Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GENERALIDADES
- Busca amenizar ou acabar com os efeitos de uma doença.
- Implica no planejamento de cuidados e atividades odontológicas.
- Lembrar que a dor é relativa para cada paciente.
TIPOS DE TRATAMENTO
- Tratamento é definido como o conjunto de meios (terapias) empregados visando a debelar uma doença ou
proporcionar ao doente cuidados paliativos.
- Fornecer elementos essenciais ao organismo (vitaminas, minerais e hormônios).
- Prevenir uma doença ou infecção (soros e vacinas).
- Tratamento e cura de infecção (agentes quimioterápicos).
- Bloqueio temporário de uma função normal (anestésicos).
- Tratamento de situações de desconforto (dor, inflamação, prurido, etc).
A) TRATAMENTO ETIOLÓGICO: tratar a causa da doença (fármacos antifúngicos).
B) TRATAMENTO SINTOMÁTICO: tratar/aliviar os sintomas (sintomatologia de extração dentária).
C) TRATAMENTO FISIOLÓGICO: tratar órgão ou tecido que não está 100% (hipossalivação).
D) TRATAMENTO CLÍNICO/CIRÚRGICO: envolve observara o paciente como um todo.
E) TRATAMENTO EMPÍRICO: fazer o tratamento sem evidências concretas.
FORMAS FARMACÊUTICAS
a) Comprimidos: normal, é branco devido ao pó comprimido na forma com amido.
b) Cápsulas: geralmente possui um gel envolvendo o fármaco para proteger e deslizar o fármaco.
c) Drágeas: são mais soláteis a luz, revestimento com açúcar devido a solatilidade e ao gosto ruim.
d) Soluções: dissolução de substâncias em água.
e) Suspensão: pó dissolvido em água.
PRINCÍPIO ATIVO – IBUPROFENO
f) Cremes, pomadas e pastas.
A) VIA ORAL COMPRIMIDO → 400mg proporciona pico plasmático 35mg/ml.
g) Supositórios. B) VIA ORAL CÁPSULA → 400mg proporciona pico plasmático 58mg/ml.
h) Grânulos. DIFERENÇA É NO INÍCIO DE AÇÃO MAIS RÁPIDA [MAIOR PICO PLASM.].
i) Pós.
POSOLOGIA DO FÁRMACO
- É a forma que o medicamento será usado.
- Consegue abranger número de vezes e a quantidade de medicamento.
- Está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica.
- DETERMINAÇÃO POSOLOGIA:
- Cinética e dinâmica → posologia → efeito terapêutico.
REAÇÃO ADVERSA: qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com
medicamentos em doses normais.
EFEITO COLATERAL: qualquer efeito diferente daquele considerado como principal, sendo os mais
frequentes coceira, ardor, vermelhidão, inchaço e falta de ar, pode alterar resultados de exames.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
- Dependem do mecanismo de ação do fármaco em questão.
- Casos de superinfecção: desequilíbrio da microbiota, exemplo com antibióticos.
INEFICÁCIA DO TRATAMENTO
A) PACIENTE
- Automedicação.
- Idade e peso.
- Personalidade.
B) FÁRMACO
- Interações medicamentosas.
- Efeitos adversos.
Prescrição nada mais é od que uma ordem escrita dirigida ao farmacêutico definindo como o fármaco deve
ser fornecido ao paciente e dirigida ao paciente determinando as condições em que o medicamento deve
ser usado.
GENERALIDADES
- Documento com peso legal, cirurgião dentista é prescritor e farmacêutico é quem dispensa.
- Lei 5.991/1973: controle sanitário do comércio de medicamentos.
- Lei 9.787/1999: medicamento genérico, vigilância sanitária.
- Resolução nº 357/2001: aprova regulamento técnico de boas práticas.
PARTES DA PRESCRIÇÃO
- Cabeçalho (1)
- Superinscrição (2)
- Inscrição (3).
- Subinscrição (4).
- Adscrição (5).
- Data e assinatura (6).
PROFILAXIA x TERAPIA
- Profilaxia é apenas para prevenir possíveis problemáticas.
- Terapia já envolve o tratamento de possíveis condições/doenças.
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES:
- Possíveis problemáticas são raras, mas podem ser mortais.
- Uso profilático de antibióticos parece ser consenso entre pacientes necessitados.
A) PROFILAXIA DE FENDA CIRÚRGICA: usado para prevenir pós cirurgia.
B) PREVENÇÃO DE INFECÇÕES A DISTÂNCIA EM PACIENTES SUSCETÍVEIS: profilaxia de
endocardite bacteriana, transplante de órgãos.
PACIENTE DIABÉTICO
- Diminuição da capacidade imunológica.
- Apenas para PACIENTES DESCOMPENSADOS É INDICADO (em emergências odontológicas).
- Profilaxia não é indicada para rotinas.
PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS
- Leucócitos granulócitos < 1.000/mm3.
- PACIENTES HIV +: SEM INDICAÇÃO, POIS PODE GERAR SUPERINFECÇÃO.
- Pacientes que realizaram quimioterapia.
- Pacientes que realizaram transplante de medula.
a) Potássio/ATP. c) Bradicina.
b) Histamina. d) Serotonina
Prostaglandinas
METABOLISMO DE FOSFOLIPÍDEOS
- Fosfolipídeos vão sofrer ação da enzima fosfolipase A2, originando o ácido aracdônico.
- A COX-1 e COX-2 reagem com este ácido, formando as prostaglandinas.
