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Cárie
Fractura Completa
Fractura Incompleta
Dente Evaginado
B) Traumáticas:
a. Agudas
Fractura coronária
Fractura radicular
Fractura coronoradicular
Luxação
Avulsão
b. Crónicas
Bruxismo
Atrição/Abrasão
Erosão
C) Iatrogenia
a. Preparo de cavidade
Calor gerado
Profundidade
Desidratação
Hemorragia pulpar
Exposição pulpar
Inserção de pino 3
Moldagem
b. Restauração
Colocação
Trauma oclusal
Fractura (completa e incompleta)
Pressão de cimentação
Calor gerado no polimento
c. Quimicos
Materiais de obturação
Cimentos
Plásticos
Ataque ácido
Forma da cavidade
Desinfectantes
AgNO3
Fenois
NaFl
Hipoclorito de Sódio
d. Outros
Extirpação intencional
Movimento ortodontico
Curetagem periodontal
Electrocirurgia
Queimadura pelo laser
Rinoplastia
Osteotomia
Intubação
B) Ideopáticas
a. Envelhecimento ou esclerose
b. Reabsorções internas
c. Reabsorções externas
Calcificação
Pulpotomia
– A realização de pulpotomia (pequena
fragmentação da polpa) requer uma
avaliação do coto pulpar, que deve estar
firme, resistente e não friável. Assim como o sangramento deve ser vermelho
vivo, com pequeno sangramento inicial.
– É contra-indicação relativa ausência de hemorragia, demasiada hemorragia e
sangue azulado ou escuro
Pulpite Hiper-reactiva
Polpa Normal
Pulpite Reversivel
Inflamatórias
Pulpite Irreversivel
Polipo pulpar
Degenerescência Fibrosa
Lesões Pulpares
Degenerativas
Calcificação distrófica
Reabsorção Ideopática
Necrose Pulpar
A) Hipersensibilidade Dentinária
É dor aguda de curta duração
Relacionada com exposição dos canaliculos
dentinários
Responde a estímulos térmicos, tecto, alterações
osmóticas, ácidos, doces, químicos ou vapores
Provocado maioritariamente por frio, alimentos ácidos, doces e raramente
alimentos salgados 9
Explicado pela teoria hidrodinâmica – alterações hidrodinâmicas do fluido
dentro dos tubulos abertos, estimula as terminações nervosas na camada externa
da polpa
Pode dever-se a:
o Exposição de zonas radiculares: retracção gengival, cárie, abrasão,
erosão, anatomia (JEC)
o Má técnica de escovagem
o Exposição a ácidos não bacterianos da dieta
o Cárie dentária
o Após tratamento: tartarectomia, cirurgia periodontal, restaurações
recentes (microleakage), oclusão traumática, branqueamento
As principais abordagens no tratamento são:
o Modificação ou bloqueio da resposta nervosa pulpar: quimicamente com
iões potássio e fisicamente com endodontia/extracção
o Alteração do fluxo do fluido nos túbulos dentinários: bloqueio dos
canaliculos por tratamento da cárie, uso de dentífricos e barreiras
superficiais
o Tratamento em casa: sais de potássio e estrôncio, oxalatos e fluoretos
o Tratamento em consultório: material restaurador, vernizes e precipitantes
e lasers
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B) Pulpite Reversível
Apresenta como sintomatologia:
o Dor sempre provocada:
– Principalmente pelo frio
– Calor com nenhuma ou pouca expressão
– Alimentos doces ou condimentados
– Impactação alimentar
o Ausência de dor espontânea (dor repentina)
o Dor desaparece mal termina o estímulo
o Períodos assintomáticos longos
O diagnóstico é feito com:
o Interrogatório
o Testes de vitalidade: teste positivo, com limiar doloroso diminuído
o Dificuldade em localizar dente que dói
o Percussão negativa
O tratamento visa eliminar a causa, restaurando com forramento adequado
C) Pulpite Irreversivel
Apresenta como sintomatologia:
o Aparecimento de dor espontânea, contudo deve-se despistar falsas dores
espontâneas
o Dores provocadas:
– Pelo frio (é comum o paciente procurar alivio momentâneo na
agua gelada na fase final da irreversibilidade)
– Pelo calor
– Devido ao aumento da circulação
o A dor permanece para lá do estímulo durante algum tempo
o Pode haver paroxismo da dor, que é dor desaparecer e depois reaparecer
no teste quente-frio
o O período doloroso pode durar horas ou dias, sendo constante ou
intermitente
O diagnóstico é feito com:
o Interrogatório
o Testes de vitalidade com limiar diminuídos: atenção ao teste de calor que
é quase especifico e estar preparado para resposta paroxistica 11
o Percussão pode ser negativa ou positiva
o Menor dificuldade em identificar o dente que dói
o Dores irradiadas para zonas intra ou extra orais
O tratamento é endodontico radical ou extracção se justificada
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D) Necrose pulpar
A polpa pode estar necrosada:
o Sem lesão apical: por vezes apresenta
pequeno espessamento do ligamento
periodontal, com ligeiro aumento da
mobilidade
o Com lesão apical: significa sempre
