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1ª Avaliação Odontoped e Orto

Aula 1 – Terapia Pulpar em dentes decíduos


>Dente em processo de desenvolvimento > monitoramento clínico e radiográfico que indique remissão
do processo patológico
> Tratamento conservador
 Requisitos básicos:
>Conhecimento de especificidades anatômicas dos dentes decíduos;
>Conhecimento de técnicas de gerenciamento comportamental;
> Planejamento do caso.

 Dificuldades da Terapia Endodôntica


>Gerenciamento comportamental
>Lesões de furca > canais pulpoperiodontais
> Presença de germe do permanente
> Reabsorções irregulares das raízes dos decíduos
> Ciclo biológico do dente decíduo
- Ciclo vital: 3 fases – formação da lâmina dentária, ainda no útero materno, passando por todas
as fases do crescimento (iniciação, proliferação, histomorfodiferenciação, aposição e mineralização),
aparecimento na cavidade bucal (erupção), completa formação radicular e período de envelhecimento
(rizólise até exfoliação)
~ Fase evolutiva: representada pela rizogenese incompleta > tecido pulpar jovem> melhores
respostas metabólicas > predominância de células (fibroblastos, fibrocitos e células mesenquimais
indiferenciadas (capacidade de diferenciar-se em odontoblastos, importante no processo reparador)
e vasos com poucas fibras > rico suprimento sanguíneo – predominancia de celulas
~ Fase estacionária: representada pela raiz completa > fase de boas respostas metabólicas
~ Fase final ou regressiva: processo de rizólise > diminuição da atividade metabólica >
diminuição progressiva da câmara pulpar e canais radiculares (cornos pulpares não estão na mesma
altura) > predominância celular ainda na metade do processo de rizolise (não indicativo de
envelhecimento pulpar) > diminuição quantitativa das estruturas vasculares com aumento
compensatório do calibre vascular. Com o evoluir da idade, aumenta o número de fibras colágenas >
indicativo de envelhecimento. No final da rizolise se tem alterações regressivas no tecido pulpar, com
alterações citoplasmáticas e dissociações de células e fibras. – Predominância de fibras

 Objetivos da Endodontia em dentes decíduos


- Manter o dente na arcada até sua exfoliação normal
- Equilíbrio da fonação
- Ausência do foco de infecção
- Desenvolvimento normal do arco e da mastigação

 Critérios para o diagnóstico da condição pulpar


- Estabelecer o grau de saúde da polpa pela avaliação do estágio de inflamação ou necrose pulpar
> melhor forma de tratamento
- Considerar grau de reabsorção radicular
*a sintomatologia dos diferentes estágios da doença se assemelha em ambas as dentições,
porém, as vezes, os dentes decíduos são assintomáticos.
- Inflamação: resposta de defesa do organismo a um trauma ou infecção
- Infecção: invasão microbiana ao organismo
>Anamnese: localização, intensidade, estimulo, espontaneidade e alivio da dor;
> Exame clínico: Possui edema, lesão de cárie, trauma, mobilidade, fístula, abscesso?
> Exame radiográfico: Profundidade da cárie, linha de fratura?, espessamento do ligamento
periodontal, reabsorção óssea furca ou periapical, rompimento do folículo do germe do dente
permanente sucessor, reabsorção interna na câmara pulpar ou canal?

Sempre que se tem lesão de furca, se tem necrose pulpar


Sempre que tiver fistula, tem necrose
Pode ocorrer degeneração pulpar e abscesso sem que a criança sinta dor

- Polpa hígida: dor provocada, carie superficial, radiografia com lâmina dura e raiz normal;
- Hiperemia ou inflamação pulpar: dor extrema pelo frio, carie profunda ou restauração deficiente,
rx com periapice e lâmina dura normal;
- Inflamação severa: dor espontânea continua pulsátil e reflexa, carie profunda com/sem exposição
pulpar ou restauração deficiente, rx com espessamento do ligamento periodontal e reabsorção
interna;
- Pulpite crônica: dor ao mastigar, carie profunda com exposição pulpar e hiperemia, rx normal;
- Alterações pulpares degenerativas: dor com estímulos térmicos, carie profunda com exposição
da polpa, rx com reabsorção interna e radicular;
- Necrose pulpar: dor espontânea ou provocada por percussão, carie profunda com exposição
pulpar, tecidos moles com tumefação, fistula ou abscesso, rx com reabsorção, rarefação óssea

