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TERAPIA PULPAR EM

DENTE DECÍDUO
Prof. Bruna Laurença P. Mota
Odontopediatra
PERDA PRECOCE DO DENTE DECÍDUO
● Perda do espaço para o sucessor permanente
● Dimimuição da capacidade mastigatória
● Desenvolvimento de hábitos parafuncionais
● Alterações ósseas
● Perda de dimensão vertical
● Comprometimento estético que pode acarretar em
prejuízos psicológicos
PERDA PRECOCE DO DENTE DECÍDUO
A manutenção do dente decíduo é
a base fundamental para uma
oclusão mais adequada na
dentição permanente.
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DO DENTE DECÍDUO
• Dentina constitui maior parte da estrutura
• Esmalte tem menor espessura e menos calcificado
• Volume pulpar maior
• Região de furca 1,4 mm de dentina
EXAME CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
• Estabelecer o grau de saúde pulpar

➢ Verificar vitalidade
➢ Testes de frio e calor não são muito usados
➢ Presença de fístula, abscesso e mobilidade
➢ Alteração na coloração da coroa
EXAME RADIOGRÁFICO

• Extensão da lesão de cárie


• Relação com a polpa
• Região de furca e periápice
• Relação rizólise/rizogênese
A dor é a linguagem que a polpa entende
como manifestação de alterações.
Porém, a ausência de dor não é seguro
para fechar diagnóstico.
CARACTERÍSTICA DA DOR

● Espontânea

● Provocada

● Duração
PONTOS A SEREM OBSERVADOS

● Vitalidade pulpar
● Nível de desenvolvimento radicular
● Condição do dente – Possibilidade de restauração
● Cooperação do paciente
PONTOS A SEREM OBSERVADOS
CAPEAMENTO INDIRETO
• Cáries profundas próximas à polpa
• Ausência de exposição pulpar
• Retardar o desenvolvimento da cárie e manter a
vitalidade pulpar
• Remoção da dentina necrótica e infectada
• Permanência da dentina afetada
CAPEAMENTO INDIRETO
CAPEAMENTO INDIRETO
Dente permanente

1. Anestesia (?)
2. Isolamento
3. Remoção do tecido cariado com baixa
rotação e curetas
4. Secagem com bolinha de algodão estéril
5. Pasta de Hidroxido de Cálcio PA+soro
6. Cimento de CaOH2
7. CIV
8. Restauração definitiva após 45 a 60 dias
CAPEAMENTO INDIRETO: Dente decíduo

1. Anestesia (?)
2. Isolamento

3. Remoção do tecido cariado com baixa
rotação e curetas
4. Secagem com bolinha de algodão estéril
5. CIV
6. Restauração definitiva após 45 a 60 dias
CAPEAMENTO DIRETO
• Indicado quando há microexposição

• Ausência de tecido cariado e contaminação salivar


CAPEAMENTO DIRETO Dente permanente

1. Anestesia
2. Isolamento
3. Remoção do tecido cariado
4. Secagem com bolinha de algodão
estéril
5. Pó de Hidroxido de cálcio
6. Cimento de CaOH2
7. CIV
8. Restauração definitiva após 45 a
60 dias
CAPEAMENTO DIRETO dente decíduo

1. Anestesia
2. Isolamento
3. Remoção do tecido cariado
4. Secagem com bolinha de algodão
estéril
5. CTZ
6. OZE
7. Restauração definitiva após 45 a
60 dias
CAPEAMENTO PULPAR
• Proservação

• Exame radiográfico: reabsorção, região de furca e lesões periapicais

• Em caso de dor espontânea, edema ou fístula = Tratamento endodôntico

• Dor provocada = indicada a prescrição de antiinflamatório e analgésico por


três dias, pois pode demorar até 4 semanas para remissão total.
CAPEAMENTO PULPAR
CAPEAMENTO PULPAR
PULPOTOMIA
• Técnica conservadora que visa a manutenção da vitalidade pulpar
• Remoção da polpa coronária infectada ou inflamada
• Uso de materiais que preservem a vitalidade e estimulem o processo de
reparo
• Contra indicado em situações que indiquem comprometimento pulpar
irreversível

.
PULPOTOMIA

1. Anestesia
. 2. Isolamento
3. Remoção do tecido cariado
4. Acesso à câmara pulpar
5. Remoção da polpa coronária:
uso de cureta afiada e estéril
6. Irrigação com soro fisiológico
+ hidróxido de cálcio PA
7. Hemostasia – secagem com
bolinha de algodão estéril
8. Colocação do fármaco
9. Colocação de OZE
10. Restauração final
Fármacos
• Hidróxido de Cálcio
• MTA
• Pasta Guedes Pinto
• CTZ

• Aplicação na pulpotomia: após manipulação, são inseridos


diretamente na entrada dos canais radiculares e feita compressão
leve com bolinha de algodão.

.
Pasta CTZ
• Pasta antibiótica: Clorafenicol, tetraciclina e óxido de
zinco e eugenol
• Não necessita instrumentação dos canais
• Desvantagem estética
• Radiolúcido
.
Aplicação na pulpotomia: é inserido diretamente na
entrada dos canais radiculares e feita compressão leve
com bolinha de algodão.
PULPECTOMIA
• Remoção total do tecido pulpar

• Inflamações pulpares irreversíveis e necrose pulpar

• Necessidade de restaurações extensas (pino)

.
PULPECTOMIA
• Odontometria: limas de 21mm, 2mm aquém do ápice.
Observar o germe permanente

Em dentes anteriores se a imagem do ápice da raiz do dente decíduo


estiver sobreposta à borda incisal do germe do permanente, a medida é
feita da borda incisal do decíduo até a borda incisal do permanente

.
PULPECTOMIA
• Soluções irrigadoras: limpeza e desinfecção dos canais

Hipoclorito a 1% (bio e necro)


Digluconato de Clorexidina a 2%

.
PULPECTOMIA
1. Anestesia (bio)
2. Isolamento
.3. Remoção do tecido cariado
4. Cirurgia de acesso – broca esférica diamantada
5. Localização dos condutos
6. Irrigação com hipoclorito
7. Instrumentação (3 a 4 Limas) – dentes
anteriores: limas de segunda série de 21mm.
Dentes posteriores: limas de primeira série de
21mm
8. Irrigação entre as trocas de lima
9. Secagem com cones de papel
10. Obturação CTZ
11. Sub-base OzE
12. restauração definitiva 15 dias após
PULPECTOMIA
• Material obturador: grau de reabsorção semelhante ao da raiz do dente
decíduo, não causar dano aos tecidos periapicais e ao germe dentário
permanente, antisséptico, fácil inserção e remoção, não pigmentar o
dente

➢ Hidroxido de Calcio PA + OZ
➢ Pasta CTZ
➢ Oxido de Zinco e Eugenol
➢ Pasta Guedes – Pinto

.
VITAPEX
Se falar gentilmente com as
plantas ajuda a crescer,
Imagina o que falar gentilmente
com os humanos pode fazer.

Obrigada!

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