infecção 13
Tipos de necrose:
o De liquefacção: a polpa está com aspecto liquefeito, pela destruição
dos tecidos pulpares pelas enzimas proteoliticas
o De coagulação: a polpa transforma-se numa substancia sólida
caseificada
o Seca: pouca coisa se encontra na câmara e canais, apenas restos de
polpa completamente secos. Pensa-se que é evolução de necrose de
liquefacção que perdeu a parte liquida
o Isquémica: a polpa degenera e transforma-se numa massa sólida,
vermelha ou rosa pálida. Não apresenta praticamente vasos ou
células, pelo interrompimento do suprimento sanguíneo à polpa
Um dos maiores sinais é a alteração da cor e a esclerose visualizada
radiograficamente
E) Pólipo Pulpar
É também denominada pulpite hiperplasica
A superfície oclusal do dente envolvido desaparece
total ou quase totalmente, por cárie
O tecido pulpar vital com a forma de um cogumelo que
é firme e insensível ao toque
A polpa do dente jovem com uma inflamação crónica e
exposta pela cárie é a precursora deste tipo de
crescimento proliferativo do tecido conjuntivo
É impossível ocorrer em polpas adultas, pois necessita de polpas volumosas com
grande capacidade de defesa e aporte vascular considerável
Há:
o Fibroblastos em proliferação
o Novos capilares e células inflamatórias de todos os tipos
o Terminais nervosos sensitivos praticamente ausentes
o Superfície é composta de células necrosadas e leucócitos sob a qual se
dispõem tecido inflamatório, podendo posteriormente adquirir uma
cobertura epitelial proveniente de colonização por células da mucosa oral
É necessário diagnóstico diferencial entre:
o Pólipo pulpar
o Hipertrofia gengival
o Hipertrofia periodontal
F) Degenerescência Fibrosa
É uma perturbação ou desvio do metabolismo
pulpar normal, com substituição das células 14
pulpares por elementos fibrosos
Esta substituição acontece com o envelhecer
do dente, mas em certas circunstâncias o
processo acelera-se constituindo situação
patológica
É precipitado por:
o Cárie
o Abrasão ou erosão
o Procedimento operatórios
o Lesões do periodonto
o Traumatismos
o Entre outros
G) Calcificações distróficas
Existe nas formas:
o Difusa
o Nodular: são chamados
pulpólitos, que:
Pela consituição:
Verdadeiros –
produzidos por
odontoblastos
Falsos –
calcificações em
áreas de necrose
ou trombose
Pela localização:
Livres
Aderentes
Inclusos ou
intersticiais
H) Reabsorções
Há:
o Apicais e/ou laterais:
normalmente associadas a lesões
inflamatórias crónicas ou forças
ortodonticas
o Ideopáticas
Internas 15
Externas
A reabsorção apical é resultado de processo inflamatório, acompanhada de lesão
óssea. O tratamento é endodontico radical com pasta de hidróxido de cálcio e
obturação posterior
As reabsorções ideopáticas :
o Pensa-se que são resultado de alterações bioquímicas locais, provocadas
por dentinoclastos que vão reabsorver a dentina que é substituída por
polpa e tecido inflamatório crónico
o Estas lesões não costumam
dar sintomatologia, a não ser
uma cor mais rósea na coroa
se a reabsorção for coronária
o Pensa-se que podem estar
associadas a inflamação
pulpar, trauma, …, que
estimulam as células
fagociticas (dentinoclastos)
o O diagnóstico é radiológico,
devendo-se fazer raio x com
várias angulações para saber a
real localização
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A) Etiologia
I. Infecção
Quando as bactérias invadem a polpa esta acaba por necrosar, evoluindo
para patologia apical
Na patologia apical de origem endodontica temos sempre infecção, salvo
algumas excepções, como:
o Periodontites apicais agudas de origem traumática
o Osteite condensante
o Algumas necroses sem lesão óssea (controverso)
Sempre que há lesão óssea radiotransparente temos infecção, por floras
bacterianas mistas, principalmente anaeróbios ou anaeróbios facultativos
Foi demonstrado que polpas necrosadas infectadas induzem lesões periapicais, e
que na ausência de bactérias, não existem alterações patológicas apicais. Nunca
esquecer que mesmo com boa técnica endodontica podem persistir bactérias
resistentes dentro dos canaliculos
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II. Reinfecção
Se por qualquer motivo o selamento da obturação falha, os fluidos tecidulares
infiltram para o canal e levam nutrientes para os microorganismos fazerem a
reinfecção, que normalmente não está presentes floras mistas, mas infecções por
uma ou duas estirpes anaeróbias resistentes. O Enterococos faecalis é extremamente
resistente aos desinfectantes usados em endodontica, em conjunto com Candida spp.
e Actinomyces israelli os principais agentes de reinfecções.
