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1 - Cariologia, Diagnóstico e Plano de Tratamento em Dentística Restauradora

Diagnóstico: coletar dados e empregar conhecimentos sobre uma patologia através de sinais e sintomas clínicos
observados pelo profissional e relatados pelo paciente. Assim é possível realizar um diagnóstico correto, seja
relacionado a uma condição patológica (exemplo lesão cariosa) ou por alteração séptica (fechamento de diastema ou
modificação de cor).
Dentro de um diagnóstico correto podemos trabalhar tanto com procedimentos eletivos elaborando um plano de
tratamento, prognóstico favorável resultando assim em um sucesso clínico. Por isso, um prognóstico é essencial.
Dentística restauradora:
Visa restabelecer forma, função e estética para manter a integridade fisiológica do dente em relação harmoniosa com os
tecidos moles e duros, reforçando a saúde e bem-estar do paciente, não abrangendo apenas situações patológicas como
lesões cariosas, mas também em casos de necessidade estética.
OBJETIVOS:

• Manutenção do dente hígido


• Intercepção da lesão quando há perda mineral, tendo que possuir conhecimento para identificar as lesões cariosas
• Limitação do dano em processos restauradores
• Devolução de forma e estética
• Manutenção da função

CAUSAS PARA PERDA DA ESTRUTURA DENTÁRIA:

• Lesões cariosas
• Lesões não cariosas
• Traumatismo

Cárie dentária:
Doença multifatorial na qual características genéticas, ambientais e comportamentais
interagem
De maneira que depende da presença de fatores determinantes que atuam no nível da
superfície dentária, como a presença de atividade bacteriana no biofilme, presença de
açucares para serem fermentados, nível de maturação da placa/biofilme dental. Além
disso, também fatores que atuam no nível do indivíduo/população. Assim, o conjunto
desses fatores resultam no desequilíbrio da microbiota e doença cárie instalada,
resultando na perda mineral.

Por isso, é preciso identificar fatores de risco, como na imagem ao lado onda há
presença de biofilme. Podendo agir de forma preventiva orientando o paciente e
fazendo uma aplicação de fluoreto, por exemplo, evitando que haja lesões cariosas
como cavitações, a qual ocorre porque há uma precipitação/colapso do esmalte
devido a perda mineral.
Desse modo, além das lesões é preciso tratar a doença através por exemplo de orientações de higiene e selamento de
cavidades abertas.
DIETA CARIOGÊNICA:
Varia de acordo com o tipo e consistência de carboidratos, quantidade e frequência de carboidratos fermentáveis
(sacarose), afetando o processo dinâmico, quando consumidos em alta quantidade ou de forma contínua, forma biofilme
que a longo prazo devido produção de ácidos causa desequilíbrio no processo de desmineralização/Remineralização,
causando perda de íons Ca2+ e P-, formando lesão cariosa.
FATORES MODULADORES OU SECUNDÁRIOS:

• Saliva: influenciam a microbiota bucal por meio da quantidade de fluxo salivar, umidificação da cavidade,
capacidade tampão e pela sua ação antibacteriana.
• Higiene bucal: espessura do biofilme e exposição a fluoretos.
FATORES GERAIS OU CONDICIONANTES:

• Condições socioeconômicas e culturais


• Acesso ao tratamento odontológico
• Informação.
Exemplo da imagem ao lado, paciente com cárie ativa com lesão em superfície lisa,
as quais foram seladas. Primeiramente se faz adequação do meio bucal, removendo
os fatores de retenção de placa, ou seja, selar as cavidades com ionômero de vidro
já que libera fluoreto, favorecendo a remineralização. Também orientando a
higienização e redução do consumo de açúcar. Restabelecendo o equilíbrio
dinâmico entre des/remineralização. Após controle do meio bucal, pode-se então
intervir para tratar as lesões cariosas.

Etapas de atendimento:
Anamnese, exame clínico (extra e intrabucal), exames complementares, diagnóstico, planejamento
1° - ANAMNESE E HISTÓRIA CLÍNICA

• perguntas simples e ao alcance da compreensão do paciente,


• motivo pelo qual o paciente procurou o serviço (dor, estética, função, prevenção, etc.),
• detalhes da doença atual, tempo decorrido de seu início e possíveis doenças sistêmicas,
• avaliação geral do estado de saúde, dos antecedentes familiares, problemas odontológicos com implicações nos
descendentes,
• ocupação, hábitos e personalidade
* Na clínica a ficha já estará preenchida, então vamos conferir e atualizar, principalmente situações sistêmicas novas,
por exemplo, se começou a tomar um anti-hipertensivo há 3 meses e outras informações também.
2° EXAME CLÍNICO:
Extrabucal:

• Alterações dos tecidos moles e duros, como inchaços


• Face, pele, lábios
• Linfonodos palpáveis
Intrabucal:

• Mucosa, língua, palato, lábios


• Periodonto (cor, textura e contorno)
• Dentes (cáries, anodontia ou ausências dentárias, erosões, desgastes, fraturas)
• Oclusão (máx. intercuspidação, movimentos excursivos, ATM)
Exame Dental:

• Visual e táctil
• Sonda exploradora: cavitações, tecido amolecido
• Lesões de mancha branca: Cuidado ao SONDAR
• Restaurações:
o Contorno anatômico (ponto de contato, contorno, anatomia oclusal)
o Excessos marginais (visual, sonda, fio dental, RX interproximal)
o Manchamento marginal X cárie secundária
o Fraturas e desgastes, por exemplo, observar se o dente estiver mais escurecido, perguntar para o paciente se houve
alguma queda a anos atrás, e investigar se houve ruptura do nervo vasculonervoso podendo ocorrer necrose, assim,
devemos realizar uma radiografia periapical.
• Se paciente apresentar placa deve-se fazer profilaxia com água + pedra-
pomes escova de Robson em baixa rotação para remover.

Lesões de mancha branca não cariadas:


Mancha branca opaca, em locais onde houve acúmulo de placa e ocorreu perda de mineral em
algum momento, deve apenas tratar remineralizando o local, não é feito restauração.

Mancha branca não cariada


devido ao acúmulo de biofilme na
cervical de paciente que utilizou
aparelho ortodôntico

Lesão de mancha branca não-cavitáriada inativa ou paralisada:


Clinicamente observa-se mancha branca brilhante, pode estar acompanhada de áreas marrons na
proximal, isso ocorre porque remineralizou o esmalte e ficou mais escuro.

Lesões cavitadas:
Cárie crônica: caracteriza-se pela presença de uma cavidade com a parte interna escurecida,
apresentando tecido endurecido resistente a sondagem. Tem indicação para tratamento
restaurador.

Cárie aguda: cárie cavitada, na qual a dentina tem cor amarela clara, textura amolecida na
sondagem. Semelhante a uma trufa, por fora esmalte endurecido por dentro tecido
amolecido (que nojo).

Cárie secundária ou recorrente: quando presente significa que já tem uma restauração,
muitas vezes tendo que recorrer a uma radiografia para confirmar diagnóstico
3° EXAMES COMPLEMENTARES:
Radiografias Interproximais e periapicais

4° DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

• Observar se paciente apresenta condição cárie ativa e desequilíbrio do ambiente bucal.


• Se caso o paciente apresentar doença periodontal, raiz residual ou necessitar de tratamento endodôntico será
identificado e encaminhado para as especialidades necessárias.
Superfícies oclusais:

• Aspecto clínico e radiográfico da lesão


• Selamento biológico, sulco escurecido

Cárie oculta

Podemos observar ao lado da lesão cavitária áreas opacas demonstrando que houve perda mineral no esmalte. Também
é possível observar que lesões de mancha branca ativa, é fosca ao secar. Nesse caso não podemos sondar com muita
força, pois a primeira etapa de perda mineral ocorre na subsuperfície, assim corre o risco de transformar uma lesão
não-cariada em cariada. Porém, deve sempre ser feito sondagem, mas não de forma vigorosa, mesmo que clinicamente
só observamos um pontinho para não resultar em uma fratura e perda de tecido mineralizado esbranquiçado que
poderia apenas ser remineralizado.

Cárie ou sulco escurecido?


O diagnóstico é realizado sondando a região, e observado de ao redor tem áreas esbranquiçadas opacas, se for rígido
podemos caracterizar como sulco escurecido, ou seja, um selamento biológico pela precipitação mineral e pigmentação
extrínseca, não deve ser desgastado ou removido. Se colocar a sonda e a ponta dela entrar sentindo um tecido amolecido
podemos caracterizar como cárie ativa.

Lesões oclusais em dentina:


Lesão de cárie cavitada ativa em dentina (na imagem ao lado está representada pela seta
branca):

• Amolecida
• Com aspecto úmido
• Coloração amarelada ou acastanhada
Lesão de cárie inativa (na imagem ao lado está representada pela seta preta)
Cárie proximal: por isso deve secar bem a região proximal e observar se há alguma alteração na crista marginal. É
possível para melhor avaliação utilizar afastadores dentais, ou borrachas afastadoras da ortodontia.

Restaurações defeituosas: observando os limites das restaurações

Adequação do meio bucal precisa ser realizado antes do procedimento restaurador:

• Preparo do paciente para receber o tratamento restaurador


• Conscientização do paciente
• Remover fatores de acúmulo de placa
• Orientação de higiene e dieta
• Fluoreto de sódio:
1,23% gel (consultório)
0,025 – 0,05% solução diária
0,2% solução semanal
• Cimento de ionômero de vidro convencional

5° PLANO DE TRATAMENTO:
Começamos pelos casos de maior urgência, como nos casos em que o paciente apresenta dor, processos infecciosos
instalados, um exemplo de foco aberto, são dentes abertos que necessitam de tratamento endodôntico, ou uma raiz
residual que necessita de extração, ou uma cárie ativa extensa. Há também urgências estéticas, quando paciente fratura
os incisivos centrais.
2 – Lesões Cervicais Não-Cariosas – Etiologia e Prevenção
Lesão cervical cariosa é um quadro clínico que tem sido cada vez mais comum no mundo e diferente do que se via no
passado, hoje não é mais uma situação presente somente em idosos (observa-se em muitos pacientes jovens).
DEFINIÇÃO
Perda irreversível de estrutura mineralizada, sem envolvimento bacteriano.
*Diferente da doença cárie, não há um microrganismo responsável pela perda estrutural.

ETIOLOGIA
Etiologia multifatorial: as lesões cervicais não-cariosas são multifatoriais. O que se tem muitas vezes é um fator
preponderante, mas outras causas adjuvantes contribuem para o aparecimento do quadro.
Fatores responsáveis pela perda estrutural: podem ser químicos e/ou mecânicos. Quando os fatores são químicos se
tem um padrão e localização de lesão, já quando são mecânicos, o formato da lesão é diferente. Por essas características
é possível fechar o diagnóstico, trabalhar na prevenção e ter uma longevidade no tratamento.
*Se o profissional não conhecer a etiologia, mesmo que restaure o dente, em pouco tempo (dois anos) o paciente volta com a lesão. Assim, neste
caso, conhecer e atuar sobre a causa é até mais importante que restaurar.

Fator oclusal: dentro dos fatores mecânicos, as cargas oclusais podem estar atuando de maneira principal ou associada
às lesões.
*O fator oclusal é muito importante, mas acaba não recebendo a devida atenção e por isso se vê muito insucesso em restaurações de lesões cervicais.

PREVALÊNCIA
A prevalência está aumentando, mas ainda não há muitas pesquisas clínicas determinando em um país/região qual
prevalência exata:

• Os valores mudam muito conforme a região, cultura e hábito dos pacientes que são entrevistados. Pesquisas indicam
uma prevalência de 2% a 90% (shulman & robinson, 1948; bergstrom & eliasson, 1988);
*Acredita-se que em estudos que indicaram valores muito altos e muito baixos (extremos) possivelmente houve uma distorção no diagnóstico
(pesquisadores incluíam lesões que não existiam ou foram muito brandos).
• Variações dependem da idade, gênero, população, dos hábitos orais e dietéticos e fatores socioeconômicos (wood et
al., 2008);
*Artigos mostram que a população mais carente tende a ter mais lesões cervicais não cariosas. Antigamente achava-se que a principal causa
destas lesões era a dieta mais ácida. Hoje sabendo que o fator oclusal é muito importante, nota-se que pacientes de áreas/países pouco
desenvolvidos tem perdas precoces de dentes (principalmente posteriores) “bagunçando/desequilibrando” a oclusão, aumentando o índice
dessas lesões.
• Grande correlação com a idade (levitch et al., 1994);
*Antigamente a prevalência era em pessoas com mais de 70 anos. Hoje já é considerado 45/50 a 75 anos a idade mais prevalente.
• Pesquisadores na China avaliaram 768 dentes de pacientes entre 35 e 44 anos e 991 dentes de pacientes entre 65 e
74 anos. O estudo demonstrou que a prevalência foi de 76,8% e 81,3% em pacientes de meia-idade e idosos,
respectivamente. Ou seja, a proporção em pacientes de adultos e idosos está se aproximando. Nesta população,
homens entre 35 e 44 anos e que vivem em áreas suburbanas mostraram maior prevalência.
SINTOMAS
A maioria dos pacientes que têm lesão cervical não cariosa procuram o dentista por outras razões. Isso porque a
maioria das lesões cervicais não cariosas não são sintomáticas. A pessoa até pode ter sentido dor no passado,
quando começou a exposição de dentina radicular, mas depois de um tempo não há mais dor.
Lesões sintomáticas: ocorrem quando a sensibilidade está associada à exposição dos túbulos (ocorre apenas em casos
de erosão). A erosão diz respeito a ação química, ou seja, substâncias ácidas deixam os túbulos abertos (impedindo a
formação de uma dentina esclerosada que fecharia os túbulos).
Lesões assintomáticas: superfície lisa com evidência de depósitos intratubulares (túbulos abertos são obliterados) por
meio de uma esclerose. Assim, como o túbulo fica fechado, não há comunicação do meio externo com a polpa e o
paciente não sente dor. Este quadro é causado principalmente pela abrasão (tipo de lesão provocada principalmente pela
escovação).
Abrasão
Desgaste mecânico produzido por meio de contato repetido de um corpo estranho na estrutura dental,
não relacionado à oclusão.
*Microorganismos e oclusão não estão relacionados a abrasão. Isso não quer dizer que esses fatores não podem estar
associados/presentes no paciente com abrasão.

*Em paciente com abrasão é muito comum notar lesões uma ao lado da outra. Além disso, as lesões são mais rasas e extensas (vários dentes).
Isso ocorre principalmente pela escovação muito forte e horizontal.

ETIOLOGIA
Escovação: é o principal fator. Os artigos mostram alguns fatores da escovação que estão mais relacionados à abrasão
sedo a técnica e a frequência os principais:

• Técnica: principalmente a técnica horizontal realizada com muita força;


• Frequência: alta;
• Tempo: foi discutido que o tempo não é um fator muito importante porque quanto maior o período de escovação,
menos foco e mais relaxada a pessoa está (provavelmente escova os dentes fazendo outra coisa – vendo TV ou
usando o celular por exemplo);
• Força aplicada: na maioria das vezes está relacionada com a técnica horizontal;
• Lado de início: alguns artigos mostram que o lado que a pessoa inicia a escovação (têm mais atenção) está
relacionado com abrasão. No entanto, muitas vezes ao perguntar para o paciente por qual lado ele inicia a escovação
se tem uma resposta errada (a pessoa não sabe/lembra). Mesmo não havendo tantas evidências que realmente
comprovem a influência do lado de início, quando se observa um paciente com mais lesões de um lado do que de
outro da boca, é interessante perguntar;
• Rigidez e arredondamento das cerdas da escova: atualmente é muito difícil encontrar escovas de cerdas duras (ou
seja, não é um fator tão relevante). Atualmente o grande problema é que alguns modelos de escova possuem cerdas
pontiagudas (e não arredondadas) promovendo muita abrasão na gengiva que por consequência retrai (recessão
gengival), expondo a raiz e tendo assim perda de estrutura;
• Abrasividade do dentifrício: fator coadjuvante. É importante saber que pastas clareadoras são mais abrasivas bem
como produtos como carvão. Deste modo, uma pessoa que escova os dentes com muita frequência, realiza técnica
de escovação inadequada e ainda usa um dentifrício clareador, tem maior chance de desenvolver este tipo de lesão;
• Hábitos deletérios: uso frequente de palito ou caneta na boca por exemplo (objetos que se coloca na boca sempre
no mesmo lugar pode causar recessão gengival que leva à lesão cervical).
ARTIGOS
Alguns artigos mostram que a escovação e a técnica horizontal levam a maior incidência de lesões de abrasão. O segundo
fator mais predisponente foi a força seguido do lado de escovação. Além disso, mostrou-se que o desgasta causado por
dentifrício não é significante (não é um fator principal). Desse modo conclui-se que tempo e técnica são os pontos
importantes para se trabalhar com os pacientes.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

• Lesões múltiplas (normalmente dentes posteriores - até pré-molares);


• Geralmente rasas e extensas (já que ninguém escova um dente só);
• Acomete mais a superfície vestibular;
• Margens agudas e bem definidas (como se fosse um preoar); Recessão gengival com exposição da dentina
• Superfície polida, dura e lisa; radicular. As lesões são rasas e mais extensas
*Como não há túbulos expostos na região superfície bem polida), não há dor. (espalhadas).
• Associadas à recessão gengival;
*A recessão gengiva é um fator predisponente para o início da lesão.
• Ausência de biofilme e de descoloração.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Em primeiro lugar o paciente precisa saber que é uma ação dele (escovação muito forte e técnica horizontal) que está
causando as lesões. Assim, é necessário educar o paciente para que se consiga paralisar o processo. Entre as medidas
que podem ser indicadas está:
• Dentifrício com baixa abrasividade (geralmente dentifrícios em gel são mesos abrasivos);
*É importante frisar que não se deve usar dentifrícios clareadores e que alguns dentifrícios veganos podem
ter algum componente abrasivo.
• Escova dental macia, com cerdas arredondadas e técnica menos agressiva;
*Vale apena pedir para o paciente escovar os dentes na frente do dentista? Por experiencia clínica nota-se
que o paciente nunca escova da mesma maneira que ele escova em casa. O importante é explicar o processo
que está acontecendo e mostrar a técnica no espelho.
• Para quem faz muita força e tem condições, uma alternativa é utiliza uma escova elétrica.
O modelo oral B professional care 5000 é interessante por vem om uma tela que mostra
que se deve escovar todos os dentes em 2 minutos;
• Flúor em bochecho e/ou aplicação de gel concentrado com ph neutro.
*O flúor tem uma ótima ação contra a cárie fazendo a remineralização das estruturas desmineralizadas.
Neste caso, acaba-se tendo mais um efeito psicológico para o paciente utilizar como um enxaguatório que
“auxilie na remoção do biofilme”.

Atrição/Fricção
A atrição é um desgaste da estrutura dental causado dente a dente que pode ser fisiológico (pelo próprio envelhecimento
e mastigação) ou patológico (bruxismo ou apertamento).
*Lesões não cariosas acaba sendo um termo mais correto do que lesões cervicais não cariosas considerando que pode não ocorrer na região cervical.

PADRÕES

• Pacientes com atrição que ocorre com o envelhecimento se tem um padrão de desgaste
mais homogêneo;
• A atrição também está relacionada com contatos oclusais. Pacientes com um padrão
mais irregular e que relatam que o esmalte está quebrando (que o dente está quebrando
nas bordas) é necessário analisar a oclusão (corrigir o desequilíbrio oclusal).
*Muitas vezes é necessário um tratamento multidisciplinar. Um paciente com lesões de atrição por bruxismo severo
necessita combinar o tratamento restaurado com a DTM (confecção de placa por exemplo).

CARACTERÍSTICAS
• Desgaste incisal e oclusal (na incisal é onde percebe-se mais fraturas);
• Mais comum em pacientes idosos, mas pode acometer pessoas mais jovens;
• O desgaste é mais plano e uniforme;
• Encurtamento das coroas;
• Afinamento do esmalte (à medida que ocorre o desgaste, como o esmalte é pouco friável, vai afinando/ficando mais
transparente;
*Quando o paciente faz muito o movimento de protrusão, o afinamento do esmalte ocorre mais por palatina e ele começa a notar que os
dentes ficam mais acinzentados. Isso é a transparência, ou seja, aparece o fundo escuro da boca através dos dentes.
• Presença de facetas de desgaste nos dentes posteriores (ocorre principalmente em pré-molares e se tem a impressão
de que foi saiu uma lasca e foi passada uma ponta diamantada ficando bem polido e formando uma faceta de
desgaste);
*Esta situação é decorrente de um contato oclusal contínuo, fora de posição (excêntrico), causando um desgaste para acomodação dos dentes.
É uma situação muito comum em caninos (muitos jovens possuem perda de ponta de canino pois no movimento de lateralidade já há
desgaste).
• Perda de cúspides em casos mais severos.
• Nos casos mais graves de bruxismo pode haver perda da dimensão vertical (DVO).
*Isso significa que para restaurar e reabilitar estes pacientes é necessário devolver altura. Assim, as restaurações são feitas inicialmente em
dentes posteriores aumentando 1mm ganhando assim, 3 mm em anterior. Assim, após o aumento em posteriores, é possível devolver a
proporção para os dentes anteriores (com resina por exemplo). Nesses casos o paciente precisa usar a placa, inclusive de dia caso o bruxismo
seja neste período,

MEDIDAS PREVENTIVAS
Pacientes que fazem apertamento ou bruxismo precisam usar a placa oclusal;
Reestabelecer as guias oclusais. Se for necessário reestabelecer a DVO, primeiro aumenta-se 1 mm em dentes
posteriores, adaptando para depois reabilitar a boca inteira;
PREVALÊNCIA
Os dentes mais atingidos são os caninos. A partir do momento que os caninos perdem a ponta de cúspide e a lateralidade
não ocorre mais por ele, passa a haver desgaste em outros dentes.

Erosão ou Biocorrosão
Desgaste dental crônico (longo período) provocado por ação de agentes químicos de origem extrínseca ou intrínseca.
*Biocorrosão é o termo mais adequado atualmente.

Para chegar em situações como essas, é necessário bastante tempo.

Paciente com dentina exposta em Ilhotas de dentina exposta em


dentes posteriores. Provavelmente dentes anteriores. Em casos
este quadro está associado com como esse a provável causa é a
regurgitamento, problemas ingestão de bebidas ácidas.
estomacais, hernia de hiato e azia.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Lesão em pires = lesão de contorno


arredondado e rasa. Percebe-se que
• Perda de estrutura dental crônica (paciente relata que o esmalte está desgastado e que os
dentes perderam a um pouco da
possui algum hábito ou problema estomacal a bastante anatomia (cíngulo por exemplo).
tempo);
• Geralmente indolor (pode haver sensibilidade, por ser um *Lesões de abrasão também podem
ter formato de pires.
processo crônico, o paciente pode relatar que sentia
sensibilidade no início, mas que não tem mais);
• Lesões rasas e sem término nítido;
• Superfície lisa;
• Contorno arredondado (pires); Restaurações metálicas projetadas.
Isso ocorre porque o ácido desgasta
• Sem biofilme; o esmalte, mas o ácido fica mais
• Oclusal, vestibular, lingual são as superfícies mais para cima.
afetadas;
• Restaurações metálicas se tornam projetadas.
CAUSAS EXTRÍNSECAS
*Normalmente os desgastes são na vestibular de dentes anteriores.

➢ Dieta ácida (alta frequência):


• Sucos e frutas cítricas;
• Refrigerantes;
• Vinhos;
• Energéticos;
• Isotônicos;
• Bebidas de soja (alguns sabores possuíam pH’s muito baixos
notando-se erosão em crianças – por isso a fórmula de algumas
marcas mudou);
• Vinagre (pessoas que comem muita salada com vinagre por
exemplo);

➢ Vitamina c efervescente (se for consumida com muita frequência É importante tomar cuidado quando o pH é abaixo de 3.
e por longos períodos); O sulco de limão tem pH semelhante ao do estômago
➢ Medicamentos com pH’s muito baixos; (ácido gástrico).
➢ Ambientes (indústrias, laboratórios e piscinas com cloro em que O dano causado aos dentes está relacionado com a
há muito vapor e não tem proteção com máscara). FREQUÊNCIA.
É importante conversar com o paciente para achar a causa da erosão e agir sobre ela (diluir o sulco, utilizar canudo,
parar ou diminuir a frequência do hábito causador da erosão).
Características clínicas quando os fatores são extrínsecos:
Superfícies vestibulares dos dentes superiores, principalmente anteriores e afinamento das bordas incisais.

Paciente procurou ajuda odontológica


quando a estética foi comprometida. Por
fim, havia lesões de erosão por palatina –
caso de anorexia e bulemia.

CAUSAS INTRÍNSECAS
No geral são relacionadas com distúrbios gastroesofágicos. Muitas vezes o
paciente nem sabe que tem problemas gástricos.
➢ Ácido clorídrico:
• Vômito
• Regurgitação
• Refluxo
• Hérnia de hiato
➢ Gravidez (se a mulher regurgitar SUPERFÍCIE PALATINA DENTES ANTERIORES (superiores):
por muitos meses)
Denstes sem ombro palatrono, pré-molares sem cúspide palatina.
➢ Anorexia nervosa
Para chegar em um caso grave como essa foram necessários pelo
➢ Bulimia menos 10 anos. O oclusão e a escovação ajudam a acelerar o
desgaste.
*Nos casos de anorexia e bulimia o desgaste
ocorre de maneira muito rápida porque além da SUPERFÍCIES OCLUSAIS DE INFERIORES (perimólises):
pessoa regurgitar muitas vezes, ela corre escovar s
dentes para tirar o gosto. Dentes não tem mais a anatomia normal. A superfície é meio lisa e
mais amarelada (por já estar em dentina). Mesmo quase vendo a luz
SEVERIDADE DO DESGASTE da câmara pulpar não há dor.

• Um a dois anos após o início do ataque ácido começam a


aparecer sinais clínicos;
• Frequência e duração precisam ser regular (várias x/semana);
• Sensibilidade dental acontecem mais nos primeiros anos, mas depois desparece;
• Pode ser associado com fraturas das bordas incisais;
• Higiene bucal é boa. O paciente normalmente relata escovar os dentes muitas vezes ao dia (5/6 vezes);
• Grau de mineralização: quanto mais jovem for o paciente, mais baixo o grau de mineralização do esmalte. Assim,
se torna um quadro muito mais grave em pacientes jovens (com bulimia e anorexia por exemplo) do que em
pacientes idosos.
• Acesso ao flúor: de certa forma o flúor ajuda na manutenção de um esmalte com mais dureza e mais mineralizado;
• Um meio ácido associado a uma baixa quantidade e qualidade de saliva, a situação piora (como é o caso de pacientes
acamados, que tomam medicação contínua que reduz o fluxo saliva).
• Frequentemente associada a outros fatores (atrição, abrasão). Entre estes está associado principalmente com
abrasão porque a pessoa escovando muito mais vezes que o normal acelerando a perda do esmalte.
FATORES ASSOCIADOS

• Hábitos de higiene bucal (escovação);


• Fatores dentais (mineralização e fluoretos);
• Quantidade e qualidade da saliva;
• Parafunção oclusal. Paciente usuário de droga. Os quadros mais graves são vistos
em usuários de drogas. Normalmente há um quadro complexo
LESÕES ASSOCIADAS EROSÃO/ABRASÃO de oclusão, perda de dente e periodontite.
• A abrasão é acelerada com a dissolução ou solubilização ácida. (davis & winter, 1980)
*As lesões associadas mais comuns são erosão com abrasão ou abrasão com erosão. Isso porque as duas coisas podem estar
muito associadas (regurgitação e alta frequência de escovação ou beber bebida ácida e escovar os dentes logo depois).

• O efeito combinado é pior do que o isolado (eisenburger et al., 2003)


• Dieta ácida associada à escovação aumenta a prevalência de lesões (lussi & schaffner, 2000)
MEDIDAS PREVENTIVAS

• Reduzir a ingestão de bebidas e alimentos ácidos (se a causa for extrínseca);


• Usar canudo;
• Escovar 1h após agressão ácida;
• Enxaguar os dentes com água após ingestão de ácidos;
• Restringir os alimentos ácidos às refeições principais (pois o fluxo salivar é maior e se combina com outros
alimentos mais básicos).

Abfração
É a perda patológica dos tecidos duros dentários decorrente de forças oclusais traumáticas que provocam o
desgaste do esmalte, dentina e cemento.
*Entre as lesões é a mais comum. Muitas pessoas têm mania de dizer que a todas as lesões cervicais não cariosas são abrfração,
mas não são sinônimos.

*Para acontecer abfreação é necessário ter recessão gengival (fator predisponente). A partir disso, se o paciente não tem equilíbrio
na oclusão (não tem primeiro molar como na foto ao lado por ecemplo) desenvolve-se abfração.