- Abscesso + fístula + carie > necrose pulpar


- Sensibilidade à percussão + pressão > inflamação pulpar

Tratamento conservador: manutenção da vitalidade pulpar


 Capeamento pulpar indireto
>Remoção de dentina infectada
> selamento da cavidade com agente bactericida temporário ou definitivo
- Deve ser realizado em dentes com potencial de se recuperarem da injuria provocada pela
agressão da cárie > remineralização dentinária e reparação pulpar, evitando sua exposição e
preservando sua vitalidade.
1. anestesia
2. isolamento
3. remoção de dentina infectada
4. limpeza com soro ou água de cal
5. hidróxido de cálcio
6. restauração

 Capeamento pulpar direto: indicado para pequenas exposições acidentais, em áreas sem dentina
cariada, sem inflamação pulpar, polpa hígida, sem contaminação pela saliva.
*todos os materiais capeadores possuem potencial irritante, trazendo células inflamatórias que podem
atrair osteoclastos que, por sua vez, pode causar reabsorção interna, principalmente em decíduos
em fase de rizolise > vascularização apical aumentada, com atividade osteoclastica na área.
Polpa coberta com medicamento que a protegem e permite sua reparação
1. Anestesia e isolamento
2. Irrigação da área de exposição com soro ou água destilada
3. Hemostasia espontânea: algodão estéril, irrigação com soro e sugador, até hemostasia. >
sem formação de coagulo
4. Aplicação de hidróxido de cálcio puro (pó)
5. Base de hidróxido de cálcio
6. Restauração
7. Controle clinico e radiográfico

 Pulpotomia
Remoção da polpa coronária afetada e proteção do remanescente pulpar radicular com material
capeador > preservação da vitalidade pulpar radicular
Sem história de dor espontânea e noturna, passa com analgésicos, sem abscesso e fístula.
Coloração vermelho-vivo
Hemorragia suave que cesse em poucos minutos
RX normal
1. Anestesia e isolamento
2. Remoção de dentina cariada e esmalte sem suporte
3. Remoção do teto da câmara pulpar
4. Remoção da polpa coronária com colher de dentina
5. Hemostasia espontânea
6. Bolinhas de algodão estéreis
7. Bolinha de algodão estéril umedecida em formocresol diluído em cada entrada de canal, por 5
a 10 minutos
8. Remoção de curativo
9. Pasta na câmara pulpar > formocresol, pasta de guedes pinto, hidróxido de calcio
10. Restauração definitiva
11. Rx final

- formocresol:
Formaldeído: fixa a polpa pela interação com as proteínas celulares e ação bacteriana
Cresol: antisseptico mais forte, atenua fator irritante
Glicerina: veículo e atenua fator irritante

Tratamento radical > indicado para inflamação crônica ou necrose da polpa radicular;
contraindicado em casos com perda de mais de 2/3 de reabsorção

 Pulpectomias: última manobra terapêutica capaz de manter um dente no arco


Remoção do tecido pulpar vivo ou necrosado, infectado ou não, curativo de demora, limpeza, irrigação
e obturação dos canais.

- Biopulpectomia – 1 ou 2 sessões > tecido sem consistência, sangramento cianótico, não consegue
hemostasia espontânea.
- Necropulpectomia – 2 ou 3 sessões > presença de fístula, abscesso submucoso/subcutâneo,
escurecimento dental, rarefação óssea na região de furca ou periapical.
- Tratamento não instrumental > crianças com necessidades comportamentais, crianças de baixa
idade, reabsorção avançada de raiz

1. Anestesia e isolamento
2. Remoção do tecido cariado
3. Abertura e esvaziamento da câmara
4. Identificação dos canais
5. Odontometria
6. Manipulação dos canais
7. Irrigação com endo PTC e Dakin
8. Secagem
9. Curativo de demora
10. Obturação dos canais com pastas reabsorvíveis > geralmente à base de oxido de zinco e eugenol,
hidróxido de cálcio ou iodoformio
11. Selamento
12. Rx final
13. Restauração e controle