B) Classificação
Agudo Crónica
•Periodontite Apical Aguda •Periodontite Apical Crónica
•Abcessos Apicais •Granuloma
•Agudo •Quisto
•Fénix •Abcesso Apical Crónico
•Osteite Condensante
I. Periodontite Apical Aguda
É uma inflamação localizada do ligamento periodontal da região
apical
A sua principal característica clínica é dor à percussão, variando
de dor ligeira a muito intensão, que pode ter:
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o Origem traumática: traumatismos agudos ou crónicos
o Origem endodontica: devido a pulpite e necrose, ou
química/mecânica provocada pelo tratamento
endodontico radicular
O raio x varia muito pouco indo desde normal até um pequeno
espessamento do ligamento
Pode estar associada a lesões com reabsorção óssea
No tratamento deve-se ter atenção à anestesia (pois picada pode difundir e devido ao
pH ácido do meio é difícil obter):
o No inicio e fase de celulite:
Antibióticos, anti-inflamatório e analgésicos
Eventual limpeza e desinfecção do canal: drenagem pelo canal
Promover colecção do abcesso: bochechos com água quente e
salgada, e gelo na face
o No abcesso colectado ou a drenar:
Antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos
Drenagem pelos tecidos moles, e pelo canal com instrumentação e
desinfecção
Atenção: nunca se deixa o dente aberto a drenar pelo canal
21
22
Inflamação Apical
Granuloma
C) Diagnóstico e Tratamento
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Todas as lesões apicais de origem endodontica são tratadas com endodontia
ortograda com medicação intracanalar (hidróxido de cálcio/MTA) ou não (80-85%
casos). Posteriormente é avaliada a sintomatologia, se resolvida controla-se
radiograficamente, se mantém reavalia-se possível reinstrumentação ou parte-se
para cirurgia apical (15-20%).
O recurso à cirurgia endodontica não está influenciada pelo tamanho e aspecto da
lesão, mas sim pela persistência de sintomatologia, após endodontia, e 25
inacessibilidade pelo sistema de canais, com obturação à recto com IRM
o Contudo lesões muito grande com perda de tábua óssea devem ser muito
bem avaliadas
o Na ausência de tábua óssea pode-se aspirar o interior da lesão e ver o tipo de
liquido que sai
o Quando não se consegue secar canais e sai liquido cor citrina deve-se
desconfiar de quisto
2. Endodontia em Sessão Única ou Várias Sessões
É muitas vezes complexa, visto que a maior parte ou totalidade da coroa pode ter
sido perdida, seja por cárie, traumatismo ou presença de restaurações extensas
A perda da estrutura dentária adicional durante tratamento endodontico, associada a
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redução dentária devido a preparo protético ou restaurador resulta por vezes em
suporte insuficiente para a restauração
Estes factores levam a reconstituição coronária e promoção de adequada retenção da
futura restauração bem como proporcionar resistência à restauração e estrutura
dentária remanescente
Deve-se sempre ter noção que só deve ser executado um tratamento endodontico
num dente passível de ser restaurado
Para restauração existem:
o Restauração a amálgama ou compósito
o Inlay/onlay
o Prótese fixa
o Implante
Um núcleo para preenchimento do remanescente dentário, realizado a materiais
restauradores directos, é por vezes suficiente para reconstituir a parte coronária que
servirá de base para reconstrução coronária ou suporte da coroa
Os núcleos podem ser feitos de:
o Resina composta
o Amálgama
o Ionómero de vidro
Nos casos em que a perda de estrutura coronária é considerável não há possibilidade
de se promover
retenção e
resistência
suficientes para o
núcleo de
preenchimento
coronária. Nessas
condições torna-
se necessário
formas de
retenção intra-
radicular com uso
de espigões ou
núcleos fundidos
2. Classificação dos Espigões
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Vantagens Desvantagens
Espigões Cónicos
-Menor remoção de estrutura
dentária -Efeito de cunha
Espigões
Cilindricos
-Fragilização da
-Maior retenção
estrutura remanescente
B) Quanto à configuração da superfície
i. Espigões Rosqueáveis – activos:
– São encravados nas paredes de dentina
do canal radicular, o que determina
retenção superior
– Foram indicados para restaurações de
dentes com raízes curvas, espaços 32
reduzidos para o espigão e nos casos
onde é exigida elevada retenção
radicular
– Devido à tensão gerada na dentina, o risco de fractura está aumentado,
exigindo cuidados especiais na cimentação, sendo actualmente contra-
indicados
ii. Espigões Lisos ou Serrilhados – passivos:
– Provocam menor tensão sobre o dente e são facilmente inseridos no canal
– Dá-se preferência aos espigões serrilhados pois conferem maior retenção que
os lisos
– O preparo da superfície do espigão para cimentação, aumenta a rugosidade
superficial e consequentemente a retenção, podendo ser realizada com jacto
de óxido de alumínio ou pontas diamantadas
3. Escolha do espigão
O uso de espigões contribui para a fragilização da raiz, daí que uso de espigões
rosqueáveis e cimentados com fosfato de zinco são hoje inaceitáveis
Actualmente usam-se elementos de retenção passiva, que interpõe entre o espigão e
a dentina um cimento de resina que absorve parte das forças transmitidas da coroa
clínica à raiz, são eles:
o Núcleos fundidos metálicos cimentados passivamente
o Espigões pré-fabricados (matriz resina epóxica reforçados por fibras)
cimentados passivamente, associados a
reconstrução restauradora da parte coronária
O uso de núcleos fundidos (espigão falso coto fundido
metálico) deve permitir um colarinho cervical (ferrule)
em dente de 1,5-2mm. O mesmo se deve aplicar aos
espigões pré-fabricados (metálicos)
Preferencialmente deve-se usar cimento resinoso,
espigões de resina epóxica reforçado com fibras e
de forma anatómica
O espigão de resina tem um módulo de
elasticidade semelhante à dentina. O espigão
metálico é mais rígido e promove a fractura da raiz
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37
o Factores intrínsecos:
– Componentes e fluxo salivar
– Capacidade tampão da saliva
