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RESUMO
OCLUSÃO DENTÁRIA
Guilherme Lopes
Odontologia UFPR
2021
OCLUSÃO DENTÁRIA – INTRODUÇÃO À OCLUSÃO
CABEÇA DA MANDÍBULA
- Possui região frontal e parassagital.
- Olhando o punho pela vista “de frente” (fingir um uppercut), polegar é o polo medial da cabeça.
CÁPSULA ARTICULAR
- Define os limites anatômicos e funcionais da ATM.
- Articulação sinovial composta por tecido frouxo, vasc. e inervado.
- Liga-se ao colo do côndilo abaixo dos ligamentos do disco articular.
- Bem inervada e possui vascularização abundante.
- A cápsula funde-se ao disco articular. Cápsula articular de cadáver
LIGAMENTOS DA ATM
- São constituídos de tecido conjuntivo rico em colágeno.
- Podem ser divididos em ligamento principal e ligamentos acessórios.
- LIGAMENTOS DISCAIS OU COLATERAIS:
- Possibilita que o disco mova passiv. com o côndilo quando este desliza de anterior para a posterior.
- São responsáveis pelo movimento que ocorre entre côndilo e disco (rotação propriamente dita).
- FAZEM A FIXAÇÃO DO DISCO ARTICULAR.
- LIGAMENTO TEMPORO-MANDIBULAR [LIGAMENTO PRINCIPAL]:
- Reforça o aspecto lateral da cápsula com fibras fortes e condensadas.
- Principal ligamento da ATM.
- Porção OBLÍQUA: limita o grau de rotação do côndilo.
- Porção HORIZONTAL: limita a retrusão posterior evitando a compressão zona da retrodiscal.
- LIGAMENTO ESTILO-MANDIBULAR [LIGAMENTO ACESSÓRIO]
- Parte do processo estiloide até a borda posterior do ramo mandibular.
- Limita os movimentos protrusivos da mandíbula.
- LIGAMENTO ESFENO-MANDIBULAR [LIGAMENTO ACESSÓRIO]
- Estende-se da espinha do osso esfenoide até a língua mandibular.
- Não possui efeito limitador (passivo).
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
- Masseter - Pterigóide lateral e medial - Digástrico
- Temporal - Supra e infra hióide
ROTAÇÃO: o côndilo gira em torno do seu próprio eixo sem sair da fossa mandibular. Relaciona-se com a
superfície superior do côndilo com a superfície do disco articular.
(músculos → supra hióide, infra hióide e digástrico).
TRANSLAÇÃO: corpo e ramo da mandíbula movimentam-se em direções iguais com a mesma velocidade,
indo em direção a região posterior da eminência articular com a movimentação do disco articular.
(músculos → supra hióide, infra hióide, digástrico e pterigoide lateral (feixe inferior)).
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO: supra e infra hióide, digástrico, masseter, pterigoide lateral e medial e
temporal.
Articuladores são aparelhos mecânicos que permitem a articulação e o engrenamento de modelos fora da
boca, simulando a relação tríade entre maxila, mandíbula e articulações tempomandibulares. O primeiro
articulador a simular uma ATM foi criado em 1858 pelo Bownill.
FUNÇÕES DO ASA
- Planejamento e diagnóstico de casos clínicos.
- Análise oclusal dos pacientes, envolvendo possíveis variáveis da ATM.
- Reabilitação oral e utilização com próteses.
TIPOS DE ARTICULADORES
a) Articulador não ajustável.
b) Articulador totalmente ajustável.
c) Articulador semi-ajustável.
TERMOS IMPORTANTES
- ARCO FACIAL: registrar a posição da maxila em relação a base cranial.
- DISTÂNCIA INTERCONDILAR: distância entre dois côndilos, podendo ser pequena, média ou grande.
- LADO DE TRABALHO: lado para o qual o movimento está sendo executado
ÂNGULO DE BENNET
- Ângulo formado pela trajetória de avanço do côndilo do lado de balanço com o plano sagital durante o
movimento extrusivo lateral mandibular visto no plano horizontal, normalmente 15º.
- No articulador, fica na parte anterior (possível regular esse ângulo).
- MANDÍBULA COM LATERALIDADE PARA ESQUERDA:
- Lado esquerdo será o lado de trabalho.
- Lado direito será o lado de balanço/não trabalho.
- Côndilo direito vai para medial e para baixo, sendo rente a eminência articular (âng. p/ baixo e meio).
ÂNGULO DE FISHER
- Ângulo formado pelas inclinações das trajetórias condilares de protrusão e lateralidade, vistos do plano
sagital.
- Inclinação para sair da fossa articular.