Aula 2 – Dentística Restauradora em Odontopediatria


Cárie dentária > doença infecto contagiosa, endógena, multifatorial e comportamental.
>otimizar tempo na cadeira
> procedimento extremamente conservadores
> Dentistica de promoção de saúde > amplo programa de prevenção > controle da doença
> Avaliar a condição do dente a ser restaurado > estratégia de recuperação da boca, controle do
biofilme
> remoção da dentina infectada pelas paredes circundantes
> ICDAS: Sistema Internacional de Detecção e avaliação de cárie
- Diagnóstico
>Doença em atividade: esmalte opaco, sem brilho, esbranquiçado e rugoso, dentina mais clara e
amolecida. – Geralmente próxima a margem gengival e coberta de placa bacteriana, sulcos e fissuras
podem estar intactos e pode ou não haver envolvimento pulpar.
> Sem atividade da doença: esmalte com superfície, lisa e brilhosa, dentina com coloração escura e
endurecida. – Geralmente segue o mesmo padrão, já sofreu processo de remineralização e não há
envolvimento pulpar.
- Análise do perfil de risco: estabelecer o risco individual do paciente antes de planejar o tratamento,
evitar procedimentos e situações que requeiram frequentes retratamentos, meta de trabalho com
participação do núcleo familiar.
>Perfil 1: possui atividade da doença e necessidade de tratamento restaurador.
> Perfil 2: atividade de cárie, mas não precisa de tratamento restaurador. > mancha branca > flúor,
dieta.
> Perfil 3: sem atividade de cárie, mas precisa de tratamento restaurador.
> Perfil 4: sem atividade de cárie e sem necessidade de tratamento. > controle clínico, conduta extra:
libera só com molares permanentes selados.
- A dentística na clínica infantil segue os princípios básicos de: morfologia, vida funcional (ciclo
biológico) e desenvolvimento físico e emocional da criança.
- Sistemas adesivos: mais simples em relação a técnica e mais compatíveis com as características
dos substratos dos dentes.
> Convencional: prime, bond e ácido condicionante separados; remove todo o smear layer; cavidades
rasas ou de média profundidade; 2 ou 3 passos
> auto condicionante: prime, bond e ácido juntos; remove parcialmente o smear layer; usado em
cavidades profundas;
*fatores que interferem na adesão do sistema adesivo: excesso de umidade, pobre molhamento,
dentina esclerosada, flúor no esmalte, calculo dentário.

- Tratamento Restaurador Moderno > reparar as sequelas das doenças > 3 princípios gerais:
> Estética
> Preparos conservadores
> Materiais que liberam flúor
> Dentística como parte integrante de um amplo programa de prevenção visando o controle da
doença
> Princípios biomecânicos do preparo cavitário, material restaurador adequado e preservação
máxima da estrutura dental

- Planejamento Terapêutico – instruções gerais para dentística operatória na dentição decídua


> Preparo comportamental da criança
> Sempre com anestesia local
> Se possível, sempre com isolamento absoluto
> Adequação do meio bucal > ensinar a realizar a higiene bucal adequada, motivar o núcleo familiar
nesta tarefa, utilização de fluoretos e antimicrobianos, fechar as cavidades abertas > com cureta
afiada, até o limiar de dor do paciente > restauração provisória com CIV

- Selantes Oclusais > sem corte na estrutura dentária


> Resinas de baixa viscosidade, adesivos dentinários, CIV
> Condicionamento ácido, lavagem e secagem, aplicação do selante, polimerização, teste de
oclusão.
- Restaurações preventivas de resina > aplicado após corte conservador da superfície dentária
> Resinas híbridas, microparticuladas, selantes com baixa viscosidade, selantes ionoméricos
> Remoção do tecido cariado, limpeza da cavidade, proteção do complexo dentinho pulpar,
condicionamento ácido, adesivo+foto, resina+foto+acabamento, selante+foto.
- Classe I típico > com proteção do complexo dentino pulpar
- Classe II > preparos de pequenas dimensões: resina microparticulada; preparo de grandes
dimensões: resinas híbridas + microparticuladas
- Classe III > preparos de pequenas dimensões: resina microparticulada; preparo de grandes
dimensões: resinas híbridas + microparticuladas
- Classe IV > preparos de pequenas dimensões: resina microparticulada; preparo de grandes
dimensões: resinas híbridas + microparticuladas
- Classe V > CIV (se elevado risco de cárie), resina micro ou híbrida, combinação de resinas.
- Restauração por meio de réplica da face oclusal > indicado para cárie oculta > diminuição do
tempo gasto na escultura
> Resina para provisórios (FERMIT) > moldagem com FERMIT da superfície oclusal + foto, retirar a
matriz e marcar ponto de referência, remoção do tecido cariado, condicionamento da superfície,
mecanismo de adesão, acomodação de uma fina camada de resina + foto, adaptação da matriz
previamente vaselinada + foto

Aula 3 – O manejo das deficiências transversais nas dentições decídua e mista

 Mordidas Cruzadas: considera-se no desencontro entre os dentes superiores e inferiores.