– Aspectos hereditários e imunológicos
A cárie dentária é o resultado de desequilíbrio de um processo dinâmico de
perda e ganho de mineral que acontece na interface dente-biofilme-placa
bacteriana-saliva
A perda de mineral do esmalte ocorre muito antes da sua identifiação clínica 40
e/ou radiográfica
A doença cárie pode ser identificada em estágios diferentes de desenvolvimento
que variam desde perda estrutural de mineral até lesões cavitadas
A manifestação clínica da doença cárie é a lesão cárie, que:
o Segundo localização
– Cárie de superfície lisa
– Cárie de cicatriculas e fissuras
– Cárie oculta
o Segundo origem
– Cárie primária: lesão cariosa de superfície dentária que nunca foi
restaurada
– Cárie secundária: lesão cariosa adjacente a restauração
– Cárie residual: tecido desmineralizado e infectado, não
correctamente limpo, que foi deixado sob restauração já feita
o Segundo actividade (clinicamente é a classificação mais importante
porque determina tratamento a ser feito)
– Cárie activa: lesão progressiva em evolução
– Cárie inactiva: pode ter inicio há anos, interrompeu a sua
progressão e permanece estabilizada
– Cárie rampante: múltiplas lesões cariosas activas, presentes nas
superfícies dentária que normalmente não são afectadas pela 41
doença, podem ser:
Cárie biberão
Cárie por radiação
Cárie induzida por drogas
…
Cárie Rampante:
5. Cárie Inactiva:
a. Ocorre quando a remineralização do esmalte converte as lesões de cárie
em alterações que não requerem tratamento invasivo
b. É necessário apenas medidas que estimulem esse processo de
remineralização
c. A terapêutica deve centrar-se em prevenção
6. Cárie Activa:
a. Actualmente, o tratamento da doença cárie dentária deve, sempre que
possível, ser baseado em medidas não-operatórias
b. É possível, através do controlo do processo carioso, prevenir a formação
de cavidades
c. As medidas restauradores, quando necessárias, dependem do estágio de
desenvolvimento da doença a ser tratada 42
d. O primeiro sinal clínico de cárie activa é
o aparecimento de uma superfície
esbranquiçada opaca e rugosa, gerada
pelo aumento da desmineralização no
– Cárie radicular:
Todas as lesões cariosas radiculares envolvem a
dentina
Devem ser usados cimentos de ionómero de vidro,
pois libertam flúor
a. Abrasão
o É a perda de estrutura
dentária provocada por
desgaste mecânico anormal
o Geralmente ocorre pela
constante fricção exagerada
(ex: escovagem traumática)
o Influenciada pela técnica,
frequência, tempo e força aplicada na escovagem
o Apresenta uma progressão lenta
o Há resposta defensiva do complexo dentina-polpa, com
hipercalcificação tubular e esclerose da dentina subjacente
À lesão, formando dentina secundária reparativa.
o As lesões podem predominar na hemiarcada oposta à mão
usada na escovagem
o Observa-se maior desgaste nos dentes mais proeminentes
da arcada 50
o Clinicamente surge lesão de contorno indefinido, com superfície dura e
polida
b. Abfracção
o É a perda patológica de
tecidos duros dentários, que
ocorre devido a
microfracturas do esmalte,
desencadeadas por tensões de
tracção e compressão,
provenientes de forças oclusais incorrectas ou exageradas
o As forças parafuncionais, em áreas onde ocorrem interferências, podem
expor um ou mais dentes a fortes pressões de tensão, compressão ou
cisalhamento, em especial nos movimentos de lateralidade
o Estas forças são focalizadas na junção esmalte-cemento, provocando
microfracturas do esmalte, que se propagam no tempo, até o esmalte e
dentina serem fracturados
o Clinicamente surge:
Lesão profunda, de margem bem
definida em forma de cunha (pode
ter fundo arredondado)
Pode estar localizada apenas num
dente
Pode estar localizada a nível subgengival
Geralmente acompanhado com recessão gengival
o É uma lesão mais associada com hipersensibilidade dentinária
o É de difícil reparação, pois restaurações saltam com frequência
o As lesões podem surgir em redor de restaurações pré-existentes e por
baixo de coroas dentárias, extendendo-se subgengivalemnte
o Nem sempre os dentes adjacentes à lesão estão afectados
o Podem gerar ruptura ou desprendimento de restaurações cervicais
o Raramente presente em lingual ou palatino
o Não surge em dentes comprometido periodontalmente
o Há presença de interferência oclusais em lateralidade e com facetas
de desgaste evidentes
c. Erosão
o É a perda de estrutura dentária por acção química,
devido à presença contínua de agentes
desmineralizantes, sobretudo ácidos, sem
envolvimento bacteriano
o São lesões crónicas, localizadas, indolores, que
podem atingir todas as áreas dentárias 51
o Os ácidos são provenientes da dieta, fontes ocupacionais ou intrínsecos
o Segundo origem do ácido há:
Erosão Extrínseca:
– As superfícies
vestibulares são mais
afectadas
– Factores etiológicos:
Alimentos
(frutas cítricas)
Bebidas
(refrigerantes e vinhos)
Medicamentos (aspirina, vitamina C)
Aguas Cloradas (piscina)
Erosão Intrínseca:
– Causada por ácidos provenientes do próprio
organismo, ácido clorídrico (do refluxo gastro-
esofágico e bulimia)
– Também designado perimólise, que segundo a
origem da causa é agrupado em:
Origem somática: úlceras, gastrites,
gravidez, hérnia do hiato, alcoolismo
crónico
Origem psicossomática: anorexia e
bulimia nervosa
– Afecta todas as superfícies palatinas e oclusais dos
dentes superiores, assim como superfícies
vestibulares e oclusais dos pré-molares e molares
inferiores
– As superfícies linguais dos dentes inferiores são
protegidas pela língua
– As restaurações permanecem intactas e
projectam-se acima das superfícies dentárias
– O ácido proveniente do refluxo esofágico é mais
prolongado, lento, silencioso e espontâneo. Ao
misturar-se com os alimentos pode passar
completamente despercebido ao paciente
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A. Esmalte:
É tecido hipermineralizado
o 96% cristais inorgânicos de hidroxiapatite
o 3% água
o 1% matriz orgânica
Segundo Buonocore, 1955, para que haja adesão faz-se
condicionamento ácido, ácido fosfórico a 85% durante
2min.