ETIOLOGIA
Hipótese para a etiologia de lesões cervicais idiopáticas (por que as lesões acontecem na cervical?):
Na década de 80 Lee WC, Eakle WS. começaram a estudar o
porquê pacientes com desequilíbrio oclusal ou interferência
oclusal desenvolvem lesão cervical. Eles então constataram que
pessoas com oclusão normal não têm abfração. É necessário algo
que faça uma força lateral excêntrica (diferente/fora do lugar).
Ocorrem então tensões na área da junção cemento-esmalte (no
fulcro do dente) porque a força provoca como se fosse uma
expansão causando uma “flexão” no dente. Assim, por conta
desta tenção ocorre a ruptura dos cristais de esmalte (microtrincas
e microfraturas). Nos espaços formados, com os cristais já
separados, entra saliva, chega pasta, escova e bebidas ácidas
aumentando a suscetibilidade para lesão (já que os cristais sã
facilmente removidos). Por conta desta força física as lesões têm
formato de cunha com ângulos internos bem vivos.
*Os pré-molares são os dentes mais atingidos.
Paciente realizando movimento de
lateralidade. Observa-se que ele tem
• Alguns estudos falavam que a carga oclusal pode não lateralidade em grupo. Além disso, nota-se
ser o fator primário na formação da lesão mas hoje que o pré-molar (circulado) está bastante
isto já foi desmentido (o desequilíbrio oclusal é um destruído. Isso significa que a força que ele
dos principais fatores); faz na ponta da cúspide deste dente durante
a lateralidade, com o passar dos anos, levou
• Tem forte correlação entre bruxismo, parafunção e
a formação de lesão em forma de cunha.
outros fatores oclusais.
CARACTERÍSTICAS

• Lesão localizada em um ou mais dentes. Desse modo, pode haver lesão em um dente só se a
interferência estiver só nele (situação que ocorre muito em pacientes pós-ortodontia pois os pré-
molares se movimentam ou tem uma leve extrusão podendo ocorrer lesão só nele ou no dente
antagonista também);
• Forma de cunha com ângulos vivos (característica mais marcante da abfração);
• Bordas bem definidas;
• Presença de interferências oclusais (pode não ser tão nítida sendo necessário utilizar o papel carbono
e fazer os movimentos);
• Presença de facetas de desgaste;
• Podem ser isoladas;
• Extensão quase sempre é subgengival. Ao fazer a restauração acaba sendo difícil isolar e por isso acaba-se usando
mais o fio retrator e o afastador bucal;
• Superfície lisa e polida (as cerdas da escova entram na lesão e a torna mais polida);
• Maior frequência em pré-molares e caninos.
LESÕES ASSOCIADAS
A abfração é a causa primária de todas as lesões cervicais não-cariosas. (grippo, 1991) Ou seja, atribui-se ao fator
oclusal praticamente todas as lesões.
A etiologia é multifatorial, com uma combinação de stress oclusal, abrasão e erosão. (lee & eakle, 1984)

Tratamento de LCNC
QUANDO RESTAURAR? RESTAURAR SEMPRE É A SOLUÇÃO?
Tamanho da lesão:
Nem sempre restaurar é a solução. Se a lesão for muito extensa ou muito profunda, deve-se restaurar para
preservar a estrutura dental (evitando a progressão e continuação do desgaste). É importante restaurar pois
nem sempre é possível estabelecer todas as causas e o paciente continua com algum fator causal presente.
Sensibilidade:
Paciente que possuem muita sensibilidade e já tentaram usar produtos como sensodine, ou fizeram tratamento para
tirar a hipersensibilidade e a causa continua, pode-se pensar em restaurar.
Exigência estética
LEVAR EM CONTA NA HORA DE RESTAURAR QUE

• A cavidade não é retentiva, ou seja, é 100% adesiva. Geralmente o substrato dentinário que se encontra no fundo
da lesão é uma dentina esclerosada e a chance dela cair é muito grande. Por isso, nestes casos é necessário tratar o
substrato adequadamente sendo necessário fazer algo a mais (somente o ácido não é capaz de desmineralizar a
dentina e formar corretamente a camada híbrida). Normalmente, quanto mais escura a dentina está no fundo da
lesão, mais difícil é a formação de camada híbrida.
• Margem sub-gengival deve ser levada em consideração pois pode haver contaminação não apenas com a saliva
mas também com o fluido gengival. Por isso, é necessário afastar muito bem o tecido gengival para fazer uma
restauração bem selada, adequada e seguindo a anatomia correta.
SUBSTRATO DENTÁRIO – LESÕES EM FORMATO DE CUNHA
Estudo mostrando microscopicamente como é o substrato dentinário em lesão
em forma de cunha. No microscópio eletrônico de varredura observou-se a
diferença da dentina no assoalho da lesão e no teto. Em maior amento é possível
ver o “chão”. De todos os dentes avaliados (extraídos com lesão), em 90% as
dentinas praticamente não tinham túbulo dentinário.
Esclerose dentinária:
Ausência quase total de túbulos abertos e fibras colágenas o que faz uma
grande diferença na adesão.
Criando mecanicamente uma superfície mais retentiva:
Um substrato como este não reage com o ácido. Isso significa que não adianta aumentar o tempo do condicionamento
ácido. Assim, não há imbricamento (por isso é necessário fazer o imbricamento). Sabe-se que o condicionamento ácido
em dentina esclerosada é 20% menos efetivo.
Utiliza-se uma ponta diamantada nova para fazer a aspiração da superfície para “forçar” o imbricamento mecânico.
Outra opção é o jateamento com óxido de alumínio. Pela pressão que o jato faz, o óxido de alumínio (pó) é altamente
abrasivo sendo possível fazer um choque mecânico na dentina esclerosada causando aspiração da superfície (inclusive
mais que com a ponta diamantada). Entre a ponta diamantada e o jateamento, se dá preferência para este último. É
importante frisar que para usar o pó de óxido de alumínio o paciente precisa estar isolado e protege com campo
fenestrado. Isso porque não pode ser aspirado – caso chegue no pulmão pode causar embolia pulmonar sendo letal.
Desta maneira, também é extremamente importante que o dentista esteja devidamente paramentado.
TRATAMENTO RESTAURADOR
Materiais disponíveis:

• Resinas Compostas;
• Resinas Flow;
• Técnica do sanduíche (uma camada de CIV e resina);
*Atualmente, há resinas com módulo de elasticidade muito melhores e por isso quase não se utiliza mais CIV). Com o jateamento
ou com a ponta diamantada, as resinas funcionam muito bem. É necessário escolher uma resina que tenha capacidade de
deformação e que não descole da cervical porque o dente continuará sofrendo com as interferências oclusais já que quase que na
totalidade dos casos há problemas oclusais e o paciente precisa de ortodontia (quase sempre não vai fazer). Além disso, o paciente
pode voltar com hábitos inadequados ou não os interrompe, sendo uma resina resistente.
• Compômero;
• Cimento Ionômero de Vidro Restaurador (de preferência resino modificado);
• Rest. indireta (usado em casos graves em que além da lesão há bastante desgaste oclusal – caso de reabilitação).
BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE
O material restaurador deve absorver a energia transmitida pelas forças oclusais sem deformação
permanente.
Como o dente sofre flexão (principalmente nos casos de abfração), se dá preferência para resinas
de baixo módulo de elasticidade:

• Resinas de micropartículas ou nanopartículas (melhor por quanto menor a partícula, menor


o módulo atuando bem na região mesmo que esteja sendo sobrecarregada);
• Resinas flow (< % carga).
*Depende da resina flow. Não adianta usar uma com baixa quantidade de carga que em um ano o paciente vai voltar com um buraco.
*Indicação: a resina flow Opalis é uma das que tem maior quantidade de carga (boa resina pra abfração).
*Característica: além de ser fluída, tem baixa porcentagem de carga. Com isso, o módulo de elasticidade diminui obtendo o efeito elástico fazendo
com que a resina absorva a energia transmitida pelas forças oclusais sem deformar permanentemente.
*Na clínica tem-se usado muito a resina flow com uma camadinha da nanoparticulada por cima (sanduiche de resina). Obs.: a prof
considera a melhor técnica. Isso porque se consegue o polimento e lisura da resina nanoparticulada e o módulo de elasticidade bem baixo
da flow.

LOGEVIDADE DA RESTAURAÇÃO
Tratamento do substrato (ponta diamantada/jateamento) + condicionamento adequado com um bom adesivo + material
com baixo módulo de elasticidade = restautaçaõ adequada que pode durar para sempr.
Caso 1. EROSÃO: paciente com bulimia – restauração dos incisivos:

O caso envolvia a reconstrução de incisais. Foi feito um enceramento, utilizou-se uma matriz de acetado para ajudar na técnica. Dentes porsteriores com
perda de cúspide foram reabilitados na prótese.
Caso 2.

Paciente sem primeiro molar e com lesão cervical. Utilizou-se


isolamento relativo com fio retrator (parte azulada na gengiva),
rolinho de algodão e afastador para conter a conta contaminação.
Foi utilizada ponta diamantada nova para asperizar o local,
seguido de condicionamento ácido (no esmalte e dentina),
aplicação do adesivo e restauração devolvendo anatomia.

*Revisões sistemáticas têm mostrado que o biselamento não


interfere na longevidade das restaurações. Assim, é utilizado em
casos que o esmalte está manchado por exemplo. Mas este passo
não é a chave do sucesso das restaurações de lesão cervical.

*Se a cervical ficar plana, achatada e com material faltando,


fatalmente o paciente vai voltar com inflamação gengival. Por isso
é importante que o terço cervical seja convexo, com anatomia
correta, protegendo o tecido gengival.

Caso 3.

Paciente de 40 anos procurou tratamento por motivos estéticos e ao longo do tratamento


descobriu-se que as lesões foram causadas por mascar folha de coca. Havia erosão, atrição,
interferência oclusal em molares e foi feita extração de terceiros molares para ter espaço e poder
reabilitar os outros dentes. A palatina estava preservada. Foi feito enceramento e uma guia para
confeccionar corretamente a anatomia das bordas incisais. Neste caso optou-se por fazer facetas
diretas (por ser um caso mais estético).

ISOLAMENTO MODIFICADO: são feitos os orifícios no lençol de borracha para todos os dentes
(de canino a anino por exemplo) e depois une os buraquinhos com uma tesoura (formando um
grande buraco). Para prender o lençol pode-se utilizar um grampo em casa extremidade (nos pré-
molares por exemplo). Além disso, deve-se colocar um rolinho de algodão no fundo do vestíbulo.
Se for necessário, pode-se usar super bonder para colar prender a borracha no tecido. Por fim,
utiliza-se o foi retrator.

POLMENTO: quanto mais polido no final, mais importante para manter a saúde gengival.
3- Aspectos Clínicos da Adesão

A adesão em esmalte e dentina apresenta diferenças importantes:

 Enquanto o esmalte é um tecido quase que totalmente mineralizado, a dentina apresenta um tecido com
aproximadamente 70% mineralizado, sendo composta também de uma significativa porção orgânica;
 Com isso, para se ter adesão em esmalte necessita-se apenas de tratamento ácido, lavagem e boa secagem, seguidos
do uso de um adesivo com características hidrófobas  dentro do sistema adesivo, a porção hidrófoba é o Bond,
onde se tem somente a parte adesiva (sendo possível usar só esta parte em restaurações que envolvam somente
esmalte);
 Quando se envolve dentina tornam-se necessários adesivos de caráter hidrófilo, que preencham os espaços,
mantendo a sustentação do tecido dentinário (impedindo o colabamento das fibras colágenas);
 A adesão muda também dependendo do tipo de dentina presente;
 A camada híbrida é a interface composta pela dentina desmineralizada e pelo sistema adesivo que ali penetrou e foi
fotoativado, formando estruturas rígidas que promovem a adesão. Para se ter uma boa adesão, não se necessita a
presença de uma camada híbrida espessa;
 Em relação à aplicação do primer, o número de camadas aplicadas depende do sistema adesivo usado. Necessita-se
aqui do tempo de evaporação do solvente, que vai depender do tipo de solvente presente (água, álcool e acetona);
 Trabalhando-se com sistema adesivo à base de acetona comumente necessita-se de mais de uma camada de primer;
 Condicionamento seletivo do esmalte é a situação onde se condiciona somente o esmalte com ácido fosfórico em
casos onde e utiliza-se adesivos universais ou auto-condicionantes, visto que o ácido presente nestes não realiza um
condicionamento efetivo no esmalte dentário.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS


Sistemas convencionais

 Condiciona e lava: condicionamento de esmalte e dentina com ácido


fosfórico a 34-37%;
 Três passos: ácido, primer e bond separadamente;
 Dois passos: ácido separado, primer e bond no mesmo frasco;

Sistemas Autocondicionantes

 De dois passos: primer contendo monômero acídico e bond em frascos separados;


 De um passo: primer contendo monômero acídico e bond no mesmo frasco;
 Aqui é o caso onde se realiza o condicionamento seletivo do esmalte pois o monômero acídico presente no primer
não realiza o condicionamento efetivo em esmalte, somente em dentina;
 A literatura mostra que quando se tem o bond separado tem-se uma maior resistência no sistema adesivo.

Adesivos Multimodo (Universais)

 Semelhantes aos autocondicionantes, porém estes podem ser usados de acordo com o caso clínico;
 Podem ser usados com condicionamento prévio ou não;
 Dependendo da composição pode-se ter adesão aos metais;
 A maneira de uso que promove melhores resultados é por meio do condicionamento prévio do esmalte. Na dentina
não é necessário condicionamento com ácido fosfórico devido á presença no adesivo do monômero acídico 10
MDP que se liga ao cálcio da dentina (condicionar a dentina retira o cálcio ali presente).

CONDICONAMENTO ÁCIDO

 Usa-se comumente ácido fosfórico com um tempo máximo de 30 segundo no


esmalte e 15 segundos em dentina;
 A ação do ácido fosfórico é por meio da remoção completa da Smear Layer,
desmineralizando a dentina peritubular e intertubular, tendo-se com isso um
aumento da porosidade intertubular;

Aspecto de dentina desmineralizada por


ácido fosfórico
 Com o aumento da embocadura do túbulo
dentinário este torna-se mais propenso para a
penetração de partículas do sistema adesivo;
 A lavagem geralmente é feita por 20 segundos
com spray de água e a secagem deve ser feita
com papel absorvente;
 A dentina deve se manter úmida e com brilho
para que não ocorra o colabamento das fibras
colágenas.
 O tempo de fotoativação é de no mínimo 20
segundo para o sistema adesivo;

TÉCNICA DE USO DOS SISTEMAS ADESIVOS


Sistemas adesivos convencionais de 3 passos

 Inicialmente é feito o condicionamento ácido total de dentina (15


segundos) e esmalte (30 segundos);
 Em seguida faz a aplicação do primer (em quantidade suficiente),
espera-se evaporar o solvente (pelo menos 20 segundos para a água sair
e o primer penetrar), é feita a aplicação do Bond e em seguida a
Sistema adesivo convencional de 3 passos
polimerização.
(Scothbond Multipurpose – 3M ESPE).

Caso clínico: Restauração classe IV.

1- aplicação do ácido fosfórico em esmalte e dentina; 2- Lavagem; 3- Aplicação do primer; 4- Aplicação do bond;

Sistemas adesivos convencionais de 2 passos

 Faz-se o condicionamento ácido de dentina e esmalte;


 Primer e Bond aqui estão presentes no mesmo frasco;
 Aplica-se a primeira camada, espera volatilizar, aplica-se a segunda camada
e fotopolimeriza em seguida;
 Alguns adesivos necessitam de mais de duas camadas (especialmente se o
solvente presente for acetona); Sistema adesivo convencional de 2 passos
(Single Bond 2 – 3M ESPE).
Caso clínico: Restauração de Classe IV.

1- aplicação do ácido fosfórico em esmalte e dentina;


2- Aplicação do sistema adesivo em duas camadas.

Sistema adesivo autocondicionante de 2 passos


Caso clínico: Restauração Classe I.

 Aqui recomenda-se o condicionamento seletivo do esmalte, pois


o primer acídico não o desmineraliza adequadamente;
Condicionamento seletivo do esmalte e aspecto
microscópico do esmalte após condicionamento.
 Em seguida lava e seca com jato de ar (não é necessário papel pois aqui é somente tecido mineral);
 Em seguida é feita a aplicação do primer contendo o monômero acídico em dentina, espera-se evaporar o solvente,
aplica-se o bond e por fim fotoativa o adesivo.
 O condicionamento seletivo do esmlate será mantido na aplicação dos adesivos autocondicionantes de 1 passo e
nos Universais;

Aplicação de primer acídico. Aplicação do Bond.

Caso clínico: Lesão cervical não cariosa com uso de isolamento relativo.

 Realiza-se o condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico;


 É feita a lavagem e após isso deve-se trocar os olhinhos de algodão;
 Aqui é necessário secar o fio retrator também;
 Após a secagem do campo, faz-se a aplicação do sistema adesivo de acordo com o necessário para cada sistema;
 Professora gosta de fazer o uso do adesivo autocondicionante de 2 passos nestes casos.

1- Isolamento Relativo; 2- Condicionamento seletivo do esmalte; 3- Aplicação do sistema adesivo; 4- Confecção da restauração; 5- Acabamento e
polimento;

Sistema adesivo Multi modo (Universais)

 A forma de aplicação é definida de acordo com o procedimento a ser realizado;


 Aqui tem-se tudo em um frasco só (Primer com monômero acídico e Bond);
 É feito condicionamento seletivo do esmalte, mas não condiciona-se a dentina.

APLICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS Adesivo Scothbond Universal.

 Tempo de aplicação varia entre 20 e 40 segundos;


 A aplicação pode ser passiva ou ativa, dependendo do solvente presente no sistema adesivo;
 Aplicação passiva: aplica e aguarda (adesivos onde o solvente é acetona);
 Aplicação ativa: aplica e fica-se fazendo movimentos para estimular a volatilização (adesivos onde o solvente é
água);
 Tempo de volatilização: Acetona < álcool < água;
 A fotopolimerização deve ser feita o mais próxima possível do dente, geralmente de 10 a 20 segundos, atentando-
se às áreas de sombra;

SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA

Causas associadas ao tratamento restaurador


 Falha no isolamento do campo operatório, gerando contaminação com sangue e/ou
saliva;
 Falta de proteção do complexo dentinopulpar (ex: quando se usa cimento de hidróxido
de cálcio deve-se recobri-lo com CIV);
 Condicionamento ácido exagerado; Exemplo de falha no
 Desidratação da dentina; isolamento.
 Uso incorreto do primer/adesivo;
 Técnicas de inserção e polimerização incorretas da RC;

Quando há contaminação por sangue e/ou saliva, tem-se uma diminuição do valor de resistência em qualquer material
restaurador ou material adesivo;

Representação em números da diminuição da resistência em casos de contaminação com sangue ou saliva.

Descontaminação
 Pode ser realização antes da polimerização do adesivo:
- Lavar com spray de água/ar;
- Secar com ar (pois a dentina já está infiltrada);
- Reaplicar o adesivo;
 Caso a contaminação ocorra após a polimerização do adesivo:
- Recondicionar por 5 a 10 segundos toda a cavidade onde estava o adesivo (sobre esmalte e dentina) somente para
retirar a contaminação, pois a camada híbrida já está pronta;
- Lavar e secar com ar;

PROTEÇÃO PULPAR

Em cavidades muito profundas ou profundas tem-se uma dentina mais


permeável, assim, ás vezes é necessário colocar CIV. Tomar cuidado para
não desidratar esta dentina, pois aqui tem-se um fluxo de água dentro dos
túbulos e jogando muito ar nesta dentina profunda pode-se causar a
movimentação deste líquido, gerando dor.

Em relação ao primer, este tem uma tensão superficial e penetra no


tecido dentinário, todavia se usado em muita quantidade pode-se
também “ferrar (palavras da professora) com os túbulos dentinários.
Isso ocorre por que aumentando-se a quantidade de primer, aumenta-se
a tensão superficial o que dificulta sua difusão.

Em relação à técnica de inserção da resina, quando se usa muita resina


e aplica sobre ela uma luz muito potente a resina pode contrair e
descolar do dente. A técnica de inserção deve se incremental, com
incrementos pequenos.

FATORES RELACIONADOS AO SUBSTRATO QUE AFETAM A ADESÃO

 Dentina afetada por cárie;


 Dentina esclerosada;
 Dentina exposta devido à LCNC.

Substrato Dentinário

Dentina superficial x dentina profunda:


 Dentina profunda = maior permeabilidade;
 Distância da polpa < 0,5mm = necessária proteção pulpar.

Dentina esclerótica:
 Maior concentração mineral;
 Espessura da camada híbrida menor.

Dentina afetada por cárie:


 Pode-se ter tecido amolecido sem bactérias;
 Resistência de união 30% menor.
Caso clínico: Cavidade de LCNC com forramento de CIV.

 Devido à união com dentina ou cemento usa-de CIV, todavia isso pode causar a uma alteração de cor mais fácil;
 É feito inicialmente o preparo cavitário, o biselamento do esmalte, em seguida aplica-se o CIV na dentina,
condiciona o esmalte com ácido fosfórico, finaliza a restauração usando-se resina.

Passos de restauração de LCNC com uso de forramento em CIV.

Caso clínico: Dentina afetada por cárie e dentina esclerótica.

 Pode-se cobrir estas regiões com ionômero de vidro, somente onde é necessário, buscando melhorar a adesão;
 Condicionamento realizado em esmalte e dentina;

Aplicação de CIV em áreas de dentina afetada e esclerosada.

Lesões de abrasão

 Adquirem aspecto vítreo com obliteração dos túbulos dentinários,


devido a isso, nestas cavidades é necessário passar uma ponta
diamantada para realizar a asperização da superfície ou utilizar jato de
óxido de alumínio, buscando melhorar a quantidade da porosidade,
visto que a adesão é feita por embricamento mecânico.

Lesões de Erosão

Aspecto clínico e microscópico das lesões de


abrasão.

1- Dentina normal; 2- dentina com


erosão

Antes e depois de restauração de


dentes com erosão.
4 - Abordagem Clínica das restaurações tipo classe I e II em resina composta
POR QUE INDICAR RESINA COMPOSTA EM DENTES
POSTERIORES? INDICAÇÕES
 Demanda estética frequente;  Lesões cariosas;
 Evolução dos materiais resinosos e sistemas adesivos;  Substituição de restaurações antigas
 Restaurações menos invasivas; e/ou deficientes;
 Preservação e reforço do tecido remanescente;  Reparo de restaurações;
 Possibilidade de reparo;  Restauração de fraturas.
 Excelente resultado estético (anatomia, cor, etc);
 Bom custo-benefício (comparado às cerâmicas).

LIMITAÇÕES
 Extensão da cavidade (caixas proximais extensas, envolvimento de cúspides);
 Términos cervicais de difícil acesso e sem esmalte (muitas vezes nesse caso, não é
possível fazer uma restauração direta, então teria que avaliar onde está o término de esmalte
da restauração e encaminhar para periodontia para aumento de coroa);
 Controle do campo operatório (umidade/contaminação) e impossibilidade de realizar
isolamento absoluto. Se fizer restauração aonde há contaminação com umidade e sangue,
esse tratamento não terá longevidade (por isso deve-se achar maneiras de fazer o isolamento,
seja com aumento de coroa, construção de parede, etc).

*Há situações clínicas de classe V em que é utilizado o fio retrator (mas tem que levar em consideração vários
fatores)

PLANEJAMENTO
1. Seleção da técnica restauradora dependendo do tamanho da cavidade:
 Direta: feita diretamente no dente (clínica);
 Semi-direta *É o caso das cavidades maiores. Encaminha-se para dentística II. Esses tipos de técnica
 Indireta podem ser em cerâmica ou resina.

2. Seleção do Material Restaurador

SELEÇÃO DO MATERIAL RESTAURADOR PARA DENTE POSTERIOR


O material restaurador para dente posterior precisa ter:
 Resistência mecânica (força de mastigação)  então a resina deve ter maior conteúdo de carga
inorgânica, que é o que da resistência mecânica ao material;
 Adequado polimento (facilidade de higienização)  menores partículas de carga;
 Menor contração de polimerização  cavidades classe I e II tem maior fator C, então para
dente posterior seria melhor uma resina nanoparticulada.
*A resina nanoparticulada tem bastante quantidade de carga (é resistente o suficiente e contrai menos) e tem carga
pequena (o que dá um bom polimento).

Resinas Micro-Híbridas e Nano-Híbridas


São as mais encontradas e utilizadas hoje no mercado,
por possuírem:
 Partículas de carga de 0,4 a 1 um (pequenas),
que geram um bom polimento;
 Alto conteúdo de carga inorgânica, que gera
resistência mecânica.
 Elas podem ser usadas tanto para posterior,
quanto para anterior (devido ao bom polimento).
*As nanoparticuladas também podem ser usadas para anterior e posterior (bom
polimento).

Comparando compósitos híbridos com nanopartículas


Uma resina com compósitos híbridos tem uma partícula de carga de 0,6 microns.
Já as nanoparticuladas são bem menores (75 nm para cores translúcidas e 20nm
para cores de dentina, corpo e esmalte). A grande diferença entre a
nanoparticulada e a nanohíbrida é que a nanoparticulada tem uma maior manutenção do polimento (demora mais para
perder o polimento). Porém, ambas tem a mesma quantidade de cargas.

Resinas Compostas Bulk Fill


Podem ser usadas em restauração de dentes posteriores, uma que vez que:
 Possuem consistência fluida ou regular;
 Permitem incrementos maiores, de 4 a 5 mm (diminui tempo de cadeira);
 Permitem unir paredes opostas;
 Tem menor contração de polimerização;
 Monômeros de metacrilato com modificações no tamanho e funcionalidade das moléculas.

*Porém, elas são mais translúcidas, já que para colocar incrementos maiores é preciso que a luz do fotopolimerizador atravesse. Por isso,
geralmente preenche-se um volume maior com ela (para diminuir o tempo de cadeira) e finaliza-se com outra resina.

Apresentações no mercado
Há várias formas de apresentação no mercado. Existem as Bulk Fill Flow, Bulk Fill de consistência normal, Bulk Fill
em blisters.

Exemplos de marcas comerciais:

RESTAURAÇÕES DE CLASSE I – PROTOCOLO CLÍNICO

DIAGNÓSTICO
 Anamnese, exame clínico e radiográfico (RX interproximal);
 Observar localização, extensão e profundidade da lesão;
 Perguntar sobre hábitos nocivos do paciente;
 Observar oclusão.

PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO


 Profilaxia da região a ser restaurada (facilita a adesão);
 Checagem dos pontos de contato interproximais com fio dental antes do isolamento (para não rasgar o
lençol). Se houver excesso, utilizar uma lixa de aço.

SELEÇÃO DE COR
 Existem vários tipos de escala, como: escala Vita Classical, Vita
3D Master; ou escala de cor da própria resina (para quem está
habituado a usar somente um sistema de resinas no consultório);
 Antes de isolar, fazer polimerização de pequenos incrementos da
resina sobre o dente (para verificar qual é a melhor cor).
*Existe resina de efeito (totalmente transparente), resina azul (para incisal),
resina mais translúcida de esmalte acromático (neutro/opalescente), resina de
cor (esmalte cromático), resina de dentina, entre outras várias opções.

VERIFICAÇÃO DOS CONTATOS OCLUSAIS


 É importante checar os contatos antes de restaurar para evitar contatos cêntricos na interface dente-restauração
(saber aonde exatamente é o contato para muitas vezes, abrir mais o preparo e não ficar bem na interface). *O
importante é deixar o contato só no dente ou só na resina.
 Muitas vezes o paciente tem um dente fraturado por conta de contatos desajustados (e isso deve ser levado em
consideração na nova restauração).
ANESTESIA
Arcada inferior: anestesia do nervo alveolar inferior (se o grampo machucar é possível anestesiar a região do
grampo na técnica infiltrativa);
Arcada superior: anestesia pela técnica infiltrativa (se o grampo estiver incomodando, anestesiar a região
correspondente a ele, podendo ser na papila).

OBS: sempre deve ser feito com 1 tubete inteiro, para que a anestesia dure o procedimento todo.

ISOLAMENTO ABSOLUTO
 Sempre que se trabalha com resina deve ser feito o isolamento absoluto;
 Podem ser feitas variações nas técnicas para que se consiga isolar (cortar grampo,
modificar grampo de lugar, girar grampo, fazer diferentes amarrias, etc).

PREPARO CAVITÁRIO
 Máxima preservação do tecido dental;
 Mais conservador possível, com manutenção das estruturas de reforço do dente (cristas marginais, ponte de
esmalte e áreas sadias); *Mas se estiver muito cariado é necessário remover;
 Acesso à lesão em esmalte com pontas diamantadas esféricas (alta rotação), como a 1012, 1013, 1014 com
bastante irrigação;
 Remoção do tecido cariado:
 Brocas carbide esféricas em baixa rotação (maior tamanho possível compatível com a cavidade);
 Colheres de dentina;
 Limpar primeiro as paredes circundantes (a última parede a ser removida a cárie é a pulpar), pois se
expor a polpa, o restante já está limpo;
 Remoção de restauração deficiente com pontas diamantadas (alta rotação). Essa ponta diamantada deve ser
menor do que o tamanho da restauração (para que não seja removido esmalte adjacente);
 Tenta-se deixar os ângulos internos arredondados e ângulo cavosuperficial nítido (reto);
 Para acabamento do preparo pode-se passar colher de dentina, usar o recortador de margem gengival no caso
de uma classe II, e também o machado.

