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Diagnóstico: coletar dados e empregar conhecimentos sobre uma patologia através de sinais e sintomas clínicos
observados pelo profissional e relatados pelo paciente. Assim é possível realizar um diagnóstico correto, seja
relacionado a uma condição patológica (exemplo lesão cariosa) ou por alteração séptica (fechamento de diastema ou
modificação de cor).
Dentro de um diagnóstico correto podemos trabalhar tanto com procedimentos eletivos elaborando um plano de
tratamento, prognóstico favorável resultando assim em um sucesso clínico. Por isso, um prognóstico é essencial.
Dentística restauradora:
Visa restabelecer forma, função e estética para manter a integridade fisiológica do dente em relação harmoniosa com os
tecidos moles e duros, reforçando a saúde e bem-estar do paciente, não abrangendo apenas situações patológicas como
lesões cariosas, mas também em casos de necessidade estética.
OBJETIVOS:
• Lesões cariosas
• Lesões não cariosas
• Traumatismo
Cárie dentária:
Doença multifatorial na qual características genéticas, ambientais e comportamentais
interagem
De maneira que depende da presença de fatores determinantes que atuam no nível da
superfície dentária, como a presença de atividade bacteriana no biofilme, presença de
açucares para serem fermentados, nível de maturação da placa/biofilme dental. Além
disso, também fatores que atuam no nível do indivíduo/população. Assim, o conjunto
desses fatores resultam no desequilíbrio da microbiota e doença cárie instalada,
resultando na perda mineral.
Por isso, é preciso identificar fatores de risco, como na imagem ao lado onda há
presença de biofilme. Podendo agir de forma preventiva orientando o paciente e
fazendo uma aplicação de fluoreto, por exemplo, evitando que haja lesões cariosas
como cavitações, a qual ocorre porque há uma precipitação/colapso do esmalte
devido a perda mineral.
Desse modo, além das lesões é preciso tratar a doença através por exemplo de orientações de higiene e selamento de
cavidades abertas.
DIETA CARIOGÊNICA:
Varia de acordo com o tipo e consistência de carboidratos, quantidade e frequência de carboidratos fermentáveis
(sacarose), afetando o processo dinâmico, quando consumidos em alta quantidade ou de forma contínua, forma biofilme
que a longo prazo devido produção de ácidos causa desequilíbrio no processo de desmineralização/Remineralização,
causando perda de íons Ca2+ e P-, formando lesão cariosa.
FATORES MODULADORES OU SECUNDÁRIOS:
• Saliva: influenciam a microbiota bucal por meio da quantidade de fluxo salivar, umidificação da cavidade,
capacidade tampão e pela sua ação antibacteriana.
• Higiene bucal: espessura do biofilme e exposição a fluoretos.
FATORES GERAIS OU CONDICIONANTES:
Etapas de atendimento:
Anamnese, exame clínico (extra e intrabucal), exames complementares, diagnóstico, planejamento
1° - ANAMNESE E HISTÓRIA CLÍNICA
• Visual e táctil
• Sonda exploradora: cavitações, tecido amolecido
• Lesões de mancha branca: Cuidado ao SONDAR
• Restaurações:
o Contorno anatômico (ponto de contato, contorno, anatomia oclusal)
o Excessos marginais (visual, sonda, fio dental, RX interproximal)
o Manchamento marginal X cárie secundária
o Fraturas e desgastes, por exemplo, observar se o dente estiver mais escurecido, perguntar para o paciente se houve
alguma queda a anos atrás, e investigar se houve ruptura do nervo vasculonervoso podendo ocorrer necrose, assim,
devemos realizar uma radiografia periapical.
• Se paciente apresentar placa deve-se fazer profilaxia com água + pedra-
pomes escova de Robson em baixa rotação para remover.
Lesões cavitadas:
Cárie crônica: caracteriza-se pela presença de uma cavidade com a parte interna escurecida,
apresentando tecido endurecido resistente a sondagem. Tem indicação para tratamento
restaurador.
Cárie aguda: cárie cavitada, na qual a dentina tem cor amarela clara, textura amolecida na
sondagem. Semelhante a uma trufa, por fora esmalte endurecido por dentro tecido
amolecido (que nojo).
Cárie secundária ou recorrente: quando presente significa que já tem uma restauração,
muitas vezes tendo que recorrer a uma radiografia para confirmar diagnóstico
3° EXAMES COMPLEMENTARES:
Radiografias Interproximais e periapicais
4° DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Cárie oculta
Podemos observar ao lado da lesão cavitária áreas opacas demonstrando que houve perda mineral no esmalte. Também
é possível observar que lesões de mancha branca ativa, é fosca ao secar. Nesse caso não podemos sondar com muita
força, pois a primeira etapa de perda mineral ocorre na subsuperfície, assim corre o risco de transformar uma lesão
não-cariada em cariada. Porém, deve sempre ser feito sondagem, mas não de forma vigorosa, mesmo que clinicamente
só observamos um pontinho para não resultar em uma fratura e perda de tecido mineralizado esbranquiçado que
poderia apenas ser remineralizado.
• Amolecida
• Com aspecto úmido
• Coloração amarelada ou acastanhada
Lesão de cárie inativa (na imagem ao lado está representada pela seta preta)
Cárie proximal: por isso deve secar bem a região proximal e observar se há alguma alteração na crista marginal. É
possível para melhor avaliação utilizar afastadores dentais, ou borrachas afastadoras da ortodontia.
5° PLANO DE TRATAMENTO:
Começamos pelos casos de maior urgência, como nos casos em que o paciente apresenta dor, processos infecciosos
instalados, um exemplo de foco aberto, são dentes abertos que necessitam de tratamento endodôntico, ou uma raiz
residual que necessita de extração, ou uma cárie ativa extensa. Há também urgências estéticas, quando paciente fratura
os incisivos centrais.
2 – Lesões Cervicais Não-Cariosas – Etiologia e Prevenção
Lesão cervical cariosa é um quadro clínico que tem sido cada vez mais comum no mundo e diferente do que se via no
passado, hoje não é mais uma situação presente somente em idosos (observa-se em muitos pacientes jovens).
DEFINIÇÃO
Perda irreversível de estrutura mineralizada, sem envolvimento bacteriano.
*Diferente da doença cárie, não há um microrganismo responsável pela perda estrutural.
ETIOLOGIA
Etiologia multifatorial: as lesões cervicais não-cariosas são multifatoriais. O que se tem muitas vezes é um fator
preponderante, mas outras causas adjuvantes contribuem para o aparecimento do quadro.
Fatores responsáveis pela perda estrutural: podem ser químicos e/ou mecânicos. Quando os fatores são químicos se
tem um padrão e localização de lesão, já quando são mecânicos, o formato da lesão é diferente. Por essas características
é possível fechar o diagnóstico, trabalhar na prevenção e ter uma longevidade no tratamento.
*Se o profissional não conhecer a etiologia, mesmo que restaure o dente, em pouco tempo (dois anos) o paciente volta com a lesão. Assim, neste
caso, conhecer e atuar sobre a causa é até mais importante que restaurar.
Fator oclusal: dentro dos fatores mecânicos, as cargas oclusais podem estar atuando de maneira principal ou associada
às lesões.
*O fator oclusal é muito importante, mas acaba não recebendo a devida atenção e por isso se vê muito insucesso em restaurações de lesões cervicais.
PREVALÊNCIA
A prevalência está aumentando, mas ainda não há muitas pesquisas clínicas determinando em um país/região qual
prevalência exata:
• Os valores mudam muito conforme a região, cultura e hábito dos pacientes que são entrevistados. Pesquisas indicam
uma prevalência de 2% a 90% (shulman & robinson, 1948; bergstrom & eliasson, 1988);
*Acredita-se que em estudos que indicaram valores muito altos e muito baixos (extremos) possivelmente houve uma distorção no diagnóstico
(pesquisadores incluíam lesões que não existiam ou foram muito brandos).
• Variações dependem da idade, gênero, população, dos hábitos orais e dietéticos e fatores socioeconômicos (wood et
al., 2008);
*Artigos mostram que a população mais carente tende a ter mais lesões cervicais não cariosas. Antigamente achava-se que a principal causa
destas lesões era a dieta mais ácida. Hoje sabendo que o fator oclusal é muito importante, nota-se que pacientes de áreas/países pouco
desenvolvidos tem perdas precoces de dentes (principalmente posteriores) “bagunçando/desequilibrando” a oclusão, aumentando o índice
dessas lesões.
• Grande correlação com a idade (levitch et al., 1994);
*Antigamente a prevalência era em pessoas com mais de 70 anos. Hoje já é considerado 45/50 a 75 anos a idade mais prevalente.
• Pesquisadores na China avaliaram 768 dentes de pacientes entre 35 e 44 anos e 991 dentes de pacientes entre 65 e
74 anos. O estudo demonstrou que a prevalência foi de 76,8% e 81,3% em pacientes de meia-idade e idosos,
respectivamente. Ou seja, a proporção em pacientes de adultos e idosos está se aproximando. Nesta população,
homens entre 35 e 44 anos e que vivem em áreas suburbanas mostraram maior prevalência.
SINTOMAS
A maioria dos pacientes que têm lesão cervical não cariosa procuram o dentista por outras razões. Isso porque a
maioria das lesões cervicais não cariosas não são sintomáticas. A pessoa até pode ter sentido dor no passado,
quando começou a exposição de dentina radicular, mas depois de um tempo não há mais dor.
Lesões sintomáticas: ocorrem quando a sensibilidade está associada à exposição dos túbulos (ocorre apenas em casos
de erosão). A erosão diz respeito a ação química, ou seja, substâncias ácidas deixam os túbulos abertos (impedindo a
formação de uma dentina esclerosada que fecharia os túbulos).
Lesões assintomáticas: superfície lisa com evidência de depósitos intratubulares (túbulos abertos são obliterados) por
meio de uma esclerose. Assim, como o túbulo fica fechado, não há comunicação do meio externo com a polpa e o
paciente não sente dor. Este quadro é causado principalmente pela abrasão (tipo de lesão provocada principalmente pela
escovação).
Abrasão
Desgaste mecânico produzido por meio de contato repetido de um corpo estranho na estrutura dental,
não relacionado à oclusão.
*Microorganismos e oclusão não estão relacionados a abrasão. Isso não quer dizer que esses fatores não podem estar
associados/presentes no paciente com abrasão.
*Em paciente com abrasão é muito comum notar lesões uma ao lado da outra. Além disso, as lesões são mais rasas e extensas (vários dentes).
Isso ocorre principalmente pela escovação muito forte e horizontal.
ETIOLOGIA
Escovação: é o principal fator. Os artigos mostram alguns fatores da escovação que estão mais relacionados à abrasão
sedo a técnica e a frequência os principais:
Atrição/Fricção
A atrição é um desgaste da estrutura dental causado dente a dente que pode ser fisiológico (pelo próprio envelhecimento
e mastigação) ou patológico (bruxismo ou apertamento).
*Lesões não cariosas acaba sendo um termo mais correto do que lesões cervicais não cariosas considerando que pode não ocorrer na região cervical.
PADRÕES
• Pacientes com atrição que ocorre com o envelhecimento se tem um padrão de desgaste
mais homogêneo;
• A atrição também está relacionada com contatos oclusais. Pacientes com um padrão
mais irregular e que relatam que o esmalte está quebrando (que o dente está quebrando
nas bordas) é necessário analisar a oclusão (corrigir o desequilíbrio oclusal).
*Muitas vezes é necessário um tratamento multidisciplinar. Um paciente com lesões de atrição por bruxismo severo
necessita combinar o tratamento restaurado com a DTM (confecção de placa por exemplo).
CARACTERÍSTICAS
• Desgaste incisal e oclusal (na incisal é onde percebe-se mais fraturas);
• Mais comum em pacientes idosos, mas pode acometer pessoas mais jovens;
• O desgaste é mais plano e uniforme;
• Encurtamento das coroas;
• Afinamento do esmalte (à medida que ocorre o desgaste, como o esmalte é pouco friável, vai afinando/ficando mais
transparente;
*Quando o paciente faz muito o movimento de protrusão, o afinamento do esmalte ocorre mais por palatina e ele começa a notar que os
dentes ficam mais acinzentados. Isso é a transparência, ou seja, aparece o fundo escuro da boca através dos dentes.
• Presença de facetas de desgaste nos dentes posteriores (ocorre principalmente em pré-molares e se tem a impressão
de que foi saiu uma lasca e foi passada uma ponta diamantada ficando bem polido e formando uma faceta de
desgaste);
*Esta situação é decorrente de um contato oclusal contínuo, fora de posição (excêntrico), causando um desgaste para acomodação dos dentes.
É uma situação muito comum em caninos (muitos jovens possuem perda de ponta de canino pois no movimento de lateralidade já há
desgaste).
• Perda de cúspides em casos mais severos.
• Nos casos mais graves de bruxismo pode haver perda da dimensão vertical (DVO).
*Isso significa que para restaurar e reabilitar estes pacientes é necessário devolver altura. Assim, as restaurações são feitas inicialmente em
dentes posteriores aumentando 1mm ganhando assim, 3 mm em anterior. Assim, após o aumento em posteriores, é possível devolver a
proporção para os dentes anteriores (com resina por exemplo). Nesses casos o paciente precisa usar a placa, inclusive de dia caso o bruxismo
seja neste período,
MEDIDAS PREVENTIVAS
Pacientes que fazem apertamento ou bruxismo precisam usar a placa oclusal;
Reestabelecer as guias oclusais. Se for necessário reestabelecer a DVO, primeiro aumenta-se 1 mm em dentes
posteriores, adaptando para depois reabilitar a boca inteira;
PREVALÊNCIA
Os dentes mais atingidos são os caninos. A partir do momento que os caninos perdem a ponta de cúspide e a lateralidade
não ocorre mais por ele, passa a haver desgaste em outros dentes.
Erosão ou Biocorrosão
Desgaste dental crônico (longo período) provocado por ação de agentes químicos de origem extrínseca ou intrínseca.
*Biocorrosão é o termo mais adequado atualmente.
➢ Vitamina c efervescente (se for consumida com muita frequência É importante tomar cuidado quando o pH é abaixo de 3.
e por longos períodos); O sulco de limão tem pH semelhante ao do estômago
➢ Medicamentos com pH’s muito baixos; (ácido gástrico).
➢ Ambientes (indústrias, laboratórios e piscinas com cloro em que O dano causado aos dentes está relacionado com a
há muito vapor e não tem proteção com máscara). FREQUÊNCIA.
É importante conversar com o paciente para achar a causa da erosão e agir sobre ela (diluir o sulco, utilizar canudo,
parar ou diminuir a frequência do hábito causador da erosão).
Características clínicas quando os fatores são extrínsecos:
Superfícies vestibulares dos dentes superiores, principalmente anteriores e afinamento das bordas incisais.
CAUSAS INTRÍNSECAS
No geral são relacionadas com distúrbios gastroesofágicos. Muitas vezes o
paciente nem sabe que tem problemas gástricos.