- Essa prostaglandina pode ser responsável pela dor pois estimula os nocireceptores.
- Analgésios podem atuar inibindo as COX, não gerando as prostaglandinas.
- Corticoides vão inibir as fosfolipases.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
- Dor pós-operatória dura em média 48 horas.
- Edema: atinge o seu ápice após 36 horas do procedimento.
- Inibidores da COX devem ser usados no máximo por 48 horas ou 72 horas.
Prostaglandinas
TIPOS DE RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS
A) AGUDA: vasodilatação local, aumento da permeabilidade vascular e saída de líquido para interstício.
B) SUBAGUDA: migração de leucócitos e fagócitos (resposta celular).
C) CRÔNICA: sinais de regeneração e reconstrução de matriz conjunta.
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS
- Histamina. - Leucotrienos.
- Bradicina. - Fatores quimiostáticos.
- Serotonina. - Citocinas (interleucinas e TNF).
- Prostaglandinas.
CONTROLE DA INFLAMAÇÃO
- A enzima COX sintetiza prostaglandina a partir do ácido araquidônico.
- Fosfolipase A2 é uma enzina que faz fosfolipídios → ácido araquidônico.
- Ácido araquidônico quando quebrado, vira leucotrienos.
A) COX 1 e COX 2 são inibidas pelos ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS.
B) Fosfolipase A2 é inibida por ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS/CORTICOIDES.
ÁCIDOS HETEROARILACÉTICOS
- DICLOFENACO SÓDICO E DICLOFENACO DE POTÁSSIO.
- Uso para dor instalada (deprime atividade de nocireceptores).
- Antigamente era muito usado, porém hoje em dia se parou devido as GASTRITES.
- Possui potência anti-inflamatória moderada, uso para dores instaladas.
- POSOLOGIA:
- 50 mg/8 horas. Apresentações em gel tópico, supositório e injetável.
- 75 mg/12 horas.
- 100 mg/24 horas. Nomes comerciais: Tandrilex, Cataflan, Biofenac, Olfen e Arten.
ÁCIDOS ARILPROPIÔNICOS
- IBUPROFENO, NAPROXENO, CETOPROFENO, FENOPRENO.
- Ibuprofeno possui baixa ação antiinflamatória.
- Cetoprofeno pode ser usado para dores severas.
- CONTRA INDICAÇÕES: hipersensibilidade cruzada, insuficiência renal e hepática.
- APRESENTAÇÕES COMERCIAIS:
A) IBUPROFENO:
- 200 mg, 300 mg, 400 mg, 600 mg (comprimidos).
- Nomes comerciais: Advil, Alivium, Spidufen, Ibuprofan.
- Único AINE aprovado para crianças.
- Dose máxima de 3,2g por dia para adultos.
B) NAPROXENO:
- 250 mg e 500 mg (comprimidos).
- Nomes comerciais: Flanopox, Flanax, Napromax e Naprox.
- Uso para inflamação leve a moderada.
C) CETOPROFENO:
- 50 mg/6 horas, 100 mg/12 horas e 200 mg/24 horas.
- Uso de 100 mg para âmpolas IM.
- Nomes comerciais: Ceprofen, Artrinid, Artrosil e Flamador.
- Possui absorção entérica.
SULFONANILIDA/NIMESULIDA
- EFEITOS FARMACOLÓGICOS: inibidor PGs e mecanismo central analgésico noradrenérgico.
- Possui MAIOR AFINIDADE PELA COX-2, pode-se dizer que é um inibidor seletivo COX-2.
- Melhor que ibuprofeno na antiinflamação, porém é HEPATÓXICO.
- NÃO PODE USAR EM GRÁVIDA.
- Via oral usando 100 mg/12 horas.
- Nome comercial: Scaflan, Antiflagil, Neosulida e Nisulid.
GLICOCORTICOIDES SINTÉTICOS
- Meia vida biológica caracterizada como curta, intermediária e longa.
- Podem ser usados com gestantes, lactantes, hipertensos, diabéticos, nefropatas e hepatopatas.
- Efeitos são baseados na duração da supressão ACTH (hipófise-hipotálamo).
- EXEMPLOS DE FÁRMACOS:
- Cortisona → duração curta. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
- Hidrocortisona → duração curta. EM ODONTOLOGIA:
- Prednisona → duração intermediária 5mg. - Inflamação aguda.
- Metilprednisolona → duração intermediária. - Pré ou pós exodontia traumática.
- Dexametasona → duração prolongada. - Endodontia.
CASO CLÍNICO 1
Exodontia do pré-molar (25).
Inflamação leve/moderada.
Analgésico (dipirona 1g, 2 dias).
CASO CLÍNICO 2
Terceiro molar incluso.
Inflamação moderada.
Dexametasona 8mg pré.
Analgésico + anti-inflamatório (5 dias).
CASO CLÍNICO 3
Exodontia simples.
Inflamação leve.
Analgésico + anti-inflamatório.
GENERALIDADES
- Úlcera é derivada do latim e do grego, sendo indicativo de ferida.
- Margens avermelhadas podem ser indicativos de inflamação.
- ÚLCERA: nome genérico dado a qualquer lesão superficial em tecido cutâneo ou mucoso, “ferida”.
- Úlceras agudas não possuem margem elevada, pois o organismo não teve tempo de ação.
ÚLCERA
- Áreas branco amareladas com halo vermelho em volta.
- Podem ter aspecto irregular ou regular, depende da perda do tecido epitelial.