Geralmente tem razão genética, mas também pode ser influenciada por fatores externos, como
hábitos de sucção e outros que causam desordens musculares e funcionais.

- Mordida cruzada posterior: inversão na relação vestíbulo lingual normal entre os dentes
posteriores > estreitamento ou atresia do arco superior. > difícil autocorreção
>Lingual: mais comum > inversão nas relações laterais entre os arcos dentários
Origem ambiental, 99% das vezes o problema está no arco superior > atresia maxilar
>Vestibular: rara > síndrome de Brodie > arco superior sobrestendido > molares muito
vestibularizados, ultrapassando os inferiores.

>Etiologia
~ Sucção não nutritiva
~ Respiração bucal
~ Não amamentação ou diminuição dessa
~ Erupção ectópica
~ Falta de espaço no arco > discrepância entre tamanho do dente e tamanho do arco
~ Fissura palatal

>Diagnóstico clínico – pode ser classificada de acordo com a gravidade, a simetria e a origem.

- Gravidade: pode envolver um ou todos os dentes posteriores, de forma uni ou bilateral


~ Uni ou bilateral? Avaliação da linha média em RC
~ unilateral funcional > em MIH > cruza só de um lado; em RC > ta cruzado dos dois lados >
desvio
~ unilateral verdadeiro > sem desvio da linha média; MIH=RC; cruza apenas de um lado
~ bilateral > em RC e MIH cruza dos dois lados

- Simetria:
~ MCP bilateral > advém de uma atresia simétrica > um lado possui a mesma magnitude de
estreitamento que o outro lado
~ MCP unilateral funcional > a grande maioria dos casos possui atresia simétrica > MIH: apenas
um lado cruzado, RC: mordida de topo bilateral que denuncia estreitamento simétrico do arco
superior. > desvia para um lado na intenção de aumentar os contatos oclusais e o conforto
mastigatório
~ MCP unilateral verdadeira > atresia assimétrica > MIH = RC > linhas médias superior e inferior
coincidem

- Origem:
*MCP unilateral pode ser esquelética ou dentária > palato mais atrésico/triangular > maior o
envolvimento esquelético

~ Dentoalveolar: alteração na inclinação ou posição vestíbulo lingual dos dentes posteriores.


~ Esquelética: atresia óssea de maxila
*Deve-se observar a gravidade da MCP, a forma do arco dentário, a largura do corredor bucal e a
presença de apinhamento isolado no arco superior

*Mordida cruzada posterior tem pouca probabilidade de autocorreção, deve-se tratar.

>Tratamento
~ A partir dos 5 anos de idade, geralmente > antes, a criança não possui maturidade psicológica
~ Atuação na origem do problema
~ bandas com ganchos + elásticos intermaxilares > pode extruir o molar > é indicado para mordida
cruzada posterior em molares em pacientes que aceitem extrusão do molar e inclinação lingual do
molar inferior.
~ Aparelhos expansores removíveis > Mordida cruzada posterior bilateral (unilateral funcional)
~ Aparelhos expansores fixos > arco em W ou porter > MCP bilateral (unilateral funcional)
~ Aparelhos expansores fixos > quadri-hélice > MCP bilateral (unilateral funcional)
*aparelhos expansores fixos em MCP dentária

MCP unilateral verdadeira > bihelice > controle de ancoragem

>Tipos de expansão
~ Expansão lenta – usada em MCP dentoalveolar: inclinação vestíbulo lingual dos dentes;
aparelhos: placa removível com parafuso expansor, arco em W, quadri-hélice e bihélice

~ Expansão rápida da maxila – expansão da base maxilar secundária a abertura da sutura palatina
mediana (atresia esquelética): aparelhos fixos com parafuso expansor (disjuntores) > expansor de
Haas, abertura da sutura palatina mediana, abalo das suturas vizinhas, efeitos dentoalveolares
(ortopédicos), ¼ de volta de manhã, fase passiva a noite > forma diastema que depois fechará. >
após o descruzamento da mordida, o parafuso é estabilizado e o aparelho permanece na boca de
90 a 120 dias.