➢ Ácido clorídrico:
• Vômito
• Regurgitação
• Refluxo
• Hérnia de hiato
➢ Gravidez (se a mulher regurgitar SUPERFÍCIE PALATINA DENTES ANTERIORES (superiores):
por muitos meses)
Denstes sem ombro palatrono, pré-molares sem cúspide palatina.
➢ Anorexia nervosa
Para chegar em um caso grave como essa foram necessários pelo
➢ Bulimia menos 10 anos. O oclusão e a escovação ajudam a acelerar o
desgaste.
*Nos casos de anorexia e bulimia o desgaste
ocorre de maneira muito rápida porque além da SUPERFÍCIES OCLUSAIS DE INFERIORES (perimólises):
pessoa regurgitar muitas vezes, ela corre escovar s
dentes para tirar o gosto. Dentes não tem mais a anatomia normal. A superfície é meio lisa e
mais amarelada (por já estar em dentina). Mesmo quase vendo a luz
SEVERIDADE DO DESGASTE da câmara pulpar não há dor.
Abfração
É a perda patológica dos tecidos duros dentários decorrente de forças oclusais traumáticas que provocam o
desgaste do esmalte, dentina e cemento.
*Entre as lesões é a mais comum. Muitas pessoas têm mania de dizer que a todas as lesões cervicais não cariosas são abrfração,
mas não são sinônimos.
*Para acontecer abfreação é necessário ter recessão gengival (fator predisponente). A partir disso, se o paciente não tem equilíbrio
na oclusão (não tem primeiro molar como na foto ao lado por ecemplo) desenvolve-se abfração.
ETIOLOGIA
Hipótese para a etiologia de lesões cervicais idiopáticas (por que as lesões acontecem na cervical?):
Na década de 80 Lee WC, Eakle WS. começaram a estudar o
porquê pacientes com desequilíbrio oclusal ou interferência
oclusal desenvolvem lesão cervical. Eles então constataram que
pessoas com oclusão normal não têm abfração. É necessário algo
que faça uma força lateral excêntrica (diferente/fora do lugar).
Ocorrem então tensões na área da junção cemento-esmalte (no
fulcro do dente) porque a força provoca como se fosse uma
expansão causando uma “flexão” no dente. Assim, por conta
desta tenção ocorre a ruptura dos cristais de esmalte (microtrincas
e microfraturas). Nos espaços formados, com os cristais já
separados, entra saliva, chega pasta, escova e bebidas ácidas
aumentando a suscetibilidade para lesão (já que os cristais sã
facilmente removidos). Por conta desta força física as lesões têm
formato de cunha com ângulos internos bem vivos.
*Os pré-molares são os dentes mais atingidos.
Paciente realizando movimento de
lateralidade. Observa-se que ele tem
• Alguns estudos falavam que a carga oclusal pode não lateralidade em grupo. Além disso, nota-se
ser o fator primário na formação da lesão mas hoje que o pré-molar (circulado) está bastante
isto já foi desmentido (o desequilíbrio oclusal é um destruído. Isso significa que a força que ele
dos principais fatores); faz na ponta da cúspide deste dente durante
a lateralidade, com o passar dos anos, levou
• Tem forte correlação entre bruxismo, parafunção e
a formação de lesão em forma de cunha.
outros fatores oclusais.
CARACTERÍSTICAS
• Lesão localizada em um ou mais dentes. Desse modo, pode haver lesão em um dente só se a
interferência estiver só nele (situação que ocorre muito em pacientes pós-ortodontia pois os pré-
molares se movimentam ou tem uma leve extrusão podendo ocorrer lesão só nele ou no dente
antagonista também);
• Forma de cunha com ângulos vivos (característica mais marcante da abfração);
• Bordas bem definidas;
• Presença de interferências oclusais (pode não ser tão nítida sendo necessário utilizar o papel carbono
e fazer os movimentos);
• Presença de facetas de desgaste;
• Podem ser isoladas;
• Extensão quase sempre é subgengival. Ao fazer a restauração acaba sendo difícil isolar e por isso acaba-se usando
mais o fio retrator e o afastador bucal;
• Superfície lisa e polida (as cerdas da escova entram na lesão e a torna mais polida);
• Maior frequência em pré-molares e caninos.
LESÕES ASSOCIADAS
A abfração é a causa primária de todas as lesões cervicais não-cariosas. (grippo, 1991) Ou seja, atribui-se ao fator
oclusal praticamente todas as lesões.
A etiologia é multifatorial, com uma combinação de stress oclusal, abrasão e erosão. (lee & eakle, 1984)
Tratamento de LCNC
QUANDO RESTAURAR? RESTAURAR SEMPRE É A SOLUÇÃO?
Tamanho da lesão:
Nem sempre restaurar é a solução. Se a lesão for muito extensa ou muito profunda, deve-se restaurar para
preservar a estrutura dental (evitando a progressão e continuação do desgaste). É importante restaurar pois
nem sempre é possível estabelecer todas as causas e o paciente continua com algum fator causal presente.
Sensibilidade:
Paciente que possuem muita sensibilidade e já tentaram usar produtos como sensodine, ou fizeram tratamento para
tirar a hipersensibilidade e a causa continua, pode-se pensar em restaurar.
Exigência estética
LEVAR EM CONTA NA HORA DE RESTAURAR QUE
• A cavidade não é retentiva, ou seja, é 100% adesiva. Geralmente o substrato dentinário que se encontra no fundo
da lesão é uma dentina esclerosada e a chance dela cair é muito grande. Por isso, nestes casos é necessário tratar o
substrato adequadamente sendo necessário fazer algo a mais (somente o ácido não é capaz de desmineralizar a
dentina e formar corretamente a camada híbrida). Normalmente, quanto mais escura a dentina está no fundo da
lesão, mais difícil é a formação de camada híbrida.
• Margem sub-gengival deve ser levada em consideração pois pode haver contaminação não apenas com a saliva
mas também com o fluido gengival. Por isso, é necessário afastar muito bem o tecido gengival para fazer uma
restauração bem selada, adequada e seguindo a anatomia correta.
SUBSTRATO DENTÁRIO – LESÕES EM FORMATO DE CUNHA
Estudo mostrando microscopicamente como é o substrato dentinário em lesão
em forma de cunha. No microscópio eletrônico de varredura observou-se a
diferença da dentina no assoalho da lesão e no teto. Em maior amento é possível
ver o “chão”. De todos os dentes avaliados (extraídos com lesão), em 90% as
dentinas praticamente não tinham túbulo dentinário.
Esclerose dentinária:
Ausência quase total de túbulos abertos e fibras colágenas o que faz uma
grande diferença na adesão.
Criando mecanicamente uma superfície mais retentiva:
Um substrato como este não reage com o ácido. Isso significa que não adianta aumentar o tempo do condicionamento
ácido. Assim, não há imbricamento (por isso é necessário fazer o imbricamento). Sabe-se que o condicionamento ácido
em dentina esclerosada é 20% menos efetivo.
Utiliza-se uma ponta diamantada nova para fazer a aspiração da superfície para “forçar” o imbricamento mecânico.
Outra opção é o jateamento com óxido de alumínio. Pela pressão que o jato faz, o óxido de alumínio (pó) é altamente
abrasivo sendo possível fazer um choque mecânico na dentina esclerosada causando aspiração da superfície (inclusive
mais que com a ponta diamantada). Entre a ponta diamantada e o jateamento, se dá preferência para este último. É
importante frisar que para usar o pó de óxido de alumínio o paciente precisa estar isolado e protege com campo
fenestrado. Isso porque não pode ser aspirado – caso chegue no pulmão pode causar embolia pulmonar sendo letal.
Desta maneira, também é extremamente importante que o dentista esteja devidamente paramentado.
TRATAMENTO RESTAURADOR
Materiais disponíveis:
• Resinas Compostas;
• Resinas Flow;
• Técnica do sanduíche (uma camada de CIV e resina);
*Atualmente, há resinas com módulo de elasticidade muito melhores e por isso quase não se utiliza mais CIV). Com o jateamento
ou com a ponta diamantada, as resinas funcionam muito bem. É necessário escolher uma resina que tenha capacidade de
deformação e que não descole da cervical porque o dente continuará sofrendo com as interferências oclusais já que quase que na
totalidade dos casos há problemas oclusais e o paciente precisa de ortodontia (quase sempre não vai fazer). Além disso, o paciente
pode voltar com hábitos inadequados ou não os interrompe, sendo uma resina resistente.
• Compômero;
• Cimento Ionômero de Vidro Restaurador (de preferência resino modificado);
• Rest. indireta (usado em casos graves em que além da lesão há bastante desgaste oclusal – caso de reabilitação).
BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE
O material restaurador deve absorver a energia transmitida pelas forças oclusais sem deformação
permanente.
Como o dente sofre flexão (principalmente nos casos de abfração), se dá preferência para resinas
de baixo módulo de elasticidade:
LOGEVIDADE DA RESTAURAÇÃO
Tratamento do substrato (ponta diamantada/jateamento) + condicionamento adequado com um bom adesivo + material
com baixo módulo de elasticidade = restautaçaõ adequada que pode durar para sempr.
Caso 1. EROSÃO: paciente com bulimia – restauração dos incisivos:
O caso envolvia a reconstrução de incisais. Foi feito um enceramento, utilizou-se uma matriz de acetado para ajudar na técnica. Dentes porsteriores com
perda de cúspide foram reabilitados na prótese.
Caso 2.
Caso 3.
ISOLAMENTO MODIFICADO: são feitos os orifícios no lençol de borracha para todos os dentes
(de canino a anino por exemplo) e depois une os buraquinhos com uma tesoura (formando um
grande buraco). Para prender o lençol pode-se utilizar um grampo em casa extremidade (nos pré-
molares por exemplo). Além disso, deve-se colocar um rolinho de algodão no fundo do vestíbulo.
Se for necessário, pode-se usar super bonder para colar prender a borracha no tecido. Por fim,
utiliza-se o foi retrator.
POLMENTO: quanto mais polido no final, mais importante para manter a saúde gengival.
3- Aspectos Clínicos da Adesão
Enquanto o esmalte é um tecido quase que totalmente mineralizado, a dentina apresenta um tecido com
aproximadamente 70% mineralizado, sendo composta também de uma significativa porção orgânica;
Com isso, para se ter adesão em esmalte necessita-se apenas de tratamento ácido, lavagem e boa secagem, seguidos
do uso de um adesivo com características hidrófobas dentro do sistema adesivo, a porção hidrófoba é o Bond,
onde se tem somente a parte adesiva (sendo possível usar só esta parte em restaurações que envolvam somente
esmalte);
Quando se envolve dentina tornam-se necessários adesivos de caráter hidrófilo, que preencham os espaços,
mantendo a sustentação do tecido dentinário (impedindo o colabamento das fibras colágenas);
A adesão muda também dependendo do tipo de dentina presente;
A camada híbrida é a interface composta pela dentina desmineralizada e pelo sistema adesivo que ali penetrou e foi
fotoativado, formando estruturas rígidas que promovem a adesão. Para se ter uma boa adesão, não se necessita a
presença de uma camada híbrida espessa;
Em relação à aplicação do primer, o número de camadas aplicadas depende do sistema adesivo usado. Necessita-se
aqui do tempo de evaporação do solvente, que vai depender do tipo de solvente presente (água, álcool e acetona);
Trabalhando-se com sistema adesivo à base de acetona comumente necessita-se de mais de uma camada de primer;
Condicionamento seletivo do esmalte é a situação onde se condiciona somente o esmalte com ácido fosfórico em
casos onde e utiliza-se adesivos universais ou auto-condicionantes, visto que o ácido presente nestes não realiza um
condicionamento efetivo no esmalte dentário.
Sistemas Autocondicionantes
Semelhantes aos autocondicionantes, porém estes podem ser usados de acordo com o caso clínico;
Podem ser usados com condicionamento prévio ou não;
Dependendo da composição pode-se ter adesão aos metais;
A maneira de uso que promove melhores resultados é por meio do condicionamento prévio do esmalte. Na dentina
não é necessário condicionamento com ácido fosfórico devido á presença no adesivo do monômero acídico 10
MDP que se liga ao cálcio da dentina (condicionar a dentina retira o cálcio ali presente).
CONDICONAMENTO ÁCIDO
1- aplicação do ácido fosfórico em esmalte e dentina; 2- Lavagem; 3- Aplicação do primer; 4- Aplicação do bond;
Caso clínico: Lesão cervical não cariosa com uso de isolamento relativo.
1- Isolamento Relativo; 2- Condicionamento seletivo do esmalte; 3- Aplicação do sistema adesivo; 4- Confecção da restauração; 5- Acabamento e
polimento;
SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA
Quando há contaminação por sangue e/ou saliva, tem-se uma diminuição do valor de resistência em qualquer material
restaurador ou material adesivo;
Descontaminação
Pode ser realização antes da polimerização do adesivo:
- Lavar com spray de água/ar;
- Secar com ar (pois a dentina já está infiltrada);
- Reaplicar o adesivo;
Caso a contaminação ocorra após a polimerização do adesivo:
- Recondicionar por 5 a 10 segundos toda a cavidade onde estava o adesivo (sobre esmalte e dentina) somente para
retirar a contaminação, pois a camada híbrida já está pronta;
- Lavar e secar com ar;
PROTEÇÃO PULPAR
Substrato Dentinário
Dentina esclerótica:
Maior concentração mineral;
Espessura da camada híbrida menor.
Devido à união com dentina ou cemento usa-de CIV, todavia isso pode causar a uma alteração de cor mais fácil;
É feito inicialmente o preparo cavitário, o biselamento do esmalte, em seguida aplica-se o CIV na dentina,
condiciona o esmalte com ácido fosfórico, finaliza a restauração usando-se resina.
Pode-se cobrir estas regiões com ionômero de vidro, somente onde é necessário, buscando melhorar a adesão;
Condicionamento realizado em esmalte e dentina;
Lesões de abrasão
Lesões de Erosão
LIMITAÇÕES
Extensão da cavidade (caixas proximais extensas, envolvimento de cúspides);
Términos cervicais de difícil acesso e sem esmalte (muitas vezes nesse caso, não é
possível fazer uma restauração direta, então teria que avaliar onde está o término de esmalte
da restauração e encaminhar para periodontia para aumento de coroa);
Controle do campo operatório (umidade/contaminação) e impossibilidade de realizar
isolamento absoluto. Se fizer restauração aonde há contaminação com umidade e sangue,
esse tratamento não terá longevidade (por isso deve-se achar maneiras de fazer o isolamento,
seja com aumento de coroa, construção de parede, etc).
*Há situações clínicas de classe V em que é utilizado o fio retrator (mas tem que levar em consideração vários
fatores)
PLANEJAMENTO
1. Seleção da técnica restauradora dependendo do tamanho da cavidade:
Direta: feita diretamente no dente (clínica);
Semi-direta *É o caso das cavidades maiores. Encaminha-se para dentística II. Esses tipos de técnica
Indireta podem ser em cerâmica ou resina.
