigidez e arredondamento. envolvimento

- Tempo. - Abrasividade. bacteriano, de origem


intrínseca ou
- Força aplicada.
extrínseca.
2) Hábitos (palito, caneta, etc).
- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
1) Lesões múltiplas. 5) Superfície polida, duro e lisa.
2) Geralmente rasas e extensas. 6) Associadas à recessão gengival.
3) Acomete mais a superfície vestibular. 7) Ausência de biofilme e descoloração.
4) Margens agudas e bem definidas.
- MEDIDAS PREVENTIVAS:
- Dentifrício com baixa abrasividade, escova dental macia e técnica menos agressiva.
- Flúor em bochecho e/ou aplicação de gel concentrado com pH neutro.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -30


ATRIÇÃO OU FRICÇÃO
- Desgaste da estrutura dental causado pelo contato dente-a-dente.
- Pode ser fisiológico (envelhecimento, mastigação) ou patológica (bruxismo).
- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
1) Desgaste incisal e oclusal.
2) Mais comum em pacientes idosos.
3) Desgaste plano e uniforme.
4) Encurtamento das coroas e afinamento do esmalte.
5) Presença de facetas de desgaste, perda de cúspide.
6) Pode provocar perda da dimensão vertical.
- MEDIDAS PREVENTIVAS:
a) Placa miorrelaxante.
b) Restabelecimento das guias oclusais.

EROSÃO OU BIOCORROSÃO
- Desgaste dental crônico provocado por agentes químicos de origem EXTRÍNSECA OU INTRÍNSECA.
- Possível atingir oclusais dos dentes, não somente superfícies lisas.
- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
1) Perda de estrutura dental crônica. 5) Contorno arredondado (formato pires).
2) Geralmente indolor. 6) Sem biofilme.
3) Lesões rasas e sem término nítido. 7) Oclusal, vestibular, lingual.
4) Superfície lisa. 8) Restaurações projetadas.
A) FATORES EXTRÍNSECOS:
- Superfícies vestibulares dos dentes superiores.
- Afinamento e fratura de bordas incisais.
A) CAUSAS EXTRÍNSECAS:
1) Dieta ácida (sucos, refrigerantes, vinhos, energéticos).
2) Vitamina C.
3) Medicamentos.
4) Ambientes (indústrias, laboratórios, piscinas).
B) FATORES INTRÍNSECOS:
- Palatina dos dentes superiores.
- Oclusais dos inferiores (perimólises).
B) CAUSAS INTRÍNSECAS:
1) Distúrbios gastroesofágicos. 6) Bulimia.
2) Refluxo gastroesofágico. 7) Alcoolismo.
3) Hérnia de hiato. 8) Abuso de drugas.
4) Gravidez. 9) Medicamentos.
5) Anorexia nervosa.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -31


- SEVERIDADE DO DESGASTE:
- Um a dois anos após o início do ataque ácido.
- Frequência e duração regular.
- Sensibilidade dental. LESÕES ASSOCIADAS EROSÃO/ABRASÃO
- Fraturas das bordas incisais. - A abrasão é acelerada c/ solubilização ácida.
- Higiene bucal. - Efeito combinado é pior que o isolado.
- Grau de mineralização. - Dieta ácida associada a escovação.
- Acesso ao flúor.
- Quantidade e qualidade da saliva.
- Frequentemente associada a outros fatores (abrasão).
- FATORES ASSOCIADOS:
a) Hábitos de higiene bucal (escovação).
b) Fatores dentais como mineralização e fluoretos.
c) Quantidade e qualidade de saliva.
d) Parafunção oclusal.
- MEDIDAS PREVENTIVAS:
1) Reduzir a ingestão de bebidas e alimentos ácidos.
2) Usar canudo caso não consiga reduzir.
3) Escovar 1h após agressão ácida.
4) Enxaguar os dentes com água após ingestão de ácidos.
5) Restringir os alimentos ácidos às refeições principais.

ABFRAÇÃO
- Perda patológica dos tecidos duros dentários decorrente de FORÇAS OCLUSAIS TRAUMÁTICAS.
- Provocam o desgaste do esmalte, dentina e cemento.
- CAUSA EXCLUSIVAMENTE POR FATORES OCLUSAIS.
- Forte correlação entre bruxismo e parafunção.
- Simples contato prematuro pode gerar abfração.
- ETIOLOGIA:
- Hipótese de forças laterais excêntricas.
- Tensões na junção cemento esmalte.
- Ruptura dos cristais de esmalte.
- Extensão subgengival.
- Susceptibilidade ao desgaste.
- Superfície lisa e polida.
- Lesões em forma de cunha.
- Maior frequência em PM e M.
- GENERALIDADES:
- Localizada em um ou mais dentes.
- Forma de cunha com ângulos vivos. A abfração é a causa primária de todas

- Bordas bem definidas. as lesões cervicais não-cariosas.

- PRESENÇA DE FACETAS DE DESGASTE (CÚSPIDES, VERTENTES, ETC).


- Possível ter interferências oclusais.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -32


TRATAMENTO DE LCNC
- Quando restaurar?
1) Tamanho da lesão.
2) Sensibilidade.
3) Exigência estética.
- Cavidade não retentiva.
- Substrato dentinário diferente.
- Margem sub-gengival exposta.

ESCLEROSE DENTINÁRIA
- Condicionamento ácido DEMORADO foi menos efetivo.
- Condicionamento ácido de 20% também não foi efetivo.
- MEIOS MECÂNICOS PARA REMOVER SUPERFÍCIE DENTINÁRIA:
a) Jateamento com óxido de alumínio.
b) Ponta diamantada.
- Ambos os métodos criam rugosidades para permitir adesão correta.

TRATAMENTO RESTAURADOR O material restaurador deve absorver a


1) Resinas compostas. energia transmitida pelas forças
2) Cimento ionômero de vidro. oclusais sem deformação permanente.
3) Técnica de sanduíche.
4) Restaurações indiretas.
- BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE:
- Resinas de micropartículas ou nanopartículas.
- Resinas flow (< % carga).

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -33


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – PRINCÍPIOS ESTÉTICOS

ODONTOLOGIA ADESIVA
- Melhoria estética.
- Conversão do tecido dental.
- Esforço da estrutura dental.
- Redução de infiltração marginal.
- Maior diversidade de técnica.
- Menor sensibilidade pulpar.

ANÁLISE ESTÉTICA
A) MACROESTÉTICA: relacionado a face, condição periodontal e visão de dentes em grupo.
B) MICROESTÉTICA: relacionado a um único dente.

FORMAS DA FACE O formato do dente irá ser


1) Triangular. confeccionado/selecionado
2) Redondo. pela forma da face.
3) Quadrado.

