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ED Endodontia AV1

1. Quais os principais fatores que levam a problemas endodônticos?

Cárie extensa, fraturas radiculares ou qualquer acidente onde ocorra injúria pulpar.

2. Quais as principais vias de infecção dental?


 Cárie profunda: principal causa
 Traumas que afetam o feixe vasculo-nervoso do elemento dentário.
 Túbulos dentinários por microinfiltrações;
 Periodonto: Bolsas periodontais profundas;
 Anacorese hematogênica: os elementos que infectaram um determinado elemento poderiam ser
levados, através da corrente sanguínea, para outros elementos dentários. Não é mais considerado.

3. Quais são as fases que devem ser consideradas para o correto diagnóstico de problemas
endodônticos?

Inspeção; palpação; teste de percussão; exame radiográfico; teste de sensibilidade pulpar e teste de
rastreamento radiográfico.

4. Quais os possíveis testes de sensibilidade pulpar que podem ser aplicados para avaliação de
vitalidade?

Frio: realizado com gás refrigerante a -23°C, com isolamento relativo, por 5 seg;

Calor: com bastão de guta-percha aquecido, isolamento relativo, cobrir a face do dente a ser testado com
vaselina, por 5 seg. A guta-percha precisa estar brilhante.

Elétrico: equipamento apropriado que emite corrente elétrica e estimula as fibras sensoriais.

Cavidade: acesso ao dente sem anestesia para avaliar a sensibilidade e a consequente vitalidade.

5. Qual teste auxilia no fechamento de diagnóstico de pulpite irreversível?

Teste frio, pois nestes casos normalmente o paciente relata maior sensibilidade ao calor que promove
vasodilatação e compressão nevrálgica.

6. De que forma deve ser realizado o teste de percussão?

Com uma leve pressão, utilizando o cabo do espelho, de forma vertical e horizontal. Deve ser realizada
primeiramente nos dentes vizinhos, seguido do dente que se suspeita de lesão.

7. Qual a importância do teste de rastreamento radiográfico? Como deve ser efetuado?

Auxilia na identificação de problemas endodônticos ou periodontais.

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Introdução de um cone de guta-percha, desinfectado, através da fístula gerada pela lesão, sendo
radiografado na sequência. Se o cone seguir em direção apical a inflamação tem origem endodôntica, caso
ele siga em direção a crista óssea deve ser considerada a possibilidade de doença periodontal.

8. Caracterize tecido pulpar.

Localizada dentro do elemento dentário, sendo uma porção coronal e uma porção radicular. É um tecido
conjuntivo estéril, altamente vascularizado e inervado.

9. Quais as possíveis etiologias das doenças pulpares e perirradiculares?

Física: calor durante o preparo cavitário devido a ação das brocas; traumas – fator transitório;

Química: seladores temporários, materiais restauradores, ataque ácido da dentina/polpa – fator transitório;

Biológica: cárie dentária; microrganismos e seus produtos – fator presistente.

10. Diferencie pulpite reversível de pulpite irreversível.

Pulpite reversível: quando conseguimos remover o agente inflamatório permitindo a regeneração do tecido.

Pulpite irreversível: quando há contaminação da polpa e não é possível sua regeneração. Essa contaminação
levará a uma inflamação seguida de necrose tecidual.

11. Quais são as fases do dano até a infecção endodôntica e o que elas podem provocar?

Dano >> pulpite reversível >> pulpite irreversível >> necrose pulpar >> quadro de infecção instalado.

Consequências: Lesão aguda (Periodontite apical aguda; Abcesso periradicular agudo); Lesão crônica
(granuloma perirradicular; cisto perirradicular; abcesso perirradicular crônico).

As lesões crônicas ocorrem quando o indivíduo passa pela fase aguda sem sintomas perceptíveis ou
ignorados.

12. Quais são as patologias de origem pulpar?

Hipersensibilidade dentinária; pulpite reversível; pulpite irreversível; reabsorção interna; necrose pulpar.

13. O que é o abcesso de fênix?

É a reagudização de processo inflamatório crônico.

14. Quais patologias adicionais a necrose pulpar pode gerar?

Periodontite apical aguda; abcesso perirradicular agudo em 4 estágios: inicial, em evolução, evoluído e
crônico.

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15. Qual a diferença entre granuloma e cisto perirradicular?

A diferenciação só é possível através de exame histopatológico devido similaridade clínica de ambos,


conforme quadro abaixo:

Granuloma Perirradicular Cisto Perirradicular


Histopatológico Infiltrado inflamatório crônico
Infiltrado inflamatório crônico associado
associado a elementos de reparação. a elementos de reparação. Cavidade
Ausência de cavidade, revestido patológica contendo material fluído,
internamente por restos de malassez. semi-sólido, revestido internamente por
Cápsula de tecido conjuntivo fibroso. epitélio pavimentoso estratificado.
Cápsula de tecido conjuntivo fibroso.
Sinais e Sintomas Geralmente assintomático Geralmente assintomático
Testes Pulpares Negativo Negativo
Teste de Cavidade Negativo Negativo
Teste Perirradicular Negativo Negativo
Radiografia Área radiolúcida associada ao ápice Área radiolúcida associada ao ápice
radicular, cáries ou restaurações radicular, cáries ou restaurações
extensas. extensas.