*Porém, elas são mais translúcidas, já que para colocar incrementos maiores é preciso que a luz do fotopolimerizador atravesse. Por isso,
geralmente preenche-se um volume maior com ela (para diminuir o tempo de cadeira) e finaliza-se com outra resina.
Apresentações no mercado
Há várias formas de apresentação no mercado. Existem as Bulk Fill Flow, Bulk Fill de consistência normal, Bulk Fill
em blisters.
DIAGNÓSTICO
Anamnese, exame clínico e radiográfico (RX interproximal);
Observar localização, extensão e profundidade da lesão;
Perguntar sobre hábitos nocivos do paciente;
Observar oclusão.
SELEÇÃO DE COR
Existem vários tipos de escala, como: escala Vita Classical, Vita
3D Master; ou escala de cor da própria resina (para quem está
habituado a usar somente um sistema de resinas no consultório);
Antes de isolar, fazer polimerização de pequenos incrementos da
resina sobre o dente (para verificar qual é a melhor cor).
*Existe resina de efeito (totalmente transparente), resina azul (para incisal),
resina mais translúcida de esmalte acromático (neutro/opalescente), resina de
cor (esmalte cromático), resina de dentina, entre outras várias opções.
OBS: sempre deve ser feito com 1 tubete inteiro, para que a anestesia dure o procedimento todo.
ISOLAMENTO ABSOLUTO
Sempre que se trabalha com resina deve ser feito o isolamento absoluto;
Podem ser feitas variações nas técnicas para que se consiga isolar (cortar grampo,
modificar grampo de lugar, girar grampo, fazer diferentes amarrias, etc).
PREPARO CAVITÁRIO
Máxima preservação do tecido dental;
Mais conservador possível, com manutenção das estruturas de reforço do dente (cristas marginais, ponte de
esmalte e áreas sadias); *Mas se estiver muito cariado é necessário remover;
Acesso à lesão em esmalte com pontas diamantadas esféricas (alta rotação), como a 1012, 1013, 1014 com
bastante irrigação;
Remoção do tecido cariado:
Brocas carbide esféricas em baixa rotação (maior tamanho possível compatível com a cavidade);
Colheres de dentina;
Limpar primeiro as paredes circundantes (a última parede a ser removida a cárie é a pulpar), pois se
expor a polpa, o restante já está limpo;
Remoção de restauração deficiente com pontas diamantadas (alta rotação). Essa ponta diamantada deve ser
menor do que o tamanho da restauração (para que não seja removido esmalte adjacente);
Tenta-se deixar os ângulos internos arredondados e ângulo cavosuperficial nítido (reto);
Para acabamento do preparo pode-se passar colher de dentina, usar o recortador de margem gengival no caso
de uma classe II, e também o machado.
ASSEPSIA DA CAVIDADE
Após finalizar o preparo e remover o tecido cariado, utilizar a solução de digluconato de
clorexidina a 2% por 1 minuto;
Embeber bolinha de algodão com a solução, esfregar na cavidade por 15 segundos e deixar a
bolinha na cavidade passiva por mais 45 segundos, por fim, secar.
PROTEÇÃO PULPAR
Nem sempre será necessário, pois depende da situação clínica.
Se na hora de remover a cárie perceber que a parede pulpar está bem escurecida (com dentina
reparadora/reacional), não é necessário fazer a proteção pulpar;
Pode ser feita nos casos de preparos em dentina profunda ou muito profunda;
Assim, é feita proteção pulpar indireta (paredes de fundo) com cimento de hidróxido de cálcio e/ou cimento
de ionômero de vidro, dependendo da profundidade.
OBS: lembrar que não se deve depositar resina logo em cima de cimento de hidróxido de cálcio, pois com o condicionamento, perde-
se a função de base. Assim, depois do cimento de Ca(OH)2 deve ser utilizado o ionômero.
HIBRIDIZAÇÃO - PROCEDIMENTOS ADESIVOS
Existem diferentes tipos de sistemas adesivos. Na clínica há o universal (FGM), o
condiciona e lava (FGM – roxo), e um autocondicionante. Independente da situação
clínica, SEMPRE deve ser condicionado o esmalte com ácido fosfórico (30
segundos, lavar e secar). O que muda dependendo dos adesivos utilizados é a
conduta na dentina. Por exemplo, no condiciona e lava deve ser feito o
condicionamento ácido da dentina (15 segundos). No caso do universal, utilizar
como se fosse autocondicionante (condicionar separadamente só o esmalte). Além
disso, deve-se levar em conta as características do substrato dentário.
Características da dentina
Na dentina profunda há maior permeabilidade, maior diâmetro e
densidade dos túbulos dentários (é uma situação mais desafiadora).
Nesse caso, é melhor dar preferência aos adesivos universais ou
autocondicionantes (e não condicionar a dentina diretamente com
ácido fosfórico).
Na presença de dentina esclerótica (mais mineralizada), mesmo que
profunda, pode ser utilizado ácido fosfórico.
Já quando há dentina afetada por cárie ativa (menos mineralizada),
também é uma situação de dentina profunda mais crítica (evitar o
condicionamento ácido da dentina com ácido fosfórico).
FOTOATIVAÇÃO
Resina polimerizada adequadamente resulta em melhores
propriedades e longevidade;
O ideal são aparelhos com amplo espectro (novos
fotoiniciadores), alta irradiância e com ponta ativa pequena
(para que entre adequadamente na cavidade).
AJUSTE OCLUSAL
Materiais
Pinça Muller (utilizar 2 simultaneamente);
Papel carbono (utilizar para cada movimento uma cor diferente, pois vermelho não marca em cima do preto);
Pontas diamantadas/discos para desgaste.
Abertura e fechamento
Para contatos de abertura e fechamento utiliza-se o lado vermelho na região que ser quer visualizar;
Deve-se testar os contatos dentários posteriores bilateriais e simultâneos (com uma folha em cada lado).
Remover o que está nas cúspides de não trabalho;
Idealmente sem contatos anteriores (ou balaceados).
Movimentos excursivos
Para movimentos de lateralidade e protrusão utiliza-se o lado preto ou azul na região que se quer visualizar;
Pede-se para o paciente tocar e arrastar
Deve observar se há interferências (se está tocando regiões que não deveriam, deve ser reduzido);
Nos movimentos excursivos não deve haver contatos posteriores (tocar só o canino na lateralidade);
Quanto mais posterior o contato, mais danoso em lateralidade;
Evitar contatos em balanceio (não trabalho – lado que não está indo com a mandíbula);
Sem contato em incisivos em lateralidade;
Protrusão compatível com os homólogos.
Dicas
Verificar se apenas o dente restaurado toca – contato prematuro;
Desgastar seguindo contatos desejáveis;
Não desgastar todo o contato (uma vez que ele é importante), mas apenas a parte indesejada.
ACABAMENTO E POLIMENTO
Vários sistemas de acabamento e polimento estão disponíveis no mercado
Acabamento:
1. Pontas diamantadas F e FF ou brocas multilaminadas (35 lâminas – que desgastam apenas resina, e não
esmalte);
2. Discos de lixa soft Lex pop on (3M), para remoção dos excessos e ajuste vestibular e palatino da caixa proximal
(utilizados mais para dentes anteriores);
3. Borrachas abrasivas (para dentes posteriores).
Polimento:
1. Pastas diamantadas;
2. Pontas siliconadas;
3. Escovas de carbeto de silício (astrobrush), que tem abrasivo na própria escova (não precisa usar nenhuma outra
pasta).
O protocolo clínico é similar das restaurações de Classe I: profilaxia, seleção de cor, checagem dos pontos de contato,
isolamento absoluto, anestesia, isolamento absoluto.
*A utilização desses dispositivos variam dependendo de cada situação clínica (algumas vezes, por exemplo, o Utilização de matriz + cunha
anel não fica bem ajustado, tendo que lançar mão apenas da matriz e cunha). + anel
Anel estabilizador
ESCULTURA E ESTRATIFICAÇÃO
Depois de reconstruídas as paredes proximais, o preparo vira uma classe I (e pode-se retirar todo o sistema de
matriz, cunha e anel).
Para preencher a caixa proximal, regulariza-se o fundo com uma resina Bulk Fill Flow, depois utiliza-se uma
dentina mais opaca, seguido de um esmalte cromático, esmalte acromático.
Em seguida, restaura-se o restante empregando a técnica escolhida.
Exemplo de preenchimento de cavidade:
Regularização do fundo com Bulk Fill Flow;
Bulk Fill para restaurar em maior volume;
Camadas seguintes de resina de esmalte para reconstruir a anatomia.
Ajustes/desgastes:
No acabamento da proximal primeiro é passado fio dental (para checar se o contato está ok), se precisar desgastar
deve-se utilizar a lixa para resina em “S” para não remover o ponto de contato que foi construído (e entra-se pela parte
central que não tem abrasivo). Para dar polimento, pode ser usado um fio dental com pasta de polimento.
EM DENTES POSTERIORES
Antes da restauração
Observar a relação oclusal do dente a ser restaurado;
Observar a existência de contato prematuro (que muitas vezes causa dor) e a guia de
desoclusão;
Ajustar se for patogênico (muito alto) e se estiver na restauração a ser realizada;
Demarcar o contato em RC e MIH, e evitar que o preparo fique nessa área.
Após a restauração
Observar novamente os contatos em RC e MIH;
Observar guia de desoclusão - lados de trabalho e balanceio;
Evitar contatos oclusais na interface dente / restauração;
Verificar a intensidade de conato (todos devem ter uma intensidade similar).
A primeira imagem mostra um contato posterior aparecendo na lateralidade (o que não pode
acontecer – ideal é pelo canino). Portanto, esse contato deve ser aliviado (imagem 2). Checar intensidade do
contato e desgastar/aliviar, se
necessário.
*A maioria dos pacientes na clínica não terão esse padrão ideal de pontos de contato, devido à perda de dentes, desgastes,
muitas restaurações, etc. O que importa é que eles sejam distribuídos de maneira uniforme.
EM DENTES ANTERIORES:
Antes da restauração
Demarcar os contatos em MIH;
Verificar guias anterior e lateral;
Verificar a presença de desgastes (e tentar entender o porquê aquilo aconteceu).
Após a restauração
Pedir novamente para o paciente fazer MIH, lateralidade e protrusão;
Evitar contatos oclusais na interface dente / restauração;
Não permitir contato aumentado em MIH;
Observar guia de desoclusão (movimento protrusivo e de lateralidade).
*O importante é sempre tentar equilibrar os contatos (não pode ter um dente só muito marcado).
LUZ:
Radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano. O olho humano é sensível a ondas de comprimento
de aproximadamente 380 (violeta) a 780 (vermelho-escuro) nm.
*Algumas pessoas possuem daltonismo, portanto, apresentam algumas questões com enxergar todas as cores;
Estímulo da cor:
É a experiencia que se tem ao passar a luz branca em um prisma, formando o arco-íris.
• Matiz;
É o próprio pigmento da cor. Value (valor), Hue (Matiz) e Chroma (croma).
• Croma;
É a saturação, por exemplo, no diagrama a parte purple-blue, ou seja, quanto de pigmento há na cor que estou
enxergando, se é 0 ou 12.
• Valor;
É o quanto de preto e branco tem uma cor*.
*É o mais difícil de identificar;
MATIZ:
• É o pigmento da cor;
• É determinado pelo comprimento de onda da energia
radiante;
O matiz é o pigmento próprio da cor*, sendo determinado pelo seu
comprimento de onda que é enxergado, ou seja, o que aquele objeto A matiz da cor dos olhos, por exemplo, pode ser azul, verde,
está refletindo. amarronzado e castanho.
Odontologia:
Na Odontologia, o matiz é dado pela letra, em uma escala convencional.
• A= Laranja;
• B= Amarelo;
• C= Amarelo acinzentado;
• D= Cinza avermelhado/alaranjado.
*Nesse exemplo todos são 4, ou seja, todos apresentam a mesma quantidade do pigmento
(croma), mas apresentam pigmentos diferentes (A,B,C ou D);
A diferença é muito sútil, ao olhar a escala, tudo parece amarelo na verdade*. Escala convencional na clínica, a Escala VITA em
que as letras representam o pigmento (A,B,C ou D).
*Por exemplo, o D é mais “branco” e o A pode parecer mais amarelo, entretanto o A é mais
laranja;
CROMA:
É o quanto daquele pigmento enxergado no matiz (saturação) há na
cor.
Odontologia:
• Croma é o número;
Por exemplo, matiz A croma 1,2,3 ou 4, ou seja, são todos a mesma matiz, no
caso do A, pigmento laranja, o que muda é o quanto de pigmento há naquela cor.
No 1 nota-se que a cor fica mais clara que no 2,3 e 4, ou seja, a quantidade de
pigmento laranja é maior no 4, ou seja, é mais saturada.
A principio a Escala VITA vem de fábrica assim, o
A (1,2,3,4), B (1,2,3,4) e etc*;
*Pode vir A1, A1,5, A2, A2,5; e etc
VALOR OU BRILHO:
Chamado também de luminosidade ou brilho.
É o quanto de pigmento preto ou branco há na cor e ela é uma
propriedade que se enxerga sem cor.
• Propriedade acromática; O olho está sem a cor para ser possível enxergar o
valor.
• Quantidade de preto ou de branco em uma cor;
Odontologia:
Como saber se eu vou acertar a cor em uma faceta super estética, para saber o valor da cerâmica, deve-se tirar uma foto
em preto e branco para poder enxergar. Se tem mais pigmento branco tem maior valor, logo se tiver mais pigmento preto
menor valor.
• Dentes com matiz e croma iguais, mas com valor reduzido pela
aplicação de pigmentos;
Todos esses dentes são B56, ou seja, apresentam matiz e croma iguais, o que
muda é o valor. Na primeira imagem é difícil enxergar o valor, mas quando em
preto e branco, nota-se que C e D são mais brancos em comparação ao A e B.
*Ao errar o valor na confecção de uma faceta única que ficará ao lado de dentes naturais, por exemplo, o dente homólogo é B56, mas errar o valor
fica muito perceptível pela nossa visão;
Em qualquer tratamento estético se deve tirar uma foto em preto e branco para ter certeza de que escolheu o valor certo.
O valor está ligado à quantidade de esmalte:
• A e B = maior valor;
*Se apresentam maior valor, logo apresentam mais pigmento branco, logo são pigmentos mais claros;
• C e D = menor valor;
*Só temos algumas na clínica dessa cor, pois a maior parte são casos de resinas A e B;
*Atualmente encontramos A 0,5, B0,5.... Os dentes vão ficando cada vez mais similares à porcelana;
“Em uma imagem preta e branca falta cor. Dessa forma, o valor (nível de claridade e luminosidade) é mais fácil de
ser determinado”.