ANÁLISE DE PERFIL PONTO DE DOMINÂNCIA


- Classe I, II ou classe III. 1) Olhos.
- Perfil côncavo, convexo ou então reto. 2) Sorriso.

FACE ANÁLISE FRONTAL PONTO REFERÊNCIA


- Forma da face. 1) Centro da glabela.
- Linha média da face. 2) Ponta do nariz.
- Tipo de lábio. 3) Ponta do mento.
- Linha interpupilar. 4) Linha bipupilar.
- Linha intercomissura. 5) Linha intercomissura.
- Equilíbrio terços da face.

FACE ANÁLISE SORRINDO


- Tipo de sorriso. - Linha interpupilar.
- Corredor bucal. - Curvatura incisal.
- Plano incisal. - Linha média dentária.

PORPORÇÕES HORIZONTAIS PORPORÇÕES VERTICAIS


- 1º terço: cabelo → glabela. - 5 olhos no paciente (como largura).

- 2º terço: glabela → base nariz. - Presença nos 3 terços horizontais.


- Presença nos 3 terços horizontais.
- 3º terço: base nariz → mento.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -34


TIPO DE SORRISO
- Alto: expõe altura cervicoincisal.
- Médio: expõe 75% da coroa clínica e papilas.
- Baixo: 75% ou menos da altura da coroa clínica.

TIPOS DE LÁBIO NA VERTICAL TIPOS DE LÁBIO NA HORIZONTAL


- Grossos. - Largos (até M).
- Médios. - Médios (até PM).
- Finos. - Estreitos (dificuldade até pra IC).

SORRISO APROXIMADO
- Tipo de lábio.
- Altura do sorriso.
- Alinhamento dental.
- Gradação (visão vai p/ posterior e começa a não ver).
- Curvatura incisal (acompanha lábio inferior).

LÁBIO EM REPOUSO – EXPOSIÇÃO DOS ICS Dentes anteriores superiores próximos


- Homens em média de 1,9mm. a linha seco-molhada do lábio inferior.
- Mulheres em média de 3,4mm.
- Importante fator na jovialidade do sorriso.
- COM A IDADE, DIMINUI EXPOSIÇÃO NOS ICS E AUMENTA NOS ICI.

PERFIL APROXIMADO
- Relação incisivo central superior com lábio inferior.
- Alinhamento dental.
- Suporte dos lábios.

REGIÃO INTRABUCAL
- Contorno gengival. - Curvatura incisal.
- Zênites dentais (parte + cervical da coroa clínica). - Alinhamento dental.
- Papila interdental. - Inclinação axial.
- Saúde periodontal. - Ameias incisais.

CONTORNO GENGIVAL
- Gengivoplastia pode ser possível.
- Presença de um triângulo (ICS concidindo com o CS).
- Contorno gengival dos CS é quase paralelo ao CS.
- Coincidência entre o zênite do IC e do CS em altura.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -35


ZÊNITE
- Ponto mais cervical para a coroa clínica.
- Ponto geralmente é levemente inclinado para distal.
- DARÁ O ANGULAÇÃO AXIAL DO PACIENTE.

AMEIA INCISAL
- PEQUENA → MÉDIA → GRANDE (SEQUÊNCIA PARA DECORRAR).
- Triângulo presente entre dentes, espaço “vazio”.
- Ficam maiores conforme se distancia da linha média.

LINHA MÉDIA DENTÁRIA


1) Perpendicular ao plano incisal.
2) Deve ser paralela ou concidente com linha média/sagital da face do paciente.
- Exemplo: uso com laminados cerâmicos e correção da linha média.

SAÚDE PERIODONTAL
- Ausência de sangramento.
- Coloração gengival rósea-avermelhada.
- Facilidade para identificar gengiva margina livre, junção mucogengival e mucosa alveolar.

PAPILAS GENGIVAIS
- Crista óssea alveolar ao ponto de contato.
- Importante para fechamento de diastemas.
- 5mm = 99% presença de papila.
- 6mm = 56% presença de papila.
- 7mm = 27% presença de papila.

PROPORÇÕES DENTÁRIAS
- Possível usar em números fixos/média.
- É possível usar com porcentagens.
- Aplicação direta em restaurações diretas ou indiretas.
- PORCENTAGENS L/C:
1) Largura 80% do comprimento em central.
2) Largura 69% do comprimento em lateral.
3) Largura 72% do comprimento em canino.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -36


- COMPRIMENTO DENTES:
- COMPRIMENTO DO CENTRAL É IGUAL AO CANINO.
- Comprimento do lateral de 15% a 20% menor que o central.
- Não considerar apenas a borda.
- LARGURA DENTES:
- Lateral é 20% a 25% mais estreito do que o central.
- Canino é 10% mais estreito que o lateral.

FORMA DENTAL
- Cristas marginais serão referência para confeccionar.
- Utilizar a forma do paciente para realizar a forma dental.
- TRIANGULAR: cristas que se encontram na cervical e divergem na incisal.
- QUADRANGULAR: cristas paralelas que nunca se encontram.
- OVALADA: se encontram na cervical e na incisal.

MACROTEXTURA
- Sulcos de desenvolvimento que se encontram separados os lóbulos.
- Dentes de jovem possuem esses sulcos pronunciados.
- Uso de pontas diamantadas FF é já possível.
- Sulcos/linhas horizontais dão ilusão de dente largo.
- Sulcos/linhas verticais dão ilusão de dente comprido.

MICROTEXTURA
- Periquimácias e estrias de Retzius são a mesma coisa, porém falar periquimácias na prova.
- As periquimácias são consideradas as linhas de secreção do ameloblasto.
- Deve-se realizar em pacientes jovens.

CONCEITOS DE COR
- Dente muito branco? Provavelmente o erro foi no valor da dentina, esmalte é mais translúcido.
- Humanos enxergam de 400 a 700nm.
- Terço médio é o terço mais luminoso do dente em questão.
- Terço cervical é menos luminoso pois tem menos esmalte.
- Terço incisal não é o mais luminoso, pois parte da luz atravessa (opascelência).
- OPALESCÊNCIA: propriedade do esmalte de transmitir as ondas longas do espect e curtos refletem.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -37


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – CLASSE III E DIASTEMAS

DIASTEMAS DENTAIS
- Espaços ou aberturas dentais entre dentes adjacentes de uma mesma arcada dentária.
- Possuem etiologia multifatorial.
- Podem causar desconforto estético e funcional ao paciente.
- POSSÍVEIS ETIOLOGIAS:
1) Congênitas ou adquiridas: 2) Freio labial anormal.
- Discrepâncias dentoalveolares. 3) Incisivo lateral conóide.
- Ageneias dentoalveolares. 4) Giroversões dentais.
- Agenesias dentárias. 5) Sucção de dedo.
- Hábitos deletérios. 6) Alterações gengivais/periodontais.
- Movimentações ortodônticas. 7) Migração dental patológica.