16. Quais são as etapas que devem ser observadas em um atendimento de traumatismo dentário?
a. Dados do paciente;
b. Rápida avaliação do SNC: perda de consciência, amnésia pós-traumática, parestesia de estruturas
faciais, visão turva, confusão situacional etc;
c. Avaliação de saúde geral;
d. Informações sobre o acidente: Quando, como e onde;
e. Verificar se houve atendimento anterior;
f. Histórico de traumatismo anterior;
g. Distúrbios na mordida
h. Sensibilidade a alterações térmicas ou de paladar;
i. Sensibilidade ao toque e/ou mastigação;
j. Dor espontânea prévia.
k. Execução de exame clínico: exame externo, de tecidos moles e tecidos duros;
l. Teste de sensibilidade pulpar (de canino a canino);
m. Exames de imagem (radiografias, TC)

17. No caso de acompanhamento de traumatismo dentário, para execução de testes pulpares, com qual
periodicidade devemos reavaliar o paciente?

Deve retornar após 3 semanas, aumentando progressivamente para 3, 6 e 12 meses e depois anualmente
por 5 anos.

18. Qual o objetivo dos exames radiográficos durante a avaliação e acompanhamento de traumatismos
dentários?

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Avaliar os tecidos duros verificando sobre: fraturas radiculares, fraturas coronárias subgengivais,
deslocamentos dentários, fraturas ósseas, reabsorção das raízes e do osso adjacente, verificação de objetos
estranhos.

19. Qual o objetivo do tratamento do trauma dentário?

Manter ou recuperar a vitalidade pulpar do dente traumatizado

20. É possível garantir que o tratamento do traumatismo dentário terá sucesso na recuperação ou
manutenção da vitalidade pulpar? Justifique.

Não, pois precisamos de atuação rápida e condições adequadas para recuperar o elemento . Após 48h do
evento traumático a chance de sucesso de recuperação pulpar é muito diminuída. Quando há dano ao
periodonto também temos diminuição do sucesso do tratamento.

21. Quais são os tipos de tratamento possíveis para manutenção de vitalidade pulpar em casos de
traumatismo dentário cujo ápice dentário está aberto (rizogênese incompleta)?

Capeamento pulpar – sucesso de até 80%;

Pulpotomia parcial – sucesso de 95%; remoção do tecido pulpar coronário até o nível da polpa saudável,
também chamada de pulpotomia de cvek;

Pulpotomia total – remoção de toda polpa coronária até o nível dos orifícios radiculares.

22. Descreva a técnica da Pulpotomia de Cvek.


 Anestesia
 Isolamento absoluto
 Desinfecção superficial (com hipoclorito ou clorexidina)
 Preparação de cavidade de 1 a 2 mm no interior da polpa
 Utilização de broca esférica estéril
 Refrigeração profusa com água
 Sem sangramento excessivo
 Excesso de sangue deve ser removido por meio de irrigação com solução salina ou anestésica
 Secagem com bolinha de algodão estéril
 Não permitir formação de coágulo – comprometimento do prognóstico
 Aplicação de 2 mm de pasta de Hidróxido de cálcio bem espessa
 Aplicação de cimento de Hidróxido de Cálcio ou CIV
 Restauração com compósito

23. Quais são os tipos de injúria possíveis em traumatismos dentários?

Fraturas, Luxação e avulsão

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24. Como estão classificadas as fraturas?

Complicadas: COM envolvimento da polpa dental;

Não complicadas: envolvimento de esmalte e dentina, SEM exposição da polpa.

25. Quais são os tipos de fraturas complicadas?


a. Fratura coronária com exposição pulpar
b. Fratura coroa-raiz: precisa de tto periodontal antes do tto endodôntico
c. Fratura radicular

26. O que é esplintagem?

Técnica de fixação dos dentes com uso de resina odontológica indicado para casos de mobilidade excessiva.

27. Quais são os tipos de fraturas não complicadas?


a. Fratura coronária
b. Fratura coroa-raiz: desafio periodontal. O tto deve possibilitar uma restauração adequada.

28. Caracterize luxação?

Injúria dentária que provoca danos ao LP, cemento e danos a polpa dentária.

29. Indique os tipos de luxação e caracterize-as.

Concussão: ausência de deslocamento, mobilidade normal, sensibilidade à percussão, história de trauma


recente.

Subluxação: sensibilidade à percussão, mobilidade aumentada, sem deslocamento, sangramento ao nível do


sulco gengival.

Luxação lateral: deslocamento vestibular, lingual, distal ou incisal. Sangramento sulcular; ausência de
mobilidade; sensibilidade à percurssão. Não responde aos testes de sensibilidade pulpar.

Luxação extrusiva: Ocorre o deslocamento do dente do alvéolo; perceptível sangramento sulcular;


Mobilidade acentuada; sensibilidade à percussão; Ausência de resposta aos testes de sensibilidade pulpar
(devido ao rompimento do feixe vasculo-nervoso).