CÍNGULO
- Saliência arredondada de base ovalada.
- Anteriores: terço cervical da face lingual de incisivos e caninos.
- Posteriores: estrutura semelhante chamada de bossa.
- Bossa/cíngulo em posteriores pode ser chamada de saliência na vestibular.
CRISTA
- Projeção linear com secção triangular.
- Une cúspides ou pode delimitar faces do dente.
A) CRISTA MARGINAL: serve como muro ou barreira dentária.
B) CRISTA TRANSVERSA OU PONTE DE ESMALTE: une cúspides em 1PMS e 1MS.
TUBÉRCULO
- É a protuberância de volume reduzido na superfície dental (contorno arredondado).
- TUBÉRCULO DE CARABELLI: presente na face mésio-lingual 1MS.
- Quase que tipicamente dos 1MS, podendo ser considerado um acidente anatômico.
LOBO E FOSSA
- LOBO: elevação da superfície arredondada com base retangular.
- FOSSA: concavidade/”buraco” que ocupa grande área da superfície
dentária, em incisivos ela é delimitada pelas margens e pelo cíngulo e
molares é central.
FORAME CEGO
- Depressão puntiforme, não possui ligação com estruturas.
- Anteriores: incisivos laterais superiores lingual.
- Posteriores: primeiros e segundos molares vestibular.
SULCO DE DESENVOLVIMENTO
- Representam limites entre partes/lobos diferentes.
- Associados ao desenvolvimento dos dentes, aspecto infantil.
- MAMELÕES: proeminências cônicas (serrilhados) decorrentes dos sulcos de desenvolvimento.
CÚSPIDE GUIA/PROTEÇÃO
- Vestibular superior e lingual inferior (LIVS).
- FUNÇÕES DESSAS CÚSPIDES:
1) Proteger língua e bochechas durante a mastigação.
2) Guiar alimento para as cúspides de suporte.
SULCOS OCLUSAIS
- Passagem das cúspides nas dinâmicas mastigatórias.
- Escape dos alimentos durante a mastigação.
LIGAMENTO PERIODONTAL
- Seção de suporte dentário, importante para estruturação do dente.
- Receptores sensoriais estão presentes, controlar oclusão e força mastigatória de músculos.
- Obtenção de A e B é imprescindível.
- Ausência de B caracteriza má oclusão.
- CONTATO A: ocorrem entre cúspides vestibulares (VLCVI x VTCVS).
- CONTATO B: ocorrem entre cúspides de suporte/trabalho, estabilidade oclu. (VTCVI x VTCPS).
- CONTATO C: menos importante, ocorrem entre cúspides linguais (VTCLI x VLCPS).
ESTABILIDADE OCLUSAL
a) A estabilização mésio-distal é mantida pela relação dos contatos proximais (pontos de contato).
b) A estabilização vestíbulo-lingual é mantida pela relação dos contatos oclusais e pelos músculos.
c) A estabilização vertical é mantida pela relação dos contatos oclusais.
- OBJETIVOS DA ESTABILIDADE OCLUSAL:
1) Estabilidade dentária. 4) Proteção das estruturas da ATM.
2) Distribuição dos contatos dentários. 5) Oclusão mutuamente protegida.
3) Posição musculoesquelética estável.
OCLUSÃO x DESOCLUSÃO: relação dos dentes superiores e inferiores quando em contato estático ou
durante movimentos dinâmicos da mandíbula.
- Casos de ortodontia.
- REGISTRO E MANIPULAÇÃO EM RC:
- Uso de lâminas de long em dentes anteriores.
- Uso de língua no céu da boca e pedir para paciente ocluir.
- Contato pré-maturo: oclusão antes da MIH. VERDE = MIH e AZUL = RC
- Gentilmente GUIAR o mento do pac. p/ posterior, o paciente enrola a sua língua para trás.
- REQUISITOS PARA RC EM PACIENTES:
- Ausência de sintomas articulares.
- Ausência de sintomas musculares.
- Fácil manipulação devido ao relaxamento de músculos.
Movimento de abertura é composto por duas fases, sendo uma inicial somente com rotação
do côndilo ao redor do próprio eixo e um segundo momento com a translação do côndilo até
a região posterior da eminência articular.
PLANO HORIZONTAL
- Movimentos de lateralidade é ideal que encoste dentes caninos.
- Movimento de protrusão é ideal que encoste dentes anteriores.
- Extrusão, protrusão, lateralidade esquerda e lateralidade direita.
- ARCO DE GYSI:
- Movimentos limites/totais feitos pela mandíbula em plano horizontal.