CLASSIFICAÇÃO DOS DIASTEMAS DENTAIS


1) Localizados.
2) Generalizados.

DIAGNÓSTICO ESTÉTICO DOS DIASTEMAS


- Pequenas modificações restauradoras.
- Pequenas modificações plásticas.
- Podem refletir em mudanças significantes.
- Benefício na autoestima e aceitação social.

ANÁLISE ESTÉTICA
- Deve-se analisar tanto a parte de microestética e de macroestética.
- De suma importância para checar qual tratamento será possível e factível.

ANÁLISE DA MORFOLOGIA DOS DENTES


A) DIMENSÕES DENTÁRIAS:
- ICS: largura corresponde a 80% de altura.
- ILS: largura corresponde a 69% de altura.
- C: largura corresponde 72% de altura.
B) COR (matiz, croma e valor).
C) TEXTURA (sulcos e lóbulos/relacionado a idade).

ANÁLISE DO CONTORNO GENGIVAL


- Incisivos centrais superiores devem ser na mesma altura de caninos.
- Incisivos laterais superiores 15% menores que ICS.
- Pré-molares e molares menores que canino.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -38


EFEITOS COSMÉTICOS ESTÉTICOS
- Forma. - Alinhamento. - Textura de superfície.
- Tamanho. - Contorno. - Cor.

RECONTORNO ESTÉTICO
- Técnica que utiliza restaurações para alterar as características de forma, contorno e posição dos dentes.
- Possível adequar o sorriso para padrões estéticos desejáveis.
- INDICAÇÕES:
- Dentes pequenos e com formato anatômico alterado.
- Espaços entre dentes.
- Finalização do tratamento ortodôntico (discrepância de Bolton).
- Correção de bordas desgastadas ou fraturadas.
- SELEÇÃO MATERIAL: POSSÍVEL GENERALIZAR
1) Idade do paciente. - Pequenas modificações de forma.
2) Necessidade de desgaste dentário. - Pequenos fechamentos de espaços (3mm).
3) Hábitos do paciente. - Indicação para resinas compostas.
4) Fator oclusal (equilibrio). - Propriedades do material restaurador.

5) Quantidade de material restaurador necessário. - Limitações de técnica.

- POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO:
- Utilizando resinas compostas diretas.
- Utilizando resinas compostas indiretas.
- Utilizando laminados cerâmicos.
- Associado ou não a tratamento cirúrgico gengival.
- Associado ou não a tratamento ortodôntico.

PERCEPÇÃO VISUAL EM REMODELAÇÃO ESTÉTICA


- PRINCÍPIOS DE ILUSÃO DE ÓPTICA:
- Aumento do constraste irá aumentar a visibilidade.
- Aumento da reflexão de luz aumenta a visibilidade.
- Aumento da deflexão de luz diminui a visibilidade.
- DEPENDE:
1) Contraste de cor, formas e linhas.
2) Depende da deflexão/reflexão da luz.
- DEFLEXÃO: o quanto de luz é desviada.
- REFLEXÃO: o quanto de luz é “retornada”, refletida.
- Quanto mais plana for uma região, mais áreas de reflexão ela terá.
- Quanto maiores forem as regiões de deflexão, mais estreito o dente aparecerá.
- GERALMENTE CRISTAS MARGINAIS SÃO ÁREAS DE DISPERSÃO/DEFLEXÃO.
- Enquanto região central é uma área de reflexão.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -39


CONSIDERAÇÕES FINAIS
- É possível realizar casos com enceramento ou então com a técnica restauradora direta propriamente dita.
- Método conversador e eficaz sempre será priorizado.
- Cuidados na técnica e na preservação do seu trabalho.

RESTAURAÇÕES CLASSE III


A) PREPARO CAVITÁRIO-DENTINA:
- Remoção de cárie em dentina feito com brocas carbide esféricas.
- Tamanho compatível com tamanho da cavidade.
- Uso de alta rotação e também colheres de dentina.
B) ACABAMENTO:
- Acabamento em margem cervical, principalmente.
- Recortador de margem gengival.
- Machado para esmalte também pode ser utilizado.
C) ÂNGULO CAVOSSUPERFICIAL VESTIBULAR:
- Vestibular de dentes anteriores, pegando 1mm a 2mm de extensão.
- Pontas diamantadas 2135, 2200 ou 1112 podem ser usadas.
- TIPOS DE ACESSO:
a) Acesso direto (ausência de dente adjacente, separação dental ou preparo do dente adjacente).
b) Lingual ou palatal.
c) Vestibular.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -40


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – CLASSE IV

ORIGEM MULTIFATORIAL DAS FRATURAS ETIOLOGIA CLASSE IV


- Quedas na infância. - Cárie.
- Acidentes automobilítsticos. - Fratura.
- Esportes. - Defeitos estruturais.
- Colisões. - Hipoplasia de esmalte.
- Agressão física à criança. - Fluorose.
- Tortura. - Dentinogênse imperfeita.
- Epilepsia. - Amelogênese imperfeita.
- Desgaste dental.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMATISMOS


1) Fratura de esmalte.
2) Fratude de esmalte/dentina.
a. Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico.
b. Com exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico.
c. Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico.
d. Com exposição pulpar e com exposição do espaço biológico.

FRATURAS DE ESMALTE E DENTINA


- Oblíquas, longitudinais ou transversais.
- Invasão do espaço biológico:
- Coronal a margem óssea.
- Ao nível da margem óssea.
- Apical a margem óssea.

EPIDEMIOLOGIA DOS TRAUMATISMO DENTAIS


- Sexo masculino é mais atingido.
- Ocorre mais em pacientes jovens.
- Pico de incidência de 2 a 4 anos ou então 8 a 10 anos.

PLANO DE TRATAMENTO E VARIÁVEIS


- Tipo de fratura que aconteceu. - Tempo e recursos por parte do paciente.
- Fragmento dental: - Exigência estética do paciente.
- Disponibilidade para colar. - Fator emocional:
- Viabilidade para aproveitar fragmento. - Estado psicológico do paciente.
- Idade do paciente. - Ansiedade dos pais.
- Grau de envolvimento da raiz. - Quadro pulpar e/ou perio indefinido.
- Remanescente dental (qualidade e quantidade).
- Oclusão.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -41


FRATURA DE ESMALTE
- Raramente prejudicam a função ou a estética.
- TRATAMENTO:
- Controle.
- Restauração adesiva direta com RC.
- Colagem de fragmento caso possível.

