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LESÕES ENDOPERIODONTAIS

Processo de interação entre a polpa e o periodonto. São lesões de origem inflamatória que
afetam concomitantemente o tecido pulpar e os tecidos periodontais de inserção.
• Conhecimento dos processos da doença
• Fatores etiológicos
• Anamnese e exame clínico
• correto diagnóstico
• sucesso previsível
Túbulos dentinários expostos: são vias de comunicação entre a polpa dental e o ligamento
periodontal. Expostos em áreas desprovidas de cemento. Defeitos e desenvolvimento, doença,
procedimentos periodontais ou cirúrgicos.
Portais menores de saída: Presença de canais laterais e acessórios Ramificação na região de
furca de molares. Via potencial para a disseminação de m.o. e seus produtos da polpa para o LP
e vice-versa, resultando em um processo inflamatório nos tecidos envolvidos.
Forame apical: Principal via de comunicação
entre a polpa e o periodonto. Produtos microbianos e inflamatórios podem sair através do
forame apical causando doença perirradicular. Potencial porta de entrada de produtos
inflamatórios oriundas de bolsas periodontais para a polpa radicular.
Etiologia (Bactérias, fungos-Candida albicans, vírus, bioifilme):
Infecção endodôntica e/ou periodontal
Fatores traumáticos e/ou iatrogênicos
Fatores contribuintes: tratamento endodôntico deficiente, restauração deficiente
Reabsorção radicular não infecciosa e infecciosa.
Dente portador exclusivamente de lesão decorrente de periodontite
Causadas primariamente por patógenos periodontais
-Teste de sensibilidade POSITIVO
- acúmulo de placa e tártaro e as bolsas periodontais tem maior profundidade de sondagem;
-Tratamento: prognóstico depende do estágio da DP e da eficácia do tratamento.
Dente portador de lesão exclusivamente endodôntica
Drenagem via ligamento periodontal para o sulco gengival em um dente necrosado com lesão
perirradicular crônica. À sondagem, bolsa é estreita, sem amplitude
Pode estar associada a uma grande lesão cariosa, grande restauração ou a um tratamento
endodôntico falhado. Perda óssea localizada na zona de furca ou no periápice; Incômodo à
percussão e/ou mastigação.
Doenças endodôntica e periodontal não comunicantes
• Ocorre com menor frequência;
• Não há relação de interdependência entre as lesões.
• Doença endodôntica que progrediu coronariamente
• Bolsa periodontal infectada que progrediu apicalmente
Doenças endodôntica e periodontal combinadas
• Formada a partir da lesão endodôntica e periodontal;
• Desenvolvem-se independentes uma da outra numa fase inicial (não comunicantes) e,
posteriormente, acabam por se unir(comunicantes);
• Polpa deve apresentar necrose pulpar; Deve haver perda de inserção periodontal.
Tratamento:
Lesões não comunicante >> Endodôntico e periodontal comunicantes.
Lesões comunicantes >> Endodôntico primeiro e após periodontal.
1. Lesão Endo-periodontal COM dano radicular:
• FRATURA RADICULAR
• PERFURAÇÃO RADICULAR
• REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA
• -bolsa periodontal;
• -abscesso periodontal;
• -edema;
• -fístula