ESMALTE E DENTINA
Toda a cor a ser escolhida em um dente, é dependente da estrutura do dente. Então a cor do dente é uma mistura do que
atravessa e penetra o esmalte que é uma camada mais fina e translúcida
Terço cervical:
É uma região de transição, onde há um volume maior de dentina e
menor de esmalte.
*Nessa região o dente parece mais amarelado, mais saturado, logo nessa região o croma
pode ser maior;
Na boca do paciente existe uma diversidade de cores em um mesmo dente/na mesma boca.
Alguns pacientes apresentam desgaste, manchamentos que fazem com que eles apresentem todas as possibilidades da escala possíveis
nos dentes.
A escala é um “auxílio” mas sempre é necessário polimerizar a resina na região do dente a ser escolhida a cor, pois
nenhum dente é igual ao outro, nem no mesmo paciente.
Então por vezes, a restauração fica ótima, mas a cor não combina tanto, devido ao “festival de cores” que o dente do
paciente apresenta.
*A resina de esmalte trans é transparente, logo se errar a cor da dentina, é possível enxergar;
Pode ter dentina de esmalte A1, A2,A3 que é cromático, é a usada na clínica, ou seja, além
de escolher a espessura, deve-se escolher a cor do esmalte também.
*Resina que não tem cor de nada, por exemplo, esmalte neutro, ela deve ser polimerizada na incisal para que seja possível saber a espessura, não
a cor, a cor será escolhida pela resina de dentina;
É necessário escolher o sistema de resina que se utiliza afim de acertar a cor, mas acertar a cor não é tão fácil*.
*Na clínica com um sistema só, na medida do possível, acostuma-se com a escala e já se memoriza, por exemplo, as vezes, ao olhar o paciente já
se sabe qual é a resina que deve ser usada;
*Se mudam o sistema de resina usado, necessita-se acostumar com o novo sistema, se ele é de espessura, translucidez/opacidade ou se é por cor
(A,B,C..);
TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE:
*Em casos estéticos a fotografia é importante, pois é possível aumentar, enxergar melhor as
áreas a serem restauradas e planejar melhor o procedimento;
TRANSLUCIDEZ:
No consultório, para conhecer a resina pegar um pedaço de cada uma das
resinas de uma mesma espessura, polimeriza elas afim de ver o quanto
elas são ou não translúcidas.
FLUORESCÊNCIA:
É a capacidade que uma substância tem de emitir luz quando exposta a radiações UV ou raios X.
*Quando na balada, as luzes deixam os dentes mais brancos, pois os dentes apresentam essa característica de emitir luz
quando expostas à luz UV;
*Se o paciente realizar recontorno estético, aumentando as bordas incisais, se exposto a luz negra, é possível enxergar o contorno brilhando mais
que o dente;
OPALESCÊNCIA:
*Essa propriedade é interessante para analisar a espessura de esmalte, mas é mais difícil de ver a aparência azulada, portant o, a luz transmitida
com aspecto alaranjado pode ser interessante para analisar essa espessura;
METAMERISMO:
Fenômeno pelo qual dois objetos têm a mesma cor sob uma
luminosidade e cores diferentes sob outra.
*Isso ocorre por causa da luz de diferentes ambientes;
Escolher sob luz incandescente é ruim, pois da a sensação do dente ser mais amarelo, enquanto que a luz fluorescente
da a impressão do dente ser mais branco/azulado.
*Existe uma luz branca chamada de luz do dia que é ideal para iluminar o consultório;
*Em ambientes mais aconchegantes o ideal é iluminação com luz amarela, já ambientes mais claros se utiliza luz branca;
SELEÇÃO DA COR:
Influenciada por vários fatores:
• Ambiente;
• Observador;
• Objeto;
• Fonte de luz;
• Escala de cor;
• Comunicação CD x Protético.
Ambiente:
Observador:
O olhar é subjetivo, ou seja, cada um enxerga de uma maneira.
• Olho humano - determinação de cor subjetiva;
• O paciente deve ser posicionado no mesmo nível dos olhos do observador, de tal forma que a luz incida de
maneira similar no dente da escala e no objeto.
*Em casos estéticos, o aconselhado é dividir a escolha da cor com o paciente para que ele participe do processo de escolha da cor, pois o paciente
enxerga de outra forma diferente da sua. Além disso, o ideal é sentar o paciente e posicionar seu olhar na altura
Obieto:
• É importante que o dente utilizado como referência tenha estrutura dentária suficiente, mantenha sua cor original
e não tenha sido submetido a restauração extensas, tratamento endodôntico*;
*Não adianta utilizar um dente vizinho que possua uma classe III, IV ou V, que possui várias cores. Deve-se selecionar um dente com cor mais
uniform;
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
• Em pacientes jovens, geralmente, os dentes são mais claros (possuem valor mais alto)*;
*Então ao realizar uma prótese para um paciente de 75 anos, não é ideal escolher B1, pois não ficará natural;
• Avaliar a quantidade de incisal ou translucidez é maior nos dentes jovens e diminui com a idade devido ao desgaste;
*À medida que se desgasta a incisal, essa referência de translucidez é perdida;
*Observar o paciente, no caso de uma classe IV, por exemplo, observar os dentes vizinhos, se não houver borda incisal translúcida, nem halo
opalescente, não se deve construir esse halo no dente a ser restaurado, portanto deve-se seguir o padrão da própria boca do paciente para que fique
o mais natural possível para ele;
*No caso de pacientes super jovens, por exemplo 12 anos com fratura classe IV, o ideal é construir o máximo possível do que ele apresenta de
translucidez e halo opaco;
*Paciente da clínica não há referência para restaurar aquele dente, pois o dente homólogo está manchado, nesse caso, é difícil, então deve ser
escolhida a cor mais natural possível para o paciente;
*Quando se faz um recontorno estético, primeiro é feito o clareamento para tentar deixar a cor mais padrão, homogeinizar, par a então escolher a
cor da resina.
• A área incisal exibe um alto grau de translucidez à medida que a quantidade de dentina presente diminui em direção
à incisal*;
*Lembrar de escolher resina de esmalte na incisal e a de dentina no terço médio. Se quiser saber se há diferença de saturação, colocar resina na
cervical;
• A região de corpo é a combinação da cor da dentina e uma sutil contribuição da cor e morfologia da camada de
esmalte;
• Em geral, a intensidade da cor de corpo (terço médio) é 1-2 cores mais claras
do que a região cervical*.
*Por exemplo, escolhi a A2 no terço médio, provavelmente será A3-A4 na cervical;
Sempre ter a foto branca e preta do mesmo dente, pois é possível ver o quanto o esmalte possui
efeito, ou seja, o quanto ele reflete a luz*.
*Quando restaurar, no momento do acabamento e polimento, deve-se respeitar a anatomia do esmalte do paciente que são as áreas de reflexão de
luz;
Fonte de luz:
• Use um fundo cinza 18% na seleção de cores para eliminar as distrações do ambiente ao
redor e permitir uma melhor determinação do croma e valor.
*Se o profissional passar o dia todo em um ambiente muito distrativo ou passar o dia todo vendo muitas cores Esquema que representa como a
coloridas ou com a luz do refletor ligada e trabalhando, o ideal é desligar o refletor e descansar o olho, diferença de iluminação interfere na
entretanto, pode-se utilizar um fundo cinza para ajudar a eliminar as distrações do ambiente; coloração.
Importante relembrar:
• Descansar a visão*.
*Olhar para o fundo cinza e depois escolher a cor;
Porque escolher a cor rápido? Pois, ao olhar muito tempo temos fadiga cromática.
FADIGA CROMÁTICA:
• Ocorre quando se fixam os olhos em uma cor única por um período de tempo
(30 s até 1 min) e depois olha para uma superfície branca;
• Aparece uma imagem com a cor complementar;
• Fotorreceptores de uma cor na retina são fatigados e perdem a habilidade de
enviar informação ao cérebro;
Isso comprova que ao ficar muito tempo olhando a escala de cor, a cor escolhida
será a errada.
Exemplo da aula, se olhar muito tempo para
essa imagem, nossas células entram em fadiga
e enxerga-se as cores da bandeira do Brasil.
DISPOSITIVOS PARA SELEÇÃO DE COR:
• Escalas de cor;
• Colorímetros ou espectrofotômetros;
ESCALA VITA CLÁSSICA:
A escala vita é organizada em matiz e cor*. Entretanto, na clínica, a escala
foi organizada de acordo com o valor, pois o ideal é primeiro escolher o
valor, depois o matiz e croma, sendo está a maneira mais fácil de não errar
a cor.
Ou seja, primeiro será escolhido se o dente é mais branco ou menos branco,
depois o resto.
*Ela não vem em ordem de valor; A escala vita vem desta maneira A1,A2, A3, A4..... ou
seja Matiz A croma 1 e etc. A escala vita pode ser
• Cerâmica ou resina; bagunçada e organizada em escala de valor.
Matiz: A,B,C,D.
Croma: 1,2,3,4.
Se a escala vier fixa, onde não é possível trocar a ordem dos dentes, o ideal
é pegar as possíveis cores e leva-las o mais próximo possível do dente a
ser restaurado*.
Escala bagunçada em relação ao maior valor para
*Se estiver em dúvida entre o A1 e B1, tirar da escala e colocar próximo ao dente; menor valor, pois o ideal é escolher primeiro o valor
*Quando organizado por valor, o A1 e B1 se encontram próximos um do outro; depois o matiz e o croma.
• Destaque sempre o dente da escala em função do matiz e faça a comparação de cervical para cervical e incisal
para incisal;
*Lembrar de comparar com a região a ser restaurada, por exemplo na cervical do dente vizinho. Nunca colocar a cervical da escala com a incisal
do dente, eles devem ficar na mesma posição;
• Na seleção do croma, entre A3 e A3,5, fique sempre com croma menor, pois poderá ser modificado por
característica extrínseca;
*Na dúvida fique sempre com o menor croma;
• Determinação do valor recomenda ambientes com baixa luminosidade - semicerrar os olhos para determinar o
valor.
*Pegar a escala inteira, semicerrar os olhos, passando a escala inteira perto do dente do paciente, escolhendo o valor primeiro (se é mais ou menos
branco) e depois selecionar matiz e croma;
Escalas:
Escala vita 3D master
Essa é uma escala de cor mais moderna que está organizada em valor, ou seja, as resinas estão posicionadas em fileiras
1, 2, 3, 4 e 5, de acordo com o valor que apresentam.
Logo, a primeira coisa a ser escolhida nessa escala é o valor*, depois
o croma (intensidade-1,2,3) é escolhido e por último se é mais
avermelhado ou amarelado (matiz).
*É aonde é mais perigoso errar, deixando por último o que pode ser mais errado que
é o matiz;
DISPOSITIVOS PARA SELEÇÃO DE COR: Nessa imagem temos posicionados o valor 1,2
e 3. Qual seria o valor correto para ser
Escalas próprias de cada resina: utilizado nessa restauração? O valor 1.
3M:
* A própria resina indica que ao utilizar a A2 para várias resinas, quais devem ser usadas para cada região na restauração, mas isso só serve para
essa marca;
1 2
Vit-L-escence:
Essa já é diferente, primeiro a cor da dentina é selecionada, onde o matiz só tem opção
A ou B e a região ideal para escolher (cervical). Depois escolher a dentina pelo croma
(1,2,3,4) no terço médio.
A resina de esmalte para incisal, efeito ou translúcida tem várias cores, e não segue
escala vitta (esmalte frost, smoke, âmbar)*.Portanto, para escolher deve se colocar um
incremento polimerizado em cima do dente.
Amelogen Plus:
As cores de dentina vão de cor A até a C, já o esmalte não possui cor, nessa escala, só é
possível escolher se o esmalte será mais branco, mais neutro ou mais cinza.
Nessa escala então deve-se escolher a espessura de esmalte e a translucidez que se deseja.
Nessa marca o esmalte segue a escala vita (A1,A2.....) mas a dentina não é vita.
A cor é escolhida do esmalte (Cromático), a dentina apenas a opacidade (White, médio, dark
ou bleach).
• Esmalte: A1, A2, A3, A3,5, A4, B1, B2, B3, C2, C3, D3;
• Dentina: OL, OM, OD, OB (bleach);
• Dentes clareados e odontopediatria: BL e BLX;
• Incisal: CL (clear), AM (ambar), CO (clear opal) e YO (yellow opal).
SELEÇÃO DE COR:
Independente da cor de resina, a escala fornece uma ideia do que é necessário, mas é importante
e necessário que a resina seja polimerizada nas diferentes regiões do dente.
*Se a resina é para esmalte, polimeriza-se ela na incisal, porém a prof aconselhou ultrapassar o limite do dente para
que seja possível ver o quanto ela é translúcida;
Essa imagem mostra os diferentes tipos de resina polimerizados no local onde devem ser
inseridos posteriormente para checar se a sugestão da escala se encontra correta.
SEQUENCIA RESTAURADORA:
Cada terço do dente é restaurado com uma resina de acordo com seu matiz, croma, valor, opacidade, translucidez,
resistência e características de polimento necessária para cada área:
Terço Cervical:
• A forma da dentina artificial necessita ser a mais similar possível a do dente natural do paciente*;
*Observar a cor da dentina do paciente;
*Quando a dentina estiver muito escurecida/pigmentada, o ideal é escolher uma resina de dentina mais opaca, como nos casos de dentina
esclerosada para esconder ela;
*Ao remover amálgama a dentina embaixo pode estar cinza, nesse caso, também opta-se pela resina de dentina mais opaca;
TÉCNICAS RESTAURADORAS:
São técnicas restauradoras que podem ser cromáticas ou acromática que
utilizam sistema VITA ou NÃO-VITA.
*Vita: A,B,C,D e etc;
Abordagem cromática:
• Resinas Vita;
1- Selecione a dentina artificial (croma 1 tom acima da cor final desejada);
2- Esmalte externo - ligeiramente mais translúcido;
*Prof comentou que não irá cobrar isso, ela apenas quer que a gente saiba diferenciar a escala vita da não-vita;
COMUNICAÇÃO CD X PROTÉTICO:
Sempre em casos estéticos, fotografar o paciente, normal e enviar uma foto com filtro preto e branco.
Fotografias:
Exemplo:
Enviar ao protético, além do modelo, foto da escala, mostrando também o que será escondido abaixo, nesse caso, um pino metálico.
O protético faz a prótese o mais próximo possível da realidade, conferindo naturalidade para o paciente.
Na foto da escala precisa aparecer a numeração da escala, pois se não estiver indicando qual a correta, não adianta
enviar foto ao protético.
Para escolher a cor da incisal do paciente, a escala pode ser posicionada virada “de cabeça para baixo” para que a incisal do dente
fique próxima à da escala afim de escolher a melhor opção. NÃO esquecer da referência da cor que deve aparecer na foto.