ASSEPSIA DA CAVIDADE
 Após finalizar o preparo e remover o tecido cariado, utilizar a solução de digluconato de
clorexidina a 2% por 1 minuto;
 Embeber bolinha de algodão com a solução, esfregar na cavidade por 15 segundos e deixar a
bolinha na cavidade passiva por mais 45 segundos, por fim, secar.

PROTEÇÃO PULPAR
Nem sempre será necessário, pois depende da situação clínica.
 Se na hora de remover a cárie perceber que a parede pulpar está bem escurecida (com dentina
reparadora/reacional), não é necessário fazer a proteção pulpar;
 Pode ser feita nos casos de preparos em dentina profunda ou muito profunda;
 Assim, é feita proteção pulpar indireta (paredes de fundo) com cimento de hidróxido de cálcio e/ou cimento
de ionômero de vidro, dependendo da profundidade.
OBS: lembrar que não se deve depositar resina logo em cima de cimento de hidróxido de cálcio, pois com o condicionamento, perde-
se a função de base. Assim, depois do cimento de Ca(OH)2 deve ser utilizado o ionômero.
HIBRIDIZAÇÃO - PROCEDIMENTOS ADESIVOS
Existem diferentes tipos de sistemas adesivos. Na clínica há o universal (FGM), o
condiciona e lava (FGM – roxo), e um autocondicionante. Independente da situação
clínica, SEMPRE deve ser condicionado o esmalte com ácido fosfórico (30
segundos, lavar e secar). O que muda dependendo dos adesivos utilizados é a
conduta na dentina. Por exemplo, no condiciona e lava deve ser feito o
condicionamento ácido da dentina (15 segundos). No caso do universal, utilizar
como se fosse autocondicionante (condicionar separadamente só o esmalte). Além
disso, deve-se levar em conta as características do substrato dentário.

Características da dentina
 Na dentina profunda há maior permeabilidade, maior diâmetro e
densidade dos túbulos dentários (é uma situação mais desafiadora).
Nesse caso, é melhor dar preferência aos adesivos universais ou
autocondicionantes (e não condicionar a dentina diretamente com
ácido fosfórico).
 Na presença de dentina esclerótica (mais mineralizada), mesmo que
profunda, pode ser utilizado ácido fosfórico.
 Já quando há dentina afetada por cárie ativa (menos mineralizada),
também é uma situação de dentina profunda mais crítica (evitar o
condicionamento ácido da dentina com ácido fosfórico).

Hibridização - Protocolo Clínico


 Condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico 37% por 30 segundos (isso nunca muda);
 Sistema adesivo autocondicionante (da dentina) de 2 passos (primer ácido + adesivo);
 Sistema adesivo universal (no modo autocondicionante);
 A maioria dos adesivos que tem o monômero 10-MDP, mostram um resultado melhor na adesão.

Condicionamento do esmalte (por dentro Lavagem e secagem Aplicação do sistema adesivo


e por fora)

TÉCNICA RESTAURADORA – RESINAS CONVENCIONAIS


 Técnica incremental (incrementos oblíquos de 2 mm);
 Pode ser feito mais de um incremento por vez (para ser mais ágil), desde
que não estejam unindo paredes opostas;
 A técnica incremental modifica o fator C da cavidade, diminuindo a
contração de polimerização, tensão de contração e as fendas. Além disso,
facilita a anatomia/escultura.
 Começa-se sempre pela resina de dentina com pequenos incrementos, até
preencher tudo. Por fim, fecha-se com a resina de esmalte (que é mais
translúcida).
 Lembrar de fotopolimerizar bem o último incremento que está aderido ao esmalte.
TÉCNICA RESTAURADORA - RESINAS BULK FILL
 Para esse tipo de resina muda a técnica: podem ser colocados
incrementos horizontais e maiores (4 mm);
 Pode ser feito o preenchimento da cavidade toda com Bulk Fill
consistência regular, ou preencher parte da cavidade com Bulk Fill
consistência fluida + último incremento de resina convencional (para
conseguir uma melhor anatomia e cor).

FOTOATIVAÇÃO
 Resina polimerizada adequadamente resulta em melhores
propriedades e longevidade;
 O ideal são aparelhos com amplo espectro (novos
fotoiniciadores), alta irradiância e com ponta ativa pequena
(para que entre adequadamente na cavidade).

OBS: Tomar cuidado para que o aparelho fique bem


posicionado, para que não faça o efeito de “sombra”. Pois
se isso cocorrer, bem na margem que é o ponto mais crítico
da restauração, a resina não ficará bem polimerizada.
*Se não houver um bom aparelho, deve-se aumentar o tempo e cuidar
para que a ponta fique bem posicionada.

AJUSTE OCLUSAL
Materiais
 Pinça Muller (utilizar 2 simultaneamente);
 Papel carbono (utilizar para cada movimento uma cor diferente, pois vermelho não marca em cima do preto);
 Pontas diamantadas/discos para desgaste.

Abertura e fechamento
 Para contatos de abertura e fechamento utiliza-se o lado vermelho na região que ser quer visualizar;
 Deve-se testar os contatos dentários posteriores bilateriais e simultâneos (com uma folha em cada lado).
 Remover o que está nas cúspides de não trabalho;
 Idealmente sem contatos anteriores (ou balaceados).

Movimentos excursivos
 Para movimentos de lateralidade e protrusão utiliza-se o lado preto ou azul na região que se quer visualizar;
 Pede-se para o paciente tocar e arrastar
 Deve observar se há interferências (se está tocando regiões que não deveriam, deve ser reduzido);
 Nos movimentos excursivos não deve haver contatos posteriores (tocar só o canino na lateralidade);
 Quanto mais posterior o contato, mais danoso em lateralidade;
 Evitar contatos em balanceio (não trabalho – lado que não está indo com a mandíbula);
 Sem contato em incisivos em lateralidade;
 Protrusão compatível com os homólogos.

Contatos antes e após o procedimento


 Marcar os contatos em MIH na boca toda antes de iniciar o procedimento (antes de anestesiar);
 Após a restauração, buscar o equilíbrio de contatos (intensidade).

Dicas
 Verificar se apenas o dente restaurado toca – contato prematuro;
 Desgastar seguindo contatos desejáveis;
 Não desgastar todo o contato (uma vez que ele é importante), mas apenas a parte indesejada.

Erros/limitações comuns no ajuste oclusal


 Umidade (bater o carbono com muita saliva na boca);
 Carbono perfurado;
 Cansaço;
 Anestesia (modifica a sensibilidade do paciente);
 Posição do paciente na cadeira (deve estar sentado).

ACABAMENTO E POLIMENTO
Vários sistemas de acabamento e polimento estão disponíveis no mercado

Acabamento:
1. Pontas diamantadas F e FF ou brocas multilaminadas (35 lâminas – que desgastam apenas resina, e não
esmalte);
2. Discos de lixa soft Lex pop on (3M), para remoção dos excessos e ajuste vestibular e palatino da caixa proximal
(utilizados mais para dentes anteriores);
3. Borrachas abrasivas (para dentes posteriores).

Polimento:
1. Pastas diamantadas;
2. Pontas siliconadas;
3. Escovas de carbeto de silício (astrobrush), que tem abrasivo na própria escova (não precisa usar nenhuma outra
pasta).

RESTAURAÇÕES DE CLASSE II – PROTOCOLO CLÍNICO

O protocolo clínico é similar das restaurações de Classe I: profilaxia, seleção de cor, checagem dos pontos de contato,
isolamento absoluto, anestesia, isolamento absoluto.

O que muda da classe I para a II é:


 Localização e acesso à lesão cariosa, que vai depender da situação clínica (se é uma MO, MOD, OD, se o
acesso é direto ou indireto);
 Características do preparo nas caixas proximais (que na classe I não tem);
 Obtenção do ponto de contato proximal (por meio de matrizes e cunhas).

LOCALIZAÇÃO DA LESÃO CARIOSA


1. Superfícies oclusal e proximal (classe 2. Superfície proximal (sem 3. Superfície proximal (com
II convencional) envolvimento da crista marginal) envolvimento da crista
marginal)
Exemplo dos preparos OD, MO ou MOD; Slot horizontal
 Acesso direto - ausência do Slot vertical
dente adjacente;  Acesso pela crista
 Acesso pela face vestibular marginal
ou lingual; comprometida;
Túnel
 Acesso pela oclusal
mantendo crista marginal
(2 mm).
PREPARO CAVITÁRIO DEVE TER
 Ângulos internos arredondados (o que já se consegue naturalmente,
uma vez que se trabalha com brocas esféricas – seja em baixa ou alta
rotação);
 Ângulo cavosuperficial sempre nítido (reto);
 Caixa proximal em formato de gota (mas nem sempre fica assim na
prática clínica, pois depende do quanto removeu de cárie);
*A caixa em forma de gota preserva mais estrutura dental e gera menor concentração
de tensão.
* O término do preparo/margem de esmalte deve estar bem acabado (nesse caso, utiliza-se o recortador
de margem gengival), para auxiliar na região mais crítica, ficando sem excesso e bem fotopolimerizado.

CONTATO PROXIMAL – UTILIZAÇÃO DE MATRIZES E CUNHA


Na região proximal deve haver um ponto de contato proximal justo e forte com contorno
adequado. Por isso, lança-se mão de alguns dispositivos que auxiliam, como:
 Matriz pré-conformadas + cunha + anel estabilizador;
 Sistemas de Matriz (Palodent V3 - Dentsply, Unimatrix - TDV, etc);
 Matriz de Tofflemire (em algumas situações clínicas onde a matriz pré-conformada
não resolve).

*A utilização desses dispositivos variam dependendo de cada situação clínica (algumas vezes, por exemplo, o Utilização de matriz + cunha
anel não fica bem ajustado, tendo que lançar mão apenas da matriz e cunha). + anel

Matriz seccionada/ pré-contormada


Cunha

Anel estabilizador

Exemplo - colocação do sistema de matriz, cunha e anéis


O contato deve estar arredondado e próximo do dente vizinho (por isso que a matriz nunca deve ficar reta e sim pré-
contornada). Quando o profissional não estiver enxergando lençol, cunha e gengiva, e não estiver entrando sangue,
começa-se a adesão.

ESCULTURA E ESTRATIFICAÇÃO
 Depois de reconstruídas as paredes proximais, o preparo vira uma classe I (e pode-se retirar todo o sistema de
matriz, cunha e anel).
 Para preencher a caixa proximal, regulariza-se o fundo com uma resina Bulk Fill Flow, depois utiliza-se uma
dentina mais opaca, seguido de um esmalte cromático, esmalte acromático.
 Em seguida, restaura-se o restante empregando a técnica escolhida.
Exemplo de preenchimento de cavidade:
 Regularização do fundo com Bulk Fill Flow;
 Bulk Fill para restaurar em maior volume;
 Camadas seguintes de resina de esmalte para reconstruir a anatomia.

Ajustes/desgastes:
No acabamento da proximal primeiro é passado fio dental (para checar se o contato está ok), se precisar desgastar
deve-se utilizar a lixa para resina em “S” para não remover o ponto de contato que foi construído (e entra-se pela parte
central que não tem abrasivo). Para dar polimento, pode ser usado um fio dental com pasta de polimento.

*Não se deve utilizar lixa metálica nesse caso.

SUCESSO NO TRATAMENTO DE RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA EM DENTES POSTERIORES


 Diagnóstico correto;
 Indicação e planejamento corretos;
 Seleção de materiais e técnica restauradora adequada;
 Protocolo clínico cuidadoso.

REVISÃO: EMPREGO DOS PRINCÍPIOS DE OCLUSÃO EM DENTÍSTICA RESTAURADORA

EM DENTES POSTERIORES
Antes da restauração
 Observar a relação oclusal do dente a ser restaurado;
 Observar a existência de contato prematuro (que muitas vezes causa dor) e a guia de
desoclusão;
 Ajustar se for patogênico (muito alto) e se estiver na restauração a ser realizada;
 Demarcar o contato em RC e MIH, e evitar que o preparo fique nessa área.

Após a restauração
 Observar novamente os contatos em RC e MIH;
 Observar guia de desoclusão - lados de trabalho e balanceio;
 Evitar contatos oclusais na interface dente / restauração;
 Verificar a intensidade de conato (todos devem ter uma intensidade similar).
A primeira imagem mostra um contato posterior aparecendo na lateralidade (o que não pode
acontecer – ideal é pelo canino). Portanto, esse contato deve ser aliviado (imagem 2). Checar intensidade do
contato e desgastar/aliviar, se
necessário.

Desenho esquemático dos principais pontos de contato:

*A maioria dos pacientes na clínica não terão esse padrão ideal de pontos de contato, devido à perda de dentes, desgastes,
muitas restaurações, etc. O que importa é que eles sejam distribuídos de maneira uniforme.

EM DENTES ANTERIORES:
Antes da restauração
 Demarcar os contatos em MIH;
 Verificar guias anterior e lateral;
 Verificar a presença de desgastes (e tentar entender o porquê aquilo aconteceu).

Após a restauração
 Pedir novamente para o paciente fazer MIH, lateralidade e protrusão;
 Evitar contatos oclusais na interface dente / restauração;
 Não permitir contato aumentado em MIH;
 Observar guia de desoclusão (movimento protrusivo e de lateralidade).

*O importante é sempre tentar equilibrar os contatos (não pode ter um dente só muito marcado).

Contatos em MIH Contatos em protrusão


5- Seleção da cor:
Esse é um tema muito importante para a realização de restaurações estéticas.
COR:
É uma sensação provocada pela luz que depende do comprimento de onda, ou seja, por ser uma sensação, ela é diferente
de indivíduo para indivíduo*.
*Por exemplo, algumas pessoas podem achar que determinado tom é azul e outras que é verde;

LUZ:
Radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano. O olho humano é sensível a ondas de comprimento
de aproximadamente 380 (violeta) a 780 (vermelho-escuro) nm.

• Comprimento de ondas visíveis 380-780 nm;


SILVA e SOUZA

*Algumas pessoas possuem daltonismo, portanto, apresentam algumas questões com enxergar todas as cores;

Estímulo da cor:
É a experiencia que se tem ao passar a luz branca em um prisma, formando o arco-íris.

COR E SUAS DIMENSÕES:


Mecanismos Oculares:

• Prismas percebem a luz;


• Os cones discriminam as cores;
Os prismas estão presentes na retina percebem a luz, uma radiação
eletromagnética, enquanto que as células do cone irão discriminar as cores.
Então as células da visão recebem essa radiação e o cérebro que irá ditar o que é
vermelho, azul e etc.
ABSORÇÃO E REFLEXÃO DA LUZ:
Por que o cérebro enxerga que a maçã é vermelha?
Pois, a maça absorve todos os comprimentos de onda, menos o
vermelho, logo o vermelho ela reflete (não absorve).
Uma vez que ela reflete vermelho, o cérebro interpreta o objeto como
vermelho.
Os dentes absorvem a maior parte dos comprimentos de onda, como a cor vermelha, alaranjada, amarela, por isso não
enxergamos os dentes dessa cor.
*O que ocorre com a cor preta, por exemplo, absorve todas as cores, enquanto que a cor branca reflete
todas as cores;

DIMENSÕES DA COR (1915)

• Sistema de cores de munsell (Albert Henri Munsell);


A cor foi dividida em várias dimensões*
*Alguns vão dizer que foi dividida em quatro dimensões, entretanto, utiliza-se apenas três dimensões;

• Matiz;
É o próprio pigmento da cor. Value (valor), Hue (Matiz) e Chroma (croma).
• Croma;
É a saturação, por exemplo, no diagrama a parte purple-blue, ou seja, quanto de pigmento há na cor que estou
enxergando, se é 0 ou 12.

• Valor;
É o quanto de preto e branco tem uma cor*.
*É o mais difícil de identificar;

MATIZ:

• É o pigmento da cor;
• É determinado pelo comprimento de onda da energia
radiante;
O matiz é o pigmento próprio da cor*, sendo determinado pelo seu
comprimento de onda que é enxergado, ou seja, o que aquele objeto A matiz da cor dos olhos, por exemplo, pode ser azul, verde,
está refletindo. amarronzado e castanho.

Odontologia:
Na Odontologia, o matiz é dado pela letra, em uma escala convencional.

• A= Laranja;
• B= Amarelo;
• C= Amarelo acinzentado;
• D= Cinza avermelhado/alaranjado.
*Nesse exemplo todos são 4, ou seja, todos apresentam a mesma quantidade do pigmento
(croma), mas apresentam pigmentos diferentes (A,B,C ou D);

A diferença é muito sútil, ao olhar a escala, tudo parece amarelo na verdade*. Escala convencional na clínica, a Escala VITA em
que as letras representam o pigmento (A,B,C ou D).
*Por exemplo, o D é mais “branco” e o A pode parecer mais amarelo, entretanto o A é mais
laranja;

CROMA:
É o quanto daquele pigmento enxergado no matiz (saturação) há na
cor.

• Aumento na quantidade de pigmento*;


*É quanto verde é seu olho?
Quão verde é seu olho? Um verde mais claro, mais branco, ou
• É a saturação da cor ou da matiz. mais escuro (tem mais preto).

Croma é sinônimo de saturação.


*Na TV tem como mudar a saturação que seria a croma;

Odontologia:

• Croma é o número;
Por exemplo, matiz A croma 1,2,3 ou 4, ou seja, são todos a mesma matiz, no
caso do A, pigmento laranja, o que muda é o quanto de pigmento há naquela cor.
No 1 nota-se que a cor fica mais clara que no 2,3 e 4, ou seja, a quantidade de
pigmento laranja é maior no 4, ou seja, é mais saturada.
A principio a Escala VITA vem de fábrica assim, o
A (1,2,3,4), B (1,2,3,4) e etc*;
*Pode vir A1, A1,5, A2, A2,5; e etc
VALOR OU BRILHO:
Chamado também de luminosidade ou brilho.
É o quanto de pigmento preto ou branco há na cor e ela é uma
propriedade que se enxerga sem cor.

• Propriedade acromática; O olho está sem a cor para ser possível enxergar o
valor.
• Quantidade de preto ou de branco em uma cor;
Odontologia:
Como saber se eu vou acertar a cor em uma faceta super estética, para saber o valor da cerâmica, deve-se tirar uma foto
em preto e branco para poder enxergar. Se tem mais pigmento branco tem maior valor, logo se tiver mais pigmento preto
menor valor.

• Dentes com matiz e croma iguais, mas com valor reduzido pela
aplicação de pigmentos;

Todos esses dentes são B56, ou seja, apresentam matiz e croma iguais, o que
muda é o valor. Na primeira imagem é difícil enxergar o valor, mas quando em
preto e branco, nota-se que C e D são mais brancos em comparação ao A e B.

*Ao errar o valor na confecção de uma faceta única que ficará ao lado de dentes naturais, por exemplo, o dente homólogo é B56, mas errar o valor
fica muito perceptível pela nossa visão;

• É a propriedade mais importante da cor*;


*Pois ela é bem perceptível a nossa visão e é a mais difícil de se notar;

Em qualquer tratamento estético se deve tirar uma foto em preto e branco para ter certeza de que escolheu o valor certo.
O valor está ligado à quantidade de esmalte:

• A e B = maior valor;
*Se apresentam maior valor, logo apresentam mais pigmento branco, logo são pigmentos mais claros;

• C e D = menor valor;
*Só temos algumas na clínica dessa cor, pois a maior parte são casos de resinas A e B;

*Atualmente encontramos A 0,5, B0,5.... Os dentes vão ficando cada vez mais similares à porcelana;

*Existe uma classificação para dentes clareados inclusive;

“Em uma imagem preta e branca falta cor. Dessa forma, o valor (nível de claridade e luminosidade) é mais fácil de
ser determinado”.
ESMALTE E DENTINA
Toda a cor a ser escolhida em um dente, é dependente da estrutura do dente. Então a cor do dente é uma mistura do que
atravessa e penetra o esmalte que é uma camada mais fina e translúcida

• A luz penetra pelo esmalte - camada fina e translúcida;


• A luz atinge a dentina, onde é absorvida e refletida - camada relativamente opaca para mascarar o fundo da
boca;
A cor do dente não é determinada apenas pela dentina, pois na verdade é o conjunto esmalte + dentina que é visível,
essa cor muda de acordo com o terço do dente (cervical, incisal) e espessura de dente e esmalte em cada parte do dente.

• O dente não é uma única cor*;


*Em dentes naturais, não é uma cor só, apenas em facetas ou dentes clareados pode ser que seja uma cor só;
Esmalte: Dentina:
Tecido mais mineral e translúcido e permite 70% da luz Contêm mais parte orgânica e deixa passar menor
passar. quantidade de luz.

• 97% de compostos inorgânicos • 70% de compostos inorgânicos


(HIDROXIAPATITA); (HIDROXIAPATITA);
• Bastante translúcido; • 30% colágeno e água;
• Pode deixar passar 70% de luz → 1mm. • Menos translúcida;
• Deixa passar 30% de luz → 1mm;

Portanto, se há mais dentina a luz passa menos.


APARÊNCIA DOS DENTES NATURAIS:
Divisão por áreas:
Terço incisal:
Na incisal há mais esmalte do que dentina, por isso a luz passa mais
fácil.
*Quando o paciente tem a incisal bem translúcida, ou seja, praticamente pouca dentina,
enxerga-se uma porção bem azulada, pois a luz passa facilmente aquela região e o que se
enxerga é o fundo da boca;

É nessa região que a dentina de esmalte deve ser escolhida.


Terço médio:
Há uma espessura de esmalte e dentina, portanto, é no terço médio do dente que a cor da resina de dentina deve ser
escolhida.
*Para escolher deve-se colocar um incremento de resina aonde se deseja comparar a cor;

Terço cervical:
É uma região de transição, onde há um volume maior de dentina e
menor de esmalte.
*Nessa região o dente parece mais amarelado, mais saturado, logo nessa região o croma
pode ser maior;

Para escolher a cor:


É na área do terço médio/centro que se escolhe a cor do matiz e valor do
dente do paciente. Esse dente já se encontra bem desgastado, porém nota-
se que a região incisal é menos opaca (mais translúcida)
“Uma diversidade de cores, formas e efeitos....” que a cervical.

Na boca do paciente existe uma diversidade de cores em um mesmo dente/na mesma boca.

Alguns pacientes apresentam desgaste, manchamentos que fazem com que eles apresentem todas as possibilidades da escala possíveis
nos dentes.

A escala é um “auxílio” mas sempre é necessário polimerizar a resina na região do dente a ser escolhida a cor, pois
nenhum dente é igual ao outro, nem no mesmo paciente.
Então por vezes, a restauração fica ótima, mas a cor não combina tanto, devido ao “festival de cores” que o dente do
paciente apresenta.

Divisão por camadas:


Região incisal: possui mais esmalte, portanto, é nessa região que será
escolhida a resina de efeito e transparente.
Região central: resina de dentina de cor e valor.
Região cervical: é a região que se escolhe o croma, ou seja, aumentar ou não
a saturação.

DESENHO ESQUEMÁTICO DAS CAMADAS:


O ideal é fazer um esboço na foto.
Em casos estéticos, em cima da fotografia, deve-se desenhar para o
protético entender o que deverá ser realizado*.
*Por exemplo, não é o ideal mandar para o protético fazer uma faceta A1, pois o
dente não é só A1. Se mandar só o A1 o protético irá realizar o que quiser na incisal,
cervical e etc;

Então para o protético deve-se enviar foto colorida, P&B (preta e


branca) e uma foto com desenho esquemático. Desenhar aonde se deseja área de maior saturação, por exemplo,
A3, no terço médio onde foi escolhida a cor da dentina, por
*Exercício, tirar uma foto do colega e realizar uma mapa cromático, desenhando o exemplo A2, desenhar os mamelos aonde se deseja uma resina de
esquema e as cores e efeitos enxergados nos incisivos, por exemplo; efeito azulado. Afim de que seja o mais natural possível a execução.

TRANSPARÊNCIA, TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE:


É uma propriedade importante que depende da espessura, pois é o quanto de luz
que é possível transmitir da estrutura.
Nas resinas mesmo ou no dente, há diferentes tipos de translucidez:

• (A)Translucidez total = transparência;


• (B) Translucidez média;
• (C) Opaco.
Todos os exemplos ao lado possuem translucidez em graus diferentes, A=transparência onde é possível enxergar
portanto, é possível ter um esmalte super transparente, mais fosco ou que perfeitamente o que há em baixo.
deixa passar menos luz (mais espesso).
B= translucidez média, pois ainda é possível enxergar,
onde é possível enxergar as cores, porém não
No momento em que se está realizando uma classe IV é possível enxergar
nitidamente.
a espessura do esmalte, isso deve ser levado em conta no momento de
restaurar, pois se colocar dentina demais, dependendo da cor que for C= quase impossível de ver, apenas algumas
escolhida, o dente pode ficar mais opaco, não ficando tão natural. sementinhas, porque é menos translúcida.
Sempre regular a quantidade de esmalte de acordo com a situação clínica*.
*Por exemplo, classe V, ou seja, restauração da cervical, não precisa de muito esmalte;

Translucidez acromática ou cromática:


A translucidez pode ser cromática ou acromática.
Todas essas lâminas são translucidas, porém algumas são sem cor (acromáticas)
enquanto outras possuem cor, ou seja, são cromáticas. Portanto, ainda é possível
enxergar o que há atrás dela, porém muda a cor do fundo.
A esquerda é possível ver a cor real da maça,
Odontologia: enquanto que na direita já mudou a cor do fundo que
nesse caso está amarelada. B esquerda é possível ver
Existem resinas de esmalte que são acromáticas e outras que são cromáticas a maça verde como é realmente, enquanto que a e
(com cor), isso depende do kit comprado de resina, por exemplo, resina de direita a maça parece vermelha devido a
esmalte neutro ou frost são acromáticos, ou seja não tem cor. translucidez cromática.

Se é acromática entra no padrão anterior de ser mais ou menos translúcida:


*O frost (gelado) pode ser que seja translúcida mas fosca;

*A resina de esmalte trans é transparente, logo se errar a cor da dentina, é possível enxergar;

Pode ter dentina de esmalte A1, A2,A3 que é cromático, é a usada na clínica, ou seja, além
de escolher a espessura, deve-se escolher a cor do esmalte também.
*Resina que não tem cor de nada, por exemplo, esmalte neutro, ela deve ser polimerizada na incisal para que seja possível saber a espessura, não
a cor, a cor será escolhida pela resina de dentina;

É necessário escolher o sistema de resina que se utiliza afim de acertar a cor, mas acertar a cor não é tão fácil*.
*Na clínica com um sistema só, na medida do possível, acostuma-se com a escala e já se memoriza, por exemplo, as vezes, ao olhar o paciente já
se sabe qual é a resina que deve ser usada;

*Se mudam o sistema de resina usado, necessita-se acostumar com o novo sistema, se ele é de espessura, translucidez/opacidade ou se é por cor
(A,B,C..);

TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE:

• Dentina - translucidez cromática;


A dentina possui o matiz e o croma.

• Esmalte - translucidez cromática e/ou acromática;


Amarelo-branco ou cinza-branco.
Altamente dependente da espessura:

• Dente (esmalte e dentina) ou resina composta;


Exemplo da mesma resina com diferentes espessuras, se aumentar 1mm da
espessura, a situação muda. Logo, tudo depende também da espessura a ser
colocada*.
*Por isso é importante analisar bem a estrutura dental do paciente, afim de saber a quantidade
de resina de esmalte e de dentina a ser colocada na restauração; Menor translucidez

*Em casos estéticos a fotografia é importante, pois é possível aumentar, enxergar melhor as
áreas a serem restauradas e planejar melhor o procedimento;

Escolher a cor antes de isolar, depois que isolou o dente resseca,


aparentando ser mais claro/branco aumentando o valor. Além do lençol ser
um contraste para as cores.
Maior translucidez
TRANSLUCIDEZ E ESPESSURA:
Essa resina, por exemplo, possui a própria escala de cor, onde é possível notar que a
resina de dentina encaixa na de esmalte, ou seja, da para escolher separado ou colocar
uma em cima da outra.
Ao colocar uma em cima da outra dá para verificar se a espessura combina ou modifica
muito a cor.
Quando se está bem adaptado a um sistema de resina, o cirurgião-dentista pode construir sua própria escala de cores,
construindo exemplos de cada resina, as de dentina e esmalte. Isso facilita muito, pois a escala vita é para cerâmicas.
TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE:
Diferentes marcas de resina irão trabalhar com diferentes tipos de resina, como
esse exemplo ao lado, o da 3M que possui a resina translúcida, de esmalte
(cromática), a de corpo e de dentina.
O que muda nas resinas é a translucidez, portanto, se desejar mascarar fundo,
espessuras maiores e não quer que a luz passe, utilizar a resina de dentina que é
mais opaca.
*Se em alguma situação se deseja uma resina não tão translúcida mas também não tão opaca,
utiliza-se a resina de corpo que é um meio entre as duas;

TRANSLUCIDEZ:
No consultório, para conhecer a resina pegar um pedaço de cada uma das
resinas de uma mesma espessura, polimeriza elas afim de ver o quanto
elas são ou não translúcidas.

A resina translúcida será utilizada na incisal, entre os mamelos para proporcionar


efeito. A de esmalte será utilizada aonde há esmalte, nas proximais e mais na
incisal e cobrir a restauração toda. A de dentina mais no terço cervical e médio.