Luxação intrusiva: deslocamento na direção apical dentro do alvéolo (sentido axial). Promove fratura
alveolar, danos a polpa, danos ao feixe vasculo-nervoso e danos ao LP

30. O que é avulsão dentária?

Quando o dente sai completamente do alvéolo devido a trauma. Resulta em lesão de inserção e necrose
pulpar. O tto endodôntico é necessário.

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Em dentes imaturos (ápice aberto) o reimplante em até 1h pode possibilitar a revascularização. O objetivo do
reimplante é manter a viabilidade da polpa para que o ápice seja formado.

Em dentes maduros (ápice fechado) não é possível a revascularização.

31. Qual o tempo de esplintagem necessário de acordo com cada tipo de injúria?

32. Por que temos um tempo maior de esplintagem para o caso de fratura radicular do 1/3 cervical?

Esse tempo maior se justifica devido a força de mastigação aplicada.

33. Caracterize câmara pulpar?

Cavidade única, volumosa, que abriga a polpa coronária, com forma semelhante à superfície externa.

34. O que encontramos no assoalho da câmara pulpar?

A localização das entradas dos canais radiculares

35. Caracterize o canal radicular.

Parte da cavidade pulpar localizada na porção radicular do elemento dentário. Dividido em 3 porções:
cervical, médio e apical. Se afunila progressivamente em direção ao ápice, seguindo o contorno externo da
raiz.

36. O que são canais acessórios?

Pequenas ramificações que comunicam o canal radicular à superfície externa da raiz.

37. O que é canal colateral?

É uma variação que segue paralelamente ao canal principal, sendo conectado a este através de
intercondutos ou intercanais.

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38. O que é canal lateral?

São canais que se estendem do canal principal em direção ao ligamento periodontal sendo mais frequente
no terço médio do que no cervical, e com frequência estão localizados perpendicularmente ao canal principal
com uma discreta inclinação em direção ao ápice.

39. O que é istmo?

Áreas estreitas, em forma de fita, que unem dois ou mais canais radiculares. Este local pode abrigar tecido
necrótico e biofilme após o PQM demonstrando a ação limitada dos métodos de desinfecção.

40. Caracterize canal radicular apical.

Compreende a porção apical do canal principal, o forame apical e ramificações, como canais acessórios e
delta apical. principal característica desta região é sua variabilidade e imprevisibilidade.

41. Caracterize forame apical.

É a principal abertura do canal radicular na região apical; Não apresenta formato uniforme; Geralmente, se
encontra lateralmente à superfície da raiz distante entre 0,2 a 3,8mm do ápice anatômico. Neste local temos
a penetração do feixe vasculo-nervoso que alimenta a polpa.

42. Quais são os principais instrumentais utilizados nos tratamentos endodônticos e para que servem?

Sonda exploradora: utilizada para realizar a exploração das entradas dos canais e acesso coronário. Auxilia na
verificação do teto da câmara pulpar.

Sondas de Rhein: Sondas que possuem angulações específicas para atender a grupos de dentes. Todas
auxiliam na localização de canais.

Cânula de aspiração para endodontia: utilizada para aspiração dos detritos originados da instrumentação do
CR. Dar preferência para as de maior diâmetro para evitar entupimento e paralização do trabalho.

Agulhas de irrigação: que devem ter um calibre de 27 a 31g. Ela deve ter a capacidade de entrar no canal
para promover a irrigação do canal radicular.

Limas endodônticas: instrumentos que permitem a instrumentação e preparo do canal radicular

Extirpa-nervos ou extirpa polpa: instrumentos descartáveis utilizados na pulpectomia.

Régua milimetrada: usado tanto para medir o comprimento do dente quanto para ajustar o cone de guta-
percha

Brocas Intracanal Gates Glidden: Variam de 1 a 6. Movimentar sempre no sentido horário. Possui ponta
inativa. Possuem correspondência com as limas K. Utilizadas para alargamento do canal.

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Brocas Intracanal Lentulo: Utilizada para inserção de medicamentos e cimento dentro do canal. Evitar em
canais curvos e atresiados. Adequado para canais mais largos.

Espaçadores Digitais: Usados na obturação, durante a compactação lateral do canal.

Calcadores de Paiva: Usado na obturação

43. Quais as propriedades mecânicas das limas endodônticas?

Deformação Plástica: o material sofre uma força e não retorna ao formato original. Aplicado em materiais
mais rígidos, como o aço inox.

Deformação Elástica: o material sofre uma força e retorna ao formato original. Possuem “memória de
forma”, elasticidade/flexibilidade.

44. Para que servem as limas do tipo Hedstrom (lima H)?

Utilizada para retratamento, para retirar material (Guta-percha) de dentro do canal, desobstruindo-o.

45. Para que servem as limas do tipo Kerr (lima K)?

Utilizada no preparo do canal radicular, para receber a obturação. Usada em canais retos. Usadas em
exploração (cateterismo), limagem, alargamento ou rotação alternada.

46. Para que servem as limas do tipo Niquel-Titânio (NiTi)?

utilizada no preparo do canal radicular para receber obturação. Usada em canais curvos. Movimentos:
Alargamento e rotação alternada. Não fazemos movimentos de limagem devido a flexibilidade destes tipo de
instrumento.