• Espectrofotômetros e colorímetros;
Easy Shade:
Permite tomadas de cor em quaisquer condições de
luminosidade, até no escuro total. Easy Shade: coloca-se o dispositivo na ponta do dente do paciente,
em pouco tempo ele fornece a cor tanto em escala vita quanto na
*O Easy Shade é mais usado em pesquisas, pois é um equipamento muito escala não-vita.Além disso, ele marca as extensões da cor, por
caro, mas ele é muito bom pois não é subjetivo; exemplo, quanto de vermelho, verde, azul e etc;
*Por exemplo, a professora escolher pode ser subjetivo, enquanto que o dispositivo não é;
Scanners Intra-orais:
• Omnicam (Sirona);
Análise estrutural da dentina com relação à profundidade mais próxima da polpa, maior o
calibre dos túbulos dentinários.
CAVIDADES
Profundidade:
Dentina Reacional.
Idade do paciente:
Provocada Espontânea
Condição Reversível Condição Irreversível
Cavidades rasas;
Cavidades médias;
Sem exposição pulpar.
Cavidades profundas;
Tratamento expectante.
Proteção pulpar direta
Capeamento pulpar;
Com exposição pulpar.
Curetagem pulpar.
TRATAMENTO EXPECTANTE
Indicações
1- Remoção do tecido cariado com curetas (sem anestesia)* Hoje anestesia-se e remove com broca CA nas
paredes circundantes e com colher de dentina na parede pulpar;
2 - Deixar uma fina camada de dentina cariada sem expor a polpa;
3 – Limpeza cavitária;
4 - Colocação de hidróxido de cálcio (PA + Cimento de hidróxido de cálcio);
5- Restauração provisória**;
6- Aguardar de 45 a 60 dias;
7- Avaliação e restauração final.
* Técnica de restauração atraumática: remover com colher de dentina até o paciente relatar dor, com isso para a remoção e fecha o dente
técnica usada atualmente quando se faz adeqeuação do meio bucal e populações como na amazônia, por exemplo;
** Pode ser feita restauração definitiva dependendo do que ficou na cavidade, se não é necessário reabrir o dente.
Deve ser feito o acompanhamento do paciente independente se a restauração feita foi próvisória ou permanente,
checando se houve ou não sensibilidade e/ou dor.
Limpeza cavitária
45 a 60 dias;
Recuperação da polpa;
Paciente sem sintomatologia dolorosa;
Verificar remineralização de dentina descalcificada;
Remover restante dentina cariada;
REABERTURA??? hoje na literatura indica-se que muitas vezes não é necessária abertura, dependendo
assim do tecido que foi deixado na cavidade;
Estudos avaliam a característica histológica de 1ou 2 visitas para o tratamento pulpar (restauração definitiva e
acompanhamento ou restauração provisória e substituição posterior por restauração definitiva) concluiu-se
que durante uma única visita o sucesso clínico e histólógico foi semelhante ao visto em duas visitas. Tal
estudo uso MTA (que é um material semelhante ao hidróxido de cálcio, que estimula também a formação de
dentina reparadora, possui resposta biológica mais rápida porém é mais caro).
Tratamento expectante: passo a passo.
Tratamentos Conservadores
Importância Fisiológica: Dentes com rizogênese incompleta, canais atrésicos ou demasiadamente curvos, e
com deltas apicais
Importância Sócio-Econômica: Proteção pulpar direta realizada pelo CLÍNICO GERAL minimizando a
quantidade de extrações dentárias e tratamentos endodônticos – muito mais onerosos para o paciente;
Tipos de proteção pulpar direta
Colocação de um revestimento biológico (agente protetor) sobre a porção desnuda da polpa exposta
mecanicamente ou por trauma;
Exposições pequenas e recentes (menores que 1,0 mm);
Prognóstico depende:
Tamanho da exposição;
Contaminação;
Idade;
Degradação do coágulo.
Contra-indicações:
Curetagem Pulpar
Tamanho da exposição;
Contaminação;
Idade;
Degradação do coágulo.
Contraindicações:
Pulpotomia
Remoção total da polpa coronária (deixando a polpa dentro do canal) e colocação de um revestimento
biológico sobre sua porção desnuda;
Considera-se que a polpa coronária está infectada;
Exposição acidental em dentes com raízes incompletas;
Exposição acidental com presença de tecido cariado;
Fraturas coronárias;
É um procedimento mais comum em pacientes pediátricos;
Prognóstico:
Tamanho da exposição;
Contaminação;
Idade;
Degradação do coágulo.
Técnica:
1. Remoção de tecido cariado “exposição pulpar presença de tecido
cariado”;
2. Remoção do teto da câmara pulpar;
3. Remoção da polpa coronária com broca esférica diamantada ou cureta;
4. Lavagem (soro ou água destilada) para controlar a hemorragia;
5. Secagem da cavidade com algodão estéril;
6. Acomodação do hidróxido de cálcio (pó);
7. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio;
8. Colocação de base de cimento de ionômero de vidro;
9. Restauração;
10. Proservação.
Restauração – Permanente ou provisória?
Reavaliação em 40 a 60 DIAS;
Anamnese;
Testes de vitalidade;
Exame radiográfico: Periapical e/ou Interproximal;
Constatação clínica (inspeção);
Porque a proteção pulpar direta está melhor indicada para os pacientes jovens???
Entre essas sequelas estão: o escurecimento dental, necrose pulpar, calcificação da polpa
(fechamento do canal), e reabsorção interna ou externa da raiz (que é a principal sequela, podendo
comprometer o dente e levar a uma perda dentária). Essa reabsorção ocorre devido ao impacto do
dente nos tecidos de suporte, gerando reação inflamatória, pois o organismo entende que o
elemento dental é um organismo estranho.
*É preciso levar em consideração que muitas vezes essa reabsorção só fica grave anos depois e o paciente que tinha, por exemplo 10 anos, já vai
estar com 18.
*Há associação de fraturas coronárias e luxação (o dente se movimentou – gerando consequências no osso). Isso tudo pode levar à necrose
pulpar.
C) Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico Classificação de acordo com a
*Não envolve polpa, mas vai para dentro do sulco gengival (é uma fratura bem na vertical). invasão do espaço biológico:
1. Coronal a margem óssea (acima da
D) Com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico crista óssea);
*Envolve a polpa e vai para dentro do sulco gengival. 2. Ao nível da margem óssea/crista
óssea;
Se essa fratura invadiu o espaço biológico é questão de tempo para se formar uma bolsa
3. Apical a margem óssea.
periodontal (porque ocorre contaminação). E quando contamina, não tem adesivo nenhum
que funcione. Por isso que é importante ter as bordas cervicais bem expostas no preparo.
Dependendo do nível da fratura (margem) ainda
é possível fazer um aumento de coroa clínica
sem causar prejuízo estético nos dentes
anteriores. Em outros casos, pode ser necessária
uma extrusão ortodôntica.
1. Fratura de esmalte:
Raramente prejudicam a função ou a estética. Assim, as opções de tratamento são:
Controle;
Restauração adesiva direta com resina composta;
Colagem de fragmento (mas por vezes é um fragmento tão pequeno que não é possível nem segurar
para colar).
Há duas exposições com diferença de cor entre elas. No primeiro dente o sangramento é vermelho
escuro e no segundo é um vermelho mais vivo. Além disso, nota-se que o primeiro dente intruiu e não
se observa toda a margem cervical de esmalte, já no segundo é possível visualizar. Nesse caso, teria
que tentar expor a margem com o isolamento (se possível) ou fazer aumento de coroa clínica para
expor. Em alguns casos pode até ser feito uma cirurgia exploratória para afastar a gengiva e ver
aonde termina a fratura, para então poder planejar o caso.
COLAGEM DE FRAGMENTO
Técnica de eleição em fraturas de dentes anteriores quando o paciente apresenta-se com o fragmento.
CLASSIFICAÇÃO
Colagem autógena Dentes vitais Colagem mediata
Colagem homógena Dentes não-vitais Colagem imediata
Proteção pulpar Obtenção da guia em godiva Retirada do fragmento + Condicionamento ácido do fragmento e do
godiva remanescente dental
ANÁLISE ESTÉTICA
Na análise estética existem alguns conceitos, como macroestética (que são aspectos relacionados à face,
periodonto/gengiva e aos dentes em grupo) e microestética (aspectos relacionados aos detalhes de cor, textura
superficial e forma dos dentes individualmente). Ainda há conceitos de estética branca e estética vermelha.
*Sobre estética branca e vermelha a profª não comentou nada, mas estava no slide.
Referenciais da face
Há faces mais triangulares, mais arredondadas ou quadradas.
Referenciais dentários
Forma: a forma dos dentes individualmente também pode ser triangular, arredondada ou quadrada;
Linhas de reflexo, área de espelho;
Proporções estéticas do incisivo central, lateral e canino;
Textura (linhas brancas, periquimácias, sulcos, manchamentos): quando se consegue reproduzir a textura, a
qualidade da restauração fica visivelmente melhor.
TRIANGULAR
ARREDONDADA
Textura de superfície
Proporções estéticas
QUADRADA
Linhas de reflexo
Textura de superfície – imagem mais aproximada
Sulcos (devem ser feitos com
Observa-se linhas A área central é mais plana Observa-se cristas mais elevadas
broca de acabamento e
brancas e sulcos (com reflexo) e algumas linhas
polimento)
marcadas
Área de espelho: os três quadrados são do mesmo tamanho, mas se deixar a área plana maior dá impressão que o dente é
mais largo. Se deixar a área plana menor (aumentando as cristas), o dente parece menor.
2. Matriz de silicone:
Na palatina utiliza-se silicone pesado e na vestibular silicone transparente.
A) Matriz de silicone pesado
Para confecção da matriz é feito o enceramento em um modelo de gesso, que posteriormente é moldado com
silicone pesado.
Dessa moldagem obtêm uma guia/matriz palatina, para reconstruir a parede palatina.
Guia palatina confeccionada Depois de utilizar o sistema Todas as palatinas são feitas junto.
adesivo no dente, fazer uma
camada bem fina de resina na
palatina.
Tirou-se a matriz palatina e foi feita a incisal Nesse estágio, já pode ser
(esbranquiçada, pois o dente natural da paciente era acrescentado dentina.
assim).
B) Matriz de silicone transparente:
É feito uma matriz transparente para fazer a cópia da textura executada na vestibular do enceramento, e transferir isso
para a restauração.
*Para entender melhor os tipos de resinas disponíveis: as resinas híbridas têm tamanhos um pouco maiores e menores misturados, dando uma
boa resistência (já que as menores preenchem os espaços). Entre elas existem as microhíbridas e as nanohíbridas. A nanoparticulada é bem
pequena, por isso dá um bom polimento, mas além disso, elas têm clusters que conferem resistência.
OBS: Em resumo, pode ser utilizado: híbridas, microhíbridas, nanohíbridas e nanoparticuladas. Muitas pessoas
confundem dizendo que se utiliza a resina microparticulada para classe IV. A resina microparticulada não é utilizada
para regiões que tem estresse/contato/guia de desoclusão, pois não tem resistência. Ela possui partículas bem
pequenas, geralmente esféricas, e são muito boas para acabamento e polimento. Assim, podem ser utilizadas apenas na
vestibular (onde não tem ponto de contato) como uma última camada, não devendo envolver proximal, palatina e
incisal. *Atualmente quase não se faz mais essa última camada com microparticulada, pois é mais fácil utilizar uma nanohíbrida ou
nanoparticulada, que possuem todas as propriedades de resistência e polimento unidas.
SELEÇÃO DE COR
“A composição da cor de um dente é justamente determinada pela resposta desse
dente a uma determinada fonte de luz que atua sobre as estruturas de esmalte e
dentina, que apresentam diferentes espessuras.” Ou seja, deve-se ter em mente que é
preciso devolver a cor de dentina, e que a luz bata e volte. Assim, primeiro se utiliza
uma resina mais opaca e depois as demais. Além disso, a espessura é muito
importante para se acertar a cor.
Escala de cor
Colorímetro Teste no dente
Esquema 1 (padrão)
É reconstruída primeiramente a palatina (utilizando resina de esmalte);
Para o corpo da dentina utiliza-se uma resina opaca;
Para mascarar a linha do bisel utiliza-se uma resina de dentina também;
Em seguida, deposita-se uma camada de resina de esmalte;
*Nesse estágio já foi feito a incisal e palatina;
Por fim, pode ser feita uma última camada fina de esmalte (roxo).
*Caso fosse usar microparticulada, teria que ser nessa última camada (mas pode ser feito tudo com
nanohíbrida).
CASOS CLÍNCOS
CASO CLÍNICO 1
Dentes com restauração antiga, que desandou a resina pela falta de resistência;
Foi feita radiografia periapical e tomada de cor;
Isolamento absoluto, remoção da resina antiga,
Profilaxia;
Preparo dos dentes (biselamento);
*Lembrar que o bisel é feito somente na vestibular.
Condicionamento ácido, lavagem e secagem;
Reconstrução da parede palatina à mão livre, seguindo o alinhamento;
Reconstrução da incisal (com uma resina não muito opaca);
Deposição de resina de dentina (mais opaca);
Mascarou-se o bisel (com resina de dentina);
Última camada de esmalte;
Resina microparticulada no final;
Mediu e checou-se a oclusão;
Por fim, trabalhou-se com as áreas de espelho, áreas de reflexão e dispersão de luz;
Acabamento e polimento com discos e borrachas;
*Broca tipo pêra para retirar os excessos e broca 3195 na cervical.
Recortador de margem gengival Aplicação de ácido e lavagem Reconstrução da parede palatina. Observar alinhamento Resina de dentina
Mascaramento do bisel Resina de esmalte Deixar a cervical bem convexa Última camada de resina
Área de espelho, reflexão e Acabamento com discos Acabamento com broca tipo pera Acabamento com broca 3195
dispersão
CASO CLÍNICO 2
Caso pequeno em incisivos centrais superiores;
Foi feito ensaio restaurador;
Restauração começou utilizando matriz palatina (resina de esmalte);
Em seguida utilizou-se resina de dentina (mais opaca);
Última camada de resina de esmalte;
Acabamento e polimento;
Aspecto final reproduzindo naturalidade.
Reconstrução da parede Preenchimento com resina de Última camada de esmalte Aspecto após acabamento e polimento
palatina (resina de esmalte) dentina
Aspecto final
Caracterização anatômica para texturização Acabamento e polimento
CASO CLÍNICO 4
Caso extenso de restauração em incisivos centrais superiores fraturados, confeccionando borda incisal opaca;
Foi feito o enceramento para confecção de matriz palatina;
Confecção do bisel anatômico na vestibular, com ponta diamantada;
Reconstrução da palatina com resina de esmalte;
Preenchimento com resina de dentina;
Mascaramento do bisel;
Borda incisal opaca;
Camadas seguintes de esmalte;
Uso de corante branco, pois o paciente tinha pigmentações nos demais dentes;
Linhas de reflexão;
Acabamento e polimento;
Confecção de protetor bucal (já que o paciente era ciclista e corredor).