O condicionamento ácido faz desmineralização e
dissolução da matriz inorgânica do esmalte, criando
microporosidades
São criadas porosidades de 25-75µm de profundidade, o que faz
aumentar a área de superfície em cerca de 2000 vezes, permitindo
elevada força de adesão entre dente-restauração
Actualmente, usa-se para o condicionamento ácido o ácido fosfórico 35-
38% (ideal 37,5%), pois é suficientemente viscoso e fluido, fazendo-o
durante:
o 15-20s – dentes permanentes maduros
o > 60s – dentes decíduos
o ± 120s – dentes com fluorose
Depois de aplicar ácido faz-se lavagem durante no mínimo 10s e
secagem a seringa de ar
56
Smear-Layer:
B. Dentina
É tecido poroso: – Camada aderida à
o 70% hidroxiapatite superfície da dentina que
o 18% colagénio contém restos da limpeza
o 12% água da cavidade, saliva,
A unidade estrutural de adesão na dentina são bactérias e outros restos
os tubulos dentinários da superfície
A dentina é mais hidrofilica que o esmalte, – Reduz a permeabilidade da
tornando-a um substracto mais difícil para dentina
adesão devido: – Necessidade de remover
o Conteúdo de água com ácido ou se alterar
o Resiliência
o Heterogeneidade
A aplicação do ácido e depois o adesivo irá
criar a camada híbrida
C. Sistemas Adesivos:
11. Constituição básica dos adesivos dentários
a. Matriz orgânica: monómeros hidrofilicos e hidrofóbicos
b. Solvente: é molécula polar, que aumenta o carácter hidrofilico e a
molhabilidade. Vai removendo a água mantendo as fibras de
colagénio estendidas. Usam-se água, álcool ou acetona.
c. Sistema iniciador: produzem radicais termicamente, foto ou redoz.
Usam-se éster benzóico, óxidos acilfosfinos ou peróxido de
benzoilo e amina terciária
d. Inibidores – hidroquinona
e. Filler + agente de reticulação – produzem radicais termicamente,
foto ou redox
f. Componentes específicos – exemplos: copolimeros polialcenoicos,
MDOB ou hidrofluoridos
Um sistema adesivo deve ter:
o Força elevada e consistência de adesão ao esmalte e dentina
o Substrato intermédio entre dente e compósito
o Rápida e fácil aplicação
o Boa qualidade (não degradar)
o Sem sensibilidade pós-operatória 57
o Uso universal (restaurações directas e indirectas)
Podem ser classificados pelo:
Modo como interagem com smear layer:
Total-etch (condicionamento total): há passo
separado para condiconar e enxaguar, que remove
totalmente a smear layer
Self-etch (auto-condicionante): recorre a
monómeros acidicos sem enxaguamento que
simultaneamente condicionam e infiltram a
dentina e esmalte. Portanto fazem remoção parcial
ou modificação do smear layer.