- ETIOLOGIA DA ÚLCERA:
- Úlcera traumática - Úlcera infecciosa - Úlcera do pé do diabético
- Úlcera por pressão - Úlcera péptica - Úlcera mista
- Úlcera isquêmica - Úlcera por vasculite
- ÚLCERAS CRÔNICAS: profunda, bordas elevadas e evolução clínica presente.
- ÚLCERAS AGUDAS: plana, bordas avermelhadas e não tão elevadas e de curta evolução.
ÚLCERA TRAUMÁTICA
- Dano tecidual de natureza aguda ou crônica.
- Fatores de dano mecânico, térmica ou queimadura,
injúria química, radiação ou auto-induzidas/factícias.
ANESTESIA LOCAL: definida como uma perda de sensibilidade transitória e completamente reversível,
sem perda de consciência, causada pela depressão da excitação nas terminações nervosas ou uma inibição
do processo de condução nos nervos periféricos.
CONCENTRAÇÃO DO ANESTÉSICO
- Está ligada ao diâmetro da fibra nervosa.
- Soluções anestésicas mais concetradas são necessárias para anestesiar fibras nervosas calibrosas.
- Fibras da dor → fibras de menor diâmetro.
- 0,5%, 2%, 3% ou 4% são concentrações presentes, porém faz pouca diferença no cotidiano clínico.
- TEMPOS DE AÇÃO:
- Ação curta: 45 a 47 minutos. ANEL AROMÁTICO → LIPÍDEOS
- Ação média: 90 a 150 minutos. AMINA TERCIÁRIA → ÁGUA
EPINEFRINA/ADRENALINA
- Vasoconstritor mais utilizado no mundo.
- Indicada para adultos, crianças, gestantes e idosos.
- Estimula receptores alfa1, além de interagir nos receptores beta1 do coração.
- Efeitos colaterais: estimulação do SNC e arritmias cardíacas.
- Cuidado com o uso em cardiopatias isquêmicos.
- Concentrações: 1:50.000, 1:100.000 ou 1:200.000.
- Presente na maioria das soluções anestésicas locais de uso na Odontologia.
- EFEITOS DA EPINEFRINA:
- Pressão arterial (PA): depende da dose e do local de aplicação.
- Via subcutânea: pequena ou nenhuma alteração da PA.
- Acidentalmente no interior dos vasos: elevação brusca da PA devido a uma contração periférica.
- Os anestésicos locais com epinefrina não são uma contraindicação absoluta.
- CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipertensão: >160mmHg / > 100mmHg.
- Infarto agudo do miocárdio.
- AVC recente.
- Cirurgia cardíaca recente (stents ou ponte de artéria coronária).
- Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada.
- Hipertireoidismo não controlado.
- Feocromocitoma (superprodução de catecolaminas).
- Pacientes sob o uso contínuo de anfetaminas.
- Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi, ecstasy).
CORBADRINA/LEVONORDEFRINA
- Estimulação direta nos receptores alfa, pouca atividade nos receptores beta.
- 15% da ação vasopressora da Epinefrina, sem vantagem sobre esta.
FENILEFRINA
- Ação exclusiva sobre os receptores alfa.
- 5% da ação vasopressora da Epinefrina.
- Efeitos adversos são mais duradouros: aumento da pressão arterial e cefaléia occipital.
- Não há vantagem sobre a epinefrina.
PACIENTES ESPECIAIS
- GESTANTES:
- Não usar prilocaína com fenilpressina (parto pré-maturo).
- Lidocaína com epinefrina → uso padrão.
- Articaína e Mepivacaína pode ser usada também.
- PACIENTES CARDÍACOS (ARRITMIA):
- Noradrenalina não deve ser usada como vasoconstrictor.
- Uso de vasoconstrictores não adrenérgicos como felipressina junto com prilocaína.
- PACIENTES COM DIABETES:
- Paciente descompesado, não deve usar vasoconstritor.
- Uso da prilocaína com felipressina para procedimentos em pacientes descompensados.
- Caso paciente esteja com 100 ou até 126 de glicemia, pode usar vasoconstritor.
CÁLCULO DE DOSES
1) CONCENTRAÇÃO DO ANESTÉSICO LOCAL.
2) DOSES MÁXIMAS RECOMENDADAS.
3) PESO CORPORAL DO PACIENTE.
- Como fazer o cálculo:
- 2% → 2 em cada 100, ou seja, 20 mg por 1ml
- Tubete padrão tem 1,8ml.
- Cada anestésico 2%, vou ter 36 mg por tubete (1,8 x 20).
- Dose máxima de Mepivacaína → 4,4 mg/kg
- 40 kg x 4,4 = 176 mg / 36 mg por tubete = 4,8 tubetes.
GENERALIDADES
- NEOPLASIA: proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, na qual as celulas reduzem ou
perdem a capacidade de se diferenciar em consequência de alterações nos genes que regulam o
crescimento e a diferençiação celulares.
- Organismo começa a produzir novas células para produção de novos tecidos.
- Agentes carcinogênicos fazem a modificação do DNA/sequência genética (demora para ocorrer).
- Tumor ou câncer da região de cabeça e pescoço: representa os tumores malignos que se desenvolvem
em todas as partes da cabeça e do pescoço, exceto aqueles que profelieram na pele ou no SNC.
- TRATAMENTO: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
A) CIRURGIA E RADIOTERAPIA B) QUIMIOTERAPIA
- Carcinoma. - Linfomas.