- Abrange os 4 movimentos anteriormente citados:
- RC → relação cêntrica.
- PM → protrusão máxima.
PLANO FRONTAL
- Lateralidade direita, lateralidade esquerda, abertura e fechamento.
- Possui a forma de um brasão com os movimentos.
- MIH → máxima intercuspidação habitual.
- PM → abertura máxima.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
Pterigoide lateral → depressão mandibular e protrusão.
1) Pterigoide lateral e medial.
Pterigoide medial → elevação mandibular e protrusão.
2) Infra e supra hioide.
3) Digástrico.
4) Masseter.
5) Temporal.
OCLUSÃO IDEAL
- Conceito hipotético e raro.
- Fornece um padrão pelo qual todas as outras oclusões podem ser julgadas.
- Padrão que pode ser considerado inalcançável.
OCLUSÃO NORMAL
- Uma oclusão dentro do desvio do ideal aceito.
- Podem existir pequenas variações na oclusão, que não sejam de importância estética e funcional.
- CRITÉRIOS OCLUSAIS:
- Relacionados a uma relação/oclusão estática.
- As seis chaves da oclusão normal (Andrews → Fundamentos Básicos da Oclusão Satisfatória).
- CRITÉRIOS DINÂMICOS:
- Relacionados a oclusão dinâmica do paciente.
- Metas funcionais devem ser vistas (s/ interf, côndilos confort, contatos mult, oclusão prot, carg axial).
MÁ OCLUSÃO
- Desvios ou alterações da oclusão normal.
- Má oclusão, má-oclusão e maloclusão (o mais usado é o má oclusão).
- Pode ser de origem dentária (dentes), esquelética (esqueleto) ou dentoesquelética.
METAS FUNCIONAIS
1. Côndilos em posição funcional e confortável.
2. Oclusão mutuamente protegida (guia anterior + guias laterais/caninas).
3. Ausência de interferências.
4. Contatos múltiplos bilaterais simultâneos.
5. Cargas/forças axiais.
CARGAS AXIAIS
- As forças mastigatórias devem distribuídas ao longo eixo do dente.
- O ligamento periodontal prejudicado caso não seja seguida.
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
- Sistema ortopêdico, possui dois componentes ósseos (cabeça da mandíbula e fossa mandibular).
- Entre essas duas estruturas, existe o disco articular que acaba unindo ambas.
- INSERÇÕES DO DISCO ARTICULAR:
- LIGAMENTOS ANTERIORES: fundir o disco na cápsula articular.
- LIGAMENTOS DISCAIS/COLATERAIS: unir o disco aos polos medial e lateral do côndilo.
- LIGAMENTOS POSTERIORES/ZONA BILAMINAR: ligamento inferior (une banda posterior do disco
ao colo do côndilo, ancoragem, colágeno) e ligamento superior (equilibra o posicionamento do disco
junto com o músculo ptergoide lateral feixe superior, movimentação, elástico).
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
- Músculos da mastigação são 4: temporal (e), másseter (e), pterigoide lateral e pterigoide medial (e).
- Presença de 3 músculos elevadores (másseter, temporal e pterigoide lateral).
- Másseter é o músculo mais potente desses.
- MÁSSETER (E)
- Eleva a mandíbula, pensar na origem/inserção.
- Origem: arco zigomático.
- Inserção: ângulo mandibular.
- TEMPORAL (E)
- Posicionador mandibular, porém atua como elevador.
- Origem: fossa temporal.
- Inserção: processo coroide da mandíbula.
- PTERIGOIDE MEDIAL (E)
- Eleva a mandíbula igualmente.
- Origem: fossa pterigoide.
- Inserção: porção medial do ramo ascedente da mandíbula + ângulo mandibular.
- PTERIGOIDE LATERAL INFERIOR:
- Origem: porção lateral da lâmina lateral do processo ptergoide do osso esfenoide.
- Inserção: fóvea pterigoidea (face interior do côndilo).
- PTERIGOIDE LATERAL SUPERIOR:
- Consegue equilibrar o posicionamento do disco articular.
- Origem: superfície intratemporal do osso esfenoide.
- Inserção: fóvea pterigoide, cápsula articular e disco articular.
REGISTROS INTEROCLUSAIS
- Finalidade de copiar a posição da mandíbula em relação a maxila para transferência para o articulador.
- Uso do arco facial para registrar a posição da maxila em relação à base do crânio.
- MONTAGEM MODELOS MIH:
- Engrenar modelos sem registro em boca.
- Pino incisal em zero.
- MONTAGEM EM RC:
- Manipular o paciente RC (JIG de Lucia ou lâminas de long), usar para desprogramar e placa.