47. Para que serve o cursor existente na lima?

Serve para ajustar a medida do canal a ser trabalhado quando não temos limas que sejam a medida exata do
acesso que estamos tratando.

48. Qual a medida do corpo do instrumento e da parte de trabalho?

O corpo das limas pode variar de 21, 25, 28 e 31mm, já o parte de trabalho possui medida fixa de 16mm.

49. Qual a variação de diâmetro das limas endodônticas?

Variam de 06 a 140 e são divididos em 4 séries.

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Série especial: 06, 08 e 10

1ª série: 15, 20, 25, 30, 35, 40

2ª série: 45, 50, 55, 60, 70, 80

3ª série: 90, 100, 110, 120, 130, 140

50. Como deve ser medida a conicidade das limas?

No caso dos instrumentos manuais aumentam 0,02mm. Isso significa que no D0 (ponta do instrumento) o
instrumento terá o diâmetro regular indicado, mas a cada milímetro ele ganhará 0,02mm. Essa conicidade é
fixa para os instrumentos manuais.

Alguns instrumentos da série especial possuem conicidade diferente (0,04).

51. Quais os tipos de movimentos possíveis de serem executados com as limas?

Movimento de exploração ou cateterismo

Movimento de alargamento com rotação alternada

Movimento de Remoção >> avanço, rotação a direita, tração

Movimento de limagem >> Avanço, tração com pressão lateral

52. Quais etapas operatórias básicas do tratamento endodôntico?

Acesso Coronário; Preparo Químico Mecânico (PQM); Medicação Intracanal (etapa obrigatória quando há
infecção); Obturação do Sistema de Canais Radiculares (SCR)

53. Quais os objetivos do acesso coronário?

Remover o tecido cariado; Preservar a estrutura dental saudável; Acessar a câmara pulpar e eliminar o tecido
pulpar; Localizar todos os orifícios do canal radicular; Alcançar acesso em linha reta ao forame apical.

54. Cite quatro objetivos das radiografias periapicais.

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Localização dos cornos pulpares; Presença de calcificações pulpares; A relação do teto com a câmara pulpar;
A localização da entrada dos canais; O número de canais; Curvaturas; Lesões perirradiculares

55. Cite quatro objetivos das radiografias interproximais.

Analisar a profundidade da cárie; Analisar a relação do dente com a crista óssea; Analisar relação do dente
com os dentes vizinhos; Analisar a espessura de esmalte e de dentina; Visualizar a presença de perfurações e
danos ao assoalho.

56. Quais são os princípios que orientam as regras para o acesso coronário?

Lei da centralidade e concetricidade (ao nível da JCE) >> distância igual a superfície externa.

Lei da simetria dos orifícios dos canais >> orifícios e alinhados.

Lei da mudança de cor >> sempre mais escuro que as paredes do teto.

Lei da localização >> na junção e no ângulo das paredes e o assoalho; nos términos das linhas de fusão.

57. Quais são as etapa operatórias para o preparo do acesso coronário?

Acesso à câmara pulpar: área de eleição; forma de contorno inicial; direção da trepanação

Preparo da câmara pulpar: Para esta manobra, podem ser utilizadas brocas esféricas compatíveis com a
anatomia do dente e brocas tronco-cônicas diamantadas de pontas inativas (Endo Z, 3081, 3082, 3083, ou
4081, 4083)

Forma de conveniência: Procura dar uma conformidade à cavidade pulpar com a finalidade de facilitar outros
procedimentos operatórios

Limpeza e antissepsia da cavidade: descontaminação do campo operatório deve ser feita com gaze estéril e
hipoclorito de sódio de 2,5 a 5,25%. A perda da cadeia asséptica poderá comprometer os resultados do
tratamento edodôntico.

58. Quais os objetivos do tratamento endodôntico?

Controlar a infecção existente e prevenir uma nova infecção.

59. Qual a diferença do tratamento de dentes com polpa viva e dentes despolpados?

Nos dentes com polpa viva buscamos a prevenção de infecção radicular, apesar da polpa coronária ter sido
afetada por algum tipo de infecção.

Nos dentes despolpados (necrose pulpar e retratamento) buscamos o controle de infecção existente, além
de prevenir uma nova infecção.

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60. Qual o sinal radiográfico que determina a necessidade de tratamento endodôntico?

Lesão perirradicular.

61. Descreva as etapas operatórias para cada grupo de elementos dentários?

Atividade Incisivo Canino Pré-Molar Molar


Área de Eleição Área mais central da Área mais central da Área Central da Na superfície oclusal,
sup. Palatina/lingual, sup. Palatina/lingual, superfície oclusal, no centro da Fossa
próx. ao cíngulo. próx. ao cíngulo. junto à Fossa Mesial
Central
Forma de Triangular regular; Triangular. Superiores Cônico-Ovóide, Triangular, Irregular
contorno inicial base incisal, vértice podem apresentar achatada no sentido ou
para o cíngulo Forma lanceolada ou mesio-distal. Trapezoidal
chama de vela
Direção da Penetração inicial Penetração inicial Vertical, paralela ao Vertical, paralela ao
Trepanação perpendicular e perpendicular e longo eixo do dente. longo eixo do dente.
posteriormente posteriormente SUP. Ligeiramente SUP. Ligeira inclinação
paralela ao longo eixo paralela ao longo eixo inclinada para para palatina.
do dente. do dente. palatina. INF. Direcionar para os
INF. Discreta tend. canais distais.
para mesial.
Preparação da Remoção completa do Remoção completa do Remoção completa Remoção completa do
câmara Pulpar teto teto do teto teto
Forma de Regularização e Regularização e Regularização e Regularização e
conveniência alisamento das alisamento das alisamento das alisamento das
paredes e ângulos paredes e ângulos paredes e ângulos paredes e ângulos.