- Sarcoma.
RADIOTERAPIA DE TUMORES
- Radioterapia consiste no uso de várias formas de radiação para, de forma segura e efetiva, tratar câncer e
algumas doenças benignas do paciente.
- Indicações:
a) Invasação óssea.
b) Margens positivas (tumor nas margens da cirurgia feita).
c) Invação perineural.
d) Invação do espaço vascular.
e) Multicentricidade.
f) Extensão do tumor no interior de tecidos moles (incapacidade de cirurgia).
- Indicações de radioterapia para região cervical:
a) Múltiplos linfonodos positivos → irradiação maior nessa região.
b) Extensão tumoral extracapsular → descobrimento no momento da cirurgia.
PRINCÍPIO DE UTILIZAÇÃO
- Componente químico em maior quantidade no corpo humano é a água.
- Radiação ionizante, que faz com que o elétron saia da molécula de água.
- Quando uma célula é exposta à radiação ionizante, há um dano oxidativo imediato e generalizado.
- Esse excesso de radicais livres, elétrons livres, irá destruir células tumorais e células saudáveis.
- Os efeitos da radiação ionizante são localizados, não possui correlação com a boca (boca ≠ pulmão).
TIPOS DE RADIOTERAPIA
a) BRAQUITERAPIA: geração de raios X próximos da lesão, gera radiação de forma persistente e de
forma interna (agulhas de rádio, sementes de Radônio, Tantálio 182, Césio 137, Ouro 198).
b) TELETERAPIA: quando a fonte de raios X está fora do paciente, aplicação por segundos no paciente
(Cobalto 60, aceleradores lineares, irradiação de ortovoltagem).
PROTOCOLO DA RADIOTERAPIA
- Dose curativa deve ser em torno de 50 a 70 Gy sendo que 1 Gy = 1J/kg.
- Essa dose recomendada deve ser fraccionada em doses diárias.
- Fracionamento: 5 a 7 semanas, uma vez ao dia, dose diária de 2 Gy em geral.
- EFEITOS DA RADIOTERAPIA:
A) ENDARTERITE OBLITERANTE (ALTERAÇÕES VASCULARES):
- Radiação atravessa o vaso sanguíneo, células do endotélio são irritadas.
- Ocorre um processo inflamatório dentro do vaso sanguíneo.
- Assim, forma-se um excesso de tecido conjuntivo dentro do vaso sanguíneo.
- Esse procedimento ocorre devido ao excesso de radicais livres provenientes da água.
- Prejuízo para os órgãos, pois ocorre redução de nutrientes e oxigenação.
B) MORTE CELULAR – EXCESSO DE RADICAIS LIVRES:
- Excesso de radiciais livres proveninentes das moléculas de água.
- Essa saída de radicais livres são oriundos dos raios X.
MUCOSITE
- Processo inflamatório na membrana mucosa da orofaringe durante a irradiação terapêutica.
- Também pode ser considerada uma lesão transitória, até uma semana depois no máximo.
- Toda área de mucosite irá ficar bastante avermelhada.
- Possível ela acontecer devido aos quimioterápicos.
- SINAIS CLÍNICOS DA MUCOSITE:
a) Coloração branca da mucosa (hiperceratose).
b) Eritema/áreas vermelhas (dilatação ou obstrução).
c) Ulceração (ruptura epitelial devido dilatação).
- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
- Dor/radiodermite. - Infecções secundárias.
- Sensação de queimação. - Dificuldade para falar, mastigar, deglutir.
- PROTOCOLO PARA MUCOSITE:
- Remoção dos fatores irritantes locais da mucosa (próteses, fraturas coronárias, rest. defeituosas).
- Limpeza da mucosa bucal (bochechos com solução salina ou água com bicarbonato, 4x a 6x).
- Lubrificação dos lábios e da mucosa bucal.
- Alívio da dor e da inflamação.
- Prevenção e tratamento de infecção secundária.
- Laserterapia.
ALTERAÇÃO NO PALADAR
- Botões gustativos podem não funcionar de maneira adequada.
- Pode ocorrer uma perda parcial ou completa da acuidade do paladar.
- A percepção do sabor diminui exponencialmente em doses acumulativas de 30 Gy.
- Efeito transitório, porém a falta de saliva na boca pode contribuir para essa falta de gosto.
- CONSEQUÊNCIAS:
DOENÇA PERIODONTAL
- EFEITOS DA RADIAÇÃO:
- Vascularização diminuída.
- Aceluridade.
- Ruptura, afilamento e desorientação das fibras de Sharpey.
- Alargamento do ligamento periodontal.
TRISMO
- Dor e não consegue abrir a boca numa amplitude considerada normal.
- Evento adverso que ocorre depois de determinado período após a radioterapia.
- Pode acontecer: invasação do tumor na ATM ou se radioterapia foi aplicada sob ATM.
- Geralmente se instala após o tratamento radioterápico, 3 a 6 meses após radioterapia.
- PROTOCOLO:
- Prevenção – medição da abertura bucal máxima.
- Exercícios da abertura bucal (abrir e fechar a boca cerca de 15x ao dia).
- Fisioterapia com calor úmido com toalhas.
OSTEORRADIONECROSE
- Alteração tardia que pode ocorrer no paciente, igualmente ao trismo dentário.
- Tecido ósseo absorve a mesma quantidade de radiação por unidade de massa do que os tecidos moles.
ANTIMICROBIANOS
A) PROFILAXIA: uso contínuo em doenças sistêmicas e com possíveis complicações em proc. invasivos.