FLUORESCÊNCIA:
É a capacidade que uma substância tem de emitir luz quando exposta a radiações UV ou raios X.
*Quando na balada, as luzes deixam os dentes mais brancos, pois os dentes apresentam essa característica de emitir luz
quando expostas à luz UV;

• O dente natural apresenta fluorescência;


As radiações absorvidas (invisíveis do olho humano) pelos dentes transformam-se em luz visível
(com um comprimento de onda maior que o da radiação incidente). Isso confere uma aparência
de naturalidade e vitalidade do dente.

• A dentina exibe maior fluorescência do que o esmalte;


*A professora relatou que na época dela, pessoas na balada com classe IV de resina, por exemplo, quando
sorriam pareciam estar “banguelas” ou achavam que tinha quebrado o dente pois as resinas não
apresentavam essa propriedade;

Atualmente, as resinas apresentam essa propriedade de fluorescência.

No centro há o dente natural e ao redor as diferentes marcas de resina. A tetric


evoceram A2 apresenta fluorescência maior que o dente, o que acontece é que ao
fazer só uma faceta com ela, na luz UV também será enxergada a diferença.

*Se o paciente realizar recontorno estético, aumentando as bordas incisais, se exposto a luz negra, é possível enxergar o contorno brilhando mais
que o dente;
OPALESCÊNCIA:

• Efeito de dispersão da luz;


Está relacionada com a forma em que o material dispersa os
menores comprimentos de onda da luz.
É aquela aparência azulada sob luz refletida e alaranjada sob luz Opalescência sob luz refletida Opalescência sob luz
transmitida*. com aparência azulada. transmitida com aspecto
alaranjado.
*Essa visão é a de iluminar de dentro da boca para fora, as incisais ficam
alaranjadas;

*Essa propriedade é interessante para analisar a espessura de esmalte, mas é mais difícil de ver a aparência azulada, portant o, a luz transmitida
com aspecto alaranjado pode ser interessante para analisar essa espessura;

• O esmalte natural possui efeito opalescente;

METAMERISMO:
Fenômeno pelo qual dois objetos têm a mesma cor sob uma
luminosidade e cores diferentes sob outra.
*Isso ocorre por causa da luz de diferentes ambientes;

Quando em um determinado tipo de luz, enxerga-se o dente mais branco


e quando em outra luz ele parece mais escuro.
Qual a luz ideal para escolher a cor da resina?
O ideal é a luz natural, luz do dia, das 10-12h* em dias de sol.
*É o ideal, mas por exemplo, em Curitiba a maioria dos dias são nublados;

Escolher sob luz incandescente é ruim, pois da a sensação do dente ser mais amarelo, enquanto que a luz fluorescente
da a impressão do dente ser mais branco/azulado.
*Existe uma luz branca chamada de luz do dia que é ideal para iluminar o consultório;

*Em ambientes mais aconchegantes o ideal é iluminação com luz amarela, já ambientes mais claros se utiliza luz branca;

SELEÇÃO DA COR:
Influenciada por vários fatores:

• Ambiente;
• Observador;
• Objeto;
• Fonte de luz;
• Escala de cor;
• Comunicação CD x Protético.
Ambiente:

• Cores neutras (gelo, bege, etc.), para reduzir o cansaço visual;


• Evitar interferência das cores das roupas do paciente para evitar o contraste;
Então, se o paciente veio com vestimentas muito coloridas, sua roupa deve ser recoberta com campo também de cor
neutra.

• Solicita ao paciente que remova qualquer maquiagem facial em excesso*.


*Pacientes com batom vermelho, remover para não contrastar muito com a cor do dente;

Observador:
O olhar é subjetivo, ou seja, cada um enxerga de uma maneira.
• Olho humano - determinação de cor subjetiva;
• O paciente deve ser posicionado no mesmo nível dos olhos do observador, de tal forma que a luz incida de
maneira similar no dente da escala e no objeto.
*Em casos estéticos, o aconselhado é dividir a escolha da cor com o paciente para que ele participe do processo de escolha da cor, pois o paciente
enxerga de outra forma diferente da sua. Além disso, o ideal é sentar o paciente e posicionar seu olhar na altura

Obieto:

• É importante que o dente utilizado como referência tenha estrutura dentária suficiente, mantenha sua cor original
e não tenha sido submetido a restauração extensas, tratamento endodôntico*;
*Não adianta utilizar um dente vizinho que possua uma classe III, IV ou V, que possui várias cores. Deve-se selecionar um dente com cor mais
uniform;

• Fazer profilaxia prévia à determinação da cor*;


*Não escolher a cor do biofilme e sim a do dente, então limpar o dente primeiro;

• Umedecer a superfície do dente a ser comparado e a escala.


Quando a escala é feita com a resina em consultório, ela desidrata, por isso o ideal é umedecer ela e também o dente
que será trabalhado.
Dentes de referência:

• Primeiro - dentes vizinhos;


• Segundo - dente homônimo do lado oposto;
• Terceiro - dentes antagonistas.
Primeiramente observar se há dente vizinho para selecionar a cor, se não houver dente vizinho, o ideal é utilizar o dente
homólogo do lado oposto e em último caso o dente antagonista*.
*Em casos de prótese total e o paciente apresenta arcada antagonista, a escolha da cor é feita por meio dela;

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

• Em pacientes jovens, geralmente, os dentes são mais claros (possuem valor mais alto)*;
*Então ao realizar uma prótese para um paciente de 75 anos, não é ideal escolher B1, pois não ficará natural;

• Avaliar a quantidade de incisal ou translucidez é maior nos dentes jovens e diminui com a idade devido ao desgaste;
*À medida que se desgasta a incisal, essa referência de translucidez é perdida;

*Observar o paciente, no caso de uma classe IV, por exemplo, observar os dentes vizinhos, se não houver borda incisal translúcida, nem halo
opalescente, não se deve construir esse halo no dente a ser restaurado, portanto deve-se seguir o padrão da própria boca do paciente para que fique
o mais natural possível para ele;

*No caso de pacientes super jovens, por exemplo 12 anos com fratura classe IV, o ideal é construir o máximo possível do que ele apresenta de
translucidez e halo opaco;

*Paciente da clínica não há referência para restaurar aquele dente, pois o dente homólogo está manchado, nesse caso, é difícil, então deve ser
escolhida a cor mais natural possível para o paciente;

*Quando se faz um recontorno estético, primeiro é feito o clareamento para tentar deixar a cor mais padrão, homogeinizar, par a então escolher a
cor da resina.

*Por isso, é frequente notar a realização de facetas de pré a pré ou canino


a canino, pois se acertou a cor de uma faceta todas serão iguais, isso é um
indicação exagerada de faceta, pois obviamente é mais fácil de acertar a
cor do que facetar um dente apenas;

• Com a idade, a camada de esmalte é reduzida, expondo


mais a dentina e o dente aparenta ser mais escuro,
especialmente no terço cervical. A- Dente jovem apresenta mais nuâncias, o que exige mais cuidado na
escolha de cores do que o dente mais velho (B).
B- O dente já se desgastou, então enxerga-se mais dentina que é mais
saturada, portanto o dente parece mais escuro.
• Áreas com maior croma estarão mais próximas à região gengival/cervical, devido a menor espessura de esmalte e
maior visibilidade da dentina;
• Os caninos apresentam maior quantidade de saturação ou croma*;
*Às vezes, o canino após o clareamento não clareia tanto, isso se deve ao fato de ele apresentar uma maior espessura de dentina, para clarear mais
repete apenas nele mais alguns dias;

• A área incisal exibe um alto grau de translucidez à medida que a quantidade de dentina presente diminui em direção
à incisal*;
*Lembrar de escolher resina de esmalte na incisal e a de dentina no terço médio. Se quiser saber se há diferença de saturação, colocar resina na
cervical;

• A região de corpo é a combinação da cor da dentina e uma sutil contribuição da cor e morfologia da camada de
esmalte;
• Em geral, a intensidade da cor de corpo (terço médio) é 1-2 cores mais claras
do que a região cervical*.
*Por exemplo, escolhi a A2 no terço médio, provavelmente será A3-A4 na cervical;

Sempre ter a foto branca e preta do mesmo dente, pois é possível ver o quanto o esmalte possui
efeito, ou seja, o quanto ele reflete a luz*.

*Quando restaurar, no momento do acabamento e polimento, deve-se respeitar a anatomia do esmalte do paciente que são as áreas de reflexão de
luz;

Fonte de luz:

• Melhor resultado - Luz do sol entre 10h00 e 15h00;


• Desligar o refletor minutos antes da seleção de cor evitando acentuar o amarelo-laranja dos dentes.
É importante desligar um pouco o refletor para descansar a visão, pois isso pode acentuar o amarelo-laranja do dente.
USE A LUZ CORRETA:
Esse exemplo mostra como a luz interfere bastante no resultado da restauração.

Luz halógena/incandescente: Outra luz Luz do dia


dente mais amarelo.
v v
Iluminação: Lâmpada Incandescente Temperatura de luz = 2856 K

• Utilizar a luz correta; Lâmpada fluorescente Temperatura de luz = 6540 K


(luz do dia)
A lâmpada incandescente possui uma temperatura menor,
isso faz com que o dente fique mais amarelo, ou seja, Aumento da T de cor = 4000K
Lâmpadas (luz do dia)
aumenta a percepção do amarelo/avermelhada.
Phillips super 84
A luz do sol (natural) apresenta uma temperatura maior e é
a ideal para escolher cor. Por isso, a lâmpada luz do dia,
Luz do sol Própria
phillips super 84, é a mais próxima possível da luz do dia
ideal, pois possui uma temperatura maior*. Próximo a janela

*Ela é a luz ideal para ser colocada no consultório; Escolha de


cor
SELEÇÃO DA COR

• Quando os dentes naturais e a amostra da escala forem iguais, em três situações de


iluminação diferentes, então a saturação dos dentes estará correta*;
*A prof questiona que ninguém fará isso, de testar a cor em três situações diferentes de iluminação, por exemplo
levar o paciente à luz do dia, a uma luz amarela e uma super phillips 84;

• Use um fundo cinza 18% na seleção de cores para eliminar as distrações do ambiente ao
redor e permitir uma melhor determinação do croma e valor.
*Se o profissional passar o dia todo em um ambiente muito distrativo ou passar o dia todo vendo muitas cores Esquema que representa como a
coloridas ou com a luz do refletor ligada e trabalhando, o ideal é desligar o refletor e descansar o olho, diferença de iluminação interfere na
entretanto, pode-se utilizar um fundo cinza para ajudar a eliminar as distrações do ambiente; coloração.

Importante relembrar:

• Seleção antes do isolamento;


• Mulheres: remover batom;
• Profilaxia dos dentes;
• Utilizar escalas confiáveis*;
*Não utilizar a escala que o fabricante envia com a resina;

• Umedecer dente e escala;


• Escolher a cor rapidamente*;
*Não é o ideal ficar olhando muito a escala ao escolher;

• Descansar a visão*.
*Olhar para o fundo cinza e depois escolher a cor;

Porque escolher a cor rápido? Pois, ao olhar muito tempo temos fadiga cromática.
FADIGA CROMÁTICA:

• O registro da cor deve ser feito de maneira rápida;


• Para repousar a visão, deve-se olhar para uma superfície cinza ou azul claro;
A escolha deve ser feita rapidamente, pois a fadiga cromática faz com que seja
vista a cor complementar, como mostra a figura ao lado. Para repousar a visão
aconselha-se observar uma superfície cinza.
*Parece mentira, mas se fixar o olho por muito tempo (1min, 1min30s) em uma cor, enxerga-se a cor Na fadiga cromática, a cor enxergada é a
complementar, pois as células entram em fadiga; complementar, ou seja, se olhar muito tempo
para o vermelho, enxerga-se a cor ciano.
Imagem negativa:

• Ocorre quando se fixam os olhos em uma cor única por um período de tempo
(30 s até 1 min) e depois olha para uma superfície branca;
• Aparece uma imagem com a cor complementar;
• Fotorreceptores de uma cor na retina são fatigados e perdem a habilidade de
enviar informação ao cérebro;
Isso comprova que ao ficar muito tempo olhando a escala de cor, a cor escolhida
será a errada.
Exemplo da aula, se olhar muito tempo para
essa imagem, nossas células entram em fadiga
e enxerga-se as cores da bandeira do Brasil.
DISPOSITIVOS PARA SELEÇÃO DE COR:

• Escalas de cor;
• Colorímetros ou espectrofotômetros;
ESCALA VITA CLÁSSICA:
A escala vita é organizada em matiz e cor*. Entretanto, na clínica, a escala
foi organizada de acordo com o valor, pois o ideal é primeiro escolher o
valor, depois o matiz e croma, sendo está a maneira mais fácil de não errar
a cor.
Ou seja, primeiro será escolhido se o dente é mais branco ou menos branco,
depois o resto.
*Ela não vem em ordem de valor; A escala vita vem desta maneira A1,A2, A3, A4..... ou
seja Matiz A croma 1 e etc. A escala vita pode ser
• Cerâmica ou resina; bagunçada e organizada em escala de valor.

Matiz: A,B,C,D.
Croma: 1,2,3,4.
Se a escala vier fixa, onde não é possível trocar a ordem dos dentes, o ideal
é pegar as possíveis cores e leva-las o mais próximo possível do dente a
ser restaurado*.
Escala bagunçada em relação ao maior valor para
*Se estiver em dúvida entre o A1 e B1, tirar da escala e colocar próximo ao dente; menor valor, pois o ideal é escolher primeiro o valor
*Quando organizado por valor, o A1 e B1 se encontram próximos um do outro; depois o matiz e o croma.

• Destaque sempre o dente da escala em função do matiz e faça a comparação de cervical para cervical e incisal
para incisal;
*Lembrar de comparar com a região a ser restaurada, por exemplo na cervical do dente vizinho. Nunca colocar a cervical da escala com a incisal
do dente, eles devem ficar na mesma posição;

• Na seleção do croma, entre A3 e A3,5, fique sempre com croma menor, pois poderá ser modificado por
característica extrínseca;
*Na dúvida fique sempre com o menor croma;

• Determinação do valor recomenda ambientes com baixa luminosidade - semicerrar os olhos para determinar o
valor.
*Pegar a escala inteira, semicerrar os olhos, passando a escala inteira perto do dente do paciente, escolhendo o valor primeiro (se é mais ou menos
branco) e depois selecionar matiz e croma;

DICAS -Escala vita:

• Escala de valor - determinação mais precisa da cor;


• O olho humano é mais sensível à variações de valor do que a variações sutis de matiz*;
Na maioria dos casos, se você acertar valor e croma, a restauração será clinicamente aceitável, mesmo que o matiz não
esteja correto.
*Logo, se era B e coloquei a resina cor A, o olho é muito mais sensível ao valor do que o matiz, então é difícil de repararem;

Escalas:
Escala vita 3D master
Essa é uma escala de cor mais moderna que está organizada em valor, ou seja, as resinas estão posicionadas em fileiras
1, 2, 3, 4 e 5, de acordo com o valor que apresentam.
Logo, a primeira coisa a ser escolhida nessa escala é o valor*, depois
o croma (intensidade-1,2,3) é escolhido e por último se é mais
avermelhado ou amarelado (matiz).
*É aonde é mais perigoso errar, deixando por último o que pode ser mais errado que
é o matiz;

É uma escala mais cara que possui outras marcações.


1- Escolher o valor, entre 1,2,3,4 e 5. 2- Escolher o croma (intensidade). 2- Escolher o matiz (mais avermelhado ou
amarelado).

• Todas as amostras de um mesmo grau de claridade (1-5) possuem o mesmo


valor de claridade*;
*Todo grupo 1 apresenta o mesmo valor, bem como os demais;

• As diferenças existentes em um grau de claridade devem-se exclusivamente


à intensidade da cor e à tonalidade, as quais se definirão nos passos 2 e 3.

DISPOSITIVOS PARA SELEÇÃO DE COR: Nessa imagem temos posicionados o valor 1,2
e 3. Qual seria o valor correto para ser
Escalas próprias de cada resina: utilizado nessa restauração? O valor 1.

3M:

Essa escala da 3M fornece várias combinações, por exemplo, se for fazer


uma restauração com uma cor só, na escala é A2B (single-seta
vermelha), B de body, ou seja, translucidez média. Já se for usar duas,
seria A3D (dentina) e A2E (esmalte). No caso de várias, utilizar uma
para dentina, A3D, outra de corpo A2B, outra para esmalte A1E e uma
para incisal C*.

* A própria resina indica que ao utilizar a A2 para várias resinas, quais devem ser usadas para cada região na restauração, mas isso só serve para
essa marca;
1 2

Vit-L-escence:
Essa já é diferente, primeiro a cor da dentina é selecionada, onde o matiz só tem opção
A ou B e a região ideal para escolher (cervical). Depois escolher a dentina pelo croma
(1,2,3,4) no terço médio.

A resina de esmalte para incisal, efeito ou translúcida tem várias cores, e não segue
escala vitta (esmalte frost, smoke, âmbar)*.Portanto, para escolher deve se colocar um
incremento polimerizado em cima do dente.

*Não segue a escala vita pois não é A,B,C ou D;

Amelogen Plus:

É mais simples a escolha pela escala.

As cores de dentina vão de cor A até a C, já o esmalte não possui cor, nessa escala, só é
possível escolher se o esmalte será mais branco, mais neutro ou mais cinza.

Nessa escala então deve-se escolher a espessura de esmalte e a translucidez que se deseja.

*A cor deve ser observada na resina de dentina;


Charisma Diamond (Kulzer):

Nessa marca o esmalte segue a escala vita (A1,A2.....) mas a dentina não é vita.

A cor é escolhida do esmalte (Cromático), a dentina apenas a opacidade (White, médio, dark
ou bleach).

• Esmalte: A1, A2, A3, A3,5, A4, B1, B2, B3, C2, C3, D3;
• Dentina: OL, OM, OD, OB (bleach);
• Dentes clareados e odontopediatria: BL e BLX;
• Incisal: CL (clear), AM (ambar), CO (clear opal) e YO (yellow opal).

SELEÇÃO DE COR:
Independente da cor de resina, a escala fornece uma ideia do que é necessário, mas é importante
e necessário que a resina seja polimerizada nas diferentes regiões do dente.
*Se a resina é para esmalte, polimeriza-se ela na incisal, porém a prof aconselhou ultrapassar o limite do dente para
que seja possível ver o quanto ela é translúcida;

Essa imagem mostra os diferentes tipos de resina polimerizados no local onde devem ser
inseridos posteriormente para checar se a sugestão da escala se encontra correta.

SEQUENCIA RESTAURADORA:
Cada terço do dente é restaurado com uma resina de acordo com seu matiz, croma, valor, opacidade, translucidez,
resistência e características de polimento necessária para cada área:
Terço Cervical:

• Resiliência, maior opacidade e croma, bom polimento;


No terço cervical é importante uma resina que possua boa resiliência para absorver e não fraturar, além disso é necessário
apresentar mais opacidade e croma (uma vez que a dentina predomina nessa região), além do bom polimento.
Terço médio:

• Resistência, um pouco mais translúcida (comparado ao terço cervical);


Pode ser uma resina de corpo, com variados graus de opacidade, além de ser necessário resina de esmalte.

• A forma da dentina artificial necessita ser a mais similar possível a do dente natural do paciente*;
*Observar a cor da dentina do paciente;

*Quando a dentina estiver muito escurecida/pigmentada, o ideal é escolher uma resina de dentina mais opaca, como nos casos de dentina
esclerosada para esconder ela;

*Ao remover amálgama a dentina embaixo pode estar cinza, nesse caso, também opta-se pela resina de dentina mais opaca;

• Resina para esmalte - recobrir dentina e arestas marginais;


Terço incisal:
É o maior desafio, pois depende muito da percepção do dentista à respeito dos matizes, croma, valores, anatomia, quanto
de transparência que ele apresenta .

• Percepção de múltiplos matizes, cromas e valores;


• Detalhes anatômicos (mamelos, halo opaco, manchas e etc);
• Quantidade de transparência que o dente apresenta;
Resina composta: alta resistência à fratura, translucidez (ao redor dos mamelos), halo opaco (dentina), manchas e
detalhes em outras tonalidades (azul), excelente polimento*.
*Como é a região incisal, a resina precisa ser resistente;

*O maior desafio são dentes jovens na região incisal;

TÉCNICAS RESTAURADORAS:
São técnicas restauradoras que podem ser cromáticas ou acromática que
utilizam sistema VITA ou NÃO-VITA.
*Vita: A,B,C,D e etc;

*Não-vita: translucidez e opacidade;

*Prof não vai entrar em detalhes;

Abordagem cromática:

• Resinas Vita;
1- Selecione a dentina artificial (croma 1 tom acima da cor final desejada);
2- Esmalte externo - ligeiramente mais translúcido;

• trabalhar com espessura nas diferentes regiões


3- Efeitos - borda incisal (translucidez, halo opaco, manchas).
Cor da restauração: combinação da resina de dentina abaixo e da cor do
esmalte que a recobre. Esse é um exemplo de como se chega na mesma
restauração com técnica Vita e não-vita, esse sistema
Abordagem acromática: fornece várias possibilidades: dentina, camada de
esmalte, outra resina de esmalte cromática (A2),
Todas as resinas são, por exemplo, perfrost, transfrost, perolado, smoke e etc; resina de efeito e azul para incisal, bem como resina
acormática esmalte médio, esmalte trans frost.
*Não seguem padrão A,B,C,D e etc;

*Prof comentou que não irá cobrar isso, ela apenas quer que a gente saiba diferenciar a escala vita da não-vita;

COMUNICAÇÃO CD X PROTÉTICO:
Sempre em casos estéticos, fotografar o paciente, normal e enviar uma foto com filtro preto e branco.
Fotografias:

• Com dentes da escala;


• Substrato;
Realizar o desenho esquemático das cores, indicando onde é mamelo, incisal e halo opaco.
Características do paciente:

• Detalhes extrínsecos do elemento dental;


• Idade, sexo, tipo físico;
*Alguns dentistas solicitam que o paciente vá ao protético realizar a escolha da cor, então ele realiza o preparo e o envia o paciente ao protético,
mas na maioria dos casos isso é meio inviável e não é possível confirmar 100% na escolha do protético;

Exemplo:

Enviar ao protético, além do modelo, foto da escala, mostrando também o que será escondido abaixo, nesse caso, um pino metálico.
O protético faz a prótese o mais próximo possível da realidade, conferindo naturalidade para o paciente.
Na foto da escala precisa aparecer a numeração da escala, pois se não estiver indicando qual a correta, não adianta
enviar foto ao protético.

Para escolher a cor da incisal do paciente, a escala pode ser posicionada virada “de cabeça para baixo” para que a incisal do dente
fique próxima à da escala afim de escolher a melhor opção. NÃO esquecer da referência da cor que deve aparecer na foto.

DISPOSITIVOS PARA SELEÇÃO DE COR:

• Espectrofotômetros e colorímetros;
Easy Shade:
Permite tomadas de cor em quaisquer condições de
luminosidade, até no escuro total. Easy Shade: coloca-se o dispositivo na ponta do dente do paciente,
em pouco tempo ele fornece a cor tanto em escala vita quanto na
*O Easy Shade é mais usado em pesquisas, pois é um equipamento muito escala não-vita.Além disso, ele marca as extensões da cor, por
caro, mas ele é muito bom pois não é subjetivo; exemplo, quanto de vermelho, verde, azul e etc;
*Por exemplo, a professora escolher pode ser subjetivo, enquanto que o dispositivo não é;

Scanners Intra-orais:

• Omnicam (Sirona);

O scanner atualmente vem acompanhado de um guia ou QR code para que o


dispositivo entenda as cores que serão captadas do dente e esse scanner irá
marcar as cores captadas e ideias para o dente.

O scanneamento da cavidade oral é enviado e juntamente com ele, a cor já é


enviada também, eliminando o aspecto subjetivo da escolha da cor.

Esse scanner ainda não e acessível a todos os públicos, entretanto, no futuro


será, por isso é importante conhecer.
6- Tratamentos Conservadores da Polpa

Requisitos de uma restauração


 Manter e proteger o remanescente dental;
 Reforço mecânico;
 Manutenção da vitalidade do complexo dentino-pulpar;
 Devolver forma, estética e função;
 Dentes tratados endodônticamente são mais frágeis.

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR


 Aplicação de materiais para evitar injúria da polpa, ocasionada pelos procedimentos operatórios e materiais
restauradores;
 Depende:
- Profundidade da lesão;
- Quantidade e qualidade da dentina remanescente (qual a dentina em que será feita a adesão);
- Evolução da lesão;
- Idade do paciente (pacientes mais jovens tem melhor resposta biológica);
- Condição pulpar (polpa não pode estar inflamada além do limite reversível);
- Material restaurador.

Análise estrutural da dentina com relação à profundidade  mais próxima da polpa, maior o
calibre dos túbulos dentinários.

CAVIDADES
Profundidade:

 Cavidade Superficial: Aquém, ao nível ou ultrapassando ligeiramente a junção


amelodentinária;
 Cavidade Rasa: Lesões incipientes, cuja parede fique localizada entre 0,5/1,0
mm da junção amelodentinária;
 Cavidade Média: Corresponde à metade da espessura de dentina remanescente Cavidade muito profunda, mas
(1-2 mm) da junção amelodentinária; ainda possui cárie no local
 Cavidade Profunda: Ultrapassam a metade da espessura da dentina, cercade 0,5 mm de dentina
remanescente
 Cavidade muito profunda: Cerca de 0,5mm da polpa ou menos;
 Visualmente é muito difícil mensurar a profundidade da cavidade, assim esta divisão é mais didática do que
clínica;
 Dependendo da anatomia da câmara pulpar pode-se alterar a profundidade da
cavidade (Ex: corno pulpar mais alto);
 Micro exposição da polpa – cavidade profunda;
 Pode-se ter diferentes profundidades na mesma cavidade.
Ainda, deve-se avaliar a qualidade da dentina remanescente, em relação à presença de
dentina reacional;

Dentina Reacional.
Idade do paciente:

 Jovens polpa ampla;


 Idosos  dentina secundária e reacional;

Câmara pulpar em paciente jovem


CONDIÇÃO PULPAR e paciente com mais idade,
respectivamente.
Dor dentinária Dor pulpar

 Provocada  Espontânea
 Condição Reversível  Condição Irreversível

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR

Proteção pulpar indireta

 Cavidades rasas;
 Cavidades médias;
Sem exposição pulpar.
 Cavidades profundas;
 Tratamento expectante.
Proteção pulpar direta

 Capeamento pulpar;
Com exposição pulpar.
 Curetagem pulpar.
TRATAMENTO EXPECTANTE

 Indirect pulp treatment (IPT)  Tratamento indireto da polpa;


 Cavidades muito profundas ainda com tecido cariado;
 Estimula a formação de dentina reparadora.
Objetivos

 Anular agressões provenientes da lesão cariosa;


 Interromper o circuito metabólico das bactérias;
 Bloquear infiltração marginal;
 Inativar por ação bacteriostática ou bactericida;
 Remineralizar dentina descalcificada;
 Hipermineralizar dentina sadia;
 Estimular formação dentina reparadora;
 Dá tempo para o dente recuperar a dentina que estava ainda afetada e ficou ali, pois não limpa-se o dente todo
devido ao risco e exposição pulpar.
* A cárie deve ser retirada primeiramente das paredes circundantes, e após isso desce em direção da parede pulpar ou axial (mais próximas
à polpa).

Indicações

 Lesões profundas de rápida evolução;


 Ausência de dor espontânea;
 Pacientes jovens;
 Lesões com risco de exposição pulpar.
Condições pulpares

 Dor  Provocada por estímulos térmicos ou mastigação;


 Reduz com Analgésicos;
 Pulpite Reversível;
 Remoção da cárie e selamento da cavidade, e com isso dá-se um tempo esperando a recuperação da saúde
pulpar;
Técnica

 1- Remoção do tecido cariado com curetas (sem anestesia)*  Hoje anestesia-se e remove com broca CA nas
paredes circundantes e com colher de dentina na parede pulpar;
 2 - Deixar uma fina camada de dentina cariada sem expor a polpa;
 3 – Limpeza cavitária;
 4 - Colocação de hidróxido de cálcio (PA + Cimento de hidróxido de cálcio);
 5- Restauração provisória**;
 6- Aguardar de 45 a 60 dias;
 7- Avaliação e restauração final.
* Técnica de restauração atraumática: remover com colher de dentina até o paciente relatar dor, com isso para a remoção e fecha o dente
 técnica usada atualmente quando se faz adeqeuação do meio bucal e populações como na amazônia, por exemplo;

** Pode ser feita restauração definitiva dependendo do que ficou na cavidade, se não é necessário reabrir o dente.

Deve ser feito o acompanhamento do paciente independente se a restauração feita foi próvisória ou permanente,
checando se houve ou não sensibilidade e/ou dor.
Limpeza cavitária

 Digluconato de Clorexidina 2% em esfera de Algodão;


 15s fricção;
 45s passivo.
Proteção pulpar

 Forramento com Cimento de Hidróxido de Cálcio;


 Base com cimento de Ionômero de Vidro;
 Restauração definitiva.
Período de espera

 45 a 60 dias;
 Recuperação da polpa;
 Paciente sem sintomatologia dolorosa;
 Verificar remineralização de dentina descalcificada;
 Remover restante dentina cariada;
 REABERTURA???  hoje na literatura indica-se que muitas vezes não é necessária abertura, dependendo
assim do tecido que foi deixado na cavidade;
 Estudos avaliam a característica histológica de 1ou 2 visitas para o tratamento pulpar (restauração definitiva e
acompanhamento ou restauração provisória e substituição posterior por restauração definitiva)  concluiu-se
que durante uma única visita o sucesso clínico e histólógico foi semelhante ao visto em duas visitas. Tal
estudo uso MTA (que é um material semelhante ao hidróxido de cálcio, que estimula também a formação de
dentina reparadora, possui resposta biológica mais rápida porém é mais caro).
Tratamento expectante: passo a passo.

