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Periodontopatias

Aspectos radiográficos das periodontopatias:

 A radiografia é um meio auxiliar de diagnóstico;

 O exame radiográfico nunca deve ser tomado como o único método de diagnóstico.
Entretanto, o exame radiográfico é indiscutivelmente um dos mais preciosos meios
para detectar a enfermidade periodontal e qualquer desvio do normal pode ser
notado.

 Técnicas radiográficas utilizadas para visualizar os tecidos periodontais:

 Técnica periapical (Bissetriz e Paralelismo)


 Técnica interproximal
 Radiografias panorâmicas
 Radiografia digital (Radiografia de subtração e Análise densitométrica da imagem)
 Tomografia computadorizada

*Tomografia computadorizada de feixe cônico:

A TCFC apresenta desempenho superior ás radiografias periapicais na detecção de defeitos


ósseos periodontais e perda óssea alveolar, principalmente no diagnóstico de defeitos de 1,2
ou 3 paredes, crateras e lesões de furca. Essa técnica diagnóstica parece apresentar boa
relação riscobenefício, pois a dose de radiação pode ser equivalente a um exame periapical de
boca toda.

Avaliação radiográfica das condições periodontais:

 Quantidade de osso presente;


 Condições das cristas alveolares;
 Perda óssea na região de furca;
 Espessura do espaço do ligamento periodontal;
 Fatores irritantes locais;
 Comprimento e morfologia da raiz e proporção coroa/raiz;
 Considerações anatômicas;
 Considerações patológicas;

Limitações das radiografias:

 Imagens bidimensionais;
 Mostra destruição óssea menor;
 Não mostra relação de tecido mole e duro;
 Não estabelecem uma distinção específica entre o caso tratado com êxito e o caso
não tratado;
 Não registram a mobilidade dental;
 Ponto de referência a partir da JAC não é válida em situações que haja extrusão
dentária ou atrição grave.
Anatomia normal:

 Cristas ósseas interdentais com margens corticais finas, lisas e uniformes nas
regiões posteriores;
 Cristas ósseas interdentais com margens finas, uniformes e pontudas nas regiões
anteriores.
 A crista interdental é contínua com as lâminas duras dos dentes adjacentes. A
junção das duas forma um ângulo agudo.
 Largura uniforme dos espaços mesial e distal do ligamento periodontal.

Características radiográficas da doença periodontal:

 Reabsorção das cristas ósseas alveolares:

*Horizontal: segue um nível relativamente paralelo ao nível primitivo das cristas


alveolares (bolsas supra-ósseas);

*Vertical: formando um ângulo agudo com o eixo dentário (bolsas infra-ósseas);

 Modificações e alterações do espaço periodontal e lâmina dura;


 Lesões de bi ou trifurcações radiculares;

Aspectos radiográficos da doença periodontal:

Periodontite Leve:

 Erosão da crista óssea alveolar interproximal;


 Regiões anteriores: cristas ósseas aplainadas e discreta perda em altura do osso
alveolar;
 Regiões posteriores: perda do ângulo agudo normal entre a lâmina dura e a crista
alveolar;
 Pequena perda óssea na vestibular e/ou lingual dos dentes são muito difícil de serem
detectadas.

Periodontite moderada:

 Perda de tábua óssea vestibular ou lingual: aumento da radiolúcidez da raiz do dente


próximo à crista. Sombra semicircular.
 Perda óssea horizontal: perda de altura do osso alveolar que envolve múltiplos dentes
em sentido paralelo ao plano oclusal.
 Defeitos ósseos verticais: lesões localizadas em um ou dois dentes mostrando
angulação oblíqua em relação à linha que une as JAC na área do dente envolvido.
 Alterações internas do osso adjacente; Osso mais radiotransparente ou esclerótico.

Radiografias periapicais demonstrando que a perda óssea é relativamente moderada


levando-se em consideração a quantidade de biofilme presente.

Periodontite grave:

 Perda óssea extensa provocando mobilidade dentária e deslocamentos;


 Perda horizontal extensa;
 Grandes defeitos ósseos verticais;
 Deformidades ósseas nas áreas de furca de dentes multirradiculares.
Abscesso Periodontal:

 Lesão destrutiva de rápida progressão que se origina numa bolsa periodontal


profunda e a porção coronal da bolsa se torna obstruída;
 Clinicamente se observa dor e tumefação;
 Região radiotransparente aparece freqüentemente sobreposta à raiz do dente;
 Abscesso Peri-implantar.

Traumatismo Oclusal:

Causa alterações degenerativas em resposta a pressões oclusais que são maiores que a
tolerância fisiológica dos tecidos de suporte do dente;

Espessamento do espaço periodontal;

Espessamento da lâmina dura;

Perda óssea;

Aumento em tamanho e número do trabeculado ósseo;

Pode haver também hipercementose ou periodontite, mas afeta a inserção epitelial e pode
levar à formação de bolsa.

Periodontite Juvenil:

A Periodontite Juvenil faz parte de um grupo de doenças periodontais severas que aparecem
no início da puberdade, e caracterizada pela destruição do periodonto de sustentação. Trata-
se de uma doença crônica inflamatória, onde ocorre grande destruição óssea. Pode ser
classificada de duas formas: localizada e generalizada. Na localizada, afeta os primeiros
molares e/ou incisivos permanentes e a destruição das lesões normalmente é simétrica. Na
manifestação generalizada outros dentes são afetados, além dos molares e incisivos. O exame
radiográfico apresenta rarefação na região dos primeiros molares permanentes superiores.

Periodontite juvenil
associada ao dente
46.

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