B) TERAPIA: uso para auxiliar as defesas do corpo a livrar os tecidos de patógenos microbianos, atingindo
níveis do antibiótico, na área infectada, iguais ou superiores a concentração inibitória mínima.
- INDICAÇÕES TERAPIA:
1) Infecção aguda.
2) Intervenção importante com potencial de gerar infecção aguda.
3) Imunodeficiência grave.
- CONTRA INDICAÇÕES:
1) Prevenção de infecção pós-operatória com pouca probabilidade de ocorrer.
2) Substituição por falha na profilaxia antibiótica.
3) Como analgésico ou anti-inflamatório.
4) Periodontite crônica. CARACTERÍSTICAS ANTIBIÓTICO IDEAL:
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO
1) DURAÇÃO DA INFECÇÃO: 2-7 DIAS. 3) USO DE ANTISSÉPTICOS.
2) DESCONTAMINAÇÃO LOCAL. 4) TERAPÊUTICA CLÍNICA.
CARACTERÍSTICAS DESEJADAS
- Amplo espectro. - Com menores efeitos colaterais.
- Alta absorção. - Letal às bactérias da boca (cocos G+).
- Com menor potencial alergênico.
ANTISSÉPTICOS
- Procedimento simples e prático que reduz o número de microorganismos na boca 75-99%.
- INDICAÇÕES:
- Pré-operatório.
- Pós-operatório.
- TIPOS DE ANTISSÉPTICOS:
- Triclosan. - Malva.
- Cloreto de cetilpiridíneo. - Clorexidina.
- Solução de Iodopovidona 10% em solução aquosa (PVPI)
- PVPI tópico.
- PVPI degermante.
- Digluconato de clorexidina (PerioGuard):
- PH fisiológico, possui ação até 12 horas.
- Ação bactericida gram + e gram -, sendo aeróbias e anaeróbias, fungos e leveduras.
- Reduz 22-44% dos microrganismos viáveis após 1 hora.
DOENÇAS FÚNGICAS
- SUPERFICIAIS: pele e mucosa.
- SISTÊMICAS: órgãos e sistemas acometidos.
FUNGOS
- São mais complexos do que as bactérias, gostam de ambientes ácidos.
- Parede celular dos fungos é constituída por um polímero sólido resistente aos antibióticos.
- Espécie Cândida Albicans é presente em cerca de 80% da população, habita comumente.
- Cândida causa manifestação clínica quando houver alguma alteração sistêmica ou local.
CANDIDÍASE OU CANDIDOSE
- Ambos os termos são usados para demonstrar reações pela Cândida Albicans.
- Candidíase quando ela é localizada e Candidose quando ela é sistêmica.
1) CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA:
- Forma mais comum é a pseudomembranosa.
- Placa branca semelhante a leite.
- Lesão deve ser raspável com um fundo avermelhado após.
- Geralmente assintomática, pode deixar com paladar ácido ou alterado.
2) CANDIDÍASE ERITEMATOSA:
- Caracterizada por manchas ou máculas avermelhadas.
- Distribuídas por toda a área chapeada da prótese parcial ou total.
- Associada a próteses parciais ou totais.
- Pode ser chamada de estomatite por prótese.
3) GLOSSITE ROMBOIDE MEDIANA:
- Área centralizada na região de dorso da língua.
- Ocorre uma despapilação da região central.
4) QUEILITE ANGULAR:
- Ocorre fissuras na região de comissura labial.
- Ocorre um ressecamento e rompimento do tecido epitelial.
- Uso de Omcilon creme para comissuras labiais.
- Comum em usos de prótese, perda de DVO.
- LESÕES/ALTERAÇÕES CLÍNICAS POR CÂNDIDA:
a) Assintomáticas: sem dores ou sintomas.
b) Dolorosas: quelite angular pode ser exemplo.
c) Sensação de queimação.
d) Alteração de paladar.
TERAPIA CLÍNICA
- Uso da prótese quando estritamente necessário, mínimo possível para evitar repopulação.
1) TROCAR AS PRÓTESES quando indicado.
2) Realizar a higiene DA BOCA (pH do meio bucal), associar com bochecho de bicarbonato de cálcio.
3) Realizar a higiene DA PRÓTESE: 1 colher de água sanitária em água (1 copo).
TERAPIA MEDICAMENTOSA
- Antifúngicos: fármacos que tratam infecções provocadas por fungos, podendo ser tópico ou sistêmico.
- Fármacos tópicos seguem funcionam muito bem.
- Omcilon AM creme é muito utilizado para casos de QUEILITE ANGULAR, uso tópico dessa forma.
- Composto por 4 princípios ativos, que
vão dar uma proteção antimicrobiana e
antifúngica.
MICONAZOL (DAKTARIN®)
- Uso para tratar CANDIDÍASE
CUTÂNEA e CANDIDÍASE ORAL (gel
tópico de miconazol).
- Possível utilizar para casos de
vulvovaginite, sendo usado a sua versão tópica.
- Este fármaco não é recomendado para crianças.
- Possível aplicar NA PRÓTESE OU NO PALATO, facilitando o uso para esse paciente.
- Esse fármaco não possui no serviço público de saúde.
Versão em creme só existe para a região vaginal, caso queira prescrever para a região intraoral,
deve-se prescrever MICONAZOL GEL ORAL, uma vez que Daktarin é uma marca comercial.
