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Traumatismo bucal na infância

Perguntas que antecedem o exame clínico: variações nas atividades metabólicas e na


estrutura pulpar em função do ciclo vital.
Quando? Como? Existem outras lesões?
Que tratamento inicial foi dado? Gengiva: coloração com maior predomínio
Existiram outras lesões dentárias no dos tons avermelhados, pontilhado da
passado? As vacinas estão em dia? Há gengiva inserida menos demarcado,
distúrbios na mordida? contorno gengival mais arredondado,
papilas gengivais mais volumosas em
Exame extrabucal
comparação aos permanentes, mais
Tecidos moles: avaliação de possíveis flacidez na gengiva marginal, tecido
ferimentos (lacerações, contusões, conjuntivo gengival menos denso e
abrasões) altamente vascularizado e inervado.

Tecidos duros: palpação suave dos ossos Junção dento gengival: alteração nos
da face e ATM. valores de sondagem em função da
exfoliação dos dd e erupção dos
Exame intrabucal
permanentes. Profundidade de sondagem
Tecidos moles: lacerações, contusões ou mais rasa em relação ao spermanentes,
abrasões. parede de sulco gengival mais flácida e
com menos colágeno.
Tecidos duros: ósseo, dentário e de
sustentação. Teste de mobilidade, teste Ligamento periodontal/osso
de percussão e teste de vitalidade. alveolar/cemento: maior vascularização
sanguínea e linfática. Maior largura e
Exames complementares: radiográfico,
menor densidade de fibras em
fotográfico e tomografia.
comparação com a dentição permanente.
Dentição decídua Menores trabeculados e grau de
mineralização e maiores espaços
1/3 das crianças. Faixa etária entre 1 e 3 medulares em comparação a dentição
anos, independente do gênero, lesões dos permanente. Menor espessura de
tecidos de sustentação são mais cemento.
frequentes. Dentes incisivos são os mais
atingidos. Exame radiográfico – observar nos
decíduos
Histologia dental: erupção intra óssea,
erupção pré e pós-oclusal.  Presença, grau e direção do
deslocamento
Histologia dos tecidos dentários:
 Presença e localização de fratura
Esmalte: menores níveis de mineralização, radicular
maior solubilidade e prismas do esmalte.  Presença de espessamento do
espaço periodontal
Dentina: menor densidade e diâmetro dos  Grau de rizólise
túbulos dentinários, menor  Alterações recorrentes de
permeabilidade dentária. traumatismos anteriores
Polpa: maior volume pulpar em comparação  Relação com o dente sucessor
aos permanentes, menos feixes nervosos,
Exame radiográfico – permanentes Reabsorção substitutiva: Aspecto clinico:
reabsorção, muitas vezes anquilosa o
 Posição dos germes com
dente na região
relação aos dentes adjacentes
 Grau de rizogênese Necrose pulpar: Aspecto clinico; fistula,
 Alteração .... sem alteração de cor. Tratamento:
endodontia.
Reações do dente decíduo ao
traumatismo Lesões de tecidos moles

Hiperemia pulpar Contusão: batida, aumento de volume do


local. Acompanhar radiograficamente, 1
Aspecto clínico avermelhado, na mês,3 meses e 5 meses.
radiografia muitas vezes não vemos
alteração nenhuma, no tratamento Abrasão: pele rasgada, aumento de
acompanhar. volume na ragião.

Quando quebrar o dente: alimentação Laceração: cortes, precisa de pontos.


mais leve por pelo menos 15 dias. Trincas/fratura de esmalte
Hemorragia pulpar Fratura de esmalte / dentina sem
Aspecto clínico: avermelhado exposição pulpar

Obliteração pulpar Fratura de esmalte / dentina com


exposição pulpar: não é indicado fazer
Aspecto clinico: dente mais amarelado pulpo de anteriores.
que outro, na radiografia o conduto
(canal) aparece fechado. Fraturas corono-radicular com exposição
pulpar: ver quanto tem de osso e estrtura
Alteração de cor da coroa de dente, trabalhar com pino, ver se faz
Aspecto clínico: vermelhas e ao logo do exo ou endo
tempo marrom pois o sangue coagula Sinais clínicos da polpa dental: cor do
dentro do tecido dental, sem fístula, sangramento (se sangrar o tempo todo,
gengiva saudável. Não faz endo, só se vermelho escuro tem que fazer
tiver edema ou fístula. pulpectomia).
Reabsorção radicular interna Fraturas radiculares: ver reabsorção
Aspecto clinico: reabsorção interna (bolas Concussão: dente sensível, cuidar na
na radiografia), alteração de cor. alimentação, medicamento para dor,
Tratamento: abrir e colocar hidróxido de acompanhar radiograficamente.
cálcio.
Subluxação: sangramento, mobilidade. Na
Reabsorção radicular externa radiografia aparece fratura.
Aspecto clinico: sempre em estágio Luxação extrusiva: ver tempo que
tardio, reabsorção parecido com bico de ocorreu, pensar sempre no permanente.
mamadeira, característica de quando a
criança fez um trauma mais nova e não foi Luxação intrusiva: pior dos casos, ver qual
ao dentista. Tratamento: lesão causou no permanente. Fazer
acompanhamento.
técnica da bissetriz. Invadiu o germe do Contenção:
permanente tem que extrair.
Fratura alveolar: luxação, colocar no
Luxação lateral: borda diferente dos lugar, fazer contenção. Tratamento: grau
demais, causou diastema. de rizólise, tempo, magnitude do
deslocamento, ocorrência da fratura da
Avulsão dentária: extração.
parede alveolar, relação com o germe
sucessor.

 Flexível (nylon) (10 a 14 dias) radicular/alveolar, fratura


 Rígida (fio orto) – (60 a 90 dias: mandibular e fratura maxilar
radicular / 30 a 45 dias: processo  Injúrias aos tecidos de suporte:
alveolar) concussão, subluxação, luxação
 Semi – rígida lateral, extrusão, intrusão,
 Reimplante : 1 semana avulsão.
 Extrusão: 2 a 3 semanas
Sinais clínicos da polpa dental: cor do
 Luxação lateral: 3 a 8 semanas
sangramento e quantidade, consistência
 Fratura radicular: 3 meses
do tecido pulpar e tempo de hemostasia.
Consequências na dentição permanente

Hipoplasia do esmalte, duplicação


radicular, dilaceração radicular,
suspensão da rizogênese, má formação
semelhante a odontomas.

Dentição permanente

Epidemiologia: fraturas coronárias, o


sucesso do tratamento é inversamente
proporcional ao tempo decorrido do
trauma até o tratamento, e também ao
correto atendimento emergencial.

Exame radiográfico: lesões penetrantes


no lábio, rx oclusal (luxações laterais,
fraturas radiculares 1/3 apical e médio e
fraturas alveolares, 1 rx oclusal e 3
periapicais (bissetriz).

Classificação de Andreasen – tipos de


traumas

 Injúrias a pele/ lábios


 Injúrias a gengiva
 Injúrias a coroa dental: trincas,
 Fraturas coronárias
 Injúrias ao dente
 Injúrias aos tecidos ósseos e
tecidos de suporte: fratura

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