Remoção total ou parcial do tecido cariado?

 Dentística minimamente invasiva;


 Remoção somente de tecido infectado;
 Sucesso clínico após remoção parcial do tecido cariado.
PROTEÇÃO PULPAR DIRETA
Consiste em aplicar um agente protetor em tecido pulpar exposto, a fim de promover o reestabelecimento da polpa e
protegê-la de irritação adicional, mantendo a sua vitalidade e estimulando o desenvolvimento de nova dentina.

 Polpa deve estar em estágio reversível de inflamação e contaminação;


 Espera-se com isso formar um tecido mineralizado  não é dentina em si;

Estágios da remineralização dentária.

Sucesso da proteção pulpar direta

 Vedar a exposição e manter a vitalidade pulpar;


 Reparo biológico = tecido mineralizado;
 Idade do paciente;
 Tamanho da exposição;
 Agente capeador (protetor);
 Vedamento do dente;
 Campo operatório.
A exposição pulpar comumente é feita de duas
formas:

 Exposição pulpar mecânica: Durante


a instrumentação do preparo;
Exposição pulpar mecânica e traumática, respectivamente.
 Exposição Pulpar Traumática: Fraturas.
OBS: Importância do isolamento absoluto.

Tratamentos Conservadores

 Importância Fisiológica: Dentes com rizogênese incompleta, canais atrésicos ou demasiadamente curvos, e
com deltas apicais
 Importância Sócio-Econômica: Proteção pulpar direta realizada pelo CLÍNICO GERAL minimizando a
quantidade de extrações dentárias e tratamentos endodônticos – muito mais onerosos para o paciente;
Tipos de proteção pulpar direta

 Capeamento pulpar direto; + Conservador


 Curetagem pulpar;
 Pulpotomia;
- Conservador

Capeamento Pulpar Direto

 Colocação de um revestimento biológico (agente protetor) sobre a porção desnuda da polpa exposta
mecanicamente ou por trauma;
 Exposições pequenas e recentes (menores que 1,0 mm);
Prognóstico depende:

 Tamanho da exposição;
 Contaminação;
 Idade;
 Degradação do coágulo.
Contra-indicações:

 Dor espontânea e contínua;


 Evidência radiográfica de qualquer tipo de lesão;
 Exsudato purulento;
 Característica do sangramento  deve ser vermelho vivo;
 Consistência do tecido pulpar.
Técnica:
1. Remoção de tecido cariado completa  “exposição pulpar acidental!!”;
2. Lavagem (água destilada ou soro fisiológico) para controlar a hemorragia;
- Não usar solução de hidróxido de cálcio para lavar, pois ela é hemostática  deve ser lavar com soro pois é
necessário observar o grau de inflamação da polpa  se sangrar demais significa que está muito inflamada, o que
não é possível observar usando a solução de hidróxido de cálcio, pois usando um agente hemostático não se sabe
ao certo a resposta do organismo;
3. Secagem da cavidade com algodão estéril;
4. Acomodação do Hidróxido de Cálcio (pó) ou pasta;
5. Aplicação de cimento de Hidróxido de Cálcio;
6. Colocação de base de Ionômero de vidro;
7. Restauração;
8. Proservação (acompanhar o paciente e solicitar radiografia).
 Pode ser feito na presença de cárie? Não
 Depende da condição do tecido pulpar? Sempre;

Curetagem Pulpar

 Remoção parcial (superficial) da polpa coronária exposta e contaminada e colocação de um revestimento


biológico sobre a porção desnuda da polpa remanescente não-inflamada;
 Exposições Pulpares médias e recentes;
 Lesão de Cárie / Preparo Cavitário;
 Feitas principalmente em situações de traumas  devido ao tempo de demora até a chegada ao consultório.
Prognóstico:

 Tamanho da exposição;
 Contaminação;
 Idade;
 Degradação do coágulo.
Contraindicações:

 Dor espontânea e contínua;


 Evidência radiográfica de lesão periapical;
 Exsudato purulento;
 Característica do sangramento;
 Após a curetagem;
 Consistência do tecido pulpar.
Técnica:
1. Remoção de tecido cariado  “exposição acidental e pouco tecido contaminado”;
2. Lavagem (soro ou água destilada);
3. Corte de parte do tecido pulpar com curetas ou ponta diamantada;
4. Lavagem para controlar a hemorragia;
5. Secagem da cavidade com algodão estéril;
6. Acomodação do hidróxido de cálcio (pó);
7. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio;
8. Colocação de base de cimento de ionômero de vidro;
9. Restauração;
10. Proservação.
Diferença entre capeamento direto e curetagem: na curetagem remove-se uma porção da polpa em casos de dúvida
se há ou não contaminação no tecido pulpar.

Pulpotomia

 Remoção total da polpa coronária (deixando a polpa dentro do canal) e colocação de um revestimento
biológico sobre sua porção desnuda;
 Considera-se que a polpa coronária está infectada;
 Exposição acidental em dentes com raízes incompletas;
 Exposição acidental com presença de tecido cariado;
 Fraturas coronárias;
 É um procedimento mais comum em pacientes pediátricos;
Prognóstico:

 Tamanho da exposição;
 Contaminação;
 Idade;
 Degradação do coágulo.
Técnica:
1. Remoção de tecido cariado  “exposição pulpar presença de tecido
cariado”;
2. Remoção do teto da câmara pulpar;
3. Remoção da polpa coronária com broca esférica diamantada ou cureta;
4. Lavagem (soro ou água destilada) para controlar a hemorragia;
5. Secagem da cavidade com algodão estéril;
6. Acomodação do hidróxido de cálcio (pó);
7. Aplicação de cimento de hidróxido de cálcio;
8. Colocação de base de cimento de ionômero de vidro;
9. Restauração;
10. Proservação.
Restauração – Permanente ou provisória?

 Necessidade de vedamento marginal;


 Presença de esmalte cervical;
 Proteção do agente capeador.
Sucesso do Tratamento

 Reavaliação em 40 a 60 DIAS;
 Anamnese;
 Testes de vitalidade;
 Exame radiográfico: Periapical e/ou Interproximal;
 Constatação clínica (inspeção);
Porque a proteção pulpar direta está melhor indicada para os pacientes jovens???

 Porque os tecidos pulpares envelhecidos possuem:


- ↑ Fibrose;
- ↓ Capacidade de reação;
- ↑ Depósito de cálculos pulpares que reduzem o volume do tecido pulpar;
Materiais utilizados na proteção pulpar direta

 Produtos a base de hidróxido de cálcio;


 Hibridização;
 Biomateriais;
 MTA;
A questão na escolha dos materiais é a inovação X custo-benefício, por isso o hidróxido de cálcio ainda é o mais
usado.
Base e restauração:

 Cimento de ionômero de vidro;


 Cimento de óxido de zinco e eugenol.

Críticas aos tratamentos conservadores

 Dificuldade para realizar o tratamento endodôntico;


 Reabsorção interna;
 Necrose pulpar;
 Pacientes adultos x terapia conservadora;
 Baixo índice de sucesso  o que não se aplica a casos onde
a indicação e a técnica utilizada estiverem corretas.
7 – Dentes anteriores fraturados e Restaurações classe IV
INTRODUÇÃO
Por mais que muitas vezes os casos de classe IV/fratura sejam extensos, há espaço para fazer bisel (aumentar a
retenção) e pode ser resolvido com restauração direta em resina composta. Porém, se as guias e oclusão não
estiverem bem ajustadas, não tem adesivo que funcione. Ou seja, se o profissional fizer uma restauração classe IV e
ela soltar (mesmo tendo certeza de que foi feito o condicionamento e aplicação de adesivo corretamente),
provavelmente é por conta da oclusão.
*Como a maior parte dos casos de fratura acaba virando uma restauração classe IV, serão vistos os dois temas nessa aula.

ETIOLOGIA – CLASSE IV ORIGEM DOS TRAUMATISMOS (MULTIFATORIAL)


 Cárie;  Quedas na infância;
 Fratura;  Acidentes automobilísticos;
 Desgaste dental;  Acidentes de bicicleta;
 Defeitos estruturais (erros na formação do dente),  Esportes;
como:  Colisões e quedas;
 Hipoplasia de esmalte  Agressão física à criança (dentista deve estar atento para
 Dentinogênese Imperfeita marcas de agressão – caso seja confirmado, denunciar);
 Amelogênese Imperfeita  Casos de epilepsia;
 Fluorose  Traumas relacionados a drogas.

Nessa imagem nota-se lesões cervicais, lesões a


nível de terço médio e desgaste de borda incisal
(classe IV), provavelmente devido à atrição Paciente que fraturou o dente após briga
(LCNC). com um familiar.

ACOMPANHAMENTO AO LONGO DO TEMPO/PROSERVAÇÃO


Os casos de trauma podem ser desde uma fratura muito pequena até casos maiores. Mas deve-se
estar atento para o fato de que mesmo aparentemente não ter acometido a polpa, ela pode vir a ter
problemas depois de um tempo. Portanto, ao receber um paciente que sofreu trauma dentário, além
de recuperar estética e função, ele precisa ser acompanhado ao longo do tempo (fazer
vigilância/proservação). Essa vigilância envolve fazer testes de sensibilidade, radiografias e
consultas espaçadas (1 mês, 3 meses, 6 meses, 1 ano), pois pode haver sequelas do trauma.

Entre essas sequelas estão: o escurecimento dental, necrose pulpar, calcificação da polpa
(fechamento do canal), e reabsorção interna ou externa da raiz (que é a principal sequela, podendo
comprometer o dente e levar a uma perda dentária). Essa reabsorção ocorre devido ao impacto do
dente nos tecidos de suporte, gerando reação inflamatória, pois o organismo entende que o
elemento dental é um organismo estranho.
*É preciso levar em consideração que muitas vezes essa reabsorção só fica grave anos depois e o paciente que tinha, por exemplo 10 anos, já vai
estar com 18.

*Há associação de fraturas coronárias e luxação (o dente se movimentou – gerando consequências no osso). Isso tudo pode levar à necrose
pulpar.

EPIDEMIOLOGIA DOS TRAUMATISMOS


 Sexo masculino mais atingido;
 Ocorre mais em pacientes jovens;
 Pico de incidência: 2 a 4 anos (crianças começam a caminhar e bater a boca) e 8 a 10 anos (devido aos
esportes,bicicleta, skate). *Cuidar em camas elásticas sem proteção (dente pode bater e intruir ou fraturar).

CLASSIFICAÇÃO DOS TRAUMAS/FRATURAS


As fraturas podem ser classificadas em (1) fratura de esmalte e (2) fratura de esmalte/dentina.
As fraturas de esmalte e dentina podem ser oblíquas, longitudinais ou transversais. Ainda, são subdivididas em:
A) Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço B) Com exposição pulpar e sem invasão do espaço
biológico biológico
*Fratura não envolve polpa, e não vai para dentro do sulco *Fratura envolve polpa, mas não vai para dentro do sulco gengival.
gengival (não envolve o espaço biológico).

C) Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico Classificação de acordo com a
*Não envolve polpa, mas vai para dentro do sulco gengival (é uma fratura bem na vertical). invasão do espaço biológico:
1. Coronal a margem óssea (acima da
D) Com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico crista óssea);
*Envolve a polpa e vai para dentro do sulco gengival. 2. Ao nível da margem óssea/crista
óssea;
Se essa fratura invadiu o espaço biológico é questão de tempo para se formar uma bolsa
3. Apical a margem óssea.
periodontal (porque ocorre contaminação). E quando contamina, não tem adesivo nenhum
que funcione. Por isso que é importante ter as bordas cervicais bem expostas no preparo.
Dependendo do nível da fratura (margem) ainda
é possível fazer um aumento de coroa clínica
sem causar prejuízo estético nos dentes
anteriores. Em outros casos, pode ser necessária
uma extrusão ortodôntica.

PLANO DE TRATAMENTO PARA CASOS DE FRATURA


Deve ser feita uma análise ampla (tanto da polpa quanto dos tecidos ao redor). Além disso, outras características a se
considerar são:
 Tipo de fratura;
 Fragmento dental: a primeira pergunta a se fazer é se o paciente trouxe o fragmento, e se não trouxe deve
ir buscar/tentar achar. Ao observá-lo deve-se analisar a disponibilidade e viabilidade do seu
aproveitamento, já que é muito melhor fazer uma colagem de fragmento do que restauração de resina
composta, principalmente para pacientes jovens e crianças.
 Idade do paciente;
 Grau de envolvimento da raiz: desde que o dente aparece na boca até a completa formação e fechamento
do ápice leva em torno de 3 anos. Ou seja, os incisivos superiores (que são os que mais fraturam)
erupcionam em torno de 7-9 anos, mas continuam formando a raiz depois desse tempo (e quem forma ela
é a polpa), por isso é fundamental evitar os trauma para manter sua vitalidade;
*Ao invés de fazer endodontia total deve ser dado preferência aos procedimentos parciais (como pulpotomia e outros).
 Remanescente dental: observar a qualidade e quantidade para analisar se será possível fazer restauração
direta;
 Oclusão do paciente (analisar antes do procedimento);
 Tempo e recursos por parte do paciente: antes em casos de fratura costumava-se restaurar na hora,
porém, hoje acaba sendo uma melhor opção acalmar o paciente e os pais, moldar, encerar o caso (de um
dia para o outro ou da manhã para a tarde) e em seguida fazer um procedimento restaurador mais
previsível;
 Exigência estética do paciente: não adianta fazer uma restauração de forma imediata que não agrade o
paciente ou a mãe (no caso de ser uma criança);
 Fator emocional: estado psicológico do paciente e ansiedade dos pais (deve ser passado segurança a
eles);
 Quadro pulpar e/ou periodontal indefinido: se for indefinido é preciso se certificar para só depois dar
continuidade.
*Esses são alguns fatores que podem dificultar o tratamento restaurador imediato.

O plano de tratamento é de acordo com o tipo de fratura:

1. Fratura de esmalte:
Raramente prejudicam a função ou a estética. Assim, as opções de tratamento são:
 Controle;
 Restauração adesiva direta com resina composta;
 Colagem de fragmento (mas por vezes é um fragmento tão pequeno que não é possível nem segurar
para colar).

2. Fratura de esmalte/dentina sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico:


Há pacientes que tem essa situação e que não fazem nada (por falta de recurso talvez). Além disso, pode
incomodar no início, mas conforme vai criando dentina reacional para de incomodar, e o paciente vai
deixando. O ideal para esses casos é:
 Manutenção e controle clínico/radiográfico;
 Restauração adesiva.

3. Fratura de esmalte/dentina com exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico:


Nesses casos procura-se analisar a polpa e se há condições de se fazer o tratamento conservador
como preferência, para manter a raiz vital (principalmente em pacientes jovens). Além disso,
nessa situação não há contaminação por cárie, então mesmo em pacientes adultos há chance de se
fazer capeamento pulpar direto, pulpotomia ou curetagem. Assim, as opções de tratamento são:
 Restauração adesiva;
 Tratamento conservador da polpa (capeamento pulpar direto, pulpotomia e curetagem);
 Tratamento radical.

4. Fratura de esmalte/dentina sem/com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico:


Abordagem interdisciplinar. Para a maioria dos casos, a resolução efetiva inclui:
 Tratamento endodôntico radical;
 Procedimentos cirúrgicos periodontais.

TRATAMENTO CONSERVADOR DA POLPA


 Capeamento pulpar
 Curetagem pulpar
 Pulpotomia

Fatores a serem considerados ao optar ou não por tratamento conservador:


 Dor: ausência de dor espontânea contínua;
 Sangramento: deve ser vermelho-vivo;
 Retenção: sem a necessidade de utilizar o canal radicular como forma de retenção da porção coronária (se
tiver que colocar pino no canal é necessário tratar endodonticamente);
 Idade do paciente: maior índice de sucesso em pacientes jovens;
 Tempo da exposição pulpar: quanto mais recente for a exposição pulpar, melhor prognóstico e chance de
sucesso;
 Tamanho da exposição: não é fator determinante para a escolha do tipo de tratamento (ou seja, o tamanho da
exposição não deve assustar o profissional).

Há duas exposições com diferença de cor entre elas. No primeiro dente o sangramento é vermelho
escuro e no segundo é um vermelho mais vivo. Além disso, nota-se que o primeiro dente intruiu e não
se observa toda a margem cervical de esmalte, já no segundo é possível visualizar. Nesse caso, teria
que tentar expor a margem com o isolamento (se possível) ou fazer aumento de coroa clínica para
expor. Em alguns casos pode até ser feito uma cirurgia exploratória para afastar a gengiva e ver
aonde termina a fratura, para então poder planejar o caso.

*A restauração deve estar bem adaptada na parede cervical.

Exposição pulpar em pacientes jovens


Nos casos de pacientes jovens com exposição pulpar, procura-se manter a vitalidade pulpar para que haja a formação
completa da raiz e principalmente, o fechamento do ápice.

Tratamento conservador e tratamento multidisciplinar


Na grande maioria dos casos de tratamento conservador da polpa acaba se fazendo limpeza e
desinfecção da porção da polpa exposta e contaminada, seguido de um revestimento por um material
biológico compatível (como hidróxido de cálcio) para tentar manter a vitalidade. Porém, há casos em
que se faz necessário uma abordagem multidisciplinar (endodontia, procedimento cirúrgico, e às vezes até exodontinia
e implante).
*Ao extrair um central é preciso manter as cristas ósseas mesiais e distais para que depois possa colocar implante .

EXAME CLÍNICO - AVALIAR A ÁREA INJURIADA


 Inspeção, palpação, percussão;
 Testes de vitalidade (atentar-se para resultado falso-negativo ou falso-positivo);
 Análise clínica e radiográfica do remanescente analisando os seguintes aspectos:
 Invasão ou não do espaço biológico;
 Presença de fratura radicular (com fratura na raiz é uma questão de tempo para ter doença periodontal,
pois contamina);
 Presença ou não de exposição pulpar;
 Quantidade de dentina exposta (já analisando se precisa ou não de capeamento);
 Estado pulpar;
 Condições do tratamento endodôntico (se já tem endodontia, analisar como ela está);
 Análise do fragmento (grau de desidratação e adaptação). Se o fragmento está de uma cor diferente,
não deve ser feita a colagem, pois não irá retomar a cor. Por isso deve ser feita a colagem com o
fragmento hidratado. *Deve-se dar tempo para o fragmento hidratar antes de colar.

POSSIBILIDADES DE ABORDAGEM /TRATAMENTO


 Exodontia do remanescente dental;
 Manutenção e o controle vigilante do dente sem restauração;
 Restauração, utilizando ou não o fragmento do dente fraturado.

COLAGEM DE FRAGMENTO

Técnica de eleição em fraturas de dentes anteriores quando o paciente apresenta-se com o fragmento.

CLASSIFICAÇÃO
 Colagem autógena  Dentes vitais  Colagem mediata
 Colagem homógena  Dentes não-vitais  Colagem imediata

*Profª não comentou sobre isso, mas estava no slide.

VANTAGENS DA COLAGEM CONSIDERAÇÕES


 Efeito psicológico positivo sobre o paciente;  Adaptação do fragmento em
 Tratamento conservador; relação ao remanescente dental;
 Estética;  Condição do fragmento;
 Manutenção da função;  Tamanho do fragmento;
 Técnica simples e segura.  Cor do fragmento;
 Extensão da fratura;
DESVANTAGENS E LIMITAÇÕES  Idade do paciente
 Há diferença de cor se o fragmento não estiver hidratado no  Condição pulpar ou do tratamento
momento da colagem; endodôntico;
 Possibilidade de mal posicionamento do fragmento;  Expectativa estética por parte do
 Deslocamento do fragmento quando não há um isolamento paciente;
adequado;  Oclusão.
 Linha de fratura evidente (não adaptação do fragmento).

CASO CLÍNICO DE COLAGEM DE FRAGEMENTO DENTÁRIO – PASSOS


Esse é o caso de uma fratura extensa em paciente de 9 anos:
Passos:
1. Armazenar o fragmento dental em água.
2. Profilaxia dos dentes.
3. Seleção de cor da resina composta.
4. Isolamento absoluto do campo operatório.
5. Não realizar bisel nesta fase quando se faz colagem (ao fazer bisel, perde-se o encaixe).
6. Remoção de toda dentina do fragmento. *Não é feito em todos os casos.
 Serve para evitar o escurecimento da dentina remanescente.
 Dar espaço para o material forrador (quando não há espaço para encaixar).
7. Proteção pulpar
 Cimento de hidróxido de cálcio
 Cimento de ionômero de vídeo
8. Obtenção da guia em godiva
 Antes disso é colado um pouco de resina (sem adesivo) para deixar o fragmento na posição correta.
 Em seguida, é utilizado um bastão de godiva aquecido para o correto posicionamento no momento da
colagem.
 Tira-se a resina, e ao tirar a godiva o fragmento sai junto (formando uma guia para colagem).
9. Condicionamento ácido do fragmento e do remanescente.
10. Lavagem (20 segundos) e remoção do excesso de umidade (papel absorvente).
11. Aplicação do sistema adesivo no fragmento e no remanescente, seguida de polimerização.
12. Aplicação de resina híbrida no local da dentina retirada. *No meio foi colocado uma resina de dentina para não deixar a luz
passar.
13. Posicionamento da guia em godiva: ao apertar, ocorre extravasamento de material (excessos), que são removidos
com lâmina de bisturi.
14. Fotopolimerização do conjunto. *Ao retirar a godiva depois da fotopolimerização, o fragmento se mantém no local.
15. Remoção do isolamento absoluto e checagem da oclusão.
16. Retorno do paciente entre 1 e 30 dias, para realização do acabamento e polimento.
17. Recomendações ao paciente.
18. Se houver necessidade, fazer pequeno preparo com broca esférica na linha de fratura para melhorar a estética.

Armazenamento em água Profilaxia Seleção de cor Remoção de dentina do fragmento


Isolamento

Proteção pulpar Obtenção da guia em godiva Retirada do fragmento + Condicionamento ácido do fragmento e do
godiva remanescente dental

Aplicação do adesivo no fragmento e remanescente Colagem e remoção da guia em godiva

Melhora da linha de fratura Aspecto do sorriso após a colagem


RESTAURAÇÃO DIRETA COM RESINA COMPOSTA (CLASSE IV)

VANTAGENS DA RESINA COMPOSTA


 Mínimo ou nenhum preparo da estrutura dentária;
 Baixo investimento financeiro;
 Boa estética final, desde que saiba lidar com resina e as cores disponíveis.

PROTOCOLO CLÍNICO – CLASSE IV


 Profilaxia
 Análise estética
 Escolha da técnica restauradora
 Escolha da cor – seleção das resinas
 Análise da oclusão
 Condição periodontal e pulpar
Alguns desses passos serão vistos com mais
 Isolamento detalhes.
 Preparo do dente – biselamento
 Limpeza e proteção pulpar
 Sistema adesivo
 Resinas compostas escolhidas
 Acabamento e polimento

ANÁLISE ESTÉTICA
Na análise estética existem alguns conceitos, como macroestética (que são aspectos relacionados à face,
periodonto/gengiva e aos dentes em grupo) e microestética (aspectos relacionados aos detalhes de cor, textura
superficial e forma dos dentes individualmente). Ainda há conceitos de estética branca e estética vermelha.
*Sobre estética branca e vermelha a profª não comentou nada, mas estava no slide.

Referenciais da face
Há faces mais triangulares, mais arredondadas ou quadradas.

Referenciais dentários
 Forma: a forma dos dentes individualmente também pode ser triangular, arredondada ou quadrada;
 Linhas de reflexo, área de espelho;
 Proporções estéticas do incisivo central, lateral e canino;
 Textura (linhas brancas, periquimácias, sulcos, manchamentos): quando se consegue reproduzir a textura, a
qualidade da restauração fica visivelmente melhor.

TRIANGULAR

ARREDONDADA
Textura de superfície
Proporções estéticas

QUADRADA

Linhas de reflexo
Textura de superfície – imagem mais aproximada
Sulcos (devem ser feitos com
Observa-se linhas A área central é mais plana Observa-se cristas mais elevadas
broca de acabamento e
brancas e sulcos (com reflexo) e algumas linhas
polimento)
marcadas

Texturização: linhas traçadas para fazer todas as características


anatômicas durante o acabamento e polimento. Observa-se que as cristas
são mais altas e com reflexo. Áreas de reflexão e dispersão

Área de espelho: os três quadrados são do mesmo tamanho, mas se deixar a área plana maior dá impressão que o dente é
mais largo. Se deixar a área plana menor (aumentando as cristas), o dente parece menor.

ESCOLHA DA TÉCNICA RESTAURADORA


Há duas técnicas restauradoras para restauração direta em resina composta para classe IV:
1. Mão livre
 Utiliza-se pincel e espátula.
 Começa-se reconstruindo a parede palatina;
 Depois é feita a borda incisal;
 Completa-se a dentina;
 Coloca-se resina translúcida;
 Por fim, cobrir com última camada de resina.

2. Matriz de silicone:
 Na palatina utiliza-se silicone pesado e na vestibular silicone transparente.
A) Matriz de silicone pesado
 Para confecção da matriz é feito o enceramento em um modelo de gesso, que posteriormente é moldado com
silicone pesado.
 Dessa moldagem obtêm uma guia/matriz palatina, para reconstruir a parede palatina.

Guia palatina confeccionada Depois de utilizar o sistema Todas as palatinas são feitas junto.
adesivo no dente, fazer uma
camada bem fina de resina na
palatina.

Tirou-se a matriz palatina e foi feita a incisal Nesse estágio, já pode ser
(esbranquiçada, pois o dente natural da paciente era acrescentado dentina.
assim).
B) Matriz de silicone transparente:
É feito uma matriz transparente para fazer a cópia da textura executada na vestibular do enceramento, e transferir isso
para a restauração.

Cópia do enceramento. Posteriormente foram retirados os


Enceramento com bastante textura. Silicona de adição transparente.
excessos. OBS: a palatina desses mesmos dentes foram
feitas com outra matriz (palatina).
ESCOLHA DA RESINA COMPOSTA
Primeira opção: resinas nanohíbridas e nanoparticuladas
 Excelentes propriedades mecânicas (resistência), para a região anterior, em que se tem:
 Guia anterior (pois na palatina do dente superior passa a guia anterior);
 Contato com dente antagonista;
 Bom polimento e estética;
 Reduzida contração de polimerização.

*Para entender melhor os tipos de resinas disponíveis: as resinas híbridas têm tamanhos um pouco maiores e menores misturados, dando uma
boa resistência (já que as menores preenchem os espaços). Entre elas existem as microhíbridas e as nanohíbridas. A nanoparticulada é bem
pequena, por isso dá um bom polimento, mas além disso, elas têm clusters que conferem resistência.

OBS: Em resumo, pode ser utilizado: híbridas, microhíbridas, nanohíbridas e nanoparticuladas. Muitas pessoas
confundem dizendo que se utiliza a resina microparticulada para classe IV. A resina microparticulada não é utilizada
para regiões que tem estresse/contato/guia de desoclusão, pois não tem resistência. Ela possui partículas bem
pequenas, geralmente esféricas, e são muito boas para acabamento e polimento. Assim, podem ser utilizadas apenas na
vestibular (onde não tem ponto de contato) como uma última camada, não devendo envolver proximal, palatina e
incisal. *Atualmente quase não se faz mais essa última camada com microparticulada, pois é mais fácil utilizar uma nanohíbrida ou
nanoparticulada, que possuem todas as propriedades de resistência e polimento unidas.

SELEÇÃO DE COR
“A composição da cor de um dente é justamente determinada pela resposta desse
dente a uma determinada fonte de luz que atua sobre as estruturas de esmalte e
dentina, que apresentam diferentes espessuras.” Ou seja, deve-se ter em mente que é
preciso devolver a cor de dentina, e que a luz bata e volte. Assim, primeiro se utiliza
uma resina mais opaca e depois as demais. Além disso, a espessura é muito
importante para se acertar a cor.

Maneiras de se escolher a cor


Pode ser utilizada a escala de cor e colorímetro, mas a melhor maneira é fazer o teste no próprio dente.

Escala de cor
Colorímetro Teste no dente

Fatores a serem considerados


 Lembrar que os dentes naturais são policromáticos;
 Os dentes devem estar adequadamente limpos antes do isolamento;
 Luz natural (ideal);
 Incisais translúcidas – crianças e adolescentes;
 Pode ser feita caracterização com tintas ou pigmentos resinosos;
 Familiaridade com o material restaurador a ser utilizado (é preciso conhecer o material).
 Tipos de escalas
 Escala Vita;
 Escala não Vita (são resinas que estão fora da escala Vita, por exemplo, cor A5, A6);
 Vita e não Vita;
 Escala Vita Extendida;

Z350 tem opção de cores de


esmalte, dentina, corpo/body
(que não é nem tão opaca
quanto a dentina e nem tão
translúcida quanto esmalte), e
CTA3 (que são mais
translúcidas do que a resina
para esmalte).