Super. Infer.
Super. Infer.
Antissepsia da Gaze estéril + Gaze estéril + Gaze estéril + Gaze estéril +
cavidade Hipoclorito de sódio Hipoclorito de sódio Hipoclorito de sódio Hipoclorito de sódio
2,5 – 5,25% 2,5 – 5,25% 2,5 – 5,25% 2,5 – 5,25%

62. Qual objetivo do PQM?

Tem como objetivo limpeza (remoção de matéria orgânica) e desinfecção, ampliação (desgaste da parede
dentinária para remover MO que estejam alojados nos túbulos dentinários) e modelagem do canal radicular
(formato cônico que facilita o momento da obturação).

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63. Quais as funções do NaOCl?

Tem função de solvente de matéria orgânica, ação antimicrobiana, lubrificante, desodorizante, clareadora.
Utilizada na concentração de 2,5 a 5,25%.

64. O que significa CDR?


Comprimento do dente na radiografia. Medida em milímetros vai de um ponto de referência na coroa
dentária até o ápice radicular. Este comprimento é o que nos orienta no início do trabalho.

65. O que é o comprimento de patência?

Comprimento do ponto de referência da coroa até a abertura do forame apical. Instrumento pode avançar
na região de constricção (junção cemento-dentina), porém não deve ultrapassar ao forame apical. O intuito
dessa manobra é limpar e desinfetar a região do forame apical e canal cementário, no entanto deve ser
utilizada uma lima mais delicada para esta atividade.

66. O que é comprimento de trabalho?

Comprimento que será executada a instrumentação. Deve ficar em torno de 1 a 2mm aquém do forame
apical. Este comprimento deve ser respeitado especialmente no caso de tratamento de dentes despolpados
ou para retratamento com o objetivo de não introduzir microrganismos além do forame apical para não
contaminar os tecidos perirradiculares adjacentes. O comprimento de trabalho é calculado com base no
comprimento de patência – 1mm.

67. De que forma é realizado o acesso radicular?

Será feito com limas e instrumentos do tipo Gates Glidden. Que deve respeitar o CDR e as distâncias
indicadas abaixo:

a. Gates Glidden 2 (corresponde a LK 70): CDR – 5mm


b. Gates Glidden 3 (corresponde a LK 90): CDR – 7mm
c. Gates Glidden 4 (corresponde a LK 110): CDR – 9mm

Desta forma se o CDR for 21mm, o CP 20mm, o CT 19mm, a GG2 16mm, a GG3 14mm e a GG4 12mm.

Deve ser utilizado cursor na broca ou marcação com caneta de retroprojetor.

68. De que forma é realizada a exploração do canal radicular?

A exploração inicial do canal deve ser feita:

Para canais retos: Lima#K15 pré-curvada em CDR – 5mm

Para canais curvos: Lima#K6, Lima#K8 e Lima#K10, pré-curvada, em CDR – 1mm

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69. O que é odontometria e como a realizamos?

É a tomada radiográfica realizada para verificação do CP e do CT. Deve ser produzida com a lima de patência
inserida no canal para confirmação das medidas.

70. Como é realizado o preparo apical?

É realizado no comprimento de trabalho (CT), realizamos a instrumentação planejada, cujo diâmetro das
limas é definido previamente. A cada troca de lima o acesso deve ser irrigado com NaOCl e aspirado seguido
da inserção da lima de patência para remoção de debris que possam ser “empurrados” para a região
foraminal; O término da instrumentação é chamado de batente apical. Temos um alargamento seguido de
uma zona estreita. Impede que a guta-percha avance para o forame apical.

71. Quais os diâmetros convenientes para as limas de memória de cada grupo dentário?

A lima de memória é a última utilizada no preparo apical.

72. O que é step-back?

Instrumentação que trabalha o terço médio apical. Permite a união do preparo


apical ao acesso radicular visando dar um formato cônico contínuo ao canal
radicular. Recuo escalonado de 1mm desde o CT, aumentando a cada mm o
diâmetro da lima onde utilizamos entre 3 a 5 limas.

73. Quais os estágios da infecção endodôntica e quais espécies bacterianas predominantes em cada
estágio?

Estágio Inicial (Coronário): Predomínio de Bactérias Gram-positivas, facultativas e sacarolíticas.

Estágio Intermediário: Sem definição de predomínio de espécies.

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Estágio Final (Apical): Predomínio de Bactérias Gram-negativas, anaeróbias estritas e proteolíticas.