Fratura radicular
Diagnóstico não é simples;
-Dentes com histórico prévio de procedimento endodônticos e protéticos;
Diagnóstico: uso de corantes, tomografia de alta resolução, cirurgia periodontal exploratória;
-Sinais e sintomas podem ser confundidos com lesões periodontais e endodônticas ou até
ausentes;
-Bolsa periodontal profunda e destruição do osso alveolar
-Comum em dentes com pinos intrarradiculares (principalmente metálicos) e que soltam.
2. Lesão Endo-periodontal SEM dano radicular
o Lesão Endo-periodontal em pacientes COM doença periodontal
Progressão apical de uma bolsa periodontal Envolvimento dos tecido perirradiculares
Polpa necrosa devido à infecção que penetrou através dos canais laterais ou do forame apical
Sinais e sintomas
-Bolsas periodontais profundas atingindo ou próximas ao ápice; -Resposta alterada ou negativa
ao teste de vitalidade pulpar; -Reabsorção óssea na região apical ou furca;
-Dor espontânea ou à palpação e percussão
-Exsudato purulento; -Mobilidade dentária; -Fístula;
-Edema gengival.
Herrera et al., 2017.
Tratamento
1o Realizar tratamento endodôntico; Aguardar
2o Realizar tratamento periodontal.
Prognóstico: depende do estágio da DP e da eficácia do tratamento.
Lesão Endo-periodontal em pacientes SEM doença periodontal
Doença endodôntica primária supurativa não tratada durante um
longo período
Acúmulo de placa bacteriana e cálculos no trajeto fistuloso Inflamação dos tecidos periodontais
com destruição do LP e osso
circundante
Pode tornar-se secundariamente envolvida com uma lesão periodontal
Se realizada a endodontia, apenas parte da lesão irá reparar até o nível da lesão periodontal
secundária.
TRATAMENTO: endodôntico e periodontal (se necessário).
Edema/tumefações
Origem endodôntica: fundo do vestíbulo alastrando- se para os planos faciais e a sua via de
drenagem vai ser determinada pela longitude da raiz e pelas inserções musculares.
Origem periodontal: além de não apresentar inflamação facial, geralmente localiza-se na
gengiva aderida e é raro ultrapassar a linha mucogengival.
Diagnóstico: Avaliar história clínica do paciente, exame clínico e RX. Descartar possibilidade de
trauma(trincas e fraturas) e de perfurações; Dentes com pinos intrarradiculares metálicos:
muito comum ter trincas. sangramento à sondagem; supuração;
vitalidade pulpar; percussão. Presença de uma bolsa periodontal alcançando ou próximo ao
ápice com a ausência de vitalidade pulpar indica a presença de uma LEP.
Tratamento:
• -Realizar tratamento endodôntico;
• -Aguardar 2-3 meses (pode variar de acordo com a filosofia do profissional):
• *período de cicatrização, evitando raspagens excessivas e a inutilização de tecido viável;
• *permite reparo inicial dos tecidos e melhor avaliação da condição periodontal.
• -Realizar tratamento periodontal.
Prognóstico:
Sem esperança >> LEP causada por trauma ou fatores iatrogênicos;
Ruim/Favorável >> Infecções endodônticas e periodontais depende da extensão da destruição
periodontal ao redor da área afetada, a presença e a gravidade da DP que afeta a saúde bucal
do paciente. Em geral, o que for de origem endodôntica irá reparar. Depende da eficácia da
terapia periodontal.

DIAGNÓSTICO PERIRRADICULAR
“Alterações perirradiculares em decorrência de necrose do tecido pulpar associada a um
aumento de agressão aos tecidos”

É uma constante disputa de equilíbrio entre AGRESSÃO e DEFESA!


Como diagnosticar?
• Sinais clínicos e/ou sintomas Testes pulpares
• Teste de percussão
• Teste à palpação
• Exames de imagem
INFLAMAÇÃO
Reação do tecido periapical aos irritantes provenientes dos canais Se manifesta com: Dor,
Vasodilatação e Aumento da permeabilidade vascular.
INFECÇÃO
Reação devido à presença física de microrganismos patogênicos nos tecidos periapicais que
produzem dano tecidual.
Nas doenças causadas por infecções, geralmente as bactérias estão presentes nos tecidos ou
órgãos envolvidos. Mas no caso da PERIODONTITE APICAL, as bactérias geralmente não estão
presentes nos tecidos periapicais, e sim nos canais radiculares
EXCEÇÃO: periodontite apical associada à formação de abscesso, à fistula ou infecção
extrarradicular.
DESENVOLVIMENTO/PATOGÊNESE
Entrada de toxinas bacterianas, enzimas
e subprodutos metabólicos nocivos.
Apenas a presença de bactérias (colonização) em algumas
periodontites apicais NÃO denota uma infecção;
A periodontite apical está relacionada à virulência, ao número e às
combinações de microrganismos.
Formação de BIOFILME patogênico
Classificação:
Lesão perirradicular sintomática/aguda . Abscesso perirradicular agudo
Lesão perirradicular assintomática/crônica . Abscesso perirradicular crônico
Periodontite apical sintomática/aguda