Número de passos clínicos necessário para a sua
colocação
a. Condicionamento Total:
– A hibridação é o fenómeno chave da adesão
– O condicionamento ácido remove o smear layer
e abre os tubulos dentinários
– Intervenção a nível molecular da resina com a
rede de fibrilas de colagénio desmineralizadas
– Adesão micromecânica à dentina pela
penetração de monómeros polimerizáveis da
resina numa rede de colagénio exposta – resin
tags
– A base de ligação estável e forte é a formação de uma zona homogénea
onde os monómeros se infiltram completamente e preenchem a matriz de
colagénio
– A integridade estrutural e propriedades mecânicas destas fibrilas são
importantes na determinação das forças de ligação e sua durabilidade
– Estão divididos em:
o Three-step (3 passos – IV geração)
o Two-step (2 passos – V geração)
12. Primer:
Agente promotor do adesivo que contém
um monómero anfipático/ambifilica (HEMA)
diluído num solvente orgânico que pode ser
acetona, ácool e/ou água
A parte hidrofilica da molécula assegura
molhamento eficiente das fibrilas de colagénio expostas enquanto a parte 58
hidrofóbica copolimeriza com a resiva adesiva hidrofóbica
13. Resina Adesiva:
a. Inclui principalmente monómeros hidrofóbicos (Bis-GMA) e pequenos
amontuados de monómeros anfipáticos como o HEMA
b. Penetra nos espaços remanescentes entre fibrilas de colagénio
c. Copolimeriza com o primer, formando a camada híbrida
d. Sela os tubulos dentinários
abertos
e. Forma as resin tags
f. Fornece ligações duplas
suficientes para copolimerizar
com os compósitos aplicados
posteriormente
uniformemente
b. Triangular – linhas externas bem definidas e
convergentes para cervical e ângulos incisais
pronunciados
c. Ovóide – linhas externas arredondadas com convergência
para cervical e incisal e ângulos incisais discretos
B. Tamanho
É importante respeitar a proporção altura * largura
o Incisivos centrais – 75-80%
– <65% - aparência estreita
– >85% - demasiado quadrado
o Incisivos laterais – 60-65%
Um dente que tenha maior área plana vestibular tem elevada reflexão de
61
C. Posição e Alinhamento
O sorriso é esteticamente mais agradável quando os dentes estão correctamente
posicionados e alinhados
D. Textura Superficial
É mais perceptível em dentes jovens: linhas verticais, linhas horizontais, pequenas
depressões, entre outros
É modificado pelo desgaste fisiológico do esmalte
A superfície dos dentes naturais dispersa a luz e reflecte em
muitas direcções
Quanto maior os detalhes superficiais, maior a reflexão de luz
nas várias direcções
Uma superfície dentária lisa simula um dente mais escuro
E. Opalescência
É propriedade óptica que se refere à transmissão selectiva de comprimentos de onda
longas e reflexão de comprimento de ondas curtas, por um material transparente ou
translúcido
Ocorre quando um material parece ser de uma cor quando a luz é reflectida e de
outra cor quando a luz é transmitida através dele
É a característica inerente ao esmalte detectada no bordo
incisal do dente
O resultado é o aspecto azulado das áreas não sobrepostas por dentina
Exemplo: devido à opalescência, um material pode parecer azulado sob luz directa e
alaranjado sob transiluminação
O efeito opalescente do esmalte é gerado pela dispersão e refracção da luz
provocada pelos cristais de hidroxiapatite
Quando o esmalte é iluminado de forma directa, a passagem de luz com
comprimento de onda maior faz com que o esmalte adquira tons amarelados e 62
alaranjados
F. Fluorescência
É a capacidade que o dente tem em absorver radiação U.V. (tipo luz
negra) e emitir essa radiação na faixa da luz visível, dando aspecto
azulado
Pode tornar os dentes mais claros e brancos à luz do dia, mas não é facilmente
observado, sendo fácil sob luz negra
Quando dentes naturais são observados sob luz negra (U.V.), a dentina apresenta
fluorescência mais forte que o esmalte
Devido à elevada fluorescência da dentina, os dentes naturais apresentam alto valor
de luminosidade, parecendo mais vivos e claros
Os compósitos que não reproduzem fluorescência
desaparecem no sorriso quando vistos sob luz negra,
apresentando falhas quando comparados aos dentes
adjacentes naturais
B) Periodonto
a. Contorno gengival:
– O contorno ideal é regular e continuo desde os incisivos até
caninos
– O zénite do contorno gengival é o ponto mais apical do contorno
de cada dente, geralmente está mais para distal do centro dos
dentes
C) Dentes em grupo
a. Linha do sorriso ou curva incisal
– É determinada por linha imaginária
tangente aos bordos incisais dos
incisivos superiores e cúspide canino
– A ideal é convexa, a acompanhar a curvatura do lábio
inferior
b. Linha média dentária
– Determina a simetria da arcada
– É linha imaginária que divide os incisivos centrais
superiores e inferiores
c. Alinhamento dentário
– Propiciam um efeito de gradação e harmonia estética do
sorriso
– Dentes girovertidos, protruidos, retro-inclinados ou
apinhados geram pontos de tensão visual, com efeito
estético negativo
d. Alinhamento axial
– São linhas imaginárias ao longo do eixo longitudinal dos
dentes
– Há inclinação distal que aumenta desde incisivo
central superior até ao canino
e. Proporção entre os dentes – proporção áurea
67
– A proporcionalidade entre dentes depende da
relação entre comprimento e largura dos mesmos
– Dentes com mesma largura, mas comprimentos
diferentes, o dente mais comprido vai parecer ter
largura menor.