74. Quais os tipos de infecção endodônticas?

Intrarradicular e extrarradicular

75. Quais os tipos de infecção intrarradicular?

Primária: polpa está em agressão pela primeira vez. maioria gram-negativa, anaeróbia estrita. Prevalência de
quatro espécies de bacilos produtores de pigmentos negros em infecções endodônticas primárias reveladas
por diferentes estudos: Porphyromonas endodontalis, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia,
Prevotella nigrescens.

Secundária: contaminação do canal durante o tratamento (falta de isolamento absoluto e contaminação por
saliva, infecção cruzada pelo uso de materiais contaminados), entre as sessões do tratamento (curativos com
microinfiltrações), após o tratamento (quando o paciente não finaliza a restauração ou ocorre
microinfiltração na restauração provisória).

Persistente: infeção presiste pós-tratamento, com prevalência de espécies microbianas em canais obturados
>> E. faecalis; P. alactolyticus, P .propionicum, F.alocis, D.pneumosintes, Streptococcus spp., T.forsythia,
C.albicans.

76. Quais diferenças entre infecção radicular primária e infecção radicular secundária/persistente?

77. Qual a diferença de MO em suspensão e aderidos?

MO em suspensão: estão na luz do canal e estão em maiores quantidades. São mais fáceis de serem
removidas;

MO aderidos: formam biofilme na parede do canal, sendo mais difíceis de serem eliminados.

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78. Qual a principal causa do fracasso do tratamento endodôntico?

Fatores microbianos são a principal causa de fracasso do tratamento endodôntico, provocam infecção
intrarradicular devido a permanência de microrganismo no SCR, especialmente no terço apical. Sendo os
MOs mais comuns: Enterococcus faecalis, Candida albicans, Streptococcus spp., Pseudoramibacter
alactolyticus.

79. Qual o objetivo da medicação intracanal?

Potencializar a desinfecção do CR, especialmente em tratamentos de dentes despolpados, para:

 Eliminar MOs resistentes ao PQM;


 Atuar como barreira físico-química contra infecção e reinfecção por MOs da saliva;
 Reduzir a inflamação perirradicular e sua sintomatologia;
 Controlar a exsudação persistente;
 Alcançar regiões de difícil acesso como: istmos, ramificações, túbulos dentinários, delta apical e
irregularidades que podem diminuir o sucesso do tratamento;

80. É necessária medicação intracanal em dentes com polpa viva?

Não, se o tratamento endodôntico for realizado em 1 sessão. Do contrário o profissional pode optar pela
medicação intracanal preventiva até a próxima sessão onde o tto será concluído.

81. É necessária aplicação de medicação intracanal em dentes despolpados?

Sim, constitui etapa obrigatória do tto, com objetivo de controlar a infecção, diminuir a quantidade de MOs
em regiões de difícil acesso. Tratamento realizado em, no mínimo, duas sessões.

82. Quais os tipos de medicação intracanal mais utilizados?


 Paramonoclorofenol canforado (PMCC): cânfora utilizada como veículo e como agente para reduzir o
efeito irritante do PMC. Promove maior penetrabilidade tecidual. Age a distância, alcançando túbulos
dentinários e ramificações do CR onde os instrumentos não alcançam. Utilizado em poucas gotas no
preparo com a pasta HPG.
 Corticosteróide-Antibiótico: atenuam a intensidade da reação inflamatória e previnem a dor pós-
operatória. Os Corticóides de efeito anti-inflamatório moderado são usados em doses diminutas na
medicação intracanal e não produzem efeitos sistêmicos significantes. Os medicamentos abaixo são
recomendados para procedimentos de dentes polpados em que não houve tempo hábil para finalizar o
tto. endodôntico.
a. Otosporin
Utilizado em polpa vital
b. Decadron colírio

83. Quais substâncias são adotadas na medicação intracanal?

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Hidróxido de Cálcio Ca(OH)2: Tem atividade biológica, física e química.

Veículos: facilitam a penetração do Ca(OH)2 no CR.

Substâncias adicionais: radiopacificadores

84. Quais os radiopacificadores utilizados?

Iodofórmio (pó amarelado) para dentes posteriores e óxido de zinco para dentes anteriores.

85. Qual o objetivo dos radiopacificadores?

Servem para realizar contraste em radiografia, permitindo a avaliação da medicação no canal.

86. Qual a composição da pasta HPG?

Hidróxido de Cálcio + Paramonoclorofenol canforado + Glicerina

87. Qual a indicação para aplicação da pasta HPG?

Aplicação em canais necrosados com instrumentação completa, com permanência mínima de 7 dias.

88. Como a pasta HPG deve ser preparada?

89. De que forma o CR deve ser preenchido com medicação intracanal?

Com o uso de limas do tipo K de diâmetro inferior a lima de memória, sendo introduzida lentamente no
comprimento de trabalho, com remoção no sentido anti-horário. O procedimento deve ser repetido por 2 a
3x. Após o preenchimento do canal deverá ser realizada radiografia para verificar se está completo, somente
após essa verificação seguiremos com o selamento provisório. Também pode ser executado com espirais de
lentulo.

90. Descreva o emprego correto da medicação intracanal?

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91. Qual objetivo da aplicação EDTA 17%?