CAMINHOS:
Recuperação, Abscesso (invasão acentuada de bactérias) e Inflamação crônica (persistência de
irritantes).
Abscesso dentoalveolar agudo
O que é? Coleção localizada de exsudato purulento em um tecido ou órgão, causado pela
combinação especificas de bactérias nos tecidos periapicais inflamados
Outras características: Variação morfológica da inflamação aguda e crônica e Fluído purulento
fracamente oxigenado e baixo pH.
Intraóssea: Geralmente não tem tumefação, D.D. com periodontite apical aguda: presença ou
não de pus. Subperiostal: Tumefação intra e/ou extraoral (flutuante ou não). Supraperiostal:
Alívio da dor após rompimento do periósteo.
Teste pulpar: negativo
Testes perirradiculares:
Percussão: positivo
Palpação: positivo (fase subperiostal ou supraperiostal)
RX: Espessamento do ligamento (geralmente)
Tratamento: drenagem (via canal e/ou mucosa) + endodontia
Medicação: Analgésicos + anti-inflamatórios + antibióticos

Periodontite apical assintomática/crônica


O que é? “Quando a resposta inflamatória associada à peridontite apical aguda é EFICAZ na
redução da intensidade da agressão, a resposta cronifica.”
Se caracteriza por:
• persistência do estímulo inflamatório
• resposta imune adaptativa
• início do processo de reparo
DESENVOLVIMENTO/PATOGÊNESE
• Em resposta à agressão, células do ligamento produzem mediadores químicos;
• Que substituem (reabsorvem) o osso por tecido com inflamação crônica;
• O processo reabsortivo cria um espaço capaz de comportar um número maior de células
de defesa.

• Representa uma resposta de defesa tardia (resposta imune adaptativa e específica)

• depende da ação de linfócitos (T e B) que ativam a resposta imune


• que se inicia a partir de 4 a 5 dias

Teste pulpar: negativo


Testes perirradiculares: - Percussão: negativo
- Palpação: negativo
RX:
- Área radiolúcida unilocular associada à região perirradicular bem circunscrita, com perda da
integridade da lâmina dura.

GRANULOMA
Definição: termo histológico para uma reação inflamatória crônica específica
É um inflamatório crônico associado à tecido de granulação
Composto por cerca de 50% de células inflamatórias (principalmente macrófagos)
Teste pulpar: negativo
Testes perirradiculares:
- Percussão: negativo
- Palpação: positivo (em caso de fenestração óssea)
RX:
- Área radiolúcida unilocular associada à região perirradicular bem circunscrita, com perda da
integridade da lâmina dura
CISTO
• Sempre tem origem do granuloma, que se tornou epiteliado
• Mas nem todo granuloma evolui para um cisto

Abscesso perirradicular crônico


Sinônimo: periodontite apical supurativa Teste pulpar: negativo
Testes perirradiculares: - Percussão: negativo
- Palpação: negativo
RX:
- Área de destruição óssea perirradicular
Resulta da migração gradual de irritantes do canal para os tecidos perirradiculares
Com consequente formação de exsudato purulento no interior de um granuloma/cisto
Pode se originar também da cronificação do abscesso perirradicular agudo
FÍSTULA
É A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA CLÍNICA!
• Caminho pelo qual ocorre uma drenagem (contínua ou intermitente) • Geralmente está
localizada no nível da mucosa alveolar.

Pode ser um indicador biológico da eficácia do tratamento:


• Desaparecimento da fístula: geralmente de 7 a 30 dias
• Idealmente: obturar após regressão da fístula (em caso de 2 ou
mais sessões)
CONCLUSÕES...
• A periodontite apical é a doença que caracteriza as alterações pe- rirradiculares;
• Suas diferentes formas estão ligadas à relação AGRESSÃO-DEFESA;
• O tratamento endodôntico é o tratamento de escolha.

DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS PULPARES AGUDAS E CRÔNICAS.