- Mordida Cruzada Anterior: inversão da relação horizontal normal entre os incisivos inferiores e
superiores > os superiores ocluem atrás dos inferiores > trespasse horizontal negativo
Origem dentária ou esquelética
Ocorre por alteração na posição ou inclinação de um ou mais dentes
O padrão facial geralmente é classe I, com relação molar classe I

>Epidemiologia: 6% dentição decídua, 12% dentição mista


>Etiologia: Falta de espaço para os incisivos permanentes/retenção prolongada dos deciduos,
posição lingual do germe, trauma na dentição decídua, erupção ectópica, hábitos deletérios (sucção
de lábio superior), dentes supranumerários
> MCA esquelética: discrepância esquelética entre maxila e mandíbula, evolvendo retrusão maxilar,
protrusão mandibular ou os dois juntos > padrão facial classe III, com relação molar classe III

>Interceptação: exodontia dos dentes decíduos precoces na fase eruptiva do incisivo


> Época de interceptação: dentição decídua > crianças jovens: avaliar colaboração, incisivos que
apresentem mobilidade: postergar; início da dentição mista

>Planejamento e tratamento
~ Placa com mola digital
~ Levantamento da mordida em acrílico
~ Arco lingual com molas
~ Aparelhos fixos (brackets e fios)
~ Plano inclinado > desvantagens: força pesada intermitente, higienização, dificuldade para
alimentação
~ Contenção

>Diagnóstico diferencial
~ Análise do perfil do paciente em cêntrica
~ Relação molar e canino em cêntrica
~ Avaliação cefalométrica em cêntrica
~ Avaliação clínica dos incisivos

>Tratamento
~ MCA esquelética: intervenção ortopédica > a partir dos 5 anos
~ MCA dentária: aparelhos ortodônticos para corrigir o posicionamento vestíbulo lingual dos
incisivos superiores – dentadura mista: placa de acrílico com molas digitais > pode ser indicado
levantamento de mordida para facilitar o descruzamento

Aula 4 – Hábitos bucais deletérios


- São hábitos que podem causar um dano à dentição
- hábito é toda ação da musculatura peri e/ou intrabucal
*hábitos bucais normais: crescimento facial e oclusão normal
*hábitos bucais deletérios: má oclusão > mais comum: sucção de dedo > alimentação, percepção,
emoção

Hábitos de sucção
Variação morfológica da mordida aberta anterior > por sucção > alto grau de autocorreção
Mais comum: mordida aberta anterior tipo circulo

Fatores relacionados com a variação morfológica da má oclusão:


- Tríade de graber (frequência, intensidade e duração do hábito)
- Posição do dedo
- Resistência alveolar
- Padrão > dento-facial, neuro-muscular
Alterações neuromusculares
- Pressionamento lingual secundário > dedo abre a boca e a língua se aproveita da sucção
- Pressionamento lingual primário > a língua que abre a mordida
- Selamento labial deficiente > pouca tonicidade do lábio
- Abaixamento da língua (associado a MCP)
- Maior contração dos bucinadores (associado a MCP)

Sucção de dedo é considerada normal até o 2º/3º ano de vida

Alterações esqueletais e dento-alveolares


- Mordida aberta anterior circular
- Vestibulo-versão e diastemas dos incisivos superiores
- Linguo-versão dos incisivos inferiores
- Aumento do trespasse horizontal
- Atresia maxilar (MCP)

Eliminação do hábito
- Linguagem acessível
- Abandono da abordagem punitiva > reforço negativo: chupa o dedo para chamar atenção
- Aparelho recordatório (grade palatina) > cuidados clínicos: grade longa > ajuste conforme
desenvolvimento vertical do processo alveolar
*transfere hábitos ou extingue?

Abordagem fonoaudiológica: mioterapia


Abordagem psicológica: ludoterapia

Mordida aberta anterior produzida por hábito de sucção prolongado – autocorreção?

Interposição lingual
- Primária: a língua causou > tratamento fonoaudiológico
- Secundária: hábito de sucção presente e a língua ocupa o espaço > prognóstico melhor
Fonação x deglutição
Interposição labial: geralmente por projeção esqueletal

Respiração nasal
- Filtragem e aquecimento do ar
- Estímulo ao crescimento da cavidade nasal e da maxila
Como identificar? Boca fechada ou aberta?
Não importa a causa da respiração bucal, mas o melhor tratamento é a expansão da maxila
- Alterações neuromusculares: lábios entreabertos, lábio superior curto, lábio inferior com maior
volume e dobrada, perda da tonicidade da musculatura, deslocamento inferior da língua, narinas
estreitas
- Alterações esqueléticas e dento-alveolares: atresia maxilar (MCP) e mandibular, palato ogival,
face longa, protusão dos incisivos superiores

*abordagem multidisciplinar

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