Enceramento
Construção de parede Biselamento
Técnica da Fratura nos dentes anteriores
palatina
incisal opaca
Resina de dentina Resina de esmalte e corante branco Aspecto final Protetor bucal
CASO CLÍNICO 5
Caso de paciente com fratura nos incisivos centrais e lateral superiores. Foi colocado pino de fibra de vidro no
elemento 11 (que já possuía tratamento endodôntico);
Primeiramente foi feito enceramento para confecção da matriz palatina;
Isolamento;
Introdução do pino;
Em uma próxima sessão foi feito isolamento relativo (com fio retrator);
Foi feito os preparos dos dentes (bisel);
Condicionamento ácido e lavagem;
Sistema adesivo;
Utilizou-se a matriz para reconstruir a palatina (com resina de esmalte);
Para não quebrar (devido à grande extensão) foi feita uma base com a dentina;
Preencheu-se com dentina;
Resina de esmalte translúcida na incisal;
O dente foi pigmentado;
Últimas camadas de esmalte;
Acabamento e polimento
*No acabamento e polimento, foi feito as linhas, periquimácias, deixado a área central plana. Além disso, tirou-se o excesso da
cervical.
*Pais costumavam pagar ao dentista para extrair os dentes da filha e colocar dentadura para que ela ficasse com sorriso bonito e
pudesse casar;
• Odontologia Adesiva;
Odontologia
A evolução de 1980 até os dias de hoje, mas principalmente, depois dos anos 2000, dos materiais Adesiva
adesivos e as resinas compostas transformaram a odontologia, praticamente mudando a forma de
abordar a odontologia, pois permitiu que se fossem realizados procedimentos muito mais conservadores do que a 40
anos atrás*.
*Inclusive os preparos de amálgama eram menos conservadores, uma vez que precisavam de preparos mais extensos com paredes convergentes
para a oclusal e etc;
Portanto, com a era adesiva, ocorreu uma mudança de chave em que a odontologia saiu da era do desgaste para retenção
para a era da adesão e quando se fala em adesão, temos os princípios de retenção e resistência.
*Os princípios de retenção e resistência das restaurações foram vistos em dentística operatória;
*O material que segura as cerâmicas (lentes de contato) são os cimentos resinosos que são as resinas um pouco mais diluídas;
ODONTOLOGIA ADESIVA:
Possibilitou que houvesse:
• Melhoria Estética;
• Conservação do tecido dental;
• Reforço da estrutura dental fragilizada;
• Redução da infiltração marginal e sensibilidade pulpar;
• Maior diversidade de técnica*.
*Com a odontologia adesiva, foi possível fechar diastemas colando material para fechar o espaço, pois a saída antigamente era realizar as coroas
totais;
Análise estética:
Macroestética: aspectos relacionados a face, a condição periodontal e a visão dos dentes em grupo.
Microestética: aspectos relacionados aos dentes isoladamente*.
*Por exemplo, o incisivo central superior esquerdo ou o incisivo central superior direito;
MACROESTÉTICA:
• Face;
• Periodonto;
• Dentes em grupo.
Face:
Ao analisar a face, quais são os pontos mais observados? Esses pontos são chamados de
“Pontos de dominância”.
Pontos de dominância:
• Sorriso;
• Olhos.
*Nosso cérebro delimita o rosto, porém os pontos de dominância são os olhos e o sorriso;
O formato da face é tomado como referência em prótese total para a seleção do formato dos dentes, uma vez que existe
uma certa coincidência* entre o formato de face e formato dos dentes (harmonia).
*Não é sempre que isso ocorre;
Observação em perfil:
É importante observar o paciente, pois eles podem ser classe I (padrão), classe II
(retrognata) ou classe III (prognata).
Essa observação não está linkada apenas à odontologia restauradora, mas sim envolvem
outras especialidades, por exemplo, ortodontia ou cirurgia, que podem ser necessárias
antes do tratamento restaurador.
Primeiramente, o paciente é avaliado como um todo (zoom menor) para
posteriormente, focarmos no dente isoladamente (zoom maior) e para realizar uma
análise estética não é necessária uma câmera fotográfica, atualmente, com os celulares
já é possível de ser realizado.
Face - análise frontal:
Linha média Linha interpupilar
• Forma da face;
• Linha média da face;
A linha média da face toma como referência a glabela, ponta do fulcro e do mento.
• Tipo de lábio;
• Linha interpupilar;
• Linha intercomissural (paralela a interpupilar); Paciente com linha média e linha
intercomissural paralela à linha
interpupilar.
• Equilíbrio terços da face.
Proporções faciais equilibradas dos
Checar o quão equilibrado está a relação entre os terços terços superior, médio e inferior.
da face do paciente.
Face - Análise frontal sorrindo:
Ao solicitar que o paciente sorria, alguns itens a mais são avaliados
• Linha interpupilar;
• Plano incisal (acompanhando o lábio inferior);
• Linha média dentária;
Existe uma regra que ela pode não estar 100% coincidindo com a linha média facial, mas é
importante que ela seja paralela à linha média facial, pois se forem paralelas elas serão pouco
perceptíveis quando existe alguma alteração.
*Logo, ela pode ser coincidente ou paralela à linha média facial;
• Curvatura incisal.
Curvatura da borda incisal dos dentes superiores
Proporções:
Essas linhas de proporções são utilizadas para análise, mas não necessariamente a
dentística restauradora trabalhará com essas referências.
As proporções da face são divididas:
Sentido vertical:
Divididos em três terços pelas linhas: linha do cabelo, glabela, asa do nariz e base do
mento.
Sentido horizontal:
Distância de orelha a orelha (distância de cinco avos*).
*Ele não falou, mas acho que essa distância é a de cada linha vertical;
2) TIPOS DE SORRISO:
Alto:
Alto
Expõe toda a altura cervicoincisal dos dentes ântero-superiores e uma área da gengiva.
Médio:
Expõe todo ou pelo menos 75% da altura da coroa clinica* dos dentes intero- Médio
superiores e papilas interdentais.
*Prof disse que todo é em alto;
Baixo: Baixo
Expõe 75% ou menos da altura da coroa clínica dos dentes ántero-superiores são visíveis.
*É necessária uma cautela, principalmente em casos de lábios finos, pois não se deve levar e conta apenas a espessura
dos lábios, mas também o tamanho dos dentes. Por exemplo, se o paciente possui dente pequeno, ao aumentar o lábio,
o dente fica menor ainda, podendo tornar o sorriso infantilizado;
3) SORRISO APROXIMADO:
• Tipo de lábio;
• Altura do sorriso;
• Alinhamento dental;
Paciente com altura média de sorriso*.
• Gradação*/corredor bucal;
*Expõe um pouco de gengiva, mas não é um sorriso alto, é
*É a medida que percebe cada vez menos os dentes quando eles vão para a distal, ou quase que a transição entre um médio para alto;
seja, em uma visão frontal cada vez menos os dentes posteriores são vistos;
O corredor bucal é o espaço entre a vestibular dos posteriores e a mucosa jugal, logo pacientes com arco superior muito
estreito tendem a ter uma gradação bem acentuada e corredor bucal muito largo*.
*O contrário ocorre com arco superior bem aberto;
• Curvatura incisal.
*Prof comenta que prefere sorrisos com o alinhamento não tão perfeito, ele acha que o sorriso necessita ter imperfeições para
ser mais natural, nesse exemplo acima, há reversão suave nos centrais e canino (pequenas giroversões);
Curvatura incisal:
Um sorriso bonito apresenta essencialmente curva na borda
incisal.
Essa linha curva é traçada da borda incisal do canino ao canino, tocando na ponta dos
incisivos centrais e laterias (incisal) também, essa linha deve acompanhar a curvatura
do lábio inferior.
Essa característica confere jovialidade, uma vez que pacientes com sorriso invertido,
ou seja, com a curvatura da borda incisal invertida em relação ao lábio inferior,
possuem um aspecto mais envelhecido.
Exemplo livro:
Curvatura incisal convexa que acompanha o lábio inferior,
proporcionando um aspecto estético agradável enquanto que
a segunda imagem o paciente apresenta curvatura incisal
côncava que é desfavorável esteticamente.
4) PERFIL APROXIMADO:
• Relação incisivo central superior com lábio inferior;
Ao sorrir, a borda dos incisivos, normalmente, está localizada muito próxima à linha
seco-molhada do lábio inferior*.
*É a região dos lábios que marca a transição entre o seco (externo) e o molhado nos lábios (interno);
• Alinhamento dental;
• Suporte dos lábios.
Os dentes suportam o lábio no sorriso, no paciente abaixo é possível notar essa ausência de suporte.
Esse paciente já possui um espaço pronto para se trabalhar, nesse caso, sendo necessário apenas a adição de material, sendo necessário apenas mínimos
desgastes.
*O paciente possui os dentes menores, pois possui Discrepância de Bolton que é uma desarmonia no tamanho dos dentes superiores e inferiores;
5) INTRABUCAL:
Para o exame intrabucal, colocar o espandex (afastador de lábio) e avaliar intrabucal.
Contorno gengival:
O que há de errado no sorriso? O contorno gengival do lado esquerdo do paciente se
encontra mais baixo quando comparado ao lado direito*, esse processo é uma
hiperplasia.
*É comum de ocorrer em pacientes após tratamento ortodôntico;
Inclinação axial:
*Essa é a regra, por exemplo, ao fazer um recontorno estético deve-se levar essa inclinação como
referência;
Ameias incisais:
É o espacinho na interproximal dos dentes.
• Formato de “V invertido”;
A regra é:
✓ Entre incisivos as ameias são pequenas;
✓ Entre incisivo central e lateral as ameias são médias;
✓ Entre caninos e lateral as ameias são maiores (mais largo e amplo).
6) LINHA MÉDIA DENTÁRIA:
• Perpendicular ao plano incisal;
• Paralela ou coincidente com a linha média da face;
Pode ocorrer de a linha média não ser coincidente com ICI (incisivo central
inferior):
Muitas vezes essas linhas não coincidem, esteticamente, pequenos desvios, de até 3mm, são aceitáveis.
Saúde Periodontal:
Se a distância aumenta para 6mm a presença total de papila cai para a metade e para 27% quando a distância aumenta
para 7mm.
Quando essa distância pode ser aumentada? Quando o paciente, por exemplo, apresenta alguma condição periodontal
ou uma periodontite/bolsa que leve a uma perda óssea.
*Quando a distância aumenta, começa a ter mais espaço, ou seja, área não preenchida por gengiva, podendo se tornar problemas sérios como
alterações funcionais devido a reabsorção e perda de inserção óssea;
MICROESTÉTICA:
Análise dos dentes isoladamente.
Um compilado de estudos determinou que a proporção média das proporções dentárias.
Dimensões/largura dental:
✓ ICS: 8,7mm;
✓ ILS: 6,5mm;
✓ CS: 7,7mm.
Comprimento/altura dental:
✓ ICS: 10,9mm;
✓ ILS: 9,3mm;
✓ CS: 10,6mm;
O incisivo central possui praticamente o mesmo comprimento que o canino, já o lateral é 15-20% mais curto,
considerando cervical e incisal.
A largura do central é mais o menos A largura do lateral é 69% do A largura do canino é 72% do
80% do comprimento do mesmo. comprimento do mesmo. comprimento do mesmo.
Essas referências são importantes para dar a proporção adequada*. *Não faz mal alterar e deixar um pouco fora desse padrão?
Essa proporção é bem utilizada em
fechamentos de diastemas em que é necessária
uma base afim de que se aumente o dente sem
que fique desproporcional.
*Existe uma regra que é bem importante e deve ser usada em casos que não se deseja aumentar muito os incisivos, pois eles são os dentes em que
mais se notam diferenças (muito largos). Essa regra é “jogar” o excesso de largura para os caninos ou pré-molar, uma vez que eles comportam
mais de excesso de material, comparado ao central;
Formato do dente:
Pode ou não coincidir com o formato facial.
Ovalado/circular:
Arestas convergem tanto na cervical quanto para a incisal.
Triangular:
Arestas proximais ou cristas marginais convergem em direção a cervical e divergem em direção
à incisal.
Quadrangular:
Arestas paralelas entre si.
TEXTURA:
As texturas são aplicadas principalmente em pacientes jovens, uma vez que o dente não foi desgastado nem de maneira
fisiológica nem patológica*.
*Desgaste da superfície dental;
Macrotextura:
Sulcos de desenvolvimento:
Separam os lóbulos: mesial, médio e distal.
Microtextura: Sulcos de desenvolvimento.
Periquemáceas:
• Estrias de restzius;
Encontrados em dentes bem jovens, quando começam a surgir os dentes permanentes, são
linhas chamadas de periquemáceas que nada mais são do que estrias de restzius*.
*Estrias de retzius: linhas de deposição do esmalte;
*A partir do momento que se começa a ter função mastigatória mais ativa e escovação, a superfície é alisada e
acabam se perdendo as linhas (estrias de restzius); Periquemáceas
Esse tipo de coisa é feito, apenas em situações bem específicas.
8 – Fechamento de Diastema e Recontorno Cosmético Dental
Plano da aula:
• Definições e etiologia
• Diagnóstico estético
• Possibilidades restauradoras, quando são áreas com pequena ou média perda pode optar pela restauração direta
com resina, porém se for uma área grande é indicado restauração de forma indireta, pois este é submetido a altas
pressões e temperaturas, assim, é um material mais resistente que a resina (material plástico que em grandes
incrementos quando submetido ao estresse ou força de trasão fratura, desgasta ou cria lascas).
• Prognóstico
• Conclusões
Diastemas dentais:
Conceito: Espaços ou aberturas entre dentes adjacentes de uma mesma arcada dentária com etiologia multifatorial que
causam desconforto ao paciente por interferir na estética do sorriso
ETIOLOGIA DOS DIASTEMAS DENTAIS:
Congênitas ou adquiridas:
• Discrepâncias dentoalveolares;
• Agenesias dentárias, é comum pacientes com agenesia do incisivo lateral;
• Hábitos deletérios, ingestão de alimentos e bebidas ácidas ocorrendo erosão dentária, ou bruxismo resultando em
atrição;
• Movimentações ortodônticas;
• Inserção do freio labial anormal, muito baixo podendo se estender até palatina;
• Incisivo lateral conoide;
• Giroversões dentais;
• Sucção de dedo;
• Alterações gengivais/periodontais: pacientes que sofreram mobilidade dental podem ocorrer como sequela o
diastema;
• Migração dental patológica, devido a perda de um dente, os dentes antagonistas e adjacentes perdem o equilíbrio
oclusal e migram mudando de posicionamento.
*Professor cita que sempre que possível pede ao ortodontista que ele estabeleça contato mesial dos incisivos centrais, os quais são mais difíceis de
estabelecer efeitos estéticos e assim restabelece a estética dos incisivos laterais, pré-molar e molar.
Diagnóstico estético:
• Pequenas modificações restauradoras
• Pequenas modificações plásticas (dentais ou gengivais)
• Podem refletir em mudanças significantes no conjunto
• Benefício na autoestima e aceitação social
ANÁLISE ESTÉTICA:
Macroestética: Aspectos relacionados a face, a condição periodontal e a visão dos dentes em grupo;
Microestética: Aspectos relacionados aos dentes isoladamente.