Polpa dentária:
O que é ? Recoberto pela dentina, a polpa é um tecido mole que se estende da dentina até a
raiz do dente e é composto por nervos e vasos sanguíneos, além de células do conjuntivo e
fibras. A polpa dentária é a responsável pela vitalidade dos dentes. O tecido pulpar é composto
de um material gelatinoso. Já os dois tecidos (polpa e dentina), formam uma unidade chamada
de complexo dentino-pulpar. A polpa dentária é dividida em polpa coronária e radicular.
Conforme os estudos, o espaço ocupado pela polpa torna-se menor ao longo do tempo devido
à constante produção de dentina.
Características Peculiares
Deposição contínua de dentina; Confinamento entre paredes resistentes de Dentina, Circulação
do tipo terminal; Túbulos dentinários – vias de comunicação.
Funções da Polpa
➢ Nutritiva:Durante o desenvolvimento, o importante papel da polpa é de promover nutrientes
e líquidos tecidual para os componentes orgânicos dos tecidos mineralizados;Vascularização;
Nutrienteselíquidostecidualsãoessenciaisà formação da dentina;
Hidrataçãoviatúbulosdentinários.
➢ Sensorial:
✓ Uma das funções da polpa é de responder as
agressões com dor;
✓Ela apresenta em seu interior terminações nervosas livres;
✓ Transmite estímulos neurais mediados através do esmalte ou da dentina para o centro
nervoso, causando dor.
➢ Defensiva:
✓ Uma das funções da polpa é a de responder as
agressões com inflamação;
✓ Os irritantes, seja qual for a origem, estimula uma resposta quimiotática que impede ou
retarda a destruição do tecido pulpar;
✓ A polpa bem vascularizada tem surpreendente a capacidade de defesa e recuperação;
Cárie:
✓ Formação de dentina reacional ou reparadora, sendo assim o movimento circulatório pulpar
tem a capacidade de expulsar o agente irritante (sistema de defesa celular);
✓ A desintegração completa será o resultado final se os agentes nocivos forem suficientemente
intensos e duradouros.
Inervação Pulpar
Fibras Delta A: Zona periférica; Fibras mielínicas;2 a 5 μm, Termorreceptoras para o frio; Rápida
velocidade de condução doimpulso nervoso.
Dor: -aguda; curta duração; bem localizada.
Fibras C: Zona central; Fibras amielínicas; 0.3 a 1.2 μm; Termorreceptoras para o calor; Lenta
velocidade de condução do impulsonervoso.
Dor: -lenta; longa duração; difícil localização.
Agentes Agressores à Polpa
Físicos
✓Mecânicos;
✓Traumas (fraturas, bruxismos,
abrasão, erosão..) ;
✓Térmicos (alterações bruscas de temperatura).
Químicos
✓Materiais restauradores; ✓Agentes adesivos; ✓Anti-sépticos; ✓Desidratantes.
Biológicos
✓Microorganismos (cárie dentária)
✓Infecção via periodonto;
✓Anacorese (fenômeno em que um tecido inflamado atrai bactérias da corrente sanguínea);
✓Fratura com exposição pulpar.
Idiopáticos
✓Envelhecimentos; ✓Reabsorções.
Diagnóstico
➢Roteiro:
✓Anamnese ✓Inspeção dentária ✓Testes auxiliares ✓Exames radiográficos
Manifestações Subjetivas:Manifestações Objetivas
Pulpites Agudas >> Reversível Irreversível
Pulpites Crônicas >> Ulcerada Hiperplásica
Pulpite Aguda - REVERSÍVEL Leve alteração da polpa. Reparação do tecido pulpar ocorre uma
vez que seja removido o agente causador.
Histopatológico
- Vasos sanguíneos da polpa dilatados HIPEREMIA ;
- Infiltração leve a moderado de células inflamatórias.
Tratamento :
- Remoção do tecido cariado e restauração provisória com IRM ou proteção do hidróxido de
cálcio + CIV.
➢ Capeamento ➢ Curetagem ➢ Pulpotomia ➢ Alivio oclusal
“PULPOTOMIA”
“ é uma técnica endodôntica conservadora da vitalidade pulpar..”
Indicados em casos de rizogênese incompleta;
Polpa macroscopicamente vital:
• - com estrutura (corpo) - consistente
• - com hemorragia suave
• - sangue com coloração vermelho/brilhante.
Tratamento:
- Remoção da polpa coronária a nível da embocadura dos canais radiculares, e obturação com
cimento biocerâmico (MTA).
Pulpite Aguda - IRREVERSÍVEL
Polpa é acometida por um processo inflamatório de caráter irreversível. Polpa, invariavelmente,
irá progredir para necrose podendo ser de forma lenta ou rápida. Pulpite irreversível pode se
instalar mesmo sem haver exposição da polpa à cavidade oral.
Histopatológico
• - Aumento da permeabilidade vascular prolongado e acentuado elevação da pressão
hidrostática tecidual;
• - Pressão gerada excede o limiar de excitabilidade das fibras tipo C;
• - Fibras delta A (dependentes de oxigênio) degeneram-se.
Tratamento :
- Biopulpectomia- tratamento endodôntico.
Pulpite Crônica- ULCERADA: Superfície da polpa exposta ao meio bucal úlcera típica que sangra
facilmente. Cavidade aberta polpa restrita ao espaço endodôntico.