- Realizar registro na posição manipulada (menor abertura possível).
- DESPROGRAMAÇÃO NEUROMUSCULAR PARA RC:
- Paciente morder com as lâminas de long interpostas para desprogramar.
- Menor quantidade possível de lâminas de long para retirar o contato dos dentes posteriores.
- Geralmente se utilizam 20 lâminas para essa finalidade.
- Uso da cera rosa para registro da desprogramação e da DVO do paciente.
- Uso dessa desprogramação para paciente morder em RC.
- JIG DE LUCIA:
- Uso de resina acrílica para fazer um “stop” para estabelecer a DVO do paciente.
- Instrumento útil para casos de reabilitação dos pacientes.
- Possível usar silicone para registro igualmente.
- 1ª POSIÇÃO (MIH): engrenar modelos sem
registro em boca, pino incisal em zero.
- 2ª POSIÇÃO (RC): manipular para RC,
realizar registro na posição RC com menor
abertura possível.
- ARCO FACIAL: instrumento para transferir a
posição da maxila em relação ao crânio do
paciente.
RETRUSÃO DA MANDÍBULA
1) Temporal.
ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA
1) Másseter.
2) Temporal.
3) Pterigóide medial.
4) Pterigóide lateral.
AUSÊNCIAS DENTÁRIAS
- Marcar quais dentes estão ausentes na arcada do paciente.
- Caso paciente esteja com dente irrompido, dente está ausente.
- Se o dente estiver parcialmente irrompido, parte da coroa, o dente tá presente.
- Pacientes com dentes extraídos e com uso de outros no lugar, marcar como ausente.
- Dentes com implantes devem contabilizar como dentes normais.
DESGASTE DENTÁRIO
A) ATRIÇÃO: dentes que raspam um nos outros, geralmente coincidentes (bruxismo, raspar, etc).
B) ABRASÃO: uso de produtos/substâncias externas que causam o desgaste (pasta, escova dura, etc).
C) EROSÃO: desgaste frente a substâncias químicas, ocorre solubilização do esmalte.
D) ABFRAÇÃO: lesões cervicais não cariosas em cunha, podem ser multifatoriais para causa.
PERFIL FACIAL,
DVO E
MOBILIDADE
DENTÁRIAS não
serão checadas no
articulador montado.
OUTROS
- Recessão gengival: margem gengival está modificada.
- Giroversões: ocorre um giro de pelo menos inverter uma das faces dentárias.
- Dentes ectópicos: dentes nascidos em lugares errados, dois incisivos laterais, etc.
MOBILIDADE DENTÁRIA
- Não se deve olhar no modelo de gesso, impossível de observar.
- Checagem da parte periodontal do paciente, uso de cabo do espelho e com um dedo ao lado.
TRESPASSES
A) VERTICAL/OVERBITE: o quanto o incisivo central “esconde” o o incisivo inferior.
B) HORIZONTAL/OVERJET: o quanto o incisivo central está “a frente” do incisivo inferior.
- Deve ser medida em mm, caso seja NEGATIVO: vertical aberto e horizontal cruzado.
ESTABILIDADE OCLUSAL
- ESTABILIDADE VERTICAL: contatos bilaterais múltiplos e simultâneos (uso de papel carbono).
- ESTABILIDADE MÉSIO-DISTAL: contatos interproximais, marcar quais dentes não têm (uso de fio dental).
- ESTABILIDADE VESTÍBULO-LINGUAL: contatos oclusais e músculos.
CÁLCULO DA DVO
- Lembrar que a DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO pode ser calculada por fórmula já prevista.
- Dimensão vertical de repouso: distância do mento até a espinha nasal anterior quando em repouso.
- Espaço funcional livre: distância entre dentes quando em repouso (“vão entre dentes”).
- DVO = DVR – EFL
GENERALIDADES
- PATOLOGIAS OCLUSAIS: são alterações estruturais ou funcionais que acometem a estrutura dentária e
suas estruturas de suporte devido à sobrecarga do sistema mastigatório/oclusal.
- SOBRECARGA:
- Decorrente de PARAFUNÇÃO (1) ou então de uma OCLUSÃO NÃO FISIOLÓGICA (2).
1) PARAFUNÇÃO: morder lábios/bochecha/língua, empurrar dentes, mascar chicletes, roer unhas.
2) OCLUSÃO NÃO FISIOLÓGICA: cúspides altas, s/ oclusão, aumenta a chance de ter problemas.
OCLUSÃO FISIOLÓGICA
- DVO adequada.