FRATURA DE ESMALTE/DENTINA
- Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico.
- TRATAMENTO:
- Manutenção e controle clínico/radiográfico.
- Restauração adesiva.

FRATURA DE ESMALTE/DENTINA
- Com exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico.
- TRATAMENTO:
- Tratamento conservador da polpa (capeamento, curetagem, pulpotomia).
- Tratamento radical.

TRATAMENTO CONSERVADOR
- DOR: AUSÊNCIA DE DOR ESPONTÂNEA CONTÍNUA.
- Sangramento: vermelho-vivo.
- Retenção: sem a necessidade de utilizar o canal radicular como retenção.
- Idade do paciente: maior índice de sucesso com jovens.
- Tempo de exposição pulpar: quanto mais recente for a exposição, melhor prognóstico.
- Tamanho da exposição: não é fator determinante para escolha do tratamento.
- IMPORTÂNCIA DA PROSERVAÇÃO DOS TRAUMATISMOS
1) Sequelas após trauma.
2) Associação de fraturas coronárias e luxação → necrose pulpar.
- MATERIAL:
- Limpeza e desinfecção da porção exposta e contaminada.
- Revestimento por material biológico compatível (hidróxido de cálcio).

FRATURA DE ESMALTE/DENTINA
- Sem ou com exposição pulpar e ainda com invasão do espaço biológico.
- Abordagem interdisciplinar.
- MAIORIA DOS CASOS:
- Tratamento endodôntico radical.
- Procedimentos cirúrgicos periodontais.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -42


POSSIBILIDADES DE ABORDAGEM DOS DENTES FRATURADOS
- Exodontia do remanescente dental.
- Manutenção e controle vigilante do dente sem restauração.
- Execução de determinado tipo de restauração, utilizando ou não o fragmento do dente fraturado.

TRATAMENTO
- Preservação dos casos de traumatismo é de suma importância.
- Restauração com resina composta.
- MÃO LIVRE: pincel e espátula.
- MATRIZ DE SILICONE: palatina com silicone pesado e vestibular com silicone transparente.
- Colagem de fragmento propriamente dito.

TÉCNICA DIRETA CLASSE IV


- VANTAGENS:
1) Mínimo ou nenhum preparo da estrutura dentária.
2) Baixo investimento financeiro.
3) Boa estética final.
- RESINAS NANOHÍBRIDAS E NANOPARTICULADAS:
- Excelentes propriedades mecânicas (guia anterior e contato com dente antagonista).
- Bom polimento e estética.
- Reduzida contração de polimerização.

COLAGEM DE FRAGMENTO DENTÁRIO


1) Colagem autógena. 1) Dentes vitais. 1) Colagem mediata.
2) Colagem homógena. 2) Dentes não vitais. 2) Colagem imediata.
- VANTAGENS:
- Efeito psicológico positivo sobre o paciente.
- Tratamento conservador.
- Estética.
- Manutenção da função.
- Técnica simples e segura.
- DESVANTANGENS:
- Diferença de cor (fragmento não hidratado no momento da colagem).
- Possibilidade de mal posicionamento.
- Deslocamento do fragmento (isolamento não adequado).
- Linha de fratura evidente (adaptação do fragmento).
- CONSIDERAÇÕES:
- Adaptação do fragmento em relação ao remanescente dental.
- Condição do fragmento.
- Tamanho do fragmento.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -43


- Cor do fragmento.
- Extensão da fratura.
- Idade do paciente.
- Condição pulpar ou do tratamento endodôntico.
- Expectativa estética por parte do paciente.
- Oclusão.

SEQUÊNCIA OPERATÓRIA PARA COLAGEM FRAGMENTO


1) Armazenar o fragmento dental (pode ser em água mesmo).
2) Realizar profilaxia dos dentes.
3) Seleção da resina composta.
4) Isolamento do campo operatório (não realizar bísel).
5) Remoção de toda a dentina do fragmento.
a. Evitar escurecimento da dentina remanescente.
b. Dar espaço para material forrador.
6) Proteção pulpar com hidróxido de cálcio e CIV.
7) Posicionamento do fragmento no remanescente dental e colagem com resina não fotoativada.
8) Obtenção da guia em godiva (correto posicionamento do dente).
9) Condicionamento ácido do fragmento e do dente em si.
10) Lavagem 20s e remoção do excesso de umidade.
11) Aplicação do sistema adesivo no fragmento e no remanescente (polimerização).
12) Aplicação de resina híbrida (local da dentina retirada).
13) Posicionamento da guia em godiva e remoção de excessos com bisturi.
14) Fotopolimerização do conjunto.
15) Remoção do isolamento absoluto e checagem da oclusão.
16) Retorno do paciente entre 1 a 30 dias.
É possível melhorar a
17) Realização do polimento.
estética com pequenos
18) Recomendações ao paciente.
reparos na linha de
junção da fratura
PROTOCOLO CLÍNICO CLASSE IV
dentária.
1) Profilaxia. 7) Isolamento.
2) Análise estética. 8) Preparo do dente – biselamento (vestibular).
3) Escolha da técnica restauradora. 9) Limpeza e proteção pulpar.
4) Escolha da cor. 10) Sistema adesivo.
5) Análise da oclusão. 11) Resinas compostas escolhidas.
6) Condições periodontais. 12) Acabamento e polimento.

ANÁLISE ESTÉTICA
- MACROESTÉTICA: aspectos relacionados à face, periodonto e aos dentes em grupo.
- MICROESTÉTICA: aspectos relacionados aos detalhes de cor, textura superficial e forma dos dentes indiv.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -44


- Estética branca e estética vermelha também é importante.
- Analisar o dente homólogo sempre que possível.

BÍSEL
- Melhorar a estética do dente. - Remoção dos prismas de esmalte não retidos.
- Melhorar a adesão ao dente. - Extensão depende do modelo de estética/adesão.
- Restrito ao esmalte.

ESCOLHA DA TÉCNICA RESTAURADORA


1) MÃO LIVRE: pincel e espátula.
2) MATRIZ DE SILICONE TRANSPARENTE: guia palatina em silicone de adição.

ESCOLHA DA RESINA COMPOSTA


- Contatos dentes anteriores inferiores na superfície palatina dos superiores.
- Guia anterior.
- Híbridas, microhíbridas, nanohíbridas e nanoparticuladas (sem resistência p/ contato).

MATIZ
- Classificação dos matizes dentais pela Vita Zahnfabrik (Alemnha).
- A: marrom-avermelhado. - C: cinza-esverdeado.
- B: amarelo-alaranjado. - D: cinza-rosado.

CROMA OU SATURAÇÃO
- Grau de intensidade ou saturação de um determinado matriz.
- Quanto maior o croma, maior saturação.

SELEÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR


- Dentes naturais são policromáticos.
- Dentes adequadamente limpos antes do isolamento.
- Luz natural tem influência na cor da dentina e na cor do esmalte.
- Incisais translúcidas (crianças e adolescentes).
- Caracterização: tintas ou pigmentos resinosos.
- QUANTO AS RESINAS:
- Escala Vita e Não Vita.
- Escala Vita Extendida.

VANTAGENS DAS FACETAS DE RESINA COMPOSTA DIRETA


- Conservação da estrutura dental sadia.
- Estética satisfatória.
- Resultado imediato.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 5 -45


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – CLAREAMENTO DENTAL

GENERALIDADES
- Conservação da estrutura dental + restabelecimento da estética dos pacientes.
- Tecidos dentários são permeáveis a fluídos durante anos.

CLAREAMENTO DENTAL
- Visa alterar a cor dos dentes naturais utilizando substâncias clareadoras.
- Essas substâncias possuem hidróxido de hidrogênio em maioria.
- LIMITAÇÕES:
1) Cárie. Nem todos os pacientes podem utilizar
2) Doença periodontal. o clareamento caseiro ou profissional.
3) Sensibilidade.
4) Lesão cervical não cariosa. - EFEITOS INDESEJÁVEIS:
5) Manchamentos. - Sensibilidade.
6) Próteses e implantes. - Danos aos tecidos moles.
7) Gestantes.

ETIOLOGIA DAS ALTERAÇÕES DE COR


A) MANCHAS EXTRÍNSECAS:
- São mais superficiais.
- Aparecem após a erupção do dente em si.
- TIPOS DE MANCHAS:
- Acúmulo de placa e cálculo. - Restaurações.
- Bebidas e alimentos corantes. - Bactérias cromogênicas (geralmente Actinomyces).
- Tabagismo. - Enxaguatórios bucais (clorexidina, cuidado).
B) MANCHAS INTRÍNSECAS:
- Mais profundas.
- Casos de hepatite severa podem indicar adquiridas pré-eruptiva.
- Fluorose pode acontecer a mais de 1ppm a partir do 3º mês de gravidez até o 8º ano de vida.
- Fluorose pode ser classificada de NORMAL (1) até GRAVE (6).
B.1) CONGÊNITAS: dentinogênse imperfeita, amelogênese imperfeita e fluorose.
B.2) ADQUIRIDAS: pré-eruptiva (uso de tetracilina e flúor) e pós-eruptiva (trauma, escurec. dent).

DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO


- Escurecimento (vários fatores).
- MANCHA: natureza, posição e composição.
- SEQUÊNCIA DO DIAGNÓSTICO:
1) Exame clínico. 4) Registro da cor.
2) Anamnese. 5) Exame radiográfico.
3) Profilaxia (remover biofilme)

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -46


TIPOS BÁSICOS DE CLAREAMENTO VITAL
- Clareamento no consultório.
- Clareamento caseiro.
- Associação (caseiro + consultório).
- QUANDO O CLAREAMENTO PODE NÃO SER NECESSÁRIO:
- Mancha extrínseca.
- Restauração defeituosa.
- Restauração metálica.
- QUANDO O CLAREAMENTO PODE SER CONTRA-INDICADO:
- Cáries ou restaurações mal adaptadas. - Gravidez ou lactação.
- Idade. - Alergia ao peróxido.
- Severas perdas de esmalte. - Fumantes.
- Restaurações extensas. - Expectativas acima do possível.
- SUCESSO CLAREADOR: quantidade de fatores iatrogênicos + tempo.

CLAREADORES DENTAIS E COMPOSIÇÃO


- Peróxido de hidrogênio ou então peróxido de carbamida (peróxido de hidrogênio + peróxido de ureia).
- Presença de compostos como glicerina ou glicol, carbopol e agentes dessensibilizantes.
- Ocorre uma reação de oxidação, liberação do oxigênio de forma rápida.
- ASSOCIAÇÃO COM O CARBOPOL:
- Melhorar a aderência na superfície dentária.
- Aumentar o tempo de liberação de oxigênio nascente.
- Aumenta a efetividade de forma geral.
- ASSOCIAÇÃO COM DESSENSIBILIZANTES:
- Reduzir a sensibilidade dentária térmica.
- Fluoreto de sódio e potássio como componentes (fechamento de poros).
- Nitrato de potásio (polarização e despolarização da fibra nervosa).

MECANISMO DE AÇÃO DO CLAREADOR


- Processo de escurecimento dental.
- Estruturas estáveis que possuem manchas.
- Clareamento que possui oxidação/processo químico.
- Atua nos materiais orgânicos e quebra as moléculas de “manchas” liberando CO2+H20.
- Modicação da estrutura química da mancha por ação da oxidação do composto.

PERÓXIDO DE CARBAMIDA
- Peróxido de ureia a 6,4% juntamente com peróxido de hidrogênio a 3,6%.
- Ureia possui baixo peso molecular, movimenta-se livremente entre dentina e esmalte.
- Peróxido de carbamida 10% é um padrão ouro para clareamento de consultório.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -47


- SEQUÊNCIA DO CLAREAMENTO:
1. Pigmento escuro da estrutura dos anéis de carbono.
2. Estruturas não saturadas levemente pigmentadas.
3. Estruturas hidrofílicas não pigmentadas, bom ponto de saturação.
4. Caso continuar por muito tempo, ocorre decomposição das estruturas moleculas.

USO NO CONSULTÓRIO
- Peróxido de hidrogênio 30 a 38% ou então peróxido de carbamida 35 a 44%.
- Estrutura dental não é perdida, durante a fase de clareamento o dente pode perder dureza.

USO CASEIRO
- Peróxido de hidrogênio 5,5 a 7,5% ou ainda peróxido de carbamida 10% a 22%.
- Profissional faz o planejamento e o paciente usa em casa.

CONCENTRAÇÕES
- Não há diferença no sucesso do clareamento entre as diversas concentrações.
- Maior concentração irá gerar MAIOR VELOCIDADE E MAIOR LONGEVIDADE.
- Mesmo grau de clareamento, apenas durará mais.

PREPARAÇÃO PARA O CLAREAMENTO


PASSO 1) PASSO 3)
- Exame visual e anammese. - Condições sistêmicas atuais/passadas.
- Causa do escurecimento do dente em si. - Suplementações de flúor ou outros.
PASSO 2) PASSO 4)
- Hábitos do paciente. - Escala de cores universal.
- Uso de bebidas corantes e microrrachaduras. - Usar cores de referência p/ referência.
PASSO 5)
- Sensibilidade, traumatismos, trincas.
- Realizar um raio X.