Histopatológico: Barreira de defesa de tecido ulcerado + células linfoplasmocitárias na


superfície exposta da polpa.
Tratamento: Pulpotomia ou tratamento endodôntico.
Pulpite Crônica- HIPERPLÁSICA “PÓLIPO PULPAR”
• ✓ Crescimento hiperplásico da polpa, que se projeta para fora da câmara coronária
criando uma interface com as paredes dentinárias contaminadas da cavidade cariosa.
• ✓ Superfície da polpa exposta ao meio bucal úlcera típica que sangra facilmente;
• ✓ Cavidade aberta polpa além do espaço endodôntico.

Histopatológico: Proliferação de tecidos granulomatoso ao nível da exposição pulpar;


Tecido altamente vascularizado, típico das polpas com elevado potencial de defesa;
(pacientes jovens).
Tratamento: Pulpotomia ou tratamento endodôntico.
E se por acaso, não for realizado o tratamento de remoção da polpa inflamada a tempo ?
Necrose pulpar.
TRAUMATISMO DENTÁRIO

Como diagnosticar os diferentes tipos de fraturas? Por exames clínicos e radiograficos.


Exame Clínico
Avaliar:Cor; Mobilidade;Deslocamento; Testes de Percussão e Palpação; Teste de
Sensibilidade;Verificar contato oclusal; Limitação de abertura de boca e assimetrias; Verificar
presença de fístula, anquilose, gengivite, bolsa periodontal e retração gengival.
Exame Radiográfico
Avaliar: Tipo de fratura (coronária/radicular, alveolares, maxilares e mandibulares);
Espessamento do ligamento periodontal; Presença de lesão periapical; Deslocamentos de
fragmentos;Relação da fratura óssea e periodonto marginal e periapical; Reabsorção radicular;
Rizogênese; e Ausência dentária.
Fraturas Coronárias/Tipos:
Trincas de Esmalte: achado clinico tão comum e tão negligenciado
Fratura de Esmalte: não apresentam repercussão pulpar
Fratura de Esmalte e Dentina sem exposição pulpar:
Dentina com exposição pulpar: e agora?

✓ O teste de sensibilidade é usado para determinar a condição pulpar dentária. O teste avalia a
atividade neural e não o fluxo vascular.
✓ O teste inicial em dentes recém traumatizados não é totalmente confiável, pois pode ser uma
alteração transitória da resposta neural.
✓ A falta de sensibilidade temporária é comum durante a cicatrização pulpar e não pode ser
conclusiva de necrose pulpar.
✓ O teste de sensibilidade deve ser realizado no atendimento de urgência, além das consultas
subsequentes de acompanhamento e poderão indicar mudanças ao longo do tempo.
Tratamento das Fraturas Coronárias NÃO complicadas:
✓Trincas de Esmalte – Trinca coberta com uma camada de RC; ✓Fratura de Esmalte –
Restauração com RC;
Polimento de bordas cortantes; e Colagem de fragmento.
✓Fratura de Esmalte e Dentina sem exposição pulpar– Restauração com RC; ou
Colagem de fragmento.
Tratamento das Fraturas Coronárias, complicadas:
✓Fratura de Esmalte e Dentina com exposição pulpar–
Capeamento pulpar/ Pulpotomia parcial ou total/ Pulpectomia com TE;
Restauração em RC ou restauração protética (pino/coroa).

Requisitos para o sucesso da Terapia da Polpa Vital


✓Tratamento adequado da polpa desinflamada;
✓ Proteção pulpar com material
✓ Selamento Antibacteriano.
Fraturas Corontno-Radiculares/tipos:

✓ Fraturas coronárias que englobam uma parte da raiz;