– Uma proporção equilibrada dos dentes torna o
sorriso estético mais agradável
– Baseia-se na largura mesiodistal aparente dos dentes anteriores vistos em
visão frontal
– A proporcionalidade entre dentes depende:
o Relação comprimento-
largura
o Disposição na arcada
o Forma da arcada
o Configuração do sorriso
– Num sorriso esteticamente ideal, cada
dente deve ter cerca de 60% do tamanho do dente imediatamente anterior
a ele
– A partir da linha média, deve existir relação da largura do incisivo central
superior, incisivo lateral superior e canino superior de
1,618, 1 e 0,618 respectivamente
f. Ameia cervical
– A localização dos pontos de contacto é determinada pela
posição e forma dos dentes
– Em pessoas jovens está preenchida por gengiva
– Em idosos, ou doentes periodontais, normalmente apresenta-se
ampla
g. Ameia incisal
– É mais ampla nos jovens e reduzida nos idosos por desgaste funcional
68
b. Discromias extrínsecas:
– São os mais frequentes
– Por tabaco, café, chá, vinho tinto, bactérias cromogéneas, materiais
dentários (amalgama), suplementos vitamínicos (amarelo-alaranjado em
consumidores de vitamina C), …
O branqueamento dentário deve ser conservador, barato e efectivo, para resolver
discromias dentárias sem necessidade de técnicas mais invasivas (exemplo: facetas)
Está indicado em:
o Discromias
o Manchas
Está contra-indicado em:
o Colorações muito azuis ou acizentadas 71
o Calcificações brancas
o Sensibilidade dentária (espaçar os tratamentos e intervalar com
desensibilizantes)
o Menores de 12 anos
o Restaurações defeituosas ou com cárie activa
o Grávidas ou mães lactantes
o Tetraciclinas (há branqueamento, mas não fica bom resultado, é mais
aconselhado facetas estéticas)
o Dentes fracturados com perda de parte do esmalte (pela necessidade de
algumas translucidez do esmalte e porque resina composta não clareia)
o Restaurações extensas com resinas
o Pacientes fumadores (tem efeito sinérgico, pois componentes do tabaco e
peróxidos potenciam capacidade carcinogénica)
o Alergia ao peróxido
Os pigmentos são compostos com grandes quantidade de moléculas de carbono,
estas são quebradas pelo uso
de agente branqueador que Classificação dos Agentes
liberta oxigénio, que vai
oxidar os pigmentos,
Branqueadores
libertando dióxido de carbono Quanto à natureza do Quanto à forma de
e água, e transformadas em produto: apresentação:
cadeias menores que são mais •peróxido de hidrogénio •liquido
claras. •peróxido de carbamida •gel
Não se deve ultrapassar o •ácido cloridrico •pó
ponto de saturação, em que há •ozono •tiras impregnadas
máximo branqueamento, pois •peróxido de ureia
a partir daqui os pigmentos •carbopol
não são mais clareados e o
agente começa a atingir os compostos de carbono da matriz do esmalte. Sabe-se que
o ponto de saturação é atingido quando o clareamento começa a ser cada vez menor
Agentes usados em casa têm concentração inferior a 10% (existem produtos de
venda livre a menos 3%). No consultório podem ser usadas concentrações altas (10-
15%) ou muito altas (mais de 15%)
É contra-indicada em paciente com periodontopatias
Deve-se escovar primeiro os dentes e depois do branqueamento deve ser feito
bochecho com elixir fluoretado sem corantes
A) Dentes Vitais
a. Home Bleaching - Branqueamento em casa com moldeira
2. Diagnóstico e plano de tratamento, verificando etiologia
da alteração da cor
3. Registo da cor 72
4. Moldagem e vazagem a geso para modelo
5. Confecção do alivio (?) – é feito em cera, não deve tocar
na gengiva para evitar sua corrosão
6. Confecção de moldeira (goteira)
7. Prova de moldeira (remover excessos)
8. Aplicar agente branqueador pela face vestibular da
moldeira
b. Office Bleaching:
i. Técnica Quimica - Branqueamento no consultório sem
moldeira
1. Diagnóstico e plano de tratamento
2. Registo da cor
3. Isolamento da gengiva – isolamento absoluto e colocação de protector gengival
4. Colocação de agente branqueador na face vestibular – peróxido carbamida 35%
ii. Técnica microabrasão:
Laser
LED
iii. Técnica Mista – Home e Office Bleaching
B) Dentes Não Vitais
– É essencial ter por base um tratamento endodontico bem feito, mesmo
perante um dente mal tratado e sem sintomatologia deve-se refazer
– Há:
o Intracoronário – Walking-bleach
o Extracoronário – como descrito em dentes vitais
o Combinado – intra e extra coronário (é o mais aconselhado)
– Walking-Bleach:
o O tratamento endodontico na base torna impossível a transmissão
dos iões hidrogénio (ácido) para a zona apical, evitando
reabsorções
o Deve-se remover cerca de 2mm de obturação a entrada dos canais
e colocar barreira de compósito fluido que impede a reabsorção da
zona cervical
o Após selamento a compósito fluido, coloca-se agente branqueador
e faz-se restaurações provisória usando ionómero de vidro (não
usar Cavit porque não garante isolamento)
A) Isolamento Absoluto
Na maioria das situações clínicas deve ser a primeira opção
Vantagens:
o Acesso ao campo operatório
o Procedimento asséptico
o Controlo da humidade