Esquemas de utilização dos diferentes tipos de resina e espessura das camadas


Percebe-se que por vezes os profissionais acertam a cor, mas erram na espessura das camadas.

Esquema 1 (padrão)
 É reconstruída primeiramente a palatina (utilizando resina de esmalte);
 Para o corpo da dentina utiliza-se uma resina opaca;
 Para mascarar a linha do bisel utiliza-se uma resina de dentina também;
 Em seguida, deposita-se uma camada de resina de esmalte;
*Nesse estágio já foi feito a incisal e palatina;
 Por fim, pode ser feita uma última camada fina de esmalte (roxo).
*Caso fosse usar microparticulada, teria que ser nessa última camada (mas pode ser feito tudo com
nanohíbrida).

Esquema 2 (com incisal translúcida)


 Fazer parede palatina;
 Corpo da dentina;
 Mascarar bisel com resina de dentina;
 Depositar resina translúcida (em azul);
 Por fim, uma camada de esmalte.
*Esse paciente não tem halo opaco.

Esquema 3 (incisal mais translúcida)


 Fazer parede palatina;
 Corpo da dentina;
 Mascarar bisel com resina de dentina;
 Depositar resina totalmente translúcida;
 Por fim, uma camada de esmalte.

Esquema 4 (incisal mais opaca)


 Fazer parede palatina (nesse caso, não vai até a ponta);
 Corpo da dentina;
 Mascarar bisel com resina de dentina;
 Colocar resina opaca na incisal;
 Camada de esmalte;
 Por fim, uma última camada de esmalte (pode ser uma resina com mais valor/brilho).
*Existem resinas que são só para isso.

Esquema 5 (incisal com halo opaco)


 Fazer parede palatina;
 Colocar halo opaco na incisal;
 Fazer a dentina (e deixar espaço entre a opacidade da incisal e a opacidade do corpo);
 Colocar resina translúcida nesse espaço;
 Mascarar o bisel com resina de dentina;
 Última camada de esmalte.
BISELAMENTO
 É utilizado para deixar a restauração CHANFRADO
mais estética (eliminar linha de união);  Maior profundidade que o bisel;
 Também tem a função de aumentar a  Margem periférica melhor
superfície de contato para adesão; definida;
 Restrito ao esmalte (vestibular).  Elimina a linha marginal
 Ângulo de 45°. branca.
Biselamento

IMPORTÂNCIA DO ALINHAMENTO DAS BORDAS INCISAIS


Ao fazer restaurações classe IV, deve-se utilizar o espelho pela incisal, observando o
alinhamento das bordas incisais. Assim, quando for restaurar, a primeira coisa a se fazer é
recuperar a parede palatina e borda incisal (que devem estar nesse alinhamento). Se estiver
fora dessa linha, deve-se utilizar o bisturi (cortar) e refazer até que fique ideal (não deve ficar
nem muito para vestibular, nem muito para palatina).

CASOS CLÍNCOS

CASO CLÍNICO 1
 Dentes com restauração antiga, que desandou a resina pela falta de resistência;
 Foi feita radiografia periapical e tomada de cor;
 Isolamento absoluto, remoção da resina antiga,
 Profilaxia;
 Preparo dos dentes (biselamento);
 *Lembrar que o bisel é feito somente na vestibular.
 Condicionamento ácido, lavagem e secagem;
 Reconstrução da parede palatina à mão livre, seguindo o alinhamento;
 Reconstrução da incisal (com uma resina não muito opaca);
 Deposição de resina de dentina (mais opaca);
 Mascarou-se o bisel (com resina de dentina);
 Última camada de esmalte;
 Resina microparticulada no final;
 Mediu e checou-se a oclusão;
 Por fim, trabalhou-se com as áreas de espelho, áreas de reflexão e dispersão de luz;
 Acabamento e polimento com discos e borrachas;
*Broca tipo pêra para retirar os excessos e broca 3195 na cervical.

Tomada de cor Remoção da restauração antiga Profilaxia Preparo do dente - biselamento

Recortador de margem gengival Aplicação de ácido e lavagem Reconstrução da parede palatina. Observar alinhamento Resina de dentina

Mascaramento do bisel Resina de esmalte Deixar a cervical bem convexa Última camada de resina
Área de espelho, reflexão e Acabamento com discos Acabamento com broca tipo pera Acabamento com broca 3195
dispersão

Pasta para polimento Paciente tinha a incisal mais Aspecto final


espessa (e preservou-se essa
característica).

CASO CLÍNICO 2
 Caso pequeno em incisivos centrais superiores;
 Foi feito ensaio restaurador;
 Restauração começou utilizando matriz palatina (resina de esmalte);
 Em seguida utilizou-se resina de dentina (mais opaca);
 Última camada de resina de esmalte;
 Acabamento e polimento;
 Aspecto final reproduzindo naturalidade.

Incisivos centrais – necessidade de


restauração Teste de cor

Reconstrução da parede Preenchimento com resina de Última camada de esmalte Aspecto após acabamento e polimento
palatina (resina de esmalte) dentina

CASO CLÍNICO 3 Vantagens das facetas de


 Paciente apresentava lesões não cariosas, e optou-se por fazer facetas diretas em resina composta direta:
resina composta; 1. Conservação da
 Primeiramente foi feito o enceramento no modelo de gesso para confecção da estrutura dental sadia;
matriz de silicone; 2. Estética satisfatória;
 Isolamento modificado; 3. Resultado imediato.
 Condicionamento ácido e adesivo;
 A resina para a incisal foi depositada na matriz (e era uma grande quantidade para repor);
 Corpo de dentina;
 Últimas camadas de esmalte;
 Caracterização anatômica para texturização;
 Acabamento e polimento;
Lesões não cariosas Isolamento modificado Resina depositada na matriz/guia
Enceramento

Corpo de dentina Últimas camadas de esmalte


Resina levada em posição

Aspecto final
Caracterização anatômica para texturização Acabamento e polimento

CASO CLÍNICO 4
 Caso extenso de restauração em incisivos centrais superiores fraturados, confeccionando borda incisal opaca;
 Foi feito o enceramento para confecção de matriz palatina;
 Confecção do bisel anatômico na vestibular, com ponta diamantada;
 Reconstrução da palatina com resina de esmalte;
 Preenchimento com resina de dentina;
 Mascaramento do bisel;
 Borda incisal opaca;
 Camadas seguintes de esmalte;
 Uso de corante branco, pois o paciente tinha pigmentações nos demais dentes;
 Linhas de reflexão;
 Acabamento e polimento;
 Confecção de protetor bucal (já que o paciente era ciclista e corredor).

Enceramento
Construção de parede Biselamento
Técnica da Fratura nos dentes anteriores
palatina
incisal opaca

Resina de dentina Resina de esmalte e corante branco Aspecto final Protetor bucal

CASO CLÍNICO 5
 Caso de paciente com fratura nos incisivos centrais e lateral superiores. Foi colocado pino de fibra de vidro no
elemento 11 (que já possuía tratamento endodôntico);
 Primeiramente foi feito enceramento para confecção da matriz palatina;
 Isolamento;
 Introdução do pino;
 Em uma próxima sessão foi feito isolamento relativo (com fio retrator);
 Foi feito os preparos dos dentes (bisel);
 Condicionamento ácido e lavagem;
 Sistema adesivo;
 Utilizou-se a matriz para reconstruir a palatina (com resina de esmalte);
 Para não quebrar (devido à grande extensão) foi feita uma base com a dentina;
 Preencheu-se com dentina;
 Resina de esmalte translúcida na incisal;
 O dente foi pigmentado;
 Últimas camadas de esmalte;
 Acabamento e polimento
*No acabamento e polimento, foi feito as linhas, periquimácias, deixado a área central plana. Além disso, tirou-se o excesso da
cervical.

Fratura de dentes Introdução do pino Biselamento Condicionamento Aplicação de adesivo


anteriores ácido

Reconstrução da parede Resina de dentina Resina de esmalte Acabamento


palatina

Acabamento Aspecto final


7/8- Princípios estéticos:
São procedimentos que não estão vinculados apenas a modificação ou reabilitação funcional, mas
sim quem envolvem a estética na possibilidade de trabalhar para a modificação do sorriso. A
modificação do sorriso envolve procedimentos que tem o fim de proporcionar o equilíbrio para o
sorriso do paciente que por consequência promove bem-estar e autoestima ao paciente.
O que é feito atualmente, em termos de transformação do sorriso, está muito ligada à odontologia
adesiva, chamada de era adesiva que possibilitou que esses procedimentos fossem realizados.
Evolução da Odontologia Restauradora:

• Odontologia baseada em macrorretenções mecânicas;


*Anteriormente à era adesiva, o paciente que desejava realizar a modificação do sorriso teria a opção de fazer procedimento indireto com
metalocerâmicas, confeccionando pino, tratamento endodônticos (preparos super invasivos), além de tratamento
ortodôntico, ou ainda, em casos mais agressivos, se realizavam extrações múltiplas para instalar próteses totais; Odontologia baseada
em macrorretenções
*Houve épocas em que as pessoas que queriam modificar o sorriso extraiam os dentes e faziam prótese total;

*Pais costumavam pagar ao dentista para extrair os dentes da filha e colocar dentadura para que ela ficasse com sorriso bonito e
pudesse casar;

• Odontologia Adesiva;
Odontologia
A evolução de 1980 até os dias de hoje, mas principalmente, depois dos anos 2000, dos materiais Adesiva
adesivos e as resinas compostas transformaram a odontologia, praticamente mudando a forma de
abordar a odontologia, pois permitiu que se fossem realizados procedimentos muito mais conservadores do que a 40
anos atrás*.
*Inclusive os preparos de amálgama eram menos conservadores, uma vez que precisavam de preparos mais extensos com paredes convergentes
para a oclusal e etc;

Portanto, com a era adesiva, ocorreu uma mudança de chave em que a odontologia saiu da era do desgaste para retenção
para a era da adesão e quando se fala em adesão, temos os princípios de retenção e resistência.
*Os princípios de retenção e resistência das restaurações foram vistos em dentística operatória;

*O material que segura as cerâmicas (lentes de contato) são os cimentos resinosos que são as resinas um pouco mais diluídas;

ODONTOLOGIA ADESIVA:
Possibilitou que houvesse:

• Melhoria Estética;
• Conservação do tecido dental;
• Reforço da estrutura dental fragilizada;
• Redução da infiltração marginal e sensibilidade pulpar;
• Maior diversidade de técnica*.
*Com a odontologia adesiva, foi possível fechar diastemas colando material para fechar o espaço, pois a saída antigamente era realizar as coroas
totais;

DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO (princípios estéticos):


Existem alguns conceitos que norteiam a reabilitação estética que são utilizados como base para diagnosticar e planejar
as reabilitações.
*Esses fundamentos datam mais o menos o ano de 1930 e foram desenvolvidos pelos fabricantes de dentes de estoque (artificias) para a confecção
de prótese total;

Análise estética:
Macroestética: aspectos relacionados a face, a condição periodontal e a visão dos dentes em grupo.
Microestética: aspectos relacionados aos dentes isoladamente*.
*Por exemplo, o incisivo central superior esquerdo ou o incisivo central superior direito;
MACROESTÉTICA:

• Face;
• Periodonto;
• Dentes em grupo.
Face:
Ao analisar a face, quais são os pontos mais observados? Esses pontos são chamados de
“Pontos de dominância”.
Pontos de dominância:

• Sorriso;
• Olhos.
*Nosso cérebro delimita o rosto, porém os pontos de dominância são os olhos e o sorriso;

Ou seja, a odontologia trabalha com um dos pontos principais da face.


1) FORMA DA FACE:

Basicamente são subdivididos em três formatos: triangular, circular (ovóide) e quadrangular.

Forma da face quadrangular, ovóide e triangular.

O formato da face é tomado como referência em prótese total para a seleção do formato dos dentes, uma vez que existe
uma certa coincidência* entre o formato de face e formato dos dentes (harmonia).
*Não é sempre que isso ocorre;

Observação em perfil:
É importante observar o paciente, pois eles podem ser classe I (padrão), classe II
(retrognata) ou classe III (prognata).
Essa observação não está linkada apenas à odontologia restauradora, mas sim envolvem
outras especialidades, por exemplo, ortodontia ou cirurgia, que podem ser necessárias
antes do tratamento restaurador.
Primeiramente, o paciente é avaliado como um todo (zoom menor) para
posteriormente, focarmos no dente isoladamente (zoom maior) e para realizar uma
análise estética não é necessária uma câmera fotográfica, atualmente, com os celulares
já é possível de ser realizado.
Face - análise frontal:
Linha média Linha interpupilar
• Forma da face;
• Linha média da face;
A linha média da face toma como referência a glabela, ponta do fulcro e do mento.

• Tipo de lábio;
• Linha interpupilar;
• Linha intercomissural (paralela a interpupilar); Paciente com linha média e linha
intercomissural paralela à linha
interpupilar.
• Equilíbrio terços da face.
Proporções faciais equilibradas dos
Checar o quão equilibrado está a relação entre os terços terços superior, médio e inferior.
da face do paciente.
Face - Análise frontal sorrindo:
Ao solicitar que o paciente sorria, alguns itens a mais são avaliados

• Tipo de sorriso (alto, baixo ou médio);


• Corredor bucal;
Espaço entre os dentes vestibulares posteriores e mucosa jugal.

• Linha interpupilar;
• Plano incisal (acompanhando o lábio inferior);
• Linha média dentária;
Existe uma regra que ela pode não estar 100% coincidindo com a linha média facial, mas é
importante que ela seja paralela à linha média facial, pois se forem paralelas elas serão pouco
perceptíveis quando existe alguma alteração.
*Logo, ela pode ser coincidente ou paralela à linha média facial;

• Curvatura incisal.
Curvatura da borda incisal dos dentes superiores
Proporções:
Essas linhas de proporções são utilizadas para análise, mas não necessariamente a
dentística restauradora trabalhará com essas referências.
As proporções da face são divididas:
Sentido vertical:
Divididos em três terços pelas linhas: linha do cabelo, glabela, asa do nariz e base do
mento.
Sentido horizontal:
Distância de orelha a orelha (distância de cinco avos*).
*Ele não falou, mas acho que essa distância é a de cada linha vertical;

2) TIPOS DE SORRISO:
Alto:
Alto
Expõe toda a altura cervicoincisal dos dentes ântero-superiores e uma área da gengiva.
Médio:
Expõe todo ou pelo menos 75% da altura da coroa clinica* dos dentes intero- Médio
superiores e papilas interdentais.
*Prof disse que todo é em alto;

Baixo: Baixo

Expõe 75% ou menos da altura da coroa clínica dos dentes ántero-superiores são visíveis.

Alto Médio Baixo


Alguns pacientes irão se queixar dessa condição de sorriso alto, para isso podem ser utilizadas várias estratégias, como
as cirurgias periodontais, a harmonização orofacial para aumentar o tamanho dos lábios e ainda associar ambos,
harmonização e a periodontia.
Tipo de lábio- vertical:
É uma percepção bem visual, os lábios grossos apresentam volume grande, enquanto que os
finos possuem pequeno volume e um intermediário entre ambos (médio).
*A harmonização facial é bem utilizada em casos de pequeno volume para aumentar o lábio do paciente;

*É necessária uma cautela, principalmente em casos de lábios finos, pois não se deve levar e conta apenas a espessura
dos lábios, mas também o tamanho dos dentes. Por exemplo, se o paciente possui dente pequeno, ao aumentar o lábio,
o dente fica menor ainda, podendo tornar o sorriso infantilizado;

Grosso (cima), médio e fino


(baixo).
Grosso Médio Fino

Tipos de lábios- horizontal:


Largo: expõe de molar a molar.
Médio: expõe de pré a pré-molar.
Estreito: quase não mostram canino.

Largo Médio Estreito

3) SORRISO APROXIMADO:
• Tipo de lábio;
• Altura do sorriso;
• Alinhamento dental;
Paciente com altura média de sorriso*.
• Gradação*/corredor bucal;
*Expõe um pouco de gengiva, mas não é um sorriso alto, é
*É a medida que percebe cada vez menos os dentes quando eles vão para a distal, ou quase que a transição entre um médio para alto;
seja, em uma visão frontal cada vez menos os dentes posteriores são vistos;

O corredor bucal é o espaço entre a vestibular dos posteriores e a mucosa jugal, logo pacientes com arco superior muito
estreito tendem a ter uma gradação bem acentuada e corredor bucal muito largo*.
*O contrário ocorre com arco superior bem aberto;

• Curvatura incisal.
*Prof comenta que prefere sorrisos com o alinhamento não tão perfeito, ele acha que o sorriso necessita ter imperfeições para
ser mais natural, nesse exemplo acima, há reversão suave nos centrais e canino (pequenas giroversões);

Curvatura incisal:
Um sorriso bonito apresenta essencialmente curva na borda
incisal.
Essa linha curva é traçada da borda incisal do canino ao canino, tocando na ponta dos
incisivos centrais e laterias (incisal) também, essa linha deve acompanhar a curvatura
do lábio inferior.
Essa característica confere jovialidade, uma vez que pacientes com sorriso invertido,
ou seja, com a curvatura da borda incisal invertida em relação ao lábio inferior,
possuem um aspecto mais envelhecido.

Paciente com reabilitação estética em que foi


reestabelecida essa curvatura incisal conferindo um
aspecto mais jovial ao paciente.

Exemplo livro:
Curvatura incisal convexa que acompanha o lábio inferior,
proporcionando um aspecto estético agradável enquanto que
a segunda imagem o paciente apresenta curvatura incisal
côncava que é desfavorável esteticamente.

4) PERFIL APROXIMADO:
• Relação incisivo central superior com lábio inferior;
Ao sorrir, a borda dos incisivos, normalmente, está localizada muito próxima à linha
seco-molhada do lábio inferior*.
*É a região dos lábios que marca a transição entre o seco (externo) e o molhado nos lábios (interno);

• Alinhamento dental;
• Suporte dos lábios.
Os dentes suportam o lábio no sorriso, no paciente abaixo é possível notar essa ausência de suporte.

Paciente jovem que apresentava, mesmo após seis anos de


ortodontia, diastemas nos dentes, esse paciente jamais
conseguiria o fechamento total dos espaços dos dentes, uma vez
que são dentes pequenos. Além de ser possível notar a ausência
de suporte labial que fica “solto” e o dente fica muito para trás
(longe) da linha molhado/seco.

Esse paciente já possui um espaço pronto para se trabalhar, nesse caso, sendo necessário apenas a adição de material, sendo necessário apenas mínimos
desgastes.

*O paciente possui os dentes menores, pois possui Discrepância de Bolton que é uma desarmonia no tamanho dos dentes superiores e inferiores;

Relação dos incisivos com lábio inferior:


A relação dos incisivos com o lábio inferior está intimamente ligado à estética,
pois pacientes jovens possuem maior exposição dos incisivos centrais, sendo que
mulheres jovens apresentam de 3 a 5 mm e homens jovens 1,5 até 3/3,5mm.

• Lábio em repouso - Exposição dos ICS: Linha seco-molhada próxima a borda


incisal dos incisivos superiores.
✓Homens em média 1,91 mm;
✓Mulheres em média 3,40 mm;

• Importante fator na jovialidade do sorriso:


✓Com a idade diminui exposição nos ICS e aumenta nos ICI.
Homens adultos (“experientes”) possuem o incisivo no nível do lábio superior e
mulheres adultas de 1,5 até 3mm abaixo do lábio superior.
*Não se recomenda fazer exposição de 4mm em uma mulher adulta;
*Exemplo da Xuxa que possui os incisivos centrais de um tamanho incompatível com a idade que ela possui (mais de 60 anos);

Paciente jovem, logo apresenta


Paciente sexo masculino Paciente com 45 anos de idade com os
mais exposição dos ICS.
aparentando jovialidade. incisivos não expostos, isso confere um
aspecto envelhecido.

5) INTRABUCAL:
Para o exame intrabucal, colocar o espandex (afastador de lábio) e avaliar intrabucal.

• Contorno gengival; • Papila interdental;


• Zênites dentais; • Inclinação axial;
• Curvatura incisal; • Saúde Periodontal;
• Alinhamento dental; • Ameias incisais.

Visão intrabucal do paciente após a colocação do afastador


de lábios com as referências intrabucais já sinalizadas que
serão abordadas uma a uma.

Contorno gengival:
O que há de errado no sorriso? O contorno gengival do lado esquerdo do paciente se
encontra mais baixo quando comparado ao lado direito*, esse processo é uma
hiperplasia.
*É comum de ocorrer em pacientes após tratamento ortodôntico;

É um procedimento simples de correção, após o diagnóstico é feita a sondagem para


saber a distância do sulco gengival que pode ser invadida, para realizar uma simples
gengivoplastia afim de devolver contorno gengival do paciente.

• A regra é que os incisivos centrais e caninos permaneçam na mesma altura do


contorno gengival;
• Incisivo lateral ligeiramente mais baixo que o canino e incisivo central;

A regra é que centrais e caninos


3
permaneçam na mesma altura do
Paciente antes e depois da
contorno gengival, enquanto que o
gengivoplastia.
incisivo lateral fica levemente mais
baixo que ambos.

Contorno gengival desequilibrado nos incisivos Contorno gengival esteticamente


centrais o que prejudica a estética do sorriso. agradável e equilibrado.
Zênites:

• É a parte mais distal cervical da coroa clínica.


• É o ponto mais alto da coroa clínica dos dentes;
Esteticamente falando, o zênite deve estar levemente deslocado para a distal,
sendo este o ponto mais distal cervical do dente*. O zênite gengival localiza-se normalmente
na posição mais distal e elevada do contorno
*Os ortodontistas fazem isso ao finalizar o caso dos pacientes, deixando os dentes com o zênite gengival do dente.
levemente para a distal;

Porção mais cervical da coroa do dente deslocado levemente para a distal.

Inclinação axial:

• É a inclinação axial é levemente deslocada para mesial;


*O zênite está intimamente ligado à inclinação axial, pois é graças a ela que há a distalização do
zênite;

*Essa é a regra, por exemplo, ao fazer um recontorno estético deve-se levar essa inclinação como
referência;

Ameias incisais:
É o espacinho na interproximal dos dentes.

• Formato de “V invertido”;
A regra é:
✓ Entre incisivos as ameias são pequenas;
✓ Entre incisivo central e lateral as ameias são médias;
✓ Entre caninos e lateral as ameias são maiores (mais largo e amplo).
6) LINHA MÉDIA DENTÁRIA:
• Perpendicular ao plano incisal;
• Paralela ou coincidente com a linha média da face;
Pode ocorrer de a linha média não ser coincidente com ICI (incisivo central
inferior):
Muitas vezes essas linhas não coincidem, esteticamente, pequenos desvios, de até 3mm, são aceitáveis.

• Não terá interferência estética considerável;


• Visão mais dificultada em relação aos ICS; Linha média dentária não coincidente
a linha média da face, porém não
O importante é que essa linha média dentária seja altera tanto a estética do sorriso. Essa
paralela à linha média da face*. paciente apresenta um desvio
considerável, entre 1 a 2mm, mas não
*Se paralela, é menos perceptível; afeta tanto a estética.

Saúde Periodontal:

• Ausência de sangramento durante sondagem;


• Coloração gengival;
• Fácil identificação da gengiva marginal livre, junção mucogengival e mucosa
alveolar;
Presença de papila:
✓5 mm = 99% presença de papila.
✓ 6mm = 56% presença de papila.
✓ 7mm= 27% presença de papila.
Para que o paciente possua papila fechando todo espaço interproximal, ele
precisa apresentar uma distância da crista óssea até o ponto de contato de pelo
menos 5mm*.
*5mm é o número mágico, ou seja, é a distância da crista óssea até o ponto de contato;

Se a distância aumenta para 6mm a presença total de papila cai para a metade e para 27% quando a distância aumenta
para 7mm.
Quando essa distância pode ser aumentada? Quando o paciente, por exemplo, apresenta alguma condição periodontal
ou uma periodontite/bolsa que leve a uma perda óssea.
*Quando a distância aumenta, começa a ter mais espaço, ou seja, área não preenchida por gengiva, podendo se tornar problemas sérios como
alterações funcionais devido a reabsorção e perda de inserção óssea;

*Prof não comentou especificamente de cada;

MICROESTÉTICA:
Análise dos dentes isoladamente.
Um compilado de estudos determinou que a proporção média das proporções dentárias.
Dimensões/largura dental:
✓ ICS: 8,7mm;
✓ ILS: 6,5mm;
✓ CS: 7,7mm.
Comprimento/altura dental:
✓ ICS: 10,9mm;
✓ ILS: 9,3mm;
✓ CS: 10,6mm;
O incisivo central possui praticamente o mesmo comprimento que o canino, já o lateral é 15-20% mais curto,
considerando cervical e incisal.

A largura do central é mais o menos A largura do lateral é 69% do A largura do canino é 72% do
80% do comprimento do mesmo. comprimento do mesmo. comprimento do mesmo.

Essas referências são importantes para dar a proporção adequada*. *Não faz mal alterar e deixar um pouco fora desse padrão?
Essa proporção é bem utilizada em
fechamentos de diastemas em que é necessária
uma base afim de que se aumente o dente sem
que fique desproporcional.

*Existe uma regra que é bem importante e deve ser usada em casos que não se deseja aumentar muito os incisivos, pois eles são os dentes em que
mais se notam diferenças (muito largos). Essa regra é “jogar” o excesso de largura para os caninos ou pré-molar, uma vez que eles comportam
mais de excesso de material, comparado ao central;

Formato do dente:
Pode ou não coincidir com o formato facial.
Ovalado/circular:
Arestas convergem tanto na cervical quanto para a incisal.
Triangular:
Arestas proximais ou cristas marginais convergem em direção a cervical e divergem em direção
à incisal.
Quadrangular:
Arestas paralelas entre si.

TEXTURA:
As texturas são aplicadas principalmente em pacientes jovens, uma vez que o dente não foi desgastado nem de maneira
fisiológica nem patológica*.
*Desgaste da superfície dental;

Macrotextura:
Sulcos de desenvolvimento:
Separam os lóbulos: mesial, médio e distal.
Microtextura: Sulcos de desenvolvimento.

Periquemáceas:

• Estrias de restzius;
Encontrados em dentes bem jovens, quando começam a surgir os dentes permanentes, são
linhas chamadas de periquemáceas que nada mais são do que estrias de restzius*.
*Estrias de retzius: linhas de deposição do esmalte;

*A partir do momento que se começa a ter função mastigatória mais ativa e escovação, a superfície é alisada e
acabam se perdendo as linhas (estrias de restzius); Periquemáceas
Esse tipo de coisa é feito, apenas em situações bem específicas.
8 – Fechamento de Diastema e Recontorno Cosmético Dental
Plano da aula:

• Definições e etiologia
• Diagnóstico estético
• Possibilidades restauradoras, quando são áreas com pequena ou média perda pode optar pela restauração direta
com resina, porém se for uma área grande é indicado restauração de forma indireta, pois este é submetido a altas
pressões e temperaturas, assim, é um material mais resistente que a resina (material plástico que em grandes
incrementos quando submetido ao estresse ou força de trasão fratura, desgasta ou cria lascas).
• Prognóstico
• Conclusões

Diastemas dentais:
Conceito: Espaços ou aberturas entre dentes adjacentes de uma mesma arcada dentária com etiologia multifatorial que
causam desconforto ao paciente por interferir na estética do sorriso
ETIOLOGIA DOS DIASTEMAS DENTAIS:
Congênitas ou adquiridas:

• Discrepâncias dentoalveolares;
• Agenesias dentárias, é comum pacientes com agenesia do incisivo lateral;
• Hábitos deletérios, ingestão de alimentos e bebidas ácidas ocorrendo erosão dentária, ou bruxismo resultando em
atrição;
• Movimentações ortodônticas;
• Inserção do freio labial anormal, muito baixo podendo se estender até palatina;
• Incisivo lateral conoide;
• Giroversões dentais;
• Sucção de dedo;
• Alterações gengivais/periodontais: pacientes que sofreram mobilidade dental podem ocorrer como sequela o
diastema;
• Migração dental patológica, devido a perda de um dente, os dentes antagonistas e adjacentes perdem o equilíbrio
oclusal e migram mudando de posicionamento.
*Professor cita que sempre que possível pede ao ortodontista que ele estabeleça contato mesial dos incisivos centrais, os quais são mais difíceis de
estabelecer efeitos estéticos e assim restabelece a estética dos incisivos laterais, pré-molar e molar.

CLASSIFICAÇÃO DOS DIASTEMAS:


Localizados: Apenas entre os incisivos centrais, por exemplo;
Generalizados: Entre vários dentes adjacentes.

Diagnóstico estético:
• Pequenas modificações restauradoras
• Pequenas modificações plásticas (dentais ou gengivais)
• Podem refletir em mudanças significantes no conjunto
• Benefício na autoestima e aceitação social
ANÁLISE ESTÉTICA:
Macroestética: Aspectos relacionados a face, a condição periodontal e a visão dos dentes em grupo;
Microestética: Aspectos relacionados aos dentes isoladamente.