Remoção da smear layer, desobstruindo os acessos às ramificações e aos túbulos dentinários, facilitando a
difusão e atuação do medicamento. Durante a aplicação do EDTA ele deve ser agitado pelas limas de forma a
potencializar seus efeitos.

92. Qual o objetivo da obturação?

selamento de toda a extensão da cavidade endodôntica onde havia polpa dentária. É importante para
impedir a proliferação bacteriana e a entrada de microrganismos, mantendo o estado de desinfecção. Deve
ser realizado:

 Selamento apical
 Selamento lateral
 Selamento coronário

93. Em que momento a obturação deve ser realizada?

Após PQM completo e após medicação intracanal. Deve estar sem exsudação, sintomatologia e odor.

94. Qual o tempo mínimo e máximo para avaliar o sucesso do tto endodôntico?

Mínimo: Até 24 meses

Máximo: 48 meses.

A avaliação de regressão da lesão perirradicular deve ser feita anualmente.

95. O que é limite apical de obturação?

Limite de obturação respeitando o comprimento de trabalho.

96. Qual consequência podemos ter no caso de ultrapassarmos o limite apical de obturação?

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Podemos ter penetração de fluidos do tecido adjacente ao forame apical que servirão de substrato para o
crescimento de MO e reinfecção do canal, levando ao insucesso do tratamento, especialmente no caso de
dentes despolpados ou que necessitaram de retratamento.

97. Quais os tipos de materiais obturadores?

Pastas e sólidos.

98. Qual a composição da guta-percha?


 Guta-percha: 19 a 20%
 Óxido de zinco: 60 a 75% >> capacidade antimicrobiana
 Radiopacificadores: 1,5 a 17% >> favorece a visualização radiográfica
 Resinas, ceras e corantes: 1 a 4%

99. Quais as vantagens e desvantagens da guta-percha enquanto material obturador para canais
radiculares?

Vantagens Desvantagens
 Fácil adaptação às irregularidades do  Pequena resistência mecânica à
canal radicular. flexocompressão, dificultando o uso
 Bem tolerados pelos tecidos em canais curvos.
perirradiculares.  Pouca adesividade, por isso a
 Possibilidade de plastificação por importância da associação com o
meios físico e químicos. cimento endodôntico permitindo a
 Estabilidade dimensional. adesão na parede do canal e aos
 Facilidade de remoção quando diferentes cones que serão
necessário. introduzidos no canal juntamente
com o cone principal.
 Podem ser deslocados durante o
processo de compactação.

100. Por que utilizamos cimentos endodônticos na técnica de compactação lateral?

Para reduzir a interface entre a guta-percha e as paredes do canal e entre os cones

101. Quais as propriedades ideais dos cimentos endodônticos?


 Fácil inserção e remoção
 Bom tempo de trabalho
 Promover selamento 3D
 Estabilidade dimensional
 Ser radiopaco

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 Apresentar adesividade às paredes do canal


 Atividade antimicrobiana
 Biocompatibilidade
 Ser solúvel ou reabsorvível nos tecidos perirradiculares

102. Quais os tipos de cimentos que podemos adotar em ttos endodônticos?


 Cimentos contendo Hidróxido de Cálcio;
 Cimentos à base de Óxido de Zinco e Eugenol;
 Cimentos Resinosos.
 Sealer 26

103. No que consiste a técnica de compactação lateral?

Colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um cone principal bem adaptado e cimentado.
Técnica a frio.

104. Descreva a técnica de compactação lateral.


 Seleção do cone principal de guta-percha: cone calibrado ou calibrar cone acessório, com diâmetro
baseado na lima de memória;
 Descontaminação do cone de guta-percha por 1 min em solução de NaOCl2,5%;
 A inspeção do cone principal deve ser: visual, tátil e radiográfica;
o Visual: perceba se chegou até o CT; Na retirada do canal ele não pode apresentar deformações.
o Tátil: percebemos que o cone, ao chegar no CT, ficará travado no término da instrumentação. Ele
precisa ficar firme.
o Radiográfico: confirmação se está na medida correta do CT. Chama-se prova do cone.
Importante que o canal esteja lubrificado com NaOCl 2,5%;
 Seleção do espaçador digital: serve para “abrir” espaço para os cones acessórios. Usar de A a C,
começando sempre pelo de maior diâmetro (C ou B) que entre sem “sem dificuldade” com medida de 1 a
2mm aquém do CT.
 Remover todo o material do canal para aplicação do EDTA 17% para remoção da smear layer, permitindo
melhor adaptação da obturação. Aplicar por 5min, seguido de irrigação com NaOCl2,5%;
 Secagem do canal com aspiração e cones de papel estéreis compatíveis com o diâmetro da LM;
 Manipulação do cimento endodôntico em placa de vidro e espátula estéreis, considerando a viscosidade
adequada para o trabalho com o cone de guta-percha;
 Introdução do cone principal com cimento com leves avanços e recuos até chegar ao CT. Deve ser lento
para evitar a formação de bolhas. É possível introduzir o cimento com espirais de lentulo ou com limas
de diâmetro inferiores as da LM, mas quando colocamos em conjunto com o cone principal, ganha-se
tempo clínico.
 Colocar espaçador criando espaço lateral para colocação de cones acessórios que deve ter diâmetro
inferior ao espaçador que está sendo utilizado. Mudar o espaçador a medida que se encontrar
resistência.
 Checagem radiográfica da obturação para verificar a compactação lateral;

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 Cortar os cones, principal e auxiliares, com instrumento aquecido (gotejador). Movimento horizontal e
rápido;
 Compactação da obturação no sentido apical (compactação vertical) com calcador frio; Deve ter
diâmetro compatível com o canal; pressão vertical suave para acomodar o material obturador ao canal.
 Limpeza da cavidade coronária com bolinha de algodão e álcool 90%;
 Selamento temporário;
 Radiografia final.