CETOCONAZOL
- Primeiro antifúngico oral a ser aprovado para o tratamento das micoses sistêmicas profundas.
- Apresentação comercial em creme, POUCO USADO em REGIÕES INTRAORAIS por ser em creme.
- INDICAÇÃO:
- Tratamento das infecções na pele, cabelo e mucosa.
- Infecção persistente na vagina.
- Infecções na boca, garganta e estômago.
- Outros órgãos internos ou vários órgãos ao mesmo tempo.
- CONTRA-INDICAÇÃO (TÓPICO E SISTÊMICO):
- Doença no fígado.
- Interações com o álcool.
- PRINCIPAIS REAÇÕES ADVERSAS SISTÊMICAS: enjoo, náuseas, vômito, dor abdominal e diarreia.
ACICLOVIR
- INDICAÇÃO: tratamento de infecções cutâneas pelo vírus herpes simples, herpes genital e labial.
- Apresentação via oral, ampola (EV) e tópico.
- Ele não trata a doença em si, apenas os sintomas. AÇÃO DOS ANTIVIRAIS: reduzir a
- 200mg-400mg para comprimidos. duração da excreção viral e abreviar o
- 250mg para solução injetável. tempo necessário para que as lesões
- Creme 50mg/g. adquirirem a forma de crosta.
- Pode chegar a 7 DIAS DE TRATAMENTO NO MÁXIMO.
- Tratamento tópico pode ser feito juntamente com o sistêmico.
BENZODIAZEPÍNICOS (BZD)
- UTILIZAÇÃO: sedação mínima, moderada ou profunda, pré-medicação, indução/manunt anestesia.
- CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
1) Ansiolítico (ansiedade).
2) Hipnótico (sono).
3) Sedativo (calmante).
4) Amnesia anterógrada (sem lembrança).
5) Anticonvulsivante.
6) Relaxante muscular.
- FÁRMACOS PRINCIPAIS:
- Midalozam.
- Triazolam.
- Diazepam.
- Alprazolam.
- Lorazepam.
- PRECAUÇÕES CLÍNICAS:
- Pacientes em tratamento com outros fármacos depresssores do SNC (antitussígenos,
anti-histamínicos, barbitúricos, anticonvulsivantes).
- Insuficiência respiratória de grau leve.
- Doença renal ou hepática grave.
- Insuficiência cardíaca congestiva.
- 2º trimestre da gravidez.
HIDRATO DE CLORAL
- Hipno-sedativo, provoca sono e entra em processo de sedação.
- UTILIZAÇÃO: odontopediatria para pré-medicação e sedação em pequenos procedimentos odonto.
- Na rotina, a maioria dos odontopediatrias usam a sedação com óxido nitroso no seu lugar.
ANTI-HISTAMÍNICOS
- Prometazina (Fenergan) ou hidroxizina (Hixizine, Prurizin, Marax).
- UTILIZAÇÃO: sedação leve com predomínio de sono, úteis em pacientes não responsivos aos BDZ.
- Pacientes com reação paradoxal com os benzodiazepínicos (agitado), usar anti-histamínico.
CETAMINA
- Hipnótico que produz analgesia importante.
- Bastante utilizado em situações hospitalares, sedação em procedimentos dolorosos.
- Exemplo: abscesso grande e inflamado no qual anestésicos normais podem não pegar.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
- Prescritos na pré-medicação quando há presença de dor prévia ao procedimento cirúrgico.
- Podem ser usados antes do procedimento cirúrgico.
GENERALIDADES
- Diabetes é um distúrbio no metabolismo de lipídeos, proteínas, sais minerais e glicose.
- Possível deficiência parcial ou total de insulina, hormônio necessário para transporte de glicose.
- Falta de glicose e energia nas células, pois ocorre acúmulo de glicose no sangue (HIPERGLICEMIA).
- CONSEQUÊNCIAS SISTÊMICAS:
- Retinopatia (cegueira). - Doenças cardiovasculares.
- Nefropatia. - Distúrbios na cicatrização.
- Neuropatia (parestesia). - Doença periodontal.
- TIPOS DE DIABETES:
- Tipo I (insulino dependente, autoimune). CETOACIDOSE ocorre quando as
concentrações de insulina são
- Tipo II (doença inflamatória).
insuficientes para suprir as
- Gestacional.
necessidades básicas metabólicas
- Outros tipos específicos (corticoides, fibrose cística, etc).
do organismo, mais manifestada
- SINTOMAS RELEVANTES:
em DM1.
- Polidipsia: sede extrema.
- Poliúria: vontade de urinar constante. Ocorre hiperglicemia,
- Polifagia: fome excessiva. hipercetonemia e acidose
- Perda de peso pode ser constatada. metabólica, pois o corpo
metaboliza triglicerídeos e
- Acomete pacientes jovens, pâncreas/células beta param de produzir insulina parcial ou totalmente.
- Possui um curso clínico mais agressivo.
- Ausência na produção de insulina, 15% dos diabéticos.
- Forma de tratamento provavelmente será com insulina exógena.
- Risco de fazer cetoacidose.
DIABETES TIPO II
- Cerca de 85% dos diabéticos, acomete geralmente pacientes adultos e idosos.
- Ocorre uma produção decrescente de insulina, cerca de 25%.
- Complicações sistêmicas menos severas.
- Cetoacidose é rara, complicação aguda + grave associada.
- POSSÍVEIS CAUSAS:
1) SECREÇÃO insuficiente pelas células beta de insulina.
2) ALTERAÇÕES moleculares dos receptores de insulina para transporte.