ANÁLISE DA MORFOLOGIA DOS DENTES:

• Dimensões dentárias dentes anterossuperiores é importante pois se paciente apresentar desgaste incisal e ao fechar o
diastema a altura e largura do dente é a mesma o dente vai ficar quadrado, não vai ficar legal, vai ter que associar a
um aumento de borda incisal, tentar ganhar em comprimento por meio de uma gengivoplastia ou distribuir os espaços
para o incisivo lateral. Utilizamos como referência para analisar:
→ ICS - largura corresponde 80% da altura
→ ILS - largura corresponde 69% da altura
→ largura corresponde 72% da altura
• Cor (matiz, croma e valor)
• Textura (sulcos e lóbulos / relacionado a idade)

ANÁLISE DO CONTORNO/MARGEM GENGIVAL:

• Incisivos centrais superiores tem mesma altura do contorno gengival dos caninos;
• Incisivos laterais superiores 15% menores/ mais baixo que ICS;
• Pré-molares e molares menores/um pouco mais baixos que canino.
ESTÉTICA E COSMÉTICA (DENTÍSTICA RESTAURADORA):
Estética: a arte de criar, reproduzir, copiar e harmonizar as restaurações com as estruturas dentárias e anatômicas
circunvizinhas, de tal modo que o trabalho se torne belo, expressivo e imperceptível.
Cosmética: procedimentos operatórios e aplicação de materiais odontológicos específicos com o objetivo de alcançar a
beleza e a harmonia requeridas pela estética.

RECONTORNO COSMÉTICO:
Técnica que utiliza restaurações para alterar as características de forma, tamanho, alinhamento, contorno e posição dos
dentes, adequando assim o sorriso a padrões estéticos desejáveis.
Não indicado:

• Dentes apinhados, recomenda-se tratamento ortodôntico;


Indicações:
Para os casos em que a restauração é aditiva, vai ficar incrementando, sem desgaste, ou quando precisa de um
desgaste mínimo. Desgastes maiores precisam ser muito bem planejados e avaliados, por exemplo paciente de 20 anos
com agenesia do dente lateral e dente bem atrésico, para reabilitação deslocou o canino para ocupar o espaço da agenesia,
paciente queria fazer reabilitação estética, porém é preciso analisar que o canino é um dente extremamente volumoso,
teria que fazer um grande desgaste, e mesmo assim pela raiz também ser volumosa iria ficar desproporcional, por isso é
preciso avaliar o custo-benefício funcional do procedimento. Professor recomendaria nesse caso que deveria ser feito
tratamento ortodôntico, reposicionando o canino novamente na posição fisiológica, e faz implante do incisivo lateral.

• Dentes pequenos e com formato anatômico alterado;


• Espaços entre os dentes (diastemas);
• Finalização de tratamento ortodôntico (Discrepância de Bolton = arcos muito grandes e dentes pequenos);
• Correção de bordas desgastadas ou fraturadas.
O que considerar para seleção do material:

• Idade do paciente, paciente com 17 anos com diastemas generalizados não é indicado já utilizar técnicas indiretas
em cerâmica, faz-se primeiro restauração em resina;
• Necessidade de desgaste dentário (preparo);
• Hábitos do paciente, pacientes que são fumantes, tomam café o dia todo, a possibilidade de manchamento da resina
é muito grande, nesses casos pacientes tem que retornar a cada 3 meses para fazer um polimento;
• Fator oclusal (equilíbrio), pacientes que tem apertamento ou bruxismo;
• Quantidade de material restaurador necessário, aplicar pequenos incrementos;
• Paciente pode frequentar o consultório para manutenções? Para fazer polimento e ajuste/ reparo com pequenos
incrementos.
Possibilidades de Tratamento:

• Utilizando resinas compostas diretas


• Utilizando resinas compostas indiretas
• Utilizando laminados cerâmicos
• Associado ou não a tratamento cirúrgico gengival
• Associado ou não a tratamento ortodôntico
Dependerá do diagnóstico individual para cada caso clínico, mas de forma geral é possível afirmar: que para
pequenas modificações de forma e pequenos fechamentos de espaços até 3 mm há indicação para resinas compostas
diretas, porém é preciso levar em conta as propriedades do material e as limitações da técnica.
OPÇÃO RESTAURADORA:

Em casos de finalização ortodôntica – Realizando enceramento diagnóstico e gula de silicone

É possível observar que há uma discrepância entre Diastema apenas entre distal do ILS e mesial Foi indicado uma gengivoplastia, realizando antes
margem gengival desproporcional ao tamanho do do canino, melhor local para trabalhar e sondagem para verificar se há esmalte se
dente espaço entre incisivo lateral e central (contato estendendo até o sulco gengival, analisando o
entre incisivos centrais está ok) quanto se pode remover.

15 a 20 dias de recuperação, nesses casos também


Além do perfil gengival mais harmônico,
indicamos realizar clareamento antes, pois não dá para
ganhou em comprimento permitindo
fechar espaços, fazer modificação de forma antes, pois
trabalhar em largura.
futuramente se paciente quiser realizar o clareamento não
há possibilidade.

• Enceramento diagnóstico: procedimento em que reabilitações são planejadas e desenvolvidas em cera para
determinar e guiar os procedimentos clínicos e laboratoriais. São feitos sobre modelos de gesso, onde são
reconstruídos em cera as porções desgastadas e os dentes ausentes, buscando forma e relação oclusal desejados ao
fim do tratamento. Molda o paciente construindo um modelo em gesso, é realizado a reabilitação estética em cera no
modelo (enceramento dos dentes que serão restaurados);
• O mock up é realizado moldando o enceramento diagnóstico com silicone Zetalabor (silicone de laboratório, é mais
resistente, mais firme, sofre – deformação) no modelo de gesso, confeccionando a gula de silicone. Em seguida,
posiciona-se em boca, removendo os excessos e realiza os ajustes necessários em boca.

É importante realizar o controle da umidade por isso opta-se por usar


fio retrator, fazer o condicionamento até uma longa área de onde será
feito os incrementos, até metade do dente tanto na vestibular quanto na
palatina. Também é possível fazer a aspiração com óxido de alumínio,
no esmalte, porém tem que tomar muito cuidado para não pegar na
gengiva para não sangrar, pois se caso ocorrer terá que ser feito em
outro dia a restauração.
• Guia palatina serve como apoio para os primeiros incrementos confeccionando a primeira camada pela palatina,
adiciona-se resina de esmalte na guia e posiciona na área para adicionar, acomoda a resina para evitar desníveis e
fotopolimeriza, depois da primeira camada a guia perde a função, devendo realizar a mão livre, primeiros
incrementos de resina de dentina usando a tira de poliéster tracionada, coloca a tira entre lateral e canino, tracionando
na direção palatina. Depois dos incrementos de dentina reconstruindo na direção palatina-vestibular, adicionar resina
de esmalte na vestibular, pode usar a tira de poliéster colocando um pequeno incremento de esmalte e posiciona
espátula plano-vestibular inclinada para a proximal para criar crista marginal, antes de fotopolimerizar tracionar a
fita de poliéster para palatina, levando a resina para preencher toda a mesial, depois com o pincel plano-vestibular
inclinado para a interproximal finalizando fechando o espaço. Feito o canino pode usar uma tira de lixa apenas para
finalizar a área mesial e vai para o lateral realizando o mesmo protocolo. Confeccionando a primeira camada na
palatina, adiciona resina de dentina.

• Princípios de ilusão e efeitos cosméticos identificando as áreas de reflexão da luz. Delimitação das linhas de retenção,
identificando as arestas.

Remodelação cosmética:
PERCEPÇÃO VISUAL EM REMODELAÇÃO COSMÉTICA:

• Contraste de cor, formas e linhas


• Depende da deflexão e reflexão (desvio da luz) da luz
PRINCÍPIOS DE ILUSÃO DE ÓPTICA

• Aumento do contraste aumenta visibilidade;


• Aumento da reflexão de luz aumenta a visibilidade, como o bonequinho claro na imagem ao lado,
ele tem maior visibilidade;
• Aumento da deflexão de luz diminui a visibilidade.

• Áreas de espelho/ Área plana/ Área de dispersão de luz


Em dentes anteriores a área plana vestibular entre as arestas
quanto maior o comprimento, mais larga, mais reflete luz, assim
tendo a sensação de um dente mais largo. Exemplo da imagem
acima se tem dentes do mesmo tamanho, só que com áreas planas
diferentes, assim os dentes com áreas planas maiores, parecem
maiores, pois reflete mais luz.

• Delimitar Linhas de reflexão/ Arestas marginais (cristas marginais)


• Áreas proximais/ Áreas de dispersão da luz, assim vemos com mais sombra essa região.

Com o compasso de ponta seca conferir se os dois centrais estão do mesmo tamanho, com áreas estéticas semelhantes
• Diminuir área plana (reflexão de luz), pois paciente tem sulcos de • Aumentar área plana (reflexão de luz),
desenvolvimento, deve-se fazer arestas mais deslocadas para o para isso joga a crista mais para as áreas
centro do dente, assim parece que o dente é mais estreito. Pode interproximais
utilizar disco sof-lex trazendo a aresta mais para o centro do dente.

Para acerta o formato do dente usar discos sof-lex vermelho escuro, na palatina usar a broca
diamantada ponta chama 3118FF ou 3168F. Na vestibular usa a sequência de discos sof-Lex, laranja,
laranja claro, e amarela. Na palatina usa borracha cinza, rosa e azul do American Burs. Tanto na palatina
quanto no vestibular usar feltro com pasta de polimento. Nas interproximais além dos discos pode
utilizar fio dental com pasta de polimento.

OPÇÃO RESTAURADORA:

Diastemas múltiplos Técnica a mão livre

Foi feito clareamento de consultório. Sempre oferecer o


clareamento dental antes de realizar o contorno cosmético,
Paciente de 15 anos pós tratamento anotar no prontuário, colocar a data e pedir para paciente
ortodôntico assinar.

Faz isolamento personalizado, cortando os orifícios


do lençol, dobra o lençol, a vantagem é que
enxergamos o arco gengival.

É realizado o condicionamento até metade do Começamos com uma pequena camada na Segunda camada por palatina
dente tanto para vestibular quanto palatina. vestibular
Estabelecer um contato proximal, passar tira de
poliéster entre os dentes, por palatina coloca resina
de esmalte e então traciona a tira em direção a
vestibular, pois é o local onde está estável.

Primeira camada vestibular

Definir contorno da crista marginal palatina

É preciso condicionar uma grande área pois


conforme ir restaurar vamos analisando
onde é preciso acrescentar

Linhas e áreas de reflexão e deflexão de luz Mesmo protocolo adaptado a anatomia dental

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Diagnóstico e planejamento, o encerramento diagnóstico ajuda a avaliar se será possível restaurar de forma direta,
comparar o comprimento e largura do dente;
• Eleição da técnica restauradora;
• Cuidados na manutenção e prognóstico, reabilitação estética necessita que o paciente vá para o consultório
periodicamente fazer manutenção e repolimento;
• Método conservador e eficaz, apenas aditivo;
• Benefício estético.
9 – Técnicas de Clareamento

CLAREAMENTO DENTAL
 Marketing;
 Novos produtos e técnicas;
 Paciente: Tratamento clareador rápido e eficaz;
 Conhecimento maior do Cirurgião-dentista;
 Demanda produtos e tempo específico, não ocorrendo no tempo normal de escovação.

Odontologia Restauradora Cosmética:

 Desafios: conservação da estrutura dental + restabelecimento da estética dos pacientes.


 Tendo isso em vista, uma das primeiras opções é o clareamento dental.

Conceito
Clareamento Dental é um procedimento que
visa alterar a cor dos dentes naturais, para mais Dentina Cervical Dentina -
claro, utilizando para isso, substâncias Corpo do
clareadoras. dente

Borda incisal
Esmalte
Branco-azulada Esmalte Translúcido
Tecidos dentários

 Permeáveis a fluídos  tudo que ingerimos vira um pigmento na estrutura dentária.


 "Pigmentos coloridos e corantes provenientes do que ingerimos são capazes de penetrar nos dentes ao longo
dos anos."
Agentes clareadores

 Produzem radicais livres altamente reativos que degradam os pigmentos presentes na estrutura dental através
de uma reação de oxidação, transformando-os em estruturas moleculares cada vez mais simples  quebra de
cadeias longas, formando basicamente dióxido de carbono e água.
Vantagens

 Procedimento mais conservador;


 Resultados mais rápidos;
 Não agride os dentes desde que feito de maneira adequada.
Efeitos Indesejáveis

 Sensibilidade  geralmente que ocorre durante o clareamento, depois some;


 Danos aos tecidos moles  importante utilização adequada de barreira gengival e boa adaptação da moldeira.

ETIOLOGIA DAS ALTERAÇÕES DE COR


Manchas extrínsecas:

 Mais superficiais;
 Aparecem após a erupção do dente;
 Acúmulo de placa;
 Chá, café, cigarro;
 Bebidas com corantes artificiais;
Bebidas e alimentos corantes. Bactérias cromogênicas.
 Alimentos com corantes;
 Cáries;
 Restaurações (resina ou amálgama);
 Bactérias cromogênicas: comuns em crianças
 Removidas geralmente por profilaxia.
Defeitos no esmalte  maior intensidade no manchamento.
Manchas intrínsecas

 Mais profundas (íntimo da estrutura dental);


 Se incorporam em ambos os tecidos mineralizados;
 Podem ser decorrentes de hereditariedade, idade, necrose pulpar,
traumatismo, hemorragias, iatrogenias (ex: cimento endodôntico), etc;
 Congênitas ou Adquiridas;

Congênitas

 Amelogênese imperfeita;
 Dentinogênese imperfeita;
Adquiridas

 Pré-irruptivas:
- Tetraciclina;
- Flúor;
 Pós-irruptivas:
- Escurecimento natural;
- Traumatismo;
- Outras.
Hepatite Severa: Dentes verde-azuis ou marrons; Manchas por bilirubina ou biliverdina.
Fluorose: Quantidade e época de ingestão:
- Mais de 1 ppm a partir o 3º mês de gravidez até o 8º ano de vida.
Classificação das Fluoroses
1 - Normal
2 - Questionável
3- Muito Suave
4 - Suave
5 - Moderado
6 – Grave.

Traumas de desenvolvimento:

Hipomineralização e Hipoplasia, respectivamente.


Tetraciclina
Classificação dos graus de manchamento:

 Grau I - Manchamento mínimo amarelo claro. Menor grau de manchamento;


Amarelo, marrom ou cinza leve; - Distribuição uniforme;
- Prognóstico é bom;
 Grau II - Amarelo profundo ao marron acinzentado;
 Grau III - sâo descolorações azuladas ou cinza escuras.
- Com faixas definidas principalmente no 1/3 cervical;
- Prognóstico não é satisfatório;
- Pode ocorrer o clareamento;
 Grau IV - manchas severas muito escuras (bandas de diferentes cores no dente)
contra-indicadas para o clareamento vital  Resultado ruim.

Tipos de Tetraciclinas Manchas por tetraciclina:


Graus I, II e III,
 Clortetraciclina - marron acinzentado; respectivamente.
 Dimetilclortetraciclina – amarelo;
 Oxitetraciclina – amarelo;
 Tetraciclina – amarelo;
 Doxiciclina - sem alteração de cor.
OBS: professora passou esta parte das manchas de forma muito rápida, acredito que não precisamos nos atentar muito a isso.

DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO


Escurecimento - vários fatores

 Mancha:
- Natureza;
- Posição da mancha no dente;
- Composição.
Etapas:

 Exame Clinico;
 Anamnese;
 Profilaxia (para remoção do biofilme);
 Registro da cor (escalava de cor e fotografia);
 Exame radiográfico.
Exame clínico

 Profundidade da mancha;
 Documentação completa;
 Colaboração do paciente.

TIPOS BÁSICOS DE CLAREAMENTO VITAL

 Clareamento no consultório;
 Clareamento caseiro;
 Associação (consultório e caseiro);
Qual escolher? De acordo com o desejo do paciente, da sua necessidade, tempo...
O tratamento de clareamento deve ser proposto antes da realização de restaurações, especialmente estéticas, pois a
resina composta não clareia.
Quando o clareamento pode não ser necessário

 Manchas extrínsecas;
 Restaurações defeituosas;
 Restaurações metálicas.
Quando o clareamento pode ser contra-indicado

 Alergia ao peróxido;
 Gravidez ou lactação;
 Cáries ou restaurações mal adaptadas  sensibilidade;
 Idade;
 Severas perdas de esmalte;
 Restaurações extensas;
 Pacientes com expectativas acima do possível;
 Fumantes  a chance de voltar a escurecer é maior, paiente deve estar ciente;
 Pacientes que não colaboram com o tratamento;
 Pacientes em tratamento de doenças graves.
Sucesso clareador
↑ Quantidade de fatores iatrogênicos e + Tempo se passou  prognóstico sombrio (mais difícil o clareamento
funcionar;
Agentes clareadores - composição
Basicamente:

 Peróxido de hidrogênio;
 Peróxido de carbamida:
- Peróxido de hidrogênio + peróxido de uréia;
 Glicerina ou glicol – carbopol;
 Agentes dessensibilizantes.

Peróxido de hidrogênio

 ↓ Peso molecular - 30g/Mol


Forma exclusiva (somento o peróxido de hidrogênio)

 Liberação de O₂  rápida ( -1 hora);

Associado

 Liberação de O₂  lenta (2/3 horas);


 O clareamento acontece por mais tempo;
Carbopol

 Carboxipolimetileno;
 ↑ Aderência do gel na superficie dental;
 ↑ Tempo de liberação do oxigênio nascente;
 Teoricamente ↑ efetividade.
Agentes dessensibilizantes
Sensibilidade dental  alterações térmicas;

 Fluoreto de sódio e potássio:


- Agente físico do fechamento dos poros;
 Nitrato de potássio:
- Polarização e despolarização da fibra nervosa.
Mecanismo de ação
Processo de escurecimento dental

Estruturas estáveis  manchas


CLAREAMENTO  oxidação( proc. Químico)

Atua nos materiais orgânicos do dente, liberando  CO2 + H2O


Peróxido de carbamida 10%:

 É o padrão ouro para clareamento caseiro  muito efetivo, sensibilidade é controlável e praticamente não
agride polpa e tecido peridontais;
 Uréia (CNH3) a 6,4% + peróxido de hidrogênio(H₂O₂) a 3,6%;
- Uréia  dióxido de carbono e amônia;
 Peróxido de hidrogênio  água( H₂O) e oxigênio(O₂) e perodroxil(HO₂) por curtos períodos.

Alteração no dente Reação química Processo de Conversão

Pigmento escuro no Pigmento escuro da estrutura


dente dos anéis de carbono.

Pigmentos parcialmante Estruturas não saturadas


clareados levemente pigmentadas.

H2 O2

Pigmentos completamente
clareados.

Degradação da matriz de
esmalte.

Perda da matriz do esmalte


Agentes Clareadores:
Uso no consultório

 Peróxido de hidrogênio a 30 a 38% (geralmente 35%)


ou Peróxido de carbamida 35 a 44%;
Caseiro

 Peróxido de hidrogênio 1 a 10%;


- (Day White, Whiteness perfect, Whitestrips-cret...);
 Peróxido de carbamida de 10%, 16% a 22%;
- Proxigel, Opalescence, Nite White, Whiteness 10%,22%, Clarigel,
Rembrandt, Renew 10, Renew 16, ...);
 Clareamento caseiro tem tendência de ter uma maior duração

Concentração

 Diversas
 Não há diferença no sucesso do clareamento entre as diversas concentrações  mesmo grau de clareamento
 ↑ Concentração  ↑ Velocidade  longevidade;
Peróxido de hidrogênio a 5,3% - WHITESTRIPS

Expor o paciente a tais tipos de agentes clareadores pode causar maiores riscos estrutura dental e tecidos moles
Outros agentes clareadores

 Podem ser igualmente efetivas no clareamento dental, mas a sensibilidade dental pode se intensificar
durante o tratamento;
 Menos confortáveis.
Carvão ativado possui efeito clareador????

 O pós de carvão ativado não promoveu mudança de cor quando combinado com cremes dentais regulares e
clareadores. Além disso, mostrou causar alterações na superfície do esmalte;
 Escovação durante 12 semans com pasta de dente a base de carvão vegetal e uma pasta fluoretada regular
produziu efeitos semelhantes na alteração de cor;
Pastas Clareadoras:

 Partículas abrasivas  remoção das manchas extrínsecas;


 Apresentam o agente clareador, mas o tempo de uso não causa efeito de fato;
 As partículas abrasivas causam desgates dentários.
PREPARAÇÃO PARA O CLAREAMENTO
Passo 1:
Exame visual  anammese  causa do escurecimento;
Passo 2:
História prévia  hábitos do paciente:

 Uso/ freqüência: café, tabaco, alimentos coloridos;


 Presença de microrrachaduras;
 Morder gelo, caneta, etc.
Passo 3:
História médica  causas do escurecimento;

 Condições/medicações sistêmicas atuais/passadas;


Investigar:

 Medicamentos  gestação e infância;


 Suplemetação de flúor;
 Problemas de saúde de ordem geral, ex: estomacais.
Passo 4:

 Registro de cor com auxílio de escala e fotografias.


Passo 5:
Exame clínico  dentes e tecidos moles;

 Presença de cáries, áreas hipo e hiper mineralizadas;


 Vitalidade dos dentes;
 Trincas no esmalte;
 Traumatismos dentários;
 Sensibilidade:
 Problema periodontal/ gengival;
 Realizar Rx;
 Realizar profilaxia previmente ao clareamento  usa-se taça de borracha para superfícies lisas e escova de
Robson para superfície de sulcos e fissuras.

TÉCNICAS DE CLAREAMENTO
Caseiro (home bleaching)

 Concentrações menores do agente clareador:


- Peróxido de hidrogênio a 1 a 10%;
- Peróxido de carbamida de 10 a 22%;
Consultório (in-office bleaching)

 Concentrações maiores do agente clareador


- Peróxido de carbamida a 35%;
- Peroxido de hidrogênio a 35%  mais usado;
 Devido à maior concentração do agente clareador, este clareamento pode ocasionar maior sensibilidade e
apresenta maior risco para polpa.

* CLAREAMENTO CASEIRO*
 Peróxido de carbamida de 10 a 22 % ou peróxido de hidrogênio de 1 a 10%;
 Uso de moldeiras individuais;
 Procedimento simples;
 ↓ Concentração de peróxido;
 Paciente realiza em casa com monitoramento profissional.
Indicações
Alteração generalizada da cor dos dentes vitais.

TÉCNICA DE CLAREAMENTO CASEIRO

Registro da cor; Moldagem; Confecção da moldeira (recorte do modelo de gesso que será levado a uma plastificadora à vácuo);
Prova da moldeira; Profilaxia.

OBS: não é realizado alívio nos modelos de gessos, pois com isso fica mais produto, o que causa inflamação gengival.
Feitos em gesso pedra e recortados em formato de ferradura para uma adequada moldagem da área cervical.

 Gel clareador deve ser armazenado em local seco e escuro.

Principais características da moldeira de clareamento


 Recorte marginal 3mm acima do nível gengival (da cervical até a borda);
 Acetato rígido ou maleável com 0,3mm de espessura;
 Ausência de vincos na estrutura da moldeira;
 Recorte pode ser reto.
Modo de Usar

 Deve-se aplicar o gel na moldeira por pelo menos 2 horas até 4 horas (ideial por 4 horas para maior
efetividade);
 Tempo total de uso é em torno de 1 a 3 semanas (se o paciente é A ou B na Escala Vita);
 Se for peróxido de hidrogênio com concentração de 4%, 5% a 7½ %, usa-se por uma hora ou 30 minutos, de
acordo com a concentração;
 Deve ser aplicado na moldeira o equivalente a um grão de arroz, em cada dente, na superfície vestibular,
próximo à incisal  não ficando excessos, não indo nos tecido moles e pegando todo o dente;
 Em caso de estravasamento de material, utilizar bicarbonato de sódio, pois ele para a ação do agente
clareador.

Prova da moldeira

 Deve estar bem adaptada, evitando danos ao periodonto e ocorrência de áreas isquêmicas.
Instruções ao paciente
1. Escovar os dentes;
2. Aplicar o gel dareador na moldeira (1 gota);
3. Levar moldeira à boca (se necessario: retirar os excessos de gel);
4. Permanecer com a moldeira por um curto periodo de (2 a 4 horas com perőxido de carbamida 10%). Obs:
produtos com concentrações mais baixas do peróxido de hidrogênio devem permanecer menor tempo -
verificar a orientação do fabricante
5. Remover a moldeira, lavá-la na agua corrente e deixar secar;
6. Retirar o gel dos dentes com bochecho e massagem (não escovar imediatamente --. Dentes estão mais
sucetíveis à abrasão);
7. Bochechar com sol.de fluoreto de sodio 0,05% para remineralização;
8. Pode-se fazer uso dos dessensibilizantes.
O acompanhamento deve ser semanal. A duração do clareamento caseiro é em média de 3 a 4 semanas.
Polimento

 Com pasta diamantada fina e disco de feltro;


 Não deve ser realizado imediatamente  esperar 1 a 2 semans para remineralizar o dente;

EFEITOS COLATERAIS DO CLAREAMENTO CASEIRO


O clareamento é um processo químico, caso sejam feitos testes de dureza em um dente passando por clareamento, a
dureza será menor, todavia, 1 a 2 semanas após o clareamento o dente volta ao normal, pois remineraliza  não se
tem perda de estrutura dentária se for feita de maneira correta.
Sensibilidade dentinária ao clareamento caseiro

 Principalmente nos primeiros dias de utilização;


 Alimentos gelados, quentes, ar;
 Respostas muito diversificadas
 Relacionada: trincas no esmalte, exposição cervical da dentina, anatomia da junção cemento-esmalte;
 Todos os peróxidos de carbamida podem causar sensibilidade dental  o clareamento acontece por difusão,
assim não funcionaria vedar uma parte do dente que possui maior risco de causar sensibilidade;
 Há 40 a 50% de chance que os pacientes experimentem uma sensibilidade suave com peróxido de carbamida a
15-20%;
 Para perôxido de carbamida a 10% a chance é em torno de 30%;
 Sensibilidade dental do clareamento é temporária.

Recomendações:
 Suspenção do tratamento por 2 ou 3 dias;
 Agentes dessensibilizantes: nitrato de potássio e fluoreto de sódio com gel de peróxido de carbamida
reduziram a sensibilidade dental em comparação com peróxido de carbamida 10% sem o uso desses 2
componentes.
Irritação do tecido gengival

 Ligeira irritação no inicio do tratamento.

Verificar:
 Moldeira está com excessos, mal adaptada;
O que fazer:

 Recortar melhor a moldeira;


 < Tempo de uso;
 Interrupção temporāria;
Ao término do clareamento irritação desaparece.
MATERIAIS RESTAURADORES

 Não há ação sobre as restaurações existentes;


 Dentes Clareados  Trocar restaurações estêticas;
 Demais restaurações não há necessidade.
 Não interferem na dureza e rugosidade de resinas compostas.
Propriedades dente – restauração

 Clareamento diminui potencial de adesão do dente  contraindicada restauração após o término do


tratamento clareador;
 Perda de propriedades ópticas Dente mais opacificado  dificultando a escolha da cor;
 Aguardar 1 a 2 semanas para restaurar com resina composta dentes clareados.

OBS: a alteração de temperatura altera o pH dos agentes clareadores.