• Dimensões dentárias dentes anterossuperiores é importante pois se paciente apresentar desgaste incisal e ao fechar o
diastema a altura e largura do dente é a mesma o dente vai ficar quadrado, não vai ficar legal, vai ter que associar a
um aumento de borda incisal, tentar ganhar em comprimento por meio de uma gengivoplastia ou distribuir os espaços
para o incisivo lateral. Utilizamos como referência para analisar:
→ ICS - largura corresponde 80% da altura
→ ILS - largura corresponde 69% da altura
→ largura corresponde 72% da altura
• Cor (matiz, croma e valor)
• Textura (sulcos e lóbulos / relacionado a idade)
• Incisivos centrais superiores tem mesma altura do contorno gengival dos caninos;
• Incisivos laterais superiores 15% menores/ mais baixo que ICS;
• Pré-molares e molares menores/um pouco mais baixos que canino.
ESTÉTICA E COSMÉTICA (DENTÍSTICA RESTAURADORA):
Estética: a arte de criar, reproduzir, copiar e harmonizar as restaurações com as estruturas dentárias e anatômicas
circunvizinhas, de tal modo que o trabalho se torne belo, expressivo e imperceptível.
Cosmética: procedimentos operatórios e aplicação de materiais odontológicos específicos com o objetivo de alcançar a
beleza e a harmonia requeridas pela estética.
RECONTORNO COSMÉTICO:
Técnica que utiliza restaurações para alterar as características de forma, tamanho, alinhamento, contorno e posição dos
dentes, adequando assim o sorriso a padrões estéticos desejáveis.
Não indicado:
• Idade do paciente, paciente com 17 anos com diastemas generalizados não é indicado já utilizar técnicas indiretas
em cerâmica, faz-se primeiro restauração em resina;
• Necessidade de desgaste dentário (preparo);
• Hábitos do paciente, pacientes que são fumantes, tomam café o dia todo, a possibilidade de manchamento da resina
é muito grande, nesses casos pacientes tem que retornar a cada 3 meses para fazer um polimento;
• Fator oclusal (equilíbrio), pacientes que tem apertamento ou bruxismo;
• Quantidade de material restaurador necessário, aplicar pequenos incrementos;
• Paciente pode frequentar o consultório para manutenções? Para fazer polimento e ajuste/ reparo com pequenos
incrementos.
Possibilidades de Tratamento:
É possível observar que há uma discrepância entre Diastema apenas entre distal do ILS e mesial Foi indicado uma gengivoplastia, realizando antes
margem gengival desproporcional ao tamanho do do canino, melhor local para trabalhar e sondagem para verificar se há esmalte se
dente espaço entre incisivo lateral e central (contato estendendo até o sulco gengival, analisando o
entre incisivos centrais está ok) quanto se pode remover.
• Enceramento diagnóstico: procedimento em que reabilitações são planejadas e desenvolvidas em cera para
determinar e guiar os procedimentos clínicos e laboratoriais. São feitos sobre modelos de gesso, onde são
reconstruídos em cera as porções desgastadas e os dentes ausentes, buscando forma e relação oclusal desejados ao
fim do tratamento. Molda o paciente construindo um modelo em gesso, é realizado a reabilitação estética em cera no
modelo (enceramento dos dentes que serão restaurados);
• O mock up é realizado moldando o enceramento diagnóstico com silicone Zetalabor (silicone de laboratório, é mais
resistente, mais firme, sofre – deformação) no modelo de gesso, confeccionando a gula de silicone. Em seguida,
posiciona-se em boca, removendo os excessos e realiza os ajustes necessários em boca.
• Princípios de ilusão e efeitos cosméticos identificando as áreas de reflexão da luz. Delimitação das linhas de retenção,
identificando as arestas.
Remodelação cosmética:
PERCEPÇÃO VISUAL EM REMODELAÇÃO COSMÉTICA:
Com o compasso de ponta seca conferir se os dois centrais estão do mesmo tamanho, com áreas estéticas semelhantes
• Diminuir área plana (reflexão de luz), pois paciente tem sulcos de • Aumentar área plana (reflexão de luz),
desenvolvimento, deve-se fazer arestas mais deslocadas para o para isso joga a crista mais para as áreas
centro do dente, assim parece que o dente é mais estreito. Pode interproximais
utilizar disco sof-lex trazendo a aresta mais para o centro do dente.
Para acerta o formato do dente usar discos sof-lex vermelho escuro, na palatina usar a broca
diamantada ponta chama 3118FF ou 3168F. Na vestibular usa a sequência de discos sof-Lex, laranja,
laranja claro, e amarela. Na palatina usa borracha cinza, rosa e azul do American Burs. Tanto na palatina
quanto no vestibular usar feltro com pasta de polimento. Nas interproximais além dos discos pode
utilizar fio dental com pasta de polimento.
OPÇÃO RESTAURADORA:
É realizado o condicionamento até metade do Começamos com uma pequena camada na Segunda camada por palatina
dente tanto para vestibular quanto palatina. vestibular
Estabelecer um contato proximal, passar tira de
poliéster entre os dentes, por palatina coloca resina
de esmalte e então traciona a tira em direção a
vestibular, pois é o local onde está estável.
Linhas e áreas de reflexão e deflexão de luz Mesmo protocolo adaptado a anatomia dental
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Diagnóstico e planejamento, o encerramento diagnóstico ajuda a avaliar se será possível restaurar de forma direta,
comparar o comprimento e largura do dente;
• Eleição da técnica restauradora;
• Cuidados na manutenção e prognóstico, reabilitação estética necessita que o paciente vá para o consultório
periodicamente fazer manutenção e repolimento;
• Método conservador e eficaz, apenas aditivo;
• Benefício estético.
9 – Técnicas de Clareamento
CLAREAMENTO DENTAL
Marketing;
Novos produtos e técnicas;
Paciente: Tratamento clareador rápido e eficaz;
Conhecimento maior do Cirurgião-dentista;
Demanda produtos e tempo específico, não ocorrendo no tempo normal de escovação.
Conceito
Clareamento Dental é um procedimento que
visa alterar a cor dos dentes naturais, para mais Dentina Cervical Dentina -
claro, utilizando para isso, substâncias Corpo do
clareadoras. dente
Borda incisal
Esmalte
Branco-azulada Esmalte Translúcido
Tecidos dentários
Produzem radicais livres altamente reativos que degradam os pigmentos presentes na estrutura dental através
de uma reação de oxidação, transformando-os em estruturas moleculares cada vez mais simples quebra de
cadeias longas, formando basicamente dióxido de carbono e água.
Vantagens
Mais superficiais;
Aparecem após a erupção do dente;
Acúmulo de placa;
Chá, café, cigarro;
Bebidas com corantes artificiais;
Bebidas e alimentos corantes. Bactérias cromogênicas.
Alimentos com corantes;
Cáries;
Restaurações (resina ou amálgama);
Bactérias cromogênicas: comuns em crianças
Removidas geralmente por profilaxia.
Defeitos no esmalte maior intensidade no manchamento.
Manchas intrínsecas
Congênitas
Amelogênese imperfeita;
Dentinogênese imperfeita;
Adquiridas
Pré-irruptivas:
- Tetraciclina;
- Flúor;
Pós-irruptivas:
- Escurecimento natural;
- Traumatismo;
- Outras.
Hepatite Severa: Dentes verde-azuis ou marrons; Manchas por bilirubina ou biliverdina.
Fluorose: Quantidade e época de ingestão:
- Mais de 1 ppm a partir o 3º mês de gravidez até o 8º ano de vida.
Classificação das Fluoroses
1 - Normal
2 - Questionável
3- Muito Suave
4 - Suave
5 - Moderado
6 – Grave.
Traumas de desenvolvimento:
Mancha:
- Natureza;
- Posição da mancha no dente;
- Composição.
Etapas:
Exame Clinico;
Anamnese;
Profilaxia (para remoção do biofilme);
Registro da cor (escalava de cor e fotografia);
Exame radiográfico.
Exame clínico
Profundidade da mancha;
Documentação completa;
Colaboração do paciente.
TIPOS BÁSICOS DE CLAREAMENTO VITAL
Clareamento no consultório;
Clareamento caseiro;
Associação (consultório e caseiro);
Qual escolher? De acordo com o desejo do paciente, da sua necessidade, tempo...
O tratamento de clareamento deve ser proposto antes da realização de restaurações, especialmente estéticas, pois a
resina composta não clareia.
Quando o clareamento pode não ser necessário
Manchas extrínsecas;
Restaurações defeituosas;
Restaurações metálicas.
Quando o clareamento pode ser contra-indicado
Alergia ao peróxido;
Gravidez ou lactação;
Cáries ou restaurações mal adaptadas sensibilidade;
Idade;
Severas perdas de esmalte;
Restaurações extensas;
Pacientes com expectativas acima do possível;
Fumantes a chance de voltar a escurecer é maior, paiente deve estar ciente;
Pacientes que não colaboram com o tratamento;
Pacientes em tratamento de doenças graves.
Sucesso clareador
↑ Quantidade de fatores iatrogênicos e + Tempo se passou prognóstico sombrio (mais difícil o clareamento
funcionar;
Agentes clareadores - composição
Basicamente:
Peróxido de hidrogênio;
Peróxido de carbamida:
- Peróxido de hidrogênio + peróxido de uréia;
Glicerina ou glicol – carbopol;
Agentes dessensibilizantes.
Peróxido de hidrogênio
Associado
Carboxipolimetileno;
↑ Aderência do gel na superficie dental;
↑ Tempo de liberação do oxigênio nascente;
Teoricamente ↑ efetividade.
Agentes dessensibilizantes
Sensibilidade dental alterações térmicas;
É o padrão ouro para clareamento caseiro muito efetivo, sensibilidade é controlável e praticamente não
agride polpa e tecido peridontais;
Uréia (CNH3) a 6,4% + peróxido de hidrogênio(H₂O₂) a 3,6%;
- Uréia dióxido de carbono e amônia;
Peróxido de hidrogênio água( H₂O) e oxigênio(O₂) e perodroxil(HO₂) por curtos períodos.
H2 O2
Pigmentos completamente
clareados.
Degradação da matriz de
esmalte.
Concentração
Diversas
Não há diferença no sucesso do clareamento entre as diversas concentrações mesmo grau de clareamento
↑ Concentração ↑ Velocidade longevidade;
Peróxido de hidrogênio a 5,3% - WHITESTRIPS
Expor o paciente a tais tipos de agentes clareadores pode causar maiores riscos estrutura dental e tecidos moles
Outros agentes clareadores
Podem ser igualmente efetivas no clareamento dental, mas a sensibilidade dental pode se intensificar
durante o tratamento;
Menos confortáveis.
Carvão ativado possui efeito clareador????
O pós de carvão ativado não promoveu mudança de cor quando combinado com cremes dentais regulares e
clareadores. Além disso, mostrou causar alterações na superfície do esmalte;
Escovação durante 12 semans com pasta de dente a base de carvão vegetal e uma pasta fluoretada regular
produziu efeitos semelhantes na alteração de cor;
Pastas Clareadoras:
TÉCNICAS DE CLAREAMENTO
Caseiro (home bleaching)
* CLAREAMENTO CASEIRO*
Peróxido de carbamida de 10 a 22 % ou peróxido de hidrogênio de 1 a 10%;
Uso de moldeiras individuais;
Procedimento simples;
↓ Concentração de peróxido;
Paciente realiza em casa com monitoramento profissional.
Indicações
Alteração generalizada da cor dos dentes vitais.
Registro da cor; Moldagem; Confecção da moldeira (recorte do modelo de gesso que será levado a uma plastificadora à vácuo);
Prova da moldeira; Profilaxia.
OBS: não é realizado alívio nos modelos de gessos, pois com isso fica mais produto, o que causa inflamação gengival.
Feitos em gesso pedra e recortados em formato de ferradura para uma adequada moldagem da área cervical.
Deve-se aplicar o gel na moldeira por pelo menos 2 horas até 4 horas (ideial por 4 horas para maior
efetividade);
Tempo total de uso é em torno de 1 a 3 semanas (se o paciente é A ou B na Escala Vita);
Se for peróxido de hidrogênio com concentração de 4%, 5% a 7½ %, usa-se por uma hora ou 30 minutos, de
acordo com a concentração;
Deve ser aplicado na moldeira o equivalente a um grão de arroz, em cada dente, na superfície vestibular,
próximo à incisal não ficando excessos, não indo nos tecido moles e pegando todo o dente;
Em caso de estravasamento de material, utilizar bicarbonato de sódio, pois ele para a ação do agente
clareador.
Prova da moldeira
Deve estar bem adaptada, evitando danos ao periodonto e ocorrência de áreas isquêmicas.
Instruções ao paciente
1. Escovar os dentes;
2. Aplicar o gel dareador na moldeira (1 gota);
3. Levar moldeira à boca (se necessario: retirar os excessos de gel);
4. Permanecer com a moldeira por um curto periodo de (2 a 4 horas com perőxido de carbamida 10%). Obs:
produtos com concentrações mais baixas do peróxido de hidrogênio devem permanecer menor tempo -
verificar a orientação do fabricante
5. Remover a moldeira, lavá-la na agua corrente e deixar secar;
6. Retirar o gel dos dentes com bochecho e massagem (não escovar imediatamente --. Dentes estão mais
sucetíveis à abrasão);
7. Bochechar com sol.de fluoreto de sodio 0,05% para remineralização;
8. Pode-se fazer uso dos dessensibilizantes.
O acompanhamento deve ser semanal. A duração do clareamento caseiro é em média de 3 a 4 semanas.
Polimento
Recomendações:
Suspenção do tratamento por 2 ou 3 dias;
Agentes dessensibilizantes: nitrato de potássio e fluoreto de sódio com gel de peróxido de carbamida
reduziram a sensibilidade dental em comparação com peróxido de carbamida 10% sem o uso desses 2
componentes.
Irritação do tecido gengival
Verificar:
Moldeira está com excessos, mal adaptada;
O que fazer:
• Whiteness HP,
Whiteness HP Blue -
FGM
• Whiteness HP Maxx
Auto Mix - FGM
• Polaoffice - SDI
• HI Lite - SHOFU
• Mix One
TOPDAM
É a barreira gengival utilizada para proteger a gengiva e precisa
ser usada com muito cuidado.
FONTES DE LUZ
• Aparelhos fotopolimerizadores;
• Aparelhos de LED;
• Aparelhos laser.
Antigamente realizava-se a ativação do gel, inclusive com lazer argônio, LED, etc. A ativação do gel clareador para o
clareamento de consultório, por meios físicos, não tem mostrado superioridade em relação aos meios que utilizam apenas
a ativação química. Deste modo, se não mostra superioridade, não há motivos para expor o paciente.