✓ Há fratura de esmalte, dentina e cemento; ✓ Dor à estímulo térmico; e
✓ Dor à percussão vertical.
Tratamento das Fraturas Corono-Radiculares Dependerá de:
✓Extensão da fratura radicular; ✓Dentes jovens;
✓ Houve ou não exposição pulpar; e ✓Dente com vitalidade ou não.
PERIODONTISTA
Fraturas Radiculares
✓ Pode apresentar mobilidade e deslocamento do fragmento coronal;
✓ Geralmente são oblíquas;
✓ Pode envolver terço apical, médio e cervical;
✓ Pode ser confundida clinicamente com a extrusão; ✓ Fraturas de dentina, cemento e polpa;
e
✓ Incomuns.
Tratamento das Fraturas Radiculares Dentes permanentes:
✓ 1/3 médio e apical: Reposiciona o elemento e contenção semi-rígida por 02 a 04 semanas. ✓
1/3 cervical: Exodontia da coroa e tracionamento do elemento.
1/3 apical permanece vital
✓ 1/3 coronário vital – Proservação.
✓ 1/3 coronário não vital - Tratamento endodôntico até o traço da fratura.

Tipos de Cicatrização das Fraturas Radiculares (Andreasen e Hjorting-Hansen, 1967)


1- Cicatrização com tecido calcificado;
2- Cicatrização com tecido conjuntivo interposto;
3- Cicatrização com osso e tecido conjuntivo interpostos; e
4- Tecido inflamatório interposto sem cicatrização (25%).
INSUCESSO >> Tratamento endodôntico

Lesões de Luxação Tipos:


✓ Concussão ✓ Subluxação
✓ Luxação Lateral ✓ Luxação extrusiva ✓ Luxação intrusiva
Lesões mais comuns (30 a 40%)
Dano às estruturas periodontais (lig. periodontal e camada de cemento)
Concussão
• ✓ Muito comum;
• ✓ Trauma de leve intensidade;
• ✓ Sem alteração clínica ou radiográfica (dor à percussão vertical somente);
• ✓ Acompanhamento clínico e radiográfico (03 sem, 03, 06 e 12 meses e anualmente);
• ✓ Dieta líquida e pastosa;
• ✓ Higiene bucal com clorexidina; e ✓ Não há complicação pós-trauma.
Subluxação
• ✓ Mais comum na dentição decídua;
• ✓ Associado à fraturas coronárias na dentição permanente;
• ✓ Dieta líquida e pastosa;
• ✓ Higiene bucal com clorexidina;
• ✓ Em alguns casos com maior mobilidade pode ser necessária uma contenção flexível
por 02 sem;
• ✓ Dor à percussão vertical, pequena mobilidade e sangramento no sulco gengival;
• ✓ Acompanhamento clínico e radiográfico (03 semanas, 03, 06 e 12 meses e
anualmente); e
• ✓ Em alguns casos com maior mobilidade pode ser necessária uma contenção flexível
por 02 semanas.
Luxação Lateral
• ✓ Trauma severo do ligamento periodontal;
• ✓ Deslocamento dentário levando ao estiramento e compressão do ligamento,
geralmente associado à fratura da parede alveolar;
• ✓ Deslocamento da coroa para palatino, com o ápice radicular preso na fratura óssea
(som seco);
• ✓ Não respondem ao teste de sensibilidade; ✓ Dieta líquida e pastosa;
• ✓ Radiograficamente: Espessamento do lig. periodontal;
• ✓ Reposicionamento imediato e contenção semirrígida por 04 sem (IADT);
• ✓ Acompanhamento clínico e radiográfico (02 sem, 04 sem, 08 sem, 12 sem, 06 meses,
01 ano e 05 anos);
• ✓ Trat. Endodôntico é iniciado após 03 sem (ápice fechado); ✓ Revascularização é viável
em dentes com ápice aberto; e
• ✓ Alterações de insucesso devem ser monitoradas (dor, reabsorção óssea, necrose
pulpar, anquilose,...).
Luxação Extrusiva
• ✓ Dente extruído do alvéolo, com mobilidade horizontal e vertical;
• ✓ Há diferença de alinhamento entre o dente afetado e os demais; ✓ Sangramento no
sulco gengival;
• ✓ Radiograficamente há espessamento do lig. periodontal nas regiões apical e lateral;
• ✓ Reposicionamento imediato e contenção semirrígida por 02
• semanas (IADT);
• ✓ O tipo de tratamento dependerá do grau de deslocamento, mobilidade, interferência
na oclusão, formação da raiz e na colaboração da criança;
• ✓ Acompanhamento clínico e radiográfico rigoroso (02 sem, 04 sem, 08 sem, 12 sem,
06 meses, 01 ano e 05 anos);
• ✓ Dieta líquida e pastosa; e
• ✓ Higiene bucal com clorexidina.
Luxação Intrusiva
• ✓ Pior injúria traumática de luxação;
• ✓ Deslocamento axial do dente para dentro do alvéolo;
• ✓ Associado à fraturas ósseas e trauma dos tecidos moles; ✓ Há compressão do lig.
periodontal
• Risco de anquilose e reabsorção por substituição;
• ✓ Teste de sensibilidade negativo;
• ✓ Percussão vertical – som anquilótico (seco/metálico); ✓ Sangramento no sulco
gengival
• ✓ Radiograficamente: ausência do espaço do lig. periodontal e diferença em
• relação ao dente homólogo;
• ✓ Reposicionamento com tracionamento cirúrgico ou ortodôntico e contenção
semirrígida (2 a 4 sem), dependendo do nível de intrusão;
• ✓ Tratamento endodôntico iniciado em até 02 semanas;
• ✓ Acompanhamento clínico-radiográfico (02 sem, 4sem, 08 sem, 12 sem, 06 meses, 01
ano e 05 anos)
• Dentes imaturos- Aguardar reerupção;
Dentes maduros- Tracionamento ortodôntico; ou (Máximo de 2-3 sem pós-trauma)
• Tracionamento cirúrgico (Contenção semirrígida por mínimo de 04 sem)
Avulsão
✓ Maior desafio das urgências;
✓ Sucesso é tempo dependente (ideal 15-20 min);
✓ Manuseio adequado, não tocar na raiz;
✓ Armazenamento do dente em meio fisiológico (leite, saliva, soro ou
Solução Salina Balanceada de Hank-SSBH ou ViaSpan); ✓ Necessidade de vacina antitetânica;
✓ Preparar o alvéolo e a raiz. Reimplante e contenção semirrígida por 02 sem, para permitir a
cicatrização do periodonto;
✓ Suturas – Em caso de lacerações gengivais;
✓ Medicação antibiótica:
• Crianças < de 12 anos – Penicilina ou Amoxicilina
• Adolescentes e adultos – Doxiciclina (tetraciclina)
• Pacientes alérgicos – Clindamicina
✓ Dieta líquida e pastosa por 02 sem; e
✓ Higiene bucal e aplicação de clorexidina (0,2 ou 0,12%), 2x ao dia por 02
sem; e
✓ Tratamento endodôntico é recomendado até 02 sem após reimplante.
✓ Tempo de desidratação máximo: 60 min.
Fratura de Processo Alveolar: Redução da fratura, Contenção rígida por 04-08 sem;Muito
comum e associada a luxação lateral.
Tipos de Contenção
Semirrígida
• ✓ Fio de Nylon e RC
• ✓ Fio de Ortodôntico (0,30 ou 0,40mm) e RC
• ✓ Fio de Titânio e RC
• Rígida