- Guias laterais pelo canino e sem interferências. Recessão gengival pode ser
- Guia anterior preferencialmente 2x2. considerada uma LCNC (lesões
- Contatos bilaterais múltiplos e simultâneos. cervicais não cariosas).
- Discrepância de RC e MIH MENOR que 2mm.
- Transmissão de forças ao longo eixo dos dentes (contatos A, B e C).
- Estabilidade oclusal (contatos interproximais).
TRAUMAS OCLUSAIS
- Trauma oclusal é a manifestação no periodonto da PARAFUNÇÃO ou ALTERAÇÃO OCLUSAL.
- Esse trauma pode ser autolimitante ou então progressivo.
- Trauma oclusal é a consequência, é a LESÃO TECIDUAL frente a força de parafunção e alteração.
- INTERFERÊNCIA OCLUSAL: qualquer contato dentário que impeça ou dificulte os movimentos
excursivos da mandíbula de forma livre (protusão, lateralidade, etc). Pode gerar manifest dentária/perio.
- CONTATO PREMATURO: é um contato em que um dente desvia/desliza a mandíbula de RC para MIH,
sendo esperado, quase todo mundo tem, e não podendo ser considerado interferência.
- ETIOLOGIA:
- Parafunção (roer unha, morder bochecha, etc).
- Interferências oclusais durante os movimentos da mandíbula, resulta na alteração da oclusão.
- É geralmente causado por parafunção e/ou interferências oclusais nos movimentos mand.
DESGASTE DENTÁRIO
- Primeiro efeito das manifestações dentárias dentro das patologias oclusais.
- Erosão, atrição, abfração (apertamento, abrasão), abrasão.
- Paciente faz apertamento, cristais de hidroxipatita da cervical ficam prejudicados e o processo de
escovação acaba retirando o resto desses cristais.
- ATRIÇÃO:
- Desgaste que envolve as superfícies oclusais e incisais.
- Pode ser leve ou bem intenso.
TRINCAS E FATURAS
- Provenientes de parafunção, mais agressivas, geralmente força excessiva ou então alterações oclusais.
- As chances de complicação em dentes fraturados ou trincados é bastante elevada.
- “Implante dentário em paciente que trincou um dente” → risco de complicação é alto.
GENERALIDADES
- Placa oclusal, dispositivo interoclusal, férula oclusal, esplinte oclusal
- Aparelhos removíveis utilizados entre as arcadas dentárias, criando contatos oclusais c/ antagonistas.
- Promovem, entre outros usos, UMA POSIÇÃO ORTOPÉDICA FAVORÁVEL E ESTÁVEL.
HISTÓRIA
- 1862: primeiro aparelho interoclusal, em vulcanite, estabilização de fraturas mandibulares.
- 1901: placas oclusais em vulcanite com indicação para bruxismo.
- 1934: séries de casos com ATM e utilização de placas alterando DVO.
- 1950: placas oclusais de superfície lisa para eliminar interferências oclusais.
- 1960: placas parecidas com as de hoje, cobertura total, desoclusão lateral e anterior pelo canino, contatos
simultâneos de todos os dentes em RC (Placa de Michigan).
TÉCNICA INDIRETA
1) Tirar bons moldes em alginato, vazar em gesso especial.
2) Não há necessidade de fazer o arco facial para confeccionar placas.
3) REGISTRO INTERMAXILAR PROBITE:
- Registrar posição mandibular em relação da maxila.
- Uso de ProBite para mensurar a espessura da placa, 2mm é o suficiente.
- Ao conseguir espaços nos dentes posteriores, faça-se o registro desse espaço.
3) REGISTRO INTERMAXILAR JIG DE LUCIA:
- Uso de resina duralay para criar um espaço de 2mm entre arcos.
- Possível usar a cera para registro intermaxilar.
3) REGISTRO INTERMAXILAR LÂMINA DE LONG:
- Observar quantas lâminas foram utilizadas para chegar em 2mm.
- Uso para afastar os dentes anteriores para desocluir posteriores.
- Utilizar material de moldagem para registrar.
4) Montagem desses modelos no articulador com o espaço para a placa.
5) Enceramento da placa usando cera e o espaço criado pelo modelo/registro.
6) Na vida real, a cera é convertida em resina acrílica.
7) Depois da polimerização por temperatura, faz-se ajustes e acabamentos.
8) Dentista deve fazer ajustes e acabamentos para todos os dentes tocar e fazer as desoclusões.
2mm para placa deve ser usado pois é a espessura adequada para a resina acrílica ter
propriedades mecânicas suficientes.
Técnica direta dura menos, é menos resistente, acabamento é menor, mas pode ser feita ainda pra
pacientes com custo reduzido e ainda funciona de forma correta.