TÉCNICAS DE CLAREAMENTO
A) CASEIRO:
- Home bleaching.
- Peróxido de hidrogênio 4 a 7%.
- Peróxido de carbamida de 10 a 22%.
B) CONSULTÓRIO:
- In office bleaching.
- Peróxido de carbamida a 35% ou hidrogênio a 35%.
- Associação ou não a fontes de calor/LED.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -48


CLAREAMENTO CASEIRO
- Peróxido de carbamida de 10 a 22% ou hidrogênio de 1 a 10%.
- Uso de moldeiras individuais do paciente.
- Procedimento mais simples e menor concentração do peróxido.
- Paciente realiza em casa com monitoramento profissional.
- INDICAÇÕES: alteração generalizada dos dentes
- TÉCNICA:
1) Profilaxia.
2) Exame do paciente/diagnóstico.
3) Registro da cor.
4) Moldagem das arcadas com alginato.
5) Obteção dos modelos.
6) Confecção da moldeira em acetato.
7) Marcação de 3mm abaixo dos dentes para recorte.
8) Prova da moldeira (evitar danos no periodonto e áreas isquêmicas).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MOLDEIRA DE CLAREAMENTO


1) Recorte marginal 3mm acima do nível gengival.
2) Acetato rígido ou maleável com 0,3mm de espessura.
3) Ausência de vincos na estrutura da moldeira.

MODO DE USAR
- Deve-se aplicar o gel na moldeira pelo menos 2 horas até 4 horas com peróxido de carbamida.
- Tempo total de é de em torno de 1 a 3 semanas se for paciente A ou B na escala Vita.
- Se for peróxido de hidrogênio usa-se apenas durante uma hora.

INSTRUÇÕES AO PACIENTE
1) Escovar os dentes.
2) Aplicar o gel clareador com uma 1 gota por dente.
3) Levar a moldeira à boca.
4) Permanecer com a moldeira durante 2 a 4 horas, carbamida 10%.
5) Remover a moldeira e lavar e secar.
6) Retirar o gel dos dentes com bochecho e massagem (não escovar imediamente).
7) Bochechar com solução de fluoreto de sódio 0,05%.
8) Possível polimento após remineralização do dente.

EFEITOS COLATERAIS
- Principalmente nos 1º dias de utilização.
- Alimentos gelados e quentes, ar e respostas diverficadas.
- Relacionada a trincas no esmalte, exposição cervical d dentina, anatomia da junção cemento-esmalte.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -49


SENSIBILIDADE DENTINÁRIA
- Todos os peróxidos de carbamida podem causar sensibilidade dental.
- 40% a 50% chance do paciente experimentarem sensibilidade com carbamida 15-20%.
- Para peróxido de carbamida a 10%, a chance é de em torno de 30%.
- Sensibilidade do clareamento é temporária.
- RECOMENDAÇÕES PARA SENSIBILIDADE:
- Suspensão do tratamento por 2 ou 3 dias.
- Agentes dessensibilizantes: nitrato de potássio, fluoreto de sódio.

IRRITAÇÃO DO TECIDO GENGIVAL


- Ligeira irritação no início do tratamento.
- VERIFICAR: excessos da moldeira ou mal adaptada.
- Deve-se recortar melhor a moldeira, diminuir tempo de uso.
- Ao término, a irritação deve desaparecer.

MATERIAIS RESTAURADORES
- Não há ação sobre as restaurações existentes.
- Provavelmente o paciente precisará trocar as restaurações.
- Não interferem na dureza ou rugosidade das resinas compostas.

PROPRIEDADE DENTE-RESTAURAÇÃO
- Ao fazer clareamento, diminui-se o potencial de adesão do dente em relação a resina composta.
- Deve-se aguardar um tempo entre o clareamento e uma possível restauração (1 a 2 semanas).
- O dente fica mais opacificado, dificultando a escolha.

CLAREAMENTO EM CONSULTÓRIO
- Usado em dentes vitais, ressurgimentos nos consultórios.
- Menor tempo de tratamento.
- INDICAÇÕES:
1) Clareamento de áreas específicas.
2) Pacientes com pouco tempo para clarear.
3) Manunteção de clareamentos internos ou caseiros.
4) Manchamentos severos.
5) Associação com clareamento caseiro.

FONTES DE LUZ PARA ATIVAR CLAREADORES FOTOSENSÍVEIS


- Não tão recomendado já que pode aumentar a temperatura da câmara pulpar.
- Aparelhos fotopolimerizadores, aparelhos de LED e aparelhos de laser.
- A ativação do gel clareador para clareamento em consultório não tem mostrado superioridade em
relação aos meios que usam apenas ativação química.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 5 -50


TÉCNICA PARA USAR
- Abaixador e afastador bucal.
- Barreira gengival (top dam BLUE) que necessita fotoativação.
- Flúor também deve ser usado.

WHITENESS HP (FGM)
- Base de peróxido de hidrogênio 35%.
- pH neutro de 6 a 7 e proporção 3:1.
- DUAS FASES: peróxido de hidrogênio e espessante.
- Geralmente são 3 aplicações sem fonte de luz.
- Intervalo de 1 semana entre aplicações no consultório.

SEQUÊNCIA
1) Profilaxia.
2) Anamnese.
3) Radiografia.
4) Registro da cor.
5) Proteção da mucosa com vaselina.
6) Aplicação do dessensibilizante.
7) Aplicação da barreira gengival.
8) Manipulação do produto clareador.
9) Remoção com gaze e cânula de aspiração.
10) Remoção do isolamento e lavagem abundante.
11) Polimento após 1 semana.

OBSERVAÇÕES
- O manchamento do dente após clareamento, manchas brancas, é causada por desidratação do dente.
- Pacientes com manchamento de tetracilina podem receber clareamento.
- Pacientes grávidas não devem realizar o tratamento.
- O carbopol pode promover uma lentidão para liberar o oxigênio, melhorando efetividade do produto.
- Fluoreto de sódio pode agir como agente físico fechando os túbulos abertos.
- ESPERAR PARA RESTAURAR:
1) Dente fica opacificado.
2) Potencial de adesão menor.
- Aguardar no mínimo 1 semana, ideal 2 semanas.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 6 -51


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – CLAREAMENTO DE DENTES NÃO VITAIS

ETIOLOGIA DO ESCURECIMENTO DOS DENTES DESPOLPADOS


1) Hemorragia resultante de trauma.
2) Necrose pulpar.
3) Espaço do tempo entre traumatismo e atendimento odontológico muito longo.
4) Materiais obturados endodônticos contendo eugeol ou cones de prata.

CUIDADOS DURANTE TRATAMENTO ENDODÔNTICO


- Abertura coronária adequada.
- Irrigação abudante durante o tratamento.
- Limpeza da câmara pulpar após obturação.
- Selamento da câmara pulpar.
- Nunca preencher a câmara com cimento de OZE.

POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO PARA DENTES ESCURECIDOS


1. Clareamento dental.
2. Tratamento restaurador direto.
3. Tratamento restaurador indireto.
4. Associação técnicas clareadoras e restauradoras.

CLAREAMENTO DENTAL
- VANTAGENS:
- Evita o desgaste da estrutura dentária em comparação a outros procedimentos.
- Resultados estéticos satisfatórios e comprovados.
- Relativamente simples e barato quando comparado ao tratamento protético.
- INDICAÇÕES:
- Escurecimento recente.
- Escurecimento após necrose.
- Dentes jovens.
- Dentes despolpados pigmentados por tetraciclina.
- LIMITAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES:
- Pigmentações metálicas (dificilmente será removido).
- Escurecimento muito antigo.
- Dentes com histórico de trauma.
1. TÉCNICA WALKING BLEACH:
- PASTA DE PERBORATO DE SÓDIO COM ÁGUA DESTILADA.
- Introduzida e deixada por dias na câmara pulpar do paciente, curativo de demora.
- Deve-se usar hidróxido de cálcio.
- Considerada uma técnica mediata.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -52


2. NUTTIE E POE:
- PASTA DE PERBORATO DE SÓDIO MAIS PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO.
- Uso dentro da câmara pulpar, técnica mediata.
- Permanecendo durante 5 dias, curativo de demora, porém, mais curto ainda.
- Feito um selamento do canal com CIV RM e hidróxido de cálcio.
- Possível trocar esse curativo quantas vezes forem necessárias.
3. TÉCNICA IMEDIATA OU POWER BLEACH:
- Peróxido de hidrogênio 30-35% ou de carbamida 37%, mesmo do clareamento vital.
- Técnica considerada imediata.
- Aplicados tanto na parte EXTERNA quanto na parte INTERNA da coroa.
- VANTAGENS:
- Idêntica à técnica para dentes vitais.
- Controle pelo profissional.
- Curto período de tempo.
- DESVANTAGENS:
- Risco de reabsorção cervical.
- Reabsorção óssea e radicular.

REABSORÇÃO CERVICAL/RADICULAR
- A difusão do material clareador para o ligamento periodontal pode causar danos localizados.
- Possível iniciar uma reação inflamatória resultando em reabsorção óssea e radicular.
- A reabsorção cervical é na maioria das vezes assintomática, detectada somente por radiografias de rotina.
- FATORES PRESDISPONENTES:
1) Falta de selamento cervical para minimizar esse efeito.
2) Uso de técnica termocatalítica para aumentar difusão de gel clareador.
3) Traumatismo dental prévio.
4) Baixo pH do agente clareador.
- FALHAS NA JUNÇÃO AMELOCEMENTÁRIA:
- Pequeno espaço entre a coroa e raiz do dente em questão.
- É possível encontrar em cerca de 10% casos, expondo a dentina.
- MECANISMOS LIGADOS À REABSORÇÃO
- Morfologia da junção amelocementária.
- Redução da dureza dos tecidos mineralizados.
- Difusibilidade dos clareadores pelos túbulos dentinários.
- Modificação do pH na superficie radicular.
- Estímulo da atividade odontoclástica na região cervical.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -53


PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO CLAREADOR
- Anamnese (causa e tempo de escurecimento).
- Exame clínico (restaurações, trincas).
- Tomada de cor inicial.
- Exame radiográfico (qualidade do tratamento endôntico, integridade radicular).

TAMPÃO CERVICAL
- Vedamento na entrada do conduto para evitar a difusão do material em direção do terço cervical.
- Pode ser realizado com CIV ou resina composta.
- Uso de hidróxido de cálcio juntamente com CIV.
- OBJETIVO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: neutralizar o baixo pH provocado pela presença de sub clareadora.

CLAREAMENTO DENTAL TÉCNICA IMEDIATA


- Uso de peróxido de hidrogênio 30-35%, no consultório de forma controlada.
- Tampão cervical deve ser utilizado.
- Uso do gel 15 minutos trocando 3 vezes ou 45 minutos aplicando direto.
- Deve-se esperar cerca de 1 semana para fazer uma restauração após fazer clareamento dental.
- VANTAGEM DA TÉCNICA IMEDIATA: agressão gerada fica limitada ao período do consultório odonto.

CLAREAMENTO DENTAL TÉCNICA MISTA


- Associação das técnicas imediata e mediata (antigamente).
- Abriu o dente e colocou um pino de vidro dentro dele.
- Fez o tratamento de clareamento normal, técnica de consultório e no dente é o caseiro.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -54


DENTÍSTICA RESTAURADORA I – OCLUSÃO EM DENTÍSTICA

FUNDAMENTOS BÁSICOS
- Sistema estomatognático é composto por várias estruturas anatômicas.
- Funções do sistema estomatognático: sucção, mastigação, deglutição, fonoarticulação e respir.

OCLUSÃO DENTÁRIA
- Relação funcional que se estabelece entre os componentes do sistema mastigatório.
- Componentes estes: dentes, periodonto, sistema neuromuscular, articulações temporomand, crânio.
- OCLUSÃO: relação estática e dinâmica das superfícies dos dentes em harmonia com as demais estrutut.
- FUNÇÃO OCLUSÃO: proteção e equilíbrio do sistema estomatognático, correta dinâmica p/ alimentos.

DIMENSÃO VERTICAL
- Distância entre pontos localizados na face superior e na face inferior.
- DVO (DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO): dentes ocluídos.
- DVR (DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO): músculos em repouso.
- ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE: espaço existente entre DVO e DVR, varia conforme chaves de oclusão.
- Classe I: 3 a 5mm, classe II: 7 a 9mm e classe III: 0 a 3mm.

POSIÇÕES MANDIBULARES
- Relação cêntrica (RC).
- Máxima intercuspidação habitual (MIH).
- Relação de oclusão cêntrica (ORC).

RELAÇÃO CÊNTRICA
- Posição crânio-mandibular MAIS SUPERIOR E ANTERIOR DOS CÔNDILOS NA CAVIDADE GLENÓIDE.
- Independente de contato dental, é fisiológica e reprodutível.
- Importante no diagnóstico de problemas oclusais e planejamento de tratamentos restauradores.
- COMO ENCONTRAR A RC?
- Técnica frontal usando o queixo do paciente.
- Técnica bilateral usando as duas mãos.
- Desprogramadores oclusais: JIG de Lucia, tiras de Long ou dispositivo de Kois.

MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH)


- Posição mais fechada entre mandíbula e maxila com presença de dentes.
- Posição mutável, alterada por qualquer interferência oclusal.
- Ocorre maior quantidade de contatos dentários.

RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA


- Posição crânio-mandibular em que a RC coincide com a MIH.
- Posição ideal onde o maior número de contatos dentários coincide com a posição de relação cêntrica.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 1 -55


- Maioria das pessoas não possui ORC, pois MIH não coincide com RC.

MOVIMENTOS MANDIBULARES
A) LATERALIDADE:
- Lado de trabalho (cúspides com o mesmo nome se relacionam).
- Lado de balanceio (cúspides com nomes diferentes se relacionam).
B) PROTRUSÃO:
- Movimento mandibular no sentido póstero-anterior.

LADO DE TRABALHO
- Desoclusão pelo canino: canino inferior desliza no canino superior deslocando os demais dentes.
- Desoclusão ou função em grupo: grupo de dentes (segundo molar até canino) se toca simultaneamente.

DESOCLUSÃO PELO CANINO É PREFERÊNCIA


1) Proporção coroa/raiz do canino é ideal para isso.
2) Envolvido em osso denso e não medular (similar aos posteriores).
3) Distância dos músculos mastigatórios.
4) Facilidade de obter nos procedimentos restauradores.

MOVIMENTO DE PROTRUSÃO – GUIA ANTERIOR


- Dentes anteriores inferiores deslizam nos dentes anteriores superiores.
- Deve acontecer uma desoclusão dos dentes posteriores durante o movimento.

OCLUSÃO MUTUALMENTE PROTEGIDA


- RC = MIH, obtendo ROC se possível.
- Contatos bilaterais simultâneos em posteriores (direcionamento axial).
- Evitar os contatos da mesma intensidade nos anteriores.
- Guia canino em lateralidade (tocando apenas caninos).
- Guia anterior em protrusão nos incisivos (desoclusão dos posteriores).

ALTERAÇÕES POSSÍVEIS
A) SISTÊMICAS: B) LOCAIS:
- Estresse. - Interferência oclusal.
- Síndrome de dor e disfunção. - Má oclusão.
- Perdas dentárias.
- Desgastes dentários.

INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS
- Contatos que desviam a mandíbula durante o fechamento para MIH ou ainda impedem o deslizar mand.
- Possui provavelmente contatos prematuros, sendo que contatos fisiológicos não causam problem.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 2 -56


- INTERF/CONTATO FISIOLÓGICO: não promove alterações na estrutura do sistema estomatognático.
- INTERF/CONTATO PATOGÊNICO: ocasiona alterações nas estrutruras que compõem o sistema estomat.

SINAIS CLÍNICOS DE POSSÍVEIS ALTERAÇÕES


1) Lesões não cariosas. 5) Trincas, fraturas e desgastes dentais.
2) Perda óssea. 6) Recessão gengival.
3) Hipersensibilidade dentinária. 7) Facetas de desgaste.
4) Mobilidade dentária. 8) Lesões perirradiculares.

CASOS INDICADOS PARA AJUSTE OCLUSAL


- Interferência patogênica. - Definição de contatos prematuros.
- Sintomatologia ou sinais clínicos. - Ajustes mínimos (aditivos ou desgaste).
- Montagem em articulador semi-ajustável em RC.

AJUSTE POR PROCEDIMENTOS ADESIVOS


- Ajuste oclusal por acréscimo.
- Restabelecimento de guias (canino e anteriores).

PROTOCOLO DE DENTES POSTERIORES ANTES DA RESTAURAÇÃO


- Observar anatomia a ser copiada na restauração (dentes adjacentes).
- Marcar com carbono em MIH (pacientes sem sinais ou sintomas de interferência).
- Ideal é marcar ambos os lados com duas pinças clínicas.
- Envolver ou evitar áreas de contato durante o preparo.

PROTOCOLO PARA DENTES POSTERIORES APÓS A RESTAURAÇÃO


- Observar se os contatos em MIH permanecem semelhantes.
- Caso haja contato na restauração, deve ser ajustado (restauração alta).
- Repetir processo até o equilíbrio de contatos em ambos os lados.
- Contato único ou tripoidismo.
- Evitar contatos oclusais na interface dente/restauração.
- Ajuste com tronco cônica com extremidade arredondada, anteriores e posteriores.
- Possível usar brocas multilaminadas para realizar esse acabamento/polimento.
- Após ajuste oclusal, dar continuidade ao acabamento e polimento da restauração.

DICAS CLÍNICAS PARA AJUSTE OCLUSAL DAS RESTAURAÇÕES


- PRIMEIROS AJUSTES: após remoção do isolamento/paciente ainda deitado.
- Posição da mandíbula do paciente estará muito próxima de RC quando deitado.
- AJUSTES SEGUINTES: paciente sentado.
- Posição provável será a MIH quando paciente está sentado.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 3 -57


ERROS COMUNS EM AJUSTES OCLUSAIS
- Excesso de umidade.
- Carbono perfurado.
- Cansaço (paciente e profissional).
- Paciente anestesiado.
- Falta de contato.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Conhecer os fundamentos básicos da oclusão.
- Identificar a presença de patologias oclusais.
- Reconhecer a indicação de procedimentos restauradores de guias.
- Conhecer o protocolo clínico de ajuste oclusal de restaurações diretas.

ANTES/DENTE POSTERIOR - AJUSTE OCLUSAL DE RESTAURAÇÕES DIRETAS


1) Observar anatomia a ser copiada.
2) Marcar com carbono o contato em MIH.
3) Ideal marcar com carbono ambos os lados.
4) Envolver ou evitar áreas de contato durante preparo.

DEPOIS/DENTE POSTERIOR – AJUSTE OCLUSAL DE RESTAURAÇÕES DIRETAS


1) Observar os contatos em MIH permanecem semelhantes.
2) Caso haja contato na restauração, deve ser ajustado.
3) Repetir processo até equilíbrio.
4) Evitar contatos oclusais na interface dente/restauração.

ANTERIOR/DENTE ANTERIOR – AJUSTE OCLUSAL DE RESTAURAÇÕES DIRETAS


1) Observar anatomia palatina dos dentes.
2) Demarcar com carbono áreas de contato.
3) Observar movimento protrusivos e lateralidade.
4) Envolver ou evitar áreas de contato durante o preparo.

DEPOIS/DENTE ANTERIOR – AJUSTE OCLUSAL DE RESTAURAÇÕES DIRETAS


1) Observar anatomia palatina.
2) Demarcar com papel carbono áreas de contato.
3) Observar movimento protrusivos e de lateralidade.
4) Ocorrendo interferência, ajusta-se para conseguir equilíbrio.

Guilherme Lopes [@guilhermxlopes] – Odontologia UFPR 4 -58

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