o Protecção de tecidos adjacentes
o Manutenção da integridade física do paciente:
Aspiração e/ou deglutição de instrumentos
Resíduos e substâncias químicas
Desvantagens:
o Tempo gasto
o Difícil aplicação em dentes pouco erupcionados, sisos e dentes mal
posicionados
o Dor e desconforto do paciente
o Custo
o Intolerância por paciente asmáticos e alérgicos ao material da borracha
Material:
o Dique de borracha: em látex (caso de alergia existem borrachas
anti-alérgicas sem látex), de espessuras e cores variadas, devem ser
de cor escura e espessura média
Procedimento:
1. Verificar contactos interproximais com fio dentário
2. Preparar dique de borracha marcando o número de dentes a isolar (na
endodontia isola-se só dente a tratar, na dentisteria isolam-se 2 dentes a mesial e
2 a distal do dente a tratar)
3. Perfuração dos orifícios e aplicação de lubrificante nas zonas do orifício
4. Colocação de grampo no orifício do dente mais posterior
5. Conjunto dique e grampo é colocado com auxílio do porta-grampo
6. Estabilização do grampo na região mais cervical do dente
7. Passagem do dique para isolar os restantes dentes
8. Estabilização com amarras (fios dentários à volta do dente bem apertados e
empurrados para cervical) e/ou wedges (fios de borracha da luva)
9. Colocação do dique com arco porta dique
75
C) Isolamento Relativo
É a colocação de rolos de algodão e aspirador de saliva
Na zona inferior:
o Rolo no fundo do vestíbulo superior
o Rolo no fundo do vestíbulo superior
o Rolo na região sub-lingual
A zona superior tem apenas um rolo de algodão no fundo do vestíbulo superior
11. Ionómero de Vidro
São classificados em:
o Tipo I: cimentações
o Tipo II: restaurações
o Tipo III: forramentos/bases, selantes
de fissuras 76
o Tipos IV: são fotoactivos, podem ser:
Convencional
Reforçado por metais
Modificado por resinas
Como material restaurador está
indicado em:
o Lesões cervicais não cariosas
o Classe V
o Classe III
o Lesões de cárie radicular
o Classe I sem envolvimento de
cúspide
o Classe II sem envolvimento da
crista marginal
o Restauração provisória
o Tratamento restaurador atraumático
Como material de base ou preenchimento está indicado em:
o Base de outros materiais restauradores
o Preenchimento de áreas retentivas
o Confecção de núcleos de preenchimento
o Preenchimento para restaurações infragengivais
A) Ionómeros de Vidro Convencionais
Constituído por:
o Pó:
Alumínio
Sílica
Fluoretos
o Liquido:
Ácido poliacrilico
Ácido itaconico
Ácido polimeleico
Forma-se por reacção ácido-base em 3 fases:
o Fase de deslocamento de iões
o Fase de formação de matriz de poliácidos
o Fase de formação de gel sílica com incorporação do vidro à matriz
Tem como vantagens:
o Adesão à estrutura dentinária sem pré-tratamento
o Liberta flúor
o Coeficiente de expansão
térmica
o Biocompativel
Tem como desvantagens:
o Baixa resistência à
compressão e tracção 77
o Menor estética
o Alta solubilidade
o Desintegra em meio bucal
Condicionamento Total
(Total Etch)
Autocondicionanetes
(Self Etch)
Protocolo:
1. Limpeza da cárie e/ou remoção dos materiais de obturação até à entrada dos
canais:
Brocas laminadas de turbina
Brocas diamantadas de turbina
Brocas laminadas de contra-angulo
79
Escavadores de dentina
2. Isolamento de Campo
3. Colocação de matriz metálica ou matriz de acetato
4. Condicionamento Ácido:
Ácido fosfórico:35-40%
Começar no esmalte e depois na dentina
30 s
Lavagem e secagem, sem desidratar
5. Aplicação de sistema adesivo
Ler com atenção instruções do fabricante
Espalhar bem com aplicador a toda a cavidade
Aplicar jacto de ar suave
Fotopolimerizar cerca de 20s
6. Aplicação de compósito
Técnica estratificada: inserir compósito em camadas de 2-3mm
Evitar unir paredes opostar
Realizar escultura do dente
7. Acabamento e polimento
Brocas diamantadas de grão fino
Pontas de silicone
Taças de polimento
Escovas e pastas de polimento
13. Restaurações Directas em Dentes Posteriores
com Resina Composta
80
81
83
Técnica restauradora
o Sensibilidade da técnica
o Selecção do caso:
Difícil isolamento
Técnica directa contra-indicada
Superfície extensa
Paciente não controlado
Higiene deficiente
o Preparo cavitário incorrecto
o Falha na remoção do tecido cariado
o Isolamento inadequado
o Aplicação incorrecta de materiais adesivos
o Aplicação imprópria ou ausência de matrizes e cunhas
o Selecção incorrecta da resina composta – os mais indicados são os
microhibridos
o Inserção inadequada do material restaurador:
Falta de contacto da resina com parede cavitária
Vacúolos entre os incrementos
Deslocamento parcial da restauração
o Polimerização insuficiente da resina composta
o Desajuste oclusal
o Acabamento e polimentos deficientes: 84
Menor resistência ao desgaste da restauração
Maior degradação marginal
Maior rugosidade da superfície restaurada
Maior acumulação de placa bacteriana
Excessos marginais
Anatomia e contorno inadequados
Falhas no contacto proximal
Desgaste impróprio dos dentes adjacentes a restauração
Material restaurador
Paciente
Médico Dentista