Tipos de Complicações Pós-Trauma: Necrose pulpar; Reabsorção radicular: interna, externa e


de substituição; Obliteração do canal; Anquilose; e Perda dentária.
Qual anestésico é indicado nos casos de reimplante? Anestésico sem vasoconstrictor, usando
técnica de bloqueio regional – Mepivacaína sem vas Evitar a diminuição do fluxo sanguíneo na
região alveolar, tão importante para a revascularização pulpar ou regeneração e reparo
periodontal. Principalmente quando ocorre comprometimento das fibras do ligamento
periodontal. A fratura coronária pode estar associada a traumas no ligamento periodontal
(concussão, subluxação ou luxação). É importante aguardar a cicatrização dos tecidos
periodontais para realizar procedimentos estéticos.
O ligamento periodontal lesionado pelo traumatismo dentário permite a migração de
microrganismos pelo sulco gengival que prejudicará a cicatrização. As fibras periodontais
traumatizadas geralmente cicatrizam-se em 07 dias, justificando uma higiene bucal rigorosa
neste período. A presença do biofilme ou placa bacteriana prejudica a cicatrização do ligamento
periodontal traumatizado.A higienização adequada mais bochechos com clorexidina (2x ao dia)
por 7 a 14 dias favorece a cicatrização do ligamento periodontal.
Laserterapia nos Traumatismos Dentários: Os processos dolorosos, inflamatórios e cicatriciais
são condições sempre associadas aos traumatismos dentários. A terapia com laser de baixa
potência (biofotoestimulação) é muito indicado nos casos de traumatismo dentário.

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