- FATORES DE RISCO:
- Obesidade.
Glicemia casual pode estar entre 140 mg/dl até 200
- Dieta hipercalórica.
mg/dl quando mensurada depois do paciente comer.
- Hábitos sedentários.
- Hereditariedade.
DOENÇA PERIODONTAL
- É considerado fator de risco na PREVALÊNCIA e SEVERIDADE da doença periodontal.
- INDICATIVOS DA DOENÇA PERIODONTAL: Tratamento periodontal pode ser
- Maior profudindidade de sondagem. um auxiliar importante no controle
- Perda de inserção clínica. da glicemia do paciente.
- Reabsorção óssea importante.
- Hiperglicemia → mediadores inflamatórios → metabolismo tecidual alterado → periodontite.
- Periodontite → inflam. local → mediadores inflamatórios → resistência insulínica → DM → hiperglicemia.
- TRATAMENTO PERIODONTAL EFICIENTE:
- Pode reduzir a hemoglobina glicada (HbA1c) de, em média, 0,4%.
- Ocorre principalmente em diabéticos tipo 2.
- Redução de possíveis problemas cardiovasculares. Cada porcentagem reduzida na
- Alguns autores falam sobre uma confiabilidade limitada. Hb1Ac em diabéticos, diminui
- TRATAMENTO PERIODONTAL INEFICIENTE: em 35% o risco de
- Em D1 ou D2 pode acontecer. complicações macrovasculares.
- Redução ma HbA1c apenas a curto prazo.
- O controle periodontal não é capaz de alterar marcadores inflamatórios.
DIAGNÓSTICO DO DIABETES
- Glicemia em jejum → diagnóstico, parâmetro de cerca de 12/24 horas.
- Hemoglobina glicada (HbA1c) → acompanhamento, média de glicemia em cerca de 90/120 dias.
- Glicemia em jejum (70 a 100 mg/dl) está controlado.
Caso chegue em menor que 40 mg/dl
- Glicemia em jejum (100 a 126 mg/dl) está pré diabético.
pode ter sequelas para o SNC.
- Glicemia em jejum (acima de 126 mg/dl) está diabético.
ANESTESIA LOCAL
- EPINEFRINA/ADRENALINA assim cortisol, tireoxina e hormônio do crescimento são hiperglicemiantes.
- Esse efeito só acontecerá caso seja intravascular ou o paciente estar descompensado.
- Deve-se usar EPINEFRINA 1:100.000 para pacientes diabéticos apenas controlados.
- O sal anestésico não terá influência, porém o vasoconstritor sim.
- URGÊNCIAS/ELIMINAR INFECÇÃO/SEM SABER → PRILOCAÍNA 3% C/ FELIPRESSINA.
ANALGÉSICOS
- NÃO HÁ CONTRA INDICAÇÃO DE analgésicos (dipirona, paracetamol) para esses pacientes.
- Usar com posologia padrão, uso de 24 a 48 horas.
Cetoacidose sanguínea ou cetonúria é a presença de corpos cetônicos no sangue ou na urina, estes são produzidos por
metabolismo de ácidos graxos e carboidratos no fígado. Concent. de insulina são insuficientes para o metabolismo fisiológico.
GENERALIDADES
- Não se faz profilaxia antibiótica em apenas diabéticos, necessita ter outras comorbidades.
- Cetoacidose e choque insulínico são coisas contrárias entre si.
- Se misturar AINES com hipoglicemiante, pode ter AÇÃO HIPOGLICEMIANTE POTENCIALIZADA.
- PACIENTE DESCOMPENSADO: comeu demais, não tomou remédio ou não comeu.
HIperglicemia
Mediadores
Hiperglicemia
inflamatórios
Metabolismo
Diabetes
tecidual
melito
alterado
Resistência
Periodontite
insulínica
Mediadores Inflamação
inflamatórios local
GENERALIDADES
- Paciente com arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca e doença cardíaca isquêmica (ateroesclerose).
- São condições clínicas bem comuns no dia a dia, possível usar Midalozam 7,5mg 30min antes.
- Doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 29,4% das mortes no país.
- Não há necessidade de fazer profilaxia antibiótica em casos puros de cardíacos.
EPINEFRINA
- Ela não está presente apenas na prilocaína.
- Seus efeitos devem ser considerados na FC, volume sistólico (volume de sangue ejetado), débito
cardíaco, demanda de oxigênio pelo miocárdio e na resistência vascular periférica.
- Eles não são considerados uma contra-indicação absoluta nesses pacientes.
- Aumento do trabalho cardíaco pode exacerbar a insuficiência cardíaca congestiva que nem o aumento
dos níveis de epinefrina e norepinefrina podem levar ao aumento da PA e predispondo um AVC.
- EFEITOS DA EPINEFRINA:
- Pode alterar os níveis da pressão arterial (PA) dependendo da dose e do local de aplicação.
- Via subcutânea: pequena ou nenhuma alteração da PA.
- Acidentalmente no interior dos vasos: elevação brusca da PA devido a contração perif.
- FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC): promove aumento da FC e da força de contração ventricular.
- PACIENTE C/ DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA: arriscado, efeito vasodilatador da epinefrina.
- MARCO-PASSO: a epinefrina pode irritar as células do marco-passo cardíaco e causar disritmias.
- Coração:
- Infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
- Cardiomiopatia hipertensiva: insuficiência cardíaca (coração grande).