Efeitos indesejáveis do clareamento:
O clareamento de consultório tem uma sensibilidade maior porque a concentração é maior. Um argumento para
utilização de fontes de luz é que diminuiria esta sensibilidade.
Resultados na literatura sobre diferentes fontes de luz:
Laser de argônio e LED:
Será que a dessensibilização do dente ocorre ao mesmo tempo do clareamento? Provavelmente não.
Ocorre diminuição da sensibilidade antes e após o clareamento dental? Provavelmente não.
Laser de diodo e LED (alta e média potência):
Estas fontes de luz promovem o aquecimento do gel e aumento da temperatura do dente que pode causar dor e
hiperemia pulpar (que leva a dor).
A dor e a hiperemia também estão relacionadas a maiores concentrações de peróxido de hidrogênio. Por isso o
clareamento caseiro é o mais seguro (principalmente com a utilização de peróxido de carbamida 10%).
TÉCNICA DO CLAREALMETO NO CONSULTÓRIO
1. Procedimentos iniciais
Inicialmente é feira anamnese, diagnóstico e a determinação da cor inicial (uma foto deve ser tirada mostrando o dente
e a cor com o código da escala). Além disso, realiza-se uma profilaxia.
2. Proteção da mucosa jugal com vaselina
3. Aplicação do dessensibilizante
O dessensibilizante é aplicado antes da utilização do gel e fica nos dentes por 10 minutos.
4. Isolamento absoluto ou barreira gengival
A barreira gengival deve cobrir toda a gengiva marginal, a papila e um pouco da cervical.
Esta barreira é aplicada com uma seringa e em seguida joga-se a luz. Para fazer isto é necessário
manter a mucosa seca.
Falhas na barrira gengival
Barreiras mal adaptadas, olhando por vestibular, muitas vesses podem parecer bem-feitas. No entanto, ao colocar a
barrira deve-se pegar o espelho e observar por incisal se há algum espaço entre a gengiva e o dente. Se houver deve-se
acrescentar mais. Isso é importante porque se o produto ficar em contato com a gengiva “torra” a região. Caso o paciente
tenha diastema é indicado colocar um pouco de topdam por palatina para vedar bem.
5. Aplicação do agente clareador
É importante utilizar um afastador com local para o paciente morder e uma cânula
de aspiração (de endo ou cirúrgica). É feita a manipulação do gel e a aplicação.
6. Remoção e nova aplicação
Alguns géis são aplicados, ficam por 15 minutos, é feita a remoção e nova aplicação. Para realizar a remoção utiliza-se
a cânula para aspirar o produto seguido de lavagem e remoção da barreira.
Gase e cânula de aspiração:
Não é indicado utilizar gaze na boca do paciente pois as vezes a gaze encharca e a ao tirá-la ela encosta
no produto, encosta na mucosa e queima. A gaze era utilizada quando não existiam os afastadores com
abaixador de língua.
Remoção do gel, lavagem abundante e tomada da cor:
9. Sorriso final
Antes Depois
*Marcas Comerciais*
WHITENESS HP (FGM)
WHITENESS AUTOMAX
Base de peróxido de hidrogênio 35%
WHITENESS AUTOMIX
1 aplicação de 50 minutos por sessão Os palitos foram utilizados para
abaixar a língua, evitando que
ela queime com o produto.
HI-LITE (SHOFV)
POLAOFFICE (SID)
Base de peróxido de hidrogênio 35%.
CASO 1)
Aplicação do Esta barreira é muito dura Aplicação da barreira
Anamnese, diagnóstico, determinação e foto
dessensibilizante. e não deve ser usada (topdam) e do gel
da cor inicial.
clareador
.
CASO 2)
ETIOLOGIA
• PERDA IRREVERSÍVEL DE ESTRUTURA MINERALIZADA, SEM
ENVOLVIMENTO BACTERIANO
• ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
• FATORES QUÍMICOS E/OU MECÂNICOS
Etiologia e Prevenção • CARGAS OCLUSAIS PODEM ESTAR ASSOCIADAS
1 2
PREVALÊNCIA PREVALÊNCIA
• DE 2% A 90% (SHULMAN & ROBINSON, 1948; BERGSTROM & • 768 DENTES (35- 44 ANOS) E 991 (65-74 ANOS)
ELIASSON, 1988)
• A PREVALÊNCIA DE LCNC FOI DE 76,8% E 81,3% EM PACIENTES DE
• VARIAÇÕES DEPENDEM DA IDADE, GÊNERO, POPULAÇÃO, MEIA-IDADE E IDOSOS, RESPECTIVAMENTE
HÁBITOS ORAIS E DIETÉTICOS, FATORES SOCIO-ECONÔMICOS • 35-44 ANOS = HOMENS, MAIS VELHOS E VIVENDO EM ÁREAS
(W OOD ET AL., 2008) SUBURBANAS
• GRANDE CORRELAÇÃO COM A IDADE (LEVITCH ET AL., 1994)
3 4
ABRASÃO
SINTOMAS
DESGASTE MECÂNICO PRODUZIDO POR MEIO
DE CONTATO REPETIDO DE UM CORPO
ESTRANHO NA ESTRUTURA DENTAL, NÃO
• LESÕES SINTOMÁTICAS: SENSIBILIDADE ASSOCIADA À
RELACIONADO À OCLUSÃO.
EXPOSIÇÃO DOS TÚBULOS (EROSÃO)
6 7
1
6/8/21
8 10
MEDIDAS PREVENTIVAS
LESÕES ASSOCIADAS EROSÃO/ABRASÃO
• ESCOVAR PELO MENOS 1H APÓS O DESAFIO ÁCIDO AUMENTA A
RESISTÊNCIA À ABRASÃO.
• DENTIFRÍCIO COM BAIXA ABRASIVIDADE
• A ABRASÃO É ACELERADA COM A DISSOLUÇÃO OU SOLUBILIZAÇÃO ÁCIDA.
(DAVIS & WINTER, 1980) • ESCOVA DENTAL MACIA E TÉCNICA MENOS AGRESSIVA (ORAL B
PROFESSIONAL CARE 5000)
• EFEITO COMBINADO É PIOR DO QUE O ISOLADO (EISENBURGER ET AL., 2003)
• FLÚOR EM BOCHECHO E/OU APLICAÇÃO DE GEL
• D IETA ÁCIDA ASSOCIADA À ESCOVAÇÃO AUMENTA A PREVALÊNCIA DE CONCENTRADO COM PH NEUTRO
LESÕES (LUSSI & SCHAFFNER, 2000)
11 13
17 18
2
6/8/21
CAUSAS EXTRÍNSECAS
https://goo.gl/images/FfgrM4
19 20
FATORES EXTRÍNSECOS
• ÁCIDO CLORÍDRICO:
• VÔMITO
• REGURGITAÇÃO
• SUPERFÍCIES VESTIBULARES DOS DENTES SUPERIORES
• REFLUXO
• HÉRNIA DE HIATO
• GRAVIDEZ
• ANOREXIA NERVOSA
• BULIMIA
21 22
Dias, C.C. et al., Tratamento de Lesões Cervicais Não-Cariosas. In: Dentística: uma abordagem multidisciplinar . Pereira JC,
Anauatte Neto, C; Gonçalves, S. 2014.
23 24
3
6/8/21
MEDIDAS PREVENTIVAS
ABFRAÇÃO
• REDUZIR A INGESTÃO DE BEBIDAS E ALIMENTOS ÁCIDOS
• USAR CANUDO PERDA PATOLÓGICA DOS TECIDOS DUROS DENTÁRIOS
DECORRENTE DE FORÇAS OCLUSAIS TRAUMÁTICAS QUE
• ESCOVAR 1H APÓS AGRESSÃO ÁCIDA
PROVOCAM O DESGASTE DO ESMALTE, DENTINA E CEMENTO.
• ENXAGUAR OS DENTES COM ÁGUA APÓS INGESTÃO
GRIPPO, 1991
DE ÁCIDOS
26 27
Forças laterais
excêntricas
Tensões na JCE
Ruptura dos
cristais
Susceptibilidade ao
desgaste
Forte correlação entre bruxismo, parafunção e outros
Lee WC, Eakle WS. Possible role of tensile stress Lesões em forma fatores oclusais
in the etiology of cervical erosive lesions of teeth. de cunha
J Prosthet Dent. 1984 Sep;52(3):374-80 (Miller et al., 2003; Ommerborn et al., 2007)
28 29
ABFRAÇÃO ABFRAÇÃO
• LOCALIZADA EM UM OU MAIS DENTES
• FORMA DE CUNHA COM ÂNGULOS VIVOS • PODEM SER ISOLADAS
• BORDAS BEM DEFINIDAS • EXTENSÃO SUBGENGIVAL
• PRESENÇA DE INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS • SUPERFÍCIE LISA E POLIDA
• FACETAS DE DESGASTE • MAIOR FREQUÊNCIA EM PM E CANINOS
31 32
4
6/8/21
LESÕES ASSOCIADAS
LESÕES ASSOCIADAS
33 34
35 37
Daley TJ, Harbrow DJ, Kahler B, Young WG. The cervical wedge-shaped lesion in teeth: a light and electron
microscopic study. Aust Dent J. 2009 Sep;54(3):212-9.
Kwong SM et al., 2002
38 39
5
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40 41
48 49
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6
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7
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61 62
63 64
8
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67 68
9
6- REPAROS DE RESTAURAÇÃO RESINA COMPOSTA
De acordo com pesquisa feita pelos professores, a grande maioria de dentistas fazem muito pouco reparo em de
restauração de resina, pois preferem substituir toda a restauração.
• Fratura (8%) também pode ocorrer (principalmente em regiões de maior carga mastigatória), cárie secundária
(6%) e fratura de cúspide (5%).
• Fratura (indireta 8,3% e direta 12,1%), desgaste oclusal (4,2% e 6,1%) e cárie secundária (4,2% e 9,1%).
*Porcentagens são pequenas, pois apresentam poucos anos de acompanhamento, no máximo 3/4 anos.
• Manchamento da restauração;
• Descoloração marginal;
• Carie secundária (Está associada a uma restauração);
*Existe a infiltração de microrganismos, mas o sinal clinico é a carie secundaria.
• Degaste de superfície;
• Fraturas.
Exemplos de carie. Imagem 2: Carie com grande probabilidade de retenção de microrganismos (Região com bastante chance de ter carie, por
ter pouca porção de esmalte, dificuldade de acesso)
*Paciente com várias caries classe II é indicado fazer radiografia innterproximal, mesmo sem sinal clinico visível
Exemplo de desgaste generalizado, devido a um dente antagonista. Não é um caso para reparo.
Por ser uma restauração extensa, o melhor seria uma restauração indireta, como uma onlay.
*Prova: fratura de istmo: acontece na intersecção entre a caixas oclusal e proximal. Pode acontecer com amálgama ou com resina, por questões
mecânicas ou erros no procedimento adesivo. Muito comum em pré-molares, em que a cúspide palatina é muito exigida, acarretando da fratura
da restauração ou até do dente.
Fratura e Carie secundária. Em casos em que a fratura no mesmo local é recorrente, avaliar se apenas um reparo é suficiente.
• "Recuperação de restaurações existentes, corrigindo imperfeições com o mínimo sacrifício de estrutura dental
sadia". Elderton RJ, 1993 – Grande vantagem do reparo: preservar mais estrutura sadia.
• Reparo é a substituição parcial de uma restauração com defeitos ou falhas que não correspondam a mais de
50% da sua extensão total. – Profa. gosta mais dessa definição.
*O reparo não passa de mais da metade da restauração
SUBSTITUIR OU REPARAR?
Substituição total: Reparo
• Pequenas fraturas (é preciso avaliar a causa das fraturas, pois não adianta reparar
restauração com complicação oclusal envolvida, vai fraturar novamente);
• Defeitos marginais;
• Descolorações marginais;
• Correções de cor e forma (quando a fio dental passa com dificuldade ou está
acumulando alimento);
• Manchamentos externos (quando é feito o desgaste com broca, a resina logo clareia, se
trata de um manchamento externo. Causado pela a dieta do paciente, pelo tabagismo..)
*Caso a cor da resina permanecer escura, se trata de um manchamento interno e é preciso substituir toda a restauração)
• Recidiva de cárie;
• Fraturas extensas;
• Desgastes oclusais;
• Manchamentos intrínsecos (dente tratado endodonticamente);
• Hábitos parafuncionais, como bruxismo.
*Reparo não tem a mesma resistência mecânica que uma restauração toda feita na mesma sessão, o
problema está na união entre resina antiga e a nova.
VANTAGENS
(Imagem 1) Caso em que a estética deve ser considerada, talvez um reparo não seja o ideal (Imagem 2 )Caso em que a prof ficaria em dúvida
quanto a realização de um reparo, não sabe como está a estrutura dentária abaixo da restauração, quanto de tecido deverá ser reirado?
FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA INDICAÇÃO DE RAPARO
• Condições clínicas:
• Cárie sob a restauração (fazer radiografia);
• Extensão do defeito (não fazer reparo em mais metade do
dente);
• Localização do defeito (áreas de grandes esforços
mastigatórios, como em crista marginal de dente posterior não
é indicado a realização do reparo, apenas se for pequena e o
paciente tem uma oclusão adequada);
• Expectativa de longevidade da restauração (a restauração está funcional, apenas com alguns defeitos,
pacientes mais de idade que não precisam ficar horas na cadeira);
• Considerações estéticas (em dente anterior é melhor uma substituição).
(Imagem 1) Superfície polida (imagem 2) Superfície jateada óxido de alumínio - aspecto de cratera (imagem 3) Resina Composta com Jato de
Al₂O3-5 seg
• "A silanização não se torna efetiva se não existirem partículas expostas na superfície a ser tratada." ;
• É feita a ligação química com as partícula (normalmente de sílica) de carga da resina antiga que foram
expostas com a embricação micromecânica;
• Silano é um agente duplo, anfótero – também se liga à matriz orgânica.
(2)Auto-ativadoSILANO prosil 1 frasco (pronto para uso) – não pode usar com dappen de vidro, colocar no casulo.
*mais partículas tem e resina, mais necessidade de tratar a superfícies, pois mais
partículas são expostas e o silano se orna mais efetivo.
A última linha (com uso de oxido de alumínio) apresenta maior resistência, assim como menor degradação ao longo de 6 meses.Imagem C=
com oxido de alumínio.
Estudo feito pelas profs, gostariam de saber se incorporar silano no adesivo poderia dispensar o uso do silano separadamente.No fim, adesivo
com silano não apresentou grandes resultados, mas sim a presença da jateamento com oxido de Al.Sendo assim, é melhor usar o silano
separado.. (3)Única marca com silano na composição.
TECNICA OPERATÓRIA
CASO CLÍNICO
Restauração recente, porém, mais acinzentada (falta de resina de dentina). Não foi feito o jateamento, só com ponta
diamantada. – foi feito o condicionamento de ambos, esmalte e resina (apesar de aperecer nas imagens).
CONSIDERAÇÕES FINAIS