105. No que consiste o retratamento endodôntico e qual seu objetivo?

Realização de um novo tratamento após o período de proservação devido a fracasso do tto anterior ou
necessidade de tratamento mais correto ou adequado, especialmente nos casos de tratamentos protéticos
extensos, com objetivo de superar as deficiências do tratamento anterior.

106. Consideramos que o tto endodôntico obteve sucesso em qual situação? Quais etapas devem ser
observadas?

Regressão completa da lesão perirradicular após o período de proservação adequado.

Devem ser observados: critérios clínicos ( ausência de dor, tumefação, fístula, sensisbilidade a palpação e
percussão, mobilidade dentária, função dentária normal); critério radiográfico (ausência de lesão
perirradicular); Tempo de proservação (radiografias anuais dentro do período de 4 anos).

107. Quais as causas de insucesso do tto endodôntico?

Fatores microbiano: infecção intra e extrarradicular;

Envolvimento microbiano em situações específicas: sobreobturação (selamento inadequado da região apical);


infiltração coronária (durante selamento provisório);

Fatores não microbianos: sem evidência científica (endógeno – cisto; exógeno – reação de corpo estranho).

108. Qual a conduta para o caso de insucesso?


 Retratamento convencional: indicado para a maioria dos casos
 Cirurgia perirradicular: quando o dente não respondeu ao retratamento, ou que não se consiga acessar
pela coroa devido a tto protético extenso.

109. Quais as etapas do retratamento endodôntico?

Remoção do material obturador;

Reinstrumentação do CR;

Medicação intracanal;

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Reobturação do CR.

110. Qual a Sequência para retratamento de dentes obturados com Guta-Percha?


a. Radiografia inicial
b. Obtenção do comprimento do dente na radiografia (CDR);
c. Colocação do solvente (eucaliptol) na câmara pulpar por 3-5min, com auxílio de pinça, para remoção
de material do terço coronal;
d. Utilização de brocas de Gates-Glidden, acesso e retirada em movimento.
a. II – CDR – 5mm;
b. III – CDR – 7mm; CANAIS RETOS
c. IV – CDR – 9mm.
d. Comprimento passivo (até que se encontre resistência) para canais curvos. Usar apenas as
Gates II e III;
e. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, para remoção dos detritos formados;
f. Aplicação do solvente (eucaliptol) na câmara pulpar (3-5min.), com auxílio de pinça, para remoção de
material do terço médio;
g. Penetração com uma lima K #15 ou #20 até CDR-1mm, para abrir espaço entre a guta-percha e a
parede do canal.
h. Utilização de lima H em movimentos de limagem. Usado para remoção da guta-percha no terço
médio e apical. Começar com Limas H de diâmetro do menor para o maior. Girar apenas no sentido
horário.

a.
i. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, para remoção dos detritos formados;
j. Reinstrumentação do canal radicular – MRA.
k. Aplicação de EDTA a 17%
l. Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5%, seguido de secagem
m. Medicação intracanal
n. Selamento provisório

111. Quais as principais Indicações da Microcirurgia Perirradicular (retratamento cirúrgico)?


 Dentes Portadores de Trabalhos Protéticos com Apoio Intrarradicular Volumoso ou Próteses Extensas
com Presença de Lesão Perirradicular e/ou Sintomatologia e/ou Lesões Perirradiculares Persistentes.
 Lesões Perirradiculares que não Responderam ao Tratamento e ao Retratamento Endodôntico.
 Presença de Degraus em Dentes com Lesões Perirradiculares.
 Presença de Limas Fraturadas em Dentes com Lesões Perirradiculares e/ou sintomatologia.
 Presença de Corpos Estranhos na Região Perirradicular em Dentes com Lesões Perirradiculares e/ou
sintomatologia.
 Lesões Perirradiculares Crônicas Extensas com Presença de Exudato Persistente.

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112. De que forma, resumidamente, é realizado o acesso para cirurgia perirradicular?

Realizada a partir do ápice dental, exige desgaste ósseo e remoção de aproximadamente 3mm da raiz do
elemento. Realizada a instrumentação e obturação no sentido ápice-coroa.

113. [Prova] Descreva as técnicas de aplicação do isolamento absoluto e cite três vantagens de sua
utilização.
 Colocação do grampo, lençol de borracha e arco.
 Colocação do grampo, seguido do lençol de borracha, junto com o arco.
 Colocação do lençol de borracha, junto com o arco e depois o grampo.

Vantagens: Campo limpo e seco, manutenção da cavidade asséptica, melhor visualização do campo
operatório

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