- Rins:
- Nefropatia hipertensiva: insuficiência renal crônica.
ATENDIMENTO HOSPITALAR
- Insuficiência cardíaca congestiva. - AVC.
- Arritmias cardíacas. - Diabetes.
- História prévia de Infarto Agudo do Miocárdio.
GENERALIDADES
- Gravidez é o tempo de nove meses de gestação nos seres humanos a partir da fecundação e implantação.
- Pode ser dividida em 3 trimestres para o desenvolvimento do bebê.
- Manifestações são observadas principalmente a nível de periodonto devido a hormônios.
- Possível que desenvol. granulomas piogênicos, lesão causada por um irritante na superfície dos dentes.
GRANULOMA PIOGÊNICO
- Causado por um irritante na superfície dos dentes por falta de higienização e alterações no periodonto.
- É uma lesão proliferativa/reacional, causa proliferação de tecido conjuntivo fibroso.
- Pode ser chamado de granuloma gravídico, lesão comum.
- Sangramento fácil a partir da lesão, tratamento pela remoção.
GENGIVITE/CÁRIE
- Higienização e mudanças no periodonto facilitam a condição.
- Tratamento pela limpeza e orientações à grávida.
- Possível desenvolver para a periodontite.
DIABETES GESTACIONAL
- Prevalência no Brasil pode chegar a 14%.
- FATORES DE RISCO:
- Idade materna acima dos 35 anos. - História familiar de diabetes em 1º grau.
- Sobrepeso ou obesidade. - Hipertensão arterial sistêmica na gestação.
- História prévia de bebês grandes (acima 4kg). - Gestação múltipla.
- Síndrome dos ovários policísticos.
.
NORMAS GERAIS DE CONDUTA DE ATENDIMENTO
- Deve ser feito o contato com o médico responsável pelo acompanhamento da gestante.
- A troca de informações sobre a condição de saúde e medicamentos é fundamental.
- TIPO DE PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO QUE PODE SER REALIZADO:
- Procedimento considerado essencial pode ser feito (cárie, DP, exodontias simples, etc).
- As reabilitações oclusais extensas e cirurgias invasivas devem ser reprogramadas, não fazer.
EXAME RADIOGRÁFICO
1) Avaliar a real necessidade do exame radiográfico, é permitido fazer sim.
2) Proteger com o avental de chumbo a barriga da paciente.
3) Empregar os filmes ultrarrápidos.
4) Evitar erros técnicos (posicionadores de filme).
TRATAMENTO DA ANSIEDADE
- Verbalização ou tranquilização verbal.
- Uso de benzodiapínicos é questionável, falar com médico.
- Uso de óxido nitroso e oxigênio para sedação parece ser seguro (2º trimestre).
ANESTESIA LOCAL
- Procedimentos eletivos devem ser programados para o 2º trimestre.
- Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 é o ideal (menos hepatotóxico/nefrotóxico).
- Prilocaína com felipressina não é recomendada, apenas para pacientes problemáticos.
- Caso ela tenha hipertensão ou anemia, mantém a recomendação da lidocaína 2%.
- Mepivacaína sem vaso para grávidas com hipertensão não controlada (2 tubetes, máx.).
ANALGÉSICOS
- Quando houver a necessidade, prescrever o PARACETAMOL para qualquer período gestacional.
- 500 a 750mg a cada 8 horas, no máximo 3 doses ao dia, por tempo restrito (2 a 3 dias).
- Dipirona é contraindicada durante o 1º trimestre, risco de malformação e aborto espontâneo.
- Aspirina e outros AINES deverão ser evitados nos últimos meses de gestação.
ANTIBIÓTICOS
- Penicilinas (amoxicilina ou penicilina V) nas dosagens habituais são tranquilas para utilização.
- Para mulheres alérgicas, deve-se usar estearato de eritromicina.
- INFECÇÕES GRAVES: associar metronidazol com penicilina ou então claritromicina ou azitromicina.
PACIENTES LACTANTES
- Período importante para o bebê (imunidade, nutrição e afeto com a mãe).
- Medicamentos podem ser repassados pelo leite (med → sangue → difusão e transp. → leite).
- PRINCÍPIOS PARA TERAPIA MEDICAMENTOSA:
- Avaliar a necessidade real do uso do fármaco.
- Optar por fármacos já estudados e seguros para crianças.
- Evitar as associações de fármacos.
- Evitar fármacos de ação prolongada.
- Programar o uso do fármaco pra não coincidir com amamentação.
- Observar qualquer alteração comportamental.
- ANESTÉSICO LOCAL: se usar em dosagens corretas, são excretados em pouca quantidade no leite.
- ANSIOLÍTICOS: diazepam pode causar letargia/perda de peso no lactente em uso contínuo, midalozam é
o benzodiapínico para uso prolongado caso necessário.
- ANALGÉSICOS: dipirona e paracetamol são tranquilos para usar, aspirina não é recomendado devido
a agregação plaquetária e síndrome de Reye (doença grave, progressão rápida, cérebro/fígado cria.).
- ANTIINFLAMATÓRIOS: usar ibuprofeno, diclofenaco, cetorolaco, dexametasona, beta são tranquilos.
- ANTIBIÓTICOS: penicilinas, eritromicinas (alérgico), clindamicina (graves), metronidazol é evitável.
EFEITOS ADVERSOS
- Modificação na microbiota bucal e intestinal por antibióticos.
- Efeitos diretos na criança por alergia e sensibilização.
- Interferência na interpretação do resultado de culturas.