9.2 - Clareamento de Consultório (Dentes Vitais)
• Ressurgimento nos consultórios;
• Novos agentes clareadores;
• Novos aparelhos para ativação;
• Menor tempo de tratamento.
INDICAÇÕES

• Clareamento de áreas específicas;


• Pacientes com pouco tempo;
• Manutenção de clareamentos internos ou caseiros;
• Manchamentos severos;
• Associação ao clareamento caseiro.
Geralmente, para atingir o resultado desejado são necessárias de duas a três sessões. O intervalo de tempo entre estas
sessões é de uma semana.
MARCAS COMERCIAIS

• Whiteness HP,
Whiteness HP Blue -
FGM
• Whiteness HP Maxx
Auto Mix - FGM
• Polaoffice - SDI
• HI Lite - SHOFU
• Mix One

TOPDAM
É a barreira gengival utilizada para proteger a gengiva e precisa
ser usada com muito cuidado.
FONTES DE LUZ

• Aparelhos fotopolimerizadores;
• Aparelhos de LED;
• Aparelhos laser.
Antigamente realizava-se a ativação do gel, inclusive com lazer argônio, LED, etc. A ativação do gel clareador para o
clareamento de consultório, por meios físicos, não tem mostrado superioridade em relação aos meios que utilizam apenas
a ativação química. Deste modo, se não mostra superioridade, não há motivos para expor o paciente.
Efeitos indesejáveis do clareamento:
O clareamento de consultório tem uma sensibilidade maior porque a concentração é maior. Um argumento para
utilização de fontes de luz é que diminuiria esta sensibilidade.
Resultados na literatura sobre diferentes fontes de luz:
Laser de argônio e LED:
Será que a dessensibilização do dente ocorre ao mesmo tempo do clareamento? Provavelmente não.
Ocorre diminuição da sensibilidade antes e após o clareamento dental? Provavelmente não.
Laser de diodo e LED (alta e média potência):
Estas fontes de luz promovem o aquecimento do gel e aumento da temperatura do dente que pode causar dor e
hiperemia pulpar (que leva a dor).
A dor e a hiperemia também estão relacionadas a maiores concentrações de peróxido de hidrogênio. Por isso o
clareamento caseiro é o mais seguro (principalmente com a utilização de peróxido de carbamida 10%).
TÉCNICA DO CLAREALMETO NO CONSULTÓRIO
1. Procedimentos iniciais
Inicialmente é feira anamnese, diagnóstico e a determinação da cor inicial (uma foto deve ser tirada mostrando o dente
e a cor com o código da escala). Além disso, realiza-se uma profilaxia.
2. Proteção da mucosa jugal com vaselina

3. Aplicação do dessensibilizante
O dessensibilizante é aplicado antes da utilização do gel e fica nos dentes por 10 minutos.
4. Isolamento absoluto ou barreira gengival
A barreira gengival deve cobrir toda a gengiva marginal, a papila e um pouco da cervical.
Esta barreira é aplicada com uma seringa e em seguida joga-se a luz. Para fazer isto é necessário
manter a mucosa seca.
Falhas na barrira gengival

Barreiras mal adaptadas, olhando por vestibular, muitas vesses podem parecer bem-feitas. No entanto, ao colocar a
barrira deve-se pegar o espelho e observar por incisal se há algum espaço entre a gengiva e o dente. Se houver deve-se
acrescentar mais. Isso é importante porque se o produto ficar em contato com a gengiva “torra” a região. Caso o paciente
tenha diastema é indicado colocar um pouco de topdam por palatina para vedar bem.
5. Aplicação do agente clareador
É importante utilizar um afastador com local para o paciente morder e uma cânula
de aspiração (de endo ou cirúrgica). É feita a manipulação do gel e a aplicação.
6. Remoção e nova aplicação
Alguns géis são aplicados, ficam por 15 minutos, é feita a remoção e nova aplicação. Para realizar a remoção utiliza-se
a cânula para aspirar o produto seguido de lavagem e remoção da barreira.
Gase e cânula de aspiração:
Não é indicado utilizar gaze na boca do paciente pois as vezes a gaze encharca e a ao tirá-la ela encosta
no produto, encosta na mucosa e queima. A gaze era utilizada quando não existiam os afastadores com
abaixador de língua.
Remoção do gel, lavagem abundante e tomada da cor:

Remoção do isolamento e aplicação do dessensibilizante:


Pode ser aplicado dessensibilizante após o clareamento.
7. Aplicação de flúor neutro
Pode ser feita a aplicação de flúor neutro. No entanto, não deve ser feito o
polimento imediato e principalmente não devem ser utilizadas pontas duras (o
dente precisa de tempo para remineralizar).
8. Tomada de cor final

9. Sorriso final
Antes Depois

*Marcas Comerciais*
WHITENESS HP (FGM)

• Base de peróxido de hidrogênio 35%;


• pH neutro (6 a 7);
• Duas fases:
1. peróxido de hidrogênio
2. espessante
• Proporção - 3:1 (3gotas de peróxido de hidrogênio para 1 de espessante);
*Para utilizar, mistura-se o peróxido de hidrogênio com o espessante até adquirir uma consistência viscosa e aplica-se sem fonte de luz.

• 3 aplicações 15 min. sem fonte de luz


• Cor inicial rosa/ vermelha → transparente
• Total de aplicações por sessão: 3
• Intervalo entre as sessões: 1 semana.
WHITNESS HP MAXX

• Base de peróxido de hidrogênio 35%


• Duas fases:
1. peróxido de hidrogênio
2. espessante
• Proporção - 3:1
• 3 aplicações de 15 minutos por sessão
WHITNESS HP BLUE

• Base de peróxido de hidrogênio 35%


• Este produto possui duas seringas que se acoplam parara fazer a mistura do
peróxido de hidrogênio com o espessante.
• Tem cálcio na sua composição e é utilizado mais em pacientes que já
apresentam, alguma sensibilidade;
• Misturar as 2 fases com as seringas conectadas;
• É feita uma aplicação, 40 minutos por sessão.

O afastador com abaixador de língua é utilizado


para abaixar a língua, evitando que ela queime
com o produto.

WHITENESS AUTOMAX
Base de peróxido de hidrogênio 35%

WHITENESS AUTOMIX
1 aplicação de 50 minutos por sessão Os palitos foram utilizados para
abaixar a língua, evitando que
ela queime com o produto.

HI-LITE (SHOFV)

• Base de peróxido de hidrogênio 35%


• Duas fases:
1. Líquido peroxido de hidrogênio 35%
2. Pó

POLAOFFICE (SID)
Base de peróxido de hidrogênio 35%.
CASO 1)
Aplicação do Esta barreira é muito dura Aplicação da barreira
Anamnese, diagnóstico, determinação e foto
dessensibilizante. e não deve ser usada (topdam) e do gel
da cor inicial.
clareador

Foto com a cor final. Antes. Depois.

.
CASO 2)

EFEITOS ADVERSOS DO CLAREAMENTO DENTAL EXTERNO


Queimadura: se o paciente relatar dor (sensação de agulhadas), pode ser a dor da
mucosa queimando. Para contornar a situação deve ser aplicado imediatamente o
neutralizante a base de bicarbonato de sódio que vem no kit.
MANCHAS
Quando é feito o clareamento de consultório podem ficar algumas manchas brancas. Isso ocorre porque durante o
procedimento o dente fica isolado da boca, ou seja, sem receber saliva. O que acontece muito é que o paciente já
possui esta mancha branca (hipoplasia por exemplo) mais com a falta da saliva (dente desidratado) ela fica mais
evidente. Quando o dente reidrata a mancha não fica mais tão branca. Este processo costuma ser de um dia para o
outro. Desse modo, não é o clareamento que mancha, isto já está na estrutura dental do paciente.
CASO 3)

OUTRAS SOLUÇÕES ESTÉTICAS

• Restaurações estéticas diretas ou indiretas;


• Facetas de porcelana e resina composta;
• Coroas estéticas;
• Associação.
6/8/21

ETIOLOGIA
• PERDA IRREVERSÍVEL DE ESTRUTURA MINERALIZADA, SEM
ENVOLVIMENTO BACTERIANO

• ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
• FATORES QUÍMICOS E/OU MECÂNICOS
Etiologia e Prevenção • CARGAS OCLUSAIS PODEM ESTAR ASSOCIADAS

1 2

PREVALÊNCIA PREVALÊNCIA
• DE 2% A 90% (SHULMAN & ROBINSON, 1948; BERGSTROM & • 768 DENTES (35- 44 ANOS) E 991 (65-74 ANOS)
ELIASSON, 1988)
• A PREVALÊNCIA DE LCNC FOI DE 76,8% E 81,3% EM PACIENTES DE
• VARIAÇÕES DEPENDEM DA IDADE, GÊNERO, POPULAÇÃO, MEIA-IDADE E IDOSOS, RESPECTIVAMENTE
HÁBITOS ORAIS E DIETÉTICOS, FATORES SOCIO-ECONÔMICOS • 35-44 ANOS = HOMENS, MAIS VELHOS E VIVENDO EM ÁREAS
(W OOD ET AL., 2008) SUBURBANAS
• GRANDE CORRELAÇÃO COM A IDADE (LEVITCH ET AL., 1994)

LAI ZY, ZHI Q H, ZHOU Y, LIN HC . PREVALENCE OF NON-CARIOUS CERVICAL LESIONS

ASSOCIATED RISK INDICATORS IN MIDDLE-AGED AND ELDERLY POPULATIONS IN SOUTHERN

C HINA. C HIN J D ENT RES. 2015

3 4

ABRASÃO
SINTOMAS
DESGASTE MECÂNICO PRODUZIDO POR MEIO
DE CONTATO REPETIDO DE UM CORPO
ESTRANHO NA ESTRUTURA DENTAL, NÃO
• LESÕES SINTOMÁTICAS: SENSIBILIDADE ASSOCIADA À
RELACIONADO À OCLUSÃO.
EXPOSIÇÃO DOS TÚBULOS (EROSÃO)

• LESÕES ASSINTOMÁTICAS: SUPERFÍCIE LISA COM


EVIDÊNCIA DE DEPÓSITOS INTRATUBULARES =
ESCLEROSE (ABRASÃO)

6 7

1
6/8/21

ETIOLOGIA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

• ESCOVAÇÃO • LESÕES MÚLTIPLAS


• TÉCNICA
• GERALMENTE RASAS E EXTENSAS
• FREQUÊNCIA
• TEMPO • ACOMETE MAIS A SUPERFÍCIE VESTIBULAR
• FORÇA APLICADA • MARGENS AGUDAS E BEM DEFINIDAS
• LADO DE INÍCIO
• SUPERFÍCIE POLIDA, DURA E LISA
• RIGIDEZ E ARREDONDAMENTO DAS CERDAS DA ESCOVA
• ABRASIVIDADE DO DENTIFRÍCIO
• ASSOCIADAS À RECESSÃO GENGIVAL
• HÁBITOS (PALITO, CANETA, ETC) • AUSÊNCIA DE BIOFILME E DE DESCOLORAÇÃO

8 10

MEDIDAS PREVENTIVAS
LESÕES ASSOCIADAS EROSÃO/ABRASÃO
• ESCOVAR PELO MENOS 1H APÓS O DESAFIO ÁCIDO AUMENTA A
RESISTÊNCIA À ABRASÃO.
• DENTIFRÍCIO COM BAIXA ABRASIVIDADE
• A ABRASÃO É ACELERADA COM A DISSOLUÇÃO OU SOLUBILIZAÇÃO ÁCIDA.
(DAVIS & WINTER, 1980) • ESCOVA DENTAL MACIA E TÉCNICA MENOS AGRESSIVA (ORAL B
PROFESSIONAL CARE 5000)
• EFEITO COMBINADO É PIOR DO QUE O ISOLADO (EISENBURGER ET AL., 2003)
• FLÚOR EM BOCHECHO E/OU APLICAÇÃO DE GEL
• D IETA ÁCIDA ASSOCIADA À ESCOVAÇÃO AUMENTA A PREVALÊNCIA DE CONCENTRADO COM PH NEUTRO
LESÕES (LUSSI & SCHAFFNER, 2000)

11 13

EROSÃO OU BIOCORROSÃO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

DESGASTE DENTAL CRÔNICO PROVOCADO POR • PERDA DE ESTRUTURA DENTAL CRÔNICA


AÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS DE ORIGEM EXTRÍNSECA • G ERALMENTE INDOLOR
OU INTRÍNSECA. • LESÕES RASAS E SEM TÉRMINO NÍTIDO
• SUPERFÍCIE LISA
• C ONTORNO ARREDONDADO (PIRES)
• SEM BIOFILME
• O CLUSAL, VESTIBULAR, LINGUAL
• RESTAURAÇÕES PROJETADAS

17 18

2
6/8/21

CAUSAS EXTRÍNSECAS

• D IETA ÁCIDA (ALTA FREQUÊNCIA):


• SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS
• REFRIGERANTES
• VINHOS
• ENERGÉTICOS
• ISOTÔNICOS
• BEBIDAS DE SOJA
• VINAGRE
• VITAMINA C
• M EDICAMENTOS
• AMBIENTES (INDÚSTRIAS, LABORATÓRIOS E PISCINAS)

https://goo.gl/images/FfgrM4

19 20

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CAUSAS INTRÍNSECAS

FATORES EXTRÍNSECOS
• ÁCIDO CLORÍDRICO:
• VÔMITO
• REGURGITAÇÃO
• SUPERFÍCIES VESTIBULARES DOS DENTES SUPERIORES
• REFLUXO
• HÉRNIA DE HIATO
• GRAVIDEZ
• ANOREXIA NERVOSA
• BULIMIA

21 22

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS SEVERIDADE DO DESGASTE


• UM A DOIS ANOS APÓS O INÍCIO DO ATAQUE ÁCIDO
FATORES INTRÍNSECOS • FREQUÊNCIA E DURAÇÃO REGULAR (VÁRIAS X/SEMANA)
• SUPERFÍCIES PALATINA DOS DENTES SUPERIORES • SENSIBILIDADE DENTAL

• SUPERFÍCIES OCLUSAIS DOS INFERIORES (PERIMÓLISES) • FRATURAS DAS BORDAS INCISAIS


• HIGIENE BUCAL
• GRAU DE MINERALIZAÇÃO
• ACESSO AO FLÚOR
• QUANTIDADE E QUALIDADE DE SALIVA
• FREQUENTEMENTE ASSOCIADA A OUTROS FATORES (ATRIÇÃO, ABRASÃO)

Dias, C.C. et al., Tratamento de Lesões Cervicais Não-Cariosas. In: Dentística: uma abordagem multidisciplinar . Pereira JC,
Anauatte Neto, C; Gonçalves, S. 2014.

23 24

3
6/8/21

MEDIDAS PREVENTIVAS
ABFRAÇÃO
• REDUZIR A INGESTÃO DE BEBIDAS E ALIMENTOS ÁCIDOS
• USAR CANUDO PERDA PATOLÓGICA DOS TECIDOS DUROS DENTÁRIOS
DECORRENTE DE FORÇAS OCLUSAIS TRAUMÁTICAS QUE
• ESCOVAR 1H APÓS AGRESSÃO ÁCIDA
PROVOCAM O DESGASTE DO ESMALTE, DENTINA E CEMENTO.
• ENXAGUAR OS DENTES COM ÁGUA APÓS INGESTÃO
GRIPPO, 1991
DE ÁCIDOS

• RESTRINGIR OS ALIMENTOS ÁCIDOS ÀS REFEIÇÕES


PRINCIPAIS.

26 27

ETIOLOGIA A carga oclusal pode não ser o fator primário na


formação das LCNC
(Pegoraro et al., 2005; Stafan et al., 2005)
Hipótese para a etiologia de lesões cervicais idiopáticas

Forças laterais
excêntricas

Tensões na JCE

Ruptura dos
cristais

Susceptibilidade ao
desgaste
Forte correlação entre bruxismo, parafunção e outros
Lee WC, Eakle WS. Possible role of tensile stress Lesões em forma fatores oclusais
in the etiology of cervical erosive lesions of teeth. de cunha
J Prosthet Dent. 1984 Sep;52(3):374-80 (Miller et al., 2003; Ommerborn et al., 2007)

28 29

ABFRAÇÃO ABFRAÇÃO
• LOCALIZADA EM UM OU MAIS DENTES
• FORMA DE CUNHA COM ÂNGULOS VIVOS • PODEM SER ISOLADAS
• BORDAS BEM DEFINIDAS • EXTENSÃO SUBGENGIVAL
• PRESENÇA DE INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS • SUPERFÍCIE LISA E POLIDA
• FACETAS DE DESGASTE • MAIOR FREQUÊNCIA EM PM E CANINOS

31 32

4
6/8/21

LESÕES ASSOCIADAS
LESÕES ASSOCIADAS

Ø 61,8% dos pacientes com LCNC apresentavam


algum tipo de trauma oclusal coadjuvado com
• A ABFRAÇÃO É A CAUSA PRIMÁRIA DE TODAS AS LESÕES
causas exógenas ou endógenas.
CERVICAIS NÃO-CARIOSAS. (GRIPPO, 1991)

• A ETIOLOGIA É MULTIFATORIAL, COM UMA COMBINAÇÃO


DE STRESS OCLUSAL, ABRASÃO E EROSÃO. (LEE & EAKLE,
1984)

Grippo & Semring,1995

33 34

LESÕES CERVICAIS TRATAMENTO DE LCNC


NÃO-CARIOSAS
• QUANDO RESTAURAR?
• DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS • TAMANHO DA LESÃO

• PLANEJAMENTO DO CASO • SENSIBILIDADE


• EXIGÊNCIA ESTÉTICA
• ELIMINAÇÃO OU REDUÇÃO DAS CAUSAS
• RESTAURAR OU NÃO??
• CAVIDADE NÃO RETENTIVA
• PROSERVAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
• SUBSTRATO DENTINÁRIO
• MARGEM SUB-GENGIVAL

35 37

SUBSTRATO DENTINÁRIO DIFICULDADES PARA RESTAURAR


LCNC

o Adesão à dentina esclerótica


é 20% menor
o Sistemas adesivos convencionais ou
autocondicionantes são semelhantes
o Ácido não é capaz de condicionar além da dentina
superficial hipermineralizada e não dissolve o
conteúdo esclerótico dentro dos túbulos

Daley TJ, Harbrow DJ, Kahler B, Young WG. The cervical wedge-shaped lesion in teeth: a light and electron
microscopic study. Aust Dent J. 2009 Sep;54(3):212-9.
Kwong SM et al., 2002

38 39

5
6/8/21

TRATAMENTO RESTAURADOR TRATAMENTO RESTAURADOR

Resinas Compostas • BAIXO MÓDULO DE ELASTICIDADE:


Resinas Flow • RESINAS DE MICROPARTÍCULAS OU
NANOPARTÍCULAS
Cimento Ionômero de Vidro
• RESINAS FLOW (< % CARGA)
Compômero
Técnica do sanduíche
Rest. indiretas O material restaurador deve absorver
a energia transmitida pelas forças oclusais sem
deformação permanente

40 41

48 49

50 51

6
6/8/21

52 53

54 55

56 57

7
6/8/21

59 60

61 62

63 64

8
6/8/21

67 68

9
6- REPAROS DE RESTAURAÇÃO RESINA COMPOSTA
De acordo com pesquisa feita pelos professores, a grande maioria de dentistas fazem muito pouco reparo em de
restauração de resina, pois preferem substituir toda a restauração.

FALHAS DE RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA


Principais causas de falha:

• Cárie secundária, fratura e perda de material;


• Cárie secundária é o motivo mais frequente de substituição.
*Mesmo em países em que a carie foi controlada, ex: Scandinavia, Holanda.

• Fratura (8%) também pode ocorrer (principalmente em regiões de maior carga mastigatória), cárie secundária
(6%) e fratura de cúspide (5%).
• Fratura (indireta 8,3% e direta 12,1%), desgaste oclusal (4,2% e 6,1%) e cárie secundária (4,2% e 9,1%).
*Porcentagens são pequenas, pois apresentam poucos anos de acompanhamento, no máximo 3/4 anos.

SINAIS CLÍNICOS DE DEGRADAÇÃO E FALHAS DE RESINA COMPOSTA

• Manchamento da restauração;
• Descoloração marginal;
• Carie secundária (Está associada a uma restauração);
*Existe a infiltração de microrganismos, mas o sinal clinico é a carie secundaria.

• Degaste de superfície;
• Fraturas.

*Manchamento ou cárie? Primeiro passo: usar sonda, se a sonda entrar é cárie.


Em casos de carie, é possível observar mais defeitos envolvendo margem da restauração, uma abertura maior.
Além da presença de tecido amolecido
Sulco muitos profundos tem mais chance de apresentar manchamento, assim como dependendo da dieta. Em casos de machamento,
apenas um acabamento e/ou polimento podem ser o suficiente.

Exemplos de carie. Imagem 2: Carie com grande probabilidade de retenção de microrganismos (Região com bastante chance de ter carie, por
ter pouca porção de esmalte, dificuldade de acesso)

*Paciente com várias caries classe II é indicado fazer radiografia innterproximal, mesmo sem sinal clinico visível
Exemplo de desgaste generalizado, devido a um dente antagonista. Não é um caso para reparo.
Por ser uma restauração extensa, o melhor seria uma restauração indireta, como uma onlay.

Exemplos de fratura. Imagens 2 e 3: Fratura de Istmo

*Prova: fratura de istmo: acontece na intersecção entre a caixas oclusal e proximal. Pode acontecer com amálgama ou com resina, por questões
mecânicas ou erros no procedimento adesivo. Muito comum em pré-molares, em que a cúspide palatina é muito exigida, acarretando da fratura
da restauração ou até do dente.

Fratura e Carie secundária. Em casos em que a fratura no mesmo local é recorrente, avaliar se apenas um reparo é suficiente.

REPAROS EM RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA


Definição

• "Recuperação de restaurações existentes, corrigindo imperfeições com o mínimo sacrifício de estrutura dental
sadia". Elderton RJ, 1993 – Grande vantagem do reparo: preservar mais estrutura sadia.
• Reparo é a substituição parcial de uma restauração com defeitos ou falhas que não correspondam a mais de
50% da sua extensão total. – Profa. gosta mais dessa definição.
*O reparo não passa de mais da metade da restauração

SUBSTITUIR OU REPARAR?
Substituição total: Reparo

• Remoção de mais estrutura dentária; • Alternativa conservadora;


• Ampliação do preparo cavitário; • Menor desgaste dentário;
• Maior custo financeiro; • Menor custo financeiro;
• Maior tempo. • Menor tempo.
INDICAÇÕES PARA REPAROS EM RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA

• Pequenas fraturas (é preciso avaliar a causa das fraturas, pois não adianta reparar
restauração com complicação oclusal envolvida, vai fraturar novamente);
• Defeitos marginais;
• Descolorações marginais;
• Correções de cor e forma (quando a fio dental passa com dificuldade ou está
acumulando alimento);
• Manchamentos externos (quando é feito o desgaste com broca, a resina logo clareia, se
trata de um manchamento externo. Causado pela a dieta do paciente, pelo tabagismo..)
*Caso a cor da resina permanecer escura, se trata de um manchamento interno e é preciso substituir toda a restauração)

CONTRA-INDICAÇÕES PARA REPAROS EM RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA

• Recidiva de cárie;
• Fraturas extensas;
• Desgastes oclusais;
• Manchamentos intrínsecos (dente tratado endodonticamente);
• Hábitos parafuncionais, como bruxismo.
*Reparo não tem a mesma resistência mecânica que uma restauração toda feita na mesma sessão, o
problema está na união entre resina antiga e a nova.

VANTAGENS

• Alternativa menos invasiva a substituição total da restauração;


• Preservação de estrutura dental;
• Aumento de longevidade da restauração (por vezes não é preciso submeter o paciente a horas de procedimento
para substituir toda a restauração, a exemplo de pacientes idosos e crianças);
• Redução de efeitos nocivos à polpa (os instrumentos cortantes rotatórios não são tão usados);
• Redução de custo.

LIMITAÇÕES

• Estética (nem sempre é possível manter a estética);


• Resistência adesiva menor do que restauração sem reparo (não se compara a uma restauração se reparo);
• Risco de permanência de cárie (nesse caso é melhor optar pela substituição).

(Imagem 1) Caso em que a estética deve ser considerada, talvez um reparo não seja o ideal (Imagem 2 )Caso em que a prof ficaria em dúvida
quanto a realização de um reparo, não sabe como está a estrutura dentária abaixo da restauração, quanto de tecido deverá ser reirado?
FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA INDICAÇÃO DE RAPARO

• Condições clínicas:
• Cárie sob a restauração (fazer radiografia);
• Extensão do defeito (não fazer reparo em mais metade do
dente);
• Localização do defeito (áreas de grandes esforços
mastigatórios, como em crista marginal de dente posterior não
é indicado a realização do reparo, apenas se for pequena e o
paciente tem uma oclusão adequada);
• Expectativa de longevidade da restauração (a restauração está funcional, apenas com alguns defeitos,
pacientes mais de idade que não precisam ficar horas na cadeira);
• Considerações estéticas (em dente anterior é melhor uma substituição).

COMPONENTES DA RESINA COMPOSTA

• Matriz orgânica composta por dimetacrilatos;


• Partículas orgânicas que garantem a propriedade de resistência que estão
dispersas na matriz;
• Silano realiza a união química entre a partículas inorgânicas e a matriz
orgânica.
Exemplos de silano

CAMADA INIBIDA DE OXIGÊNIO

• Permite a união entre os incrementos;


• Sempre haverá uma porcentagem de monômeros não reagidos;
• O último incremento de resina composta fotopolimerizável apresenta uma camada superficial que não se
polimeriza, devido ao contato com o oxigênio;
• Redução na quantidade de radicais livres depois do acabamento/polimento e contato com a água/saliva (após
anos com aquela restauração), a camada inibida é degradada;
• A Camada inibida de oxigênio só acontece no momento que está é construída a restauração, por isso para um
novo incremento deve ser feito antes do acabamento/polimento, da retirada do isolamento e sem muita demora
(no máx. 10 min), pois a camada vai sendo consumida pela luz do refletor.
*Se houve contaminação durante, é preciso recondicionar e reaplicar o adesivo.

MECANISMOS ENVOLVIDOS NOS PROCEDIMENTOS DE REPARO EM RESINAS COMPOSTAS


Prova:

• Retenção micromecânica pela penetração de monômeros nas irregularidades na superfície (necessário


principalmente por ser um “concerto”, reparo. Precisa aumentar o contato entre a resina antiga e nova). Assim,
os monômeros da resina nova penetram nas irregularidades da resina antiga;
• Ligações químicas à matriz orgânica e/ou às partículas expostas (silano).
Embricamento Microecânico
Asperização da superfície (tornar a superfície rugosa).

• Jateamento c/ partículas de óxido de Al (50μm) - Acoplado igual a caneta de


baixa rotação, porém sem água. Só usar com o isolamento absoluto, 10s de
jato são suficientes para fazer sujeira, além de ser tóxico, partícula de
alumínio (partículas batem na superfície e criam pequenos buraquinhos).
• Pontas diamantadas grossas (menos profundidade que o jateamento, faz riscos na superfície).
*Com a aspização também é retirada a camada mais degrada da resina antiga
Objetivos da Retenção Micromecânica

• Aumentar rugosidade da superfície;


• Aumentar área de contato;
• Promover maior embricamento com o adesivo;
• Eliminar camada externa mais degradada;
• Expor partículas de carga para união química com o silano.

(Imagem 1) Superfície polida (imagem 2) Superfície jateada óxido de alumínio - aspecto de cratera (imagem 3) Resina Composta com Jato de
Al₂O3-5 seg

(1) Superfície polida (2) Superfície asperizada com ponta diamantada

Tratamento Químico da Superfície


Dissolução parcial das partículas:

• Ácido fluoridrico 8% a 10% - condicionador de porcelana também poderia ser


utilizado como silano, por questão de segurança foi descartado , muito cáustico.
• Flúor fosfato acidulado a 1,23% - demora mais 10min para começar a agir.

Resina Composta com Ácido

Fluorídrico 10% - 60 seg

SILANO - Ligações Químicas com as partículas de carga.


Resina a ser reparada Resina de reparo

• "A silanização não se torna efetiva se não existirem partículas expostas na superfície a ser tratada." ;
• É feita a ligação química com as partícula (normalmente de sílica) de carga da resina antiga que foram
expostas com a embricação micromecânica;
• Silano é um agente duplo, anfótero – também se liga à matriz orgânica.

(1)Qumicamente ativado 2 frascos (Misturado 5 minutos antes do uso)

(2)Auto-ativadoSILANO prosil 1 frasco (pronto para uso) – não pode usar com dappen de vidro, colocar no casulo.

EFETIVIDADE DOS REPAROS EM RESINA COMPOSTA


Quanto é possível devolver de resistência?
G1 G2

3,84 (+/- 0,87) 18,00 (+/- 6,81)

2,56 (+/- 1,01) 14,38(+/- 5,04)

G1 = sem tratamento - G2 = adesivo Single Bond 2 - G3 = silano e adesivo- G4 =


jateamento e adesivo - G5 = jateamento, silano e adesivo G6 = sem reparo (coesiva) –
padrão ouro (comparar esse com outros grupos)

*mais partículas tem e resina, mais necessidade de tratar a superfícies, pois mais
partículas são expostas e o silano se orna mais efetivo.

A última linha (com uso de oxido de alumínio) apresenta maior resistência, assim como menor degradação ao longo de 6 meses.Imagem C=
com oxido de alumínio.
Estudo feito pelas profs, gostariam de saber se incorporar silano no adesivo poderia dispensar o uso do silano separadamente.No fim, adesivo
com silano não apresentou grandes resultados, mas sim a presença da jateamento com oxido de Al.Sendo assim, é melhor usar o silano
separado.. (3)Única marca com silano na composição.

TECNICA OPERATÓRIA

• Escolha da cor (antes do isolamento);


• Isolamento do campo operatório;
• Asperização da superfície;
• Condicionamento c/ ác. fosfórico (resina e esmalte – 30s ambos) - para limar a superficie;
• Lavar / secar;
• Silano/ 1 min / secar;
• Adesivo/fotopolimerização;
• Resina Composta.

CASO CLÍNICO
Restauração recente, porém, mais acinzentada (falta de resina de dentina). Não foi feito o jateamento, só com ponta
diamantada. – foi feito o condicionamento de ambos, esmalte e resina (apesar de aperecer nas imagens).

Aplicação do Silano Aplicação do adesivo


Exemplo de limite para reparo com resina, devido a extensão.

Restauração antiga e em paciente idoso - não precisa trocar toda restauração

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Avaliar a possibilidade de fazer o reparo;


• Procedimento rápido e seguro quando bem indicado;
• Preservação do tecido dentário sadio;
• Considerar o aspecto financeiro;
• Aumentar longevidade do conjunto dente/restauração.

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